sexta-feira, 18 de agosto de 2023

.: Companhia Nova de Teatro estreia peça sobre entrelaçamento de culturas


Com texto e direção de Carina Casuscelli "Entrelaçados" apresenta a diversidade de algumas culturas presentes na metrópole paulistana. Em cena, performers turcos, africanos, andinos, venezuelanos e de outras etnias transitam entre o biográfico e o ficcional. 
 Foto: @jaozinfotografia.

Baseado em relatos pessoais de diversas etnias, que residem na cidade de São Paulo, e que trazem em si conhecimentos, valores, desejos, desafios e vivências, o espetáculo "Entrelaçados" obra multimídia da Companhia Nova de Teatro – traz para a cena o resultado dos entrelaçamentos dessas diferentes culturas. Escrita e dirigida por Carina Casuscelli, a montagem estreia dia 3 de agosto, quinta-feira, às 19h30, na Oficina Cultural Oswald de Andrade. 

No palco, o elenco composto de performers de origem turca, africanos, andino, venezuelano e outras etnias - Alex Nasser, Emrah Esatoglu, Cesar Chui, Isidro Sanene, Fran Castellar, Safira Lazúli, Suzana Aziza e Thatita Alves -, foi provocado e estimulado para as ações investigativas por meio de relatos, ações físicas e textos ficcionais e documentais, a partir de suas próprias histórias e histórias ouvidas em seus conterrâneos. "Entrelaçados" completa a trilogia Imigração em Cena, composta pelos espetáculos Caminos Invisibles... La Partida e Barulho D´água.

A dramaturgia foi construída a partir do recorte de investigações sobre a diversidade étnica presente na cidade de São Paulo e as pesquisas de narrativas desses protagonistas, aliadas ao conjunto de pesquisas acumuladas em projetos anteriores do grupo. As cenas transitam entre o biográfico e o ficcional, em um mundo distópico, atemporal, fragmentando o presente e o passado, convergência e divergência dessas diferentes culturas, ritualizações, lapso do tempo, bombardeamento de informações, saúde mental, a incapacidade de convivência em um lugar onde se encontram confinados provocando a angustia diante do tempo, da morte.

Para Carina Casuscelli, que assina a direção e dramaturgia do espetáculo, as histórias de vidas de milhares de imigrantes e as misturas de crenças, hábitos e rituais vividos na metrópole oferecem inúmeras possibilidades e leituras para uma construção dramatúrgica que possa refletir a realidade e os dramas humanos. “São histórias de vidas que desenham o cotidiano da cidade, se entrelaçam, se confundem e permanecem emaranhadas nos diversos territórios, aproximando ou distanciando as pessoas”, conta ela.

"Entrelaçados" integra o projeto Companhia Nova de Teatro + 20 Anos contemplado pela 38ª edição do Programa de Fomento ao Teatro para Cidade São Paulo, da Secretaria Municipal de Cultura que prevê a realização de peças de repertório, trabalhos formativos como oficinas e palestras, e um livro sobre a trajetória do grupo ao longo de 20 anos.


Ficha técnica
Espetáculo "Entrelaçados". Direção geral e dramaturgia: Carina Casuscelli. Provocações e iluminação: Lenerson Polonini. Elenco: Carina Casuscelli, Alex Nasser, Emrah Esatoglu, Fran Castellar, Cesar Chui, Isidro Sanene, Safira Lazúli, Suzana Aziza e Thalita Alves. Figurinos: Carina Casuscelli. Trilha sonora: Wilson Sukorski. Vídeos: Téo Ponciano. Orientação e provocação dramatúrgica: Sônia de Azevedo.  Preparação corporal: Aysha Almee. Preparação Dança Dabke: Márcia Dib.  Operação de som: Felipe Moraes. Operação de luz: Verônica Castro. Operação de Imagem: Téo Ponciano. Fotos: @jaozinfotografia.  Assessoria de imprensa: Nossa Senhora da Pauta. Espaço Cênico e produção: Carina Casuscelli e Lenerson Polonini (Companhia Nova de Teatro). Assistente de produção: Thalita Alves. 


Serviço
Espetáculo "Entrelaçados". De 3 de agosto a 2 setembro, quarta a sexta-feira às 19h30 e sábado às 15h e 18h. Oficina Cultural Oswald de Andrade. Rua Três Rios, 363 - Bom Retiro/São Paulo. 60 minutos | 16 anos |Gratuito. Lotação: 50 lugares.

.: "Cinema Mudo": há 40 anos, a estreia dos Paralamas do Sucesso em disco


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. 

Há 40 anos, Os Paralamas do Sucesso lançavam o seu álbum de estreia. "Cinema Mudo" foi um começo bem promissor, aproveitando a abertura que as rádios deram na época para o rock nacional naquela década. As canções mostravam influência do rock britânico e do reggae em muitos momentos. E é preciso destacar o perfeito entrosamento do trio, formado por Herbert Vianna (guitarra e vocal), João Barone (bateria) e Bi Ribeiro (baixo).

Os três músicos vieram da chamada safra de Brasília, que logo traria bandas como Legião Urbana, Plebe Rude e Capital Inicial, entre outras. E de uma certa forma, a longevidade da banda, aliada com a sua sonoridade singular, que sempre caiu no gosto popular, contribuiu para a consolidação do rock nacional no cenário cultural do país.

Logo de cara, algumas faixas tocaram nas rádios, como "Vital" e "Sua Moto", "Patrulha Noturna" e a faixa-título ("Cinema Mudo"). Isso já serviu para mostrar para a gravadora deles na época (EMI) que havia um potencial a ser explorado. O som da banda nesse disco mostra uma influência do trio inglês The Police. O arranjo de Vital e Sua Moto comprova a adoração que os então jovens tinham pelos ídolos britânicos. O estilo de Barone na bateria mostra influência direta de Stewart Copeland, do The Police. O próprio Barone já confirmou isso em entrevistas recentes.

O disco foi produzido por Marcelo Sussekind e conta com participação de Lulu Santos que toca guitarra na faixa O" Que Eu Não Disse". A canção "Volúpia" tem arranjo de metais de Leo Gandelman. E conta ainda com "Química", canção de Renato Russo que a Legião Urbana gravaria somente no seu terceiro disco.

"Cinema Mudo" foi o pontapé inicial ideal para o trio, que entraria novamente em estúdio no ano seguinte para gravar "O Passo do Lui", alcançando um sucesso ainda maior que culminaria na apresentação antológica da primeira edição do "Rock In Rio" em 1985.

"Cinema Mudo"

"Vital e Sua Moto"

"Patrulha Noturna"

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

.: "Uma Peça de Comédia" estreia e questiona: como fazer rir sem ofender?


Em novo espetáculo do autor e diretor Dan Rosseto, elenco tenta salvar peça ruim e com humor ultrapassado, estreia em agosto na capital paulista em curtíssima temporada.


Estreia no dia 17 de agosto no Teatro Itália o espetáculo “Uma Peça de Comédia”, o novo trabalho do autor e diretor Dan Rosseto. No elenco estão Miriam Palma, André Grecco, Adriano Paixão, Lia Antunes, Juan Albertini e Viviane de Oliveira, além do próprio Rosseto que pela primeira vez atuará em um texto autoral.

“Uma Peça de Comédia” acompanha os bastidores dos ensaios do espetáculo "The Fertilization" (nome fictício de uma peça dentro da peça) que está a uma semana da estreia. Todavia a produção abandonou o trabalho; e o cenário, figurino, trilha, iluminação e a montagem ainda não foram finalizadas. O elenco está insatisfeito com o diretor Máximo Diógenes e inseguro com o processo de criação, interrompendo o ensaio diversas vezes para debater falas grosseiras e situações inadequadas, que geram humor, mas causam desconforto e constrangimento.

Os atores, preocupados com a recepção do público, tentam convencer a direção que o tom estereotipado e caricato da peça está ultrapassado; e só enxergam o fim de suas carreiras. O diretor, que tem comportamento egocêntrico e abusivo, não dá espaço e tenta convencê-los do contrário, apesar de ter rompantes de otimismo e paixão pelo ofício teatral.

O elenco tenta desesperadamente salvar a encenação até a estreia, tendo em vista que Máximo convidou uma temida crítica para assistir um ensaio sem avisá-los. Está armada a confusão que acende a fogueira das vaidades. Os egos de cada um eclodem, criando uma atmosfera de competição e hipocrisia, onde as máscaras caem e a crueldade por vezes dá lugar à razão.

O espetáculo, através de uma metalinguagem tragicômica, alterna os ensaios com a vida pessoal dos atores, oferecendo camadas humanas sobre cada um e trazendo elementos farsescos para a história. Ao repensarem o conceito do espetáculo, o texto abre um debate leve e na medida sobre o humor atualmente: “como fazer comédia sem ofender?”. Dan Rosseto se inspirou em obras do cineasta Woody Allen, como os filmes: “Dirigindo no Escuro” e “Tiros na Broadway”; com seus personagens patéticos, levianos e paranoicos, que provocam o riso nervoso por serem hipócritas e completamente ridículos.

As transformações sociais, culturais, de gênero, machismo, sexismo, racismo, etarismo, capacitismo, entre outros temas; que vem acontecendo de forma vertiginosa tem provocado debates e gerado diversas questões sobre o que é “politicamente correto”. O humor coloca todos no mesmo nível: palco e plateia, humanizando as partes, fazendo repensar os estímulos de ambos os lados.  É também uma estratégia de sobrevivência, e uma forma descontraída de contribuir para levar informação e um olhar crítico, sem perder o riso e mantendo sua responsabilidade social.


Ficha técnica
Espetáculo "Uma Peça de Comédia". Texto e direção: Dan Rosseto. Direção de produção: Fabio Camara. Elenco: Miriam Palma, André Grecco, Adriano Paixão, Lia Antunes, Dan Rosseto, Juan Albertini e Viviane de Oliveira. Iluminador e operador de luz: Jackson Oliveira. Operadora de som: Jorge Leal. Preparação vocal: Gilberto Chaves. Preparação corporal: Marize Piva. Assistência de direção: Viviane Figueiredo. Fotos e vídeos: Erik Almeida. Arte gráfica: André Kitagawa. Assessoria de imprensa: Fabio Camara. Realização: Applauzo Produções, Lugibi Produções, Cão Bravo Produções e Cutucada Cultural


Serviço
Espetáculo "Uma Peça de Comédia". Local: Teatro Itália Bandeirantes.  (Av. Ipiranga 344 - República). 290 lugares. De 17 de agosto até 14 de setembro. Quintas-feiras, às 20h. Ingressos: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia). Informações: (11) 3131 4262. Vendas pela internet: https://bileto.sympla.com.br/event/85331/d/208238/s/1405421. Duração: 90 minutos. Classificação: 16 anos.

.: Wagner Molina apresenta solo "Apesar de Tudo" no Teatro Giostri


A personagem mistura pensamentos e histórias de pessoas, sem a certeza de que talvez elas sejam ele mesmo, enquanto aguarda. Foto: Ivan Berger.


O espetáculo "Apesar de Tudo", estrelado e concebido por Wagner Molina e dirigido por Helio Cicero, segue em cartaz até este domingo, dia 20 de agosto, sábado, no Teatro Giostri.  As apresentações desta última semana acontecem nesta sexta-feira, às 20h30, sábado, às 21h00, e domingo, às 18h00. No enredo, um homem desperta em um lugar que não reconhece, e sua única lembrança é que ele precisa esperar.

A dramaturgia de "Apesar de Tudo" foi elaborada por Wagner Molina enquanto estudava autores teatrais em busca de criar um texto para um espetáculo solo. Com as restrições impostas pela pandemia, o projeto (contemplado pelo Edital ProAC Expresso Direto) foi interrompido. Wagner mudou-se para Portugal e somente em 2023 a produção ganhou forma. O texto conta com as preciosas contribuições de Helio Cicero, que acompanhou todo o processo e delineou o roteiro para Molina, e de Cesar Ribeiro, cujo olhar foi fundamental para a dramaturgia final.

A personagem mistura pensamentos e histórias de pessoas, sem a certeza de que talvez elas sejam ele mesmo, enquanto aguarda. Com a desolação e a solidão, característica do teatro do absurdo, esse vivido homem tem como companhia suas memórias e seus conflitos, trazendo à cena histórias próprias ou inventadas - talvez não, tudo é incerteza -, adornadas pelo seu humor sinistro. Ora citando poemas ora devaneando, o homem imerge em reflexões existenciais.

Ator e diretor citam como referências na elaboração da dramaturgia os autores Albert Camus, Nelson Rodrigues, Jean-Paul Sartre, Friedrich Nietzsche e Samuel Beckett (este último, segundo Molina, seria o gatilho para toda a criação). O texto, poético, coloca a personagem em um lugar indefinido, em um outro plano, numa situação de enfrentamento, inclusive da morte. “Esse homem em questão está enclausurado interna, emocional e espiritualmente. Em um jogo com a plateia, ele expõe o seu estado de alma durante esse questionamento existencial”, argumenta Helio Cicero.

Wagner Molina comenta que o espetáculo traz um pouco de muitas coisas; que soma a vivência com a criação. “Posso dizer que esse texto reflete muito do que eu já vivenciei como protagonista ou observador atento. Essas marcas são evidenciadas ao conjugar meus poemas com inspirações provocadas pelas palavras de mestres da dramaturgia mundial, sem deixar de citar Fernando Pessoa, mestre primeiro, inspirador e companheiro de longa data”, declara. “Assim como é comum em Beckett, em 'Apesar de Tudo' observa-se e reflete-se sobre o quase nada da vida, como se fosse um acúmulo de banalidades fúteis tão presentes nos dias atuais, do qual pouco sobra na memória dos narradores beckettianos”, comenta o ator e autor.

O cenário intimista traz elementos essenciais, como um praticável e um varal de retalhos costurados que remetem aos fragmentos de memórias, de onde a personagem surge para as cenas. Wagner Molina conta com Bianca Malheiro, atriz que tem participação lhe dando suporte sem exatamente entrar em cena, e Mariana Franzin, violoncelista que executa temas da trilha sonora ao vivo, no palco.


Ficha técnica
Solo "Apesar de Tudo". Texto e interpretação: Wagner Molina. Direção geral: Helio Cicero. Colaboração artística: Cesar Ribeiro. Direção de produção: Daniel Torrieri Baldi. Trilha sonora original: Tony Berchmans. Cenário e figurino: Marisa Rebollo. Iluminação: Rodrigo Sawl. Assistência de direção e participação/cena: Bianca Malheiro. Violoncelista: Mariana Franzin. Operação de luz: Igor Yabuta. Contrarregragem: Guilherme Maia. Cenotécnica: Armazém Cenográfico. Montagem: Gabriel Rodrigues. Assessoria contábil: Contabilizi - Gestão Contábil. Assessoria de imprensa: Eliane Verbena. Design gráfico: Felipe Barros. Fotografia artística: Ivan Berger. Produção executiva: Fernanda Lorenzoni. Projeto realizado com recursos do Edital ProAC Expresso Direto - Programa de Ação Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo.


Serviço
Solo "Apesar de Tudo". Até dia 20 de agosto de 2023. Sextas (às 20h30), sábados (às 21h) e domingos (às 18h).  Ingressos: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia-entrada). Vendas on-line: Sympla - www.sympla.com.br | https://www.giostricultural.com.br/programacaoDuração: 50 minutos. Gênero: drama. Classificação: 14 anos. Acessibilidade gratuita para portadores de necessidades especiais - Agendamento pelo telefone da bilheteria do teatro. Giostri Teatro. Rua Rui Barbosa, 201 - Bela Vista, São Paulo/SP. Tel.: (11) 2309-4102. Capacidade: 100 lugares.

.: Denise Fraga volta aos palcos com a peça “Eu de Você” em nova temporada


Idealizado e criado pela atriz, pelo produtor José Maria e pelo diretor Luiz Villaça, o espetáculo já foi apresentado mais de 150 vezes em 20 cidades do país. Foto: Divulgação - Café Royal

O monólogo “Eu de Você”, estrelado por Denise Fraga, começa nova temporada no Teatro TUCA (PUC SP), com estreia marcada para esta sexta-feira, dia 18 de agosto. Idealizada e criada pela atriz Denise Fraga, produzida por José Maria, dirigida por Luiz Villaça e coproduzida pela Café Royal, “Eu de Você” mostra histórias reais, costuradas com pérolas da literatura, música, imagens e poesia. O espetáculo foi considerado como “Melhor Monólogo de 2019”, pelo Guia Folha e Denise foi indicada aos prêmios APTR e Cesgranrio 2023 na categoria Melhor Atriz.

No espetáculo, o humor cotidiano leva o público a rir das situações corriqueiras. A gargalhada costuma ser uma arma poderosa que consegue ampliar a consciência, a sabedoria e trazer uma reflexão. Embora seja um solo, a atriz estará acompanhada de personagens inspirados em histórias reais: Fátima, Bruno, Clarice, Wagner, além de diversos artistas de grande reconhecimento, tecendo um bordado de vida e arte.

"Não há melhor espelho do que o outro. Sabemos quem somos a partir do que reverberamos. É urgente ver o outro, olhar pelo olhar do outro, ser eu de você. O que seria de nós se pudéssemos ser eu de você e você de mim, deixando-nos ambos atravessar por nossas experiências?"
. Esta é a temática do  espetáculo "Eu de Você", que estreou em setembro de 2019 no Theatro São Pedro, em Porto Alegre, cumpriu temporada em São Paulo, Belo Horizonte e Campinas e teve a turnê interrompida pela pandemia da Covid-19. Em 2022, o espetáculo retomou sua turnê e foi realizado em 14 cidades do país, entre elas Brasília, Curitiba e Rio de Janeiro.

“Que seria de nós sem os poetas? E o que seria deles sem a vida comum? É dessa mistura que surge a ideia de nosso Eu de Você. O que tem em comum a Cris, o Paulo Leminski e o Zezé di Camargo? Tchekhov, eu e Francisco? Pelo que a avó do Felipe estava chorando enquanto os Beatles compunham mais uma canção? O que fará o Wagner quando ouvir o que Chico Buarque fez com o seu também coração partido?”, comenta Denise.

“Eu de Você” conta com o cineasta, roteirista, criador e diretor Luiz Villaça. A diretora de arte Simone Mina, multiartista, professora, figurinista, artista plástica, cenógrafa, premiada por importantes parcerias na cena teatral também faz parte deste time que tem ainda Rafael Gomes, criador, roteirista, dramaturgo, diretor de teatro e de cinema, responsável por montagens teatrais de reconhecimento nacional e a pesquisadora, encenadora e pedagoga no campo da dança e do teatro Kenia Dias que desenvolve trabalhos com a corporalidade, teatralidade e composição como diretrizes, com o foco nas dinâmicas do movimento e suas relações com a improvisação. Para completar o quadro de profissionais das artes, Fernanda Maia, musicista, diretora musical, extraordinária na composição de vozes para diversos espetáculos. 

“Costumo dizer que a arte ajuda a gente a viver, que quem lê Dostoievski e Fernando Pessoa, no mínimo, vai sofrer mais bonito. Porque sofrerá com companhia, sofrerá com a cumplicidade dos poetas. Entenderá que fazemos parte de algo maior, que pertencemos à roda da humanidade, seus dilemas eternos e sua fatídica imperfeição”, comenta Denise Fraga sobre a obra.

O espetáculo é livremente inspirado nas narrativas de Akio Alex Missaka, Anas Obaid, Barbara Heckler, Bruno Favaro Martins, Clarice F. Vasconcelos, Cristiane Aparecida dos Santos Ferreira, Deise de Assis, Denise Miranda , Eliana Cristina dos Santos, Enzo Rodrigues, Érico Medeiros Jacobina Aires, Fátima Jinnyat, Felipe Aquino, Fernanda Pittelkow, Francisco Thiago Cavalcanti, Gláucia Faria, José Luiz Tavares, Julio Hernandes, Karina Cárdenas, Liliana Patrícia Pataquiva Barriga, Luis Gustavo Rocha, Maira Paola de Salvo, Marcia Angela Faga, Marcia Yukie Ikemoto, Marlene Simões de Paula, Nanci Bonani, Nathália da Silva de Oliveira, Raquel Nogueira Paulino, Ruth Maria Ferreiro Botelho, Sonia Manski, Sylvie Mutiene Ngkang, Thereza Brown, Vinicius Gabriel Araújo Portela, Wagner Júnior

Ficha técnica
Monólogo: "Eu de Você". Idealização e criação: Denise Fraga, José Maria e Luiz Villaça. Com: Denise Fraga. Direção: Luiz Villaça. Produção: José Maria. Texto final: Rafael Gomes, Denise Fraga e Luiz Villaça. Dramaturgia: Cassia Conti, André Dib, Denise Fraga, Fernanda Maia, Luiz Villaça e Rafael Gomes. Colaboração dramatúrgica: Geraldo Carneiro, Kenia Dias, José Maria Colaboração artística (residência no RJ): Artur Luanda e André Curti. Direção musical: Fernanda Maia. Musicistas: Ana Rodrigues, Clara Bastos e Priscila Brigante. Direção de imagens em vídeo: André Dib. Direção de movimento: Kenia Dias. Direção de arte: Simone Mina. Iluminação: Wagner Antônio. Programação de Vídeo Mapping: Bruna Lessa. Design e operador de som: Carlos Henrique. Assistente e operador de luz e vídeo mapping: Ricardo Barbosa. Assistente de produção: Leonardo Shammah. Técnico de Palco: Alexander Peixoto. Contrarregra e camareira: Cristiane Ferreira. Costureira: Judite de Lima. Produção das imagens em vídeo: Café Royal. Produtora executiva: Adriana Tavares. Fotógrafo: Thiago “Beck” de Vicentis. Primeiro assistente de câmera: Diego José Marinho. Som direto: Fernando Akira. Eletricista: Alberto Ferreira. Logger: Hugo Dourado. Administração financeira: Evandro Fernandes. Fotos para arte: Willy Biondani. Fotos de cena: Cacá Bernardes. Programação visual: Guime Davidson, Phillipe Marks. Assessoria de imprensa SP: Morente Forte Comunicações. Redes sociais: @DeniseFragaOficial. Roteiro de audiodescrição: Letícia Schwartz. Consultoria: Luís D. Medeiros. Coprodução: Café Royal. Produção: NIA Teatro. Apoio institucional: Teatro Sérgio Cardoso, Amigos da Arte, Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo. Este espetáculo foi realizado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, Secretaria Especial da Cultura e Governo Federal.

Serviço
Monólogo "Eu de Você". Data: A partir de 18 de agosto. Local: TUCA / PUC-SP. Rua Monte Alegre, 1024 - Perdizes/São Paulo. Capacidade: 672 lugares. Duração: 90 minutos. Classificação: 12 anos. Ingressos: de R$ 30,00 a R$ 100,00.

.: Matamoscas Teatral apresenta últimos dias de "Desempregada" em SP


Ao narrar história de uma heroína repleta de fracassos, o espetáculo explicita as contradições da conhecida (e masculina) jornada do herói, relacionando o enredo com o momento histórico decepcionante que o Brasil passou em anos recentes. Fotos: Lucky Nunes


Depois de uma temporada prestigiada em fevereiro deste ano, o grupo Matamoscas Teatral traz de volta à cidade de São Paulo o espetáculo "Desempregada". As sessões acontecem no Espaço Parlapatões até domingo, dia 20 de agosto, sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 19h. O espetáculo tem direção de José Pedro e dramaturgia de Bella Rodrigues. No elenco estão Ana Alencar, Franco Cammilleri, Gabrielle Távora e PV Hipólito.

A peça é uma comédia que parte da simbologia dos super-heróis clássicos dos cinemas e dos quadrinhos para criticar o modelo da "jornada do herói" atualmente seguido pela quase totalidade das produções midiáticas. O enredo, apresentado principalmente pela ótica do feminismo, também é marcado pela visitação aos textos "Sociedade do Cansaço", de Byung-Chul Han, e "O Herói de Mil Faces", de Joseph Campbell.

Essas temáticas foram associadas às questões enfrentadas pela juventude brasileira que adentra o mercado de trabalho no momento de crise pós-pandêmica, agravados pelo governo do ex-presidente Bolsonaro. No espetáculo, é exibida ao público a jornada do herói (modelo de narrativa cunhado por Joseph Campbell em "O Herói de Mil Faces") que não deu certo, quebrando assim a expectativa e a promessa de uma estrutura narrativa tradicional. 

"A heroína se depara com um fracasso anticlimático a cada etapa, carregado de uma letargia frustrante. Existe algo de estranho na narrativa contada, seja na atuação do nosso contrarregra, ligeiramente mais incisivo do que o esperado, ou nas personagens que supostamente apareceriam para auxiliar sua jornada", conta a dramaturga Bella Rodrigues.

Segundo Bella, o modelo da "jornada do herói", atualmente seguido pela quase totalidade das produções midiáticas, é hegemonicamente eurocêntrico, estadunidense, branco, heteronormativo e masculino. O espetáculo reflete, portanto, sobre como uma jovem latino-americana se relaciona com essa ilusão grandiosa diante do contexto do país e das opressões impostas a ela enquanto mulher.

“A jornada do herói é um sonho que vemos desde pequenas, mas que não foi feito para mulheres, pessoas racializadas e LGBTQIA+. Como é ser uma menina e seguir todos os passos de uma narrativa que não tem espaço para nossos corpos?", questiona a dramaturga. "'Desempregada' explicita as contradições dessa jornada mostrando a necessidade de aprendermos a contar outras histórias, de outros jeitos, que não sejam sobre homens brancos e seus supostos heroísmos", complementa Bella.


Sinopse do espetáculo
“Funcionária, seus serviços não são mais necessários.” Desempregada, solitária e certa de que ninguém tem uma vida pior do que a dela, uma jovem recebe um chamado para tornar-se uma super-heroína, com direito a poderes de verdade e calcinha por cima da calça. Conduzida por um suposto contrarregra contratado, ela segue à risca todas as etapas da Jornada do Herói, encontrando em um mentor e em uma arqui-inimiga as figuras necessárias para sua transformação. Vida banal, cotidiano do escritório e cenário político brasileiro se misturam, à medida que nossa heroína faz de tudo para se encaixar em uma narrativa estruturalmente masculina.


Ficha técnica
Espetáculo "Desempregada". Direção: José Pedro. Assistência de direção: Giovana Andrade. Dramaturgia: Bella Rodrigues. Elenco: Ana Alencar, Franco Cammilleri, Gabrielle Távora e PV Hipólito. Cenografia: Diogo Monteiro. Figurino: Talisha Ribeiro. Iluminação: Ana Alencar. Audiovisual: Lucas Campos. Produção: Bella Rodrigues, José Pedro e PV Hipólito. Realização: Matamoscas Teatral. Assessoria de imprensa: Angelina Colicchio e Diogo Locci - Pevi 56.


Serviço
Espetáculo "Desempregada". Até 20 de agosto. Sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 19h. Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia) | Sympla. Local: Espaço Parlapatões. Praça Franklin Roosevelt, 158. Capacidade: 96 lugares. Duração: 70 minutos. Classificação indicativa: 12 anos. Gênero: comédia.



.: Cineflix Santos estreia "Besouro Azul", com Bruna Marquezine, e "Fale Comigo"

Cineflix Santos estreia "Besouro Azul", herói adolescente da DC, Jaime Reyes que ganha superpoderes quando um misterioso escaravelho, entregue por Jenny (Bruna Marquezine) se prende à sua coluna e lhe fornece uma poderosa armadura alienígena azul.

Outra novidade é o terror "Fale Comigo" também pode ser assistido no Cineflix Santos. No filme, um grupo de amigos descobre uma mão embalsamada que lhes permite conjurar espíritos. Viciado na emoção, um deles vai longe demais e abre a porta para o mundo espiritual.

Seguem em cartaz o megasucesso "Barbie", dirigido por Greta Gerwig e protagonizado por Margot Robbie e Ryan Gosling sobre a boneca mais carismática do mundo, que leva o público para Barbilândia. Para os fãs da Barbie que quiserem guardar uma lembrança do filme, a Cineflix tem um display nos cinemas da rede com a caixa da Barbie, na qual os fãs podem entrar para tirar fotos.

"Oppenheimer" é outro grande sucesso deste ano. Os espectadores podem assistir ao longa de Christopher Nolan, estrelado por Cillian Murphy e com Robert Downey Jr., Florence Pugh, Josh Hartnett, Emily Blunt e Matt Damon no elenco. O longa-metragem relata a história da vida do físico novaiorquino que impulsionou o estudo da física quântica. No auge da Segunda Guerra Mundial, com um um grupo de cientistas, ele criou e disparou a primeira bomba nuclear da história, que após lançada, em 1945, foi decisiva para a mudança nefasta dos rumos da humanidade. 

Para animar as férias da criançada, o sucesso "Elementos", animação dos estúdios Disney Pixar dirigida por Peter Sohn, também segue em cartaz, contando a história de habitantes de uma cidade que devem conviver com as diferenças.

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

Estreias no Cineflix Santos

"Besouro Azul" ("Blue Beetle")Ingressos on-line neste link
Gênero: ação, aventura. Classificação: 12 anos. Duração: 2h07. Ano: 2023. Idioma: inglês. 
Distribuidora: Warner Bros. Pictures. Direção: Angel Manuel SotoRoteiro: Gareth Dunnet Alcocer. Elenco: Xolo Maridueña (Jaime Reyes / Blue Beetle), Bruna Marquezine (Jenny Kord), Susan Sarandon (Victoria Kord). Sinopse: O adolescente Jaime Reyes ganha superpoderes quando um misterioso escaravelho se prende à sua coluna e lhe fornece uma poderosa armadura alienígena azul.

Sala 3 (dublado) 
17/8/2023 - Quinta-feira: 15h20
18/8/2023 - Sexta-feira: 15h20
19/8/2023 - Sábado: 15h20
20/8/2023 - Domingo: 15h20
21/8/2023 - Segunda-feira: 15h20
22/8/2023 - Terça-feira: 15h20
23/8/2023 - Quarta-feira: 15h20

Sala 3 (legendado) 
17/8/2023 - Quinta-feira: 18h10 - 21h00
18/8/2023 - Sexta-feira: 18h10 - 21h00
19/8/2023 - Sábado: 18h10 - 21h00
20/8/2023 - Domingo: 18h10 - 21h00
21/8/2023 - Segunda-feira: 18h10 - 21h00
22/8/2023 - Terça-feira: 18h10 - 21h00
23/8/2023 - Quarta-feira: 18h10 - 21h00

Trailer de "Besouro Azul"


"Fale Comigo" ("Talk To Me")Ingressos on-line neste link
Gênero: terror, suspense. Classificação: 16 anos. Duração: 1h35. Ano: 2022. Idioma: inglês. 
Distribuidora: Diamond Films. Direção: Danny Philippou, Michael PhilippouRoteiro: Danny Philippou. Elenco: Sophie Wilde, Miranda Otto, Joe Bird, Zoe Terakes e Chris Alosio. Sinopse: Um grupo de amigos descobre uma mão embalsamada que lhes permite conjurar espíritos. Viciado na emoção, um deles vai longe demais e abre a porta para o mundo espiritual.

Sala 4 (dublado) 
17/8/2023 - Quinta-feira: 15h50
18/8/2023 - Sexta-feira: 15h50
19/8/2023 - Sábado: 15h50
20/8/2023 - Domingo: 15h50
21/8/2023 - Segunda-feira: 15h50
22/8/2023 - Terça-feira: 15h50
23/8/2023 - Quarta-feira: 15h50

Sala 4 (legendado) 
17/8/2023 - Quinta-feira: 18h00 - 20h10
18/8/2023 - Sexta-feira: 18h00 - 20h10
19/8/2023 - Sábado: 18h00 - 20h10
20/8/2023 - Domingo: 18h00 - 20h10
21/8/2023 - Segunda-feira: 18h00 - 20h10
22/8/2023 - Terça-feira: 18h00 - 20h10
23/8/2023 - Quarta-feira: 18h00 - 20h10

Trailer de "Fale Comigo"

Seguem em cartaz no Cineflix Santos

"Asteroid City" ("The State")Ingressos on-line neste link
Gênero: comédia, drama. Classificação: 14 anos. Duração: 1h45. Ano: 2023. Idioma: inglês. 
Distribuidora: Universal Pictures. Roteiro e direção: Wes Anderson. Elenco: Tom Hanks, Scarlett Johansson, Steve Carell, Edward Norton, Adrien BrodyBryan CranstonFisher StevensHong ChauHope DavisJason SchwartzmanJeff GoldblumJeffrey WrightLiev SchreiberMargot RobbieMatt DillonMaya HawkeRita WilsonRupert Friend.Seu JorgeSophia LillisTilda SwintonWillem Dafoe. Sinopse: Na década de 1950, Augie (Jason Schwartzman) viaja com os filhos para visitar o sogro, Stanley (Tom Hanks). Porém, seu carro inguiça em Asteroid City, que é palco da tradicional convenção Junior Stargazer, reunindo estudantes e seus familiares entusiastas do espaço.  O evento é interrompido por um acontecimento que é capaz de mudar o mundo para sempre. Então todos na cidade, desde o gerente do hotel (Steve Carell) até a atriz Midge Campbell (Scarlett Johansson), precisam ficar em quarentena.


Sala 1 (legendado) 
17/8/2023 - Quinta-feira: 18h15 - 20h30
18/8/2023 - Sexta-feira: 18h15 - 20h30
19/8/2023 - Sábado: 18h15 - 20h30
20/8/2023 - Domingo: 18h15 - 20h30
21/8/2023 - Segunda-feira: 18h15 - 20h30
22/8/2023 - Terça-feira: 18h15 - 20h30
23/8/2023 - Quarta-feira: 18h15 - 20h30

Trailer de "Asteroid City"


"Barbie"Ingressos on-line neste link
Gênero: fantasia. Classificação: 12 anos. Duração: 1h55. Ano: 2023.  Idioma: inglês. 
Distribuidora: Warner Bros. Pictures. Roteiro: Greta Gerwig e Noah Baumbach. Direção: Greta Gerwig. Elenco: Margot Robbie (Barbie), Ryan Gosling (Ken), Emma Mackey, Simu Liu, Dua Lipa. Sinopse: Depois de ser expulsa da Barbieland por ser uma boneca de aparência menos do que perfeita, Barbie parte para o mundo humano em busca da verdadeira felicidade.

Sala 2 (dublado) 
17/8/2023 - Quinta-feira: 14h50 - 20h50
18/8/2023 - Sexta-feira: 14h50 - 20h50
19/8/2023 - Sábado: 14h50 - 20h50
20/8/2023 - Domingo: 14h50 - 20h50
21/8/2023 - Segunda-feira: 14h50 - 20h50
22/8/2023 - Terça-feira: 14h50 - 20h50
23/8/2023 - Quarta-feira: 14h50 - 20h50


Trailer de "Barbie"


"Oppenheimer"Ingressos on-line neste link
Gênero: drama de guerra. Classificação: 16 anos. Duração: 3h00. Ano: 2023. Idioma: inglês. 
Distribuidora: Warner Bros. Pictures. Roteiro e direção: Christopher Nolan. Elenco: Cillian Murphy, Robert Downey Jr., Florence Pugh, Emily Blunt, Matt Damon,Jack Quaid, Devon Bostick, Rami Malek. Sinopse: o físico J. Robert Oppenheimer trabalha com uma equipe de cientistas durante o Projeto Manhattan, levando ao desenvolvimento da bomba atômica.


Sala 2 (legendado) 
17/8/2023 - Quinta-feira: 17h20
18/8/2023 - Sexta-feira: 17h20
19/8/2023 - Sábado: 17h20
20/8/2023 - Domingo: 17h20
21/8/2023 - Segunda-feira: 17h20
22/8/2023 - Terça-feira: 17h20
23/8/2023 - Quarta-feira: 17h20

Trailer de "Oppenheimer"



"Elementos"Ingressos on-line neste link
Gênero: animação e aventura. Classificação: livre. Duração: 1h42. Ano: 2023. Idioma: inglês. 
Distribuidora: Walt Disney Studios. Roteiro: John Hoberg, Kat Likkel e Brenda HsuehDireção: Peter Sohn. Elenco: Leah Lewis (Ember Lumen), Mamoudou Athie (Wade), Catherine O’Hara (Brook Ripple), Wendi McLendon-Covey (Gale Cumulus). Sinopse: Em uma cidade onde os habitantes de fogo, água, terra e ar convivem, uma jovem mulher flamejante e um rapaz que vive seguindo o fluxo descobrem algo surpreendente, porém elementar: o quanto eles têm em comum. 

Sala 1 (dublado) 
17/8/2023 - Quinta-feira: 15h30
18/8/2023 - Sexta-feira: 15h30
19/8/2023 - Sábado: 15h30
20/8/2023 - Domingo: 15h30
21/8/2023 - Segunda-feira: 15h30
22/8/2023 - Terça-feira: 15h30
23/8/2023 - Quarta-feira: 15h30

Trailer de "Elementos"


quarta-feira, 16 de agosto de 2023

.: Entrevista: Eliane Giardini conta tudo sobre a Agatha de "Terra e Paixão"


Agatha sai da prisão e volta a Nova Primavera em "Terra e Paixão". Quem é essa mulher? A atriz Eliane Giardini, que interpreta a personagem, abre o jogo sobre a personagem. Foto: Globo/ Manoella Mello

Na novela "Terra e Paixão", finalmente a personagem Agatha, interpretada por Eliane Giardini, reaparece viva. Angelina (Inez Viana) viaja para o Rio de Janeiro com a desculpa de que vai visitar uma amiga em Campo Grande e recebe Agatha na porta de um presídio. No encontro, a amiga diz que precisa ver o mar e afirma que quer voltar para Nova Primavera para acertar as contas com o passado. Na novela escrita por Walcyr Carrasco Thelma Guedes, a presença da personagem na cidade vai agitar a vida de todos. 

Até o momento, apenas Angelina e Gentil (Flávio Bauraqui) sabem que ela está viva. E o primeiro encontro será com o filho, Caio (Cauã Reymond). Ao longo de todos esses anos, ele foi culpado pela morte da mãe, afinal, seu pai, Antônio (Tony Ramos), acreditava que ela tinha morrido no parto do menino. Agatha explica o motivo pelo qual ficou tanto tempo sem dar notícias, e Caio, enfim, pode tirar o peso que carrega. Ela alega ter ficado 20 anos presa por um crime que não cometeu. Além disso, explica a simulação de sua própria morte para fugir de Antônio, pois não aguentava mais viver em uma relação abusiva. O encontro promete! Confira abaixo a entrevista com Eliane Giardini.


Fale um pouco sobre a personagem.
Eliane Giardini - É difícil por enquanto definir a Agatha. Eu acho que eu só vou conseguir ter essa definição no último capítulo. Ela chega como uma mulher muito boa querendo pedir desculpas a todas as pessoas que ela magoou no passado, querendo se explicar, querendo ser aceita por essas pessoas dessa cidade, principalmente pelos filhos. Isso em um primeiro momento. Em um segundo momento, acho que ela começa a mostrar os seus verdadeiros interesses e eu não acredito que seja só dinheiro, porque se fosse só dinheiro ela não teria se separado do Antônio. Acho que ela busca algo mais que a gente não sabe exatamente o que, e vai usar de meios ilícitos para conseguir as coisas dela.


Como se preparou para o papel?
Eliane Giardini - Na primeira conversa que eu tive com o Walcyr (Carrasco), quando ele me convidou para fazer essa personagem, ele me passou um filme que eu amei, que se chama “Minha Prima Raquel”, um filme de 1952, com Richard Burton e Olivia de Havilland. No filme, a personagem é bastante dúbia, tem os dois lados muito aflorados: ela é muito boa e muito interesseira ao mesmo tempo, mas a gente não sabe exatamente se ela é uma coisa ou se ela é outra. É uma personagem bem complexa, e eu estou com ela mais ou menos na cabeça. E tem as preparações todas que a gente faz na vida para se manter bem, preparada sempre para qualquer desafio. 

Quais os desafios dessa personagem?
Eliane Giardini - O desafiador nessa personagem é justamente isso: ela tem tintas fortes para os dois lados, não é uma pessoa totalmente boa, não é uma pessoa totalmente má, pelo menos nos capítulos que eu li até agora. Não sei para onde vai esse personagem, mas nesse momento ela é uma pessoa que tem emoções verdadeiras de carinho, de amor pelos filhos e ódios também verdadeiros. Enfim, uma personagem de tintas fortes, de emoções fortes. Isso é bem desafiador. 

Que conflitos Agatha enfrentará na trama?
Eliane Giardini - Os conflitos que eu tenho agora nesses dois primeiros blocos são os conflitos, basicamente, com os filhos, onde ela vai tentar se explicar e ser aceita por eles, convencê-los das reais motivações que fizeram com que ela abandonasse esses dois filhos, Caio e Jonatas. Ela também vai ter uma conversa muito séria com Antônio. Me parece que serão esses os primeiros conflitos dela, com os filhos e com o Antônio. 

Como foi recebida pela equipe da novela?
Eliane Giardini - Eu estou sendo extremamente bem acolhida pela direção, pelos colegas. É um elenco que está todo muito empolgado, é muito gostoso você trabalhar em um ambiente assim, onde todo mundo está querendo dar o seu melhor, está querendo fazer acontecer, está querendo que essa novela seja o maior sucesso. Então é gostoso, essa energia é muito boa e são extremamente carinhosos comigo, extremamente cuidadosos. E estou bem feliz.

Qual a expectativa para a entrada da personagem na novela?
Eliane Giardini - A expectativa é sempre a melhor possível. Gosto muito da minha profissão, eu amo fazer o que eu faço. Então a minha expectativa é gigantesca, eu quero muito que dê certo, que o público entenda a personagem, se emocione com ela e que fique com ódio dela também. Enfim, que todas as propostas que forem julgadas pelo texto, pela direção e por mim sejam compreendidas, aceitas e amadas. Essa é a minha expectativa.

Fale um pouco sobre as relações de Agatha com os personagens Angelina, Antônio e Gentil.
Eliane Giardini - A relação da Agatha com a Angelina me parece ser uma das melhores coisas tem para a personagem nesse momento. Inez Viana é uma atriz excepcional, uma mulher carinhosíssima, afetuosa e eu estou achando uma delícia iniciar esse trabalho com ela, ela acolhe muito a Agatha, entende a Agatha, ama a Agatha, então a Agatha se sente muito à vontade com ela. É claro que ela vai cometer já de cara alguns abusos com a personagem, mas, enfim, está sendo muito bom, acho que elas têm uma parceria boa. E com Antônio e com Gentil são coisas bem diversas. O Antônio é uma pessoa que ela tem uma relação complexa. Uma pessoa que ela amou muito no passado e que fugiu dele pelo caráter que ele foi adquirindo ao longo do tempo. Ele foi ficando muito ciumento, fechava ela no quarto, enfim, pelo que ela descreve era uma relação de abuso, uma relação muito grave e que ela fugiu disso, dessa violência do Antônio. O Gentil é exatamente o oposto, como o nome diz, o Gentil é um doce, é um mar de calmaria para ela, onde ela se sente muito acolhida também. Então são personagens bem diversos. Acho que o Gentil e a Angelina são os personagens que apoiam ela emocionalmente, pelo menos a princípio.


Quais foram seus últimos trabalhos?
Eliane Giardini - Desde que a gente voltou da pandemia eu fiz uma participação em "Amor de Mãe", depois eu fui para Portugal estrear um espetáculo, fiquei três meses lá fazendo Lisboa e depois excursionando pelo país e continuo com a peça "Intimidade Indecente". Então, desde janeiro do ano passado eu estou com essa peça. Nós já fizemos duas temporadas no Rio, duas temporadas em São Paulo, é um êxito muito grande. Estamos reestreando e não têm data para terminar. É um espetáculo que eu faço com Marcos Caruso. E fiz "Encantado’s", que eu fiquei realmente encantada. Uma delícia de série. Assisti à primeira temporada e fiquei superfeliz quando fui convidada para fazer a segunda, porque eu tinha amado a temporada, acho um humor muito inteligente, muito moderno, muito sagaz, muito bem dirigida, os atores são maravilhosos, um elenco delicioso. Enfim, foi também uma paixão fazer essa série, foi muito bom.

Como foi o convite para a participação na novela?
Eliane Giardini - Eu recebi o convite para fazer a novela há uns meses e já foi um exercício de manter isso a sete chaves porque eu sabia que não podia falar para ninguém que eu ia fazer essa personagem porque era um spoiler total. Até então ninguém desconfiava que a Agatha pudesse estar viva. Estava superfeliz com o convite, mas realmente mantive o supersegredo até o momento certo para divulgar.
 

Como tem sido trabalhar novamente com um texto do Walcyr Carrasco?
Eliane Giardini - Esse acho que é o quarto trabalho que eu faço com o Walcyr. É muito divertido fazer os trabalhos dele porque ele não tem pudor nenhum e vai da farsa ao drama, ao melodrama, passeia por todos os estilos, por todos os gêneros e é um desafio muito grande para os atores fazer tudo isso. É muito bom, eu gosto bastante. 


E como tem sido a experiência com o diretor artístico Luiz Henrique Rios?
Eliane Giardini - Acho que o Luiz Henrique também é de uma doçura, de uma inteligência, então é muito bom porque ele vai ajudando a gente a fazer as curvas, não abrir tanto para cá, não abrir tanto para lá e ir com calma, vai te dirigindo sussurrando no seu ouvido com a maior doçura. Está sendo muito bom. 

Como foi gravar o momento mais esperado pelo público? O encontro entre Agatha e Caio, mãe e filho.
Eliane Giardini - São duas cenas importantes, entre Caio e Agatha. Uma é mais o susto, o assombro que ele tem quando descobre que a mãe está viva. Não dá muito espaço para ela falar e já bota ela para fora. E em um segundo momento, quando ele vai procurar por ela na pousada, aí sim é um grande encontro. Eu fiz a primeira (até o momento dessa entrevista), só que foi bem intenso, bem forte. A gente se preparou bastante, ficamos um tempo no estúdio muito concentrados e muito focados. O Cauã, eu e a Inez em um silêncio, criando uma atmosfera propícia para que a gente fizesse a cena da melhor forma possível.


"Terra e Paixão" é uma novela criada por Walcyr Carrasco, escrita por Walcyr Carrasco Thelma Guedes. A obra é escrita com Márcio Haiduck, Vinícius Vianna, Nelson Nadotti e Cleissa Regina. A direção artística é de Luiz Henrique Rios com direção geral de João Paulo Jabur e direção de Tande Bressane, Jeferson De, Joana Clark, Felipe Herzog e Juliana Vicente. A direção de gênero é de José Luiz Villamarim e a produção é de Raphael Cavaco e Mauricio Quaresma.

.: “Pequod - Só os Bons Morrem Jovens”: Mário Bortolotto estreia texto inédito


Com diálogos ágeis e humor ácido, quatro personagens deslocados do “mundo lá fora” encontram-se dentro de um barco ancorado, assim como suas vidas. Foto: Cristina Jatobá.

Depois da versão audiovisual criada especialmente para o período da pandemia, chega ao palco pela primeira vez a peça “Pequod - Só os Bons Morrem Jovens”, com texto e direção de Mário Bortolotto, montagem inédita do Grupo de Teatro Cemitério de Automóveis, que completou 40 anos em 2022. No elenco, além do próprio Bortolotto, Nelson Peres, Fernando Castioni e Rebecca Leão. 

Com diálogos ágeis e humor ácido, quatro personagens deslocados do “mundo lá fora” encontram-se dentro de um barco ancorado, assim como suas vidas. Regados por intermináveis doses, alternando ironia e empatia mútuas, revolvem feridas do passado e se entendem e se apoiam à sua maneira.

O espetáculo completa a trilogia dos irmãos Nando e Maurício, personagens que apareceram pela primeira vez no texto “Fica Frio”, encenado em 1989, e voltaram em “Tempo de Trégua”, encenada no ano 2000. Mário Bortolotto também atuou e dirigiu nas duas primeiras peças. Apesar do encadeamento temporal das três peças, cada uma delas conta uma história completa em si mesma. 

“Quando escrevi a primeira peça, não pensava em escrever uma segunda com os mesmos personagens. E quando escrevi a segunda, não pensava em escrever a terceira. Mas mais precisamente em relação à terceira, é uma ideia que tive há alguns anos e ela só veio amadurecendo”, conta Mário Bortolotto. 


Sinopse do espetáculo
Nando (Mário Bortolotto), um homem na casa dos sessenta, mora sozinho em um barco, de onde raramente sai. O irmão Mauricio (Nelson Peres), depois de anos, aparece para comunicar o falecimento do pai. Nesse encontro entre os irmãos, velhas contas são acertadas e os dois finalmente podem avaliar o que fizeram de suas vidas, onde conseguiram acertar e onde erraram de forma desastrosa. Dois outros personagens provocam os irmãos nesta aventura existencial - Castioni (Fernando Castioni), amigo de Nando, um velho falastrão e asmático, e Lili (Rebecca Leão), garota de procedência misteriosa, frequentadora do barco-casa de Nando.

A montagem
Mário Bortolotto, que além do texto e da direção assina também a trilha do espetáculo, segue na companhia do seu dream team criativo: o cenário dos irmãos Mariko Ogawa e Seiji Ogawa recria a cabine de um barco, espaço de confronto e abrigo dos quatro personagens ao longo de toda a ação; a luz do veterano e premiado Caetano Vilela desenha os variados tons daquela longa madrugada que atravessa e é atravessada pelo quarteto. 


Trilogia - Linha do tempo
“Pequod” completa a trilogia dos irmãos Nando e Maurício, que começou na peça “Fica Frio”, encenada em 1989, e seguiu na peça “Tempo de Trégua”, do ano de 2000. De família abastada do interior do Paraná, os irmãos têm personalidades opostas. Nando é o mais velho e muito cedo saiu de casa, recusando qualquer ajuda da família. Sempre viveu de bicos e pequenos delitos, preferindo ficar à margem da sociedade. Maurício é o filho que fez tudo o que esperavam dele. Ficou junto dos pais, cuidou dos negócios da família, casou e levou uma vida linear. 

Na primeira peça, Maurício foi incumbido pelo pai de encontrar o irmão e tentar trazê-lo de volta para casa. Ele o encontra, mas acabam tendo que fugir juntos pois Nando havia assaltado uma joalheria. Os dois caem na estrada e a viagem se torna uma espécie de ritual de iniciação para o jovem. 

Na segunda peça, os irmãos voltam a se encontrar numa noite de Natal familiar. Maurício já está casado e leva a esposa. Nando surpreendentemente aparece depois de muito tempo longe de casa. Mas sua visita só confirma o quanto ele não se sente bem-vindo em nenhum lugar do mundo. 


40 anos de Cemitério de Automóveis
Reconhecido como um núcleo de produção teatral constante na cidade de São Paulo, o Grupo de Teatro Cemitério de Automóveis foi indicado ao Prêmio Shell na categoria "Inovação" pela manutenção de um espaço de resistência e produção artística na cena alternativa paulistana em 2018. 

Capitaneado pelo autor, diretor e ator Mário Bortolotto, em 2022 o Grupo completou 40 anos de atividade reafirmando seu vigor com a nova sede na Bela Vista. No mesmo ano, foi contemplado pelo 37º Fomento ao Teatro da Cidade de São Paulo. O espaço segue em plena e múltipla atividade artística, com espetáculos teatrais, exibição de filmes, shows de música e poesia, exposições, oficinas e lançamentos de livros.

Dramaturgia, direção e trilha sonora de Mário Bortolotto com Mário Bortolotto, Nelson Peres, Fernando Castioni e Rebecca Leão. Depois de anos, dois irmãos com histórias e temperamento opostos se reencontram por ocasião da morte do pai. Dentro de um barco ancorado, madrugada adentro, confrontam suas versões antagônicas do passado em família, e tudo se mistura ainda mais com a chegada de dois amigos de um deles.

Serviço
Espetáculo "Pequod - Só os Bons Morrem Jovens". Estreia nesta quarta-feira, dia 16 de agosto, às 21h00. Teatro Cemitério de Automóveis. Rua Francisca Miquelina, 155 - Bela Vista/São Paulo. De quarta à sábado, às 21h00, e domingo, às 19h00. Ingressos: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia). Horários da bilheteria: nos dias de apresentação, uma hora antes do espetáculo. Vendas on-line: https://www.sympla.com.br/produtor/cemiteriodeautomoveis. Duração: 60 minutos. Classificação: 14 anos. Gênero: drama. Capacidade: 50 pessoas. Acessibillidade: acessibilidade para cadeirantes. Temporada: até dia 10 de setembro.

Ficha técnica
Espetáculo "Pequod - Só os Bons Morrem Jovens". Dramaturgia, direção e trilha sonora: Mário Bortolotto. Concepção de iluminação: Caetano Vilela. Concepção cenográfica: Mariko Ogawa & Seiji Ogawa. Auxiliar de cenotécnica: Caique Duean. Elenco: Mário Bortolotto, Nelson Peres, Fernando Castioni, Rebecca Leão. Produção: Isabela Bortolotto. Operação técnica: Isabela Bortolotto. Fotos: Cristina Jatobá. Programação visual: André Kitagawa. Assessoria de comunicação: JSPontes Comunicação - João Pontes e Stella Stephany.

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