sábado, 29 de julho de 2023

.: Mariana Enriquez lança livro de contos sobre facetas obscuras da humanidade


Os leitores capturados pelos mistérios da seita secreta de "Nossa Parte de Noite" e pelos horrores cotidianos retratados em "As Coisas que Perdemos no Fogo" terão uma nova chance de se aventurar pelo universo soturno e estranhamente familiar de Mariana Enriquez. Em "Os Perigos de Fumar na Cama", que a editora Intrínseca acaba de publicar, a autora argentina traz um vislumbre peculiar dos abismos mais sombrios da alma humana e das correntes ocultas da sexualidade e da obsessão. A tradução é de Elisa Menezes.

Uma menina descobre ossos no quintal, e não são de um animal. Uma cena bucólica de verão, garotas se banhando no lago de uma pedreira, transforma-se num inferno motivado por ciúme e inveja. Um homem marginalizado semeia desgraças em um bairro rico após ser maltratado. Barcelona se transforma em um cenário perturbador, marcado pela culpa e do qual é impossível escapar. 

Uma presença fantasmagórica busca um sacrifício em um balneário. Uma garota que tem fetiche por homens com doenças cardíacas. Uma estrela do rock vítima de uma morte horrível é homenageada por fãs de um jeito inimaginável. Um sujeito que filma clandestinamente casais transando e mulheres de salto alto andando pelas ruas recebe uma proposta que mudará sua vida.

Neste aclamado livro de contos, Mariana Enriquez reúne 12 histórias fantásticas, lançando mão de um amplo repertório de recursos narrativos inspirados nos clássicos do terror: fantasmas, bruxas, brincadeiras com espíritos, visões e mortos que voltam à vida. Mas, muito além de apenas revisitá-lo, ela renova o gênero pelo qual ficou conhecida, demonstrando mais uma vez a força de sua voz radicalmente contemporânea. Suas histórias mergulham no sinistro que espreita o cotidiano, exibem um erotismo obscuro e tecem imagens poderosas cuja marca é inegável.

"Os Perigos de Fumar na Cama" foi finalista do International Booker Prize e do Kirkus Prize. Com suas narrativas extraordinárias de obsessão e horror, a autora não só se conecta com mestres da literatura como Shirley Jackson, Thomas Ligotti e Julio Cortázar, como também cria cenários e personagens que permanecem na imaginação mesmo após o fim da leitura. Compre o livro "Os Perigos de Fumar na Cama", de Mariana Enriquez, neste link.
 

O que disseram sobre o livro
“A obra de Mariana Enriquez é assombrada pelo espectro da história latino-americana do fim do século XX, mas a força da ficção faz com que estar nesse universo seja uma experiência divertida.” - The New York Review of Books


Sobre a autora
Mariana Enriquez
 nasceu em Buenos Aires, em 1973. É jornalista e subeditora do suplemento Radar, do jornal Página/12, além de professora. Escreveu novelas, relatos de viagens e biografias. Pela Intrínseca, publicou a coletânea de contos "As Coisas que Perdemos no Fogo" e os romances "Este é o Mar" e "Nossa Parte de Noite", que ganhou na Espanha o Premio Herralde de Novela e o Premio de la Critica 2019. Foto: Sebastián Freire. Garanta o seu exemplar de "Os Perigos de Fumar na Cama", escrito por Mariana Enriquez, neste link.

.: A Companhia Ballet Maior estreia o novo espetáculo "O Lago Encantado"


Dia 30 de julho, domingo, com sessões gratuitas às 11h30 e 16h, no Teatro J. Safra.


Baseado no famoso ballet "O Lago dos Cisnes", com músicas de Tchaikovsky, participação dos bailarinos Priscila Monsano e Caio Martins, da atriz Priscila Scholz e direção de Priscila Monsano, o espetáculo traz uma adaptação leve, para o público infantil e de todas as idades. Em um reino distante, havia um lago encantado habitado por aves mágicas. Durante o dia, elas nadavam graciosamente nas águas cristalinas e à noite se transformavam em lindas princesas. Por séculos, o lago permaneceu sob um poderoso feitiço, que só poderia ser quebrado por um amor verdadeiro.

O príncipe do reino vizinho, encantado pela lenda desse local, embarcou em uma jornada, na noite do seu aniversário de 21 anos, em busca deste tal lago. Ele desejava encontrar a princesa que, segundo a história, poderia libertar o lago da maldição. Após uma longa jornada ele finalmente chegou às margens do lago. Ao se aproximar, o príncipe avistou uma bela princesa com plumas brancas e rosadas que emergia das águas. Era a princesa cisne, a guardiã do lago. Encantado com sua beleza, o príncipe apaixonou-se à primeira vista e jurou seu amor eterno. Mas eis que surge o cisne negro e engana o príncipe, fazendo-se passar pela princesa e causa uma enorme confusão nesta história de amor.


Serviço
#ProjetoTeatroParaTodos apresenta Companhia Ballet Maior O Lago Encantado. Domingo, dia 30 de julho, com sessões gratuitas às 11h30 e 16h. Gênero: musical. Classificação: livre. Gratuito. Retire os ingressos na bilheteria do Teatro, ou reserve seu lugar através do site. Bilheteria: quartas e quintas, das 14h às 21h. Sextas, sábados e domingos, das 14h até o horário dos espetáculos. Aceita os cartões de débito e crédito: Amex, Dinners, Elo, Mastercard, Visa e Hipercard. Não aceita cheques. Telefone da bilheteria: (11) 3611-3042.

Teatro J. Safra
Endereço: Rua Josef Kryss, 318 - Barra Funda - São Paulo. Telefone: (11) 3611 3042 e 3611 2561. Abertura da casa: duas horas antes de cada horário de espetáculo, com serviço de lounge-bar no saguão do Teatro. Capacidade da casa: 627 lugares. Acessibilidade para deficiente físico. Estacionamento: Valet Service (Estacionamento próprio do Teatro) - R$ 30,00.

.: Sesc Pinheiros apresenta último dia da peça “Canções para Afastar o Medo"


A atriz peruana Rosana Reátegui e a cantora uruguaia Natalia Sarante, conduzem o público por uma viagem pela América Latina, a partir de cantos de ninar de povos originários. Com elementos da tradição oral e cantos em guarani, mapuche, quechua, nahuatl e espanhol, a montagem tece histórias para traduzir memórias ancestrais. Foto: Renato Marques


Inédito em São Paulo, o premiado espetáculo “Canções para Afastar o Medo - Contos e Acalantos Latino-americanos”, da Qinti Companhia, termina a temporada no Sesc Pinheiros neste domingo, dia 30 de julho, em duas sessões, às 15h e 17h. A dramaturgia, assinada por Rosana Reátegui, tece um fino fio entre teatro, narração de histórias, animação de formas têxteis e cantigas ninar de diferentes povos da América Latina. A peça conta e canta histórias que aproximam o público da figura arquetípica da Pachamama (mãe-terra) e de temas como maternidade, alegria, cuidado e esperança.

A língua guarani é o ponto inicial de conexão com a plateia, que é convidada pela atriz peruana Rosana Reátegui e a cantora uruguaia Natalia Sarante para uma viagem que atravessa nosso continente – desde a Terra do Fogo, passando pelas Cordilheiras dos Andes e Antilhas até chegar no México. Os oito metros de juta compõem o cenário têxtil, que remonta a importância do tecido e da tecelagem para diversos povos latinos. 

A junta é manipulada para criar a grande cordilheira, montanhas com cavernas, um enorme rio e caminhos íngremes. O público participa da longa jornada e os cantos que a inspiraram são entoados, em guarani,mapuche, quechua, nahuatl e espanhol. As personagens protagonistas, são confeccionadas na delicada técnica da feltragem em lã, e assim traduzem, em suas vestes e histórias, memórias ancestrais de nosso continente.

Contemplada com o Prêmio CBTIJ de Teatro para Infância 2022, nas categorias de Melhor Atriz e Melhor Música Adaptada para Rosana Reategui e Natalia Sarante, respectivamente, a peça, é uma homenagem à força da história oral nas culturas latino-americanas e à herança que os migrantes trazem consigo.


Sinopse
No espetáculo cinco cantigas latino-americanas são apresentadas nas suas línguas de origem para embalar histórias de mães que moram em diversas culturas da América Latina e que, na tentativa de afastar os medos, oferecem melodias de ninar para seus filhos. Andarilhas migrantes à procura de um lugar onde as pessoas falem palavras em guarani, convidam o público para uma viagem pelo nosso continente. No sul, na Terra do Fogo, uma criança chora com medo das raposas que rondam a casa. 

O que pode fazer a mãe para acalmá-la? Seguindo as cordilheiras, nas terras altas andinas, rochas ecoam o canto de uma mãe para sua filha doente, uma cantiga que se repete durante toda a noite para esvanecer a dor. Longe dali um outro canto ressoa nas areias das Antilhas: um bebê só quer dormir quando a mãe voltar do trabalho. Indo além, e, por fim, a montanha de juta abre um novo caminho que nos leva até o México, onde mãe e filha cantam na esperança do reencontro.


Quinti Companhia
A companhia é formada pela atriz e narradora de histórias peruana Rosana Reátegui e pela musicista uruguaia Natalia Sarante; artistas migrantes de longa trajetória com residência no Rio de Janeiro. Motivadas por construir no Brasil pontes artísticas de intercâmbio latino-americano nas áreas de música, teatro e literatura fundaram no ano 2016 a Qinti Companhia. Qinti é beijaflor, na língua quechua. Inspiradas na sua simbologia de alegria, força e cura, as artistas criam encontros de teatro e sessões de histórias intercalando música, tradição oral e poesia.

Entre as realizações da Cia. estão o espetáculo “Temperos de Frida”, com apresentações no Teatro Parque das Ruínas -Santa Teresa RJ e no Circuito Sesc Pulsar RJ; sessões de histórias realizadas no Instituto Cervantes do Rio de Janeiro, no Sesc Caxias RJ, na Festa Literária Dia dos Mortos Biblioteca Parque e Consulado do México, entre outros locais. “Canções para Afastar o Medo - contos e acalantos latino-americanos” já se apresentou em Santa Catarina, no 5º Festinfante, e em diversas cidades e locais do estado do Rio de Janeiro, entres eles Sescs, o Teatro Ruth de Souza – Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas, a FLIP Festa Literária e o Midrash Festival de Teatro. Em São Paulo estreará sua primeira temporada no Sesc Pinheiros. Antes disso, quando ainda em processo de montagem, realizou uma sessão de histórias online relativas ao tema do espetáculo no Festival Boca do Céu (sessão de histórias) (SP).


Rosana Reategui
Atriz, narradora oral e gestora cultural latino-americana. Nascida no Peru e residente no Brasil. É integrante fundadora do grupo carioca Os Tapetes Contadores de Histórias. Desde 1998 integra espetáculos, oficinas e exposições interativas em diferentes espaços culturais. Desde o ano 2005, pesquisa sobre narrativas femininas e as manifestações das oralidades latino-americanas. No ano 2005, criou com artesãs arpilleristas o premiado projeto de tradição oral e arte têxtil, “Manos que cuentan”. No ano 2016 cria a Qinti Companhia, teatralidades latino-americanas destacando-se com os espetáculos Canções para afastar o medo - contos e acalantos latino-americanos (2022) para público infantil com o qual ganhou o 7º Prêmio CBTIJ na categoria Melhor Atriz e Temperos de Frida (2023), para público adulto.


Natália Sarante
Cantora, musicista e Licenciada em música formada pela Unirio. Pesquisa sobre músicas de diversas culturas, integrando como cantora os grupos Duo Mahur e Negro Mendes. Também é integrante fundadora da Qinti Companhia, companhia teatral onde participa como cantora e musicista. Natália é também educadora musical para crianças e jovens. Como compositora realizou trabalhos de trilha sonora para o Festival Boca do Céu (2021), em São Paulo, e para a então sessão de histórias que se tornaria a peça “Canções para Afastar o Medo - Contos e Acalantos latino-americanos”, com o qual ganhou o 7º Prêmio CBTIJ na categoria de Melhor trilha sonora adaptada (2022).

Ficha técnica
“Canções para Afastar o Medo - Contos e Acalantos Latino-americanos”. Elenco: Qinti Companhia com Natalia Sarante e Rosana Reátegui. Direção Artística: Rosana Reátegui. Direção de movimento e objetos animados: Marise Nogueira. Concepção, atuação e dramaturgia: Rosana Reátegui. Cantos e arranjos musicais: Natalia Sarante. Preparação corporal: Marise Nogueira. Figurino: Francisco Leite. Costureira: Maria Brandão. Iluminação: Thiago Monte. Operador de luz: Renato Marques. Técnico de som: Thiago Horta. Cenário: Renato Marques e Rosana Reátegui. Personagens em lã: Rosana Reátegui. Designer: Rodrigo Menezes. Produção: Qinti Companhia e Pita Produções (Eduardo Almeida). Produção local: Nascedouro Gestão Cultural (Elisa Taemi e Milena Marques). Assistência de produção: Júlia Fontes. Assessoria de imprensa: Locomotiva Cultural (Nany Gottardi e Manu Vergamini). Realização: Sesc São Paulo.


Serviço
“Canções para Afastar o Medo - Contos e Acalantos Latino-americanos”. Último espetáculo - Domingo, dia 30 de julho, às 15h e 17h. Local: Auditório - 3º andar (98 lugares). Valores: R$ 25 (inteira); R$ 12,50 (Meia entrada), R$ 8 (Credencial Sesc). Grátis para crianças até 12 anos. Ingressos à venda no portal sescsp.org.br e nas bilheterias das unidades Sesc. Recomendação etária: livre. Duração: 50 minutos. Sesc Pinheiros - Rua Pais Leme, 195 - Pinheiros, São Paulo. Telefone: (11) 3095-9400.

.: Fescete Continuidade e Expansão leva a Santos vencedora do Prêmio Shell


A paulistana Companhia de Teatro Heliópolis realiza ações culturais gratuitas em Santos, no litoral de São Paulo neste domingo, dia 30 de julho, dentro da programação do Fescete Continuidade e Expansão. Trata-se de iniciativa de intercâmbio cultural, partilha de saberes e difusão artística realizada pela Tescom em parceria com a Prefeitura Municipal de Santos via Secretaria de Cultura.

Com 20 vagas, o coletivo ministrará workshop teatral neste dia, das 10h às 12h, na escola de teatro Tescom (Rua Conselheiro Rodrigues Alves, 195, Macuco). E, a partir das 14 horas, o Teatro Municipal Braz Cubas (Av. Pinheiro Machado, 48, Vila Mathias) abre a bilheteria para retirada de ingressos ao espetáculo "Cárcere ou Porque as Mulheres Viram Búfalos", a ser encenada às 20h no mesmo palco.

Na trama, duas irmãs têm a vida marcada por encarceramentos do pai, do companheiro de uma e pelo filho de outra. Por sua vez, no presídio, a violência dita as regras. É, em meio aos ciclos de opressões, que a peça referencia em seu título mulheres que reinventam suas realidades ao modificar os cenários de violência e morte.

Com encenação assinada por Miguel Rocha e dramaturgia de Dione Carlos, a obra já foi laureada pela APCA (dramaturgia), Prêmio Shell (dramaturgia e música), Prêmio Leda Martins (categoria ancestralidade), entre outros. Em 22 anos de trajetória, a Cia de Teatro Heliópolis realizou doze espetáculos e foi consagrada com diversos prêmios.

sexta-feira, 28 de julho de 2023

.: Crítica: "Mansão Mal-Assombrada" é entretenimento puro no Cineflix


Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em julho de 2023


Em tempos de voltar a frequentar os cinemas, devido ao impulsionamento da estrondosa estreia do filme "Barbie", chega em cartaz na Rede Cineflix Cinemas o novo longa baseado em uma clássica atração de parque Disney: "Mansão Mal-Assombrada". Com um elenco incluindo nomes como Rosario Dawson, Tiffany Haddish, Lakeith Stanfield, Owen Wilson e Danny DeVito, a produção voltada para o público infantojuvenil, com classificação indicativa para maiores de 10 anos, entrega uma trama agradável e muito envolvente, com toques de emoção e muito mistério, garantindo até bons sustos.

Diferente da produção anterior, que soma exatamente 20 anos, estrelada por Eddie Murphy e que não arrecadou nas bilheterias o valor estimado pelos estúdios, o novo filme é nitidamente superior. Não somente pelos efeitos visuais, mas por entregar tramas e contextos de personagens interessantes que se cruzam debaixo do teto de uma linda mansão em Nova Orleans.

O lugar dominado por fantasmas que perseguem, inclui o maquiavélico e mais poderoso de todos: Alistair Crump (Jared Leto, "Esquadrão Suicida"). Contudo, a mansão que atraiu Gabbie (Rosario Dawson, "Rent") e Travis (Chase Dillon, ), mãe e filho para ali transformar em uma pousada, preserva outros nomes como Madame Leota (Jamie Lee Curtis, a conhecida como rainha do grito da franquia "Halloween" e filha de Janet Leigh, "Psicose"), como um fantasminha camarada e muito importante para a conclusão do enredo.

 "Mansão Mal-Assombrada" é divertido e, ao tratar a morte, reforça que sempre há uma nova chance para ser feliz e acreditar nos outros, mesmo que sejam farsantes ou estejam desacreditados de si e sem esperança. O longa destaca que é possível não esquecer os que se foram, mas é preciso seguir em frente.


De quebra, o longa que tem no elenco a recente vencedora do Oscar por "Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo", Jamie Lee Curtis, coloca em destaque num filme de comédia o brilhante Danny DeVito ("Batman"), como professor, Owen Wilson ("Uma Noite No Museu") interpretando o padre Kent, enquanto que Winona Ryder (Stranger Things) participa como uma guia de turismo num museu. 

O longa dá a talentosa Rosario Dawson um papel importante e suave, embora aos que amem "Rent: Os Boêmios" cheguem a torcer por um número musical dela no filme. Quem sabe no próximo?! Afinal, há expectativas de que seja lançado uma sequência de  "Mansão Mal-Assombrada". Que venha!

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 


"Mansão Mal-Assombrada"Ingressos on-line neste link
Gênero: comédia, fantasia. Classificação: 13 anos. Duração: 2h3. Ano: 2023.  Idioma: inglês. 
Distribuidora: Disney. Roteiro: David Berenbaum. Direção: Justin Simien. Elenco: Lakeith Stanfield, Tiffany Haddish, Owen Wilson, Danny Devito, Jamie Lee Curtis e Jared Leto. Sinopse: O agente imobiliário Jim Evers vive trabalhando, e sua esposa Sara reclama que ele não está dando atenção aos filhos. Jim decide tirar uma férias com a família e no caminho, eles param para visitar uma mansão e descobrem que a casa é assombrada pelo Mestre Gracey, seu mordomo, Ramsley, e dois criados que precisam de ajuda para acabar com uma maldição.

Trailer de "Mansão Mal-Assombrada"


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.: Estreia de "Kiss Me, Kate', com Miguel Falabella e Alessandra Verney, em SP


Primeiro musical de Cole Porter montado no Brasil, "Kiss Me, Kate - O Beijo da Megera" marca o reencontro de Miguel Falabella e Alessandra Verney com a dupla Charles Möeller & Claudio Botelho. Nova versão para o clássico estreia neste sábado, dia 29 de julho, no Teatro Villa Lobos


A estreia de "Kiss Me, Kate - O Beijo da Megera" é marcada por muitos encontros e reencontros. Após mais de três décadas de carreiras representativas no teatro brasileiro, Miguel Falabella e a dupla Charles Möeller & Claudio Botelho finalmente estarão juntos em um mesmo projeto. E não é qualquer montagem: "Kiss Me, Kate" é o primeiro musical de Cole Porter montado no Brasil e reúne clássicos do compositor americano, como "So In Love" e "From This Moment On", todas vertidas para o português por Claudio Botelho.

Uma das responsáveis pela reunião dos ícones é a atriz Alessandra Verney, que protagoniza o espetáculo ao lado de Miguel e cujo início de carreira foi marcado por "Cole Porter - Ele Nunca Disse que me Amava", sucesso de Möeller&Botelho em 2000 que ajudou a catapultar o renascimento do Teatro Musical no Brasil. A nova versão de "Kiss Me, Kate - O Beijo da Megera" estreia neste sábado, dia 29 de julho, no Teatro Villa Lobos, em São Paulo, com produção da Palco 7 Produções, Rega Início Produções, Solo Entretenimento e Verney Produções.

O elenco reúne nomes representativos do teatro musical brasileiro, como Fafy Siqueira, Bruna Guerin, Guilherme Logullo, Fred Silveira, Edgar Bustamante, Fernando Patau, Rafael Machado, Mari Gallindo, Thiago Machado, Leo Wagner, entre muitos outros. Sob regência do maestro Paulo Nogueira, a orquestra conta ainda com 12 músicos.


Sinopse do espetáculo
Em 1948, em pleno Verão de Baltimore (EUA), Fred Graham (Miguel Falabella) é o vaidoso e galanteador dono de uma companhia de teatro que está prestes a estrear uma montagem de "A Megera Domada", de William Shakespeare, protagonizada por ele e por sua ex-esposa, a diva Lili Vanessi (Alessanda Verney).

Este é o ponto de partida para um divertido passeio pelos bastidores da companhia e pela comédia de erros que se desenvolve dentro e fora de cena. A trama da ficção reflete também a personalidade do quarteto formado por Fred, Lili, a novata Luiza (Bruna Guerin) e o malandro Bill (Guilherme Logullo), que contrai uma dívida de jogo em nome do patrão. É quando uma dupla de mafiosos (Fafy Siqueira e Edgar Bustamante) invade o teatro, gerando uma confusão ainda maior.

No palco da peça ficcional, Falabella e Verney vivem um dos mais celebrados casais do teatro shakespeareano, Petruchio e Catarina. "O metateatro sempre me interessou muito. Temos uma peça dentro da peça e ainda os diálogos de Shakespeare. É uma adaptação muito inteligente", ressalta o diretor Claudio Botelho. "Assim como fizemos com todos os outros clássicos que já ‘enfrentamos’, vamos trazer o ‘Kiss Me, Kate’ para perto do público. Faremos uma grande homenagem ao Teatro Musical e aos profissionais que doam as suas vidas para colocar um espetáculo em cena", celebra o diretor.

"Kiss Me, Kate" é o maior sucesso de toda a carreira de Cole Porter. A primeira montagem estreou em dezembro de 1948 e alcançou a marca de inacreditáveis 1077 apresentações, além de receber cinco prêmios Tony nas categorias Musical, Compositor, Autor, Figurino e Produção. A versão inglesa estreou em 1951 e chegou a mais de 400 sessões. 

Em 1953, o musical deu origem a um filme homônimo, com Howard Keel (Fred Graham / Petruchio) e Kathryn Grayson (Lilli Vanessi / Catarina) e direção de George Sidney. O cinquentenário da obra (1999) foi comemorado em grande estilo, com um aclamado revival na Broadway, indicado a 12 prêmios Tony e premiado, assim como o original, com cinco troféus: Melhor Revival, Ator, Direção, Orquestração e Figurino. A montagem recebeu ainda 10 indicações e seis prêmios Drama Desk.

O sonho de trazer "Kiss Me, Kate" para o Brasil começou em 1999, quando Charles e Claudio assistiram à remontagem americana do clássico na Broadway. Na época, a dupla se dedicou a uma criteriosa pesquisa sobre a vida e a obra de Cole Porter e Claudio começou a escrever algumas versões de suas letras. O trabalho resultou em "Cole Porter - Ele Nunca Disse que me Amava", musical que contava a vida do compositor sob o ponto de vista das mulheres importantes em sua trajetória. Tudo feito com pouquíssimos recursos financeiros e a previsão de uma curta temporada.

A montagem foi um êxito instantâneo, ficou quatro anos em cartaz – incluindo uma temporada de três meses em Lisboa – sempre com sessões extras e matinês. Uma das atrizes lançadas com o espetáculo foi justamente Alessandra Verney.


Ficha técnica
"Kiss Me, Kate - O Beijo da Megera". Um espetáculo de Charles Möeller & Claudio Botelho. Letras e músicas de Cole Porter. Texto: Sam e Bella Spewack. Orquestração original: Robert Russel Bennet. Direção geral, versão brasileira e supervisão musical: Claudio Botelho. Com Miguel Falabella (Fred Graham / Petrúquio), Alessandra Verney (Lili Vanessi / Kate), Bruna Guerin (Luiza / Bianca), Guilherme Logullo (Bill / Lucêncio), Fred Silveira (General Harrison Howell), Fafy Siqueira (Gangster 1), Edgar Bustamante (Gangster 2), Fernando Patau (Batista), Rafael Machado (Paul), Mari Gallindo (Hattie), Thiago Machado (Grêmio), Leo Wagner (Hortêncio), Hipólyto (Ralph), Thor Junior (Pops) e Essemble formado por Danilo Barbieri, Estêvão Souz, Esther Arieiv, Fernanda Godoy, Gabriel Conrad, Guilherme Pereira, Marisol Marcondes e Maysa Mundim. Orquestra sob regência de Paulo Nogueira. Músicos: Edson Piza, Roniel de Souza, Bruna Zenti, Thiago Brisolla, Gabriel Alvico, Mauro Domenech, Leandro Lui, Tiago Sormani, Marisa Lui, Cesar Roversi, Paulo Jordão e Douglas Freitas. Coordenação artística: Tina Salles. Direção musical e adaptação da orquestração: Marcelo Castro. Coreografia: Alonso Barros. Iluminação: Cesar Pivetti. Cenografia: Marco Lima. Figurinos: Karen Brusttolin. Design de som: Marcelo Claret. Visagismo: Dicko Lorenzo. Direção de produção: Daniella Griesi, Marco Griesi e Renata Alvim. Produtora associada: Alessandra Verney.


Serviço
"Kiss Me, Kate - O Beijo da Megera". De 29 de julho a 27 de agosto. Sextas, às 21h. Sábados, às 17h e 21h. Domingos, às 17h. Teatro VillaLobos – Shopping VillaLobos. Ingressos: sextas: R$ 180 / R$ 90 (Plateia Premium Central), R$ 150 / R$ 75 (Plateia Premium Lateral), R$ 120 / R$ 60 (Plateia), R$ 100 / R$ 50 (Plateia Alta) e R$ 50 / R$ 25 (Balcão). Sábados e domingos: R$ 200 / R$ 100 (Plateia Premium Central), R$ 180 / R$ 90 (Plateia Premium Lateral), R$ 150 / R$ 75 (Plateia), R$ 120 / R$ 60 (Plateia Alta) e R$ 50 / R$ 25 (Balcão). Vendas pela internet (www.sympla.com.br) ou presencialmente, nos pontos de venda por meio dos totens no Shopping Villa Lobos (1º piso) ou ainda na bilheteria do Teatro Villa Lobos (nos dias do espetáculo, uma hora antes do horário do espetáculo até o início da apresentação). Av. Drª Ruth Cardoso, 4777 - Jardim Universidade Pinheiros - São Paulo. Classificação etária: livre, menores de 12 anos acompanhados dos pais ou responsáveis legais.

.: Monica Salmaso e André Mehmari celebram Milton Nascimento em álbum


Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

A obra de Milton Nascimento foi celebrada em disco pela cantora Monica Salmaso e pelo músico André Mehmari ao piano. A dupla recriou algumas canções clássicas do eterno "Bituca da MPB", além de resgatar outras pérolas menos conhecidas de seu vasto e rico repertório. A escolha das composições aconteceu de forma natural, como costumam ser os encontros entre os dois, que são parceiros há mais de 20 anos na música.

Profundo conhecedor da obra de Milton, André deu autonomia para que Mônica escolhesse as músicas que gostaria de cantar. O único pedido foi a inclusão de "Paixão e Fé", uma composição de Tavinho Moura e Fernando Brant, imortalizada na voz de Bituca. O disco foi gravado em um único dia, em 14 de dezembro de 2020, no estúdio Monteverdi, em São Paulo. 

Além de piano, André toca também marimba de vidro. Teco Cardoso é o único músico convidado, participando de duas faixas: em "A Terceira Margem do Rio" toca flauta baixo; já em "Milagre dos Peixes", toca sax soprano. O repertório traz ainda "A Lua Girou", "Noites do Sertão", "Saudades dos Aviões da Panair", "Canção Amiga", "Casamento de Negros", "Credo" e "Paula e Bebeto", uma citação de "San Vicente", além da leitura de um trecho de "A Terceira Margem do Rio", conto de Guimarães Rosa.

Todas as releituras ganharam um toque a mais com a voz maravilhosa de Monica e o acompanhamento de André nos teclados e arranjos. Especialmente nas canções "Noites do Sertão" e "Paixão e Fé", que destaco como pontos fortes do disco, assim como "Morro Velho". Se você é fã do Milton Nascimento, certamente irá gostar de ouvir essas releituras de suas composições. Vale muito a audição.

"Morro Velho"

"Paula e Bebeto"

"A Terceira Margem do Rio"


.: Últimas apresentações de "São Paulo”, com Regina Braga, no Teatro Bravos


Devido ao grande sucesso, espetáculo teatral cheio de música, poesia, bom humor e histórias sobre a cidade terá apresentações neste final de semana, no Teatro Bravos, Complexo Aché Cultural. É uma nova chance de ver Regina Braga em aclamado espetáculo dedicado a São Paulo. Foto: Fernando Sant'Ana

Com grande sucesso de público e de crítica, o espetáculo "São Paulo", estrelado por Regina Braga, volta a ser exibido na cidade, terá as últimas apresentações neste final de semana, dias 29 e 30 de julho, no Teatro Bravos. Com direção de Isabel Teixeira, o espetáculo revela histórias encantadoras, garimpadas ao longo de anos, sobre uma cidade que assusta, desafia, acolhe, estimula e sempre surpreende. 

Dividindo o palco com Regina, um grupo músicos e atores formado por Xeina Barros (voz e percussão), Alfredo Castro (voz e percussão), Maik Oliveira (voz, cavaquinho e bandolim) e Gustavo de Medeiros / Guilherme Girardi (voz e violão) traz à tona versos, contos e melodias que mostram uma cidade única, contraditória, misteriosa e muito divertida.

Desde a sua fundação, em 25 de janeiro de 1554, na área conhecida como Campos de Piratininga, entre os rios Anhangabaú e Tamanduateí, onde já existia o Pateo do Colégio, a cidade de São Paulo tem vivido contínuas transformações, sempre acolhendo quem chega, multiplicando sua diversidade e acelerando sua evolução. 

Esta cidade ocupa o papel de personagem principal do espetáculo, que reúne histórias deliciosas como o relato do Padre José de Anchieta sobre subir a serra do mar (a pé!), a visão poética de Itamar Assumpção sobre o Rio Tietê, a reflexão de Drauzio Varella sobre os passarinhos (bem-te-vis, tico-ticos, sanhaços, sabiás...) que, teimosos, ainda insistem em morar na cidade, e outras preciosidades escritas por ninguém menos que José Miguel Wisnik, Mario de Andrade, Oswald de Andrade, Paulo Prado, Castro Alves, Paulo Caruso, Guilherme de Almeida, Plínio Marcos, José Ramos Tinhorão, Alcântara Machado, German Lorca, Frei Gaspar da Madre de Deus, Carlos Augusto Calil, Paulo Bonfim e Pedro Corrêa do Lago.

A ideia do espetáculo começou a tomar forma há dez anos, estimulada pela leitura do livro "A Capital da Solidão", de Roberto Pompeu de Toledo. “Com este livro, a minha relação com a cidade mudou, passou a ser mais amorosa, de afeto mesmo, buscando entender os lugares descritos no livro, como a forca que existia na Liberdade”, revela Regina Braga, que chegou em São Paulo aos 18 anos de idade e, como ela mesma diz, “foi ficando”

São Paulo, uma cidade que nasceu isolada, escondida e assim permaneceu por quase quatro séculos. Ao longo da peça, (re)descobrimos a transformação da pacata vila com o ciclo do café, que fomentou estradas de ferro e estimulou a imigração; a fundação da Faculdade de Direito no largo de São Francisco, que impactou definitivamente em sua vida cultural e de lazer; o crescimento da cidade para além dos rios Tietê e Pinheiros; o surgimento das periferias a partir dos anos 30 e sua imensa força braçal e cultural; o carnaval do jeito bem paulistano e suas primeiras escolas de samba...

“A evidente paixão de Regina pela cidade de São Paulo é contagiante, conduz o fio narrativo e envolve completamente quem assiste ao espetáculo”, afirma a diretora Isabel Teixeira. Este afeto e este encantamento motivaram uma extensa pesquisa sobre a cidade e o que se escreveu e se cantou sobre ela, com inúmeras ideias anotadas - uma a uma, ano após ano - em um caderninho. Um processo de construção narrativa realizado com as pessoas e para as pessoas, que foi incorporando referências que vieram à tona em uma série de leituras realizadas na Casa de Mario de Andrade, na Biblioteca Mario de Andrade, na Casa das Rosas e em oito exibições no YouTube.

A própria Regina, responsável pelo roteiro, organizou tudo sobre uma ampla mesa, peça central no processo de criação e que acabou sendo o principal elemento cenográfico na montagem teatral, em volta da qual casos e lembranças são compartilhados e ganham calor, cor e som, como acontece mesmo em uma acolhedora mesa de roda de samba, daquelas que adoramos em um boteco ou no quintal de casa. Entre as pérolas resgatadas, "São Paulo, Chapadão da Glória" (Silas de Oliveira e Joaci Santana), "Samba Abstrato" (Paulo Vanzolini), "Viaduto de Santa Efigênia" (Adoniran Barbosa), "O Mundo" (André Abujamra), "No Sumaré" (Chico César), "Vira" (Renato Teixeira), "Persigo São Paulo" (Itamar Assumpção), entre outras. “A Regina é uma artista muito completa: escreve, canta, produz, sempre muito viva e inquieta. Eu me reconheço nessa inquietação”, complementa Isabel.

E é por inquietação e afeto que Regina compartilha também algumas de suas lembranças da cidade, como as chegadas de trem na Estação da Sorocabana (como era conhecida a estação Júlio Prestes), os jardins floridos dos casarões da Av.enida Angélica, a elegância nas ruas, a garoa, as águas que sumiram embaixo do cimento, com os rios subterrâneos e retificados, a efervescência do centro da cidade e de teatros como o Maria Della Costa, o Arena e o Oficina, a Escola de Arte Dramática que funcionava onde hoje é a Pinacoteca, as - também teimosas! - árvores da cidade: ipês brancos, roxos, amarelos; flamboyants vermelhos, alaranjados; tipuanas; jacarandás mimosos; sibipirunas com flores amarelas que imitam canários... Uma cidade sempre viva, estimulante e aberta, como o próprio espetáculo, como seus próprios habitantes. Parafraseando Itamar Assumpção, não é (só) amor, é uma identificação absoluta. São Paulo é Regina, São Paulo somos nós.

Ficha técnica
Espetáculo "São Paulo". Elenco: Regina Braga, Vitor Casagrande/Maik Oliveira, Gustavo de Medeiros/Guilherme Girardi, Alfredo Castro e Xeina Barros | Direção: Isabel Teixeira | Assistente de direção: Aline Meyer | Roteiro: Regina Braga | Colaboração no roteiro: Isabel Teixeira, Aline Meyer, Vitor Casagrande, Alfredo Castro, Guilherme Girardi e Mônica Sucupira | Colaboração artística: Monique Gardenberg | Iluminação: Beto Bruel | Cenografia e Figurino: Simone Mina | Assistente de Cenografia: Vinicius Cardoso | Gravuras: ateliê Fora de Esquadro – Isabel Teixeira (a partir de arquivos antigos, acervo pessoal e fotos de German Lorca) | Projeto Gráfico: Alexandre Caetano e Júlia Gonçalves (Oré Design Studio) | Fotos: Roberto Setton | Vídeo: Gislaine Miyono e Michel Souza | Operação de som: Alexandre Martins/ Pedro Semeghini | Operador de luz: Taiguara Chagas | Assessoria de Imprensa: Fernando Sant’ Ana | Produção Executiva: Rick Nagash | Produtora-Chefe: Anayan Moretto | Realização: Ágora Produções Teatrais e Artísticas.

Serviço
Espetáculo "São Paulo". Teatro Bravos - Complexo Aché Cultural (Rua Coropés, 88 – Pinheiros, São Paulo). Quatro apresentações: dias 29 e 30 de julho de 2023. Sábados, às 20h. Domingos, às 18h. Inteira R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia-entrada); Horários da bilheteria: de terça a domingo, das 13h às 19h, ou até o início do último espetáculo. Formas de pagamento aceitas na bilheteria: todos os cartões de crédito, débito e dinheiro. Não aceita cheques. Vendas on-line: https://bileto.sympla.com.br/event/83004. Duração: 90 minutos. Classificação: 12 anos. Capacidade: 611 lugares. Acesso para pessoas com mobilidade reduzida. Recomenda-se o uso de máscara durante todo o espetáculo. Estacionamento no Complexo Aché Cultural: R$ 39,00 (por até três horas).

.: "Luiz e Nazinha - Luiz Gonzaga para Crianças" somente neste fim de semana


Ministério da Cultura e Bradesco Seguros apresentam o premiado musical "Luiz e Nazinha - Luiz Gonzaga para Crianças", que está com as últimas apresentações no Teatro Bravos. Comemorando dez anos de sucesso, vista por mais de 200 mil pessoas, a fábula musical é baseada na vida do Rei do Baião. Em cena, Pedro Henrique Lopes (Luizinho), Marina Mota (Nazinha), Erika Riba (Santana / Elvira) e Sergio Somene (Januário / Raimundo). Foto: Andrea Rocha ZBR


Visto por mais de 200 mil pessoas, que se encantaram com a emocionante adaptação da vida do "Rei do Baião" para os palcos, o musical infantil "Luiz e Nazinha - Luiz Gonzaga para Crianças" está em cartaz no Teatro Bravos para as últimas apresentações, neste sábado, dia 29, e domingo, dia 30, sempre às 15h. O espetáculo é apresentado pela Bradesco Seguros, através da Lei de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura e do Governo Federal.

"Luiz e Nazinha - Luiz Gonzaga para Crianças" faz parte do projeto ‘Grandes Músicos para Pequenos’, criado pela produtora Entre Entretenimento com o objetivo de levar para os palcos nomes importantes da cultura brasileira em montagens que mesclam biografia e canções do artista homenageado, aproximando gerações em espetáculos para toda a família. 

O musical deu início ao projeto, que reúne hoje os premiados espetáculos: "Pimentinha - Elis Regina para Crianças", “O Menino das Marchinhas – Braguinha para Crianças”, “Bituca – Milton Nascimento para Crianças”, “Tropicalinha – Caetano e Gil para Crianças”, "A Menina do Meio do Mundo - Elza Soares para Crianças" e “Raulzito Beleza – Raul Seixas para Crianças”, todos extremamente premiados e aclamados pelo público.

Com direção de Diego Morais e direção musical de Guilherme Borges, "Luiz e Nazinha - Luiz Gonzaga para Crianças" conta passagens da infância de Luiz Gonzaga no interior do Nordeste, com destaque para a descoberta do amor, quando o jovem Luizinho (Pedro Henrique Lopes) se apaixona por Nazinha (Marina Mota), filha de um coronel que não permite o namoro deles. No elenco, também estão Erika Riba e Sergio Somene. O resultado é uma fábula de amor inocente, voltada para toda a família, embalada por grandes sucessos do músico, como “Asa Branca”, “Que Nem Jiló”, “Baião”, “O Xote das Meninas”, “Olha Pro Céu”, entre outros. 

“A abordagem é graciosa, ingênua e, por isso, cativa o público de todas as idades. O texto de Pedro Henrique Lopes (que faz o papel de Luizinho) não tem grosserias nem apelações e é muito bem construído. Ele conseguiu encaixar na trama as mais variadas letras de Gonzagão e o resultado é uma trilha harmoniosamente casada com a dramaturgia”, colocou o crítico Dib Carneiro Neto sobre o espetáculo. O espetáculo foi indicado em oito categorias nos maiores prêmios de teatro infantil do Rio de Janeiro e premiado na categoria como Melhor Atriz no Prêmio CBTIJ de Teatro Infantil 2015

“As crianças se divertem e os adultos sempre se emocionam. E o que buscamos é exatamente isso: um espetáculo que, ao mesmo tempo, aproxime as gerações, valorize a cultura brasileira, e que desperte a curiosidade. Muitas crianças pedem aos pais para escutarem as canções de Luiz Gonzaga depois de assistirem ao musical”, conta o diretor Diego Morais.

"Já circulamos muito com o espetáculo 'Luiz e Nazinha', por diversas cidades do Brasil. Sem dúvidas, trazer o espetáculo para São Paulo é sempre muito especial! O público paulista sempre recebe o ‘Grandes Músicos para Pequenos’ de braços e coração abertos", comemora o ator e autor Pedro Henrique Lopes.


Ficha técnica
Espetáculo "Luiz e Nazinha - Luiz Gonzaga para Crianças". Direção: Diego Morais. Direção musical: Guilherme Borges. Texto: Pedro Henrique Lopes. Elenco: Pedro Henrique Lopes (Luizinho), Marina Mota (Nazinha), Erika Riba (Santana / Elvira) e Sergio Somene (Januário / Raimundo). Cenário: José Claudio Ferreira. Adereços: Atelier Cohen. Figurinos: Wanderley Nascimento. Iluminação: Pedro Mendonça. Produção e realização: Entre Entretenimento.


Serviço
"Luiz e Nazinha – Luiz Gonzaga para Crianças". Sábado e domingo, dias 29 e 30 de julho, às 15h, no Teatro Bravos. Duração: 60 minutos. Classificação: livre. Valores: R$ 80,00 (plateia premium), R$ 60,00 (plateia inferior) e R$ 50,00 (balcão). Bilheteria de terça a domingo, das 13h às 19h ou até o início do último espetáculo. Formas de pagamentos aceitas na bilheteria: todos os cartões de crédito, débito e dinheiro. Não aceita cheques. Informações de bilheteria: (11) 99008-4859.Vendas Sympla: https://bileto.sympla.com.br/event/84217.


Teatro Bravos
Rua Coropé, 88, Pinheiros - São Paulo. Complexo Aché Cultural, entre as Avenidas Faria Lima e Pedroso de Morais. Abertura da casa: uma hora antes de cada horário de espetáculo. Café no 3º andar. Capacidade da casa: 611 lugares. Acessibilidade para deficiente físico e obesos. Estacionamento: MultiPark - R$ 39,00 (até três horas)

.: "Ensaio Sobre o Terror" adapta conto de Machado de Assis


José Fernando Peixoto de Azevedo evoca a história de linchamento presente em “Pai Contra Mãe” para retratar uma sociedade regida por um inconsciente escravocrata. Foto: Fredo Peixoto

Em sua busca por evidenciar o terror da violência racial presente na sociedade brasileira, o diretor e dramaturgo José Fernando Peixoto de Azevedo vem há anos trabalhando com o conto “Pai Contra Mãe”, publicado por Machado de Assis, em 1906. Assim, nasceu o solo "Ensaio Sobre o Terror", que faz sua estreia no Teatro Aliança Francesa, em São Paulo, nesta sexta-feira, dia 28 de julho, e segue em temporada até 10 de setembro, com sessões às sextas e sábados, às 20h30, e, aos domingos, às 18h30.   

A cena lida com o modo como Machado aborda o espancamento e a captura de uma mulher negra na rua. O público tem notícias de um casal branco, muito branco, como indicam seus nomes -  Cândido e Clara Neves. Os dois são pobres e, por isso, Cândido vive de pequenos bicos. Um deles é o de caçar escravizados fugidos.

O casal, quando engravida, tomado pela miséria, precisa deixar o filho na Roda dos Enjeitados. Ao fazer este caminho pesaroso rumo à entrega do bebê, Cândido reconhece na rua uma mulher negra que identifica em anúncios de fuga e decide capturá-la. No entanto, ela está grávida e, ainda assim, é espancada e devolvida ao “dono”. A partir desta cena de rua, que culmina no linchamento de uma mulher negra,  o espetáculo se desdobra.


Sociedade estruturada no racismo
“Há duas frases nesse texto machadiano que são uma síntese da nossa sociedade atual. Enquanto a personagem feminina apanha, o narrador comenta: ‘Todos que estavam à volta olhavam, compreendiam o que estava acontecendo e, naturalmente, não faziam nada’. E, quando ela perde o bebê por conta das agressões e Cândido recebe a sua recompensa financeira, o narrador relata:  ‘Bateu-lhe o coração. Nem todas as crianças vingam’”, conta o encenador. 

O conto de Machado de Assis discute, de forma pioneira, a violência racial na sociedade brasileira. Até hoje, mais de um século depois, o texto é usado para discutir os termos da racialidade no país. Para Azevedo, "Ensaio Sobre o Terror" elabora o sentido ideológico, falseador do que chamam cordialidade entre nós, evidencia o sentido da cordialidade no Brasil. 

O autor reflete sobre o modo como, um homem branco e pobre, reduzido à sua miséria e ignorância, imagina salvar-se a partir do único aspecto que o difere, nessa  sociedade, de uma pessoa “escravizável”: a cor de sua pele. É nesse contexto que aparece o terror. “A violência racial gera esse sentimento de horror ao mesmo tempo em que há um olhar que naturaliza essa brutalidade”, argumenta. Por isso, a escolha de trazer o foco para a branquitude na cena,  evidenciando o olhar que naturaliza o racismo. 

O público sente toda essa tensão por meio de procedimentos típicos do suspense, voltando ao cinema, como tem ocorrido nos trabalhos do diretor, com a presença de uma câmera em cena, que desliza entre o espaço de cena e outros planos, dentro e fora do teatro, jogando com tensões que dão a ver um corpo assombrado por uma ameaça que supostamente o cerca e observa. A música, executada ao vivo por um pianista, também contribui para a criação desse clima. 

Rodrigo Scarpelli é o ensaísta em cena, jogando com materiais que deslizam entre o  conto de Machado de Assis e a exposição dos ossos brancos do racismo à brasileira. No jogo com a câmera e o piano, o ator mobiliza a palavra e o espaço para dar a ver a fisionomia desse fantasma que assombra e toma corpos.

Conforme a narrativa avança, com o coração na boca, fica evidente algo daquela cordialidade sempre reiterada: o mesmo coração que bate pelo filho, mata em nome do pai. O terror não está fora, é ele a assombração. “Para o racismo existir, é preciso que um branco apareça na cena, aja, e que outros brancos naturalizem seu gesto”, defende Azevedo. "Em Cândido há algo de um brasileiro médio, solto nas ruas, movido pelo ressentimento e um ódio a si mesmo, expresso em práticas de destruição e ódio a tudo aquilo que identifica como um espelho inaceitável". Compre contos de Machado de Assis neste link.


Sinopse
"Ensaio Sobre o Terror" é uma peça-ensaio sobre a branquitude ou o terror da violência racial entre nós. Numa cena de rua, o linchamento emerge como rito e expressão de uma dessolidariedade estrutural e estruturante, assombrando uma sociedade regida por um inconsciente escravocrata. No conto, a trajetória de um homem branco livre e pobre, numa sociedade em que o único dado que garante seu estatuto jurídico de livre, diferindo-o de uma pessoa escravizável, estava na cor de sua pele. Em cena, o terror emerge dando a ver o teor próprio da violência racial, em deslizamentos de linguagem entre o cinema e a música.


Ficha técnica
"Ensaio Sobre o Terror". A partir do texto Pai Contra Mãe, de Machado de Assis. Dramaturgia e direção: José Fernando Peixoto de Azevedo. Atuação: Rodrigo Scarpelli. Câmera em cena e edição de imagem: Fredo Peixoto. Trilha e direção musical: Abraão Kimberley e Victor Mota. Colaboração em processo: Thainá Muniz. Apoio técnico (Câmera e vídeo): André Voulgaris e Alex Brito. Assessoria de imprensa: Canal Aberto - Márcia Marques, Daniele Valério e Carol Zeferino. Produção: Corpo Rastreado.


Serviço
"Ensaio Sobre o Terror". Data: 28 de julho a 10 de setembro de 2023. Horário: sextas e sábados, às 20h30, e aos domingos, às 18h30. Teatro Aliança Francesa - Sala Lab. Endereço: Rua General Jardim, 182 - Vila Buarque. Ingressos: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia). Gênero: terror | Lotação: 40 lugares | Duração: 80 minutos. Acessibilidade: elevador.

.: "Fala das Profundezas" tem sessões gratuitas na Funarte São Paulo


O Núcleo Negro de Pesquisa e Criação (NNPC) apresenta a peça "Fala das Profundezas" no Complexo Cultural Funarte (Sala Renée Gumiel ), nos dias 28, 29 e 30 de julho, sexta, às 20h, e sábado e domingo, às 19h, com ingressos gratuitos e interpretação em Libras. Após a sessão do sábado, dia 29, acontece o bate-papo "Outros Olhares" com participação de Soraya Martins (atriz, pesquisadora, crítica teatral e curadora de teatros).

Com dramaturgia e direção de Gabriel Cândido, o enredo da montagem traz uma realidade pautada pela exploração da força de trabalho em troca do básico para sobrevivência. A peça mostra a insurgência de um povo contra uma engrenagem que precariza a vida para acumular poder. As contradições deste povo despontam junto aos seus anseios, sonhos e prazeres no território em que vivem tendo como pano de fundo a iminência de uma combustão social.

"Fala das Profundezas" busca ativar imaginários de mobilização coletiva, no sentido de fazer crer que, mesmo em um contexto de exceção, repleto de contradições e de escassez, é possível criar movimentos em prol de melhores formas de viver. “Este ‘possível’, na peça, é apresentado, ao longo da narrativa, como uma espécie de centelha que vai se desdobrando em mais centelhas e, assim, animando essas personagens que, apesar de tudo, sonham, festejam e confabulam como um ato contra o marasmo do sistema capitalista”, comenta o autor e diretor Gabriel Cândido. 

A encenação do NNPC acontece em formato de arena, no qual as atrizes e os atores propõem um jogo cênico de aproximação e distanciamento com o público durante toda a narrativa, assumindo-o como parte do acontecimento teatral. O diretor comenta: “Um teatro negro que não está pautado pelo racismo gera estranhamento, pois é o que sempre esperam de nós. Penso que Fala das Profundezas não corresponde a essas expectativas porque buscamos o exercício da alteridade radical, quando debatemos questões presentes em toda a sociedade brasileira, desde relações afetivas até as relações de terra, trabalho e capital”

O enredo é conduzido por um coro heterogêneo denominado "Outras-Pessoas", que por sua vez representam o povo, e por cinco personagens que emergem deste coro: Dafina (Maria Gabi) e Anele (Tásia d'Paula) são duas mulheres que tentam lidar com uma relação de amor mal resolvida enquanto confabulam sonhos perigosos; Thato (Deni Marquez) se torna uma das exceções ao conquistar o básico, mas suas atitudes geram revolta e perseguição do povo ao qual ele se recusa a pertencer; Luísa e Frantz (Ellen de Paula e Fábio Lopes) que, ao confidenciarem as situações absurdas que ocorrem nas profundezas, ativam em Luísa a motivação necessária para sair em busca de mobilização coletiva para lutar contra aqueles que detêm o poder. 

As histórias acontecem em tempos plurais, numa dinâmica de encontros e desencontros, permeados por ideias e desejos de uma revolta popular que se espalha de um a um, até se concretizar em uma ação coletiva. Estas apresentações integram o projeto Escombros - Parte I: Fala das Profundezas, contemplado pela 16º edição do Prêmio Zé Renato de Teatro para a Cidade de São Paulo, da Secretaria Municipal de Cultura. Compre o livro "Fala das Profundezas", de Gabriel Cândido, neste link.


Ficha técnica
Espetáculo "Fala das Profundezas". Dramaturgia e direção: Gabriel Cândido. Elenco: Deni Marquez, Ellen de Paula, Fábio Lopes, Maria Gabi e Tásia d’Paula. Produção executiva: Kauanda. Assistência de produção: Maria Gabi. Coordenação de produção: Gabriel Cândido. Trilha sonora original e operação de som: André Papi. Desenho de luz: Natália Peixoto. Operação de luz: Leonardo Carvalho. Preparação vocal: Maria Gabi. Preparação corporal: Lilian Martins. Orientação vocorporal: Luciano Mendes de Jesus. Figurinos: Carla Stela. Trançadeira: Paola Ferreira. Maquiagem: Rapha Cruz. Contrarregragem: Amanda de Jesus, Euzilene Ribeiro e James Christofher. Produção audiovisual: Jerê Nunes e Thais Namai. Intérpretes de Libras: Quilombo que Sinaliza. Participação especial / vozes off: Bruna Candido, Carla Stela, Dirce Thomaz, Diogo Guedes, Fabiana Neves, Fagner Lourenço, Jerê Nunes, Kauanda, Luís Antonio Candido, Natália Peixoto, Marcela Coelho, Paola Ferreira, Sueli Aparecida Costa, Sueli Candido e Vera Lúcia de Oliveira Lima. Social media: Anderson Vieira e Ayrá Ludovico - Teatro Já. Assistência de redes sociais: Deni Marquez. Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação. Projeto gráfico: Wellingthon Tadeu. Catering: Cozinha Fermenta. Realização: Núcleo Negro de Pesquisa e Criação (NNPC).


Serviço / Programação
Espetáculo "Fala das Profundezas". Com o Núcleo Negro de Pesquisa e Criação (NNPC). Dias 28, 29 e 30 de julho – Sexta-feira, dia 28, às 20h, sábado, dia 29, e domingo, dia 30, às 19h. Domingo, dia 30: bate-papo com Soraya Martins. Duração: 1h40. Gênero: Drama. Classificação: 12 anos. Ingressos: gratuitos. Reservas: https://www.sympla.com.br/evento/fala-das-profundezas-na-funarte-sp/2061885. Com interpretação em Libras. Acessibilidade para PCD. NNPC nas redes: @nnpc.sp. Local: Complexo Cultural Funarte SP | Sala Renée Gumiel. Alameda Nothmann, 1058 - Campos Elíseos. SP/SP. Tel: (11) 3662-5177.


Agosto - Teatro Paulo Eiró - 18, 19 e 20 de agosto - Sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 19h.
Setembro - Teatro Cacilda Becker - 15, 16 e 17 de setembro - Sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 19h.

.: Espetáculo "O Dragão Dourado" estreia no Teatro Alfredo Mesquita


Grupo mistura teatro e cinema com espetáculo dirigido por Dagoberto Feliz e filme de Gabi Jacob para refletir sobre populações invisíveis.


Que barreiras existem em nossa comunicação com o outro? Questões como esta norteiam a criação de "O Dragão Dourado", da trupe à grega, que estreia no dia 28 de julho, no Teatro Alfredo Mesquita. O espetáculo segue em cartaz por lá até 20 de agosto, com apresentações às sextas e aos sábados, às 21h, e aos domingos, às 19h, e, depois disso, tem novas sessões no Teatro Arthur Azevedo, entre 31 de agosto e 10 de setembro, de quinta a sábado, às 20h, e aos domingos, às 18h.

Com dramaturgia premiada mundialmente de Roland Schimmelpfennig, a peça é uma tragicomédia que discute a exclusão. A partir do recorte da comunicação como fronteira basilar em relações de poder, Dagoberto Feliz dirige um elenco composto por cinco atores ouvintes e uma atriz surda para falar sobre a invisibilização social. A trama começa no térreo de um prédio residencial, na minúscula cozinha do restaurante de comida chinesa, tailandesa ou vietnamita "O Dragão Dourado", onde os cozinheiros tentam desesperadamente amenizar a dor de dente de um deles, o novato. 

Ao mesmo tempo, na parte da frente do restaurante duas aeromoças se sentam à mesa número 11. Em cima, num apartamento de quatro cômodos, vive um casal à beira da separação. Um velho que gostaria de ser jovem outra vez, em sua sacada, observa o pôr-do-sol. Dois jovens apaixonados prestes a descortinar uma absoluta catástrofe, enquanto o dono do mercadinho vizinho ao restaurante pede o número 103 para viagem, extra picante. 

A montagem ainda explora a fábula da cigarra e da formiga como uma poderosa metáfora das relações estabelecidas entre os personagens. As histórias se misturam e as máscaras são arrancadas, assim como o dente do novato, que desaparece como se nunca houvesse existido. O elenco traz Alice Guêga, Dani Theller, Juliano Veríssimo, Ian Noppeney, Luiza Magalhães e Sueli Ramalho.

Antes de cada sessão, o grupo ainda exibe o curta-metragem “O Dente da Frente”, dirigido por Gabi Jacob, gravado em 2021, que mostra os bastidores dos primeiros dias de ensaio desta peça e busca refletir sobre questões como: O que contém o processo de criação no teatro de grupo? É possível a integração entre ouvintes e surdos quando máscaras aumentaram ainda mais a barreira da comunicação?

Sinopse da peça
Na minúscula cozinha do restaurante de comida chinesa, tailandesa ou vietnamita, os cozinheiros tentam amenizar a dor de dente de um deles, o novato. Ao redor desta pequena torre de Babel, outros personagens surgem e escancaram as relações sociais estabelecidas. As histórias se misturam e as máscaras são arrancadas, assim como o dente do novato, que desaparece como se nunca houvesse existido.


Sobre a trupe à grega
A trupe à grega é um coletivo teatral de artistas que embasam sua pesquisa fundamentalmente no teatro épico, a partir de dramaturgias contemporâneas e do treinamento em Viewpoints. Com dois espetáculos em seu repertório, já tendo rodado por quatro cidades brasileiras e alcançado um público de mais de 2.000 pessoas, a trupe se lança experimentalmente neste novo projeto que mistura teatro, cinema, português e Libras.


Sinopse do curta
O que contém o processo de criação? O que vem antes, bem antes, da cortina abrir no terceiro sinal para a plateia? Como um espaço vazio com uma mesa e uma cadeira se transforma numa cozinha quente, barulhenta e apertada com um enorme conflito entre os cozinheiros?  É possível a integração entre ouvintes e surdos quando máscaras aumentaram ainda mais a barreira da comunicação? Um filme que procura refletir sobre as relações sociais e criativas a partir do teatro de grupo.

Ficha técnica
"O Dragão Dourado". Dramaturgia: Roland Schimmelpfennig. Tradução: Marcos Barbosa. Direção: Dagoberto Feliz. Preparação corporal/Assistência de Direção: Marcella Vicentini. Elenco: Alice Guêga, Dani Theller, Juliano Veríssimo, Ian Noppeney, Luiza Magalhães, Sueli Ramalho. Trilha sonora: Dagoberto Feliz, Gabriel Edé e Juliano Veríssimo. Criação de cenário: Evas Carretero. Criação de figurino: Nour Koeder. Criação de luz: Oliveira Azul. Consultoria em libras: Sueli Ramalho. Técnica de luz: Oliveira Azul. Acessibilidade em libras: Gabi Martins e Elisangêla de Jesus. Acompanhamento de processo: Milla Cristie e Abayomi Olugbala. Design gráfico: Everson Verdião e Ciro Jarjura. Cinegrafista: Everson Verdião. Assessoria de imprensa: Pombo Correio. Direção de produção: Paloma Alves – Obará Produções Artísticas. Produção executiva: Paloma Alves - Obará Produções Artísticas. Realização: trupe à grega. Este projeto foi contemplado pelo Edital de Apoio a Projetos Culturais de Projetos Culturais de Múltiplas Linguagens - 2ª Edição para a cidade de São Paulo - Secretaria Municipal de Cultura.


Ficha técnica do curta "O Dente da Frente"
Direção: Gabi Jacob. Direção de fotografia: Dariely Belke. Direção teatral: Dagoberto Feliz. Preparação corporal: Marcella Vicentini. Operação de câmera: Dariely Belke e Danilo Rosa. Assist. câmera: Rafaella Arcuschin e Giovanna Darcie. Iluminação: Gabriele Souza. Técnico de luz: Diego F.F. Soares. Som direto: Henrique Gentil. Trilha original: Gabriel Edé, Juliano Veríssimo. Mixagem e masterização: Gabriel Edé.
Montagem:  Luma e Gabi Jacob. Finalização: Luma. Edição teaser: Marcelo Stehlick. Figurino: Nour Koeder. Catering: Ensaio Cozinha. Elenco: Alice Guêga, Juliano Verríssimo, Luíza Magalhães, Marcelo Stehlick, Rosana Santesso e Sueli Ramalho. Produção e realização: trupe à grega.


Serviço
"O Dragão Dourado" + curta "O Dente da Frente"
Duração:  102 minutos (22 minutos do curta + 80 minutos da peça)
Classificação indicativa: 14 anos
Gênero: tragicomédia 


Temporada 1
Teatro Alfredo Mesquita – Av. Santos Dumont, 1770, Santana - São Paulo. Temporada: 28 de julho a 20 de agosto. Às sextas e aos sábados, às 21h, e aos domingos, às 19h. Ingressos: gratuitos. Capacidade: 198 lugares. Acessibilidade: teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida, tradução em Libras em todas as sessões.

Temporada 2
Teatro Artur Azevedo (Sala Multiuso) – Av. Paes de Barros, 955, Mooca - São Paulo. Temporada: 31 de agosto a 10 de setembro. De quinta a sábado, às 20h, e aos domingos, às 18h. Ingressos: gratuitos. Capacidade: 60 lugares. Acessibilidade: teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida, tradução em Libras em todas as sessões.

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