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quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

.: "Um Dia na Broadway - O Musical dos Musicais", de Billy Bond, em janeiro


"Um Dia na Broadway - O Musical dos Musicais" reúne trechos dos mais famosos musicais americano - "Priscila", "Evita", "Chicago", "Cats" e "Mamma Mia", entre outros. Reestreia dia 8 de janeiro no Teatro Claro SP. Foto: Bianca Tatamyia 


Billy Bond sabe do encantamento dos brasileiros por Nova Iorque. Acredita que o programa preferido dos turistas daqui por lá, além de fazer compras, é visitar os teatros, pontos icônicos da cidade - como a Estátua da Liberdade e o Empire State. Assim, criou seu novo espetáculo na medida para seduzir uma platéia ávida para ver os "melhores espetáculos do mundo".

Há mais de 30 anos no Brasil, Bond investe em sua experiência e talento para produzir e dirigir musicais. Depois de quase 15 anos encenando clássicos do universo infantil, o diretor e músico voltou a montar espetáculos adultos em 2018, com a estreia de "Um Dia na Broadway - O Musical dos Musicais", que agora faz nova temporada em janeiro no Teatro Claro-SP, no Shopping Vila Olímpia, a partir de 8 de janeiro até 20 de fevereiro de 2022.

A montagem reproduz a atmosfera de dez dos mais famosos musicais de todos os tempos, em imagens, figurinos, cenariose músicas cantadas ao vivo. São eles: "Priscila" (ao som de "It’s Raining Men"), "Evita" ("Don’t Cry for me Argentina"), "Chicago" ("All That Jazz"), "Grease" ("Summer Nights"), "Les Miserables" ("One Day More"), "Mary Poppins" ("Supercalifragilistic"), "O Fantasma da Ópera" ("The Pahnton of the Opera"), "A Bela e a Fera" ( "Beauty and the Best") "Cats" ("Memories"), "Mamma Mia" ("Dancing Queen"), "Welcome In New York", "Empire My Mind", "Money Monet", "On Broadway".

São nove cenas em cada um dos dois atos. 1 º ato: "Abertura", "Família", "Grand Station", "Times Square", "Priscila", "Grease", "Cats", "Chicago" e "Les Miserables". 2º ato: "Wall Street", "Empire State", "West Side Story", "Mary Poppins", "Evita", "O Fantasma da Opera", "A Bela e a Fera", "Mamma Mia", "Empire State" e "Final".

A ideia do diretor é recriar no espetáculo o espírito de Nova Iorque. Billy quer agradar quem conhece e ama a cidade e também os que nunca estiveram por lá. Para levar o público nessa viagem, criou uma ambientação característica. Um painel de 160 metros de tiras de luz de LED exibe imagem de pontos turísticos clássicos da metrópole, como Times Square, Broadway, Estátua da Liberdade, Wall Street, Harlem, Empire State, Metrô e Grand Central Station.

Minucioso e detalhista, Billy pretende que o espectador se reconheça no palco e nas personagens. Assim, até os ruídos característicos da cidade também devem cumprir seu papel de transportar o público nessa trajetória. Em estilo grandioso, a abertura com 20 bailarinos é um convite para se deixar envolver pelo universo dos musicais o encantamento de Nova Iorque.

"Somos admiradores de Nova York, viajamos para lá anualmente, duas vezes por ano, no verão e no inverno", conta, ao falanr também em nome da mulher, a produtora executiva Andrea Oliveira. Um dos investimentos mais curiosos da produção é um carro tingido de amarelo fazendo às vezes de um táxi aos moldes dos que circulam pelas ruas da cidade.

Com direção geral e dramaturgia de Billy Bond e Andrew Mettine, adaptação de Billy Bond e Lilio Alonso, direção musical e arranjos de Bond e Villa, direção de cena de MarcioYacoff e coreografia de Italo Rodrigues.


Produção tem números aéreos e efeitos especiais
Como não pode faltar nas montagens do diretor, a encenação utiliza números aéreos, levitação e outros truques e efeitos especiais. Para dar a sensação de 3D, Billy explica que há um cenário virtual (foram compradas imagens em 4K em NY) e um físico, os dois mesclados. Foi construído um palco giratório automatizado de 15 por sete metros.

Surround, o som envolverá o público. Para que tudo sai como o diretor concebeu, uma equipe de dez profissionais trabalha há meses na computação gráfica. A reprodução dos espaços da cidade tem de ser fiel. É exigência de Billy.

São 32 pessoas em cena, entre atores, cantores e bailarinos, músicos e técnicos. A história começa com a chegada de uma família de férias em Nova York. Acompanhado pelos filhos, o casal viaja o a fim de comemorar o aniversário de casamento onde se conheceu e se apaixonou. Logo há um desencontro e as crianças se perdem dos pais no metrô da Grand Central Station.

A partir de então, na tentativa de reencontrar os pais, os irmãos - sabendo da páixão dos pais por musicais - se aventuram por lugares onde acreditam que encontrarão o casal. Visitam os teatros da Broadway e assistem trechos de musicais clássicos. Na plateia, o público acompanha a saga da família e se delicia com as cenas concebidas por Billy, com inspiração na atmosfera de dez dos mais famosos musicais de todos os tempos.

No decorrer da trama, uma personagem entra para ajudar a contar a história. Trata-se do próprio George Michael Cohan, artista identificado como um dos primeiros a fazer espetáculos no formato de musical nos Estados unidos.

Para dar suporte e veracidade ao cenário virtual, a montagem conta com cenários físicos e outros elementos cenográficos, que estão sendo construídos no galpão da produtora, em Embu das Artes. A produção investiu na compra de um automóvel a ser usado como táxi cenográfico no palco. Retirou motor e outras, peças internas e pintou de amarelo. É nele que os personagens vão se movimentar pela cidade.


30 anos de Brasil
Nascido Giuliano Canterini, em Lá Spezia, Itália, Billy Bond desenvolveu carreira na Argentina, onde morou por mais de 15 anos e fez sucesso no mundo do rock'n' roll na década de 70. No fim dos anos 60, Bond lotava espaços em meio à ditadura na Argentina, com o grupo de hard rock Billy Bond Y La Pesada. Também produzia espetáculos pop. Alguns duramente reprimidos pela polícia, como o que fez em 1972 no Luna Park. Chegou a ter mais de 100 músicas censuradas na época.

Chegou ao Brasil em 1974, diretamente no Rio e depois em São Paulo, onde mora atualmente. Aqui foi cantor da banda punk Joelho de Porco, dirigiu o primeiro show de Ney Matogrosso após a saída dos Secos & Molhados e produziu o show da banda Queen no estádio do Morumbi, em 1981.

Precursor dos musicais de grande porte, assinou a direção-geral da versão brasileira de Rent, em 1999. São mais de 30 títulos na bagagem, entre eles, "O Beijo da Mulher Aranha", "Os Miseráveis" e "After de Luge", entre outros. A partir dos anos 2000, Billy sedimentou seu formato de encenar espetáculos musicais com total liberdade de criação.

Assim, depois de 2004 direcionou seu foco de interesse para revisitar e homenagear clássicos de todos os tempos da Literatura Infantil. A primeira foi montagem foi "O Mágico de Oz", prestigiada por um público superior a um milhão e 800 mil espectadores em toda América Latina. O segundo espetáculo, "Pinóquio - O Musical", estreou em 2006 e foi aplaudido por mais de 900 mil pessoas no Brasil. Em seguida, foram apresentadas as montagens de "A Bela e a Fera", "Peter Pan", "Branca de Neve", "Cinderella", "A Bela Adormecida", "Alice no País das Maravilhas", entre outros.


Ficha técnica
Espetáculo: "Um dia na Broadway". Costureiros: Juliano Lopes, Zezé de Castro, BenêCalistro, Judite Gerônimo de Lima, Sônia Maria Mendonça. Costureira Lycras: Anna Cristina Cáfaro Driscoll. Aderecistas e figurinos: Mirian Casemiro, Ocelio de Sá Alencar. Alfaiate: Agenor Domingos, Miguel Arrua. Makes e Caracterização: Paula Canterini. Cenografia: Marcelo Larrea. Assistente de Cenografia: Beatriz Christal. Produção de Conegrafia: Daniela Faria. Adereço Touro: Celso Rorato e Vando Balduíno. Adereços Cênicos: Francisco Mateus. Cenotécnicos: Mestre Geraldo, Emerson Merpol, Isaac de Souza. Adereço Táxi Amarelo: Silvio Galvão. Direção de Cena: MarcioYacoff Coreografia: Italo Rodrigues. Assistente de Coreografia: Alvinho de Padua. Direção Vocal: Thiago Lemos. Direção Musical: Bond e Villa. Casting: Felipe Tavolaro. Designer de som: Paul GregorTancrew. Designer de luz: Paul Stewart. Efeitos especiais: Gabriele Fantine. Filmes e animações: George Feller e Lucas Médici. Mappings: Nicolas Duce. Fotos: Henrique Falci, Henrique Tarricone. Assessoria de Imprensa: M Fernanda Teixeira.

Automatização: Angelo Meireles. Produção: Andréa Oliveira. Assistente de Produção: Antonio Paoliello. Diretor técnico: Ângelo Meireles. Operador de Som/Video/Mics: Thiago Rocha. Operador de Luz: Guilherme Furtado. Contra Regras: Marcelo Silva, Ermilton Oliveira, Lucas Lima, Jeff Silva, Diego Lima. Camareiras: Dilu Carvalho, Meire Serra. Direção de Produção: Andréa Oliveira. Direção geral: Billy Bond.


Serviço
Espetáculo: "Um dia na Broadway". Direção de Billy Bond. De 8 a 30 de Janeiro. Temporada - Sábado às 21h, Domingo às 19h. Teatro Claro SP - Rua Olimpíadas, 360 - 5° Piso do Shopping Vila Olímpia, São Paulo. Telefone: (11) 3448-5061. Capacidade - 803 pessoas. Ingressos entre R$ 75 e R$ 200. Pagamento em até 12x. Gênero: Infantil/família. Classificação: Livre. Duração: aprox. 120 minutos. http://teatroclarosp.com.br/


sábado, 1 de agosto de 2020

.: Cia. Satélite estreia "Trilogia da Solidão" online pela plataforma zoom


Com trilogia inédita e atual, a Companhia Satélite adapta-se aos novos tempos sem perder seu DNA e apresenta duas peças clássicas e uma contemporânea especialmente escrita para o Teatro Digital.

"Carta ao Pai", de Franz Kafka; "Os Sofrimentos do Jovem Werther", de Johann Wolfgang von Goethe e o inédito "O Belo (e a Fera)", de Dionisio Neto, livremente inspirado na obra de Jean Cocteau "O Belo Indiferente". De 5 a 30 de agosto – sábados às 21h e domingos às 19h. Direção: Dionisio Neto. Com Dionisio Neto, Adriano Arbol e Giovanna Velasco.
  
Com a "Trilogia da Solidão" online, a Cia. Satélite apresenta ao vivo três monólogos dirigidos por Dionisio Neto ("Carandiru", "A Favorita", "A Dona do Pedaço") com um tema em comum: a solidão. As três obras escolhidas tratam da solidão humana, os personagens tentam se comunicar com os seus interlocutores para que o diálogo se estabeleça. "O Belo (e a Fera)", com Giovanna Velasco, livremente inspirada na obra de Jean Cocteau, abre a temporada da Companhia Satélite. Em um quarto de hotel, a atriz e cantora Ella conversa sobre o amor com seu marido Maurice sem obter resposta.

Especialmente dirigidas para o teatro Digital (linguagem híbrida do teatro, cinema e internet), as três peças são apresentadas ao vivo em locações. Em três estilos distintos: o expressionismo ("Carta ao Pai"), o realismo ("Os Sofrimentos do Jovem Werther") e o surrealismo ("O Belo (e a Fera)" as peças propõe uma comunicação com o público a partir do teatro através da tela dos computadores, TVs e celulares.

A encenação proposta para a trilogia digital
“O teatro digital é um produto audiovisual híbrido de teatro, cinema, TV e internet. Para a 'Trilogia da Solidão' online optei por fazer três planos-sequência. Partimos do teatro para criar uma obra de mãos dadas com ele. O teatro, tradicionalmente falando é apresentado em palcos, ao vivo, com plateia presente fisicamente. Cada espectador tem um plano geral a sua frente e seus olhos são suas câmeras. Não há interface entre o emissor e o receptor, salvo quando há a incorporação dos recursos audiovisuais em cena. Há muitos recursos tecnológicos e plataformas surgindo para, cada vez, mais integrar as artes. Não creio que o teatro digital substituirá o teatro tradicional, que é insubstituível. Trata-se de uma nova linguagem que está tomando forma aos poucos. Nas peças clássicas da trilogia eu adaptei as linguagens. 'O Belo (e a Fera)foi criado originalmente para este formato”, afirma Dionisio.

O teatro e a tecnologia sempre estiveram de mãos dadas. Agora, mais do que nunca, devido à atual realidade imposta pela pandemia, as transmissões online de espetáculos são uma excelente opção para manter nossa arte em viva", diz Dionisio Neto. “Sabe-se que a interação do ao vivo com o online farão cada vez mais parte da nossa realidade", complementa.


"O Belo (e a Fera)" – Surrealismo
Solo teatral inédito inspirado na obra de Jean Cocteau, criado especialmente para o teatro digital, escrito e dirigido por Dionisio Neto (Carandiru, A Favorita, Crime Time, A dona do pedaço) curta temporada online no formato Teatro Digital. Primeira parte de "Trilogia da Solidão" online ("Carta ao Pai", de Franz Kafka e "Os Sofrimentos do Jovem Werther", de J. W. von Goethe). Escrito especialmente para a atriz Giovanna Velasco no papel da atriz e cantora Ella, sufocada por um relacionamento tóxico com seu marido. Com elementos realistas e surrealistas em sua encenação, a peça navega pelos tons de sentimentos e emoções desta personagem. A peça fala do fim de um relacionamento tóxico, de resiliência, libertação e superação. O surrealismo pincela a trama com cenas aleatórias improvisadas com imagens projetadas que mudam a cada espetáculo.

Sinopse – Ao voltar de um show, a cantora e atriz Ella espera seu marido Maurice em seu quarto. Rodeada por delírios surrealistas, como em um pesadelo, ela tenta desesperadamente comunicar-se com ele, que mantem-se calado no pouco tempo em que fica com ela. Ela, só com sua gripe, destruída emocional e fisicamente, toma uma decisão que mudará seu destino para sempre.


"Os Sofrimentos do Jovem Werther"  Realismo
Em sua terceira incursão pela direção de um clássico da Literatura Universal, após os sucessos de “A casa de Bernarda Alba” (2004), de F.G. Lorca e “Carta ao pai” (2017), de F. Kafka, Dionisio Neto dirige o texto pilar do romantismo alemão, adaptado para o teatro, em uma roupagem contemporânea.

Por se tratar de um sentimento universal – o amor, neste caso rejeitado, que move nosso protagonista em meio a suas esperanças frustradas, angústias, em contraste com o ardente desejo extremamente romântico pela inatingível Carlota. Em uma analogia com artistas modernos e contemporâneos (Ian Curtis, Cazuza, Amy Winehouse, Chris Cornell, Kurt Cobain, Jimmy Hendrix, Jim Morrison, Jean Michel Basquiat, Chorão, entre outros), que tiveram suas vidas interrompidas no auge da juventude, assim como nosso Werther, o espetáculo mergulha nas profundezas escuras da alma atormentada do pintor, paralisado pela idealização da amada, comprometida com o advogado Alberto.

Para extravasar sua dor, o artista escreve cartas do seu melhor amigo – Willem, contando suas desventuras e percalços amargurados pelos labirintos mais recônditos de sua existência. Antagonicamente, a exuberante natureza que o cerca, visto que se isolou em meio ao campo para pintar, sem conseguir, contrasta com sua dor desesperadora e insuportável.

Imerso em drogas e desilusão, Werther, com seu coração dilacerado, aconselhado indiretamente pelo seu maior inimigo, Alberto, resolve por um trágico fim à sua vida, bem como os artistas que nos inspiraram a navegar pelos mares sombrios da alma humana. O texto clássico do romantismo alemão, cheio de razão e emoção, destila poesia e beleza aos nossos olhos e ouvidos. Sofremos e amamos juntos com ele. Sua vida espelha a nossa, e a catarse expurga o mal de nossas vidas.

​Personagem pilar do romantismo alemão, nosso protagonista morre de amor. Extremamente atual do começo ao fim, o espetáculo expõe um tema caro à nossa sociedade contemporânea: o suicídio – a segunda causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. Com sensibilidade extrema, o ator Adriano Arbol encarna tanto o pintor Werther, quanto sua amada Carlota e seu rival Alberto, com mudanças físicas e vocais na construção das suas personagens. O diretor segue o método de Stanislawsky para a construção das personagens, buscando o realismo máximo, guiando o ator à vivência profunda das ações propostas pelo autor.

Sinopse –  Em seu ateliê no campo, o jovem pintor Werther escreve cartas para seu amigo Willem contando sobre suas desventuras amorosas com a bela Carlota, noiva do advogado Alberto. O amor não correspondido atormenta sua alma e dilacera seu coração.


"Carta ao Pai"  Expressionismo
Em cartaz desde 2016, com grande sucesso de público e crítica, a Companhia Satélite e a orgulhosamente apresenta Dionisio Neto em “Carta ao Pai”, de Franz Kafka. Em uma obra de auto expressão, Dionisio apresenta sua visão do clássico kafkiano, escrito durante dez dias em que o autor tcheco ficou internado em um quarto da pensão Studl, sanatório de Kierling, nos arredores de Viena, entre 10 e 20 de novembro de 1919 (em 2019 a carta completará 100 anos, configurando uma efeméride com comemoração mundial).   A carta jamais chegou a ser lida pelo seu pai Hermann Kafka.

Adaptado de várias traduções, dirigido e produzido pelo próprio autor, o espetáculo trás Dionisio interpretando o pai Hermman Kafka e seu filho Franz, ao estilo do ator americano Spalding Grey - atrás de uma mesa, iluminado por velas diferenciando-os através das diferentes tonalidades da sua voz. Com gestual e maquiagem inspirados no expressionismo alemão, vestido em um terno preto, o ator limpou o máximo de artifícios teatrais para compor o espetáculo. 

Nesta temporada, há utilização de recursos técnicos como o som constante de uma tempestade de gelo, fumaça, apenas uma mesa, uma cadeira, um castiçal judaico de sete velas (Menorah), um copo com água, uma Torah, uma maçã, uma caneta, um ator, os papéis da carta e a potência da literatura kafkiana. Um fio vermelho sobre a mesa, inspirado na Cabala paira sobre o ator. Pouquíssimos gestos buscam o essencial e o que há de teatral no clássico texto de Kafka.  Esta é a segunda vez que o ator interpreta o texto. A primeira versão estreou em 2009 no Sesc Santana. Desta há apenas a fidelidade à carta. 

Sinopse – Em um sanatório, internado com tuberculose, o oprimido e doente autor judeu Franz Kafka escreve uma carta para seu pai, o opressor comerciante Hermann Kafka, em que fala do seu medo da figura paterna e da sua relação com ele em um acerto de contas de anos. A carta presta contas sobre seu passado tirano e propõe soluções sobre o convívio pacífico entre os dois. Por interferência de sua mãe, a carta nunca foi entregue ao seu destinatário. O espetáculo propões uma reflexão sobre a relação entre pais e filhos, opressores e oprimidos e fala da leveza da vida através de um viés sombrio, ao estilo do autor. Dionisio Neto vive o pai e o filho.


Serviço:
"O Belo (e a Fera)"  De 5 a 26 de agosto – Quartas, às 21h. R$ 20 e meia R$ 10. São disponibilizados 20 ingressos gratuitos em www.sympla.com.br/companhiasatelite. Classificação indicativa 16 anos. Texto e direção: Dionisio Neto. Com Giovanna Velasco. Em um quarto de hotel, a atriz e cantora Ella conversa sobre o amor com seu marido Maurice sem obter resposta. Livremente inspirada na obra de Jean Cocteau.


"Os Sofrimentos do Jovem Werther"  De Johann Wofgang von Goethe – De 6 a 28 de agosto – Quintas e sextas, às 21h. R$ 20 e meia R$ 10. São disponibilizados 20 ingressos gratuitos em www.sympla.com.br/companhiasatelite. Classificação indicativa 18 anos.
Direção: Dionisio Neto. Com Adriano Arbol. Pintor romântico escreve cartas ao seu melhor amigo contando sobre um caso de amor não correspondido.


"Carta ao Pai" –  De Franz Kafka –  De 8 a 30 de agosto – Sábados, às 21h, e domingos, às 19h. R$ 20 e meia R$ 10. São disponibilizados 20 ingressos gratuitos em www.sympla.com.br/companhiasatelite. Classificação indicativa: livre. Com Dionisio Neto. Internado em um sanatório com princípio de tuberculose, o escritor Franz Kafka escreve uma carta jamais entregue sobre seu relacionamento com seu pai. Uma produção Dionisio Neto para Companhia Satélite.

 
Sobre a Cia. Satélite (25 anos)
A  Companhia Satélite foi fundada em 1995 pelo ator, dramaturgo e diretor Dionisio Neto com a Trilogia do Rebento (Perpétua, Opus Profundum, Desembestai!). Apresentou-se nos principais festivais de Teatro do Brasil (Festival de Curitiba, Semana do Teatro do Maranhão, entre outros). Internacionalmente apresentou-se no BluePrint Series Festival de Nova Iorque (USA) e no FITEI (Porto-Portugal). Ganhou diversos prêmios (Fomento ao Teatro da Cidade de São Paulo, Jornada Sesc de Teatro, entre outros). Além dos textos de Dionisio Neto, a companhia monta clássicos (A Casa de Bernarda Alba, Carta ao Pai, Claro Enigma, entre outros) e autores contemporâneos (Desamor e Seios, de Walcyr Carrasco, entre outros).


Dionisio Neto – Ator, diretor, dramaturgo e produtor formado pelo CPT - Centro de Pesquisas Teatrais do Sesc. Atuou em dezenas de peças, tendo trabalhado com os diretores Antunes Filho, José Celso Martinez Corrêa, Bia Lessa, Marcio Aurélio, Marinho Piacentini, Lucia Segall, entre outros. No cinema atuou em Carandiru e Meu amigo hindu de Hector Babenco e em filmes de Carlos Reichembarch, Roberto Moreira, Marcos Jorge, Ivan Feijó entre outros. Na TV atuou nas novelas "A Dona do Pedaço", "Morde e Assopra" e "A Favorita" (Rede Globo). Na internet atuou na série francesa "Hora de Perigo" (Netflix, Canal+). Em teatro dirigiu "A Casa de Bernarda Alba", "Carta ao Pai", de Franz Kafka e peças de sua autoria. Escreveu 17 peças de teatro publicadas pelas editoras Giostri e Benfazeja. Fundador e diretor artístico da Companhia Satélite.


Adriano Arbol – Ator, Apresentador formado pelo Senac e Uniso em Artes Dramáticas, Cinema participou dos Filmes "Diário de um Exorcista" (NetFlix), direção de Renato Siqueira "Carcereiros pela Globo Filmes , direção de José Eduardo Belmonte e "A História de Nossa Senhora Aparecida" Direção de Del Rangel, Serie " Hebe" pela Globo Filmes. Participou das Novelas "Chiquititas" e Cúmplices de um Resgate" do SBT. Tem em seu currículo 36 Peças teatrais, dentre elas "Muito Barulho Por nada" de Shakespeare e "O Burguês Fidalgo" de Molière. Agora íntegra o elenco do Monólogo" Os Sofrimentos do Jovem Werther de Goethe  com Direção de Dionisio Neto.


Giovanna Velasco –
Atriz paulistana, começou no teatro aos 11 anos (1993) em "A Televisão Matou a Janela", espetáculo da Oficina dos Menestréis. Desde então, esteve em inúmeras peças, como: "A Casa de Bernarda Alba" (2002 e 2003) e "Olerê Olara!" (2009), ambos da Cia. Satélite, Dir. Dionísio Neto; "Te Encontro lá em Baixo" de Manoel Candeias e dir. Nilton Bicudo; "Os Saltimbancos", "Serpente Verde Sabor Maça", de Jô Bilac; "Mulheres Alteradas" e "Superadas" de Maitena; "Álbum de Família" de Nelson Rodrigues. Como cantora, apresentou seu show "Ninguém Cantou Depois de Você" em outubro de 2016 e março de 2017 no Beco das Garrafas, Rio de Janeiro; e em maio e novembro de 2017 em São Paulo (Virada Cultural e Presidenta Bar). Giovanna é criadora a personagem cômica Dona Eulália, que interpreta desde 2004 em várias plataformas.


terça-feira, 14 de junho de 2016

.: Resenha do filme emocionante: "Como eu era antes de você"

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em junho de 2016



"Como eu era antes de você" não apresenta aquela história tradicional de um casal e suas dificuldades para se unirem. A trama dirigida por Thea Sharrock é totalmente focada na valorização daqueles que estão ao nosso lado, independente dos motivos ou interesses. Não é puramente uma história de amor com as várias previsíveis que deixam todos felizes ao saírem da sala de cinema. 

O longa inspirado no livro homônimo de Jojo Moyes não usa e abusa do envolvimento psicológico do público com os protagonistas, mas consegue, com facilidade, arrancar lágrimas. Sim! Quando perceber que seus olhos estão lacrimejando, não tente parar. Todos sentadinhos na poltrona ao lado também partilharão a emoção do momento. Logo, aquele "snif snif" e mãos secando as lágrimas no rosto irão compor um verdadeiro balé sincronizado na sala de cinema.


Por quê? Simples. O filme é bom. O enredo de "Como eu era antes de você" começa com o riquíssimo e bem sucedido, Will (Sam Claflin). O jovem que ama tudo o que a boa vida pode lhe proporcionar e acumula conquistas, viagens e esportes radicais. Entretanto, chega o fatídico minuto em que o rumo da história muda: Em um dia chuvoso, Will é atingido por uma moto, ao atravessar a rua. O acidente o torna tetraplégico, fazendo com que ele fique refém da cadeira de rodas.

Sem o desejo de viver, o rapaz se 
torna depressivo e sarcástico, o que muito desagrada os pais (Janet McTeer e Charles Dance). Afinal, as contratações para cuidar dele são constantes. Quem aguentaria tantos desaforos, não é? No entanto, uma promessa surge com a tentativa de quebrar o encanto: a jovem Louisa Clark (Emilia Clarke). 


Assim, é fácil estabelecer conexões entre a história de Will e Louisa com o clássico conto de fadas francês, "A Bela e a Fera". Como? Jovem rico, orgulhoso diante de uma moça de origem modesta, com dificuldades financeiras. Desta forma, a pergunta que vai e volta à mente é: Será que a "Bela" será capaz de quebrar o feitiço desse príncipe moderno?

Por outro lado, o esforço da moça que usa roupas extremamente coloridas -o que dá uma grande alegria a cada cena- é constante. Louisa não desiste de fazer 
o possível para levantar o estado de espírito de Will. Tamanha dedicação faz com que os dois se envolvam e, fatalmente, por mais que ela já tenha namorado, o público acaba torcendo pela união de a Bela e a Fera. Em tempo, a trilha sonora é incrível com duas músicas de Ed Sheeran: "Photograph" e "Thinking Out Loud".


Filme: Como eu era antes de você (Me before you, EUA)
Duração: 1h 50min
Data de lançamento 16 de junho de 2016 
Direção: Thea Sharrock
Elenco: Emilia Clarke, Sam Claflin, Janet McTeer mais
Gêneros: Drama, Romance


* Mary Ellen é editora do portal cultural resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter: @maryellenfsm 



Sobre o Cinesystem Cinemas: Divertir, ensinar, documentar e entreter - este é o papel do cinema: uma das formas de expressão cultural das mais intensas e que desperta no público todo tipo de emoção. O cinema traz, através da sua história, uma grande responsabilidade, como propor a reflexão para pessoas ao redor de todo o mundo. A Rede Cinesystem Cinemas vai além e cria "um jeito novo de curtir cinema"!

O mercado cinematográfico brasileiro investe, ano a ano, para atender com excelência a uma demanda crescente de público, concentrando a exibição dos filmes em multiplex. É nesta ascendente que a empresa paranaense Cinesystem vem se posicionando, inovando e fazendo de seus cinemas um grande espetáculo, com máxima qualidade de som, imagem, conforto e segurança.

Quinta maior do Brasil em público e renda (segundo ranking Rentrak - dezembro de 2010), a Rede Cinesystem Cinemas foi eleita "Destaque Exibidor 2010" na 3ª edição do Prêmio ED - Exibidores e Distribuidores, uma iniciativa do Sindicato das Empresas Exibidoras Cinematográficas do Estado de São Paulo - Seecesp.

A Rede é, hoje, uma das principais exibidoras do País graças a um agressivo plano de expansão iniciado em 2003 que a colocou, ao fechar o ano de 2010, na quinta posição do ranking nacional. Foram 6 milhões de ingressos vendidos em seis estados brasileiros, do Maranhão ao Rio Grande do Sul passando pelo Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. 

Além disso, a Cinesystem investe pesado em tecnologia, sendo a primeira e única empresa a operar complexos 100% digitais no Brasil, nas cidades do Rio de Janeiro e Paranaguá - PR.



Trailer

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

.: Programação da 32ª edição do Festival de Férias do Teatro Folha

Tradicional no circuito teatral paulistano, com duas versões anuais, o Festival de Férias do Teatro Folha chega a 32ª edição. Realizado desde 2004, soma 200 espetáculos de 90 companhias, aproximadamente. Com uma sessão às 16 horas, de segunda a sexta, e uma dobradinha (às 16h e 17h40) aos sábados e domingos, a programação de janeiro de 2020 do evento reúne sete espetáculos, sendo cinco clássicos do universo infantil, além de uma peça inspirada em texto de Ruth Rocha e outra adaptada da obra de Monteiro Lobato.

A Bela e a Fera e As Desmemórias da Emília - A Marquesa de Rabicó abrem o cardápio no dia 4 de janeiro, respectivamente, sendo apresentadas aos sábados e domingos, às 16 e 17h40, até 26 de janeiro. Alice no País das Maravilhas é a atração das segundas-feiras, a partir do dia 6, às 16h, até dia 27. Pinóquio poderá ser visto nas terças-feiras, do dia 7 até 28. Nas quartas-feiras, a criançada pode assistir Dois Idiotas Sentados cada Qual no Seu Barril, de 8 a 29. A Branca de Neve - o Musical estará em cartaz às quintas, do dia 9 até dia 30. Às sextas, a partir de 10 de janeiro, é a vez de O Mágico di Ó - O Clássico em Forma de Cordel, com sessões até dia 31.

O diretor artístico do Teatro Folha, Isser Korik, conta que a criação do festival foi uma consequência natural já que, desde a construção do teatro, havia sido traçada uma diretriz de que o teatro infantil teria tanta prioridade quanto o adulto.  Nenhuma peça poderia ocupar o palco com cenários fixos nem ocupar as instalações de luz como quisesse. Tudo teria que ser compartilhado em igualdade de condições.  “Investir no teatro infantil era investir num grande público potencial do bairro, no presente e na formação de público no futuro. Essa atitude atraiu os melhores espetáculos infantis para o Teatro Folha e logo o público compareceu prestigiando. A ideia de um festival com espetáculos diferentes a cada dia se provou uma fórmula acertada.” Isser assina a curadoria ao lado de Claudio Marinho, responsável pela programação. A linha obedece ao critério da qualidade artística, segundo Isser, que procura atender públicos de todas as idades e oferecer variedade de linguagens teatrais, para agradar o máximo de pessoas. 


Confira a programação completa:

De 4 a 26 de janeiro - SÁBADO e DOMINGO, às 16 horas.

A Bela e a Fera. Foto: Débora Corvello

Adaptado e dirigido por Rafael Junqueira, clássico da Disney, conto de fadas francês originalmente escrito por Gabrielle-Suzanne Barbot, Dama de Villeneuve, em 1740, apresenta versões variadas do original que se adaptam a diferentes culturas e momentos sociais. Em cena, a história de amor entre uma linda e inteligente jovem (Bela) e um príncipe que foi enfeitiçado e transformado em Fera. Bela vive em um vilarejo francês com seu pai, que é capturado e aprisionado pela Fera em seu castelo. A jovem consegue localizá-lo e se oferece para ficar no lugar dele. Sua bondade a faz enxergar o lado humano da Fera, por quem se apaixona perdidamente, quebrando o feitiço.

Ficha Técnica
Direção e adaptação: Rafael Junqueira
Elenco: Rafael Junqueira, Larissa Leal, Marcelo Ayres, Layana Cattoni, Davi Willians, Karla Bonfá, Edson Gonçalvez, Danilo Martins, Fábio de Carvalho, Fávio Pimenta e Johnny Salvi
Cenografia: Rafael Junqueira
Iluminação: Rodrigo Souza
Operação de Som e Luz: Fernando Pereira
Realização: JTR Produções.
Duração: 60 minutos
Classificação: a partir de 3 anos


De 4 a 26 de janeiro – SÁBADO e DOMINGO, às 17h40

As Desmemórias da Emília – A Marquesa de Rabicó. Crédito das fotos: Grupo Trapo

Concebida e dirigida pelo jovem diretor Muriel Vitória, a história é uma ficção baseada na obra de Monteiro Lobato (cuja obra entrou em domínio público em 2019). O Grupo Trapo traz à cena um espetáculo infanto-juvenil apresentando a famosa boneca da literatura infanto-juvenil brasileira que resolve escrever suas “des-memórias”. São memórias de meias verdades contadas do seu jeito. Para tal missão, ela conta com a ajuda do inseparável sábio Visconde de Sabugosa. Pedrinho, Dona Carochinha, o príncipe Escamado e até mesmo a Cuca ajudam Emília nesta missão de compartilhar suas desmemórias com o mundo.

Ficha Técnica
Direção e Concepção: Muriel Vitória
Elenco: Vitória Rabelo ( Emília ) , Diego Britto ( Visconde ), Isaque Patrício ( Pedrinho ), Marília Pacheco ( Dona Carochinha ), Lucas Soares ( Príncipe Escamado ) e Priscilla Rosa ( Cuca )
Iluminação: Iohann Iori Thiago
Produção de Figurinos e Adereços: Danilo Yabiku
Direção de Produção: Marina Hohne 
Duração: 40 minutos
Classificação etária: a partir de 3 anos



De 6 a 27 de janeiro, SEGUNDA, às 16 horas

Alice no País das Maravilhas. Foto: Jady Forte


A Cia. dos Tantos apresenta livre adaptação da obra de Lewis Carroll. Considerado um dos textos mais célebres do gênero, a história parte do sonho da curiosa menina Alice. Ela segue um coelho de colete e relógio e é projetada para um novo mundo. No país das Maravilhas, Alice encontra seres fantásticos como a Lagarta, o Chapeleiro Maluco e a temida Rainha. Alice no País das Maravilhas é uma viagem de ida e volta, mas como diz o personagem principal, você vai sentir saudades quando acordar. Com elementos da cultura hippie dos anos 60 e 70 e da cultura pop, a montagem faz o público questionar e refletir sobre sua função no mundo.

Ficha técnica
Texto: Lewis Carroll
Adaptação e Direção: Guy D’avllis
Elenco: Talytha Pugliesi, Thiago Tavares, Fani Feldman, Renan Ferraz e Álvaro Franco
Preparação Corporal, iluminação e trilha sonora: Thiago Tavares
Cenário e Figurino: Ateliê na Estica / Guy D’avllis
Produção Executiva: Thiago Tavares e Guy D'avllis
Assistente de Produção: Denise Macedo
Contra Regra: Douglas Bertossi
Camareira: Val Ribeiro
Realização: Cia dos Tantos
Duração: 50 minutos
Classificação etária: a partir de 3 anos


De 7 a 28 de janeiro, TERÇA, às 16 horas

Pinocchio. Foto: Jefferson Pancieri

Com concepção e direção de Pamela Duncan, a peça livremente inspirada na obra do italiano Carlo Collodi, narra a história de Pinocchio, um boneco de madeira feito por Gepetto, um homem simples. A madeira é mágica e, depois de pronto, o boneco começa a se mexer e agir como um menino de carne e osso. E, como tantos meninos, Pinocchio não ouve os conselhos do Gepetto - ele prefere divertir-se. Mas, é ingênuo e tem um bom coração. Um dos traços típicos de Pinocchio é que quando mente seu nariz cresce (uma imagem tão acertada de Collodi que é conhecida mesmo por aqueles que nunca leram o texto).

Ficha técnica
Direção e concepção: Pamela Duncan
Elenco: Jonathan Well, Rogerio Favoretto, Mauricio Madruga, Dulcineia Dibo, Ricardo Aires
Assistente de direção e Produção: Luiz Fernando Albertoni
Dramaturgia: Rogério Favoretto e Pamela Duncan
Narração: Lui Strasburger
Sonoplastia: Aline Meyer.
Iluminação: Bruno Caselli
Operador de Som e assistente de mídias: Jonas Ribeiro
Figurinos: Pamela Duncan
Adereços: Lucas Luciano e Ivaldo de Mello
Cenário: Heron Medeiros e Pamela Duncan
Design Gráfico e textos: Aida Cassiano
Vídeo Cenário: Giuliano Scanduzzi
Coreografia: Luciana Mayumi
Preparação vocal: Jocelyn Maroccolo
Produção: A peste, Cia Urbana de Teatro
Fotografia: Jefferson Pancieri
Realização: A Peste, Cia Urbana de Teatro – Pamela Duncan
Duração: 60 minutos
Classificação: a partir de 4 anos


De 8 a 29 de janeiro, QUARTA, às 16 horas

Dois Idiotas Sentados Cada Qual no seu Barril. Foto: Marcelo Sarmento

Realizado pela Borbolina Cia, a comédia Dois Idiotas Sentados Cada Qual no seu Barril é uma livre adaptação do livro de Ruth Rocha, autora conhecida por seus livros infantis. Em clima descontraído, a montagem instiga o público a refletir sobre as disputas que muitas vezes travamos antes mesmo de permitir o diálogo. Em cena, Teimosinho e Mandão são palhaços combatentes de guerra que atuam em exércitos distintos, cada qual com um barril cheio de pólvora. Quando os dois, extremamente egoístas e autoritários, não conseguem dialogar sem brigas, acendem uma vela e colocam em risco toda vida ao redor – incluindo a deles. Nesta versão leve e intrigante, a peça destaca o quanto a polaridade entre ideias pode ser ruim quando o diálogo é deixado de lado. As personagens se alternam entre conflitos e brincadeiras, baseadas em números de palhaçaria.

Ficha técnica
Obra: Ruth Rocha
Dramaturgia: Dario Uzan
Elenco: Giuliano Caratori e William Maciel
Concepção e Direção: Stella Tobar
Idealização: Jô Santana
Cenografia: Paula de Paoli
Figurinos: Paula de Paoli e Sônia Ushiyama
Iluminação: Giuliano Caratori
Trilha sonora: Flávio Pereira e Stella Tobar
Narração Criança: Clarissa Tobar
Fotos: Eduardo Petrini
Adereços de Cenografia e Figurinos: Clau Carmo
Operador de Luz e Som: Vinícius Requena/Eduardo Petrini
Produção: Fato Marketing e Produções
Produção Executiva: Borbolina Produções
Realização: Borbolina Cia e FATO
Duração: 50 minutos
Classificação indicativa: a partir de 4 anos


De 9 a 30 de janeiro, QUINTA, às 16 horas

Branca de Neve – O Musical. Foto: Caio Gallucci

O conto de fadas originário da tradição oral alemã, que foi compilado pelos Irmãos Grimm, roteirizado e dirigido por Rodrigo Gomes, é o ponto de partida para o musical produzido pela Dos Clássicos Produções. O espetáculo conta com quatro atores cantores (Ella Dalcin, Thiago Lemmos, Simone Luiz e Vitor Moresco), que dão vida ao conto, misturando o mundo fantasioso da famosa história, com músicas ao vivo. No palco, o elenco interpreta as canções trazendo referências à tão conhecida história, mas também dão voz a outros personagens. Para isso, foram acrescentadas três canções do musical Into The Woods: “Witch’s Lament” (“Veja, espelho meu”- solo da Rainha Má), “Agony” (“Ai de mim!” - dueto do Príncipe e Caçador) e “It’s The Last Midnight” (“Sou a mais bela” - solo da Bruxa), versionadas por Rafael Oliveira, especialmente para o espetáculo que conta a história de uma rainha conhecida por sua beleza e maldade. Entre seus segredos e feitiços, havia um espelho mágico que revelava se a malvada continuava sendo a mais bela de todas as mulheres. Certa vez, o misterioso espelho confessou a sua senhora que outra moça crescia em graça e beleza: Branca de Neve, enteada da cruel rainha. Inicia-se então uma bela história envolvendo uma linda princesa, uma mulher invejosa, uma maçã envenenada e um beijo de amor verdadeiro.

Ficha técnica
Texto Original: Irmãos Grimm
Roteiro e direção: Rodrigo Gomes
Elenco: Ella Dalcin (Branca de Neve), Thiago Lemmos (Príncipe), Simone Luiz (Rainha Má / Bruxa) e Vitor Moresco (Caçador)
Cenário e Figurino: Rodrigo Gomes
Pintura de arte: Lu Grecco
Fotos divulgação: Caio Gallucci
Duração: 60 minutos
Classificação indicativa: a partir de 3 anos

De 10 a 31 de janeiro, SEXTA, às 16 horas

O Mágico Di Ó – O Clássico em Forma de Cordel. Foto: Victor Miranda

Inspirado no clássico O Mágico de Oz, de Frank Baum, o espetáculo escrito pelo dramaturgo Vitor Rocha, narra a saga de retirantes nordestinos a caminho da cidade de São Paulo. A peça traz um olhar abrasileirado dos personagens Dorothy, Espantalho, Leão e Homem de Lata, tendo como ponto de partida o embarque da menina Doroteia e seus tios em um pau-de-arara, rumo à capital paulista em busca de uma vida melhor, fugindo de uma terra sem chuva e sem esperanças. Neste grupo de migrantes está o cordelista e versador Osvaldo, que começa a contar uma história para distrair seus companheiros de viagem. Os versos, baseados em uma história real, dão asas à imaginação da garota, fazendo com que realidade e fantasia se misturem neste divertido enredo, que tem como protagonista uma Doroteia que deseja levar chuva para sua terra e ver um arco-íris cruzar o Cariri.

Ficha técnica
Idealização: Luiza Porto e Vitor Rocha
Texto: Vitor Rocha
Direção: Ivan Parente e Daniela Stirbulov
Elenco: Diego Rodda; Elton Towersey; Lui Vizotto; Luiza Porto; Renata Versolato; Thiago Sak; Vitor Rocha, stand in: Renan Rezende
Direção Musical: Marco França
Letras: Vitor Rocha
Músicas: Marco França e Elenco
Trilha Incidental: Diego Rodda
Treinamento de prosódia: Marco França
Assistente de direção musical: Elton Towersey
Direção de arte: Juliana Porto e Silvia Ferraz
Assitente de direção de arte: Carol Arouca
Desenhos de luz: Fran Barros
Operação de luz: Marina Gatti
Duração: 55 minutos
Classificação indicativa: a partir de 4 anos

Serviço – Festival de Férias
Início: De 4 a 31 de janeiro de 2020
Apresentações: segunda a sexta-feira, às 16h; sábado e domingo, às 16h e 17h30.
Ingressos: R$ 50,00*
*Valor referente ao ingresso inteiro. Meia-entrada disponível em todas as sessões e setores de acordo com a legislação.

Teatro Folha - Shopping Pátio Higienópolis - Av. Higienópolis, 618 / Terraço / tel.: (11) 3823-2323 - Televendas: (11) / 3823 2423 / 3823 2737 / 3823 2323.
 Site: teatrofolha.com.br

Vendas por telefone e no site do teatro / Capacidade: 305 lugares / Não aceita cheques / Aceita os cartões de crédito: todos da Mastercard, Redecard, Visa, Visa Electron e Amex / Estudantes e pessoas com 60 anos ou mais têm os descontos legais / Clube Folha 50% desconto. Horário de funcionamento da bilheteria: segunda e terça-feira, das 14 h às 16 h; quarta e quinta-feira, das 14h às 21h; sexta-feira, das 14h às 21h30; sábado, das 12h às 23h59; domingo, das 12h às 20h / Acesso para cadeirantes / Ar-condicionado / Estacionamento do Shopping: R$ 14,00 (primeiras duas horas) / Venda de espetáculos para grupos e escolas: (11) 3661-5896, (11) 97628-4993 / Patrocínio do Teatro Folha: Folha de S.Paulo, Consigaz, Owens-llinois, Grupo Pro Security, CCRR e Greif.

Sobre a Conteúdo Teatral: O grupo empresarial paulista Conteúdo Teatral atua há mais de quinze anos em duas vertentes: gestão de salas de espaços e produção de espetáculos. Como gestora é responsável pela operação do Teatro Folha, no Shopping Pátio Higienópolis, com direção artística e comercial de Isser Korik, programando espetáculos para temporada em regime de coprodução. No período de atuação a empresa soma mais de 2 milhões de espectadores. Como produtora de espetáculos, viabilizou dezenas de peças, como “Gata Borralheira”, “O Grande Inimigo”, “Os Saltimbancos”, “A Pequena Sereia”, “Grandes Pequeninos”, “Branca de Neve e os Sete Anões”, “A Cigarra e a Formiga”, “Cinderela” e “Chapeuzinho Vermelho” para as crianças. Para os adultos foram realizadas, entre outras montagens, “A Minha Primeira Vez”, “Os Sete Gatinhos”, “O Estrangeiro”, “Senhoras e Senhores”, “O Dia que Raptaram o Papa”, “E o Vento Não Levou”, “Equus” a trilogia “Enquanto Isso...”, além de projetos de humor – como “Nunca Se Sábado...” e “IMPROVISORAMA” – Festival Nacional de Improvisação Teatral. Em parceria com Moeller e Botelho produziu os Musicais “Um Violinista no Telhado”, “Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos”, “Nine – Um Musical Felliniano” e “Beatles num Céu de Diamantes”.

domingo, 23 de agosto de 2020

.: #ResenhaRápida: Rodrigo Miallaret, talento do teatro musical


Por Helder Moraes Miranda e Mary Ellen Farias dos Santos, editores do ResenhandoPróximo desafio de Rodrigo Miallaret é estrelar, no período pós-pandemia, a superprodução musical "Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate". Fotos: Osmar Lucas

Com quase 20 anos de carreira nos grandes musicais, o ator, cantor, diretor e dublador Rodrigo Miallaret é um artista multifacetado. Ele se prepara para estrelar, pós-pandemia, a superprodução musical "Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate" no papel do Vovô Joe. Foi em Belo Horizonte que ele descobriu a conexão com a arte, ao conhecer e fazer parte do Grupo Folclórico Aruanda.

Vários musicais fazem parte da trajetória artística deste talentoso intérprete, como "A Bela e a Fera", "O Fantasma da Ópera", "Sítio do Picapau Amarelo - O Musical" , “Jekyll & Hyde – O Médico e o Monstro”, "Crazy For You", "We Will Rock You", "A Era do Rock"’, "Castelo Rá-Tim-Bum – O Musical", e "Forever Young". No cinema, Miallaret emprestou a voz a dublagens conhecidas, como Maurice, o pai de Bela, na versão live-action da animação "A Bela e a Fera" da Disney.  Também foi o Sultão, pai de Jasmine no live-action de "Aladdin", e mais recentemente como o Scar, o vilão de "O Rei Leão", na última versão desse clássico do cinema.

Miallaret começou o ano se preparando para dar vida ao carismático Vovô Joe, personagem de destaque na clássica história de "Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate", baseada no conto de Roald Dahl, que há mais de 50 anos conquistou o mundo a partir das adaptações cinematográficas que inspirou. É o personagem de Miallaret quem acompanha o neto Charlie Bucket, ganhador de um bilhete dourado, em uma visita à excêntrica Fábrica de Willy Wonka, o que torna para ele, fã da obra e chocólatra assumido, mais especial.

“Assisti aos dois filmes, mas tenho uma maior identificação com o primeiro, de 1971, que assisti na infância e me apaixonei. Lembro de quando assistia com minha mãe e via aquelas delícias do filme, da vontade que sentia de comer chocolate (risos), lembra. “O Vovô Joe é um eterno sonhador, que vê mágica nas coisas, assim como seu neto. E ele é uma delícia de avô, daqueles que dá vontade de levar para casa. Tenho duas músicas deliciosas, uma delas dividida com o Charlie, e sei que será um espetáculo com muitas surpresas, muita magia, como a história que já conhecemos”, completa. Enquanto todos esperam a realização de "Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate", é possível conhecer um pouco mais sobre este intérprete maravilhoso e cheio de talento em uma entrevista exclusiva e imprevisível.

#ResenhaRápida com Rodrigo Miallaret

Nome: Rodrigo Miallaret.
Apelidos: Miala, Bada.
Data de nascimento: 10 de abril de 1965.
Altura: 1,78m.
Qualidade: generosidade. 
Defeito: compulsivo.
Signo: áries.
Ascendente: câncer.
Uma mania: sentir o cheiro.
Religião: Deus.
Time: o elenco.
Amor: necessário.
Sexo: adoro.
Mulher bonita: Vera Fischer.
Homem bonito: Brad Pitt.
Família é: tudo.
Ídolo: Chico Buarque de Holanda.
Inspiração: várias.
Arte é: vida.
Brasil: complicado.
Fé: sempre.
Deus é: sensacional.
Política é: chata.
Hobby: cozinhar.
Lugar: Londres.
O que não pode faltar na geladeira: comida (!!)
Prato predileto: frango.
Sobremesa: sorvete de chocolate.
Fruta: goiaba.
Bebida favorita: água.
Cor favorita: preto.
Medo de: altura.
Uma peça de teatro: "Les Misérables".
Um show: Elton John.
Um ator: Raul Cortez.
Uma atriz: Fernanda Montenegro.
Um cantor: George Michael.
Uma cantora: Zizi Possi.
Um escritor: Monteiro Lobato.
Uma escritora: Agatha Christie.
Um filme: "Amadeus". Compre neste link.
Um livro: "Reinações de Narizinho", de Monteiro Lobato. Compre neste link.
Uma música: "Desenredo", de Edu Lobo.
Um disco: (qualquer um) do Chico (Buarque).
Um personagem: o atual (sempre).
Uma novela: "Que Rei Sou Eu?", de Cassiano Gabus Mendes.
Uma série: "O Método Kominsky" (Netflix).
Um programa de TV: "Chico City" (Globo, anos 90). Compre neste link.
Indique um site: A Broadway É Aqui!.
Indique um canal no YouTube: Receitas de Pai.
Uma saudade: meu pai.
Algo que me irrita: contabilidade.
Algo que me deixa feliz é: o palco.
Quem levaria para uma ilha deserta? Arthur (meu cachorro). São as melhores companhias. 
Se pudesse ressuscitar qualquer pessoa do mundo seria... Minha Vó Edith. Precisava aproveitá-la mais. 
Não abro mão de: meu cantinho.
Do que abro mão: chatice.
Se tivesse que ser um bicho, eu seria: águia.
Ser homem hoje é: complexo.
O que seria se não tivesse sido ator: médico.
Ser ator é: ser vários.
Willie Wonka em uma palavra: volta!!!
Teatro em uma palavra: essencial.
Televisão em uma palavra: monitor.
Rodrigo Miallaret por Rodrigo Miallaret: "de boa".


domingo, 17 de fevereiro de 2019

.: "A Bela e a Fera – O Espetáculo Musical" se apresenta em São Paulo


A história marcada na literatura e no cinema ganha vida nos palcos ao apresentar ao público o amor de Bela e Fera por meio de uma releitura única do clássico conto de fadas. Com tecnologia de ponta, os cenários e figurinos originais inovam cada detalhe da montagem, com muita magia em cada cena, presente desde o vilarejo onde vive Bela até o luxuoso castelo de Fera e seus peculiares amigos.

A direção artística do musical é do ator, cantor e produtor Bruno Rizzo, que pensou em cada detalhe junto a uma equipe específica, a fim de que a megaprodução respeite as características do espetáculo original. A plateia viverá uma experiência única com uma trilha sonora que marcou gerações, interpretada inteiramente ao vivo, além de números coreográficos e efeitos especiais de luz e som.

"A Bela e a Fera – O Espetáculo Musical" se apresenta no Teatro Gazeta, em São Paulo, e no Clube Atlético Aramaçan, em Santo André, durante o último fim de semana de Fevereiro.

Serviço:
São Paulo
Teatro - Musical Infantil
23 de Fevereiro | Sábado às 17h00

Teatro Gazeta
Av. Paulista, 900 - Térreo - Próximo ao Metro Trianon – SP
Classificação: Livre

Inteira – R$ 100 + R$ 17 de taxa de serviço
Meia – R$ 50 + R$ 8,50 de taxa de serviço

Santo André
Teatro - Musical Infantil
24 de Fevereiro | Domingo às 16h00

Clube Atlético Aramaçan
Rua São Pedro, 345 – Santo André – São Paulo
Classificação: Livre

Inteira Setor Diamante – R$ 100 + R$ 17 de taxa de serviço
Inteira Setor Prata – R$ 70, + R$ 11,90 de taxa de serviço
Meia Setor Diamante – R$ 50 + R$ 8,50 de taxa de serviço
Meia Setor Prata – R$ 35 + R$ 5,95 de taxa de serviço
Onde Comprar: www.bilheteriaexpress.com.br

domingo, 11 de junho de 2023

.: Mariana Elisabetsky lança o primeiro livro "Seu Vô e a Baleia"


Com 30 anos de carreira no teatro, TV e cinema, Mariana Elisabetsky lança seu primeiro livro, o infantil Seu Vô e a Baleia, A atriz, cantora, dubladora e roteirista tem se destacado recentemente por assinar as versões brasileiras dos musicais "Wicked" e "Once" e do filme live-action "A Pequena Sereia", da Disney


Dona de uma carreira bem-sucedida no teatro, na música, na TV e no cinema, Mariana Elisabetsky tem se destacado nos últimos anos como atriz, apresentadora, manipuladora de bonecos, locutora, dubladora, roteirista e versionista/tradutora de musicais, séries de TV e filmes.

Agora, ela se prepara para estrear no universo da literatura ao lançar o livro infantil "Seu Vô e a Baleia" (editora Martins Fontes – selo Martins), com ilustrações de Valentina Fraiz. O evento acontece no dia 24 de junho, às 15h, na Livraria Martins Fontes – Jardins, seguido por um pocket show, às 16h.

"Seu Vô e a Baleia" conta a história de como o garoto Mundinho, filho e neto de pescadores, aprende a lidar com a morte de Seu Vô. O vazio deixado por ele ganha corpo de uma forma inesperada. Com o tempo, ele se lembra como sorrir e brincar e vai processando a perda até a dor virar saudade.

“O livro é um convite para as famílias falarem com as crianças sobre assuntos delicados como a perda, o luto, o vazio, e a saudade. O assunto não é fácil, mas necessário. E às vezes, achar uma maneira de dividir a perda é uma forma de dizer ‘Vamos ficar tristes juntos até a saudade virar outra coisa?’”, filosofa a autora.

Elisabetsky ainda conta que a história foi tomando a forma de um livro infantil quase que sem querer. “Comecei a escrever achando que era uma peça de teatro ou um roteiro audiovisual, mas, aos poucos, a história me contou que queria ser um livro. Me surpreendi, já que nunca havia escrito um livro antes. Mas deixei a narrativa me mostrar pra onde ela queria ir. Acho que o meu repertório teatral e minha experiência em roteiro ajudam a trazer um aspecto bem imagético ao livro. E, ainda que tenha nascido em forma de literatura, já consigo enxergar essa história sendo contada num curta de animação ou até em cima de um palco. Vai saber pra onde a onda leva...”.

Para ela, produzir cultura para crianças é expandir os olhares dos pequenos para além do imediato. “É nutrir a imaginação e a curiosidade; é arrancar essas gerações das telas e do conteúdo que já vem mastigado; é ajudar a formar leitores, escritores, plateias, consumidores de arte, ilustradores, diretores, roteiristas e contadores de histórias", completa.

E, para marcar o lançamento de "Seu Vô e a Baleia", a atriz e cantora ainda promete que, no evento, vão rolar pipoca para a criançada e uma apresentação no melhor estilo voz e violão de canções de Dorival Caymmi e Clara Nunes. Compre o livro "Seu Vô e a Baleia" neste link.

Mais sobre Mariana Elisabetsky
Mariana Elisabetsky
teve sua estreia nos palcos aos 13 anos e, desde então, integrou o elenco de “Estado de Sítio”, ”Boca de Ouro”, “Peer Gynt”, “Um Réquiem para Antonio”, todos dirigidos por Gabriel Villela. Além disso, fez parte dos elencos dos musicais “Mudança de Hábito”, “Godspell”, “Meu Amigo, Charlie Brown”, “Sitio do Picapau Amarelo”, “A Flauta Mágica”, “O Mágico de Oz”, “Pinocchio”, “Grease”, “Cazas de Cazuza”, “Pocket Broadway”, entre outros. 

Ela também integra o elenco fixo do projeto “Aprendiz de Maestro”, com diversas apresentações anuais na Sala São Paulo, nas quais atua e canta com orquestra, sob regência do Maestro João Maurício Galindo. Integrará o elenco da próxima edição, no dia 1° de Julho de 2023.

Dentre seus diversos créditos em televisão, apresentou durante três anos os programas “Turma da Cultura” e “Traquitana”, ambos na TV Cultura e atuou como manipuladora de bonecos nas séries “Igarapé Mágico” (TV Brasil) e “Rádio Zoo” (ZooMoo / Canal Futura – Globoplay). Além de fazer a voz original para séries brasileiras e dublar séries internacionais.

Foi responsável pela versão brasileira dos musicais “Once”, “Meu Amigo, Charlie Brown” (pelo qual recebeu o Prêmio Bibi Ferreira de melhor versão brasileira) e “RENT” (2016/2017). Em parceria com Victor Mühlethaler, versionou para o português os musicais “Charlie, A Fantástica Fábrica de Chocolate” (2021), “A Escola do Rock” (2019, versão vencedora do Prêmio Bibi Ferreira), “Billy Elliot” (2019, versão indicada ao Prêmio Bibi Ferreira), “Sunset Boulevard” (2019), “Cantando na Chuva” (2017, vencedor do Prêmio Bibi Ferreira), “A Pequena Sereia” (indicada ao Prêmio Bibi Ferreira) e “Wicked” (2016 e 2023, indicada ao Prêmio Bibi Ferreira, além de ter feito atualização do script de “O Fantasma da Ópera” para a montagem de 2018/2019. 

Fez supervisão de roteiro e escreveu letras para o musical original “O Pequeno Príncipe” (2022), colaborou no roteiro do musical “Dois Filhos de Francisco” (2018) e escreveu, em parceria com Daniela Cury, a dramaturgia do espetáculo infantil “Bento Batuca”, ganhador do Prêmio APCA de melhor espetáculo musical infantil de 2018. O texto também foi indicado ao Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem (antigo Prêmio Femsa).

Suas versões para cinema incluem os filmes “A Pequena Sereia” (live action da Disney), “Matilda” (Netflix), “Pinocchio” (Disney), “Pinocchio” (Netflix), “Encanto” (Disney), “Red, Crescer É Uma Fera”(Disney/Pixar), Ä Fera do Mar” (Netflix), “Próxima Parada: Lar Doce Lar (Netflix) , “Vivo” (Netflix), “Arlo, O Menino Jacaré” (Netflix), “Cruella”, “Soul” (Disney/Pixar), “A Dama e o Vagabundo”, “Mulan” (live action), “Frozen 2”, “O Rei Leão” (live action) “Aladdin” (live action), “O Retorno de Mary Poppins”, “Dumbo”, “Viva, a Vida É Uma Festa”, “Moana”, “A Bela e a Fera” (live action), “Carros 4”, “Christopher Robin”, “Ralph Wi-fi”, entre outros. Além de adaptar para o português as canções de mais de quarenta séries da Disney e dez séries da Netflix. Garanta o seu exemplar de "Seu Vô e a Baleia" neste link.

Serviço
Lançamento do livro "Seu Vô e a Baleia". Dia 24 de junho, às 15h | Pocket show: às 16h. Livraria Martins Fontes – Alameda Jaú, 1742, Jardins/São Paulo. Entrada grátis.  Editora: Martins Fontes – Selo Martins.

sábado, 21 de abril de 2018

.: Resenha crítica de "Peter Pan - O Musical da Broadway", no Teatro Alfa

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em abril de 2018


Revisitar um clássico universal para uma adaptação moderna é algo extremamente audacioso e até arriscado. Contudo, em "Peter Pan - O Musical da Broadway"há o encontro perfeito entre o texto consagrado de J. M. Barrie -publicado em 1904- com a produção contemporânea de ponta da Touché Entretenimento, a qual é endossada pelo talento de 32 atores e uma equipe extremamente sincronizada, desde a sonoplastia -incluindo a orquestra- a iluminação.

O espetáculo que está em cartaz no Teatro Alfa até o dia 15 de julho é impecável com a história do menino que se recusa a crescer. Indubitavelmente, a apresentação é belíssima pela riqueza de detalhes: desde os cenários notáveis aos figurinos de coloridos sóbrios balanceados com os de cores vibrantes. Com duração de quase três horas, nada sobra, inclusive o pó de pirlimpimpim. Em cena, o elemento completa o toque de fantasia, não somente por fazer Wendy (Bianca Tadini) e seus dois irmãos voarem pelo quarto e, na sequência, para a Terra do Nunca, mas por brilhar no chão durante os movimentos frenéticos de Peter Pan (Mateus Ribeiro), e até fazerem brilhar as roupas dos atores que esbarram no item mágico.



O Peter Pan faz de tudo no palco, interpretado pelo multitalentoso Mateus Ribeiro, que atua, canta, dança, sapateia, faz acrobacias e voa magistralmente. Seja pelo quarto das crianças Darling, nos lindos lugares da Terra do Nunca, em luta com o temível Capitão Gancho, brilhantemente interpretado por Daniel Boaventura e, por fim, por cima do público. Os voos de Peter Pan -interpretado por um homem, pela primeira vez- surpreendem, encantam e levam a plateia ao delírio, exteriorizando a emoção em aplausos e até assobios.

Boaventura é uma joia rara na produção, seja ao dar vida ao pai que pede pelo fim do barulho em casa ou ao encarnar o temível e hilário antagonista, Capitão Gancho, que só quer exterminar com o menino que voa. No estilo de seu vilão Gaston -da montagem "A Bela e a Fera", de 2002-, Daniel Boaventura encontra mais uma vez o mapa da mina ao dar leveza ao novo vilão infantil. Assim, dá um show de talento fazendo graça com algumas pitadas de maldade, inclusive na música "Valsa do Capitão" -que também lembra a música do antagonista de "A Bela e a Fera"Como não se arrepiar ao ouvir aquela voz grave e afinadíssima ralhando com os filhos e ainda cantando no palco? 

O hiper espetáculo dirigido por José Possi Neto, dá destaque para as personagens femininas, principalmente, ao talento de Bianca Tadini, na pele da sonhadora e apaixonada Wendy. A voz da atriz é um carinho na alma, assim como os duetos de Wendy e Peter. Outro destaque é a Sra. Darling (Maria Netto) que também encanta com a voz harmoniosa nas cenas em família. Por efeitos especiais, as aparições de Sininho -longe de ser chamada de Tinkerbell- mantém a ideia da fadinha provocativa e travessa que quer manter Wendy distante de Peter Pan. 


Foto: Leo Aversa

A índia Tiger Lily (Carol Botelho), moradora da Terra do Nunca, também é uma presença feminina marcante no palco, pois além de valente tem muita importância no número musical "Uga Uga", o qual é de fazer o queixo cair, com direito a explosão de sons e cores vibrantes. Entretanto, o ritmo ágil ganha força com a entrada dos meninos perdidos (Diego Martins, Matheus Paiva, Bernardo Berro, Bruno Boer, Fellipe Guadanuci e Vinicius Teixeira), assim como os índios e os piratas, "fieis escudeiros" do senhor Gancho.

Por outro lado, o toque de leveza nas cenas em família é dado pela grande cachorra Naná, cuidadosa, porém engraçadinha, apesar de todo o tamanho. Enquanto a cão e babá dá um show de fofura, o crocodilo high tech, equipamento mecânico que passeia pelo palco, dá o ar de desgraça ao Capitão Gancho, e a plateia se diverte.



De fato, assim como Mateus Ribeiro disse em entrevista ao portal Resenhando.com, "mesmo o público conhecendo a historia por meio dos filmes ou livros, aqui temos ainda as músicas, as danças... que são incríveis e surpreendentes. Fora isso tem toda a questão lúdica que vem à tona. Temos seis atores voando e outros efeitos, coisas que nunca vi em montagens brasileiras. Saímos do óbvio em vários sentidos, então não tem como ninguém saber o que vai de fato assistir até ir ao teatro." Imperdível!

O musical: Montagem brasileira de um clássico da Broadway, é um espetáculo dirigido por José Possi Neto, em uma produção da Touché Entretenimento, coprodução de Daniel Boaventura, apresentação do Ministério da Cultura e Bradesco Seguros, com patrocínio master do Bradesco e patrocínio Nestlé, Alelo, Multiplus e Multiplan. O espetáculo tem direção de movimento e coreografia de Alonso Barros, direção musical e regência de Carlos Bauzys, cenografia de Renato Theobaldo, figurinos de Thanara Shonardie, desenho de som de Gabriel D´Angelo, Efeitos especiais de Maze FX e efeitos de voo de ZFX Flying Effects.

Na Broadway: ‘Peter Pan’ chegou à Broadway em 1954, e venceu três Tony Awards, incluindo melhor ator (Cyril Ritchard, o Capitão Gancho) e atriz (Mary Martin), que interpretou Peter Pan, seguindo uma tradição de mulheres no papel-título do espetáculo. No Brasil, porém, a montagem escolheu um homem para viver Peter Pan. O musical é uma adaptação da peça de J. M. Barrie, de 1904, (que gerou também o livro ‘Peter e Wendy’). A música do original da Broadway é de Mark Charlap (com música adicional de Jule Styne) e a letra é de Carolyn Leigh (com letra adicional de Betty Comden e Adolph Green).

Espetáculo: Peter pan - O Musical da Broadway
Estreia: 08 de março
Temporada: até 15 de julho
Local: Teatro Alfa – Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722, Santo Amaro
Classificação etária: livre
Horários:
Quintas e sextas, às 20h30
Sábados, 16h e 20h
Domingos, 17h

Preços:
Quintas e sextas
Setor Premium – R$ 190,00
Setor VIP – R$ 160,00
Plateia – R$ 120,00
Balcão I – R$ 60,00
Balcão II- R$ 50,00

Sábados e domingos
Setor Premium – R$ 210,00
Setor VIP – R$ 180,00
Plateia – R$ 140,00
Balcão I – R$ 60,00
Balcão II- R$ 50,00

Vendas na bilheteria do teatro ou pelo ingresso rápido (www.ingressorapido.com.br)
Call center ingresso rápido: (11) 4003.1212
Bilheteria do Teatro Alfa: (11) 5693.4000 / 0300.789-3377
Horário da bilheteria:
Segunda a sábado: 11h às 19h
Domingo: 11h às 17h.
Visite: peterpanomusical.com.br/
Facebook: facebook.com/peterpanbroadway/

*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: 
@maryellenfsm




.: Entrevista com Mateus Ribeiro, o Peter Pan do Musical da Broadway




Algumas postagens no Instagram sobre o espetáculo 







Trechos de "Peter Pan - O Musical da Broadway", por Cena Musical





Trecho de "A Bela e a Fera" com Daniel Boaventura


*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura, licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos e formada em Pedagogia pela Universidade Cruzeiro do Sul. Twitter: @maryellenfsm
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