quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

.: Cineflix Cinemas Santos faz pré-estreia de "Avatar: Fogo e Cinzas" hoje

A aventura iniciada em 2009 e que retomou as salas de cinemas em 2022 com "Avatar: O Caminho da Água", ganha terceiro filme da franquia bilionária com estreia marcada para dia 18 de dezembro, quinta-feira. Contudo, o longa que soma agora 3 horas e 17 minutos, intitulado "Avatar: Fogo e Cinzas" já ganha as telas da Cineflix Cinemas de Santos a partir de hoje, dia 17.

Tal evolução gráfica impressionante, sem uso de inteligência artificial, acontece a partir do conflito em Pandora que aumenta quando Jake e Neytiri encontram uma nova e agressiva tribo Na'vi. Numa guerra mais complexa, explora temas como luto e identidade.

São três sessões para a pré-estreia: às 18h30, na sala 3, às 19h, sala 4 e às 19h30, sala 1. Antecipe a compra de seus ingressos aqui: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no GonzagaConsulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


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.: “A Sabedoria dos Pais” reúne Natália do Vale e Herson Capri após 23 anos


Natália do Vale e Herson Capri em cena no espetáculo inédito “A Sabedoria dos Pais”, texto e direção de Miguel Falabella, em cartaz no Teatro Vannucci. Foto: Nana Moraes

Da redação do portal Resenhando.com

Celebrando cinco décadas de trajetória artística, Natália do Vale e Herson Capri dividem o palco no espetáculo inédito “A Sabedoria dos Pais”, com texto e direção de Miguel Falabella. A comédia romântica, escrita especialmente para a dupla, estreou em 18 de setembro e, devido à recepção do público, teve a temporada estendida para janeiro, no Teatro Vannucci, no Shopping da Gávea, no Rio de Janeiro. O público poderá assistir ao espetáculo de 9 de janeiro a 8 de fevereiro, às sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 19h00.

O espetáculo marca o retorno de Natália do Vale aos palcos após 23 anos - sua última participação no teatro havia sido em Capitanias Hereditárias, em 2002, também com texto de Falabella - e o reencontro em cena com Herson Capri, com quem contracenou na novela "Em Família", exibida em 2014. Amigos de longa data, os atores já haviam trabalhado juntos em produções como "O Outro" (1987) e "Negócio da China" (2009), ambas escritas por Falabella.

Na trama, o público acompanha a história de um casal que, após 35 anos de um casamento considerado estável, decide se separar. Ao longo dos dez anos seguintes, cada um percorre caminhos próprios, experimenta novas possibilidades e aprende a viver sem a presença cotidiana do outro. Esse percurso é atravessado pelas memórias e pelos ensinamentos deixados pelos pais, cujas relações duradouras servem como referência afetiva e simbólica.

Dirigida pelo próprio autor, a montagem articula temas como recomeço, amadurecimento e as formas de amar na maturidade. Questões como etarismo, reinvenção pessoal e a continuidade da vida afetiva ao longo do tempo surgem integradas à narrativa, que alterna situações de humor e reflexão sem recorrer a discursos explicativos. A encenação propõe um olhar atento sobre os vínculos construídos ao longo da vida e sobre as transformações possíveis mesmo depois de décadas de convivência.

Além do protagonismo de Natália do Vale e Herson Capri, o espetáculo reúne uma equipe técnica experiente, responsável por construir um ambiente cênico que dialoga com a intimidade da história. A cenografia, o figurino, a iluminação e os recursos audiovisuais atuam de forma integrada à dramaturgia, acompanhando as mudanças emocionais e temporais da narrativa. Com texto inédito, direção do próprio autor e um elenco que soma décadas de experiência no teatro e na televisão, “A Sabedoria dos Pais” integra a programação teatral carioca como um encontro artístico que revisita afetos, escolhas e aprendizados construídos ao longo de uma vida a dois.

Serviço
Espetáculo "A Sabedoria dos Pais"
Teatro Vannucci - Shopping da Gávea
Temporada: de 9 de janeiro a 8 de fevereiro
Horários: sextas e sábados, às 20h00; domingos, às 19h00
Ingressos: Sympla

Valores
Plateia - R$ 220,00 (inteira) e R$ 110,00 (meia)
Plateia secundária - R$ 160,00 (inteira) e R$ 80,00 (meia)
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: 12 anos

.: Teatro: solo vencedor do Mix Brasil, "Aqui, Agora, Todo Mundo" estreia


Cena de "Aqui, Agora, Todo Mundo", solo teatral de Felipe Barros que estreia no Teatro Sérgio Cardoso em janeiro de 2026. Foto: Kim Leekyung

Da redação do portal Resenhando.com

Vencedor do Coelho de Prata de melhor espetáculo no 33º Festival Mix Brasil, "Aqui, Agora, Todo Mundo" chega a São Paulo para a temporada de estreia no Teatro Sérgio Cardoso entre 24 de janeiro e 1º de março de 2026. O solo marca a estreia de Felipe Barros nos palcos como ator e dramaturgo, sob direção de Heitor Garcia, e propõe uma reflexão direta e necessária sobre saúde mental, identidade e pertencimento, a partir de uma narrativa fragmentada e sensorial.

Inspirado no livro autobiográfico homônimo de Alexandre Mortagua, o espetáculo acompanha um homem gay que tenta reconstruir a própria história depois de atravessar um limite extremo da existência. A depressão, tema central da obra, não surge como explicação clínica ou discurso didático, mas como estrutura narrativa: uma mente em colapso, feita de memórias interrompidas, silêncios prolongados, afetos mal resolvidos e imagens que insistem em voltar fora de ordem.

As cenas se apresentam como flashes. Família, amores, dores íntimas e traumas se sobrepõem em um fluxo não linear, que espelha o funcionamento de uma mente atravessada pela depressão. Não há cronologia fixa nem progressão tradicional. O espetáculo assume uma lógica labiríntica, em looping, convidando o público a participar ativamente da organização dos acontecimentos. A cada sessão, a ordem das cenas pode se transformar, fazendo com que a experiência seja sempre diferente.

Esse jogo cênico reforça a ideia de que lembrar também é escolher, ainda que inconscientemente, quais peças do passado permanecem visíveis. Entre o real e o imaginário, entre o trauma e a tentativa de reinvenção, o personagem se constrói diante do público como alguém em permanente estado de reconstrução.

Mais do que um relato individual, "Aqui, Agora, Todo Mundo" articula uma dimensão coletiva. O título funciona como um chamado à presença e à escuta, evocando questões que atravessam corpos dissidentes em uma sociedade que ainda marginaliza experiências fora da norma. A dramaturgia aborda temas como adolescência gay, autoimagem, pressão por desempenho social, afetividade e solidão, sem recorrer a conclusões fechadas ou soluções fáceis.

A trilha sonora desempenha papel estruturante na encenação. As canções de Jaloo atravessam o espetáculo como um fio condutor emocional, dialogando diretamente com as memórias e estados internos da personagem. A obra da artista paraense foi escolhida a partir de um processo de pesquisa que identificou, em suas letras e sonoridades, reflexões consistentes sobre saúde mental, influência externa e construção de identidade.

Nesse processo, a DJ Agatha foi responsável pela decupagem e curadoria musical, selecionando trechos e propondo sua adaptação para o desenho de som da peça. O trabalho sonoro estabelece uma relação direta entre música e cena, permitindo que cada faixa dialogue com o ritmo emocional da narrativa e contribua para a compreensão dessa encenação fragmentada.

Com cenografia de Marco Paes, luz de Rodrigo Pivetti e figurinos assinados por Heitor Garcia e Felipe Barros, o espetáculo constrói uma atmosfera íntima e instável, coerente com o universo interno apresentado em cena. O resultado é uma experiência teatral que articula corpo, palavra e som para tratar de sobrevivência emocional, memória e identidade sem recorrer a juízos de valor ou discursos moralizantes.


Serviço
"Aqui, Agora, Todo Mundo"
Temporada: 24 de janeiro a 1º de março de 2026 (exceto de 12 a 15 de fevereiro)
Sessões aos sábados, domingos e segundas-feiras, às 19h00
Dias 2, 9 e 23 de fevereiro: roda de conversa com convidados após o espetáculo

Teatro Sérgio Cardoso
Rua Rui Barbosa, 153 - Bela Vista / São Paulo
Ingressos: R$ 80,00 (inteira) | R$ 40,00 (meia-entrada)
Lista Trans Free: aquiagoratodomundo@gmail.com
Vendas on-line: Sympla
Classificação indicativa: 14 anos
Duração: 60 minutos
Capacidade: 144 lugares
Instagram: @aquiagoratodomundo

.: Festival de Férias do Teatro Uol reúne clássicos infantis em programação


Cena de "Alice no País das Maravilhas", que integra a programação do Festival de Férias do Teatro Uol. Foto: Ronaldo Gutierrez

Da redação do portal Resenhando.com

Os contos clássicos que atravessam gerações ganham novas leituras no 42º Festival de Férias do Teatro UOL, que acontece de 5 de janeiro a 1º de fevereiro, no Shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo. Ao longo do período, o teatro recebe uma programação dedicada ao público infantil e familiar, com sete espetáculos diferentes distribuídos ao longo da semana, sempre em sessões vespertinas.

A proposta do festival é apresentar histórias amplamente conhecidas da literatura e do imaginário popular em montagens teatrais que combinam música ao vivo, recursos cênicos, tecnologia, humor e narrativa acessível para diferentes faixas etárias. A cada dia, um título distinto ocupa o palco, permitindo que o público acompanhe mais de um espetáculo ao longo das férias escolares.

A programação começa com "Aladdin", apresentado às segundas-feiras. O musical acompanha a trajetória do jovem órfão que sobrevive nas ruas até encontrar a lâmpada mágica e o Gênio capaz de realizar desejos. Totalmente cantado ao vivo, o espetáculo utiliza bonecos e efeitos especiais como parte da encenação.

Às terças-feiras, é a vez de "Pinóquio - O Musical", que revisita a história do boneco de madeira criado por Gepeto e o desejo de vê-lo transformado em um menino de verdade. A montagem se passa em um vilarejo antigo e mantém como eixo narrativo o encontro entre sonho, afeto e transformação.

As quartas-feiras ficam reservadas para "Peter Pan - O Musical", que apresenta Wendy Darling e sua dúvida diante do crescimento, interrompida pela visita de Peter Pan e o convite para conhecer a Terra do Nunca, espaço onde a infância permanece e a imaginação conduz as aventuras.

"O Pequeno Príncipe", inspirado na obra de Antoine de Saint-Exupéry, será atração às quintas-feiras. A encenação acompanha o encontro entre um piloto perdido no deserto do Saara e o menino vindo de um pequeno asteroide, que compartilha histórias sobre personagens singulares e aprendizados sobre amizade e responsabilidade.

"A Bela e a Fera" será apresentada às sextas-feiras e traz a narrativa de Bela, que troca sua liberdade pela do pai e passa a conviver no castelo da Fera. A história acompanha o desenvolvimento da relação entre os dois personagens e a convivência com os criados encantados. 

Nos fins de semana, o festival amplia a programação com dois espetáculos. "Alice no País das Maravilhas", aos sábados e domingos às 14h30, aposta no uso de projeções em 3D, com óculos de lentes azul e vermelha, além de músicas originais, para contar a jornada da jovem Alice por um universo onde a lógica é constantemente desafiada. Já "Cinderela", apresentado às 16h00, propõe uma versão enxuta e dinâmica do conto, com apenas dois atores interpretando todos os personagens, em uma encenação marcada por trocas rápidas, humor e jogo cênico.

Com curadoria contínua desde a primeira edição, o Festival de Férias do Teatro Uol se consolidou como um dos mais longevos de São Paulo, chegando a quase 25 anos de atividade em 2026. Realizado em um espaço localizado dentro de um shopping center, o evento reúne características que favorecem a circulação de famílias, escolas e grupos durante o período de recesso escolar.

Serviço
42º Festival de Férias do Teatro Uol
De 5 de janeiro a 1º de fevereiro

Programação
"Aladdin" – segundas-feiras, às 16h
"Pinóquio - O Musical" - Terças-feiras, às 16h00
"Peter Pan - O Musical" - Quartas-feiras, às 16h00
"O Pequeno Príncipe" - Quintas-feiras, às 16h00
"A Bela e a Fera" - Sextas-feiras, às 16h00
"Alice no País das Maravilhas" (com efeitos 3D) - Sábados e domingos, às 14h30
"Cinderela" - Sábados e domingos, às 16h00

Teatro Uol - Shopping Pátio Higienópolis
Av. Higienópolis, 618, Terraço - São Paulo
Tel.: (11) 3823-2323

Ingressos
R$ 100,00 (inteira) | R$ 50,00 (meia)

Televendas
(11) 3823-2423 | 3823-2737 | 3823-2323

Vendas on-line
www.teatrouol.com.br

Bilheteria
Segundas e terças: das 14h00 às 16h00
Quartas, quintas e sextas: das 14h00 às 20h00
Sábados: das 13h00 às 22h00
Domingos: das 13h00 às 20h00
Aceita cartões Mastercard, Redecard, Visa, Visa Electron e Amex. Não aceita cheques.
Descontos legais para estudantes e pessoas com 60 anos ou mais.
Clube Uol e Clube Folha: 50% de desconto.

Acesso para cadeirantes. Ar-condicionado.
Estacionamento do shopping: consultar valores pelo telefone 4040-2004.
Venda para grupos e escolas: (11) 3661-5896 | (11) 99605-3094.
Patrocínio: Uol, Folha de S.Paulo, Germed e Interfood.

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#FestivalDeFeriasDoTeatroUol #FestivalDeFerias #TeatroUol #Teatro

.: Em São Paulo, espetáculo “Queda de Baleia” retorna ao cemitério


Bruna Longo em cena no solo “Queda de Baleia ou Canto para Dançar com Minha Morte”, encenado na capela de um cemitério em São Paulo. Foto: Danilo Apoena.

Da redação do portal Resenhando.com.

Há experiências teatrais que não se esgotam no palco. Elas atravessam o corpo, desafiam o silêncio e acompanham para fora da sala - ou, neste caso, para fora da capela. “Queda de Baleia ou Canto para Dançar com Minha Morte” está de volta a São Paulo a partir de 16 de janeiro de 2026, retomando temporada na capela do Cemitério do Redentor, no Sumaré, em São Paulo, espaço que não apenas abriga a encenação, mas a transforma em rito.

Solo da atriz, dramaturga e diretora Bruna Longo, indicada ao Prêmio APCA de Melhor Atriz por este trabalho, o espetáculo parte de uma experiência radicalmente íntima: a morte de seu pai. A partir desse acontecimento irreversível, Bruna constrói uma obra que recusa o melodrama e aposta na partilha sensível, no pensamento crítico e na fisicalidade como formas de elaborar o luto - esse processo cada vez mais apressado, higienizado e silenciado na vida contemporânea.

Em cena, a atriz imagina a própria morte. Morta, ela tenta viver aquilo que não nos é permitido empiricamente: o luto de si mesma. A partir desse gesto inaugural, o espetáculo se expande para discutir o tabu da morte nas sociedades capitalistas ocidentais, o esvaziamento dos ritos fúnebres, o medo que contamina o silêncio e a negação cotidiana da finitude. Não se trata de um discurso abstrato, mas de uma experiência encarnada, ritualística, que transforma o corpo em território de passagem.

A escolha do espaço não é mero impacto cenográfico. Encenar dentro de um cemitério recoloca a morte no centro da experiência coletiva, afastando-a da lógica do espetáculo fácil e da espetacularização midiática. O que se propõe ali é outra temporalidade: mais lenta, mais porosa, mais humana. Não à toa, críticos apontaram o trabalho como uma das experiências mais disruptivas do teatro paulistano recente.

A dramaturgia nasce diretamente da vivência da atriz, que relata como, após o falecimento do pai, foi lançada a um mundo de burocracias e prazos, sem qualquer convite real ao rito de passagem. Sem religião, sem respostas prontas, Bruna encontrou no teatro seu templo possível. Esse material autobiográfico não se fecha em si. Ao contrário, amplia-se para uma reflexão histórica e filosófica sobre a morte como origem da cultura, dos ritos, da arte e da linguagem. Ao negar esse contato, o mundo contemporâneo renuncia também a uma angústia metafísica essencial - aquela que lembra, a todo instante, da condição humana.

Com codireção de Vitor Julian e uma equipe que atua como provocadora estética, corporal e dramatúrgica, “Queda de Baleia” constrói uma cena de alta densidade simbólica. A maturidade corporal da atriz, a multiplicidade de estados físicos e emocionais e a construção de imagens fortes fazem do solo uma experiência que permanece ecoando muito depois do último gesto.


Serviço
Espetáculo "Queda de Baleia ou Canto para Dançar com Minha Morte"
Temporada: 16 de janeiro a 8 de fevereiro de 2026
Sessões: sexta a domingo, às 19h00
Local: Capela do Cemitério do Redentor - Av. Dr. Arnaldo, 1105 – Sumaré/São Paulo
Ingressos: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia-entrada)
Vendas on-line: Sympla
Duração: 80 minutos
Classificação indicativa: 12 anos
Lotação: 20 lugares

terça-feira, 16 de dezembro de 2025

.: Emílio de Mello assume "A Baleia" e mergulha em história sobre culpa


Emílio de Mello interpreta Charlie em "A Baleia", espetáculo que chega a São Paulo após circulação nacional. Foto: Ale Catan

Após temporada no Rio de Janeiro e circulação por diversas cidades do país, o espetáculo "A Baleia" chega a São Paulo para uma aguardada temporada no Teatro Sabesp Frei Caneca, entre 23 de janeiro e 1º de março de 2026. No centro da cena está Charlie, um professor de inglês recluso, marcado por perdas profundas e por um corpo que se tornou, ao mesmo tempo, abrigo e prisão. A partir dessa figura, a peça constrói uma narrativa densa e delicada sobre isolamento, afeto, homofobia, intolerância religiosa e o desejo quase sempre tardio de reconciliação familiar. Em São Paulo, o personagem ganha nova leitura com o ator Emílio de Mello, que assume o papel que foi de José de Abreu sob a direção e tradução de Luís Artur Nunes.

O texto ganhou projeção mundial ao inspirar o filme homônimo dirigido por Darren Aronofsky, responsável por render a Brendan Fraser o Oscar de Melhor Ator em 2023. Leia a crítica do filme neste link: "A Baleia" fisga do início ao fim e Fraser tem tudo para levar Oscar.  No teatro, "A Baleia" revela camadas próprias, mais silenciosas e íntimas, sustentadas pela força da palavra e pela proximidade com o público. A dramaturgia de Hunter, construída em fragmentos que se articulam como um mosaico emocional, foge da linearidade e aposta em encontros que doem, mas também curam.

Luís Artur Nunes destaca a excelência do texto e a modernidade de sua estrutura. Para ele, trata-se de uma obra profundamente humana, que aborda culpa, empatia e reconexão sem simplificações. “É um material encharcado de emoção”, afirma o diretor, que ressalta a importância de tratar temas como homofobia e intolerância a partir de personagens cheios de contradições, reconhecíveis em suas fragilidades.

O elenco conta ainda com Luisa Thiré, Gabriela Freire e Eduardo Speroni, além da participação especial de Alice Borges. Juntos, eles constroem um ambiente cênico em que os não ditos pesam tanto quanto as palavras. Para dar forma ao corpo de Charlie, a produção desenvolveu um complexo trabalho de caracterização, com prótese facial, figurino com enchimento e recursos de climatização, assinados pelo figurinista Carlos Alberto Nunes e pela visagista Mona Magalhães.

A cena é completada pela cenografia de Bia Junqueira, pela iluminação precisa de Maneco Quinderé e pela trilha sonora de Federico Puppi, elementos que ajudam a traduzir um cotidiano marcado não apenas pelo excesso de peso, mas pelo acúmulo de silêncios e afetos represados. O espetáculo é apresentado pelo Ministério da Cultura e patrocinado pela CAIXA Residencial.


Serviço
Teatro Sabesp Frei Caneca
Temporada: 23 de janeiro a 1º de março de 2026
Horários: sextas e sábados, às 20h00; domingos, às 19h00

Ingressos
Plateia Baixa – R$ 160,00 (inteira) / R$ 80,00 (meia-entrada)
Plateia – R$ 140,00 (inteira) / R$ 70,00 (meia-entrada)
Plateia Alta – R$ 120,00 (inteira) / R$ 60,00 (meia-entrada)
Plateia Popular – R$ 50,00 (inteira) / R$ 25,00 (meia-entrada)

Descontos
Clientes CAIXA Residencial têm 50% de desconto na compra de até dois ingressos
Desconto para clientes CAIXA Residencial e Vivo Valoriza

Bilheteria: https://uhuu.com

Duração: 100 minutos
Classificação: 14 anos. Menores de 18 anos somente acompanhados dos pais ou responsáveis. Crianças até 24 meses, no colo, não pagam.

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#ABaleia #EmilioDeMello #LuisArturNunes #teatro #TeatroSabespFreiCaneca

.: Anti-J. K. Rowling, autor TJ Klune lança fantasia queer que reivindica afeto


TJ Klune lança no Brasil “Heartsong – O Bando”, novo capítulo da saga Green Creek, aprofundando temas como pertencimento, memória e família escolhida. Capa: divulgação

Em meio ao anúncio da nova adaptação de Harry Potter para a televisão - prevista para estrear entre 2026 e 2027 e com participação direta de J.K. Rowling -, o debate em torno da responsabilidade cultural de autores e leitores volta ao centro da cena. Segundo a Forbes, a escritora pode receber cerca de US$ 20 milhões por ano com o projeto, valor que reacende críticas às suas declarações transfóbicas e ao apoio público a campanhas contrárias à comunidade trans. É nesse cenário simbólico e político que o norte-americano TJ Klune, autodeclarado “anti-J.K. Rowling”, publica no Brasil o romance "Heartsong - O Bando", reafirmando a fantasia como território de acolhimento, empatia e resistência.

Terceiro volume da saga Green Creek, sequência direta de Wolfsong e Ravensong, o novo romance aprofunda a mitologia do universo criado por Klune ao acompanhar Robbie Fontaine, um lobo marcado pela perda e pela busca insistente por pertencimento. Após a morte da mãe, o jovem vaga por diferentes lugares até ser convocado para a fortaleza dos lobos em Caswell, onde passa a viver sob a liderança de Michelle Hughes, a Alfa de todos, e encontra abrigo emocional na convivência com Ezra, um bruxo idoso. É ali que Robbie começa a compreender o que significa fazer parte de algo maior do que a família de sangue: um bando.

Publicada no Brasil pela Editora Morro Branco, do Grupo Editorial Alta Books, com tradução de Nathalia Marques, a obra combina fantasia, romance e reflexão social em uma narrativa que pulsa afeto. Identidade, lealdade, memória e família escolhida aparecem não como slogans, mas como forças dramáticas que atravessam cada decisão do protagonista. No entanto, a sensação de pertencimento logo é atravessada por fissuras: enviado a uma missão envolta em mistério, Robbie passa a desconfiar de tudo o que lhe foi contado e até mesmo de si.

Sussurros sobre lobos traidores, magia indomável e lembranças fragmentadas se espalham, e o nome de Kelly Bennett emerge como um ponto de tensão emocional. O lobo de olhar suave, acusado de traição, desperta em Robbie uma conexão inexplicável, como se partilhassem um passado esquecido. Ao apostar em elementos do romance de amnésia, TJ Klune embaralha a cronologia, transforma a desorientação em recurso narrativo e convida o leitor a partilhar as dúvidas do protagonista.

Um dos méritos de "Heartsong - O Bando" está na maneira como o autor utiliza a conhecida estrutura alfa–beta–ômega não apenas como convenção do gênero, mas como engrenagem ética e emocional. Em Green Creek, posições não definem valor, mas responsabilidade. Ser Alfa não é sinônimo de infalibilidade; ser Beta não implica submissão; ser Ômega não equivale à fragilidade. Klune discute poder, liderança e vulnerabilidade com delicadeza, sem abrir mão do conflito e da intensidade.

Com edição em capa dura e a inclusão dos contos "Lovesong n.º 2" e "Feralsong", o livro aprofunda relações já conhecidas pelos fãs e ilumina zonas antes nebulosas da mitologia da série. Para novos leitores, a jornada de Robbie Fontaine funciona como porta de entrada para um universo vibrante, onde a fantasia não escapa da realidade, mas a reconfigura. Ao mesmo tempo, Klune mantém uma postura ponderada sobre o boicote cultural: “Nunca devemos tirar um livro de uma criança”, afirma o autor, defendendo o diálogo e a informação como caminhos para escolhas conscientes no futuro.

Mais do que um novo capítulo de uma saga bem-sucedida, "Heartsong - O Bando" reafirma TJ Klune como uma das vozes mais relevantes da fantasia contemporânea ao transformar histórias de lobos, magia e memória em um exercício profundo de humanidade.


Serviço
Título: "Heartsong - O Bando"
Autoria: TJ Klune
Tradução: Nathalia Marques
Editora: Morro Branco / Grupo Editorial Alta Books
ISBN: 978-6560990746
Número de páginas: 544
Preço: R$ 94,90
Onde encontrar: Amazon
Redes sociais do autor: @tjklunebooks | TJ Klune Books
Editora: Morro Branco (Grupo Editorial Alta Books)

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#HeartsongOBando #TJKlune #EditoraMorroBranco #livro #literatura

.: Clássico da TV, Chaves vira experiência orquestral em apresentação única


Chaves in Concert revisita trilhas inesquecíveis do clássico da televisão em uma experiência sinfônica que une emoção, memória e afeto. Foto: divulgação

Há personagens que atravessam o tempo sem perder o frescor. Chaves é um deles. Leve, afetuoso e surpreendentemente profundo, o clássico criado por Roberto Gómez Bolaños segue arrancando risos, suspiros e memórias de gerações inteiras. Agora, esse universo ganha uma nova camada de emoção em "Chaves in Concert", espetáculo que chega ao Teatro B32, no dia 24 de janeiro, sob a regência do maestro Fernando Mathias.

A proposta vai além da simples homenagem. Em cena, uma grande orquestra revisita os temas que marcaram a história do programa, revelando nuances muitas vezes despercebidas nas trilhas originais. Os arranjos inéditos ampliam a força emocional das melodias e conduzem o público por uma experiência que oscila entre a alegria, a nostalgia e a comoção - sentimentos tão presentes no cotidiano da vila mais famosa da televisão.

Em "Chaves in Concert", a música assume protagonismo absoluto. As composições ganham fôlego sinfônico e se transformam em passagens envolventes, capazes de dialogar tanto com quem cresceu acompanhando o seriado quanto com novas gerações que seguem descobrindo sua delicadeza e humor universal. É um espetáculo que faz rir, emociona e acolhe, fiel ao espírito da obra original.

À frente da orquestra está Fernando Mathias, maestro brasileiro com carreira reconhecida internacionalmente e premiado no México em 2024. Fundador da Orquestra Filarmônica de São Bernardo do Campo e da Orquestra Sinfônica Solistas do Brasil, Mathias também atua na formação musical de jovens, tendo participado da criação de projetos que já beneficiaram mais de quatro mil crianças e adolescentes em São Paulo e no Espírito Santo.

A realização é da Live Co., produtora fundada em 2016 e formada por profissionais com mais de uma década de experiência no mercado de entretenimento. Reconhecida pela excelência em espetáculos musicais e produções infantis, a empresa já trabalhou com nomes como Ney Matogrosso, Tiaguinho, Diogo Nogueira, Arnaldo Antunes e Tiago Iorc, além de projetos no humor e tributos a artistas internacionais como Coldplay, Queen e Michael Jackson. 


Serviço
"Chaves in Concert"
Regência: Maestro Fernando Mathias
Gênero: música erudita
Duração: 70 minutos
Classificação: livre
Data: 24 de janeiro, às 20h00
Ingressos: de R$ 50 a R$ 200
Bilheteria: segunda a sexta, das 14h00 às 18h00, e uma hora antes de cada evento
Teatro B32
Capacidade: 490 lugares
Av. Brigadeiro Faria Lima, 3732, Itaim Bibi, São Paulo
Acessibilidade: sim


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#Chaves in Concert #Chaves #RobertoGomezBolanos #TeatroB32 #FernandoMathias

.: "Um Dia Muito Especial" volta em nova temporada no Teatro Bradesco


Reynaldo Gianecchini e Maria Casadevall protagonizam "Um Dia Muito Especial", adaptação de um clássico do cinema italiano que retorna em 2026 para nova temporada. Foto: Priscila Prade

Existem histórias que resistem ao tempo porque falam, antes de tudo, daquilo que nos torna humanos. "Um Dia Muito Especial" é uma delas. Sucesso de público e crítica na primeira temporada, em 2025, o espetáculo volta em cartaz no Teatro Bradesco, entre os dias 10 de janeiro e 15 de fevereiro do ano que vem, reafirmando a força de um texto que atravessa décadas sem perder a urgência. Leia a crítica do espetáculo neste link: “Um Dia Muito Especial” revela o lado mais visceral de Gianecchini.

Protagonizada por Reynaldo Gianecchini e Maria Casadevall, a montagem dirigida por Alexandre Reinecke leva ao palco a adaptação teatral do filme homônimo de Ettore Scola, lançado em 1977 e eternizado nas atuações de Sophia Loren e Marcello Mastroianni. Com tradução de Célia Tolentino, o espetáculo aposta menos no grandioso e mais no íntimo, no detalhe, no silêncio que diz tanto quanto a palavra.

A trama se constrói a partir do encontro improvável entre duas figuras socialmente deslocadas. Ele, um locutor recém-demitido por ser homossexual, prestes a enfrentar a repressão de um Estado autoritário. Ela, uma dona de casa sobrecarregada, mãe de seis filhos, confinada a um casamento atravessado por machismo e traições. Em meio ao barulho histórico da Roma fascista de 1938, nasce um diálogo delicado sobre afeto, liberdade e pertencimento.

Não é a primeira vez que "Um Dia Muito Especial" ganha os palcos brasileiros. Em 1986, uma montagem histórica dirigida por José Possi Neto reuniu Glória Menezes e Tarcísio Meira. Agora, quase quatro décadas depois, a nova versão encontra eco em questões ainda dolorosamente atuais: preconceito, solidão, opressão de gênero e a busca por dignidade em meio a estruturas que insistem em esmagar o indivíduo.

O que se vê em cena é uma história de amor que não se resume ao romance, mas se expande para a empatia, para o reconhecimento do outro como espelho e abrigo. Gianecchini e Casadevall constroem personagens cheios de fissuras, fragilidades e humanidade, conduzindo o público por um percurso emocional a partir de um encontro capaz de mudar destinos, ainda que por apenas um dia.


Serviço
"Um Dia Muito Especial"
Direção Alexandre Reinecke, com Maria Casadevall e Reynaldo Gianecchini
Temporada: 10 de janeiro a 15 de fevereiro de 2026
Apresentações: sábados, às 19h, e domingos, às 18h00
Duração: 90 minutos.
Classificação etária: 10 anos.
Teatro Bradesco – Bourbon Shopping São Paulo | Rua Palestra Itália, 500 – 3º Piso – Perdizes / São Paulo
Ingressos: de R$ 60 a R$ 200

Canais de venda oficiais
Vendas on-line: uhuu.com
Pontos físicos de venda

Bilheteria do Teatro Bradesco - sem taxa de serviço
3º Piso do Bourbon Shopping São Paulo
Horário: segunda a domingo, das 12h às 15h e das 16h às 20h. Em dias de evento, das 12h até o final do espetáculo.

Bilheteria Vibra São Paulo - sem taxa de serviço
Avenida das Nações Unidas, 17.955 – Vila Almeida / São Paulo
Horário: segunda a sexta, das 12h às 15h e das 16h às 19h. Sábados, domingos e feriados: fechado, exceto em dias de show.

Bilheteria do Teatro Sabesp Frei Caneca - sem taxa de serviço
Shopping Frei Caneca - 7º Piso
Rua Frei Caneca, 569 - Consolação / São Paulo
Horário: de terça a domingo, das 12h00 às 15h00, e das 16h00 às 19h00. Segunda-feira: fechado.

Formas de pagamento
Bilheterias: dinheiro, cartão de crédito e débito
Site e pontos oficiais: cartão de crédito
Cartões aceitos: Visa, Mastercard, Diners, Hipercard, American Express e Elo
Estacionamento: Bourbon Shopping São Paulo
Valores e horários em bourbonshopping.com.br

Tags
#UmDiaMuitoEspecial #ReynaldoGianecchini #MariaCasadevall #teatro #TeatroBradesco

.: Prêmio Sesc de Literatura apresenta novos nomes e aposta no encontro

Abáz, Marcus Groza e Leonardo Piana, vencedores do Prêmio Sesc de Literatura 2025, durante o lançamento dos livros no Rio de Janeiro. Foto: Alexandre Brum

O lançamento dos livros vencedores do Prêmio Sesc de Literatura 2025, realizado na última segunda-feira, dia 15 de dezembro, no Rio de Janeiro, foi mais do que a apresentação de três títulos ao mercado editorial. Foi, sobretudo, a celebração de um rito de passagem: o momento em que a escrita deixa o território íntimo do inédito e passa a circular, ganhar leitores, provocar encontros. Chegam agora ao público o romance “Goiás”, do paulista Marcus Groza; a coletânea de contos “Massaranduba”, do baiano Abáz; e o livro de poemas “Escalar Cansa”, do mineiro Leonardo Piana. São obras distintas em forma, tom e percurso, mas unidas pelo mesmo ponto de partida: o Prêmio Sesc de Literatura, um dos mais importantes reconhecimentos voltados a autores inéditos no Brasil.

A alegria do primeiro livro impresso atravessou os depoimentos dos vencedores. Abáz, contemplado na categoria Conto, destacou a dimensão afetiva e simbólica do prêmio. Para ele, a possibilidade de circular pelo país e dialogar diretamente com leitores marca o verdadeiro início da trajetória literária. “Agora que tenho um livro nas mãos, estou muito ansioso para trocar experiências e conversar com os leitores”, afirmou.

Já Marcus Groza, vencedor na categoria Romance, refletiu sobre o gesto solitário da escrita e o desejo de compartilhamento que se impõe quando o texto ganha o mundo. “Se uma pessoa ressoar algo das emoções que tentei transmitir no livro, será muito gratificante”, disse, apontando para o que talvez seja o sentido mais profundo da literatura: criar vínculos invisíveis entre quem escreve e quem lê.

Na poesia, Leonardo Piana falou da expectativa de ver seus versos em circulação e da experiência de percorrer o Brasil ao lado do Sesc. “Esse contato é muito especial para mim”, comentou, antecipando o diálogo que se estabelece quando o poema encontra sua escuta.

O evento reuniu leitura de trechos das obras, interpretados por estudantes da Escola Sesc de Artes Dramáticas, uma roda de conversa mediada pela escritora Eliana Alves Cruz - integrante da comissão julgadora desta edição - e sessão de autógrafos. Um encontro que reforçou o caráter formativo e público do prêmio, pensado não apenas como distinção, mas como política cultural de acesso à literatura.

Os livros vencedores já estão disponíveis em livrarias físicas e online de todo o país e também serão distribuídos pela rede de bibliotecas e escolas do Sesc, ampliando o alcance das obras e consolidando o compromisso do projeto com a democratização da leitura. A edição de 2025 recebeu 2.451 originais, distribuídos entre poesia, conto e romance, números que revelam a vitalidade da produção literária contemporânea no Brasil.

Publicados pela Editora Senac Rio, os autores vencedores receberam prêmio em dinheiro no valor de R$ 30 mil cada. Também foram concedidas menções honrosas a Lúcio Cordeiro, Lucas Alves e Eduardo Marques, finalistas nas categorias, incluindo a premiação destinada a trabalhadores e trabalhadoras do comércio de bens, serviços e turismo.

Criado em 2003, o Prêmio Sesc de Literatura já recebeu cerca de 24 mil originais e revelou ao mercado editorial 43 novos autores. Comissões julgadoras formadas por escritores, jornalistas e críticos literários de diferentes regiões do país avaliam os trabalhos sob rigoroso anonimato, garantindo independência e mérito literário como critérios soberanos. Um percurso que começa no silêncio da escrita e encontra, no livro publicado, a possibilidade de permanência.


Livros vencedores do Prêmio Sesc de Literatura 2025
Romance:
“Goiás”, de Marcus Groza
Conto: “Massaranduba”, de Abáz
Poesia: “Escalar cansa”, de Leonardo Piana
Disponibilidade: livrarias físicas e on-line em todo o Brasil e rede de bibliotecas e escolas do Sesc

Próxima edição – inscrições
Período:
de 2 de fevereiro a 2 de março de 2026

Tags
#PremioSescDeLiteratura #MarcusGroza #Abaz #EscalarCansa #LeonardoPiana

.: Gal Costa vira musical e tem sua liberdade cantada do começo ao fim


Gal, o Musical estreia em março de 2026 no 033 Rooftop e revisita a vida e a obra de uma das maiores vozes da música brasileira. Arte: divulgação

Depois de transformar em cena figuras centrais da cultura brasileira, como Silvio Santos e Ney Matogrosso, Marília Toledo e Emílio Boechat voltam a unir forças para prestar homenagem a uma artista cuja voz atravessou gerações, estéticas e disputas simbólicas da música popular brasileira. "Gal, o Musical" estreia no dia 6 de março de 2026, no 033 Rooftop, no Complexo JK Iguatemi, em São Paulo, e permanece em cartaz até 10 de maio, integrando a programação comemorativa dos dez anos do Teatro Santander, que serão celebrados em 2026.

Idealizado por Marília Toledo, que também assina o texto e a direção ao lado de Kleber Montanheiro, o espetáculo propõe um mergulho profundo na trajetória de Maria da Graça Costa Penna Burgos, nascida em Salvador, em 26 de setembro de 1945, e que o Brasil aprenderia a chamar simplesmente de Gal. Mais do que revisitar fatos biográficos, o musical se interessa pelo percurso íntimo, simbólico e artístico que transformou Gal Costa na musa da Tropicália, em um ícone feminista e em uma das maiores intérpretes do século XX, reconhecida internacionalmente - a cantora foi eleita pela revista Time como uma das dez maiores vozes femininas do mundo.

A dramaturgia começou a ser gestada em janeiro de 2024, quando Marília Toledo entrou em contato com o livro "A Todo Vapor - O Tropicalismo Segundo Gal", de Taissa Maia. A leitura acendeu o desejo de colocar no centro da narrativa uma protagonista feminina, após uma sequência de obras dedicadas a artistas homens. “Sem sombra de dúvidas, a história de Gal é a que mais se aproxima da minha essência”, afirma a autora e diretora, que encontrou na trajetória da cantora uma chave potente para falar de arte, liberdade e resistência.

Outro pilar conceitual do musical é "A Jornada da Heroína", da psicóloga junguiana Maureen Murdock, que propõe um percurso feminino distinto da narrativa clássica do herói. A equipe contou ainda com a colaboração do pesquisador Tallys Braga, responsável por uma biografia oficial da artista. A partir dessas referências, Gal, o Musical se afasta da ideia de uma sucessão cronológica de sucessos para apostar em uma abordagem psicológica, simbólica e assumidamente feminista.

Como destaca Emílio Boechat, a intenção nunca foi apenas recontar a história de Gal, mas reposicionar seu papel dentro da Tropicália e da música brasileira. “O livro da Taissa Maia defende que a participação de Gal foi muito maior do que a nossa imprensa machista e patriarcal gostaria de admitir. A partir disso, entendemos que o musical precisava ir além da cronologia e mergulhar em um prisma mais profundo, menos factual e mais sensível”, explica o autor.

A trama acompanha momentos decisivos da vida da artista: a infância em Salvador e a relação com a mãe solo, Mariah; o encontro com Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Tom Zé, ainda no Teatro Vila Velha; o início da carreira e a parceria com o empresário Guilherme Araújo; e a adoção do filho Gabriel, em 2008. Esses episódios são atravessados por canções que marcaram época e ajudaram a definir o imaginário afetivo do país, como “Força Estranha”, “Baby”, “Divino, Maravilhoso”, “Vaca Profana”, “Azul”, “Vapor Barato”, “Sorte”, “Brasil” e “Balancê”.

No espetáculo, a música não funciona como ilustração, mas como matéria dramatúrgica. “As canções expressam sentimentos e ajudam a contar a história de maneira mais musical do que narrativa”, observa Marília Toledo. Segundo ela, os grandes hits estão presentes, ainda que o espetáculo reserve algumas surpresas ao público. A encenação nasce do diálogo constante entre Marília Toledo e Kleber Montanheiro, parceiro de longa data da diretora. 

A escolha se justifica pela visão ampla de Montanheiro, que reúne experiência como ator, cenógrafo, figurinista, iluminador e diretor. “Ele olha para todas as etapas do fazer teatral, e isso sempre me encantou”, comenta Marília. Para Montanheiro, dividir a direção de um espetáculo sobre Gal Costa com uma mulher era não apenas coerente, mas necessário. “Gal foi uma artista que resistiu ao seu tempo e quebrou padrões. Não faria sentido contar essa história sem uma parceria feminina na direção”, afirma.

A cenografia, assinada por Carmen Guerra, transforma o 033 Rooftop em uma experiência imersiva. Inspirado nas instalações de Hélio Oiticica, o espaço sugere ambientes e estados emocionais por meio de elementos plásticos e artísticos, convidando o público a ocupar a cena junto com os intérpretes. Os figurinos, criados por Montanheiro, atravessam a segunda metade do século XX e funcionam como uma camada adicional de dramaturgia, acompanhando as transformações estéticas e simbólicas da artista ao longo do tempo.

A direção musical e os arranjos são de Daniel Rocha, que partiu de transcrições dos arranjos originais com adaptações pensadas para a cena. A montagem também dialoga com o universo espiritual e cultural que atravessa a obra de Gal, incorporando referências ao Candomblé, aos Orixás e às manifestações da cultura popular brasileira. As coreografias e a direção de movimento, assinadas por Semadha S Rodrigues, incluem ainda a presença da LIBRAS, ampliando o campo sensorial e comunicativo do espetáculo. Com produção da Paris Cultural e apresentação da Esfera, Gal, o Musical se anuncia como uma celebração da artista e, ao mesmo tempo, como um gesto político e poético: o de recolocar Gal Costa no centro de sua própria história, como mulher, criadora e voz que ajudou a reinventar a música brasileira.

Serviço
"Gal, o Musical", de Marília Toledo e Emílio Boechat
Temporada: 6 de março a 10 de maio de 2026
Horários: sextas-feiras, às 20h30. Sábados, às 16h30 e 20h30. Domingos, às 15h30 e 19h30.
Duração: 2h30, com intervalo
Primeiro ato: 1h15. Intervalo: 15 minutos. Segundo ato: 1h00.
Local: 033 Rooftop | Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041, Itaim Bibi, São Paulo – Complexo JK Iguatemi
Classificação etária: 14 anos. Menores de 14 anos apenas acompanhados dos pais ou responsáveis legais.

Setores e valores:
Mesa: de R$ 150,00 (meia) a R$ 300,00 (inteira)
Bistrô Alto: de R$ 125,00 (meia) a R$ 250,00 (inteira)
Plateia: R$ 100,00 (meia) e R$ 200,00 (inteira)
Popular: R$ 25,00 (meia) e R$ 50,00 (inteira)
Clientes Santander têm 30% de desconto nos ingressos inteiros, limitados a dois ingressos por CPF, conforme disponibilidade e regulamento.

Ingressos:
Internet: www.sympla.com.br

Bilheteria física:
Teatro Santander
Funcionamento: todos os dias, das 12h às 18h. Em dias de espetáculo, até o início da apresentação.
A bilheteria conta com totem de autoatendimento para compras sem taxa de conveniência, 24 horas por dia.

Descontos:
Meia-entrada: 50% de desconto, mediante apresentação de documento previsto em lei.
Cliente Santander: 30% de desconto, limitado a 20% da lotação do teatro, não cumulativo com meia-entrada, conforme legislação vigente.


Tags:
#GalOMusical #GalCosta #teatro #musical #teatromusical

segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

.: Mental Trigger lança álbum de estreia e se firma como nova força do metal


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto: divulgação

A banda paulistana Mental Trigger lançou em todas as plataformas digitais o seu primeiro álbum auto-intitulado. Um trabalho que reúne intensidade emocional, peso sonoro e uma entrega artística que consolida o grupo como uma das novas promessas da cena metal nacional.

Formada em 2024 na cena de São Paulo, a Mental Trigger surge com o propósito de dar voz às emoções mais viscerais e profundas. O grupo canaliza a energia crua do metalcore em cada nota, verso e grito, incorporando ainda influências de deathcore, new metal, djent e groove metal para criar uma sonoridade interessante.

A banda é integrada por Luis Bom Angelo (vocal), João Pedro Surian (bateria), Gustavo Aliberti (guitarra), Luiz Barreto (guitarra) e Raphael Esteves (baixo) que carregam em seus DNAs a força da inovação e intensidade emocional que marcam o metal contemporâneo.

Com oito faixas autorais e uma faixa bônus especial - um cover poderoso de “Perry Mason”, de Ozzy Osbourne - o álbum presta homenagem ao ícone do metal, falecido em julho deste ano, revisitando sua obra com respeito, agressividade e identidade própria. Produzido por Ryu Morita, o álbum foi gravado na capital paulista, foi mixado por João Felipe Favaro e masterizado por João Pedro Surian. A identidade visual do projeto ganha vida pelas mãos de Gustavo Aliberti, que assina a arte de capa. 

Mental Trigger - "Where Angels Sin"


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