"Kraven, o Caçador", produção cinematográfica da Sony Pictures que apresenta o personagem de quadrinhos da Marvel Comics, criado por Stan Lee e Steve Ditko, um dos vilões do Homem-Aranha, Sergei Kravinoff (Aaron Taylor-Johnson, de "Vingadores: Era de Ultron" e "Trem-Bala"). O longa de 2 horas e 7 minutos não chega a ser um filmaço do gênero, mas, no conjunto da obra, entrega uma introdução digna ao personagem, além de garantir grandes momentos de tensão, em meio a muito sangue jorrando em constantes lutas -que, por vezes, assusta. Em resumo: é tremendo filme de ação.
Com o ritmo e trilha sonora típicos da produtora, "Kraven, o Caçador"leva o público para a Rússia, onde está um ser de força sobre-humana que bate de frente com a máfia. Assim, tudo é apresentado para o grande momento em que o jovem Sergei passa por uma tremenda transformação. Como resposta, o rapaz afasta-se do pai, homem tóxico que ama o poder que detém e vê no filho mais velho potencial para substituí-lo futuramente. Contudo, o irmão que fica, o mais novo, acaba pagando por essa conta paterna.
Ainda que não seja tão brilhante, "Kraven, o Caçador" é muito bom, pois consegue imprimir uma identidade própria e consegue empolgar mesmo tendo um rival que provoque risadas no público, principalmente, em certas cenas. De fato, Rhino é controverso, mas ainda que carregue uma mochilinha nas costas, é muito bem defendido por Alessandro Nivola ("Desobediência") e convence o público a embarcar na trama daquele que foi ignorado -e até humilhado- numa caçada. Como não lembrar do Síndrome da animação "Os Incríveis"?
O filme de origem do forte homem feral ainda tem no elenco, a jovem Ariana DeBose ("West Side Story"), interpretando Calypso, uma sacerdotisa vodu de ascendência haitiana, assim como Fred Hechinger ("Gladiador 2") na pele do engenhoso Camaleão. Com Christopher Abbott ("Lobisomem"), Murat Seven ("Senhora Stern"), além de Levi Miller ("Uma Dobra no Tempo") como o jovem Sergei quem sofre a grande mutação. Vale muito a pena conferir a produção nas telonas, afinal, teremos mais de Kraven no futuro. Imperdível!
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"Kraven: O Caçador"("Kraven"). Ingressos on-line neste link. Gênero: ação, ficção científica. Classificação: 14 anos.Duração: 2h07.Ano: 2024. Distribuidora: Sony Pictures. Direção: J.C. Chandor. Roteiro: Richard Wenk, Matthew Hollaway, Arthur Marcum. Elenco: Aaron Taylor-Johnson, Russell Crowe, Ariana DeBose. Sinopse: Um ataque repentino de Wulf, um implacável senhor Dunlending, força Helm Mão-de-Martelo e seu povo a fazer uma última resistência na antiga fortaleza de Hornburg. Encontrando-se em uma situação desesperadora, a filha de Helm lidera a resistência.Confira os horários: neste link
PorLuiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto: divulgação.
Um som com uma certa roupagem retrô ambientada nos anos 50 e 60, mas que soa ao mesmo tempo contemporâneo no pop atual. Essa é a primeira impressão para quem ouve o som do duo The Courettes, formado por Flavia Couri (guitarras, teclados e vocal) e Martin Couri (bateria e percussão). A dupla mostra influência dos grupos produzidos pelo mítico Phil Spector, o criador do chamado Wall Of Sound, efeito no estúdio que criava uma espécie de muro sonoro preenchendo todos os espaços da gravação.
Flavia é brasileira e integrou a banda Autoramas antes de se mudar para a Dinamarca e se casar com Martin em sua terra natal (sim, ele é dinamarquês). E a formação do duo acabou acontecendo de uma forma natural, pois ambos tinham o mesmo gosto musical e muita disposição para produzir um som que se identificava com os dois. O resultado disso são os mais de 100 shows por ano pela Europa, Estados Unidos e Japão, cativando um público cada vez maior em várias partes do mundo. Em entrevista para o Resenhando, Flavia conta um pouco sobre a trajetória do duo e como eles encaram o momento atual para o rock. “A cena alternativa é muito grande pelo mundo”.
Resenhando.com - Como foi o inicio de vocês na música? Flavia Couri - A música sempre me tocou de uma forma muito forte, desde os meus sete anos. Meu primeiro instrumento foi um xilofone de brinquedo, eu tocava o dia inteiro. Eu chorava muitas vezes nas aulas de música na escola, algumas canções me emocionavam tanto, eu nem sabia explicar. Nessa época eu assisti aquelas reprises do show da Tina Turner no Rio na televisão e eu fiquei obcecada com a Tina, penteava o meu cabelo ao contrário para dar volume e ir pra escola parecendo ela. A minha mãe era muito fã da Rita Lee, ela escutava muito lá em casa, e a Rita foi uma das minhas primeiras heroínas roqueiras e role model. Eu comecei a comprar fitas cassete sozinha com uns nove anos e me apaixonei pelos Beatles aos 11. Eu comecei a tocar violão também aos 11 anos, com aquelas revistinhas. Eu achei um violão no armário, meu pai tinha dado de presente à minha mãe, mas ela nunca aprendeu. Logo depois comecei a tocar baixo também, comprei um baixo Finch cópia de Rickenbacker de um primo de uma amiga do colégio, com o dinheiro do lanche que minha mãe me dava e que eu fui juntando por meses. Quando eu cheguei em casa com o baixo (surpresa!), minha mãe achou tão legal a minha dedicação que deu-me um amplificador. Eu nasci nos anos 80, uma época fantástica pro rock no Brasil, explodindo nas rádios FM, a Rádio Fluminense… A MTV chegou ao Brasil quando eu tinha 9 anos, e eu amava tudo e assistia por horas a fio, principalmente o programa Lado B que me apresentou a bandas como The Cramps e Ramones. Eu lembro da primeira vez que eu ouvi “Smells Like Teen Spirit” e pirei, ainda pre-teen. Eu fui no show do Nirvana aos 12 anos no Hollywood Rock e os Ramones aos 13, no Circo Voador. O grunge e depois o movimento riot grrrl e as guitar bands influenciaram muito minha formação, ao mesmo tempo que o meu amor pela música dos anos 60 ia crescendo enquanto eu ouvia e pesquisava muito bandas como o Velvet Underground, Byrds, Troggs, Sonics e Seeds. Comecei a tocar baixo em muitas bandas a partir dos 15 anos, e o The Courettes é a segunda banda onde eu toco guitarra. Apesar de ter começado autodidata, eu estudei música também, anos depois, e fiz um mestrado em baixo na Dinamarca e uma pós em composição.
Resenhando.com - Como funciona o processo criativo musical do The Courettes? Flavia Couri - Nos nossos primeiros discos, eu compus todas as músicas sozinha, mas o Martin sempre teve um papel importante dizendo quais idéias eram boas e mereciam ser trabalhadas e quais eu deveria jogar fora. A partir do nosso segundo disco, “We Are The Courettes”, começamos uma parceria com o Søren Christensen, da banda dinamarquesa The Blue Van (que é maravilhosa, por sinal). Ele é um músico incrível e escreveu umas duas músicas conosco nesse disco, no disco seguinte, “Back in Mono”, 12 das 14 músicas. Ele é nosso produtor e parceiro de composição nos álbuns “Back in mono”, “Back in Mono B-Sides & Outtakes” e “The Soul Of… The Fabulous Courettes”.
Resenhando.com - A melodia vem primeiro ou a letra surge antes? Flavia Couri - Sobre o que vem antes, melodia ou letra, não há regra, na verdade. Às vezes a parte musical fica pronta antes, inteira, com acordes e melodia, às vezes até o arranjo, e a gente luta pra escrever uma letra… Outras vezes tenho o conceito da letra, dois ou três versos prontos e a música só vem depois.
Resenhando.com - Como vocês têm avaliado o mercado fonográfico na Europa? As plataformas de streaming realmente estão em evidência ou ainda há mercado para o disco físico? Flavia Couri - Ainda há um mercado bem grande para vinil, e só tem crescido nos últimos anos. Acho que depende muito do tipo de música que o artista faz. Na música pop e no público adolescente creio que o streaming domina quase totalmente.
Resenhando.com - As plataformas de streaming realmente estão em evidência ou ainda há mercado para o disco físico? Flavia Couri - No nosso nicho (rock / indie rock / garage rock / Wall of Sound) o público adora vinil, coleciona e compra muito. E compram CDs também, principalmente na Alemanha e no Reino Unido. O The Courettes vende muitos discos, somos a segunda banda que mais vende discos na nossa gravadora, a britânica Damaged Goods Records, com quem assinamos em 2020. Só ficamos atrás do lendário Billy Childish. Com ele não dá pra concorrer!
Resenhando.com - Nos shows ao vivo se apresentam somente os dois integrantes ou vocês contam com mais músicos de apoio? Flavia Couri - Estamos há dez anos tocando ao vivo só nós dois no palco, e foi um longo processo para desenvolver um show eficiente em duo, não só musicalmente mas também o lado da performance, para envolver e entreter o público. Muitos duos tendem a cair na monotonia se o set é longo, então finalmente podemos dizer que criamos um show só com duas pessoas que enche um palco de festival não só a nível sonoro, mas de performance também, e não foi fácil, deu muito trabalho e custou muitos shows para amadurecer, estamos quase chegando na marca de mil shows como The Courettes. Alguns dos truques incluem usar um oitavador e separar o som da guitarra em dois canais ou em dois amplificadores. Temos muito orgulho do show que conseguimos criar através dos anos, só como duo. Dito isso, em 2024 começamos a experimentar com outras formações, para expandir o universo sonoro. Usamos um baixista em alguns shows, e, a partir do lançamento do álbum novo “The Soul Of… The Fabulous Courettes” em setembro, estamos usando backing tracks. Tudo isso agora é uma opção, não uma necessidade. No futuro, estamos abertos a experimentar mais, com backing tracks ou outros músicos, porque a gente sente que não precisa provar nada pra ninguém, a gente se vira como duo, como trio, ou como a gente quiser.
Resenhando.com - O cenário indie rock atual tem aberto espaço para muitas bandas alternativas. Vocês tem conseguido encontrar seu espaço ou ainda há dificuldades? Flavia Couri - O The Courettes encontrou seu espaço e faz cerca de 125 - 150 shows por ano, tocamos por toda a Europa, Reino Unido, Estados Unidos e Japão. A cena alternativa é muito grande pelo mundo, ela sobreviveu a pandemia e ainda há muitos clubes de tamanho médio e um público interessado. Isso é o mais importante, ter um público interessado. Enquanto houver gente interessada em ir a shows, que paga bilhete e compra merchandising, as casas de shows e os festivais vão continuar existindo, vai ter uma cena alternativa paralela ao Live Nation e afins.
Resenhando.com - Vocês citam o lendário produtor Phil Spector como referência. Como o trabalho dele ajudou a nortear a sua proposta de conceito musical? Flavia Couri - O Martin e eu somos muito fãs dos girl groups dos anos 60, até no nome da banda a influência é óbvia. Quando nos conhecemos há 11 anos atrás, no Brasil, e começamos a conversar sobre música, o Martin me disse que ficou ainda mais apaixonado por mim quando eu disse que eu tinha o box set “Back To Mono”, com a obra do Phil Spector. Então a obra de Phil Spector sempre esteve presente. Musicalmente, a influência de Spector no nosso trabalho de estúdio ficou mais nítida no nosso terceiro álbum, “Back in Mono”, onde a proposta foi emular as técnicas de gravação e produção spectorianas para criar o nosso próprio Wall of Sound, o The Courettes´ Wall of Sound. A gente foi bem fundo nessa proposta, construímos nosso próprio estúdio, uma câmara de eco, e gravamos muitos overdubs no álbum. Algumas faixas têm 17 tracks só de guitarras, mais baixo, piano, órgão, violão de 12 cordas, guitarra de 12 cordas, tímpanos, castanholas… Foi uma evolução musical enorme pra gente. Na gravação do primeiro disco, nós queríamos evitar overdubs e gravar o mais orgânico e cru possível, para que não ficasse diferente ao vivo. A partir do segundo álbum, “We Are The Courettes”, eu comecei a gravar também órgão e piano, além de côros e harmonias vocais, mas sempre tendo em vista a versão ao vivo, como as músicas soariam sem os overdubs. Foi com “Back in Mono” que nos permitimos experimentar no estúdio, sem limites e sem preocupações. Decidimos não frear nossa criatividade limitando os arranjos ao que poderíamos tocar ao vivo como duo. Eu tive uma revelação: uma música boa é uma música boa, independente de ser tocada por uma orquestra de 20 músicos ou só no piano ou no violão. Então desde “Back in Mono”, e graças ao Phil Spector, que dividimos o trabalho de estúdio e o ao vivo como duas coisas diferentes, que a gente ama igual. Nosso foco agora é a composição, é escrever músicas cada vez melhores. E depois vemos como essas músicas vão funcionar ao vivo. Às vezes sentimos que é um pouco como se os Beatles tocassem os arranjos de “Sgt. Pepper´ s” ao vivo no Cavern Club, com aquela energia cru e só com os quatro músicos. (Sem querer nos comparam com os Beatles, é claro). E vale repetir que nossa admiração pelo Phil Spector é limitada ao seu trabalho como compositor e produtor, separamos bem o artista da sua vida pessoal.
Resenhando.com - Como está sendo feita a divulgação do mais recente trabalho de vocês? Flavia Couri - O disco recebeu resenhas incríveis no Reino Unido e na Europa, nas principais revistas de música como Rolling Stone (França), Vive Le Rock, Record Collector, Louder Than War, Shindig!, Vintage Rock e Clash (Reino Unido), Ox (Alemanha)… teve até um artigo no britânico The Guardian. Nós fizemos uma Live Session na lendária Rádio BBC, e também na Radio 3, a maior rádio espanhola. “The Soul Of…” entrou em muitas listas de melhor álbum de 2024, incluindo o site da Rough Trade, Shindig! e Louder than War. A turnê de divulgação começou em setembro, passou pelo Reino Unido, Dinamarca, Espanha e França, non stop, foi uma loucura total, 33 shows em um més e meio! Só agora estamos curtindo umas férias merecidas depois de 124 shows em 2024. Em 2025 vamos voltar à estrada e tocar em muitos festivais pela Europa, EUA e Reino Unido, como o Rebellion (UK), SXSW e Evolution (USA), Kilkenny Roots Festival (Irlanda), Zwarte Cross (Holanda), Folk & Fæstival (Dinamarca), além de shows na Alemanha, Suécia, Finlândia e França. Espero que a turnê passe também no Brasil, estou com muita vontade e saudade de tocar por aí!
Aclamada pela crítica e fenômeno popular na internet, Clarice Lispector (1920-1977) é considerada, internacionalmente, um dos grandes nomes da literatura do século XX. A partir do dia 10 de dezembro, data de nascimento da escritora, o público poderá saber mais sobre a autora no podcast "Clarice Lispector: visões do Esplendor", lançado pelo Instituto Moreira Salles. Os cinco episódios do programa já estão disponíveis gratuitamente, todos de uma só vez, no Spotify, no site da Batuta, rádio de internet do IMS, além de outros tocadores de podcast.
O lançamento do podcast integra as celebrações da Hora de Clarice, programação anual organizada pelo IMS para comemorar o aniversário da escritora, cujo arquivo está sob a guarda da instituição. Misteriosa, obscura, reveladora, experimental, estranhamente mística ou filosófica – como definir a escrita da autora de "A Hora da Estrela"? Essa pergunta norteia o programa concebido e apresentado por Bruno Cosentino, que integra a coordenadoria de Literatura do IMS, e EucanaãFerraz, consultor de Literatura do IMS.
Em cinco episódios, Cosentino e Ferraz percorrem a vida e obra da escritora, a partir de conversas com especialistas, professores e pesquisadores. O podcast conta também com a participação da cantora Maria Bethânia, que lê trechos do conto “Amor”, do texto “Mineirinho” e do livro "Perto do Coração Selvagem", de Clarice, autora que cita como uma de suas referências literárias. Cada episódio começa com a própria voz de Clarice, em fragmentos de um depoimento que a escritora cedeu ao Museu da Imagem e do Som (MIS), na série “Depoimentos para a Posteridade”, em 1976.
No primeiro episódio, Nádia Battella Gotlib, professora de literatura brasileira da USP e autora da fotobiografia de Clarice, e Regina Pontieri, docente de teoria literária da USP, falam sobre a chegada da escritora ao Brasil, quando ainda era uma criança de colo, acompanhada de sua família; e da mudança do Recife, cidade onde passou a infância, para o Rio de Janeiro. As duas também abordam os estudos de Clarice na Faculdade de Direito, seu casamento e seus três primeiros livros publicados: "Perto do Coração Selvagem", "O Lustre" e "A Cidade Sitiada".
No episódio seguinte, os apresentadores conversam com a crítica literária e psicanalista Yudith Rosenbaum e o músico e compositor Zé Miguel Wisnik, ambos professores da USP, sobre o período em que Clarice, separada do marido – e após 15 anos fora do Brasil – voltou a viver no Rio de Janeiro, com os filhos. Nesse momento, após mais de uma década sem publicar, Clarice lançou dois livros que vinham sendo escritos durante sua estadia no exterior: o romance "A Maçã no Escuro" e o livro de contos "Laços de Família". Nos anos seguintes, também vieram a público "A Legião Estrangeira" e "A Paixão Segundo G.H.".
A crônica é o tema que norteia o terceiro episódio do podcast, com o escritor e pesquisador Evando Nascimento, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora, e Flávia Trocoli, docente da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Os dois comentam a atuação de Clarice na imprensa, com a publicação de crônicas no Jornal do Brasil e entrevistas em sua coluna na revista Manchete. Também nessa época, a autora lançou os livros "Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres" e "Felicidade Clandestina".
No quarto episódio, o crítico português Carlos Mendes Sousa, professor da Universidade do Minho, e João Camilo Penna, docente de literatura comparada da UFRJ, focam no período em que Clarice escreveu um livro tão breve quanto perturbador, Água viva, lançado em 1973, além de duas coletâneas de contos, A via crucis do corpo e Onde estivestes de noite, ambos publicadas em 1974. No ano seguinte, a autora participou do Congresso Internacional de Bruxaria, na Colômbia.
O podcast se encerra com uma conversa entre Teresa Montero, autora da mais recente biografia de Clarice, À procura da própria coisa, lançada pela editora Rocco, e Sônia Roncador, professora de literatura e cultura brasileiras na Universidade de Illinois, sobre os últimos anos de vida da escritora, com destaque para seu derradeiro livro, "A Hora da Estrela", e os manuscritos de "Um Sopro de Vida", publicado postumamente. As duas também debatem a escrita da autora voltada para o universo infantil em textos memorialísticos, publicados na reunião de contos "Felicidade Clandestina", e nos livros para crianças – "O Mistério do Coelho Pensante", "A Mulher que Matou os Peixes", "A Vida Íntima de Laura", entre outros.
Mais informações sobre Clarice no IMS O arquivo de Clarice Lispector está sob a guarda do IMS desde 2004, sendo formado por biblioteca e documentos, entre os quais manuscritos dos livros "A Hora da Estrela" e "Um Sopro de Vida", correspondências, cadernos, entre outros itens. Além de promover a Hora de Clarice, o IMS já homenageou a escritora com o volume duplo (17-18) dos Cadernos de Literatura Brasileira. Também lançou o livro Clarice Lispector – Figuras de escrita, de Carlos Mendes de Sousa, e organizou as exposições Clarice, pintora, apresentada em 2009 no IMS Rio, e Constelação Clarice, exibida em 2021 no IMS Paulista, em 2022 no IMS Rio, quando foi escolhida pela revista britânica de arte contemporânea Frieze como uma das dez melhores exposições do mundo naquele ano. Em 2020, ano de seu centenário, a instituição lançou um site bilíngue, em português e inglês, dedicado à escritora, que é constantemente alimentado com conteúdos sobre Clarice, além de ter sua própria newsletter. saiba mais.
Mais podcasts lançados pelo IMS No site da Batuta, rádio de internet do Instituto Moreira Salles, é possível ouvir podcasts lançados pelo IMS. Entre os destaques, estão Sertões: histórias de Canudos, feito a partir do livro clássico de Euclides da Cunha, Xingu: terra marcada, que narra a história da demarcação do território indígena e dos conflitos em torno dele, e Lima Barreto: o negro é a cor mais cortante, lançado por ocasião do centenário da morte do escritor. Ouça os demais podcasts no site da Batuta.
Serviço Podcast Clarice Lispector: visões do esplendor Já disponível no Spotify, no site da Rádio Batuta, entre outros tocadores de podcasts Gratuito
Guia de episódios (todos já disponíveis): Episódio 1,“O de-dentro” , com Nádia Battella Gotlib e Regina Pontieri
Episódio 2, “Largar no chão o corpo antigo”, com Yudith Rosenbaum e Zé Miguel Wisnik
Episódio 3, “Nasci incumbida”, com Evando Nascimento e Flávia Trocoli
Episódio 4, “A coisa em si”, com Carlos Mendes Sousa e João Camilo Penna
Episódio 5, “É tempo de morangos”, com Teresa Montero e Sônia Roncador
Caco Galhardo lança "O Grande Mentecapto em HQ" nesta sexta-feira, dia 13, em Belo Horizonte. A sessão de autógrafos será às 18hoo na Livraria Jenipapo Por meio dos desenhos, da sensibilidade e da percepção do renomado cartunista, "O Grande Mentecapto", clássico romance de Fernando Sabino, transporta o leitor para o estado de Minas Gerais e para dentro da vida do atrapalhado, porém encantador, José Geraldo Peres da Nóbrega e Silva, mais conhecido como Geraldo Viramundo.
Quando criança, Viramundo abalou todas as estruturas de sua cidade natal, Rio Acima. Com sua força de vontade, sua fé em si mesmo e seus desvarios, ele fez parar o trem de ferro, que nunca parava. Depois, ainda moço, levou suas crenças para o seminário de Mariana, almejando ser padre. Lá, arrumou uma baita confusão com dona Pietrolina e seu falecido marido, o que o levou a partir para Ouro Preto, onde encontrou sua amada de toda vida.
De Ouro Preto, seguiu para Barbacena, onde acabou internado em um hospício. De Barbacena, foi para Juiz de Fora “para integrar o glorioso exército de Caxias e assim cumprir seu dever para com a pátria”. E, de Juiz de Fora, passou por várias outras cidades, seguindo seu caminho, sempre fiel ao propósito de virar Minas Gerais pelo avesso, com confusões e aventuras por onde esteve. Enquanto Viramundo vaga pelo estado, o Brasil é exposto: covardia, fome, abuso de poder, hipocrisia, descaso com os mais pobres, brigas e conflitos são alguns dos temas e acontecimentos que se fazem presentes na história desse grande-pequeno mineiro, e que são muito comuns também no dia a dia de milhares de brasileiros. Compre o livro "O Grande Mentecapto em HQ" neste link.
Sobre o autor Fernando Tavares Sabino (1923-2004) nasceu em Belo Horizonte (MG). Publicou seu primeiro livro, "Os Grilos Não Cantam Mais" (1941), ainda na adolescência. Recebeu, então, uma carta elogiosa do poeta modernista Mário de Andrade, dando início à preciosa correspondência entre ambos, mais tarde publicada sob o título "Cartas a Um Jovem Escritor" (1981). Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1944, onde foi sócio do cronista capixaba Rubem Braga, na Editora do Autor e na editora Sabiá. Escreveu alguns romances que se tornaram clássicos da literatura nacional, entre eles "O Encontro Marcado" (1956), "O Grande Mentecapto" (1976) e "O Menino no Espelho" (1982). Sabino também foi um grande cronista, famoso por coletâneas como "O Homem Nu" (1960) e "A Cidade Vazia" (1963). Em 1999, recebeu da Academia Brasileira de Letras o prêmio Machado de Assis pelo conjunto da obra.
Sobre o ilustrador Caco Galhardo é cartunista e desenha tiras diárias para o jornal Folha de S.Paulo desde os anos 1990. Tem 14 livros publicados, incluindo o best-seller "D. Quixote em Quadrinhos". Lançado em 2005, foi uma das obras precursoras da grande leva de adaptações de clássicos em quadrinhos que viria a seguir. Sua adaptação do segundo volume de "D. Quixote", lançado quase dez anos depois, foi finalista do Prêmio Jabuti. Seus desenhos já integraram várias exposições de quadrinhos no Brasil e na Europa, e sua personagem "Lili, a Ex" foi adaptada para uma premiada série no canal GNT, em 2014. Além das tiras diárias, também escreve roteiros para TV e cinema e é autor de três peças de teatro. Garanta o seu exemplar de "O Grande Mentecapto em HQ" neste link.
Serviço O cartunista Caco Galhardo lança "O Grande Mentecapto em HQ" na próxima semana em Belo Horizonte. A sessão de autógrafos será nesta sexta-feira, dia 13 de dezembro a partir das 18h00, na Livraria Jenipapo, que fica na rua Fernandes Tourinho 241 - Savassi.
Você já ouviu falar do Reboot Feminista sul-coreano, também conhecido como movimento 4B? Se o tema é novidade para você, prepare-se para uma palestra que enriquecerá o repertório cultural e provocará reflexões sobre a luta feminina em uma das culturas mais fascinantes do mundo. A palestra com Yun Jung Im, referência em literatura e cultura coreana, acontece no dia 16 de dezembro de forma gratuita e online na biblioteca digital gratuita de São Paulo.
O evento acontecerá online no dia 16 de dezembro, das 19h às 20h30, pelo canal do YouTube da BibliON - a biblioteca digital gratuita de São Paulo (link de acesso: https://www.youtube.com/@biblionsp). A palestra será ministrada pela pela Profª Dra. Yun Jung Im, referência em literatura e cultura coreana, com uma trajetória acadêmica e profissional que une Brasil e Coreia.
O que é o Reboot Feminista sul-coreano? O movimento 4B, sigla que em coreano representa os princípios de "sem namoro, sem sexo, sem casamento e sem filhos", surgiu como resposta ao rígido patriarcado coreano e à pressão cultural que impõe padrões de beleza e comportamento às mulheres. Inspirado por reivindicações feministas globais, o Reboot Feminista sul-coreano ganhou contornos únicos ao ser fortalecido pela literatura, pela arte e pelo ativismo digital.
Na palestra, Yun Jung Im explicará o contexto histórico e social que levou ao surgimento do movimento, abordando como ele questiona estereótipos culturais profundamente enraizados, como a obrigação de casamento e o culto à aparência física. Além disso, será explorado o papel central que livros, poemas e artistas desempenham como veículos de resistência e transformação social.
Quem é Yun Jung Im? Imigrante coreana no Brasil desde os dez anos, Yun Jung Im é fundadora do curso de Língua e Literatura Coreana da USP, mestre em Literatura Moderna Coreana pela Universidade Yonsei (Coreia) e doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. Sua história acadêmica e pessoal é marcada por uma paixão pela literatura, que a levou a ser uma das tradutoras mais reconhecidas de autores coreanos no Brasil. Ela traduziu obras como "A Vegetariana", de Han Kang, vencedora do Prêmio Man Booker e do Nobel de Literatura.
Além de explorar um tema culturalmente rico e de extrema relevância, o evento é uma oportunidade para compreender como a literatura e a arte se tornam ferramentas poderosas em movimentos sociais. A palestra é gratuita. Garanta sua participação e prepare-se para ampliar horizontes! Acesse o link para o evento: https://cadastro.siseb.org.br/biblion/inscrito/novo.
A comédia romântica nacional "Lisbela e o Prisioneiro", protagonizada por Selton Mello e Débora Falabella, é a atração do último Luz na Tela de 2024 do Museu da Língua Portuguesa. O longa-metragem será exibido gratuitamente na próxima quinta-feira, dia 19 de dezembro, a partir das 19h00, no Pátio B, com direito a pipoca e refrigerante gratuitos. Nesta data, a exposição temporária "Vidas em Cordel", em cartaz no mesmo espaço, ficará aberta para visitação até o início da sessão.
Baseado na obra de Osman Lins e dirigido por Guel Arraes, o filme narra a história de Lisbela, vivida por Débora Falabella, uma jovem sonhadora e romântica que adora assistir às produções de aventura de Hollywood. Ao conhecer o carismático malandro Leléu, interpretado por Selton Mello, ela se apaixona perdidamente por ele, apesar de estar com casamento marcado com o rico e metido a carioca Douglas, papel de Bruno Garcia. A trama, ambientada no sertão nordestino dos anos 1950, mistura romance e comédia e aborda os encontros e desencontros do amor.
Completam o elenco nomes como Marco Nanini, Tadeu Mello, André Mattose Virginia Cavendish. Na trilha sonora, um dos destaques é a faixa "Você Não me Ensinou a te Esquecer", de Fernando Mendes, regravada por Caetano Velosopara o filme. Ganhou os prêmios de melhor ator (Selton Mello) e melhor trilha sonora.
Com curadoria do Museu Soberano, o Luz na Tela consolida o Museu da Língua Portuguesa como um lugar de cinema democrático no centro histórico da capital paulista - o projeto surgiu a partir do relacionamento com outras instituições, moradores da vizinhança e pessoas em situação de rua. O projeto ganhou o selo de Direitos Humanos e Diversidade da Prefeitura de São Paulo. Os filmes são exibidos em uma tela de 4 x 2,3 metros. O público pode assisti-los em cadeiras e bancos espalhados pelo Pátio B. Mesmo em caso de chuva, a sessão é mantida por acontecer em um local coberto. Há sempre distribuição gratuita de pipoca e refrigerante.
Serviço Luz na Tela - Exibição do filme "Lisbela e o Prisioneiro" Quinta-feira, dia 19 de dezembro, às 19h00 No Pátio B do Museu da Língua Portuguesa - espaço coberto Grátis
Mostra temporária "Vidas em Cordel" De terça a domingo, das 10h00 às 18h00 Quinta-feira, dia 19 de dezembro, das 10h00 às 19h00 Fechada nos dias 24, 25 e 31 de dezembro e 1º de janeiro Acesso pelo Portão B Grátis
Museu da Língua Portuguesa Praça da Língua, s/nº - Luz – São Paulo/SP
O mês de dezembro consagra “As Confissões da Bahia em Quadrinhos” - primeira HQ a abordar a intervenção do Santo Ofício no Brasil no cenário literário e cultural. Após vencer o Prêmio Odisseia de Literatura Fantástica 2024 em Porto Alegre, a obra vencedora da categoria “Melhor Projeto Editorial” será homenageada na cerimônia do 36º Troféu HQMix, o maior prêmio do mercado de quadrinhos no Brasil, nesta terça-feira, dia 11 de dezembro.
A obra, escrita por Alexey Dodsworth e Cristina Lasaitis, narra a chegada do padre Heitor Furtado de Mendonça à Bahia em 1591, enviado pelo Tribunal do Santo Ofício. Ao instituir o “tempo da graça” permitia que pecados confessados fossem perdoados, mas também instaurava um clima de medo e paranoia, onde traições e acusações eram constantes. Com ilustrações de sete artistas talentosos - Alson Castro, David Arievilo, Débora Santos, Isaque Sagara, Kirnna Schaun, Roberta Cirne e Tunak - e 112 páginas de narrativa instigante e classificação indicativa para maiores de 18 anos, a história em quadrinhos aborda um capítulo sombrio da história brasileira, resgatando memórias e incentivando importantes reflexões.
Para o roteirista Alexey Dodsworth, estas validações nos mostram que histórias difíceis, mas necessárias, têm espaço e relevância. "‘As Confissões da Bahia em Quadrinho’ é uma ponte entre o passado e o presente, e tanto o HQMix quanto a Odisseia celebram essa capacidade dos quadrinhos de impactar e transformar. Ganhar o HQMix valida todo o esforço da equipe e a repercussão da obra no público. É uma honra enorme estar ao lado de tantos talentos que ajudam a elevar o quadrinho nacional”.
No fim de semana, Dodsworth fará uma sessão de autógrafos no Festival do Vale - feira de artes impressas com artistas LGBTQIA+ - nos dias 14 e 15 de dezembro, no SESC 24 de Maio, em São Paulo. Na ocasião, será possível interagir e dialogar sobre os bastidores do processo criativo, a história, a arte e a fantasia. “O festival será um espaço incrível para fazer conexões. A obra é um convite para leitores adultos revisitarem o passado e questionarem as narrativas que construíram nossa identidade”, afirma.
O prestigiado quadrinho se consolidou como um marco no mercado nacional ao revisitar de forma inédita o impacto da Inquisição na Bahia no final do século XVI. Representada pelo roteirista no Prêmio Odisseia de Literatura Fantástica – um dos eventos mais importantes do cenário cultural brasileiro –, a obra passou a ganhar cada vez mais reconhecimento.
“Quero agradecer a minha equipe criativa. É muito difícil quando você roteiriza um quadrinho e não sabe desenhar nem um boneco de palito. Aí você tem artistas que traduzem aquilo que você roteirizou tão brilhantemente. Agradeço também a minha parceira Cristina Lasaitis que foi co-roteirista comigo neste trabalho”, disse alegre, o roteirista que também mencionou o importante apoio da Fundação Sacar.
“O evento marcou de várias formas, primeiro pela premiação e também porque eu nunca voltei pra casa com a mala vazia, vendi todos os quadrinhos que eu levei a Porto Alegre. Então, penso que estou fazendo a coisa certa”, conta entusiasmado Dodsworth. Compre a HQ "As Confissões da Bahia em Quadrinhos" neste link.
36º Troféu HQMix No dia 11 de dezembro, como vencedor da categoria “Melhor Projeto Editorial”, “As Confissões da Bahia em Quadrinhos” será homenageado na cerimônia do 36º Troféu HQMix, o maior prêmio do mercado de quadrinhos no Brasil. O evento, também aberto ao público, será realizado no SESC 14 Bis, em São Paulo, com apresentação de Serginho Groisman.
O 36º Troféu HQ Mix (também grafado como Troféu HQMIX) é um evento organizado pela Associação dos Cartunistas do Brasil (ACB) e pelo Instituto do Memorial das Artes Gráficas do Brasil (IMAG) com o propósito de premiar as melhores publicações brasileiras de quadrinhos de 2023 em diferentes categorias.
Festival do Vale Para encerrar o ano, nos dias 14 e 15 de dezembro, “As Confissões da Bahia em Quadrinhos” estará no Festival do Vale, no Sesc 24 de Maio, em São Paulo, evento gratuito que celebra a criatividade e a diversidade dos quadrinhos. Nele, Alexey Dodsworth realizará uma sessão de autógrafos e oferecerá aos fãs a chance de adquirir exemplares autografados e conversar sobre a obra.
Sobre “As Confissões da Bahia em Quadrinhos" Ambientado em 1591, o quadrinho narra a chegada do padre Heitor Furtado de Mendonça à Bahia, enviado pelo Tribunal do Santo Ofício para instaurar o “tempo da graça”. Este período permitia que os pecadores confessassem suas culpas e fossem perdoados, mas também gerava um ambiente de medo, denúncias e traições.
Com roteiro de Alexey Dodsworth e Cristina Lasaitis, e ilustrações de Alson Castro, David Arievilo, Débora Santos, Isaque Sagara, Kirnna Schaun, Roberta Cirne e Tunak, a obra resgata um capítulo pouco explorado da história brasileira em 112 páginas, com classificação indicativa para maiores de 18 anos. Garanta o seu exemplar da HQ "As Confissões da Bahia em Quadrinhos" neste link.
Ficha técnica “As Confissões da Bahia em Quadrinhos” Roteiro herético de Alexey Dodsworth e Cristina Lasaitis Ilustração: Alson Castro, David Arievilo, Débora Santos, Isaque Sagara, Kirnna Schaun, Roberta Cirne e Tunak. Editora: Independentes Formato: 22 x 28 cm Número de páginas: 56 ISBN: 9786500809541 Compre a HQ neste link.
Serviço: 36º Troféu HQMix Data: 11 de dezembro Horário: 19h Local: Teatro Raul Cortez, no SESC 14 Bis Endereço: Rua Dr. Plínio Barreto, 285, Bela Vista / São Paulo
Festival do Vale Sessão de autógrafos do “As Confissões da Bahia em Quadrinhos” Data: 14 e 15 de dezembro Horário: 10h às 18h Local: SESC 24 de Maio Endereço: Rua 24 de Maio, 109, Centro, São Paulo/ SP Entrada gratuita Informações: https://www.instagram.com/poc_con/
O anime original "O Senhor dos Anéis: a Guerra dos Rohirrim" traz de volta ao público o mundo épico da trilogia “O Senhor dos Anéis”, baseado nos reverenciados livros escritos por J.R.R. Tolkien. A Warner Bros. Pictures divulgou a lista completa dos dubladores da animação, que está em cartaz na rede Cineflix e em cinemas de todo o Brasil. O filme conta com as vozes principais de Jéssica Vieira (Héra), Felipe Drummond (Wulf), Jorge Vasconcellos (Helm), Isis Koschdoski (Olwyn), Léo Rabelo (Fréaláf), Diego Lima (Haleth), Hercules Franco (Targg), Victor Hugo (Lief), Eleonora Prado (Éowyn) e Eduardo Drummond (Háma).
Dirigido por Kenji Kamiyama, "O Senhor dos Anéis: a Guerra dos Rohirrim" é fruto da sua admiração pelos filmes da saga. “Claro que eu amo os livros, mas realmente foram os filmes de Peter Jackson, a trilogia, que tiveram um grande impacto em mim. Assisti todos no primeiro dia de exibição”, conta. O talentoso elenco de vozes de "O Senhor dos Anéis: a Guerra dos Rohirrim" é liderado por Brian Cox (série “Succession”) como Helm Hammerhand, o poderoso Rei de Rohan; Gaia Wise (“Por Aqui e Por Ali”) como sua filha Hera; e Luke Pasqualino (“Expresso do Amanhã”) como Wulf.
Miranda Otto, que teve uma performance inesquecível e premiada na trilogia “O Senhor dos Anéis”, reprisa seu papel como Éowyn, a Dama do Braço de Escudo de Rohan, agora como narradora da história. O elenco de vozes inclui ainda Lorraine Ashbourne (série “Bridgerton”, da Netflix), Yazdan Qafouri (“Passei por Aqui”), Benjamin Wainwright (série “Mundo em Chamas”), Laurence Ubong Williams (“Cruzando a Linha”), Shaun Dooley (série “The Witcher”), Michael Wildman (“Velozes & Furiosos: Hobbs & Shaw”), Jude Akuwudike (“Beasts of No Nation”), Bilal Hasna (série “Sparks”) e Janine Duvitski (série “Benidorm”).
Com Kenji Kamiyama na direção, "O Senhor dos Anéis: a Guerra dos Rohirrim" tem produção da vencedora do Oscar, Philippa Boyens, da equipe de roteiristas das trilogias “O Senhor dos Anéis” e “O Hobbit”, ao lado de Jason DeMarco e Joseph Chou que, além de seus muitos projetos de animação, foram produtores parceiros da série “Blade Runner: Black Lotus”. Assinam a produção executiva Fran Walsh, Peter Jackson, Sam Register, Carolyn Blackwood e Toby Emmerich. O roteiro foi escrito por Jeffrey Addiss & Will Matthews e Phoebe Gittins & Arty Papageorgiou, a partir do argumento de Addiss & Matthews & Boyens, baseado nos personagens criados por J.R.R. Tolkien.
A New Line e a Warner Bros. Animation apresentam, em Associação com Wingnut Films, uma produção da Warner Bros. Animation e Sola Entertainment, O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim, que será distribuído nos cinemas de todo o mundo pela Warner Bros. Pictures, com lançamento no Brasil em 05 dezembro.
PorLuiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto: divulgação.
Seis anos depois de ingressar na Sioux 66, o músico Yohan Kisser anunciou recentemente sua saída do grupo, para se dedicar integralmente a sua carreira solo e outros projetos. Ele segue na divulgação do seu primeiro álbum solo, o elogiado "The Rivals Are Fed and Rested", em que desenvolve uma sonoridade multi-facetada, com influências até da chamada vanguarda paulista, entre outras vertentes musicais.
Por intermédio de sua rede social, Yohan Kisser agradeceu pelos momentos com os membros e amigos do grupo e desejou sucesso a todos. O Sioux 66 segue na finalização do seu quarto álbum, que teve o primeiro single divulgado recentemente, a canção Drive. O projeto, assim como o novo single, terá músicas em inglês, reforçando a proposta de expandir suas fronteiras musicais, explorando novos horizontes.
"Sting, Aranha Assassina" prometeu resgatar a fobia de aranhas nas telonas. Para tanto bebeu diretamente da fonte, dos filmes clássicos do gênero terror, horror e suspense. Na breve 1 hora e 32 minutos de duração, o filme da aranha alienígena, que é batizada com o nome da espada de Frodo, de "O Senhor dos Anéis", acaba sendo limitado e, às vezes, até arrastado.
Em certas situações remete a clássicos intocáveis como "Aracnofobia" (1990) e "Gremlins" (1984), pois Sting é uma aranha capaz de despertar pavor (pelo tamanho que alcança) e também por saber cantar -até de modo parecido com a música de Guizmo. De fato, "Sting, Aranha Assassina" transpira produções antigas, tal qual o seriado "Stranger Things", mas não chega a ser um filmaço de homenagem ou marcar o próprio espaço. Por outro lado, garante entretenimento até o fim, assim como uma sequência.
O longa dirigido e roteirizado por Kiah Roache-Turner foca na jovem rebelde Charlotte (Alyla Browne, de "Furiosa: Uma Saga Mad Max"), com o pai distante de sua criação. Convivendo com o padrasto, um desenhista de HQ, a mocinha tem junto a mãe e um irmãozinho bebê. A cada tentativa de aproximação de Ethan (Ryan Corr) com a enteada, algo nova contribui para a relação dos dois desandar, colocando Heather (Penelope Mitchell), a mãe da menina e esposa do artista da pintura, numa sinuca de bico.
Solitária, em seus 13 anos, ela se apega a um filhote de aranha que passa a alimentar, notando seu rápido crescimento diário. Contudo, a situação foge completamente do controle, quando o bicho vai parar nas mãos de um cientista. Numa mescla de "A Coisa" (o ser assombroso),"O Milagre Veio do Espaço" (o local em que tudo acontece), há espaço ainda para pelo menos um exterminador, como acontece em "Os Caça-Fantasmas", uma vez que Sting faz do prédio velho sua moradia e restaurante à la carte.
Em "Sting, Aranha Assassina" os personagens cativantes ficam diante do monstro carnívoro do espaço que é determinado tal qual uma máquina de matar, o que já vimos nos ainda mais antigos e marítimos "Tubarão" (1978) e "Orca, a Baleia Assassina" (1977). No entanto, há tempo para o heroísmo juvenil e também para que padrasto e enteada consigam perceber o afeto que sentem um pelo outro. Vale a diversão e garante até uns bons sustos!
O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem noCineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.
"Sting, Aranha Assassina"("Sting"). Ingressos on-line neste link. Gênero: terror, thriller. Classificação: 16 anos.Duração: 1h32.Ano: 2024. Distribuidora: Diamond Films. Direção: Kiah Roache-Turner. Roteiro: Kiah Roache-Turner. Elenco: Alyla Browne (Charlotte), Ryan Corr (Ethan), Penelope Mitchell (Heather), Jermaine Fowler (Frank), Silvia Colloca (Maria), Robyn Nevin (Gunter), Noni Hazlehurst (Helga), Danny Kim (Erik). Sinopse: Charlotte é uma menina rebelde de 12 anos que encontra uma pequena aranha em seu prédio. Ela a mantém em uma jarra, mas logo o bicho começa a crescer em um ritmo monstruoso e a desenvolver um apetite insaciável por carne humana.Confira os horários: neste link