A história de uma jovem talentosa cantora, compositora e multi-instrumentista britânica exposta numa mídia alimentada por paparazzis sedentos por registros polêmicos. O drama musical "Back To Black", em cartaz na Cineflix Cinemas, retrata a trajetória artística de Amy Winehouse (Marisa Abela) até o conturbado relacionamento com Blake Fielder-Civil (Jack O'Connell), o qual serviu de inspiração para escrever e gravar o álbum "Back to Black" -que dá nome também ao filme dirigido por Sam Taylor-Johnson ("Cinquenta Tons de Cinza").
Amante do jazz, nitidamente uma herança de família, embora tenha os pais separados, a jovem apegada a avó, consegue destaque no mercado musical e emplaca sucessos seguidos nas paradas britânicas. Longe de ser uma Spice Girl, ao batalhar pela divulgação de seu trabalho no mercado americano, cruza com Blake e, assim, vira uma completa fonte inesgotável para as manchetes da imprensa marrom enquanto ganha notoriedade no mundo da música.
Emocionante, o longa de 1h47, sob a perspectiva de Amy Winehouse, acontece de modo envolvente, fisgando o público do início ao fim, ainda que se conheça muito bem o fatídico desfecho da trama. "Back To Black" é bravamente defendido por um elenco de primeira, seja a própria Marisa Abela que entrega muito dos trejeitos de Amy Winehouse e até canta, além de Eddie Marsan ("Heróis de Ressaca"), interpretando o pai de Amy, Mitch Winehouse, Juliet Cowan ("O Poder"), como a mãe da cantora, Janis, além de Lesley Manville ("Sra. Harris Vai a Paris" e "Trama Fantasma"), dando vida a Cynthia, a avó.
A produção com roteiro de Matt Greenhalgh suaviza bastante as figuras de Mitch e Blake que muito pressionaram Amy para a despedida que a mídia calculava como certa, na época. É esse olhar sonhador e romântico que, provavelmente implica no toque suave, romântico, mas também poderoso da protagonista da cinebiografia. "Back To Black" é simplesmente imperdível!
"Back To Black"("Back To Black"). Ingressos on-line neste link. Gênero: musical, drama. Classificação:16 anos.Duração: 1h47.Ano: 2023. Idioma original: inglês.Distribuidora:Universal Pictures Brasil. Direção: Sam Taylor-Johnson.Roteiro: Matt Greenhalgh.Elenco:Marisa Abela (Amy Winehouse), Jack O'Connell (Blake Fielder-Civil), Eddie Marsan (Mitch Winehouse), Lesley Manville. Sinopse:O relacionamento tumultuado da cantora Amy Winehouse com Blake Fielder-Civil a inspirou a escrever e gravar o álbum "Back to Black".
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Dos mesmos produtores dos musicais “A Cor Púrpura” e “Beetlejuice”, o espetáculo vencedor de 6 Prêmios Tony chega ao Brasil para, além de entreter, sensibilizar e apoiar a saúde mental dos jovens. Elenco de "Querido Evan Hansen". Foto: Everaldo Rodrigues
Colecionando fãs ao redor do mundo, o fenômeno “Querido Evan Hansen” chega ao país pela primeira vez com toda sua emoção e impacto, unindo Cultura e Responsabilidade Social em cima do palco. Com concepção e direção original de Tadeu Aguiar ("Quase Normal", "A Cor Púrpura", "Beetlejuice"), direção musical de Liliane Secco ("Quase Normal", "Para Sempre ABBA", "Ópera do Malandro") e produção geral de Renata Borges Pimenta ("Peter Pan - O Musical da Broadway", "Cinderella - O Musical" e "Beetlejuice - O Musical") e Eduardo Bakr ("4 Faces do Amor", "Ou Tudo ou Nada", "A Cor Púrpura"), o espetáculo estreia dia 13 de junho no Teatro Multiplan, no Rio de Janeiro, seguindo para o Teatro Liberdade, em São Paulo, onde abre as cortinas no dia 2 de agosto. Os ingressos já estão à venda pela Sympla e bilheterias dos teatros.
Produzido pela Estamos Aqui Produções e Touché Entretenimento, que se uniram após seu bem-sucedido encontro em “Beetlejuice”, “Querido Evan Hansen” conta a história de Evan, um estudante que enfrenta transtorno de ansiedade e se sente invisível entre seus colegas, até que uma pequena mentira o coloca no centro das atenções, levando-o a uma jornada de autodescoberta e redenção. Através dessa narrativa comovente, o musical aborda questões fundamentais da saúde mental dos jovens, incluindo fobia social, depressão, bullying, a pressão da vida virtual, relações afetivas, a importância do pertencimento, e a necessidade do apoio emocional no ambiente familiar e escolar.
Escrito por Steven Lenson e com músicas e letras de Benj Pasek e Justin Paul, dupla de compositores de sucessos como "La La Land", “O Rei do Show” e "Aladdin", a montagem chegou à Broadway em 2016, conquistando 6 prêmios Tony, além do Grammy de melhor Álbum de Teatro Musical, o prêmio Laurence Olivier de Melhor Musical e um Emmy, tornando-se uma verdadeira potência cultural e social entre jovens e adultos dos países que já receberam a montagem, a exemplo de EUA, Inglaterra, Canadá, Argentina - que contou com o reconhecimento do Instituto Nacional contra a Discriminação, Xenofobia e Racismo (INADI) por sua contribuição na luta contra a discriminação e pela saudável convivência social, Finlândia, Israel, Austrália, Alemanha e República Tcheca.
A montagem, que ficou conhecida com a interpretação de Ben Platt no papel-título, no Brasil será estrelada por Gab Lara ("Clube da Esquina - Os Sonhos Não Envelhecem"); o ator, que vive seu primeiro protagonista, divide o palco com Vannessa Gerbelli, que será vista no papel de Heidi Hansen, Mouhamed Harfouch, como Larry Murphy, Flavia Santana, como Cynthia Murphy, Hugo Bonemer, como Connor Murphy, Thati Lopes, como Zoe Murphy, Gui Figueiredo, como Jared Kleinman e Tati Christine, como Alana Beck.
Já no time criativo, a direção de movimento e coreografias são de Suely Guerra, a cenografia ficou a cargo de Natália Lana, os figurinos de Ney Madeira e Dani Vidal, o design de luz de Dani Sanchez, o design de som de Gabriel D'Angelo e o conteúdo/ imagens são da Agência Control +. Já a tradução também é assinada por Tadeu Aguiar.
Além dos palcos Resultado da boa aceitação do espetáculo, saído da mente criativa de Benj Pasek e Justin Paul, após lerem uma notícia sobre um estudante que cometeu suicídio e deixou para trás uma série de cartas que pareciam indicar que ele tinha uma amizade com outra pessoa - e que, na verdade, não existia -, a dupla, que usou de suas próprias experiências no ensino médio e universidade, além de histórias reais de pessoas que lutaram contra problemas de saúde mental, para criar a famosa narrativa do musical, viu o sucesso dos palcos ganhar as páginas e virar livro, em 2017. Já em 2021, uma adaptação cinematográfica lançada pela Universal Pictures e dirigida por Stephen Chbosky chegou às telas, estrelando Ben Platt reprisando seu papel como Evan Hansen, ao lado de nomes consagrados do cinema como Amy Adams e Julianne Moore.
Um resgate a partir da arte A saúde mental dos jovens é uma preocupação crescente e global, com muitos enfrentando uma variedade de desafios únicos em um mundo cada vez mais complexo e exigente, a falta de diálogo aberto e apoio emocional dentro de muitas famílias pode agravar os sintomas de depressão e ansiedade, enquanto a pressão social e acadêmica, juntamente com os dilemas da vida adulta, contribuem para um ambiente intimidador para os jovens.
Para enfrentar os altos e baixos da vida, é crucial que todos tenham acesso a recursos de suporte, incluindo aconselhamento psicológico, grupos de apoio e programas educacionais sobre saúde mental. Além disso, é fundamental promover uma mudança cultural em relação ao tema, ampliando a possibilidade de diálogo e incentivando a abertura, compreensão e aceitação.
A arte, incluindo o teatro, desempenha um papel poderoso acerca da saúde mental dos jovens, servindo por vezes como ponte para explorar questões difíceis de uma maneira emocionante e acessível. “Querido Evan Hansen” é um exemplo inspirador de como a ficção pode inspirar conversas reais e significativas, oferecendo apoio por meio de uma mensagem de esperança e resiliência através da empatia, compreensão e apoio mútuo, criando um mundo onde todos se sintam vistos, ouvidos e amados.
Serviço Rio de Janeiro Teatro Multiplan - VillageMall Endereço: Av. das Américas, 3900 - Piso SS1 - Rio de Janeiro | RJ Data: 13 de junho a 7 de julho Sessões: Quintas e sextas-feiras, às 20h00. Sábados, às 18h00. Domingos, às 16h00 Valor: R$ 60,00 e R$ 350,00 Vendas: Site Sympla (com taxa de conveniência) | Bilheteria do Teatro Duração: 2h30 (com intervalo de 15 minutos) Gênero: musical Classificação: 14 anos Clientes participantes do MultiVocê, programa de relacionamento dos Shoppings Multiplan, ganham descontos especiais na compra de ingressos do Teatro Multiplan Para obter seu cupom, baixe o aplicativo Multi e cadastre-se.
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São Paulo Teatro Liberdade Teatro Liberdade - R. São Joaquim, 129, São Paulo - São Paulo Data: 2 a 30 de agosto Sessões: sextas-feiras, às 21h00. Sábados, às 16h00 e às 20h00. Domingos, às 16h00. Valor: R$ 60,00 e R$ 280,00 Vendas: Site Sympla (com taxa de conveniência) | Bilheteria do Teatro Duração: 2h30 (com intervalo de 15 minutos) Gênero: musical Classificação: 14 anos *Desconto 35%: Obtenha 35% de desconto no ingresso inteiro ao preencher o formulário durante o processo de compra. Obs: Para comprar mais de um ingresso nessa modalidade, basta preencher um formulário por ingresso conforme será solicitado. Desconto disponível para todos os públicos. *Clientes Glesp: Clientes Glesp tem 25% de desconto nos ingressos inteiros mediante a aplicação do cupom, limitado a 4 ingressos por cupom. Válido para todos os setores.
Descontos 50% de desconto | Meia-entrada - De acordo com a Lei Federal 12.852 (Estatuto da Juventude) e 12.933 de 2013 têm direito a compra de até 40% do total de ingressos disponíveis para cada evento os seguintes beneficiários:
Atenção - Para Pontos de Venda e Bilheterias é necessária a comprovação do direito ao benefício da 1/2 entrada no ato da compra e no acesso ao evento. Para vendas pela Internet e Telefone é necessária a comprovação do direito ao benefício da 1/2 entrada no acesso ao evento. Caso o benefício não seja comprovado, o portador deverá complementar o valor do ingresso adquirido para o valor do ingresso integral, caso contrário o acesso ao evento não será permitido.
Crianças: crianças de 2 a 12 anos pagam Meia-Entrada
Estudantes - Lei Federal 12.933/13, Decreto Federal 8.537/15 e Medida Cautelar Provisória concedida pelo STF em 29/12/2015 – Carteira de Identificação Estudantil (CIE), emitida pela ANPG, UNE, Ubes, entidades estaduais e municipais, Diretórios Centrais dos Estudantes, Centros e Diretórios Acadêmicos, conforme modelo único nacionalmente padronizado. Os elementos indispensáveis da CIE são: I nome completo e data de nascimento do estudante; II foto recente do estudante; III nome da instituição de ensino na qual o estudante esteja matriculado; IV grau de escolaridade; e V data de validade até o dia 31 de março do ano subsequente ao de sua expedição.
Idosos (pessoas com mais de 60 anos) - Lei Federal 10.741/03 e Decreto Federal 8.537/15 – Documento de identidade oficial com foto.
Jovens pertencentes à famílias de baixa renda, com idades entre 15 a 29 anos - Lei Federal 12.933/13 e Decreto Federal 8.537/15 - Carteira de Identidade Jovem que será emitida pela Secretaria Nacional de Juventude a partir de 31 de março de 2016, acompanhada de documento de identidade oficial com foto.
Pessoas com deficiências e acompanhante, quando necessário - Lei Federal 12.933/13 e Decreto Federal 8.537/15 - Cartão de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social da Pessoa com Deficiência ou de documento emitido pelo Instituto Nacional do Seguro Social INSS que ateste a aposentadoria de acordo com os critérios estabelecidos na Lei Complementar nº 142, de 8 de maio de 2013. No momento da apresentação, esses documentos deverão estar acompanhados de documento de identidade oficial com foto.
Diretores, coordenadores pedagógicos, supervisores e titulares de cargos do quadro de apoio das escolas da rede estadual e municipais - Lei Estadual n° 15.298/14 - Carteira funcional emitida pela Secretaria de Educação de São Paulo ou holerite acompanhado de documento oficial com foto.
Professores da Rede Pública Estadual e das Redes Municipais de Ensino - Lei Estadual n° 14.729/12 - Carteira funcional emitida pela Secretaria da Educação de São Paulo ou holerite acompanhado de documento oficial com foto.
Horário de funcionamento de bilheteria: Atendimento presencial: de terça à sábado das 13h00 às 19h00. Domingos e feriados apenas em dias de espetáculos até o início da apresentação.
"Querido Evan Hansen": trailer do musical brasileiro
A morte é, sem dúvida, um dos principais tabus sociais. Religião, propriedade, escolhas individuais e até o mercado funerário atravessam o assunto que passa pelo universo particular de cada pessoa e afeta a sociedade como um todo. Esse é o ponto de partida de “Entre a Vida e a Morte, Há Vários Documentos”, primeiro romance do mineiro Michael Maia, lançado pelo selo de publicação Paraquedas.
O romance retrata a história de um país que legaliza e controla uma nova descoberta: “a droga da morte”. O seu problema ou fascínio é que ela permite que todos tenham uma experiência fascinante instantes antes de morrer: rever amigos e parentes falecidos e, até, quem sabe, Deus. Depois dessa descoberta e de um “Grande Surto” em que uma horda de pessoas decide tirar a própria vida através do uso da droga, o governo regulamenta o uso do narcótico (ou da ciência, dependendo do ponto de vista).
Diante dos impactos disso na sociedade, o livro retrata também como a nova morte impacta diferentemente as diversas classes sociais, abrindo espaço para questionamentos. Como o governo escolhia quem a merecia ou não? Quem eles estavam tentando matar mais rápido? Por que um prédio de atendimento nunca era visto em bairros mais nobres?
“Entre a Vida e a Morte, Há Vários Documentos” vai acompanhar a vida do casal Luzia e Tânia que, após serem diagnosticadas com um câncer terminal, decidem interromper o tratamento e se candidatarem ao uso da droga. Observamos então o impacto da decisão em seus pais e, principalmente, em Antônio, o irmão mais velho de Luzia que trabalha justamente na empresa estatal que recebe e regula as aplicações de quem opta por morrer com o narcótico .
O romance foi elaborado pelo escritor a partir de duas experiências marcantes: uma delas foi a extensa pesquisa do autor sobre sociedade, morte e suicídio na perspectiva de sociólogos; a outra, o processo de luto da perda de uma grande amiga após um acidente de carro. “Quando alguém da nossa idade e proximidade morre, perdemos um pouco de nós, ficamos desorientados principalmente pelo choque de que sim, somos todos finitos, nós podemos morrer também”, reflete. “Durante o processo de luto pela minha amiga eu fiquei um pouco perdido, abandonei a escrita e fui vivendo a vida no automático, e acho que é um sentimento mútuo entre várias pessoas que passam pelo luto”. Compre o livro “Entre a Vida e a Morte, Há Vários Documentos”, de Michael Maia, neste link.
A morte e o luto: de José Saramago a George Orwell Nascido em Entre Rios de Minas, cidade localizada na Região do Alto Paraopeba, Michael Maia se formou em Jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), mas se viu insatisfeito com a área de Comunicação. Escritor de produção rápida, tenta produzir um conto por semana para exercitar a caneta e afinar o lápis.
Trecho de “Entre a Vida e a Morte, Há Vários Documentos” “Há cinquenta anos o mundo se deparou com a questão mais rejeitada por grande parte da sociedade ocidental: a morte. O grande tabu fora, aos poucos, rachado nos círculos sociais. Ao longo dos meses ouvia-se falar de algum conhecido que abusara do narcótico “da moda”, e assim foi até o assunto entrar na casa de cada um. A passos lentos, mas contínuos, a morte foi chegando em todas as famílias, tornando-se um tema frequente e assíduo em todas as conversas — e ainda mais misterioso do que antes.”
O rap se diferencia de outros estilos musicais porque reflete, em seus versos rimados, questões referentes à realidade cotidiana envelopadas numa batida intensa que ecoa e ultrapassa as barreiras dos locais onde nasce. Nas canções, o amor e as suas diferentes formas servem de pano de fundo para os enredos, mas nem sempre ganham protagonismo. Se antes não existia muito espaço para letras e melodias de love songs no rap, hoje o cenário já é um pouco diferente. O rapperProjota, nome de referência na arte e música urbana, une o amor e o rap em suas canções desde que começou a carreira, mas, agora, ele chega com o maior e mais audacioso projeto de sua trajetória.
Em seu novo álbum, "Alguém Tinha Que Falar de Amor", Projota, reconhecido por sua habilidade lírica e narrativa autêntica, volta a abordar o tema em seu novo projeto, produzido para ser trilha sonora de uma série audiovisual exclusiva, disponibilizada em streaming gratuito no YouTube. O projeto inédito do artista promete oferecer ao público uma experiência sonora única, incorporada a um material visual envolvente, que se desenrola ao longo de oito faixas.
O single “Ninguém”, em colaboração com a nova aposta do pop, a cantora Lou Garcia, que chega hoje a todos os tocadores digitais, com videoclipe no YouTube, é a quarta faixa prévia do novo projeto do rapper. Ouça e baixe aqui: https://umusicbrazil.lnk.to/Ninguem.
O projeto completo é composto por oito faixas musicais, com seus respectivos clipes, mais oito capítulos da série centrada em uma narrativa romântica. O álbum conta com a participação dos artistas Mumuzinho, Priscilla, Budah (em “Coisas da Vida”), Sotam e Lou Garcia. Além das duas faixas já citadas, também fazem parte as canções “Lo-fi Luv”, com participação de Sotam; “Coração”, single solo; “Ninguém”, com participação de Lou Garcia; “Acabou 2”, single solo; “Recomeço”, com a participação de Priscilla; e “Talvez”, com a participação de Mumuzinho. Assista aos vídeos no canal oficial do artista no YouTube.
A série “Alguém Tinha Que Falar de Amor”, de nome homônimo ao do projeto, foi desenvolvida com a participação de mais de 70 profissionais de cinema, em um formato inédito jamais visto no mundo do rap. Dirigida por Drico Mello e com produção executiva de Haroldo Tzirulnik, a série contou com a participação dos atores Patrique Novais, Nathalia Mastrobiso, Leo Drummond, Samantha Prates, Letícia Festi, João Vitor da Luz, Thauany Silva Santos e Lucas Krueger.
O enredo, eletrizante e misterioso, gira em torno de um rapaz que se relaciona amorosamente com uma inteligência artificial. Interpretando vários personagens diferentes, Projota atuará fazendo parte desta narrativa amorosa, que se desenvolve nos ambientes virtual e urbano, costurada por videoclipes musicais onde o rapper canta sobre os temas que se desenrolam na história. Toda semana, será lançado um clipe da música e um capítulo da série no perfil oficial do artista, no YouTube, e uma faixa do álbum, nas plataformas musicais. Na oitava semana, juntamente com o último capítulo, será lançado o disco completo.
“Este projeto é, provavelmente, o mais ambicioso da minha carreira. Depois de tantos anos criando, eu precisava mesmo me desafiar dessa forma. O álbum navega pelas variadas fases de um relacionamento, e a série veio para ampliar esse horizonte e surpreender, com uma história que vai além do próprio amor ali presente. Fiquei muito feliz com o resultado, tanto musical quanto visual. Estou ansioso para compartilhar com geral”, disse Projota.
Projota é cantor e compositor, com 23 anos de carreira e uma coleção de faixas inéditas que destacam a habilidade sonora do artista e sua diversidade musical. Tornou-se um dos nomes mais prestigiados do rap e hip-hop nacional acumulando mais de 2.2 milhões de ouvintes no Spotify. O rapper já gravou com grandes nomes da música nacional, como Anitta, Emicida, Marcelo D2, MV Bill e Anavitória, além de parcerias internacionais com J Balvin e a banda Thirty Seconds to Mars.
Marcelo Faria fala sobre o personagem Jorge na novela escrita por Walcyr Carrasco. Foto: TV Globo / João Miguel Júnior
O ator Marcelo Faria chega em breve aos capítulos de "Alma Gêmea" no "Vale a Pena Ver de Novo", como o personagem Jorge, mas já adianta, em entrevista, como foi realizar esse trabalho que segue um sucesso de audiência. Na trama escrita por Walcyr Carrasco, Jorge foi um homem rico, mas perdeu tudo por uma causa misteriosa. Orgulhoso, esconde os remendos das roupas para se manter elegante. Vive com uma pequena pensão, de origem desconhecida para o público, e mora de aluguel em um pequeno prédio de apartamentos. No decorrer da história, vira um dos pretendentes de Mirna (Fernanda Souza), mas também se envolve com Kátia (Rita Guedes). Abaixo, confira a entrevista com o ator
Como construiu o Jorge de "Alma Gêmea"? Marcelo Faria - Fiz o trabalho com a Katia Achcar, preparadora, e procuramos criar uma personagem meio desastrada como disfarce para a malandragem encoberta por ele, no sentido de ludibriar as mulheres. Foi divertido. Jorge entrou mais para a metade da trama e foi para o núcleo cômico do Emílio Orciollo e da Fernanda Souza, além do mestre Emiliano Queiroz. Foi um presente do Jorginho e do Walcyr.
Qual foi a cena mais difícil de gravar durante "Alma Gêmea"? E a mais divertida? Marcelo Faria - As cenas de chiqueiro eram as mais difíceis, pois tínhamos que ter roupas duplas para gravar. Mas ao mesmo tempo nos divertíamos. O Crispim sempre jogava os pretendentes da Mirna no chiqueiro, o Jorge foi o único que jogou o Crispim lá.
E como foi a parceria com o elenco? Marcelo Faria - Vários amigos faziam parte do elenco: Emílio Orciollo, Du Moscovis, Malvino Salvador, Drica Moraes, Priscila Fantin, Flávia Alessandra e os diretores, Jorge Fernando, Pedro Vasconcelos e Fred Mayrink.
A novela fez muito sucesso. Como era a repercussão do personagem? Marcelo Faria - Um sucesso nas ruas e o resultado: a capa do CD internacional. Isso era um presente para o ator. Foi o primeiro personagem que fiz sem ser o galã conquistador.
Quais as principais lembranças que guarda desse trabalho e da rotina de gravação? Alguma curiosidade? Marcelo Faria - A sequência final do Jorge sendo preso após tentar se casar pela nona vez foi marcante. Chegam várias esposas e vários filhos de diferentes lugares do Brasil cobrando o marido. Foi bem engraçado e ele termina expulso da cidade.
Gosta de rever trabalhos antigos? De que forma mexem com você? Marcelo Faria - É sempre nostálgico, mas não procuro assistir as sequências inteiras, os dias são corridos e os projetos nos engolem. Às vezes, procuro determinadas cenas para colocar nas redes sociais.
Como foi a parceria com o Walcyr Carrasco? Marcelo Faria - Esta foi a única vez que trabalhei com o Walcyr. Adoro o trabalho dele e a forma que ele escreve. Nos falamos por telefone estes dias para um projeto teatral que estou desenvolvendo com o Pedro Vasconcelos.
Quais são seus próximos projetos? Pode adiantar alguma coisa? Marcelo Faria - Estou produzindo a montagem de “Tieta do Agreste” no teatro sem atuar e um longa-metragem chamado “Milhares de Solidões”, que irei protagonizar.
Repleto de sentimentos sombrios, mentes doentias e corações vingativos, o livro "O Homem Ciumento", lançado pela editora Record, reúne contos de tirar o fôlego de Jo Nesbø, mestre do crime escandinavo e autor do best-seller"Boneco de Neve". São 12 histórias. Entre elas, está a de um detetive grego que, graças a lições dolorosas do passado, tornou-se especialista em crimes relacionados a ciúmes está no encalço de um homem acusado de assassinar o próprio irmão gêmeo. Nesta sua primeira reunião de contos, o autor faz os leitores encararem o desenrolar inevitável dos mais fortes - e terríveis - sentimentos humanos. O conto que dá título ao livro teve os direitos adquiridos para uma adaptação cinematográfica protagonizada por Joseph Gordon-Levitt, Shailene Woodley and Richard Madden.
Na Noruega, um taxista encontra um brinco que pertence à sua esposa no carro do chefe e decide que vai fazer de tudo para descobrir como o acessório foi parar lá. Também há a história de uma mulher a bordo de um avião rumo a Londres está prestes a tirar a própria vida, pois descobriu que o marido está tendo um caso. Mas quem é o homem sentado ao seu lado? E que conexão curiosa é essa entre os dois?
Enquanto isso, em uma cidade distópica nos Estados Unidos, a elite econômica do país aguarda para ser evacuada do alto de um arranha-céu enquanto as massas lutam para sobreviver nas ruas abaixo. Na Espanha, dois grandes amigos estão a caminho da corrida de touros em Pamplona quando se apaixonam pela mesma mulher. E numa Itália dominada por cartéis empresariais, um homem tem dois empregos: psicólogo, especialista em hipnose, e assassino de aluguel. Compre o livro de contos "O Homem Ciumento", de Jo Nesbø, neste link.
O que disseram sobre o livro "Jo Nesbø é um dos melhores autores de thrillers do mundo."- Daily Express
"Em sua primeira reunião de contos, Jo Nesbø, autor da série best-seller do inspetor Harry Hole, exibe os ingredientes-chave que diferenciam seus romances dos demais: enredos diabolicamente construídos nos quais vislumbres dos sentimentos mais humanos de personagens repletos de falhas correm o risco constante de serem apagados pela escuridão interior."- Booklist
"Os doze contos dessa impressionante coletânea do autor best-seller Jo Nesbø misturam suspenses repletos de tensão com personagens bem construídos."- Publishers Weekly
"Jo Nesbø é um dos mais talentosos escritores em atividade."- Bookreporter
"Não é para pessoas de coração fraco." - The Millions
"Desde que eu me conheço como criança, eu tenho uma personagem para interagir com as pessoas", afirma a atriz em entrevista concedida a Marcelo Tas. Foto: Beatriz Oliveira
Na próxima terça-feira, dia 21 de maio, Marcelo Tasconversa com a atriz e cantora Letícia Sabatella no "Provoca". Na entrevista, a artista conta a história da parceria com Elza Soares em "A Cigarra"; canta trechos da música no programa e da canção "Um Amor, Um Lugar", de Herbert Vianna; e fala sobre show que está fazendo, "Letícia Sabatella canta Por Elas"; a descoberta do autismo, timidez e muito mais. Vai ao ar na TV Cultura, a partir das 22h00.
Tas pergunta como foi o encontro dela com Elza Soares. “O meu encontro com a Elza foi através do Gonzaga e do Wisnik (...) eles começaram a bolar 'Do Cóccix até o Pescoço', um CD incrível (...) e foram conversar sobre isso no sítio que eu tenho, na região Serrana do Rio, e teve uma hora que eu falei: ‘vamos tomar banho de rio?’, e antes disso uma cigarra começou a cantar e tava um sol e eu falei: ‘ih, vai chover’. E ela falou: ‘não, a cigarra quando canta é sol’. E eu falei: ‘não, não, chove’. Aí fomos nadar no rio, nadamos, voltamos e no final do dia, ela no meio do terreno, a cigarra voltou a cantar, e ela falou: ’não disse que quando a cigarra canta é sol, não chove’. E começou a chover em cima dela (...) e a gente voltou no trânsito da ponte cantando: ‘quando a cigarra cantou me enganou, me enganou’ (...) e eu brincando com ela, e ela cantando e fazendo som de cigarra (...) ela voltou para casa dela e no outro dia mandou a letra (...) a música pronta (...) então sempre falava para ela: ‘foi você que fez a música’. ‘Não, nós fizemos a música, foi nosso encontro’”, conta Sabatella.
Durante a entrevista, Tas questiona qual personagem mais marcou sua carreira. “Eu tenho um processo de crescimento e de autoconhecimento intenso. Desde que eu me conheço como criança, eu tenho uma personagem para interagir com as pessoas. Na escola, com três anos de idade, eu lembro de ser uma criança que era tímida, mas quando tinha uma teatralização de alguma coisa, eu estava lá (...) eu sempre criava alguma brincadeira (...) eu inventei a mulher karatê, batia em todo mundo (...) o menino que gostava de mim, apanhava; eu era muito tímida”, diz.
Em outro momento da edição, a atriz conta que estava em uma roda de amigas e falaram sobre inveja. “Eu já sofri muito com inveja. Com a minha inveja. Porque a inveja do outro é do outro, ele que está sofrendo. Problema dele. Agora eu sentir inveja me fez muito mal (...) a inveja parte de uma admiração, que legal o que ela faz, essa pessoa é uma referência para mim (...) quando eu vejo Paolla Oliveira sambando com aquele corpo, eu sempre tive vergonha da minha bunda, não dá, meu corpo (...) que bom que tenha um modelo, uma referência, que eu possa admirar e que eu possa falar que legal, nosso corpo é legal”, comenta.
A importância de reencontrar o seu eu interior mais puro. Em cartaz na Cineflix Cinemas, a comédia dramática voltada para o público infantil -que engloba com eficácia os adultos-, "Amigos Imaginários", chama a praticar tal exercício que a vida adulta acaba por não mais permitir. Num colorido de encher os olhos, o longa entrega uma aventura com os companheiros de infância, os migs, que inglês é muito mais interessante e também o título original da produção estrelada por Ryan Reynolds (Deadpool), IF, ou seja, "imaginary friends".
Em "Amigos Imaginários" tudo começa quando Bea (Cailey Fleming) ainda em luto pela perda da mãe, sem saber se despedir de novo de alguém tão importante em sua vida, vê que o pai está doente e passará por uma cirurgia de risco. Assim, ela se muda para a casa da vó, quem nitidamente, não percebeu que a garotinha agora é uma adolescente. Descobrindo que folhas em branco e produtos para pintura não mais a fascinam, a vó coloca tudo numa caixa bem guardada e tenta uma reaproximação -o que não é muito bem desenvolvido, por exemplo.
Contudo, a mocinha preocupada em mostrar que cresceu acaba esbarrando em uma figura inimaginável que faz parte do mundo da imaginação. Portanto, toda a trama, bastante dramática é desenvolvida, levando-a até Cal (Ryan Reynolds) quem precisa ajudar os amigos imaginários que estão sem uma criança como companhia.
Inicialmente, o filme chega a remeter a um live-action da animação Disney "Monstros S.A", porém logo segue o caminho de uma nova e diferente história. Quando Bea e Cal ingressam no mundo da fantasia, mudanças acontecem, inclusive nos cenários, assim como a garota vai reencontrando a magia perdida, tanto quanto sua interpretação infantil, privada, guardada numa gravação, imitando a cantora Tina Turner.
Assim, em 1h44, a produção dirigida por John Krasinski (Um Lugar Silencioso) que também interpreta o pai doente de Bea, reforça o poder da fantasia para vencer obstáculos difíceis que a vida nos reserva de tempos em tempos. Sendo assim, quando o receio bater, usar a imaginação, é muito importante. A versão dublada tem no elenco os atores Murilo Benício e Giovanna Antonelli. Vale a pena conferir!
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"Amigos Imaginários"("IF"). Ingressos on-line neste link. Gênero: infantil, comédia. Classificação:livre.Duração: 1h44.Ano: 2023. Idioma original: inglês.Distribuidora:Paramount Brasil. Direção: John Krasinski.Roteiro: John Krasinski.Elenco:Ryan Reynolds, John Krasinski, Fiona Shaw. Sinopse:Depois de descobrir que pode ver os amigos imaginários de todos, uma garota embarca em uma aventura mágica para reconectar amigos imaginários esquecidos.
É possível uma banda de pop rock ter nascido no Brasil, se criado na Espanha e se consolidar na Itália? No caso da Selton, essa situação inusitada já é uma realidade há 15 anos. O mais recente trabalho do grupo, o álbum Gringo, que conta com a participação de Ney Matogrosso, apresenta uma sonoridade mais próxima do universo radiofônico pop.
Formada por Ramiro Levy, Daniel Plentz e Eduardo Stein Dechtiar, o projeto começou como uma banda tocando covers dos Beatles nas ruas de Barcelona. Depois que um produtor da MTV italiana os viu tocando nas ruas, o grupo assinou seu primeiro contrato de gravação na Itália, onde estão na cidade de Milão há 15 anos.
A produção é de Ricky Damian, vencedor de um Grammy Award com “Uptown Funk” de Bruno Mars, que se mudou para Londres. Juntos, a banda e Damian gravaram grande parte do disco no estúdio de Damon Albarn (das bandas Blur e Gorillaz).
Banda Selton. Foto: Simone Biavati
Além das canções autorais, há uma interessante releitura de Sangue Latino, do Secos e Molhados, com letra em italiano. Essa faixa tem a participação de Ney Matogrosso, cuja presença para os músicos representou uma benção. A ideia de fazer uma versão italiana de Sangue Latino, segundo eles, veio uma noite em um sonho que acabou se tornando realidade. “A letra original parece ter sido escrita já pensando que algum dia ela seria traduzida ao italiano. De alguma maneira sentimos que essa canção nos pertence, pertence a esse nosso momento”, explicam os músicos.
As canções oscilam entre o pop e a MPB, criand0 uma sonoridade próxima do chamado som Indie alternativo. Faixas como Café para Dois, Maresia e Fatal apresentam elementos pop com potencial radiofônico. O álbum Gringo é uma surpresa agradável de uma banda cuja trajetória une Brasil, Espanha, Itália e Inglaterra.
"As Aves da Noite", drama de Hilda Hilst dirigido por Hugo Coelho. Foto: divulgação
O espetáculo "As Aves da Noite", drama teatral escrito por Hilda Hilst, há 55 anos, vencedor do Prêmio APCA de Melhor Espetáculo Virtual, em 2022, faz sua estreia oficial no dia 24 de maio de 2024, sexta-feira, no Teatro Cacilda Becker, às 21h. A encenação, que se passa em Auschwitz, tem direção de Hugo Coelho e elenco formado por Marco Antônio Pâmio, Marat Descartes, Regina Maria Remencius, Rafael Losso, Walter Breda, Fernando Vítor, Marcos Suchara, Wesley Guindani e Heloisa Rocha.
As apresentações no Teatro Cacilda Becker vão até o dia 2 de junho, às sextas e aos sábados, às 21h, e aos domingos, às 19h. Na sequência, segue para o Teatro Arthur Azevedo (6 a 16/06) e Teatro Paulo Eiró (20 a 30/06), sempre com ingressos gratuitos. Este projeto foi contemplado pela 17ª Edição do Prêmio Zé Renato, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.
O enredo de "As Aves da Noite" parte da história real do padre franciscano Maximilian Kolbe que, em um campo de concentração nazista de Auschwitz, apresentou-se voluntariamente para ocupar o lugar de um judeu sorteado para morrer no chamado “porão da fome” em represália à fuga de um prisioneiro. Segundo o diretor Hugo Coelho, “esta é uma versão contemporânea do texto de Hilda. Não é uma reconstituição de Auschwitz, partimos de Auschwitz. O espetáculo é um grito contra a barbárie, contra o fascismo que usa a violência como instrumento de ação política”.
No porão da fome, a autora coloca em conflito os prisioneiros condenados a morrer na cela: o Padre, o Carcereiro, o Poeta, o Estudante e o Joalheiro, que são visitados pelo Oficial da SS, pela Mulher que limpa os fornos e por Hans, o ajudante da SS. Na montagem, eles aparecem isolados, confinados em gaiolas como um signo, uma alusão à prisão onde a história se passa. “A primeira coisa que os governos totalitários e ditatoriais fazem ao prender alguém é destituí-lo de sua dignidade e submetê-lo ao sofrimento extremado, e isso os nazistas fizeram com requintes inimagináveis de crueldade”, comenta o diretor. Segundo ele, a proposta de concepção de Hilda Hilst é muito clara, colocando as personagens em estado de reflexão sobre suas próprias condições no confinamento. A leitura que a autora faz dos aspectos éticos e humanos passam por questionamentos sobre Deus, sobre o mal e sobre a crueldade.
Nos diálogos estão o embate entre a vida e o que lhes resta, os devaneios entre o desespero e o delírio. O Poeta declama como se morto estivesse, o Estudante sonha com outro tempo, o Joalheiro ainda lembra-se da magnitude das pedras, enquanto a Mulher é humilhada em sua condição inferior. O Carcereiro, mesmo sendo um condenado, ironiza a condição dos demais e os trata com escárnio; o SS os chama de porcos e os agride e menospreza, enquanto o estado de debilidade emerge da vida e da já não existência desses humanos subjugados.
A montagem de "As Aves da Noite" busca elucidar a humanidade e densidade contida no texto, mergulhando nas possibilidades inesgotáveis do drama para emergir na poética da tragédia. “O discurso racional não dá conta da realidade. A arte tem o papel de traduzir esse discurso como uma segunda realidade que passa pela razão, mas também pelo sensorial e pela emoção”, reflete Hugo Coelho. “E temos a sorte de reunir um elenco de extrema grandeza. O talento desses atores é um pilar fortíssimo no resultado final do trabalho”.
Sobre o texto, Hilda Hilst falou: “Com As aves da noite, pretendi ouvir o que foi dito na cela da fome, em Auschwitz. Foi muito difícil. Se os meus personagens parecerem demasiadamente poéticos é porque acredito que só em situações extremas é que a poesia pode eclodir viva, em verdade. Só em situações extremas é que interrogamos esse grande obscuro que é Deus, com voracidade, desespero e poesia”.
O cenário, que traduz o cárcere com gaiolas humanas, foi concebido pelo diretor. O figurino (de Rosângela Ribeiro) faz alusão aos uniformes de presidiários, reforçando a imagem do encarceramento. A iluminação (de Fran Barros) dá foco a cada personagem, reforça o clima denso e claustrofóbico do ambiente, privilegiando o espaço teatral, “afinal a visão do espectador é diferente da visão do telespectador”, diz o diretor reportando à temporada virtual. A trilha sonora, assinada por Ricardo Severo, traz uma canção original do texto que remete à tradição judaica, cantada pelas personagens, e segue a mesma orientação da iluminação: “não faria sentido apenas reproduzirmos o que fizemos no vídeo, pois agora estamos no palco, que tem a sua dinâmica e necessidades próprias. Quem viu a peça online e for assistir no teatro vai encontrar cenas e tratamentos diferentes, inclusive com introdução de novos elementos”, explica o diretor.
Hugo Coelho afirma que o propósito do espetáculo é trazer à cena o discurso poderoso e contundente de Hilda Hilst. “As Aves da Noite nos faz encarar toda a barbárie do poder, do domínio, do autoritarismo, das torturas nos porões das ditaduras. Auschwitz é uma ferida aberta na humanidade para a qual é difícil encontrar palavras que a qualifique. As Aves da Noite mostra o reverso, o outro rosto da humanidade, perverso, doente e profundamente violento. Não podemos permitir que a violência e a barbárie continuem sendo normatizadas ao longo da história. Por isso essa obra, de extrema qualidade literária, é tão importante para o momento em que vivemos”, finaliza o encenador.
"As Aves da Noite", idealizado pelo produtor Fábio Hilst, teve sua primeira temporada apresentada virtualmente, devido à pandemia da covid-19. Foi gravado em vídeo, 80 anos após a morte de Maximilian Kolbe, exatamente no momento em que o mundo vivia uma experiência de confinamento. Kolbe morreu em Auschwitz, em 1941, e foi canonizado em 1982, pelo Papa João Paulo II. São Maximiliano é considerado padroeiro dos jornalistas e radialistas e protetor da liberdade de expressão.
FICHA TÉCNICA - Texto: Hilda Hilst (1968). Direção: Hugo Coelho. Elenco: Marco Antônio Pâmio (Pe. Maximilian), Marat Descartes (Carcereiro), Regina Maria Remencius (Mulher), Walter Breda (Joalheiro), Rafael Losso (Estudante), Fernando Vítor (Poeta), Marcos Suchara (SS), Wesley Guindani (Hans) e Heloisa Rocha. Direção de produção: Fábio Hilst. Assistência de direção e de produção: Fernanda Lorenzoni. Cenografia: Hugo Coelho. Figurino e objetos de cena: Rosângela Ribeiro. Desenho de luz: Fran Barros. Música original e desenho de som: Ricardo Severo. Cenotecnia: Wagner José de Almeida. Serralheria: José da Hora. Pintura de arte: Alessandra Siqueira. Assistência de cenotecnia: Matheus Tomé. Confecção de figurino: Vilma Hirata e Natalia Hirata. Fotos/divulgação: Priscila Prade e Heliosa Bortz. Design gráfico: Letícia Andrade. Gerenciamento de mídias sociais: Felipe Pirillo. Assessoria de imprensa: Eliane Verbena. Realização: Três no Tapa Produções Artísticas. Apoio: Prêmio Zé Renato - 17ª Edição, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.
Serviço
Espetáculo: As Aves da Noite
Duração: 75 min. Gênero: Drama. Classificação: 16 anos.
Ingressos: Gratuitos - Bilheterias dos teatros: 1h antes das sessões.
“Foi bem forte vivenciar tudo aquilo, muito emocionante”, comenta Malu Galli sobre a participação em "Renascer". Foto: Globo/Divulgação
Malu Galli está de volta às novelas com uma participação especial em ‘Renascer”. Interpretando Meire, a mãe de Buba (Gabriela Medeiros) na história, ela reencontra a filha depois de muitos anos e ficam frente a frente pela primeira vez desde a transição de gênero da psicóloga. O momento revela que feridas nunca cicatrizaram.
Por um lado, Meire não aceita a filha, enquanto Buba se ressente pela falta de apoio e de amor dos pais desde quando foi expulsa de casa e da cidade pelo pai, Humberto (Guilherme Fontes). Na época, Meire não conseguiu impedir por temer a reação violenta do marido. O retorno de Buba é a oportunidade para mãe e filha conversarem. “Acho que muitos vão se identificar e torço para que as sequências contribuam para mexer com alguém e, quem sabe, promover alguns reencontros”, reflete Malu.
Na sequência prevista para ir ao ar na segunda, dia 20, as duas se encontram por acaso na cidade. Meire pede perdão a Buba pela ausência ao longo de todos esses anos. Ela se declara para a filha dizendo que sentiu muitas saudades e que nunca a esqueceu. Emocionada, Meire convida Buba e José Augusto (Renan Monteiro) para irem à sua casa e tomar um café. Buba fica um tanto temerosa, mas aceita o convite. Durante o encontro, Humberto aparece e, ao reconhecer Buba, faz diversas ofensas a ela. Buba e Zé Augusto o enfrentam e a psicóloga rebate com firmeza.
Antes de deixar a cidade, ela se despede do amigo, Décio (Miguel Rômulo) e fica aliviada pela reconciliação com a mãe. Buba ainda deixa fluir seus sentimentos em relação a Zé Augusto e os dois se beijam pela primeira vez.
"Renascer" é uma novela escrita por Bruno Luperi baseada na obra de Benedito Ruy Barbosa. A direção artística é de Gustavo Fernández, direção geral de Pedro Peregrino e direção de Walter Carvalho, Alexandre Macedo, Ricardo França e Mariana Betti. A produção é de Betina Paulon, Bruna Ferreira e Lucas Zardo e a direção de gênero de José Luiz Villamarim. Leia na íntegra a entrevista com Malu Galli sobre a participação em ‘"Renascer"!
Como surgiu o convite para esta participação em ‘Renascer’ e o que motivou você a aceitá-lo? Recebi uma ligação da produtora de elenco da novela, a Marcela Bergamo. Achei a personagem interessante, principalmente o contexto das cenas e toda a discussão que o tema suscita.
Como você define a Meire? Meire é uma mulher de vida simples, muito religiosa e que não entende, nem aceita a questão essencial da filha. Ela não se permite amar e acolher a própria filha. Isso é muito triste e infelizmente a realidade em muitos lares brasileiros.
Você chegou a fazer alguma preparação ou buscou referências para compor a personagem? Fizemos leituras e conversamos com o Jefferson Miranda, o preparador de elenco da novela. As referências, infelizmente, estão por toda parte. Somos o país que mais mata pessoas trans no mundo, um recorde de intolerância, ódio e ignorância.
Assim como Humberto (Guilherme Fontes), Meire também é uma personagem que não existiu na primeira versão e surge agora dentro de um contexto em que a trama aborda a reação de pais, que não aceitam a transição de gênero de seus filhos. Como foi gravar essa sequência? São cenas muito intensas e algumas bem violentas do ponto de vista do que é dito. Foi bem forte vivenciar tudo aquilo, muito emocionante. Acho de extrema importância levar esta discussão à casa da família brasileira através da dramaturgia. Acho que muitos vão se identificar e torço para que as sequências contribuam para mexer com alguém, e quem sabe promover alguns reencontros.
Como foi a troca com a Gabriela Medeiros (Buba) e com o Guilherme Fontes? Já havia trabalhado com eles anteriormente? Foi muito bacana. Gabi se entregou às cenas com muita determinação e coragem. Sei que para ela não deve ter sido muito fácil. Guilherme Fontes eu também não conhecia, e nos demos muito bem.
Atualmente você também está na reprise de ‘Cheias de Charme’ com uma personagem bem diferente. Como tem sido acompanhar a repercussão da novela mesmo tantos anos depois da exibição original? Adoro poder interpretar personagens bem diferentes uns dos outros. É um prazer. ‘Cheias de Charme’ foi uma novela que só me deu alegrias e até hoje repercute, seduz o público. Foi um grande acerto de Izabel de Oliveira e Filipe Miguez e da Denise Saraceni.
Quais são seus planos e próximos projetos? Estou desenvolvendo uma série sobre a vida da arqueóloga brasileira Niéde Guidon e um projeto de show como cantora.