terça-feira, 2 de agosto de 2005

.: Resenha de "Revelando o Código Da Vinci", Martin Lunn

Estudo sobre O Código Da Vinci auxilia na leitura da obra de Dan Brown
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em agosto de 2005



Um livro que revolucionou o mercado editorial do século XXI. Sim, o livro de Dan Brown, "O Código Da Vinci", movimentou consideravelmente este mercado, tornando-se o maior fenômeno literário dos dias atuais, principalmente, por ser polêmico. Para explicar as contrariedades colocadas em O Código Da Vinci, Martin Lunn, escreveu "Revelando o Código Da Vinci", editado pela Madras, o qual abrange as áreas de história, religião e sociedades secretas.

A obra, que é um guia não-autorizado dos segredos da publicação de Brown, tem como assunto principal, algumas curiosidades sobre a linhagem de Cristo, a fonte da fortuna de Saunière, o cálice sagrado na Europa, o cilício, os evangelhos gnósticos, a abadia de Westminster, a ruína da Argélia, o homem virtruviano, o Santo Sudário, alguns supostos Grão-Mestres, sociedades secretas, a história do observatório do Vaticano e de Castel Gandolgo, entre outros.

Em um trecho sobre Mona Lisa, Lunn, explica: "O quadro foi pintado em óleo sobre madeira de álamo e comprado originalmente pelo rei da França por 4 mil ducados. Ela foi transferida para o Louvre depois da Revolução Francesa. Napoleão pegou-a e usou-a para decorar seu quarto até ser expulso da França, quando a pintura retornou ao Louvre. Originalmente, ela era muito maior. Os dois painéis que possuía mostravam dois pilares que revelavam que Mona Lisa estava sentada em um terraço".

Ao complementar a idéia sobre o quadro diz: "Existem vários  candidatos para a identidade de Mona Lisa. A sugestão de Dan Brown de que seja o próprio Leonardo vestido de mulher poderia até mesmo ser verdadeira. Testes gráficos de computador revelaram que existe uma forte ligação entre as características da Mona Lisa e aquelas do auto-retrato de Leonardo. Entretanto, acredita-se fortemente que a pintura tenha sido encomendada como um retrato de Madonna Lisa, a esposa de Francesco di Bartolomeo del Giocondo".

De fato, Revelando o Código Da Vinci, de Martin Lunn é um guia totalmente indicado para aqueles que já leram O Código Da Vinci ou que pretendem ter o livro que marcou esta nova geração de leitores. Além disto, a publicação adiciona mais um ponto de vista sobre a história contada por Brown, isto é, o autor de Revelando o Código Da Vinci, apenas tenta separar a realidade da ficção, sem tender mais para um lado do que para outro.

Contudo, a verdade é que em meio a tantas suposições, os escritores, os historiadores e os pesquisadores que resolveram dar a cara à tapa e interpretar o tema que Dan Brown pôs em discussão, colaboraram para o crescimento do movimento no meio editorial, pois surgiram muitos livros interessantes para a leitura. Viva a literatura que permite registrar a história permeando a criatividade de seus autores!

Livro: Revelando o Código Da Vinci
Autor: Martin Lunn
176 páginas
Editora: Madras

segunda-feira, 1 de agosto de 2005

.: Entrevista com Thalita Rebouças, escritora

"Gosto de tudo. Livros para rir, para chorar, biografias..." - Thalita Rebouças

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em agosto de 2005


Uma escritora com jeito moleca de ser e de narrar histórias publicadas em livros voltados para o público jovem. Sim, Thalita Rebouças, autora de Tudo por um Popstar, Tudo por um Namorado e o novíssimo, Fala Sério Mãe é a entrevistada do R.G. Conheça um pouco mais desta autora que tem uma alma jovem e gosta de ler o escritor de Portugal, José Saramago, que de acordo com ela, "é divino". Confira a entrevista!



RESENHANDO - O que a literatura representa em sua vida? 
THALITA REBOUÇAS - É a minha profissão, a carreira que escolhi para mim. Amo todos os processos da escrita, escrever, revisar, cortar palavras... Escrever é meu maior prazer.


RESENHANDO - Qual o sentimento de ter mais um livro publicado?
THALITA REBOUÇAS - Sentimento de vitória, de que vale a pena batalhar pelo nosso sonho.


RESENHANDO - Como surgiu a história de Tudo por Um Popstar?
THALITA REBOUÇAS - Eu queria um assunto atual, que retratasse o mundo hoje, e nada melhor do que fama, idolatria, celebridades fabricadas e as maluquices que os fãs fazem por seus ídolos. Além do mais, sempre que eu dava palestras em colégios, ouvia dos alunos perguntas do tipo: "Por que você não faz um livro sobre a Britney?" ou "Por que você não se inspira na vida do Eminem para escrever sobre um rapper?", e assim por diante. Em vez de dizer "Que mané Britney? Que mané Eminem?", pensei cá com os meus botões: "Essa galerinha está a fim de ler algo sobre fama, sobre fãs". Assim nasceu a idéia de escrever Tudo por um Pop Star. O livro fez tanto sucesso que agora estou lançando Tudo por um Namorado, com as mesmas personagens do Tudo por um Pop Star. Dessa vez, em vez de ídolos, elas têm um encontro marcado com a paixão. 


RESENHANDO - Por que "mergulhar" no universo jovem? Por que esta escolha?
THALITA REBOUÇAS - Eu tenho uma alma jovem, quando escrevo viro uma menina de 14 anos. Sem contar que acho muito nobre o papel do escritor infanto-juvenil, que forma o leitor de amanhã. Muitos adolescentes falam para mim que perderam a implicãncia com o hábito da leitura com meus livros. Não existe retorno melhor do que esse.


RESENHANDO - Você lia muito quando criança? 
THALITA REBOUÇAS - Eu lia e escrevia. Com dez anos fazia livros e grampeava e ilustrava. 


RESENHANDO - Como e quando começou a escrever? O que escrevia? Por que? 
THALITA REBOUÇAS - Com dez anos, porque eu sempre gostei de inventar histórias, eu sou aquela que adora contar um conto aumentando um ponto, sabe?


RESENHANDO - Na leitura, qual o seu estilo preferido? 
THALITA REBOUÇAS - Gosto de tudo. Livros para rir, para chorar, biografias...


RESENHANDO - Há alguma obra em especial que tenha marcado um momento importante da sua vida? Qual? Por que?
THALITA REBOUÇAS - Ensaio sobre a Cegueira, do Saramago, me marcou muito. Mexeu profundamente comigo, li num momento delicado da minha vida e essa leitura me ajudou muito, foi quase uma terapia. Sem contar o prazer que eu tenho ao ler Saramago. Ele é divino!


RESENHANDO - Que nomes da literatura lhe influenciaram na escrita? 
THALITA REBOUÇAS - O dia em que fiquei com vontade de escrever profissionalmente foi o dia em que terminei de ler Feliz Ano Velho, do Marcelo Rubens Paiva. Eu devia ter uns 14, 15 anos. Adorei a narrativa coloquial do livro, da maneira como a história é contada. Apesar de ser uma história triste ele narra com muito humor, que é o elemento principal dos meus livros. Também admiro muito João Ubaldo Ribeiro e Fernando Sabino.


RESENHANDO - Na sua opinião, há interferência entre o que o escritor vive com o que escreve? Porque?
THALITA REBOUÇAS - Sempre. Eu sempre acabo botando nos livros experiências que eu vivi. Não conseguiria fazer de outra forma.


RESENHANDO - Como você, vários bons autores brasileiros, conhecidos ou não, têm lançado obras fictícias. Este é um mercado, portanto, em expansão. Você acha que ainda existe, por parte do mercado mais do que do público leitor, preconceito contra quem escreve nesse gênero? Por que?
THALITA REBOUÇAS - Acho que não. As pessoas adoram ler ficção. Taí o Código da Vinci, cujo sucesso não me deixa mentir. 


RESENHANDO - Entre os novos escritores, qual nome destaca? Porque?
THALITA REBOUÇAS - Posso opinar sobre a minha praia, que é literatura infanto-juvenil. A Angélica Lopes (www.angelicalopes.com.br) é ótima, tem uma maneira de escrever muito gostosa, prende o leitor até a última linha. Outro de quem gosto muito é Fábio Sombra, que mistura literatura de cordel com ficção, é um cara muito talentoso.



PING-PONG:

Gosto de: sol
Detesto: dia de chuva
Vivo por: escrever
Meus escritores favoritos são: João Ubaldo Ribeiro, Fernando Sabino, Gabriel García Marquez, Saramago.
Escrevo por: prazer
Mensagem para o público: leiam sempre.

.: Resenha de "A Princesa de Rosa-Shocking", Meg Cabot

A amizade ultrapassando as barreiras dos anos
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em agosto de 2005


Em "A Princesa de Rosa-Shocking", de Meg Cabot, editado pela Record, quinto livro que surgiu a partir de O Diário da Princesa, temos mais momentos de ansiedade e comédia com uma princesinha que já fez muitas das suas estripulias, até mesmo no cinema, com as adaptações para o cinema. Após ganhar um namorado, um padrasto e algumas obrigações para com o povo de Genovia, Mia Thermopolis, enfrenta novos problemas: ela quer ser convidada para a festa de formatura de Michael, seu namorado. 

Já que o convite demora para ser feito, ela pensa que este será dado como presente de aniversário. Sim. A nossa companheira de confusões escritas em diários, está completando 15 anos e em sua lista de presentes estão muitas coisas das mais variadas, desde o fim da fome no mundo ao convite de Michael Moscovitz para a festa de formatura do último ano.

Seus problemas cotidianos de princesa são múltiplos e tornam-se de conhecimento do leitor durante um conversa entre ela e sua melhor amiga, Lilly Moscovitz, irmã do amor eterno de Mia, durante a aula. "Lilly, CALA A BOCA! Estou estressada demais neste momento. Quer dizer, amanhã é meu aniversário de 15 anos, e ainda estou muito longe de alcançar a auto-atualização. Nada dá certo na minha vida: meu pai insiste para que eu passe as férias de julho e agosto com ele em Genovia; minha vida em casa é completamente insatisfatória, isso sem falar na minha mãe grávida que não pára de falar da bexiga e da idéia fica que ela enfiou na cabeça de dar à luz ao meu futuro irmão ou irmã em casa, no SÓTÃO, só com uma parteira - uma parteira! - para ajudar; meu namorado está se formando no ensino médio e vai começar a faculdade, onde vai ser constantemente colocado na presença de colegas de peito grande e blusas pretas de gola alta que gostam de falar sobre Kant; e a minha melhor amiga parece não conseguir entender que a festa de formatura é importante para mim!!!!!!!!!!!".

Com tantas dificuldades assim, Mia descobre que a vida de uma princesa não é nada fácil, principalmente tendo uma avó como Grandmère por perto, sempre com o seu cãozinho Rommel para aumentar ainda mais os seus problemas. A bela princesa de Genovia, mas sem peitos, ganha muitos presentes em seu aniversário e tem a confirmação de que Michael a ama muito. Mas será que entre tantos presentes está o seu objeto de desejo? O mais interessante de tudo é a forma e o momento em que este tal convite para a formatura de Michael acontece.

O livro, traduzido por Ana Ban, mantém a linguagem descolada e engraçada de Meg Cabot. A maior diferença deste livro para os outros está na quantidade de páginas, que aumentou discretamente. Creio que mesmo os preguiçosos de plantão não irão hesitar em devorar esta história, mesmo porque a história é envolvente e todos querem saber como é a vida de uma princesa, mesmo que ela seja do mundo da ficção.

Livro: A Princesa de Rosa-Shocking
Título Original: Princess in Pink
Autora: Meg Cabot
300 páginas
Ano: 2005
Tradução: Ana Ban
Editora: Record

terça-feira, 12 de julho de 2005

.: Resenha de "Duas Amigas", Roseana Murray

A amizade ultrapassando as barreiras dos anos
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em julho de 2005


A força da verdadeira amizade ultrapassando obstáculos. "Duas Amigas", de Roseana Murray, é uma obra infantil, que, em forma de poesia, ensina as crianças, com idade média de 9 anos, a conhecer os seus sentimentos, assim como a distância, as despedidas, o crescimento e as lembranças da infância.

Toda a história, contada em poesia, é sobre a amizade de Ana e Rita. As duas, viviam lado a lado num mesmo quintal, espaço o qual inventavam o mundo, "uma vez uma fada, / uma vez uma bruxa". O sentimento de união das amigas é tão forte que "parece até que nasceram juntas, / quando uma se demora, / a outra fica aflita".

Apesar de a história das amigas Ana e Rita ser contada em versos livres, o texto propicia a discussão de valores da amizade. "Nenhuma novidade dura mais / do que um segundo, / as duas repartindo tudo: / pedras, caracóis, espelhos, / pedaços de silêncio, / o céu e a terra...". Entretanto, as duas separam-se, pois "a casa de Ana foi virando pacote [...] Ana ia de mudança para outro país"

A beleza da obra publicada pela editora Paulus, não está somente na história de Roseana Murray, mas também nas ilustrações de Andréia Resende, que retratam cada etapa da amizade das duas garotinhas, que vão crescendo, crescendo, até que um dia tornam-se mulheres. A amizade? Nunca termina. Seja em reencontros ou por meio de cartas, a duas são amigas para sempre.

Duas Amigas é um livro acessível, desde a facilidade da compreensão da escrita ou pelo preço que é de R$ 14,00. Em papel acetinado, o que também facilita o manuseio dos pequenos, o livro pode ser muito utilizado em sala de aula. As atividades podem abordar a amizade, causando uma discussão entre as crianças sobre seus amiguinhos. A função social da carta, também pode ser explicada aos pequenos que tanto tem acesso à moderna internet, senão mesmo, e-mails, o que afastou grande parte da população do mundo do uso de cartas. 

Para despertar o interesse de envio de cartas, é interessante ensinar a estrutura da carta. Feito isto, as crianças podem preencher os envelopes, comprar selos e enviá-la a um remetente. Outra atividade estimulante aos pequenos que pode ser realizado em sala de aula é uma discussão sobre a despedida de amigos que tenham ido morar em lugares distantes. 

Explique a importância do relacionamento entre as crianças e descubra o valor de uma grande amizade!

Livro: Duas Amigas
Autora: Roseana Murray
Ilustrações: Andréia Resende
16 páginas
Editora: Paulus

segunda-feira, 11 de julho de 2005

.: Resenha de "Perdoar: É Melhor Para o Coração"

O perdão para os pequenos
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em julho de 2005


De acordo com o Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa, da Editora Scipione, perdão é a remissão de faltas, culpas, crimes. Para um adulto, a compreensão desta definição é simples, mas para uma criança, certamente, não. "Perdoar: É Melhor Para o Coração", de Carol Ann Morrow e ilustrações R. W. Alley, da editora Paulus, tem esta missão super interessante, isto é, explicar o que é perdão de maneira atrativa e envolvente para as crianças.

Na apresentação da obra infantil, Morrow, deixa uma mensagem para os pais, os professores e outros adultos interessados em ajudar. "Sempre ouvimos a expressão: 'perdoar e esquecer'. No entanto, o preceito real para este mundo é 'lembrar e perdoar'. O objetivo deste livro é ajudá-lo a guiar suas crianças nesse preceito verdadeiro. Não significa permitir a aceitar injustiças, violência ou abusos. [...] O perdão dá um passo a mais. Livra-se da necessidade da vingança. Perdoar é crer que a pessoa é mais que uma ação singular - principalmente ações que causam dor e tristeza".

O livro ilustrado, que faz parte da coleção Terapia Infantil, ensina aos pequenos a lidar com as dificuldades da vida, como por exemplo, a perdoar, seja a um amiguinho que não o escolheu para o seu time ou seja a como agir quando alguém o magoa, mesmo porque a falta de perdão pode gerar grandes confusões, ou até guerras.

Perdoar: É Melhor Para o Coração mostra que seu coração é inteligente e que permite perdoar, sempre, pois perdoar é doar, mas não significa que nada aconteceu. O perdão abre o coração daquele que perdoa, é como uma libertação, mesmo porque insistir na mágoa faz alguém sofrer: você! Não é bom sofrer, principalmente porque sentimentos vem e vão.

No capítulo final, Viver em um mundo que perdoa, ensina-se aos pequenos que "existem lugares no mundo onde ninguém será o primeiro a perdoar. Por isso as pessoas continuarão brigando umas com as outras. / O mundo é feito de países. Países são feitos de Estados. Estados são feitos de cidades, que são feitas de bairro. E bairros são feitos de vizinhos, que são pessoas como você. / Quando perdoa, você traz paz ao seu coração e para aqueles que estão à sua volta. Se cada um em cada bairro perdoasse sempre, nós poderíamos acabar com as brigas e as guerras. Perdoe... e ajude a trazer paz para o mundo".

A coleção Terapia Infantil tem como objetivo auxiliar as crianças a lidar com vários temas difíceis. De uma maneira, simples e inteligente, são relatados vários assuntos como medo, perdão, tristeza, morte, religião, amizade e escola. Os livros contam com conselhos e reflexões que ajudam os pequenos a crescer sem dificuldades superando suas crises. Cada um dos dezesseis volumes abordam um tema, estes por sua vez, explicam o motivo que deixam os pequenos em crise.

Livro: Perdoar: É Melhor Para o Coração
Autora: Carol Ann Morrow
Coleção: Terapia Infantil
Ilustrações: R. W. Alley
32 páginas
Editora: Paulus

domingo, 10 de julho de 2005

.: Livros para esquentar as férias de inverno 2005

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em julho de 2005


A leitura é o melhor exercício para o cérebro. Pensando nisso e no friozinho de julho, nós do Resenhando.com, decidimos trazer dicas de leitura para as férias de inverno deste ano. 

Uma obra que não foi escrita recente, mas é boa pedida, para este friozinho e dias chuvosos é "Drácula", de Bram Stocker. Vampiros em busca de sangue, lobos ensandecidos e noites perturbadoras da história, certamente irão esquentar as suas férias. (Ediouro, 400 páginas).

Outra história bastante apimentada está em "Uma Questão de Honra - O Mordomo de Lady Di conta toda a verdade", escrito por Paul Burrell. Algumas fofoquinhas sobre a princesa Diana Spencer, Lady Di, uma das personagens mais conhecidas da história da civilização moderna, são "contadas" pelo seu mordomo-amigo, Paul Burrell. Além das historinhas, o livro, conta com ilustrações coloridas, da princesa e sua família. (Ediouro, 412 páginas).

Para esquentar bastante neste inverno, a sugestão é conferir o livro "Revelando o Código Da Vinci", de Martin Lunn. A publicação é um guia não autorizado dos segredos da obra de Dan Brown, "O Código Da Vinci". No entanto, a obra do historiador mostra a verdade por trás da pesquisa de Brown. O livro, dividido em treze capítulos, apresenta também um interessante glossário nas últimas páginas. (Madras, 176 páginas)

Julho também é um mês para (re)estudar o conteúdo aprendido no primeiro semestre escolar. Por esse motivo, "Pequeno Guia da Literatura Universal", de Luiz Carlos Lisboa é um livro totalmente indicado para a leitura das férias de meio do ano. Por que? Porque é um manual de obras literárias, isto é, este livro encaminha o leitor para outras obras, por meio de resumos, como, "Assim Falava Zaratrusta" e "Romeu e Julieta". (Forense Universitária, 400 páginas).

Já os fãs de romances podem (e devem) conferir as obras do saudoso romancista brasileiro José de Alencar. Dentre as publicações dele estão "Senhora", "A Viuvinha", "A Pata da Gazela", "As Minas de Prata", "O Guarani", "Lucíola", "Diva", "Cinco minutos", "O Gaúcho" entre outros. A história de cada um deles? É envolvente, tendo sempre como pano de fundo, senão o destaque da obra, uma linda história de amor, cheia de idas e vindas, como finais nem sempre felizes, mas que garantem a diversão de seus últimos dias de férias. O texto integral tem edição da Ática, já o texto condensado por ser encontrado nas publicações da Ridell. Aproveite!

sábado, 9 de julho de 2005

.: Resenha de "Lucíola e Diva", José de Alencar

Duas mulheres com vidas completamente opostas
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em julho de 2005


Mulheres de muita atitude que amam e lutam pelo que desejam. Este é o perfil geral das personagens principais das obras "Lucíola e Diva", de José de Alencar. Em Lucíola temos Maria da Glória uma jovem sonhadora que se vê diante de um grande problema: salvar a família com febre amarela. Para tanto, ela prostitui-se. O pai, ao melhorar de saúde, descobre a origem do dinheiro e a coloca na rua.

Após ser expulsa de casa, ela continua na vida promíscua. Ao perder uma amiga de trabalho, troca de nome, e passa a chamar-se Lúcia e a amiga que morreu "passa" a chamar-se Maria da Glória. Apesar das dificuldades de sua profissão, Lúcia, apaixona-se por Paulo, homem que a vê na corte como uma moça virgem. 

Ao ficar ciente da vida que Lúcia leva, eles vivem um caso, cheio de altos e baixos. Até que ela conta a sua verdadeira história. Ele descobre que ela tem problemas de saúde, coração. Lucíola tem uma narrativa completa e cheia de revelações, isto é, com vários ápices que permitem uma leitura fluente, transportando então, o leitor ao universo da mulher que prostitui-se, caí no mal, mas tem a sua redenção no amor, a purificação para todos os males, um pensamento bastante romântico.

Já em Diva, José de Alencar, tem um narrador, Amaral, que conta toda as suas aventuras romanescas com Emília, para Paulo. Sim, o personagem que Lúcia amou, em Lucíola. A história do médico Amaral e Mila é apresentada por Paulo. "Foi em março de 1856. Havia dois meses que eu tinha perdido a minha Lúcia. Sentia a necessidade de dar ao calor da família uma nova têmpera à minha alma usada pela dor. Parti para o Recife. A bordo encontrei o Dr. Amaral, que vira algumas vezes nas melhores salas da Corte. Formado em medicina, ela ia a paris fazer o estádio quase obrigatório dos jovens médicos brasileiros. [...] Um belo dia recebi uma carta de Amaral; envolvia um volumoso manuscrito, que é o que lhe envio agora, um retrato ao natural, a que a senhora dará como ao outro, a graciosa moldura".

Amaral, moço de vinte e três anos, negro apaixona-se por Emília, moça rica que não era muito provida de beleza, mesmo porque, a sua prima Júlia, a chamava de "esguicho de gente". Contudo, os anos passaram-se, aquela que era feia, tornou-se a bela dos salões, uma verdadeira beldade. "Quando aos dezoito anos ela pôs o remate a esse primor de escultura viva e poliu a estátua de sua beleza, havia atingido ao sublime da arte. Podia então, e devia, ter o nobre orgulho do gênio criador. Ela criara o ideal da Vênus moderna, a diva dos salões". O amor interracial é concluído? Não vale a pena responder, pois é mais do que certo de que a obra merece ser contemplada. Portanto, aproveite!

As obras que contam com textos condensados por Celso Leopoldo Pagnan não perdem a riqueza das obras de texto integral escritas por José de Alencar. O interessante da publicação são os rodapés que explicam o significado das palavras. Um exemplo está na página 67, de Diva. "Augusto: grandioso, imperioso / Paulo: é o narrador de Lucíola / Maçada: aborrecimento / Diva: beldade, mulher formosa". Além deste rodapé informativo, nas duas últimas páginas, o livro conta com a biografia do autor e um roteiro de leitura para cada um dos livros.

Livro: Lucíola e Diva
Autor: José de Alencar (texto condensado por Celso Leopoldo Pagnan)
100 páginas
Editora: Rideel

sexta-feira, 8 de julho de 2005

.: Resenha de "A Casa da Mãe Joana 2", Reinaldo Pimenta

O segundo é ainda mais curioso
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em julho de 2005


O projeto de dar continuidade ao livro "A Casa da Mãe Joana", de Reinaldo Pimenta, lançado em 2002, pela Editora Campus, foi adiante e deu origem a "A Casa da Mãe Joana 2 - Mais curiosidades nas origens das palavras, frases e marcas", ainda mais engraçado e curioso que o primeiro volume.

Reinaldo Pimenta já é cômico na apresentação da obra: "Alguns dias depois do lançamento de A Casa da Mãe Joana, meu editor me chamou (ele sorria, lembro-me bem) para dizer que tinha duas notícias: uma boa e outra ruim. A notícia boa era que a editora tinha definido um novo projeto: A Casa da Mãe Joana 2. A notícia ruim era que o autor seria eu. Até hoje estou seguro quanto à intenção da segunda frase, mas, por via das dúvidas, resolvi ensinar-lhes uma lição e energicamente me empenhar para que a segunda casa saísse melhor que a primeira".

O humor de Pimenta está em cada palavra que é desmistificada. Como no primeiro livro, traz as curiosidades em ordem alfabética, além de ilustrações, a diferença é que a "pimenta" de seu autor está ainda mais saborosa para o leitor. Uma novidade que abrange os dois volumes publicados é o índice analítico com verbetes em ordem alfabética.

"Cada palavra remete ao seu respectivo verbete ou ao verbete em cujo interior aparece a palavra, em negrito, com sua etimologia. O número após o verbete indica a obra em que ele se encontra", explica o autor no índice analítico.

As curiosidades são das mais variadas, mesmo porque no livro há uma frase de Rubem Fonseca: "Nada temos a temer, exceto as palavras". Entre as curiosidades estão xumbrega, banana, cacareco e espaguete.

Cacareco é mais usado no plural e significa coisa velha, de pouco calor. A palavra é resultado do cruzamento de duas outras com o mesmo sentido de objeto insignificante: cacaréu e tareco. Cacaréu se formou de caco + -aréu, terminação que significa aumento, coleção (como em fogaréu). Tareco veio do árabe tarayk (coisa de pouco valor) e popularmente virou treco.

Já funcionário tem origem francesa e originalmente quer dizer aquele que tem uma função. Em princípio, todo funcionário funciona. Se não funciona, não é funcionário. Xumbrega é algo de má qualidade, mas a sua origem tem uma longa história que vale a pena conferir diretamente no livro.

Algo que muito falamos diariamente (ou quase sempre) é "sangria desatada". Mas o que na realidade quer dizer? Reinaldo Pimenta explica na página 196 que "sangria veio do espanhol, sangria, sangramento. Desatada é o particípio do verbo desatar, livrar, que veio de des - + atar. Uma sangria desatada é um sangramento descontrolado que exige cuidados imediatos. Quando se diz que alguma coisa não é nenhuma sangria desatada, significa que ela não requer cuidados ou providências urgentes".

Já espaguete tem origem italiana, do plural de spagheto que é diminutivo de spago, barbante. Portanto em português temos barbantinhos. Além dessas curiosidades totalmente curiosas o livro mostra a origem de outras palavras e termos, como por exemplo: a dar com pau, tapa-sexo, lero-lero,  alê, banana, golfinho, marca-passo, da pá virada, entre outros. Em A Casa da Mãe Joana 2 o leitor irá saber porque quem dirige mal é barbeiro e porque o Rio de Janeiro não é um rio, além de muitos outros significados. Seja bem-vindo à esta casa cheia de revelações a fazer. Não perca!

Livro: A Casa da Mãe Joana 2 - Mais curiosidades nas origens das palavras, frases e marcas
Autor: Reinaldo Pimenta
268 páginas
Editora: Campus

quinta-feira, 7 de julho de 2005

.: Resenha de "Princesas Apaixonadas"

Os amores das princesas Bela, Jasmine e Ariel
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em julho de 2005


"Princesas Apaixonadas" traz muito amor e ternura, além de todo o encanto e magia das personagens Disney que são descritos em rimas. A publicação da Editora Melhoramentos, totaliza 24 páginas para contar a história de amor das princesas Bela (A Bela e a Fera), Ariel (A Pequena Sereia) e Jasmine (Aladdin).

Em Bela salvou a Fera o eu-lírico da poesia conta como Bela conheceu Fera, isto é, ela que gosta de livro, tem o pai preso no castelo de Fera, em troca o pai liberta-se e ela torna-se sua prisioneira. Após tantos prisioneiros, quem é liberto (de um encanto) é a Fera e torna-se em um lindo príncipe.

Em O Sonho da Pequena Sereia é a vez da história da princesa do fundo do mar, e, posteriormente, da cidade do príncipe Eric: Ariel. "Ariel, a sereiazinha,/ era filha do rei Tritão, [...] Ariel se tornou humana, mas Úrsula, malvada a enganou./ O mar faz a bruxa morrer/ e o príncipe desmaiar./ E Tritão viu que os que se amam/ ninguém poderá separar."

A história de amor entre Aladdin e Jasmine é contada em Jasmine conheceu Aladdin. Nesta poesia há uma rima encantada em que Aladdin salva a princesa de uma tremenda confusão, e por fim, ele apaixona-se por ela.

Mergulhe no mundo das Princesas Apaixonadas e viva as desventuras dos romances mais famosos dos contos de fadas chegam em forma de versos, com várias ilustrações. Pertença a este universo 'cor-de-rosa' e todo mágico de amor e paixão. Não esqueça de preparar o seu coração: as princesas estão apaixonadas.

Livro: Princesas Apaixonadas
24 páginas
Editora: Melhoramentos

quarta-feira, 6 de julho de 2005

.: Resenha de "Contos de Enganar a Morte", Ricardo Azevedo

Brincando de iludir a morte
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em julho de 2005


"Bater as botas", ou se preferir ,"Partir desta para melhor". As formas para referir-se à morte podem variar, mas o sentimento de medo desta é o mesmo. Em contraponto, este assunto que aflige a muitas pessoas é tratado de maneira inteligente, em "Contos de Enganar a Morte", de Ricardo Azevedo, isto é, o livro publicado pela Ática traz contos que ensinam a enganar a morte. 

Neste 15º livro sobre folclore brasileiro de autoria de Ricardo Azevedo, há uma conversa entre leitor e escritor. Este diálogo faz com que a leitura da obra aconteça de maneira descontraída, ainda mais quando trata de um assunto um tanto que "pavoroso". A obra que prende a atenção do leitor, do início ao fim, conta com uma narrativa simples e objetiva, talvez, aí esteja o segredo do texto agradável de Azevedo.

O livro ilustrado pelo próprio autor, traz quatro contos populares sobre a "hora de esticar as canelas". Na primeira história, O Homem que Enxergava a Morte, há um homem pobre que de tão pobre, um dia, inconformado com tanta miséria, convida a Morte para ser a madrinha de seu sétimo filho. A madrinha do menino faz do homem pobre, um médico famoso. Um dia, a madrinha chega para levá-lo.

Em O Último Dia na Vida do Ferreiro há um rapaz forte que sonhava ser muito rico. A morte? Esta, só esperava um belo dia para pegá-lo. O ferreiro, muito esperto, usou de suas artimanhas e fez a morte de boba. No terceiro conto, O Moço que não queria Morrer, é a vez da história de um jovem viajante que andava pelas estradas do mundo. Até que um dia teve um encontro com a morte. Por achar injusta a sua morte, ele sai em busca de um lugar em que a morte não o possa encontrar.

No último conto, A Quase Morte de Zé Malandro, há um rapaz que gostava de passar a vida zanzando ou deitado na rede. Um dia, ele recebe um velho viajante que bate à sua porta e pede alimento. Zé, muito bondoso, não nega comida. Em retribuição, o velhinho lhe concede quatro pedidos, que acabam tornando-se muito úteis para ele.

Os quatro contos são excelentes e a maneira da escrita de Ricardo Azevedo utiliza um tom cômico, o que certamente, agrada aos leitores de bom humor. Por esse motivo, humanos bem-humorados e mal-humorados, a dica é: "Não é preciso se preocupar com a morte. Ela é garantida e ninguém vai ser bobo de querer roubá-la da gente". O importante é cuidar da vida, que é boa, bela, rica, preciosa, porém frágil. Ela sim, pode ser roubada.

AUTOR: Ricardo José Duff Azevedo é escritor e desenhista. Não pratica esportes radicais, não é empresário, nem sociólogo, nem muito menos filiado a nenhum partido político. Para saber mais, acesse: www.ricardoazevedo.com.br

Livro: Contos de Enganar a Morte
Autor: Ricardo Azevedo
62 páginas
Editora: Ática

segunda-feira, 4 de julho de 2005

.: Resenha de "O Livro dos Vampiros: A Enciclopédia dos Mortos-Vivos", J. Gordon Melton

O outro lado da morte
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em julho de 2005


Antigamente era exótico falar sobre vampiros, além de ser algo de interesse para apenas um pequeno grupo de entusiastas. No entanto, em pleno século XXI, o assunto está tão popularizado (senão ridicularizado com certas produções a respeito) que até crianças querem ser vampiros. "O Livro dos Vampiros: A Enciclopédia dos Mortos-Vivos", de J. Gordon Melton, publicado pela M. Books vai muito além, pois em uma edição luxuosa conta tudo deste mundo dark de maneira simples e até didática.

Este livro não é somente para ser lido, mas para ter em casa para consultas das mais variadas, até mesmo escolares por ter um cunho histórico nos seus itens também, além de trazer curiosidades sobre temas relacionados a vampiros em ordem alfabética como: Chupa-cabras, Drácula, Estacas, Poderes Hipnóticos, Presas, Vampiros e os Ciganos, entre outros, desde Ackerman, Forreste James (1916 -) a Youngson, Jeanne Keyes. Exatamente como em um dicionário enciclopédico ilustrado, sendo que este conta com um toque totalmente vampiresco.

As revelações da obra vão desde a história do vampiro na literatura ao dos cinema, além de esclarecer o que é um vampiro. "A definição comum, nos dicionários, serve como referência para a investigação: vampiro é um cadáver reavivado que levanta do túmulo para sugar o sangue dos vivos e assim reter a aparência da vida", explica Melton na enciclopédia.

O Livro dos Vampiros: A Enciclopédia dos Mortos-Vivos, trata também de clássicos do cinema e da literatura  universal, como os longas que surgiram nos livros Drácula e Entrevista com o Vampiro. "Entrevista com o vampiro, o primeiro romance de vampiros de Anne Rice, saiu em 1976 e com a publicação de diversas sequências no final da década de 80, passou a ser considerado o primeiro volume das Crônicas Vampirescas. [...] O livro apresentou um dos mais importantes vampiros da atualidade, Lestat de Lioncourt". No longa, interpretado pelo ator Tom Cruise, o que não agradou a autora.

Já Drácula, o personagem-título do romance horripilante de Bram Stocker (1897) foi que instalou a imagem do "vampiro" na cultura popular do século XX. O autor coloca uma figura vaga a contraditória do vampiro que havia na literatura do século XIX. "Drácula aparece logo no primeiro capítulo do romance de Stoker, mas como cocheiro".

A obra de J. Gordon Melton conta com ilustrações em preto e branco, além das 16 páginas com ilustrações coloridas. Nas páginas ímpares o volume tem o desenho de morcegos em as asas em várias posições, que caso o curioso leitor dê uma folheada nas páginas do livro poderá visualizar o morceguinho movimentando-se, como em desenhos animados. Caso ainda tenha pairado algo dúvida sobre a pessoa da capa do livro. Sim, é o belo Brad Pitt em uma cena de Entrevista com o vampiro.

Após conhecer um pouco mais sobre o universo vampiresco, será necessário ter um copo de água benta e um crucifixo, só de precaução, pois certamente o leitor será despertado para a leitura de obras literárias e cinematográficas vampirescas. Cuidado e boa leitura!

Livro: O Livro dos Vampiros: A Enciclopédia dos Mortos-Vivos
Autor: J. Gordon Melton
1037 páginas
Editora: M.Books

domingo, 3 de julho de 2005

.: Resenha de "Angus: O Primeiro Guerreiro", por Orlando Paes Filho

Angus: O guerreiro errante
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em julho de 2005


"As copas das árvores filtravam raios de sol, que se projetavam em feixes no interior da floresta, pintando a atmosfera de mistério. O musgo úmido e macio que envolvia o chão, as pedras e os troncos brilhava dourado, acesso pela tênue luz do meio da tarde. Um regato sussurrava manso, serpenteando através da mata, cantando com os tordos e as cotovias que enchiam o ar de sons". Duelos medievais em que a vida caminha passo-a-passo com a morte. Escudos de madeiras, machados potentes e espadas afiadas. Este é o cenário envolvente que está inserida a história de "Angus: O Primeiro Guerreiro", livro um, escrito por Orlando Paes Filho. 

O livro, Angus, que significa "Do Amor de Deus", soma 392 páginas, com ilustrações em cores e que de fato servem de apoio ao leitor. No entanto, algo diferente e chamativo quanto há o primeiro contato com o livro são os dois tipos de capa, um com o fundo azul, lembrando o céu (que remete a algo mais tranqüilo) e a outra de fundo alaranjado (remetendo ao fogo agitado, que simboliza a incansável luta pela liberdade).

Esta incansável luta (alaranjado) pela liberdade (azul) lembra das adversidades passadas pelo errante. O sucesso repentino do livro foi uma surpresa para Filho. "Eu esperava que o livro fosse, sim, fazer sucesso. Mas não achava que estaria vivo para ver isso". Ele, que sempre foi fascinado pelo universo da literatura, diz que quando pequeno lia bastante. O fã de ficção científica diz que gostava muito de autores como Ray Bradbury, Júlio Verne e Isac Asimov. "Não era fã de Fantasia, acho que o mais incrível que li nesse campo foi A Terra Oca, uma teoria interessantíssima de um cientista. Me interessava muito por livros que tivessem idéias extraordinárias, que fugissem do comum. Também me lembro de Eram Os Deuses Astronautas?, que era leitura comum nas escolas, na época". 

Na obra de ficção de Filho, Angus é o filho da bela Briggid MacLachlan e do valente e temido Seawulf Yatlansson. Angus MacLachlan, nasceu em 849 d.C, na cidade de Cait, ao norte da Escócia, é o fundador e primeiro guerreiro do clã dos MacLachlan, que lutará pel justiça até as cruzadas do século XXI.

Aos 16 anos, o jovem anseia acompanhar o pai, um jari, às guerras na Terra dos Anglos. O esperado acontece, mas ele descobre que a barbárie e as injustiças das lutas estão longa dos ideais de honra que o pai havia lhe ensinado por meio de um heróico exemplo. E são essas mesmas injustiças que farão dele o mais nobre guerreiro.

Nos momentos de total desgaste emocional e física, tira verdadeiras lições para aprender a viver, sobreviver e lutar. É assim, que a personalidade do jovem de 16 anos vai sendo lapidada. Por meio de Nennius o guerreiro altera por completo a visão que tinha do mundo. Para penetrar de vez no período de Angus uma é o site  www.angussword.com. Vale a pena conferir a qualidade do livro e site. Bom proveito!

Livro: Angus: O Primeiro Guerreiro
Autor: Orlando Paes Filho
392 páginas
Editora: Arx Jovem
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