quinta-feira, 15 de abril de 2021

.: Peça-filme "Se Fosse Apenas Água..." traz um rio como protagonista


Peça-filme "Se Fosse Apenas Água..." traz um rio como protagonista e narrador de sua própria história. Foto: Rodrigo Spina

Um rio narra a sua história, contando a construção e crescimento de uma metrópole às suas margens, a urbanização que tenta domar as águas e as relações disfuncionais que seus habitantes têm com a água. A peça-filme "Se Fosse Apenas Água...", trabalho de estreia do Guatambu Teatro, acontece de 16 a 24 de abril pelo Youtube da companhia. 

A inspiração vem da história da fundação e urbanização da cidade de São Paulo, que ainda hoje é usada como modelo para o restante do Estado e do país. Busca-se localizar historicamente os pontos de origem para problemas atuais, como as enchentes e a grilagem de terras com nascentes. 

Além disso, a obra provoca a reflexão cidadã sobre outros projetos de cidade possíveis de serem construídos no futuro próximo. Para dirigir "Se Fosse Apenas Água...", a companhia convidou Rodrigo Spina (Prêmio Aplauso Brasil de melhor direção pelo espetáculo Aqui estamos com milhares de cães vindos do mar). A dramaturgia é assinada por Gabriel Pangonis e o próprio grupo, com orientação de Isa Kopelman (Prêmios APETESP e Troféu Mambembe de melhor atriz). A cenografia é de Julio Dojcsar (Prêmio Shell) e o figurino de Beatriz Schwartz. O elenco é formado por Gabriel Pangonis, Lucas Fernandes e Samantha Rossetti.

A principal poética da obra é dar voz ao rio, deixar ele expressar suas opiniões e impressões através da boca da atriz. Assim como imaginar sua subjetividade e angústias frente aos rumos que a urbanização tomou. A obra desloca o ponto de vista da plateia, através do ponto de vista do rio, como um convite a ver outras possibilidades de cidade. "Se Fosse Apenas Água…" foi gravado em pontos importantes da cidade de São Paulo, como Vale do Anhangabaú e Edifício Copan. 

“Nos articulamos em cima da necessidade de estranhar e debater essa realidade, encontrando uma linguagem potente para esse procedimento. Nesta pesquisa, a ficção não poderia dar conta de reproduzir a realidade, mas com ela pode-se dilatar o real, amplificar o que é histórico, sintetizar as divergências políticas, imaginar o que poderia ter sido, inverter a situação e dar voz a quem não pode falar”, conta o dramaturgo Gabriel Pangonis.


Sinopse 
Um rio narra a sua história, contando a construção e crescimento de uma cidade às suas margens. Um plano diretor foi traçado, vai se construir uma metrópole, pelo bem das futuras gerações e dos negócios. Para isso, o fluxo das águas teve que dar lugar ao fluxo de automóveis, ao asfalto e ao esgoto. Hoje, novas gerações podem caminhar desavisadas do que ainda jorra oculto sob seus pés. No entanto, se estes se permitirem desacelerar, ouvirão um leve gorgolejar sob a rua. Num sussurro, o rio ora devaneia com esperança e ora promete vingança: Um grande dilúvio para o qual não haverá arca da salvação. Até quando continuaremos desavisados? 

Ao perceber que a cidade foi construída dessa forma por determinados motivos, pode-se pensar razões para construí-la diferente daqui para frente. Por isso, o espetáculo se completará nos bate-papos da equipe criativa com a plateia, expandindo os horizontes para além da apreciação estética em direção à discussão cidadã. Estas atividades serão acompanhadas de ações de acessibilidade, colaborando ao acesso da comunidade surda que, tão frequentemente, tem seus direitos culturais e sua participação cidadã nas discussões dificultadas. Assim, convidamos o público a conhecer uma nova perspectiva sobre sua história, e conosco, vislumbrar que a cidade poderia, e ainda pode, ser diferente. 


Sobre o grupo
Oriundos do mesmo espaço formativo e criativo - a Universidade Estadual de Campinas - os componentes do Guatambu Teatro têm o início de sua história neste trabalho. O processo da criação de "Se Fosse Apenas Água..." começa anos antes, com as pesquisas de iniciação científica realizadas por Gabriel Pangonis dentro do departamento de artes cênicas da Universidade Estadual de Campinas. A partir disso, explorou-se ferramentas possíveis para que atores e atrizes construíssem suas composições sobre essas questões. 

O que antes era pesquisa, então se configura como a proposição de um espetáculo teatral. Em busca de viabilizar essa primeira obra do grupo, busca-se ajuda de alguns de seus queridos mestres, professores da Unicamp e artistas atuantes na cena paulistana, que generosamente se engajaram na empreitada de fazer o espetáculo acontecer e de apresentar esses jovens artistas à cena profissional. 

Assim, com o apoio de alguns de seus professores veteranos do teatro paulistano, começaram os ensaios de Se Fosse Apenas Água..., primeira obra do grupo, na Casa de Cultura Vila Guilherme, localizada na zona norte da cidade de São Paulo. Com a pandemia, o grupo readaptou o projeto para a estreia, em formato de peça-filme digital. 


Ficha técnica
Espetáculo:
"Se Fosse Apenas Água..."
Direção e Fotografia: Rodrigo Spina
Dramaturgia: Gabriel Pangonis e o grupo
Orientação dramatúrgica: Isa Kopelman
Atuação: Gabriel Pangonis; Lucas Fernandes; Samantha Rossetti
Cenografia: Julio Dojcsar
Figurino: Beatriz Schwartz
Direção de Produção: Gabriel Pangonis
Produção Executiva: Beatriz Schwartz
Designer gráfico: Junior Romanini
Operação de luz e assistência de produção: Luan Assunção
Operação de som, legendagem e assistência de produção: Rafa Marotti
Montagem: Rafaela Bermond e Rodrigo Forti - Bermond Produções
Mixagem de som: Rafael Bonini - Bermond Produções
Mídias sociais: Rúbia Galera
Tradução em LIBRAS: Libraria - Acessibilidade em Libras 
Assessoria de imprensa: Pombo Correio

Serviço
Espetáculo:
"Se Fosse Apenas Água..."
Dias 16 a 24 de abril de 2021
Sextas, sábados e domingos, às 20h.
Gratuito no YouTube do Guatambu Teatro
Duração: 25 minutos
Classificação indicativa: livre


.: "Alteridade" toca em feridas abertas e cura em espetáculo online


Com direção de Gabriel Miziara e texto de Maria Giulia Pinheiro, "Alteridade" estreia nesta sexta-feira, dia 16 de abril, e faz seis apresentações online e gratuitas até o próximo dia 25. Em "Alteridade", a voz de uma mulher estuprada e sua trajetória de restabelecimento são o ponto de partida para a discussão sobre a ética que nos rege. No elenco estão as atrizes Carolina Fabri e Marina Vieira.  

Na peça, uma mulher é estuprada. Por quê? Quem ou o que permite que isso continue? Qual é o discurso que legitima que o estupro aconteça tanto e tão silenciosamente? A Cultura do Estupro é a lógica dominante, perpetuada por um imaginário e por ações das mais cotidianas. Quantas coisas uma mulher passa ao longo de um dia que são da mesma natureza do estupro, ainda que em menor grau?


Maria Giulia Pinheiro, sobre o texto "Alteridade"
Durante sete unidades dramáticas denominadas “círculos”, a personagem narra a violência a que foi submetida, a tentativa de se restabelecer, a notícia da gravidez, a opção do aborto, a culpa, a ilegalidade de escolher, a dissociação entre lei e corpo e o rompimento com a velha mitologia patriarcal. A voz dessa mulher perpassa as diversas camadas da Sociedade do Estupro e vai, pelo arquétipo de Alteridade, encontrando aberturas para a reconstrução de si.

Ela (Elas, Nós?) tenta se restabelecer, encontrar um jeito de se sentir bem no mundo, um espaço seu. Ela vive a dor do trauma, colocando pra fora a violência que viveu, e nessa experiência, acaba rompendo com a velha lógica patriarcal na qual vivia. Um assunto essencial, em um país que tem 50 mil casos de estupro por ano.

Constituir-se como outro. Uma das definições possíveis de alteridade, existente no dicionário de filosofia de Abbagnano. O texto de Maria Giulia Pinheiro vem sob esse nome. A personagem é uma mulher sem nome, sem idade, sem classe social porque, no texto, não é isso que a define. O que a define é a violência, o estupro que ela sofreu, as consequências dessa violência em seu corpo e todos os pensamentos e sentimentos que da violência derivam. O encontro da personagem com uma sociedade que tem a cultura do estupro institucionalizada, e sua jornada em busca de se refazer na descoberta da alteridade.

O refazer-se passa por perceber que eu e outro somos. Alteramos nossas trajetórias, somamos ou subtraímos forças, nossas e dos outros, que em algum momento se tornam nós. O texto traz vozes dessa mulher, ou de muitas mulheres, no caso desse projeto aparece na boca de duas mulheres, duas atrizes. A personagem está na emergência de refazer-se. Nesse momento artistas das artes cênicas estão na emergência de se refazer, de fazer, de continuar a existir numa situação onde encontrar o outro – esse encontro tão caro ao teatro – é um risco.  

O texto de Maria Giulia é um fluxo de palavras. Nele, a personagem se entende ao jorrar essas palavras em um fluxo de consciência. Nesta pandemia, onde o encontro dos corpos foi impedido, nos vimos pura palavra que, pelas janelas dos computadores, celulares, tablets, zooms, whatsapps, skypes e tais, promoveram e promovem um simulacro necessário ao encontro que nos é, com toda a razão, negado. Pelas palavras nos encontramos. Pelas palavras, a mulher, no texto, se encontra. Pelas palavras, aqui, artistas, texto, janelas, e público se encontrarão.


A equipe de criação
Nessa empreitada de navegar por caminhos tão conhecidos em um meio tão desconhecido, ter uma tripulação que trabalha junto há 20 anos é uma segurança na jornada. Na trajetória conjunta, o trato com a palavra une a equipe criativa. O trio faz um teatro da palavra desde que se conheceu na origem da Cia Elevador de Teatro Panorâmico, da qual são co-fundadores.

Também os une o conceito de "Alteridade". Em 20 anos de trabalho, grande parte dele foi construído sobre o "Campo de Visão", exercício e linguagem cênica desenvolvida por Marcelo Lazzaratto na Cia. Elevador de Teatro Panorâmico. O "Campo de Visão" estuda e se desenvolve, antes de tudo, na alteridade. No ser e criar a partir do outro.

“Alteridade é um mergulho pela vivência de uma mulher presa na lama violenta do machismo estrutural. Uma queda, um jorro, uma raiva, um choro, um desentender e um reentender, um levante. Uma jornada por dentro da mulher violada.” (Carolina Fabri)

“Essa peça é um jogo entre três mulheres e as palavras: Maria as escreveu, Carolina e Marina as dizem, as vivem, as contam; e um homem que as escuta.” (Carolina Fabri)

“Fui tomada por esse texto logo nas primeiras linhas. Um soco no estômago, uma angústia, lágrimas, e ao mesmo tempo um encantamento estético pela forma precisa e poética em que ele se apresenta. Na hora liguei pra Marina: bora contar essa história?”

“Desde o primeiro momento que lemos o texto de Maria Giulia, sentimos que essa narrativa, uma mulher se narrando em fluxo de consciência, seria um bom ponto de partida para experimentar o teatro on-line .” (Carolina Fabri)

"Quando li 'Alteridade' pela primeira vez pensei: essas palavras estão se movendo e nosso trabalho é entender a que velocidade cada uma delas se move. Algumas correm, outras caminham muito devagar, e quando você se dá conta, algumas estão paradas, olhando pra você.  Algumas ficam paradas olhando pra você por vários dias. É um assombro." (Marina Vieira)


Por que um homem na direção?
Porque acreditam intrinsicamente no processo de alteridade: dentro da ideia de soma de visões e percepções diferentes, Marina e Carolina colocaram na direção/encenação Gabriel Miziara como o duplo complementar, numa visão arquetípica de pulsões femininas e masculinas, também porque Miziara vem pesquisando esses conceitos em sua trajetória individual.

Sem, de maneira nenhuma, atribuir a força masculina e a feminina aos gêneros ou sexos dos integrantes, trazem aqui um jogo com as posições, tendo as atrizes-idealizadoras como força central, geradoras dos estados, veículo da voz da autora e criadoras de imagens e atmosferas e o diretor-encenador no papel de animus, que organiza e estabelece as regras do jogo para que ele junto à pulsão, se estabeleça no exterior. “Não há mim sem outro. Não há outro sem mim”. (trecho de "Alteridade")


Breves palavras sobre a encenação
A opção da encenação é pela simplicidade. Entender onde a palavra pode ganhar mais força e expressão para além da que já está colocada nas imagens textuais. Uma mesa e duas cadeiras são o cenário onde as duas atrizes estão lado a lado, sempre olhando para frente, como se estivessem numa sala de depoimento de delegacia. Uma iluminação fria, todo o entorno escuro e duas mulheres cobertas de lama. Gotas de água pingam na cabeça delas, uma tortura silenciosa, assim como, a lembrança do estupro e seus desdobramentos que acompanhamos na narrativa. 

“O texto de Maria Giulia Pinheiro, tem força em si, não vi a necessidade de uma encenação elaborada. O que nos interessa, é ouvir o texto passando pelas atrizes, ver os olhos das atrizes e a dor que esta mulher carrega.” (Gabriel Miziara)

“É um prazer imenso poder trabalhar novamente com Carol e Marina. São mais de 20 anos de parceria artística e somente esta trajetória é que permite que a simplicidade seja a chave da encenação. Conhecemos profundamente uns aos outros e a confiança existente permite o mergulho profundo na poesia dura e trágica de Maria Giulia Pinheiro.” (Gabriel Miziara)

“Este trabalho é feito com o apoio de um fundo emergencial para artistas. No meio de uma pandemia que, cada dia mais nos mostra que somente juntos podemos transformar algo, cuidar de algo, poder estar próximo de parceiras e parceiros, amigos e amigas tão caros para voltarmos a trabalhar nossa utopia através do teatro, foi um alento e uma alegria.” (Gabriel Miziara) 


Por que a escolha desse texto?
Falar sobre a violência contra a mulher é algo urgente. A cada 8 minutos uma mulher é estuprada no Brasil. O texto "Alteridade", de Maria Giulia Pinheiro, é o relato de uma mulher que após sofrer um estupro, tenta entender e ressignificar a violência sofrida. A gravidez, o aborto, a culpa, a vergonha, o medo, características presentes neste tipo de vivência, são colocados na boca de sua/suas protagonistas através de fluxos de consciência e, assim, temos a dimensão interna e externa da violência. 

Muitas mulheres não conseguem falar sobre a violência sofrida, tanto se faz ainda mais urgentes atos de criação como Alteridade, onde a voz de uma pode ser a voz de todas. A peça é um grito que necessita ser ouvido e compartilhado para que possamos caminhar em direção à quebra deste pacto de silêncio que permite que mulheres ainda estejam vulneráveis à violência que ocorre diariamente. 

É uma proposta de entendimento deste eu/outro, que não se livra deste ato à partir da negação do fato e sim no mergulho profundo no mesmo, para que desta fricção, desta relação intercambial que a alteridade traz, possa surgir/ser algo além do binômio vítima/algoz. 


Sinopse do espetáculo
Em "Alteridade", a voz de uma mulher estuprada e sua trajetória de restabelecimento são o ponto de partida para a discussão sobre a ética que nos rege. O espetáculo é o jogo cênico entre as artistas, o novo meio de comunicação que a pandemia impôs - o teatro online e o texto homônimo de Maria Giulia Pinheiro.

Durante sete unidades dramáticas denominadas “círculos”, ela narra a violência a que foi submetida, a tentativa de se restabelecer, a notícia da gravidez, a opção do aborto, a culpa, a ilegalidade de escolher, a dissociação entre lei e corpo e o rompimento com a velha mitologia patriarcal. A voz dessa mulher perpassa as diversas camadas da Sociedade do Estupro e vai, pelo arquétipo de Alteridade, encontrando aberturas para a reconstrução de si.

Ela (Elas, Nós?) tenta se restabelecer, encontrar um jeito de se sentir bem no mundo, um espaço seu. Ela vive a dor do trauma, colocando pra fora a violência que viveu, e nessa experiência, acaba rompendo com a velha lógica patriarcal na qual vivia. Um assunto essencial, em um país que tem 50 mil casos de estupro por ano.


Ficha Técnica:
Espetáculo:
 "Alteridade"
Texto: Maria Giulia Pinheiro
Direção: Gabriel Miziara
Elenco: Carolina Fabri e Marina Vieira
Produção: Canto Produções
Fotos: Vinícius Berger


Serviço: 
Espetáculo:
 "Alteridade"
Apresentações: dias 16,17, 18, 23,24 e 25 de abril.
Sextas e sábados, às 20h, e domingos às 18h.
Na plataforma Sympla
Classificação etária: 14 anos
Duração: 35 minutos

.: "Caso Leonardo" traz à tona o excesso de força com o cidadão comum


Filme de Val Carbone, "Caso Leonardo" inicia sua carreira de distribuição e circulação em festivais e internet. O curta-metragem que foi contemplado no Proac L.A.B. (Lei Aldir Blanc), no eixo Licenciamento e terá seu lançamento oficial em evento online nos dias 16 de abril e 17 de abril, sexta-feira, às 21h e sábado, às 16h. 

A transmissão será realizada pelo canal das Oficinas Culturais do Estado de São Paulo. O filme tem como protagonistas os atores Paulo Gabriel e Marcelo Gomes que interpretam Rubens, o investigador e Leonardo o investigado, respectivamente. A trama é escrita por Laura Roa e conta com a direção de Val Carbone, direção de fotografia de KK Araújo, co-direção de Paulo Gabriel e produção de Ellen Bueno.

O filme do gênero policial traz um olhar ousado em sua montagem, com estética dos anos 90, com ares de terror psicológico. A película apresenta uma estética dual, ora simula a gravação de uma câmera ‘’amadora’’ que a tudo registra – nu e cru – um interrogatório violento e ora emula uma câmera de alta qualidade que define pensamentos e falas destes seres: interrogado e seu algoz.

Somado a isso, temos como moldura noventista, essa imagem/fotografia transmitida através de um aparelho videocassete, que pelo tempo exibe as imagens com certa granulação e certa deterioração da fita e que associado ao movimento frenético do controle remoto, aponta um controlador que busca entender ou solucionar a cena de um crime anterior ou um crime que foi registrado pelas câmeras, cometido pelo excesso do emprego da violência como ferramenta de confissão, mesmo que possivelmente a parte investigada não tenha envolvimento no crime investigado.

O filme se passa em uma elipse de tempo, por vezes um recorte da memória das personagens, ora projeções, ora imagens de fato do vídeo, trazendo algum entendimento sobre um crime que passa a ser desvendado sobre uma teoria criada pela narrativa do controlador do vídeo e além disso conseguimos entrar na mente deste interrogador que cai em si diante dos seus atos hostis e desumanos. Nesse tempo decantado, apresentamos os estados latentes e limites das personagens, que buscam se salvar a qualquer custo.

Val Carbone diz que "Caso Leonardo" é um filme que trabalha a sombra, da noite, com focos fechados e pouca luminosidade. "De outro lado temos a estilística de filmes que emulam filmagens caseiras, com imagens granuladas, distorcidas, frias e com ângulos mais opressores, como vemos em filmes como 'A Bruxa de Blair', de Eduardo Sánchez e Daniel Myrick. Com isso mesclamos esses estilos e fundimos em um filme em forma de clip dando essa dinâmica cíclica, fracionada e repetitiva, causando incômodo e sensação de looping".

Paulo Gabriel comenta que buscou em "Caso Leonardo" promover um choque entre gêneros, estilística e narrativa. "De um lado as imagens mais bem definidas, com cores em preto e branco nos trazem referências do gênero Noir, tendo como base clássicos como 'China Town', do Roman Polansk e Falcão Maltez, de John Ruston, que cultivam e coroam a figura mítica do policial, do detetive, como homem da lei e acima dela. Apesar que descontruímos esse mito e mostramos que nem sempre é assim, pois o excesso de confiança pode levar a outros caminhos’’.

"'Caso Leonardo' dialoga fortemente com o hoje, com o excesso de força e violência presente nos discursos nas redes sociais, em partidas de futebol e em desentendimentos no farol. Os 'estados limites'. Além de escancarar o emprego de excesso de força por aqueles que detém o poder de polícia”, diz Marcelo Gomes. Ellen finaliza: “'Caso Leonardo' visa ser um filme frenético e impactante, com tempos urgentes, diálogos ríspidos e altas doses de cafeína que levam os protagonistas deste filme a destinos inesperados”.

O filme trará duas sessões gratuitas à população, ambas em formato online, seguido de debate. O filme ainda poderá ser visto futuramente na plataforma indicada pelo Proac ou ou em canal indicado pela Secretaria da Economia Criativa do Estado de São Paulo.


Sinopse:
Leonardo é um professor universitário que sofre interrogatório ilegal em uma delegacia, pois passa a ser considerado suspeito de um assassinato. Rubens é um policial violento que só quer uma coisa: a confissão de um crime terrível a qualquer preço. O excesso de confiança do interrogador e altas doses de cafeína os levam a destinos inesperados. Direção: Val Carbone. Com Paulo Gabriel e Marcelo Gomes. Gênero: Drama/Policial. Português. Classificação: 14 anos.


Ficha técnica:
Filme:
"Caso Leonardo"
Roteiro: Laura Roa
Direção: Val Carbone
Direção de fotografía: KK Araujo
Co-direção: Paulo Gabriel
Elenco: Paulo Gabriel e Marcelo Gomes
Montagem, colorização e edição: Karen Pompeo e Rawi Santos
Câmera: KK Araújo
Assistente de direção: Ellen Bueno
Som direto: Carolina Lutzila
Figurino, locação e objetos: Marcelo Gomes. Ellen Bueno e Paulo Gabriel
Edição de som: Rafael Simões
Design: In!Motion Art Agency
Trilha: Val Carbone
Produção executiva: Ellen Bueno
Produtor associado: Paulo Gabriel
Produtor geral: Val Carbone
Assessoria de comunicação: Pombo Correio
Redes sociais: Ellen Bueno
Legendagem: Val Carbone
Adm: Michelle Gabriel
Créditos das fotos: Ellen Bueno 
Apoio Institucional /Transmissão: Poiesis- Oficinas Culturais do Estado de São Paulo
Realização: Governo Federal, Ministério Do Turismo, Governo Do Estado De São Paulo, Secretaria Da Economia Criativa, Amigos da Arte, #Culturaemcasa, Pimenta Filmes, La Vigilia, E!Motion Cultural, Claquete Filmes
Projeto Contemplado pela Lei Aldir Blanc, Edital 41.


Serviço
Dias e Horários:
 sexta-feira, dia16 de abril, às 21h, e sábado, dia 17, às 16h
Ao término da exibição, haverá um bate-papo via Zoom (sexta-feira) e via Instagram (sábado) com a equipe
Endereço de busca no youtube: OficinasCulturaisdoEstadodeSãoPaulo
Duração: 7 minutos
Classificação etária: 14 anos
Gratuito


.: “Porta Entreaberta”: com Edson Montenegro, homenageia Gonzaguinha


Solo inédito interpretado e cantado pelo ator Edson Montenegro com músicas de Gonzaguinha é dirigido por Débora Dubois e escrito por Pricilla Conserva. Idealizado durante a pandemia, com apoio da Lei Aldir Blanc, este trabalho era um desejo do experiente ator que nos deixou em março deste ano, vítima da Covid 19. Foto: Juane Andreazza

A jovem dramaturga amazonense Pricilla Conserva chega pelas mãos da diretora, que já admirava o seu trabalho; a partir de encontros e ensaios online, a peça foi ganhando corpo e sendo gerada em tempos de isolamento. Assim chega até nós o texto “Porta Entreaberta”.

Ele espelha o momento “real” de um homem de meia idade que se vê preso em sua casa pela pandemia; sozinho, ele inicia conversas gravadas com alguém que não está mais com ele, e entre as tarefas do lar e o trabalho em casa reflete sobre seus medos, desejos, lembranças e superstições, e o que fez e faz com a sua vida. O texto é todo entrecortado por músicas de Gonzaguinha, que delicadamente foram arranjadas e acompanhadas ao violão pelo diretor musical André Bedurê.

O experiente ator e cantor Edson Montenegro, que estava inquieto para falar sobre este momento, junto com a diretora Debora Dubois e o produtor Edinho (Brancalyone), deram os primeiros passos para que este projeto saísse do papel e começasse a ganhar vida. Respeitando as inquietações do ator e da equipe, a dramaturga Pricilla Conserva conversa com o momento difícil em que passa o mundo, dando voz ao invisível dentro de nós.

Na encenação a diretora coloca o personagem preso na sua "casa/estúdio" - toda branca, simbolizando o seu inconsciente, e com poucos objetos de cena; é lá que ele reflete sobre suas memórias, como uma válvula de escape ou uma saída para a sua alma; gravando numa câmera, ele fala sobre suas angústias e aflições, numa tentativa de ressignificá-las e elaborá-las na esperança de que a gravação encontre os seus interlocutores.   

Houve entre ator e diretora inúmeras conversas ao celular no desejo de realizar este espetáculo, e uma importante certeza: a presença da música e da poesia de Gonzaguinha, paixão dos dois artistas, que assim também poderiam homenageá-lo. “Desde o começo, Edson se entregou profundamente a este trabalho; várias vezes ele fez questão de reforçar como era importante fazer um espetáculo solo como esse, naquele momento da sua vida, e sonhava com um espetáculo pocket que poderia ir se transformando no tempo e se apresentando Brasil afora. Nossa brincadeira interna era chamá-lo de 'Nosso Falso Brilhante'”, conta a diretora.

A diretora Débora Dubois e o produtor Edinho Rodrigues trabalham juntos desde 2010, e este é o décimo espetáculo da parceria sendo que, destes, quatro foram musicais de sucesso. O músico André Bedurê e Edson Montenegro trabalharam com a dupla de diretora e produtor em 2017, no musical “Roque Santeiro”.

“Porta Entreaberta” teve a honra de receber o prêmio Aldir Blanc e sair do papel, e assim ser produzido para dialogar de forma online e presencial com o público nesta fase incerta em que vive nosso teatro; a peça foi gravada no dia 20 de fevereiro e estava em processo de edição e finalização; porém no dia 12 de março o ator Edson Montenegro foi internado, vítima da Covid-19, e infelizmente não resistiu. 


Dramaturgia - "Porta Entreaberta"
Inspirada nas músicas de Gonzaguinha, a dramaturgia passeia pelas memórias de um homem refletindo sobre suas relações afetivas. Um monólogo de memórias suscitadas pelo período de confinamento em casa devido à pandemia, onde ele se vê diante de angustiantes lembranças e medos, memórias que passam pela infância, pela relação conflituosa com a família, a juventude boêmia e a mulher que fora (e ainda é?) o grande amor de sua vida, sua principal interlocutora. O personagem que se encontra nas músicas e se confunde com elas, evidencia a complexidade do ser humano, carregando consigo a esperança de melhores tempos.


Ficha técnica
Espetáculo: "Porta Entreaberta"
Texto: Pricilla Conserva
Direção: Débora Dubois
Elenco: Edson Montenegro
Arranjos e direção musical: André Bedurê
Cenografia: Espaço 2c, Atuacena Estúdio Cinematográfico
Adereços e figurinos: WS Cenografia
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Vídeo: Junae Andreazza e Yllan Carvalho
Administração: Thiago Marchine
Assistência de produção: Vanessa Campanari e Fabrício Sindice
Direção de produção: Edinho Rodrigues
Realização: Brancalyone Produções


Serviço
Espetáculo: 
"Porta Entreaberta"
Temporada: dias 15, 16, 17, 22, 23 e 24/04 sempre às 19h30.
Ingressos pela plataforma Sympla. Gratuito.
Duração: 25 minutos
Classificação etária: livre

.: TV Cultura: Izzy Gordon fala sobre novo álbum no "Metrópolis"

Nesta sexta-feira, dia 16, o "Metrópolis" entrevista a contara e compositora Izzy Gordon sobre o novo álbum, "O Dia Depois do Fim do Mundo". Izzy tem 30 anos de carreira, quatro discos lançados e uma história de vida familiar dedicada à música. Apresentada por Adriana Couto e Cunha Jr., edição inédita vai ao ar a partir das 19h25, na TV Cultura.

Com o tema #OFuturoÉAgora, o "Metrópolis" aborda como o bem-estar físico e mental está atrelado a uma infinidade de práticas que nos conduzem para a cura, mostrando um caminho sob o olhar do autocuidado e em um cenário que nos injeta aflições, como viver em uma pandemia mundial. Lidar com estas questões sociais e políticas afetam nossas estruturas. Enquanto compromissos mudam para o endereço virtual, o tarot também está no digital.

Prever o futuro foi sua função original e, no século 19, passou a ter uma conexão mais umbilical com a astrologia, com a alquimia e com o esoterismo espiritual. A prática já foi tema de músicas e, inclusive, já ajudou artistas a nomearem suas obras.

A edição traz Alice Smeets, fotógrafa belga, idealizadora do projeto Ghetto Tarot, que recriou as cartas do tarot com artistas do Haiti. O ensaio fotográfico preza por destacar os rostos haitianos e valoriza os adereços criados pelos próprios figurantes. E o ilustrador e músico Pedro Índio Negro, direto da Paraíba, que é autor da releitura de arcanos e naipes inspirados na estética do cordel e da xilogravura. Pedro utilizou para seu próprio tarot figuras do folclore e da cultura popular nordestina.

Por fim, ampliando sua atuação para as artes visuais, o cantor, compositor e multi-instrumentista Carlinhos Brown assina, junto ao artista plástico Rogério Pedro, uma das obras da Mostra Brasileires, na região do Minhocão, em São Paulo, intitulada "A Natureza Tem nos Aturado".​


quarta-feira, 14 de abril de 2021

.: Entrevista: Thaís Braz revela bem mais do que você viu no "Big Brother Brasil"


Thaís Braz deu uma entrevista bem divertida após a saída do "Big Brother". Foto: Globo/João Cotta

Ela foi uma das mais indicadas à finalista da edição pelos companheiros de confinamento durante a dinâmica de pódios da última segunda-feira, dia 12. Porém, no paredão de ontem, dia 13 de abril, Thaís Braz deixou a casa do "Big Brother Brasil" com 82,29% depois de enfrentar Fiuk e Arthur na berlinda. Subestimada por outros participantes no começo do jogo, a integrante do grupo Pipoca foi, gradativamente, construindo sua confiança no jogo e chegou ao Top 10 da temporada. 

Dupla incontestável de Viih Tube, a cirurgiã-dentista se fortaleceu nas amizades que fez no confinamento, nas voltas de paredão e no desempenho positivo em alguns desafios. “Pode ser que no começo eu tenha ficado um pouco retraída, mas eu fui me encontrando. E foi muito importante encontrar pessoas que ficaram comigo no decorrer do programa e me fizeram ver que eu era alguém capaz, seja nas provas ou na convivência”, avalia. Na entrevista abaixo, a ex-sister comenta sobre suas relações na casa e as percepções que teve do jogo durante os 80 dias em que permaneceu na disputa.  


Como você avalia sua participação no "Big Brother Brasil"?
Thaís Braz -
A minha participação foi muito verdadeira. Eu tentei me jogar ao máximo e sempre pensar antes de julgar alguém. Pode ser que no começo eu tenha ficado um pouco retraída, mas eu fui me encontrando. E foi muito importante encontrar pessoas que ficaram comigo no decorrer do programa e me fizeram ver que eu era alguém capaz, seja nas provas ou na convivência. Pude mostrar quem eu sou e vejo que fui evoluindo ao longo da minha trajetória.


Você se inscreveu duas vezes para participar do programa. Era como imaginava antes?
Thaís Braz - 
Eu achei que fosse bem mais fácil! É muito difícil ter que conviver e lidar com muita gente e com muitas questões, todos os dias, sem ter seu porto seguro por perto e outras visões para analisar. É ali, são aquelas visões, aquelas mesmas pessoas todos os dias, 24 horas. A gente não vê tudo que acontece, então temos que ir acreditando na nossa intuição, na nossa verdade e no que a gente vê. É bem difícil.
 

Logo no início do jogo, você e o Fiuk começaram a se envolver e foram os protagonistas do primeiro beijo da edição. Você acredita que esse envolvimento chegou a ser um relacionamento?
Thaís Braz - 
Um relacionamento amoroso, não. O Fiuk, para mim, foi mais que esse beijo. Talvez, se a gente não tivesse se beijado, teria se conectado mais. Digo isso por todas as questões que a gente tinha em comum e por todas as vezes que ele me ajudou. Não chegamos a ter um relacionamento amoroso, mas tivemos uma relação legal, uma conexão que foi mais de amizade mesmo.


Como o envolvimento com o Fiuk impactou na sua trajetória no programa? Foi positivo?
Thaís Braz - 
Talvez, se não tivesse rolado o beijo e atração, fosse ainda mais positivo.
 

Você fez amizades fortes na casa, como com a Viih Tube. Ela era seu porto seguro no jogo?
Thaís Braz - 
Ela era, sim. Nossa amizade começou em um jogo da discórdia e foi acontecendo naturalmente. Eu senti muita força nessa amizade. A Viih me acolheu muito, me deu coragem e instigou um lado meu que me levava a agir, o que foi muito bom. 


Que outras alianças você acredita que te fortaleceram e quais te prejudicaram, de alguma forma?
Thaís Braz - 
Para falar a verdade, eu não vejo que tive nenhuma aproximação negativa lá dentro. Eu estava com as pessoas com quem eu realmente sentia ter uma troca. A Pocah foi muito importante para mim, o João e a Camilla também. Desde o começo eles fizeram parte de tudo que eu vivi. Quero levar os três para a minha vida inteira. Fora a Viih Tube, que era a minha dupla.


Você foi apontada por alguns de seus companheiros de confinamento como planta, influenciável, turista, figurante e outras características comuns a participantes pouco ativos no jogo. Por que acha que eles tiveram essa impressão de você?
Thaís Braz - 
Porque essas pessoas queriam um posicionamento meu em todas as questões e conflitos que estavam acontecendo na casa. E não é de mim me meter só para dizer que participei. Se tivesse tido alguma coisa diretamente comigo, algo que me afetasse muito, ou se pisassem no meu calo, é lógico que eu iria falar. Mas queriam que eu apontasse o dedo, e eu não sou essa pessoa. Mesmo que eles quisessem isso, não iriam ter. Não sou eu. Eu fico mais na minha.


Então você não concorda com esses apontamentos?
Thaís Braz - 
No começo eles até entraram na minha cabeça. Eu me questionei várias vezes se estava sendo planta ou turista, às vezes até achava que sim. Mas não. Eu mesma via, e eu tenho certeza de que as pessoas que estavam comigo acreditavam nisso, o quanto eu pensava, o quanto eu agia. Eu não tinha que estar ali para mostrar para as pessoas que me apontavam e não me conheciam que eu não era uma planta.


Mais recentemente, algumas atitudes de Juliette começaram a te incomodar. Ela te atrapalhava no game ou emocionalmente?
Thaís Braz - 
Os atritos que eu e Juliette tivemos foram todos por ciúmes de amizade. Eu vejo muito assim. A gente tinha as mesmas prioridades, por isso sempre estava “arengando”. É que eu sou muito ciumenta, mas nada que fosse uma pauta para mim lá dentro. O que mais pegou para mim foi mesmo esse ciuminho da Viih porque eu, ela e Juliette estávamos em um triângulo de amizade.


Qual foi o sentimento de ganhar a prova do anjo? Isso te fortaleceu?
Thaís Braz - 
Nossa, com certeza! Ganhar uma prova lá dentro é inesquecível. Queria ter ganhado o líder também, mas não rolou (risos). Foi um gás louco que ganhei tanto com essa prova quanto quando voltei na “Bate e Volta” e também do meu primeiro paredão.

Em que momento você acredita que esteve mais forte no "Big Brother"?
Thaís Braz - 
Na semana em que voltei do paredão que o Projota foi eliminado. Eu me senti mais forte por eu ter sido uma pessoa que já tinha votado nele e ele ter saído em um paredão comigo, mesmo com todo mundo acreditando que eu sairia. Vi ali que alguma coisa estava andando bem.
 

A que você credita sua eliminação neste paredão?
Thaís Braz - 
Na minha visão de lá de dentro e de quem ainda não conseguiu ler e se informar sobre tudo, acho que saí pelas questões mal resolvidas, o fato de eu pensar muito e não resolver com as pessoas, não mostrar o que eu realmente estava sentindo. Nessas situações foram falhas minhas mesmo, eu deveria ter me posicionado.


Você faria alguma coisa diferente, analisando agora a sua performance no jogo?
Thaís Braz - 
Eu conversaria mais com as pessoas, explicaria mais direitinho o porquê de eu estar impaciente, por que algo estava me incomodando... Assim saberia se eu estava certa ou se era coisa da minha cabeça. Não teria guardado tudo só para mim ou para o grupo que eu estava mais aberta a conversar. Também teria acreditado mais em mim mesma, principalmente no começo do programa. Se eu tivesse acreditado mais em mim e nas minhas ideias naquele comecinho, acho que muita coisa teria mudado na minha trajetória.
 

Quem está mais forte no jogo, na sua opinião?
Thaís Braz - 
Pela visão aqui de fora eu sei que a Juliette está mais forte, mas eu vou justificar com o que eu vi dela lá na casa. Talvez seja pela história dela de vida e, também, pela história dela no programa, a revolução que teve com ela logo no início, e pelos posicionamentos dela. Mas lá de dentro, antes de sair, eu achava que o João e a Camilla eram os que estavam mais fortes com o público.
 

Para quem é a sua torcida?
Thaís Braz - 
Eu não vi tudo ainda, mas não posso ser incoerente com tudo que eu senti dentro do BBB. A Viih Tube foi a minha dupla, quem me acolheu. Segunda-feira eu fiz um pódio em que ela era meu segundo lugar e a Pocah o meu terceiro. A minha torcida é para elas.


Quais são seus planos pós-"Big Brother"?
Thaís Braz - 
Eu estou amando ter tanta gente comigo nas redes sociais e a visibilidade que o "BBB" me proporcionou. Nunca imaginei ter tantas pessoas gostando de mim aqui fora. Estou doida para responder todo mundo! Esse carinho é incrível e muito necessário, está me fortalecendo muito. Sobre a odontologia, eu vou esperar um pouco. Agora quero usufruir das redes sociais, tomara que dê certo (risos).


.: "Crônica da Casa Assassinada" retorna às livrarias (8 motivos para ler)


A Companhia das Letras lança agora a obra-prima de um dos principais escritores brasileiros, o mineiro Lúcio Cardoso. Livro responsável por abalar o meio literário brasileiro quando publicado pela primeira vez em 1959, "Crônica da Casa Assassinada" conta a história do clã dos Meneses através de diferentes narradores, que se enfrentam e se contradizem, mas que constroem com maestria um retrato profundo da vida familiar. 

"Crônica da Casa Assassinada" gira em torno de uma família em decadência: cada geração se vê mais pobre que a anterior, dilapidando o patrimônio para sobreviver. Os Meneses, porém, continuam sendo respeitados na pequena comunidade mineira em que vivem. A Chácara, a grande casa que gera orgulho mas também aprisiona, é vista com reverência e desconfiança por todos que conhecem o clã.

Contudo, a chegada de Nina – jovem carioca que se muda após se casar com Valdo, o irmão do meio – vai abalar a relação difícil que se estabelece entre os irmãos. Demétrio, o mais velho, tem na esposa Ana uma arma sutil; Timóteo, o mais novo, se embrenha cada vez mais na própria decadência quando passa a viver trancado num quarto. "A matriarca da casa é a própria casa", diz Chico Felitti no prefácio desta edição. "Suas alamedas são veias que irrigam o coração que é a casa-grande."

Fantasmagórico, envolvente e extremamente brutal, "Crônica da Casa Assassinada" utiliza a pluralidade de vozes narrativas para explorar os limites do desejo e da submissão. Você pode comprar o livro "Crônica da Casa Assassinada",  de Lúcio Cardosoneste link.


Por que a leitura de "Crônica da Casa Assassinada" é obrigatória em oito motivos

1. Livro era raríssimo em sebos. 
O título estava fora de catálogo há anos e é possível encontrá-lo por até R$ 300 em sebos. A nossa edição conta com prefácio do jornalista Chico Felitti e uma rica nota biográfica assinada por Ésio Macedo Ribeiro, especialista na obra do escritor. Além de trazer na íntegra a crônica de Clarice Lispector, publicado no Jornal do Brasil em 1969, à época da morte do autor, de quem foi grande amiga por mais de 20 anos.


2. Livro representou uma ruptura na literatura. 
"Crônica da Casa Assassinada" foi responsável por abalar o meio literário brasileiro quando publicado pela primeira vez em 1959 ao abordar temas como: violência, ciúmes, relações incestuosas, ressentimentos e perversões.


3. Conflitos em família. 
A história de "Crônica da Casa Assassinada" gira de em torno de uma família em decadência, na qual cada geração se vê mais pobre que a anterior. Os Meneses, porém, continuam sendo respeitados na pequena comunidade mineira em que vivem e a imensa casa da família é vista com reverência e desconfiança por todos que conhecem o clã. Contudo, a chegada de Nina – jovem carioca que se muda após se casar com Valdo, o irmão do meio – abala a relação difícil que se estabelece entre os irmãos.


4. Há múltiplos narradores no livro.
Em "Crônica da Casa Assassinada": a história é contada pelo ponto de vista de cada pessoa que passa pela Chácara e por seus moradores. Cada capítulo é uma carta de um desses personagens tentando comunicar ao mundo o que acontece naquela casa sitiada: confissões religiosas que jamais serão entregues, diários, cartas, bilhetes de amor escondidos embaixo de tijolos soltos que ilustram a decadência da casa.


5. Sai o regionalismo, entra o psicológico. 
Os primeiros dois romances de Lúcio Cardoso foram bem recebidos pela crítica, e pareciam integrar a segunda fase do modernismo literário brasileiro, ao lado de obras de autores como Rachel de Queiroz e José Lins do Rego. Mas com "Crônica da Casa Assassinada", Lúcio rompeu com a corrente regionalista da época e rumou cada vez mais para dentro dos seus personagens e seus escritos passaram a ser cada vez mais psicológicos.


6. Profundidade do livro dividiu opiniões e atraiu defensores de renome. 
Recepção: publicado pela prestigiosa José Olympio em fevereiro de 1959, "Crônica da Casa Assassinada" foi dedicado ao poeta Vito Pentagna, amigo de Lúcio que o ajuda no levantamento da história da família Meneses, que realmente existiu, e que tinha uma chácara próxima da cidade de Cataguases, Minas Gerais. Logo depois da sua publicação, o crítico Olívio Montenegro ataca o livro no Diário Carioca, atribuindo a ele um “caráter imoral”. A resposta vem não de outros críticos, mas de autores como Manuel Bandeira e Aníbal Machado, que saem em defesa da obra, elogiando sua profundidade temática, riqueza formal e inovação. E o livro foi um sucesso.


7. Pioneiro e atual. 
O autor foi um dos primeiros a trazer a público sua homossexualidade. Em 1949, dez anos antes de lançar seu romance mais conhecido. No prefácio desta edição especial de "Crônica da Casa Assassinada", Chico Felitti conta uma história publicada no jornal O Povo, em 1960, em que Lúcio Cardoso e José Lins do Rego teriam tido uma briga que precisou ser apertada. O motivo teria sido uma piada homofóbica feita pelo último a respeito do também escritor Otávio de Faria.


8. É a obra-prima do autor. 
Em 1962, Lúcio Cardoso teve um derrame cerebral que paralisou o lado direito do seu corpo, impedindo-o de escrever. Passou então a se dedicar com afinco à pintura e chegou a realizar duas exposições em vida. Lúcio morreu em 22 de setembro de 1968, na cidade do Rio de Janeiro, aos 56 anos vítima de um segundo AVC.


O que disseram sobre o livro

"O dom poético, o dom de criar vida, atmosfera, de armar os lances imprevisíveis e patéticos do destino. Na 'Crônica da Casa Assassinada' culminou essa força demiúrgica de Lúcio."
– Manuel Bandeira.

“Lúcio e eu sempre nos admitimos: ele com sua vida misteriosa e secreta, eu com o que ele chamava de 'vida apaixonante'. Em tantas coisas éramos tão fantásticos que, se não houvesse a impossibilidade, quem sabe teríamos nos casado” - Clarice Lispector.

"A narrativa de 'Crônica da Casa Assassinada' é um exercício de claustrofobia literária. Os personagens estão presos na Chácara. Estão presos em costumes e tradições que não cabem mais. Estão presos em desejos que não podem nunca sair do coração deles. Estão presos nos seus pensamentos, que vertem para o papel. O leitor e a leitora, pelo contrário, ficam livres para navegar nos cantos, tanto da Chácara como das pessoas. O texto não tem um narrador único. É contado pelo ponto de vista espatifado de cada pessoa que passa pela Chácara e por seus moradores: o farmacêutico, o padre, o médico, a governanta Betty, os irmãos Meneses, Nina, Ana e André. Cada capítulo é uma missiva de um desses personagens tentando comunicar ao mundo o que acontece naquela casa sitiada: confissões religiosas que jamais serão entregues, diários, cartas, bilhetes de amor escondidos embaixo de tijolos soltos que ilustram a decadência da casa. Cada trecho tem beleza própria, conta um ponto de vista da história e reluz, mas, como nos vidros coloridos que compõem um vitral, as peças incorporadas ganham uma nova imagem e coam a luz que vem do mundo externo, que parece nunca alcançar a Chácara." – Chico Felitti


Sobre o autor
Lúcio Cardoso nasceu em 1912 na cidade de Curvelo, Minas Gerais. Em 1930 publica seus primeiros textos em jornais, e seu romance de estreia, Maleita, é lançado em 1934. A partir de então, o autor produz diversas novelas, contos, livros infantis e romances, até que em 1959 publica "Crônica da Casa Assassinada" – clássico instantâneo da literatura brasileira. Sua morte, causada por derrame cerebral, acontece em 1968, no Rio de Janeiro.


.: Inspirada na mitologia Iorubá, peça online aborda necropolítica brasileira


Cia. do Despejo faz crítica à necropolítica brasileira na videoarte online ‘IRETI’, inspirada na mitologia Iorubá. Com dramaturgia de Ingrid Alecrim e direção de Thaís Dias, a distopia narra a história de uma mãe preta que pariu o Brasil e, depois de ser preterida pela nação, reivindica seus direitos de criação. Foto: Duda Viana

Com a missão de dar voz às culturas afrodiaspóricas – que foram depreciadas ao longo da História -, a Cia. do Despejo estreia a videoarte online “Ireti”, inspirada no espetáculo de mesmo nome. A obra é uma crítica à necropolítica brasileira e às violências sofridas pelas mulheres negras em nosso país. O texto ficou em 4º lugar no edital de Dramaturgia em Pequenos Formatos Cênicos, realizado pelo CCSP – Centro Cultural São Paulo em 2019.

As cenas foram gravadas sem plateia e seguindo todos os cuidados para garantir a segurança do elenco. O resultado será transmitido entre os dias 15 e 18 de abril, 13 a 16 de maio, 19 a 22 de junho e 17 a 19 de julho, sempre às 20h, pelo canal da Cia. Mungunzá de Teatro no YouTube.

A montagem, que tem dramaturgia de Ingrid Alecrim e direção de Thaís Dias, é inspirada na mitologia Iorubá, sobretudo na figura de Nanã Buruku, orixá que cedeu a lama do seu domínio para a criação dos corpos humanos. Ela também é responsável pela desencarnação, uma vez que exige de volta a matéria criadora da vida.

“O texto surgiu da ideia persistente de que o Brasil (conforme nominado após a colonização) foi parido e aleitado por mulheres indígenas, africanas e afrodescendentes. “Nosso ‘mundo’ é moldado através das mãos dessas mulheres e, muitas vezes, contra suas vontades. Na colonização, tudo o que é frutífero ficará arrasado: a terra e suas preciosidades, o corpo feminino e sua capacidade de gerar os povos miscigenados, que já nascem sob dominação”, revela a dramaturga Ingrid Alecrim.

A narrativa é conduzida por uma mãe preta e pobre, a personificação de Nanã Buruku. Ela ergueu o Brasil com os próprios braços, mas foi preterida pelo país e, agora, mergulhada em um contexto de miséria, violência, fome e terror, assiste a seus filhos serem mortos e presos e a suas filhas serem estupradas.

A matriarca furiosa reivindica seus direitos de criação, exige que a matéria humana retorne para si e procura alguma maneira de acabar com o mundo em desequilíbrio. A personagem é inserida em uma distopia, na qual as guerrilhas urbanas e rurais expandem uma guerra contra a governança brasileira.  E, nesse contexto, ela reflete sobre o que precisa ser mudado se quisermos viver em um país mais justo e menos violento.

“Ela toma as rédeas da existência humana, se colocando como uma figura central da história do Brasil, e não aceita ser musa, escrava, empregada ou ladra. Ela deixa de ser protagonista de uma história silenciada e solitária e se assume como protagonista da nação. Com essa história, a Cia do Despejo, da qual sou cofundadora, valoriza as narrativas das mulheres brasileiras ao dar voz às verdades desagradáveis, às culturas afrodiaspóricas depreciadas e à configuração de uma realidade apocalíptica convergente com os acontecimentos atuais”, comenta a autora.

Além de denunciar todos os tipos de atrocidades cometidas contra a população negra desde a colonização, a peça tem a proposta de valorizar as ancestralidades. “A todo momento são reavivados saberes e costumes ancestrais que chegam a nós através da afrodiáspora e das culturas orais indígenas. Ritos de cura e presenças míticas permeiam a narrativa e seus acontecimentos. A mitologia Iorubá chegou ao Brasil por meio das pessoas escravizadas e sobrevive através de muita resistência, também inevitavelmente mesclada à cultura do colonizador”, acrescenta.

Segundo Thaís, a encenação nasceu de uma estética uterina, “gestada coletivamente por uma equipe desejante desse nascimento/estreia/partilha cênica. Plasticamente composta de elementos suspensos, a cenografia e os objetos cênicos de Lui Cobra trazem em suas formas e funcionalidades as possibilidades de jogo entre os atuadores e o local da montagem. São camadas de tecidos, paredes-véus a serem costuradas, defumação flutuante, uma banheira parideira: nosso trono de assentamento para esperança nāo vindoura nesse Brasil-Terra-Chāo”, afirma.

O figurino criado por Duda Viana funciona como uma segunda pele, obedecendo aos tons terrosos do cenário e fazendo uma alegoria das figuras a serem interpretadas. “Um elemento que liga a espacialidade e as vestimentas sāo as máscaras feitas por Cleydson Catarina, que representam as nossas vozes, as vozes das mulheres pretas desse Brasil e a das nossas ancestrais”, completa. 


Sinopse do espetáculo
A narrativa é guiada por uma mãe preta inspirada na personificação de Nanã Buruku. Na história ela aparece como a mulher que pariu e levantou com seus braços o Brasil. País que a pretere, mata seus filhos e lhe relega a ingratidão e as sobras. Vislumbrando este mundo onde suas crianças vivem numa realidade cruel de fome, violência e dor, ela deseja a matéria da criação de volta para si, buscando uma maneira de acabar com um mundo desequilibrado. Nana reivindica seus direitos a uma boca que fala e a mãos que curam e matam. Ela se assume como a terra aberta, pulsando e se preparando para voltar ao início. 

Sobre a autora
Ingrid Alecrim é atriz, dramaturga, roteirista, produtora cultural e maquiadora. É cofundadora da Cia do Despejo, onde atuou como cocriadora, atriz, figurinista e maquiadora do espetáculo "Fêmea" e atualmente é dramaturga e produtora do espetáculo “Ireti”. Formada como atriz pela SP Escola de Teatro, iniciou sua trajetória artística através do Teatro Vocacional nos anos de 2006 a 2011. Atualmente, cursa licenciatura em Artes Cênicas na ECA/USP.


Sobre a diretora
Thais Dias é artista piracicabana atuante como atriz, figurinista, produtora cultural, arte educadora e diretora artística. Atriz formada pela Escola Livre de Teatro de Santo André-ELT (2009). Atriz do Grupo de Teatro Forfé, Coletivo Quizumba. Cantora nos rspetáculos de Repertório da Cia Treme Terra; e da Cia Zona Agbara.  Atuou como diretora artística das obras "Degredo", em 2015, e em “Ireti”, montagem em andamento em 2021. 

Encontra-se em pesquisa para elaboração do figurino dos processos artísticos dos grupos: Zona Agbaras, Coletivo Okan e a Coletiva de Teatro. E em processo criativo temporariamente intitulado: "Camadas da Pele /ou/ Parir a si mesma" onde investiga sua negritude, pele, feminismos e matriarcado.


Ficha técnica

Espetáculo: "Ireti"
Dramaturgia: Ingrid Alecrim
Encenação: Thaís Dias
Direção de movimento: Carol Ewaci
Intérpretes: Breno Furini, Isamara Castilho e Jennifer Souza
Concepções luminosas: Carolina Gracindo
Composição sonora: Aline Machado
Concepção de figurino e costura: Duda Viana
Concepção de cenografia e cenotécnica: Lui Cobra
Orientação de percussão: Helena Menezes Garcia
Orientação de máscaras: Renata Kamla
Mascareiro: Cleydson Catarina
Fotografia: Duda Viana
Artes de divulgação: Afrobela
Produção: Ingrid Alecrim
Assessoria de Imprensa: Bruno Motta Mello e Verônica Domingues –  Agência Fática
Este projeto foi contemplado pelo Programa para a Valorização de Iniciativas Culturais do Município de São Paulo – VAI.


Serviço
Espetáculo: 
"Ireti", da Cia do Despejo
Apresentações: 15 a 18 de abril, de quinta a domingo, às 20h
13 a 16 de maio, de quinta a domingo, às 20h
19 a 22 de junho, de sábado a segunda, às 20h
17 a 19 de julho, de sábado a segunda, às 20h
Transmissão pelo canal do YouTube da Cia Mungunzá: https://www.youtube.com/c/CiaMungunz%C3%A1deTeatro
Ingressos: grátis
Duração: 30 minutos
Classificação: 16 anos

.: Ando Camargo em monólogo baseado em conto de Caio Fernando Abreu


Ando Camargo protagoniza o monólogo "Uma Praiazinha de Areia Bem Clara, Ali, na Beira da Sanga", adaptação do conto do escritor Caio Fernando Abreu. Foto: Sergio Santoian

O #EmCasaComSesc segue em 2021 com uma programação diversificada de espetáculos ao vivo na internet. São shows, apresentações de teatro e de dança, e espetáculos para crianças e famílias, sempre mesclando artistas e companhias consagrados no cenário brasileiro com as novas apostas. As transmissões permanecem de terça a domingo, às 19h, no Instagram Sesc Ao Vivo e no YouTube Sesc São Paulo , exceto a apresentação para crianças, no sábado, que ocorre às 15h .

Em conformidade ao anúncio do Governo de São Paulo, que reclassificou todo o estado para a fase mais restritiva da quarentena onde são permitidas apenas atividades essenciais, as transmissões do #EmCasaComSesc serão realizadas da residência ou estúdio de trabalho dos artistas, seguindo todos os protocolos de segurança.

Nesta quarta-feira, dia 14, o ator Ando Camargo apresenta no Teatro #EmCasaComSesc, direto de São Paulo, o monólogo "Uma Praiazinha de Areia Bem Clara, Ali, na Beira da Sanga", com direção de Cássio Scapin. Em seu quarto de pensão, um rapaz escreve uma carta para o melhor amigo, que está longe há sete anos. Por meio de suas lembranças, ele busca encontrar uma identidade em meio à dureza e ao caos de uma grande metrópole. "Uma Praiazinha de Areia Bem Clara, Ali, na Beira da Sanga" é um conto do livro "Os Dragões Não Conhecem o Paraíso", de Caio Fernando Abreu (1948-1996). Após a apresentação, haverá bate-papo com o ator e o diretor. Classificação indicativa: 14 anos. Classificação indicativa: 14 anos

A série #EmCasaComSesc teve início em abril de 2020, com um conjunto de transmissões ao vivo das linguagens de Música, Teatro, Dança, Crianças e Esporte - que somaram 13,5 milhões de visualizações, até dezembro do ano passado, no total de 434 espetáculos. Transmissões ao vivo acontecem no YouTube do Sesc São Paulo e no Instagram do Sesc Ao Vivo: youtube.com/sescsp e instagram.com/sescaovivo.


.: Leila Navarro, palestrante e atriz, apresenta stand-up "A Poderosa Sou Eu"


Uma das maiores palestrantes do país, Leila Navarro apresenta temporada online do stand-up "A Poderosa Sou Eu". Autora de livros best-sellers, palestrante motivacional e atriz Leila Navarro cria reflexões através do humor em stand-up que terá temporada online. Foto: Acervo do Instituto Leila Navarro

A partir desta quarta-feira, dia 14 de abril, às 21h, o público terá a oportunidade de assistir ao primeiro stand-up criado por Leila Navarro, artista com mais de 20 anos de carreira conhecida como “viagra empresarial” pelo teor irreverente de suas palestras motivacionais. "A Poderosa Sou Eu" é um show que reúne textos dos melhores momentos e versões de Leila sobre a sua fase atual da carreira como artista. A apresentação, gravada previamente, será veiculada pelo Sympla e tem o apoio da Lei Aldir Blanc.

Colecionando diversos prêmios em sua trajetória e sendo reconhecida por veículos especializados da imprensa e público como uma das melhores palestrantes do Brasil, Leila viajou pelo mundo a trabalho, é autora de 16 livros, atriz, humorista, apresentadora, mentora, mãe, avó e muito mais. Aos 68 anos, ri de si mesma e inspira seus ouvintes a darem a volta por cima a partir das reflexões sobre sua vida.

Leila Navarro conta que sua experiência como palestrante contribuiu imensamente para a concepção de A Poderosa Sou Eu. Criado em três meses, o texto reflete sobre relacionamentos, mudanças, família, terceira idade e viagens, entre outros assuntos. O stand-up também tem momentos hilários sobre a relação de Leila com tecnologia, como quando aponta a assistente virtual Siri como uma psicopata, já que ela diz que "apenas os seres humanos têm a habilidade de gostar" e da vez que alterou o idioma do Waze para espanhol para ter uma companhia sedutora em seus trajetos de carro.

"Fiquei conhecida como a poderosa pela minha autoestima e autoconfiança. Nas minhas palestras, uso o humor para fazer profissionais se motivarem e apresentarem seus melhores resultados. Com esse show, quero divertir muita gente e fazer as pessoas pensarem em suas vidas por um lado mais positivo", diz.


Sobre a artista
Leila Navarro é atriz, humorista, escritora, apresentadora e empresária reconhecida no mercado de palestras como empreendedora do seu próprio talento. Há mais de 20 anos no mercado, conquistou sólida carreira no Brasil e no exterior. Suas palestras já foram assistidas na Espanha, Chile, Uruguai, Panamá, Japão, México, Peru, Paraguai, Colômbia, Angola e Portugal por mais de um milhão e meio de pessoas.

No Brasil, segundo a revista "Veja", ela integra o ranking dos 20 mais notáveis palestrantes brasileiros, sendo a única mulher. Autora de 16 livros, é difusora da Terapia do Riso no Brasil. Como artista, trabalhou em vários projetos de stand-ups e produziu o show musical "Leila Canta e Conta". Um de seus livros, "Grandes Egos Não Cabem no Avião", foi adaptado para o teatro com Leila como protagonista.

Serviço
Espetáculo: "
A Poderosa Sou Eu", com Leila Navarro
Temporada online: de 14 a 25 de abril de 2021, quarta a domingo, 21h
Duração: 60 minutos
Classificação indicativa: 14 anos
Ingressos: grátis, mas é sugerido um pagamento que será doado integralmente ao GRAAC (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer) nos valores de R$20, R$50 ou R$100.
Para reservar o ingresso, basta acessar o site https://www.sympla.com.br/produtor/apoderosasoueu.



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