quinta-feira, 23 de maio de 2024

.: Entrevista com Manuel de Oliveira: entre a música flamenca e o jazz


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. 

O renomado violonista ibérico Manuel de Oliveira veio ao Brasil para se apresentar na capital paulista e em Illhabela. Natural de Guimarães, Portugal, o guitarrista contemporâneo tem sido presença destacada nos principais festivais de jazz europeus. Com mais de 20 anos de carreira, Manuel de Oliveira consolidou-se como um dos mais proeminentes violonistas contemporâneos. Autodidata, ele absorveu influências de diversas culturas musicais, incluindo flamenco, música sul-americana e fado, criando uma identidade sonora reconhecível em constante evolução. 

Seus concertos e documentários foram lançados pela Qwest TV, canal do icônico Quincy Jones, ao lado de músicos como Brad Meldhau e Chick Corea, ele se estabeleceu como um dos pioneiros do estilo flamenco-jazz. Em entrevista para o Resenhando.com, ele conta como a nossa música brasileira imapctou em su formação e explica como preparou o seu "Looping Solo". “A música instrumental etno contemporânea, que dialoga entre várias culturas, é uma tendência global e de uma riqueza enorme”.


Resenhando.com - O Brasil tem uma relação muito próxima de Portugal com a música. Como a música brasileira impactou em sua formação musical?
Manuel de Oliveira -
A música do Brasil é de uma riqueza infinita e depois tem uma natural identificação com a cultura portuguesa, mesmo para além da língua - artistas da área instrumental como Egberto Gismonti, Rafael Rabelo, Hermeto Pascoal, os grandes da MPB também, como Chico Buarque, Tom Jobim, Caetano Veloso, enfim, é ao mesmo tempo um espanto pela qualidade e um vislumbramento do potencial criativo de um diálogo cultural que não tem barreiras.


Resenhando.com - No Brasil há uma queixa recorrente dos músicos para ganhar mais espaço na mídia para a música instrumental. Como está o espaço em Portugal para esse estilo?
Manuel de Oliveira -
É de fato um problema. Ainda bem que aqui há queixa. Em Portugal, acho que ainda nem sequer chegou a isso. A música instrumental no Brasil vai tendo alguns contatos importantes, como festivais e o próprio Sesc, apesar de ser muito pouco. Não só há poucos contextos no geral para a música instrumental, como os que existem são muitas vezes fechados a géneros como o jazz ou a clássica. A música instrumental etno contemporânea, que dialoga entre várias culturas, é uma tendência global e de uma riqueza enorme. É realmente necessário criar mais contatos e canais de comunicação para esta vertente.


Resenhando.com - O que é o “Looping Solo”?
Manuel de Oliveira -
O "Looping Solo" é o nome que dei ao meu show a solo, com o uso uma tecnologia que me permite em tempo real gravar uma série de partes. Assim eu estabeleço no fundo um diálogo comigo mesmo.


Resenhando.com - O estilo flamenco ainda tem influência no jazz contemporâneo? Cite alguns exemplos.
Manuel de Oliveira  -
Muito. O flamenco e o jazz abriram um caminho sem retorno nos anos 80 com artistas como Paco de Lucia, Jorge Pardo, Carles Benavent, tem cada vez mais artistas a explorar esses caminhos - sendo uma música urbana por si, é um diálogo muito natural de estabelecer, como o fado com o flamenco, o tango com o fado, o blues com a bossa, enfim. Entre os exemplos de artistas do Flamenco Jazz, citaria Nino Josele, Josemi Carmona, Jorge Pardo, Ano Dominguez, entre muitos outros.


Resenhando.com - Quais os músicos que influênciaram na sua formação musical?
Manuel de Oliveira -
Paco de Lucia, José Afonso e Egberto Gismonti, acho que assim como uma matriz, entre várias outras influências.

.: "É difícil voltar a escrever'", afirma Ana Maria Gonçalves no "Provoca"


“É difícil voltar a escrever depois de 'Um Defeito de Cor'", afirma a escritora Ana Maria Gonçalves, em entrevista a Marcelo Tas. Foto: Anna Coutinho


Nesta terça-feira, dia 28 de maio, Marcelo Tas entrevista, no "Provoca", a escritora Ana Maria Gonçalves, autora do livro "Um Defeito de Cor", que virou samba-enredo da Portela. Na edição, ela fala sobre como foi o processo de escrita do romance, publicado em 2006, revela que esta é a última entrevista que vai dar sobre o livro, dá um spoiler sobre o próximo projeto que irá lançar e muito mais. Vai ao ar na TV Cultura, no app Cultura Play, além do YouTube, Facebook e X, a partir das 22h.

“Um livro virar samba quer dizer o que neste país?”, pergunta Tas. “É a gente pensar no quão a literatura é elitista, o quanto o livro é caro, pouca gente tem acesso a esse tipo de informação através desse veículo que é o livro. E ver ele transformado em enredo de uma maneira muito bonita (...) o que foi para a avenida não foi uma adaptação, foi uma conversa com o livro (...) e o livro furou a bolha, esgotou nos sites de venda durante o desfile, e isso porque uma semana antes a editora já tinha rodado uma edição, e depois do desfile esgotaram mais três edições”, conta.

Em outro momento do "Provoca", a escritora dá um spoiler sobre seu novo projeto. “É difícil voltar a escrever depois de 'Um Defeito de Cor'. Eu não esperava essa recepção que ele teve. E o livro que eu consegui terminar e que está na gaveta já há alguns anos, esperando um tempo para eu poder reescrever (...) é uma ficção científica afrofuturista que se passa aqui em São Paulo (...) como é um infantojuvenil, ele tem umas 500, 600 páginas”, diz Ana Maria.

“E o coração tá querendo abrir a gaveta já?”, pergunta Tas. “Uma das coisas que eu acho que demanda muito - a gente não consegue viver de livro, não dá nem pra pensar em começar a viver de literatura -, é fazer palestra, curso, por exemplo. Eu preciso dos cinco anos do 'Um Defeito de Cor', eu acho que nem tanto mais porque eu já estou mais carimbada em escrever, mas eu preciso de um tempo parada me dedicando só a aquilo, sem ter que viajar. Então, eu estou tirando esse ano de 2024 para fazer isso. Essa é a última entrevista que eu estou dando esse ano, aí eu preciso tirar o ano para mergulhar na escrita”, revela a autora. Compre a edição especial de "Um Defeito de Cor", de Ana Maria Gonçalves, neste link.

.: À la Guimarães Rosa: 12 contos para mergulhar no realismo fantástico


O autor Thiago Arantes se inspirou no conto "A Terceira Margem do Rio", de Guimarães Rosa, para escrever "A Terceira Margem da Folha", lançamento da Artêra Editorial, que mistura elementos mágicos ao cotidiano. Gênero literário próprio da América Latina, o realismo fantástico ganha este novo recorte nas 12 histórias da obra, que atravessam temas como vida, morte, destino, arrependimento e desilusão.

Quando era apenas uma criança, durante uma aula de redação particular, Thiago Arantes segurou uma página em branco e fez uma promessa a si mesmo enquanto todos os colegas reclamavam das tarefas de língua portuguesa: “não sei o que farei no futuro, mas serei escritor!”. Há quatro anos, ele lembrou da cena adormecida na memória e voltou a encontrar na literatura e na escrita uma salvação pessoal diária. Assim deu vida ao livro de contos fantásticos "A Terceira Margem da Folha"

O mineiro divide o tempo entre escrever, lecionar e advogar. Mas o que sempre buscou para o dia a dia é o oposto da lógica acelerada que o mundo impõe hoje. Inspirado pela criação de infância voltada para o lúdico e para a espiritualidade, ele ainda acredita que a realidade tem um quê de magia. “Quantas vezes nos surpreendemos com a existência? Quero estar no limbo entre as leis da física e os super-heróis”, reflete. 

Thiago lançou mão do realismo fantástico, gênero literário que reúne grandes expoentes na América Latina, como uma forma de viver essa utopia. Dividida em 12 contos, a obra mistura elementos sobrenaturais e mágicos com situações do cotidiano, gerando certa estranheza e mistério. Ele cria esta leitura provocadora com o uso de figuras de estilo, de linguagem e da expressividade por meio da sonoridade poética. Compre o livro A Terceira Margem da Folha", de Thiago Arantes, neste link. 


Uma ode a Guimarães Rosa
O título da coletânea é uma referência direta ao conto de Guimarães Rosa, A terceira margem do rio, que também utiliza características do realismo mágico. No prefácio, Jô Drumond - escritora, tradutora, PhD em Literatura Comparada e pesquisadora do autor de "Grande Sertão: Veredas" - destaca que Thiago homenageia o texto com uma releitura “na qual ele imita o maneirismo rosiano sem intenção de fazer plágio, sátira, ironia ou caricatura”

Os contos são atravessados por questões filosóficas e metafísicas naturais aos seres humanos, como vida, morte, destino, arrependimento e desilusão. Os personagens não são nomeados, nem os locais onde se passam as histórias. Dessa forma, leitores podem explorar o imaginário para se identificar com as experiências fantásticas que ressoam às próprias lembranças. 


Trecho do livro
"Casa é onde estamos à vontade. Eu construí a minha ali, entre o real e mágico, o cômico e o trágico, entre a força de saber frágil gente e um super-herói com poderes impensáveis para os catedráticos da lógica, os desprovidos de sonho. Como um sol poente que sempre volta para nascer de novo, eu retorno às teclas, hoje sem o barulho charmoso das pesadas máquinas de outrora, de onde brotaram tantos impossíveis, para construir a minha casa, que outros visitarão." ("A Terceira Margem da Folha", pág. 16) 


Sobre o autor
Thiago Arantes nasceu em Patos de Minas, Minas Gerais. Escreveu poesias, contos e crônicas para diversos jornais e sites da região. Além de autor e compositor, é professor universitário, advogado e celebrante de casamentos. Pai do Bernardo e do Gabriel, tem na literatura e na música suas maiores paixões. Publicou o livro de poesias Lágrimas Latinas, Lacívias Linguísticas e teve um poema incluído na Antologia Sarau Brasil 2021. A terceira margem da folha é sua estreia no gênero da ficção e contos. Garanta o seu exemplar de "A Terceira Margem da Folha", escrito por Thiago Arantes, neste link. 

.: "Angu" combate estereótipos ao contar histórias de pessoas pretas e gays


Após duas temporadas no Rio de Janeiro, peça com Alexandre Paz, João Mabial e Orlando Caldeira chega a São Paulo, no Sesc Ipiranga. Foto: Rai do Vale


Buscando subverter o olhar social fetichista que objetifica, coisifica, criminaliza e hiperssexualiza as “bixas pretas”, o espetáculo "Angu", idealizado por Alexandre Paz e Nina da Costa Reis, faz sua primeira temporada em São Paulo. Com direção e dramaturgia de Rodrigo FrançaRodrigo França, a peça fica em cartaz no Sesc Ipiranga entre os dias 25 de maio e 23 de junho, com sessões às sextas e aos sábados, às 20h00, e, aos domingos, às 18h00. No feriado do dia 30 de maio, quinta-feira, haverá sessão às 18h00.

Na trama, histórias de “bixas pretas” se entrelaçam, mostrando ao público que as vidas dessas pessoas não se resumem apenas às situações de violência. “Nos meus trabalhos, gosto de mostrar que existem outras realidades possíveis. Ficção e documental se misturam no trabalho, gerando empatia dos espectadores”, afirma França. O texto concorreu ao Prêmio Shell de 2024 pelo Rio de Janeiro.

Além de evocar narrativas passíveis e possíveis envolvendo negros gays, a montagem celebra e agradece ícones como Madame Satã, Gilberto França; o bailarino Reinaldo Pepe; Rolando Faria e Luiz Antônio (Queer Les Étoiles) e Jorge Laffond. Em cena estão Alexandre Paz, João Mabial e Orlando Caldeira.


Sobre a encenação
“'Angu' é um grito. Não necessariamente de socorro, porque acima de tudo existe potência, amor, desejo e intensidade na vida. O espetáculo é um Ebó. Que saiamos do teatro limpos e reequilibrados daquilo que nos oprime, nos aliena, nos engessa de sonhar”, acrescenta o diretor.

A peça tem a missão de enaltecer esses corpos que estão lutando por sua felicidade e existência. Os espectadores acompanham um sargento da Polícia Militar que honra a sua farda, mas tem a sua sexualidade como alvo de piadas para seus colegas; um jovem estudante de enfermagem que se deslumbra com a classe média branca e deseja ser por ela incluído, porém, é somente hiperssexualizado; um sonhador que fica diariamente sentado no banco da rodoviária e se envolve numa tarde de amor em um banheiro público; um menino encantando com o que dizem do seu tio Gilberto, um homem negro gay que desapareceu no mundo para fazer a sua arte longe da família homofóbica; Madame Satã – transformista que teve que largar a arte para viver à margem como malandro da Lapa; e uma homenagem ao Les Étoiles, icônica dupla queer negra brasileira que abriu as portas da Europa para a MPB.

Todos os personagens subvertem o esperado: não haverá um homem negro performando a sua masculinidade ultra, mega viril e heteronormativa. “Muito do que vivemos no nosso cotidiano foi incorporado aos personagens, o que enriquece a montagem”, diz Alexandre. Ao retomar as referências artísticas da negritude, o espetáculo configura-se como um resgate à ancestralidade preta e gay. “Estamos homenageando pessoas que morreram apenas por ser quem são. Gente que foi pioneira e acabou embranquecida, abandonada ou esquecida, principalmente quando se fala na luta LGBTQIAPN+, que costuma ter como protagonista o homem gay e branco”, comenta Rodrigo.

O cenário de Clebson Prates, que concorreu ao Prêmio Shell de 2024, é uma grande metáfora para tudo isso. “Em cena está um grande armário, mas a provocação que fazemos é: quem realmente pode ficar ‘dentro do armário’? Usamos essa ideia para discutir o que é o patriarcado no aspecto cultural, econômico e filosófico. É esse pensamento que mata tudo o que foge dessa estrutura de poder”, defende França.

Já a trilha sonora assinada por Dani Nega contribui na criação de uma ambiência ritualística para o espetáculo. “Queremos que o público seja transformado pelo nosso Angu. E que celebre as bixas pretas, já que ser bixa preta tem consternado muita gente”, defende Orlando.


Sinopse
A trama conta seis histórias paralelas vivenciadas por pessoas negras gays, ou bixas pretas, buscando subverter o olhar social fetichista que as objetifica, criminaliza e hiperssexualiza.

"Masculinidades Negras": ciclo de bate-papos
Dialogando com o espetáculo Angu, e fazendo parte da programação do Festival Sesc Culturas Negras, o Sesc Ipiranga realiza um ciclo de bate-papos sobre Masculinidades Negras. Organizado em quatro encontros, pessoas convidadas especialistas desenvolvem, a cada dia, discussão de um tema específico sobre Masculinidades Negras, expandindo a compreensão sobre as diversas relações étnicas/raciais, de gênero e orientação sexual, que constituem a humanidade dos homens negros em relação à sociedade.


Masculinidades Negras: ciclo de bate-papos
Dialogando com o espetáculo Angu, e fazendo parte da programação do Festival Sesc Culturas Negras, o Sesc Ipiranga realiza um ciclo de bate-papos sobre Masculinidades Negras. Organizado em quatro encontros, pessoas convidadas especialistas desenvolvem, a cada dia, discussão de um tema específico sobre Masculinidades Negras, expandindo a compreensão sobre as diversas relações étnicas/raciais, de gênero e orientação sexual, que constituem a humanidade dos homens negros em relação à sociedade.

Ficha técnica
Espetáculo "Angu"
Idealização: Alexandre Paz e Nina da Costa Reis
Dramaturgia e direção: Rodrigo França
Diretor assistente: Kennedy Lima
Elenco: Alexandre Paz, João Mabial e Orlando Caldeira
Direção de movimento e preparação corporal: Tainara Cerqueira
Direção de imagens: Carol Godinho
Cenário: Clebson Prates
Figurino: Tiago Ribeiro
Visagismo: Diego Nardes
Trilha sonora: Dani Nega
Iluminação: Pedro Carneiro
Operação de som e vídeo: Igor Borges
Contrarregragem: Wil Thadeu
Fotos e vídeos: Charlinhus
Programação visual e mídias sociais: Júlia Tavares
Produção: MS Arte e Cultura
Assistentes de produção: Igor Borges e Wil Thadeu
Produção executiva: Anne Mohamad
Assessoria de imprensa: Canal Aberto - Márcia Marques e Daniele Valério
Coordenação de produção: Alexandre Paz e Orlando Caldeira
Direção de produção: Aline Mohamad


Serviço
Espetáculo "Angu"
Data: 25 de maio a 23 de junho, às sextas e aos sábados, às 20h, e, aos domingos, às 18h | No feriado do dia 30 de maio, quinta-feira, tem sessão às 18h
Local: Sesc Ipiranga – Rua Bom Pastor, 822 – Ipiranga - São Paulo - SP
Ingresso: R$50 (inteira), R$25 (meia-entrada) e R$15 (credencial plena)
Compre aqui: https://www.sescsp.org.br/programacao/angu/
Classificação indicativa: 14 anos
Duração: 90 minutos

"Masculinidades Negras": ciclo de bate-papos
Data: 23 de maio a 20 de junho, às quintas, às 20h, exceto dia 30 de maio. Grátis. Não é preciso retirada de ingressos. Classificação indicativa: livre. Duração: 90 minutos.

Dia 23 de maio - "Homens Pretos, Masculinidades e Relações Raciais", com Henrique Restier e Vinicius Zacarias.
Dia 6 de junho - "Masculinidades Negras: uma Questão de Saúde", com Thiago A. S. Soares, Daniel de Souza Campos e Leonardo Peçanha.
Dia 13 de junho - "Masculinidades Negras, Educação e Gênero", com Douglas Araújo e Mônica da Silva Francisco.
Dia 20 de junho - "Masculinidades Negras, Cultura e Arte", com Douglas Iesus e Nego Lipão.

quarta-feira, 22 de maio de 2024

.: "Bridgerton": Nicola Coughlan e Luke Newton em Baile Funk carioca

Com Mc Carol como rainha oficial da festa, Baile Funk Bridgerton celebrou a estreia da terceira temporada da série - e os fãs brasileiros - com atrações como passinho, boteco Bridgerton e carruagem paredão


Nicola Coughlan e Luke Newton , os protagonistas da terceira temporada de Bridgerton, com a rainha do Baile Funk Bridgerton, Mc Carol 


Querido leitor, a alta sociedade londrina de "Bridgerton" ganhou ares cariocas nesta segunda-feira. Os protagonistas da terceira temporada do fenômeno global da Netflix, Nicola Coughlan e Luke Newton, que interpretam o casal Penelope e Colin (ou #Polin, como são shipados na internet) caíram no funk na parada brasileira da turnê mundial de lançamento da série. Os atores receberam fãs, influenciadores e jornalistas do Brasil inteiro em um dos locais mais tradicionais e icônicos da cidade, o Theatro Municipal. Com surpresas como pocket show de Mc Carol - a rainha oficial do baile - e apresentação de passinho, o Baile Funk Bridgerton marcou a celebração da nova temporada da série e de todos os fãs brasileiros. Teve até carruagem paredão, tunada com caixas de som dos tradicionais paredões de funk.

Logo na chegada, antes do baile começar, os atores posaram para fotos no tapete vermelho e, ao som de muitos aplausos e gritos apaixonados, receberam fãs que a Netflix trouxe de todo o país para um bate-papo especial.  Celebridades como Camila Queiroz e Klebber Toledo, casal de apresentadores de Casamento às Cegas Brasil, e a atriz Carla Diaz, além de influenciadoras como Camila Pudim, Blogueirinha, Xan Ravelli e Lara Santana, que vieram vestidas a caráter, também tiveram seu momento cheio de emoção. Estiveram presentes no baile, ainda, outros nomes como a cantora Tati Quebra Barraco e os influenciadores Jeniffer Dias e Raphael Vicente.

Para o delírio dos convidados, que capricharam nos looks com inspiração Bridgerton, a Funk Orquestra abriu o baile com uma versão inédita da música-tema da série, que ganhou arranjo clássico com pitada de funk. Em seguida, no melhor estilo Rainha Charlotte, a funkeira Mc Carol deu as boas-vindas à corte carioca e recebeu Nicola e Luke no palco, onde os intérpretes de Polin declararam seu amor ao Brasil. Logo após, a rainha Mc Carol, os dançarinos de passinho André Oliveira, Pablinho Fantástico, Ygão, Celly Idd, May Idd, além do DJ Totonete soltaram o batidão e colocaram todo mundo pra dançar. Lady Whistledown certamente aprovaria esse baile. 

A Parte 2 da terceira temporada de "Bridgerton" estreia no dia 13 de junho, só na Netflix.


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.: "Fúria Primitiva" de Dev Patel, sucesso no Festival SXSW, estreia na Cineflix


Em "Fúria Primitiva", Dev Patel faz sua estreia como diretor. O ator ganhou reconhecimento ao interpretar Jamal Malik em “Quem Quer Ser um Milionário”, vencedor de oito Oscars em 2009. Sobre essa nova experiência, o artista diz que “o filme é uma carta de amor para minha família. É sobre unir a mitologia que meu pai e meu avô me contaram e honrar o poder da mulher mais incrível da minha vida, a minha mãe. E também é sobre o quão longe alguém pode ir para vingar alguém que ama tão profundamente.”

O filme foi gravado em Batam, na Indonésia e, tanto a produção, quanto o elenco, enxergaram como um lugar incrível e inspirador, a localização ideal para o que Patel queria em seu longa. O vencedor do Oscar, Jordan Peele, foi produtor da obra. Para ele, é uma obra que explora a jornada de um vingador-defensor, trazendo temas emocionais profundos que cativam o público desde o primeiro momento.

"Fúria Primitiva" foi um grande sucesso no Festival SXSW e recebeu o selo “fresh” no Rotten Tomatoes. A história original é do ator e diretor, que também assina o roteiro ao lado de Paul Angunawela e John Collee. A história do filme apresenta Kid (Patel), um jovem que ganha a vida em um clube de luta clandestino, onde é espancado todas as noites usando uma máscara de gorila. Até que, depois de anos ele encontra um jeito de se infiltrar na elite da cidade e, ao mesmo tempo, tem que lidar com traumas de infâncias e uma sede de fazer vingança.

Além de Dev Patel, o elenco principal do filme também conta com Sharlto Copley, Pitobash, Vipin Sharma, Sikandar Kher, Adithi Kalkunte, Sobhita Dhulipala, Ashwini Kalsekar e Makarand Deshpande.

Sinopse: Estrelado e dirigido por Dev Patel, "Fúria Primitiva" acompanha a jornada violenta de um homem em busca de vingança. Patel é Kid, um jovem que ganha a vida em um clube de luta clandestino, onde, usando uma máscara de gorila, é brutalmente espancado todas as noites por lutadores mais populares. Após anos de raiva contida e uma vida muito dura, Kid encontra uma maneira de se infiltrar na elite da cidade. À medida que seu trauma de infância ressurge, ele não mede esforços para acertar as contas com os homens da alta sociedade que tiraram o pouco que ele tinha.


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Antes de dar o play nos episódios da nova temporada, entenda mais sobre a série de ficção mais antiga atualmente


O novo Doctor Who acaba de pousar no Disney+! A nova fase da série é protagonizada pelo ator Ncuti Gatwa, interpretando o lendário viajante do tempo que, junto com a personagem Ruby Sunday (Millie Gibson), defenderá as forças do bem enquanto encontra amigos incríveis e inimigos perigosos – da era da Regência Britânica a futuros devastados.

Com os primeiros episódios já disponíveis, e novos a serem lançados toda sextas-feiras – às 20h, a produção segue a mesma premissa das temporadas anteriores e, para relembrar o conceito de "Doctor Who", o Disney+ selecionou as principais informações da série e do personagem que apareceu pela primeira vez na televisão em 1963, pela BBC.


O mesmo, porém, diferente Doutor

Uma das marcas registradas de Doutor Who é a variação de Doutor(es) ao longo das temporadas, ou seja, não há somente um ator que interpreta o personagem. Até o momento, a série já contou com 15 protagonistas. Pode até parecer confuso e estranho, mas não é!

Em 1963, quando a série estreou, quem dava vida ao primeiro Doutor era William Hartnell. Na época, entretanto, o ator ficou doente e teve que ser substituído para que a série continuasse. Para justificar a mudança, o roteiro de Doctor Who teve que ser modificado e o personagem recebeu a habilidade de se regenerar ao primeiro sinal de morte inerente. Desta forma, ele nunca morreria somente trocaria de corpo.

O ator Ncuti Gatwa é agora quem dá vida ao 15º Doutor na nova temporada já disponível no Disney+. Essa variação surgiu após a bi-regeneração com o 14º, durante um confronto entre ele e Toymaker - um dos vilões da série. Essa cena introduz Gatwa ao whouniverso e pode ser visto no terceiro episódio do especial de Natal de Doctor Who no Disney+.


Mas quem é o Doutor?

O Doutor é um alienígena viajante do tempo originado do planeta Gallifrey, terra natal dos Senhores do Tempo. Ele pertence a raça dos Lorde do Tempo e tem o dom de manipular o espaço-tempo e possui grandes habilidades em diferentes áreas do conhecimento. Seu nome verdadeiro é uma incógnita para todos, pois ele dificilmente o revela e sempre se apresenta como “Doutor” sendo questionado muitas vezes sobre quem ele está se referindo.


Uma nave ou uma cabine policial?

Todo viajante do tempo tem sua “máquina do tempo” que costuma se assemelhar com uma nave espacial e em Doctor Who não seria diferente. Porém, ao contrário das naves comuns, o do Doutor é uma espécie de cabine policial britânica do século 20, conhecida como TARDIS. Teoricamente, ela foi programada para se disfarçar em qualquer ambiente que for pousar, porém, seu mecanismo de disfarce sofreu um dano e não foi mais possível mudar seu formato. Com isso, independente da época para qual o Doutor viajar, a espaçonave sempre terá a mesma aparência – que é, inclusive, uma das marcas registradas da série.


Companheiras de viagem

Outra característica muito marcante de Doctor Who é que o Doutor nunca está sozinho durante suas viagens no tempo. Ele sempre está acompanhado por um humano para enfrentar as suas jornadas. Nessa temporada, a parceira dele é Ruby Sunday, interpretada pela atriz Millie Gibson.

Novos episódios de Doctor Who serão lançados todas as sextas-feiras, às 20h, no Disney+.


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.: “Angústia”, da obra de Graciliano Ramos, estreia no Teatro Unicid

Espetáculo "Angústia". Foto: Karina Kiss


Nesta adaptação para o teatro, intitulada de “Angústia”, Luís da Silva, funcionário público, escritor apenas por gosto e não como profissional, vive revivendo suas frustrações intelectuais, memórias de infância, desejos pela vizinha Marina e ódio de seu concorrente, Julião Tavares, que busca lhe roubar a mulher amada.

O enredo mergulha no estado psicológico do personagem, um homem complexo e atormentado que vira refém do ciúme e do ressentimento.

A obra tem como principal característica a descrição dos estados de alma de uma pessoa que se questiona o tempo todo, sobre si e o mundo, em arroubos de solidão e delírio.


CONTEXTO DA OBRA

“Angústia” se passa entre as décadas de 20 e 30, período em que o Brasil e o mundo passavam por grandes transformações. Entre elas:

Semana da Arte Moderna – 1922; a Recente revolução russa, 1917; a Crise de 1929.


A época marcou a consolidação do Brasil como República, e um dos objetivos de Graciliano Ramos em seu terceiro livro publicado era mostrar os traços da exploração da sociedade nesse período por meio da interação e convivência conflituosa de personagens residentes na área metropolitana da cidade de Maceió.


Espetáculo “Angústia”

Direção Vince Vinnus

Elenco Vince Vinnus, Julia Gouveia, Tainan Pongelupe e Lucas Pace

Sonorização e projeções: Tales Augusto

Iluminação: Renan Mello


SERVIÇO

Data: 01/06 às 21h

Teatro Unicid – Av Imperatriz Leopoldina, 550, entrada lateral do teatro

Ingressos R$ 60,00 a inteira e R$ 30 a meia entrada

Antecipado com a doação de 01 Kg de alimento, R$ 30,00

Telefone/Whatsapp da Bilheteria (11) 38329100

Estacionamento no local – R$ 15,00


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terça-feira, 21 de maio de 2024

.: "Alma Gêmea": Fernanda Souza comenta sucesso da romântica Mirna

Fernanda Souza em "Alma Gêmea". Foto: Globo/João Miguel Júnior


Com recordes de audiência desde a estreia, no dia 29 de abril, "Alma Gêmea" consagrou a carreira da atriz Fernanda Souza em sua primeira exibição, em 2005, quando ela interpretou a jovem Mirna, personagem que ficou marcada na memória do público. Um dos destaques da trama foi o núcleo dos irmãos Mirna e Crispim (Emilio Orciollo Netto), que moravam com o tio Bernardo (Emiliano Queiroz) em um sítio próximo à plantação de rosas de Rafael (Eduardo Moscovis). Os homens da família trabalhavam no roseiral, e a romântica Mirna se dedicava à casa enquanto sonhava com um casamento. Mas Crispim morria de ciúmes da irmã e dificultava a realização desse sonho, pois não deixava que nenhum pretendente se aproximasse. E quem se arriscasse acabava dentro de um chiqueiro. Fernanda Souza lembra com carinho desse momento em sua trajetória artística. “A repercussão da personagem foi gigante e eu não imaginava que isso fosse acontecer. Quando o ator pega um personagem novo, ele recebe a descrição com detalhes. A da Mirna era pequena, então não imaginei que pudesse tomar um rumo tão grande e que o Brasil fosse gostar tanto”, conta a atriz. Confira a entrevista completa de Fernanda Souza!

  

Como construiu a Mirna de "Alma Gêmea", que fez tanto sucesso na sua carreira?

Não houve uma construção específica em cima dela. A primeira vez que ela apareceu para mim e eu acessei o seu jeito de ser foi durante o teste da novela. Essa é uma personagem que foi muito marcante na minha vida e a desejei muito. Eu estava fazendo uma peça de teatro, sem contrato com a TV Globo, e queria fazer uma novela novamente. Fui chamada de última hora para o teste. Estava no aeroporto e tinha acabado de perder o voo, sendo que o próximo avião demoraria três horas para sair. Nesse tempo, o diretor da novela me ligou e me chamou para fazer o teste no mesmo dia. Fui para os Estúdios Globo e usei o tempo que estava na caracterização do cabelo para decorar o texto. Na hora, consegui apresentar duas versões da personagem, uma mais romântica e outra mais divertida. Eu não tive tempo de construí-la, só fiz da melhor maneira possível. Por isso é como se a Mirna morasse dentro de mim, foi tudo muito rápido e mesmo assim foi aprovado pelos diretores. Depois de algum tempo eles me ligaram e disseram que o papel era meu, fiquei muito contente. Eu me conectei imediatamente com a personagem. A versão da Mirna que foi ao ar é a mais extrovertida. O único treino que fiz foi de prosódia, para ajustar o sotaque, já que eu sou de São Paulo e a Mirna é do interior do estado. Mas foi tudo muito natural, e eu sinto realmente que ela mora em mim, que posso simplesmente acessá-la e colocá-la para fora. Ela é uma personagem muito especial. Quando assisto à novela, eu não consigo me ver, é como se a personagem realmente fosse uma outra pessoa. É legal ter esse distanciamento e não conseguir se enxergar; para um ator isso é um prazer gigante.

 

Qual foi a cena mais difícil de gravar durante "Alma Gêmea"? E a mais divertida?

A cena mais difícil de fazer foi a do fogo na casa da personagem. Naquele momento, eu já estava gravando a novela há algum tempo e convivia bastante com a Doralice, a pata da novela. Na hora, fiquei igual à Mirna, me desesperei ao vê-la em meio ao fogo, por mais que eu soubesse que o fogo cenográfico é controlável. Mas, só pelo fato de a personagem estar passando por aquela situação, eu fiquei muito nervosa. Teve um momento em que eu estava chorando de verdade. A cena mais divertida foi a que a Mirna empurrou a personagem da Flávia Alessandra, Cristina, que era a vilã, dentro do chiqueiro. Normalmente, a Mirna assistia a seus pretendentes sendo jogados no chiqueiro, mas, dessa vez, ela que jogou. A Flávia é uma pessoa muito leve e divertida, então foi uma cena muito aguardada por todos. Eu fiz tudo com muito carinho e tomei cuidado para não a machucar. Teve um momento em que eu literalmente tive que esfregar a cara dela na lama. O mais divertido foi que muita gente caiu no chiqueiro, quase todo o elenco entrou. Por isso, eles colocaram vários chuveiros no set, para tomarmos banho. Outros momentos divertidos que aconteciam com muita frequência eram com a pata, que às vezes fazia cocô no meio da cena e a gente tinha que continuar como se nada tivesse acontecido. Mesmo se a cena fosse de comida, todos seguiam nas falas e no final todos davam risada da situação.

 

A novela fez muito sucesso. Como era a repercussão da personagem? 

A repercussão da personagem foi gigante e eu não imaginava que isso fosse acontecer. Quando o ator pega um personagem novo, ele recebe a descrição com detalhes. A da Mirna era pequena, então não imaginei que pudesse tomar um rumo tão grande e que o Brasil fosse gostar tanto. Quando eu saía de casa, ouvia as pessoas me chamando de Mirna o tempo inteiro. Com certeza foi uma das personagens mais marcantes da minha carreira. As pessoas ainda têm um carinho muito grande pela novela, que foi um acerto do Walcyr Carrasco e do Jorge Fernando. Eu tenho muito orgulho de ela ter feito parte da minha história, me diverti muito. Para mim, ela foi um grande presente, porque foi a primeira vez que fiz comédia e eu nem imaginava que podia. Dali em diante, fui vista pelos diretores como uma atriz que poderia ir para essa área também. Depois, fiz ‘Toma Lá Da Cá’. totalmente imersa nesse universo cômico, ao lado de grandes atores. Sinto que ela abriu uma porta não só na minha vida artística, mas também na pessoal. Eu não me entendia como uma pessoa divertida ou engraçada, não tinha essa visão sobre mim mesma. Essa personagem me fez acessar a comédia não só na TV, mas também dentro da Fernanda. Acho que eu me tornei uma pessoa mais leve e divertida depois dela. Sou muito grata até hoje ao Walcyr e ao Jorginho porque eles me deram uma grande oportunidade de crescimento quando me deram esse papel. Foi com ele que eu ganhei o ‘Melhores do Ano’ como atriz coadjuvante no ‘Domingão do Faustão’, o que me deixou muito feliz, foi muito marcante. 

 

Quais as principais lembranças que guarda desse trabalho e da rotina de gravação?

Eu morro de saudades do Seu Emiliano Queiroz e do Emílio Orciollo. Juntos, formávamos um quarteto com a Doralice. Eles foram muito especiais para mim, nós éramos companheiros de gravação e estávamos sempre juntos no mesmo cenário. A gente se entendia no olhar, tínhamos uma convivência importante. Lembro das cenas emotivas em que eu realmente chorava de emoção por estar ao lado deles. Muito do sucesso da Mirna se deve a eles. A nossa união fez com que o núcleo desse certo. Viramos até a capa do CD nacional da novela. 

 

Gosta de rever trabalhos antigos? De que forma mexem com você?

Amo rever trabalhos antigos. Parece que foi em outra vida, mas ao mesmo tempo me reconheço muito ali. Eu tenho um amor profundo ao assistir às cenas da Mirna, me emociono só de pensar. Lembro que, quando fiz o teste, eu rezei muito para passar e deu certo. A vontade é de voltar no tempo para reviver toda aquela alegria. Foi mágico, sou muito grata por essa oportunidade.

 

Qual a sua expectativa para essa reexibição da trama de Mirna?

Acho que as pessoas vão amar, e eu vou assistir com toda certeza. Eu amo essa novela e acho que o Brasil também. Essa é uma história muito bem escrita, foi um marco nas novelas das 18h. Foi tudo muito especial, não vejo a hora de assistir. Sei que eu vou me emocionar, rir e vou ficar com saudades de viver a Mirna.

 

E quais são seus próximos projetos?

Já tem um bom tempo que tenho amado ser apresentadora. Estou há um tempo sem atuar e não tenho previsão de volta. Estamos nos preparando para a segunda temporada de um projeto no streaming. Foi um sucesso, e fiquei muito contente com a repercussão. É a segunda vez que apresento um reality show e eu descobri que amo fazer isso. Estou completamente apaixonada, tenho muito prazer em conduzir os participantes, mediar uma prova. Cresci assistindo a programas com dinâmicas e jogos, e agora estou dentro de um. Eu sinto que nasci para isso, assim como eu nasci para atuar. Essa é uma das coisas que mais amo fazer no mundo, não imaginava que fosse ler tantos elogios sobre o programa e esse meu novo trabalho. 

 

Criada e escrita por Walcyr Carrasco, com a colaboração de Thelma Guedes, direção de Fred Mayrink e Pedro Vasconcelos, direção-geral e direção artística de Jorge Fernando, ‘Alma Gêmea’ estreou em 2005, foi reexibida em 2009 na TV Globo, também no ‘Vale a Pena Ver de Novo’, e no Viva, em 2022. 


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Espetáculo "Uma visita à Biblioteca do Sr J.L.Borges". Foto: Karina Kiss


A bela e labiríntica obra do escritor argentino Jorge Luis Borges, para muitos funciona como uma equação matemática sem fim e na qual o tempo é tão flexível quanto o pensamento. "Uma visita à Biblioteca do Sr J.L.Borges", a mais recente produção em pequena escala da companhia Mov Teatro, apresenta uma adaptação que passa por vários contos de Borges: "O Jardim das Veredas que se Bifurcam"; "O Outro"; "O Disco"; "O Livro De Areia"; "Ulrica; A utopia de um homem que está cansado".

O texto original de Borges é trazido ao palco em meio a poesia, música e ilustrações, sob a direção de Elber Marques.

As esquetes se interligam, sutis mas com linhas grossas, impressionantes por si só, unidas por livros sem começo ou fim, encontros impossíveis, viagens no tempo, portais, espelhos e labirintos, buscando criar “metáforas teatrais” para o funcionamento da imaginação do escritor.

Borges é um poeta de quebra-cabeças e um autor de ideias. Numa performance ao vivo, aparece a noção viva do homem, mostrando aspectos além dos que estão nas páginas, num mundo de labirintos em que os seres navegam em mistérios que talvez nunca sejam revelados.


Espetáculo "Uma visita à Biblioteca do Sr J.L.Borges"

Direção Elber Marques

Elenco Gulherme Grubber, Vince Vinnus, Julia Gouveia, Tainan Pongelupe

Sonorização e projeções: Tales Augusto

Iluminação: Renan Mello

Data: 30/05 às 20h30

Teatro Unicid – Av Imperatriz Leopoldina, 550, entrada lateral do teatro


Ingressos R$ 60,00 a inteira e R$ 30 a meia entrada

Antecipado com a doação de 01 Kg de alimento, R$ 30,00

Fone/Whatsapp da Bilheteria (11) 38329100

Estacionamento no local – R$ 15,00

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