sábado, 24 de julho de 2021

.: Temporada de "Alma Despejada" com Irene Ravache segue até dia 31


Com texto de Andréa Bassitt e direção de Elias Andreato, o espetáculo protagonizado por Irene Ravache conta a história de uma senhora com mais de 70 anos que, depois de morta, visita pela última vez a casa onde viveu e relembra passagens de sua vida. Foto: João Caldas Filho

O espetáculo "Alma Despejada", solo protagonizado pela atriz Irene Ravache, segue em temporada online no Teatro WeDo!, sala virtual da plataforma Sympla, até o dia 31 de julho, às sextas e aos sábados, com sessões abertas às 12 horas. Ingressos a partir de R$ 10.

Ao adquirir o ingresso, o espectador pode de acessar a exibição a qualquer momento pelo período de 24 horas. A gravação, realizada durante temporada no Teatro Porto Seguro com presença de público, proporciona a experiência de ver a peça em casa, com proximidade de detalhes, além de imagem e som em HD, aproximando ainda mais o espectador da encenação no palco.

Com texto de Andréa Bassitt e direção de Elias Andreato, o espetáculo "Alma Despejada" está indicada ao Prêmio Bibi Ferreira nas categorias de melhor Atriz, Texto e Iluminação. O enredo conta a história de Teresa, uma senhora com mais de 70 anos que, depois de morta, visita pela última vez a casa onde viveu e relembra passagens de sua vida.

Já falecida, Teresa visita a casa onde morou a maior parte de sua vida. O imóvel foi vendido e sua alma foi despejada. Teresa era professora de classe média, apaixonada por palavras, que teve dois filhos com Roberto, seu marido, homem simples, trabalhador, que se tornou um empresário bem-sucedido e colocou sua família no ranking de uma classe média emergente.

Na peça, escrita especialmente para Irene Ravache, em 2015, a personagem transita entre o passado e o presente, do outro lado da vida, sempre de maneira poética e bem-humorada. Teresa relembra histórias e pessoas importantes em sua existência, como Neide, sua funcionária por mais de 30 anos, e Dora, sua melhor amiga.

A teatralidade do texto de Andréa Bassitt (que também escreveu as peças "As Turca" e "Operilda na Orquestra Amazônica") instiga o espectador a seguir uma história aparentemente trivial, mas com uma trajetória surpreendente. “Essa mulher é apresentada diante de sua própria vida, e, a partir dessa visualização, ela encontra o entendimento da sua existência. É como se precisássemos abandonar a matéria para sermos conscientes de nós mesmos”, reflete o diretor Elias Andreato.

“Eu fiquei fascinada com esse texto e sua poesia. É muito delicado e fala da memória de uma mulher na minha faixa etária. Mesmo sabendo que a personagem está morta, não é uma peça triste, pesada ou rancorosa, fala muito mais de vida que de morte. Eu adoro esse tipo de possibilidade que o teatro oferece. E não tenho medo de misturar essas coisas, porque isso faz parte da vida. Nossa vida não é linear. Ela tem essas nuances”, confessa Irene Ravache.

"Alma Despejada" estreou em São Paulo, em setembro de 2019, no Teatro Porto Seguro, e estava em cartaz até março de 2020, no Teatro Folha, quando os teatros foram fechados devido à pandemia do coronavírus. No último ano, foram duas sessões virtuais, uma para o Sesc São Paulo e outra para o Instituto Usiminas, além de uma temporada recente em Portugal.


Ficha técnica
Espetáculo: 
"Alma Despejada". Texto: Andréa Bassitt. Direção: Elias Andreato. Interpretação: Irene Ravache. Cenário e figurino: Fabio Namatame. Iluminação: Hiram Ravache. Música: Daniel Grajew e George Freire. Cinegrafia: Paulo Arizati. Fotos: João Caldas Filho. Produção/realização: Oasis Empreendimentos Artísticos.


Serviço
Espetáculo: 
"Alma Despejada"
Temporada online:
até dia 31 de julho.
Sexta e sábado, a partir das 12h - Ingresso válido por 24h.
Local: Sympla / Teatro WeDo!
Ingressos: R$ 40, R$ 20 e R$ 10 - Vendas: www.sympla.com
Classificação: 14 anos. Duração: 80 minutos. Gênero: comédia dramática.

.: Grátis: Show “Zezé Motta - Mulher Negra” celebra o Dia da Mulher Negra


“Zezé Motta – Mulher Negra” será transmitido no dia 25 de julho e trará depoimentos de mulheres pretas como a cantora Iza, a filósofa Djamila Ribeiro, a escritora Conceição Evaristo, a influenciadora e ex-BBB Camilla de Lucas, e muitas outras. Foto: Bendito Benedito


O dia 25 de julho é uma data para trazer à memória de todos a luta das mulheres negras latino-americanas e caribenhas para uma sociedade mais justa. É um dia especial para relembrar a história de Tereza de Benguela. No Brasil, no dia 2 de junho de 2014, foi sancionada a Lei que institui o Dia da Mulher Negra, em homenagem à grande líder quilombola – fruto de intensa mobilização dos movimentos de mulheres negras brasileiras. 

Zezé Motta, ícone negro da cultura brasileira, promete não deixar a data passar despercebida. Neste domingo, dia 25 de julho, será realizado às 17h o especial “Zezé Motta - Mulher Negra”, que será transmitido no canal L!Ke (530 da Claro - 500 da Claro NET), e pelo canal oficial do Teatro Bradesco no YouTube.

Na apresentação musical da atriz-cantora, músicas consagradas como “Magrelinha” de Luiz Melodia, e “Tigresa” de Caetano Veloso. Zezé Motta vai estar acompanhada da maestrina Claudia Elizeu, e este ano uma novidade, seu pocket-show vai contar com a participação especial da jovem cantora Malía. Nascida na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, Malía tem 21 anos e começou a carreira em um coletivo no bairro de Madureira, como a forte voz feminina na afirmação da música urbana, no R&B e hip hop. Já foi uma das grandes atrações do Rock in Rio e teve algumas de suas músicas incluídas nas trilhas sonoras de novelas da Globo. Seu álbum “Escuta”, atingiu 8 milhões de streams no Spotify.

A apresentação será de Luana Xavier - atriz, apresentadora, influenciadora digital e ativista em prol do povo preto -, e Rafaela Pinah - Mulher trans negra, pesquisadora de tendências, colunista e diretora criativa do Coolhunter Favela. O especial trará ainda depoimentos de mulheres pretas como as atrizes Cris Vianna, Elisa Lucinda, Indira Nascimento, a cantora Iza, a escritora Conceição Evaristo, a filósofa Djamila Ribeiro e a ex-BBB Camilla de Lucas.

A gravação vai acontecer no coração de Santa Teresa, em um dos lugares mais charmosos da Cidade Maravilhosa, o Chez Georges Rio, com uma vista única do mar e do Pão de Açúcar. Seu estilo é único e considerado modernista brutalista, fazendo uso de grandes arcos, concreto e madeiras de lei.

Com mais de 50 anos de carreira, Zezé Motta é a típica mulher da pele preta que se tornou figura respeitada na música, televisão e cinema, venceu o preconceito, quebrou paradigmas e desde os anos 70 vem usando seu espaço na mídia para denunciar, lutar e reivindicar a questão do negro. Com seu canto de luta e resistência, Zezé é a estrela principal do especial que contará com roteiro e direção de Yasmin Thayná. Criadora do Afrolix, plataforma que reúne produções de artistas negros, Yasmin foi vencedora do "Oscar Africano" pelo curta ‘’Kbela”, foi considerada pela Forbes em 2021 como um dos 90 nomes brasileiros abaixo de 30 anos mais brilhantes em sua área de atuação.

“É difícil fazer arte no Brasil, de um modo geral, mas para a mulher negra é mais difícil ainda. A minha questão sempre foi com a justiça. Vejo este especial como uma grande homenagem, elas são importantes porque significam o reconhecimento de uma batalha para construir uma carreira. Iniciar uma carreira em qualquer segmento é difícil e mantê-la é mais complicado, ainda mais com os conflitos que temos, sejam eles de gênero ou de cor. Quando as coisas começaram a dar certo pra mim, eu sempre me questionava, só que não possuía um discurso articulado, foi então que conheci Lélia Gonzalez, a partir daí ela virou minha guru, logo no primeiro dia que a conheci ela me disse: (Nós não temos tempos para lamúrias. Temos que arregaçar as mangas e virar esse jogo). E essa frase ficou definitiva na minha vida. Hoje não sofro com a discriminação racial, mas aproveito o espaço da mídia para denunciar, combater. E vejo isso como uma missão. Venho tentando virar esse jogo há mais de 50 anos”, afirma Zezé Motta.

“Todas as chefes de equipe, direção, roteiro, direção de fotografia, direção de arte e montagem são comandadas por mulheres negras. É muito importante que num dia como esse, o 25 de julho, a gente possa se celebrar de diversas formas. Inclusive criando juntas na frente e por trás das câmeras. A gente tá trabalhando para entregar um show muito especial com bate papo sobre autocuidado e estratégias para se manter vivas diante de tantos desafios. Eu sou uma mulher, negra, diretora e roteirista. Esse é o primeiro musical que dirijo no audiovisual. É meu sonho dirigir shows e experiências musicais nesse sentido", ressalta Yasmin Thayná, diretora artística do especial.

Atuando com assiduidade na televisão, no cinema e nos shows, e saudada como a mais importante atriz-cantora do país, Zezé Motta durante seus mais de 50 anos de carreira, rompe barreiras e coloca no centro da cena artística nacional as múltiplas dimensões do protagonismo feminino e negro em tela. O seu imenso talento e carreira inspiram atuais e futuras gerações de mulheres que lutam por expressão, espaço e oportunidade.


Solidariedade
Vice-presidente do Retiro dos Artistas, Zezé Motta engajará seu público para fazer doações à instituição através de um QR code que será disponibilizado na tela. O Retiro dos Artistas fez 100 anos e abriga a história viva da Cultura Brasileira, guardando uma rica história não só artística, mas social e assistencial. As doações que acontecerão simultaneamente à exibição, continuarão ao longo dos dias, a apresentação ficará disponível no YouTube do Teatro Bradesco. A ação conta com patrocínio do Teatro Bradesco, Avon e Genera. A realização é da Entusiasmo e Entretenimento e Vinicius Belo Relações Públicas.

Serviço:
Especial 
“Zezé Motta - Mulher Negra”
Data: 
domingo, dia 25 de julho.
Horário: às 17h.
Onde: Canal L!ke (530 da Claro - 500 da Claro NET), e Canal Teatro Bradesco (YouTube).
Roteiro e direção: Yasmin Thayná.
Apresentação: Luana Xavier e Rafaela Pinah.
Apresentação musical: Zezé Motta e Malía.
Piano: Claudia Elizeu.
Diretora de Arte: Jéssica Senra.
Diretora de Fotografia: Suelen Menezes.
Realização: Entusiasmo Entretenimento e Vinicius Belo Relações Públicas.


.: Espetáculo infantil "Procurando Luiz" é inspirado no universo de Luiz Gonzaga


Espetáculo infantil “Procurando Luiz”, inspirado no universo poético de Luiz Gonzaga, chega às suas duas últimas apresentações em formato online, dias 24 e 25 de julho. Bem avaliado pela crítica e sucesso de público, montagem será transmitida pelo YouTube. Foto: João Caldas

O espetáculo infantil “Procurando Luiz” chega às suas duas últimas apresentações, nesta temporada em formato on-line, nos dias 24 (sábado, às 11h e 15h) e 25 (domingo, às 11h) de julho. Aproximando o público do universo poético das canções do "Rei do Baião", Luiz Gonzaga (1912-1989), a montagem está sendo realizado por meio do ProAC ICMS – Programa de Ação Cultural do governo do estado de São Paulo.

A peça é encenada no Teatro da Cia de Revista em São Paulo e transmitida de forma gratuita, ao vivo, diretamente no Canal do YouTube do espetáculo. Vale ressaltar que, no dia 31 de julho, às 19h, haverá ainda um encontro do elenco com o sanfoneiro Joquinha Gonzaga, sobrinho do Rei do Baião, nascido na mesma cidade natal do tio, Exu (PE). Será uma bate-papo musical sobre a trajetória deste ícone da cultura brasileira.

Procurando Luiz é uma montagem do Grupo Cena Teatral, com concepção de Roberto Haathner, direção de Gustavo Kurlat e dramaturgia de Paulo Rogério Lopes. Com elenco formado pelos atores Roberto Haathner, Bruno Perillo e Iris Yasbek, o espetáculo traz como temas principais a amizade e a superação, fazendo alusão à obra de Luiz Gonzaga como o voo da Asa Branca, passagens pelo sertão do Cariri e o Riacho da Brígida, além da presença constante da lua.

De maneira poética, lúdica e bem-humorada, o espetáculo mergulha no imaginário popular com canções – parte interpretada ao vivo – e referências ao Nordeste brasileiro, reunindo causos e brincadeiras populares.


Ficha técnica
Espetáculo: "Procurando Luiz - Online".
Elenco:
Bruno Perillo (jovem), Iris Yazbek (Das Dores) e Roberto Haathner (João).
Direção artística e musical: Gustavo Kurlat.
Dramaturgia: Paulo Rogerio Lopes.
Cenários/figurinos e adereços: Marco Lima.
Design de luz: Kleber Montanheiro.
Concepção e Idealização: Roberto Haathner.
Assistente de direção: Suzana Rebelov.
Produção executiva e administração: 12 por 8 Produções Artísticas.
Assistente administrativo: João Gabriel Ferreira Hathner.
Assistentes de produção: Rosangela Roberta Oliveira Pereira.
Designer gráfico: Josiel Bastos.
Fotografia: João Caldas.
Operador de som: Jorge Eluiz.
Coordenação técnica de montagem e contrarregra: Marcos Ribeiro.
Operador de luz: Rodrigo Oliveira.
Patrocínio: ProAC ICMS / Tenda Atacado / Alfa - Tennant.
Realização: Governo do Estado de São Paulo e 12 por 8 Produções Artísticas.


Serviço
Espetáculo: "Procurando Luiz - Online"
Temporada:
de 3 a 25 de julho - sábados às 11h e 15h, e domingos, às 11h.
Transmissão: Canal do YouTube do espetáculo.
Classificação etária: a partir de seis anos.
Duração: 55 minutos.
Bate-papo com elenco e Joquinha Gonzaga: dia 31 de julho, sábado, às 19h, pelo Canal do YouTube do espetáculo.

.: Lívia Maria dará vida a Summer em “School of Rock”


A atriz Lívia Maria estreia no próximo sábado, dia 24 como Summer em "School of Rock", no Teatro Cassiano Gabus Mendes, em São Paulo. Espetáculo é uma parceria entre The Musical Company e Estúdio Broadway Morumbi.

Baseado no filme de 2003, escrito por Mike White, "School of Rock" conta a história de Dewey Finn, um roqueiro amador e fracassado. Cheio de dívidas para pagar ele finge ser seu melhor amigo Ned Schneebly, e trabalha como professor substituto em uma conservadora escola, lá o roqueiro descobre um talento musical incomum em seus alunos. Então Dewey forma um grupo escolar na tentativa de provar que todos estavam errados e vencer a “Batalha das Bandas”.

Lívia Maria dará vida a personagem Summer, revezando o papel com outras amigas de elenco em algumas apresentações. Summer Hathaway é uma das personagens principais, ela é a empresário da banda por ser muito inteligente para a idade dela.

Trazendo mais um blockbuster diretamente da Inglaterra, o Estúdio Broadway Morumbi apresenta "School of Rock - O Musical". Em parceria com a consolidada The Musical Company, o espetáculo tem direção geral de Fernanda Chamma, músicas do premiado Andrew Lloyd Webber e texto de Julian Fellowes. A versão brasileira é assinada por Mariana Elisabetsky e Victor Mühlethaler. Na direção e coreografia da Next Generation respectivamente estão Arthur Berges e Fabrício Negri, ambos integrantes do elenco na versão oficial brasileira. O maestro Renan Achar, também integrante da montagem oficial no país, assina a direção musical da obra que promete surpreender amantes do clássico ao rock n’roll.

Lívia Maria é atriz e cantora mirim, esteve em cartaz como Wendy em “Peter Pan”, tia Gerúndia em “Pluft” e nas peças “Cinderella”, “A Vida É Uma Festa”, além dos espetáculos “A Christmas Carol”“Matilda in Concert”“João e Maria - O Musical” e “Christmas Show”, com direção geral de Fernanda Chamma. Participou do videoclipe “Ô Pai” de Nathan Barone e do comercial “Desafio Óreo”, além da participação no filme “Para Franscisco”. A temporada de "School of Rock - O Musical", licenciada para o Brasil, terá todos os protocolos de segurança exigidos pela OMS.


Serviço:
"School of Rock - O Musical"
Estreia dia 24 de julho.
Sábados e domingos, às 15h e às 18h.
Curta Temporada.
Espaço Cultural Cassio Gabus Mendes – S.P. Futebol Clube – Estádio do Morumbi, Av. Jules Rimet, Portão 07.
Ingresso: R$ 50 (meia) e R$ 100 (inteira).
Vendas pelo site: https://www.eventbrite.com/o/estudio-broadway-33894954373
Duração: 110 minutos.
Gênero: musical.
Classificação: livre.


Ficha Técnica:
"School of Rock - O Musical"
Músicas: 
Andrew Lloyd Webber.
Letras: Glenn Slater.
Texto: Jullian Fellowes.
Versão Brasileira: Mariana Elisabetsky e Victor Mühlethaler.
Direção Geral: Fernanda Chamma.
Direção: Arthur Berges.
Direção musical: Renan Achar.
Coreografia e direção residente: Fabrício Negri.
Produção executiva: Claudia Lima.
Direção de produção: Renata Alvim.
Realização: Estúdio Broadway Morumbi.


.: Estreia "O Homem da Noite Eterna", que transita entre teatro e cinema


Estreia neste sábado, dia 24 de julho, o cine-teatro-web "O Homem da Noite Eterna",  atração de abertura do 2º Festival de Teatro Online em Tempo Real do Rio de Janeiro. O experimento, que transita entre o teatro e o cinema, terá sessão nos dias 24 e 25 de julho, às 18h, no canal da Cia Banquete Cultural, no YouTube, gratuito. Foto: divulgação/Equipe Banquete Cultural


Neste sábado e também no domingo, dias 24 e 25 de julho, às 18h, o experimento "O Homem da Noite Eterna", de Marco Miranda, com Elton Lellis e Jean Mendonça, será exibido como evento especial de abertura do 2º Festival de Teatro Online em Tempo Real do Rio de Janeiro. A peça online será exibida no canal da Cia Banquete Cultural, no YouTube, de forma gratuita. “Trata-se de um experimento que transita entre o teatro e o cinema, ambos feitos para web, o que comecei a chamar de teatro-web, mas que poderia também ser cine-teatro-web”, ressalta Jean. 

O autor e diretor, Marco Miranda, diz que o experimento conta a história de um homem que está aprisionado em algum lugar e em algum tempo indefinido. “Talvez ele esteja delirando ou até mesmo sonhando, ou então viva em uma triste realidade. Ele se debate entre dúvidas, incertezas e certezas tão firmes, quanto um barquinho de papel em uma tempestade. De uma questão esse homem não tem dúvida: existe uma terrível peste assombrando mais uma vez o mundo”, finaliza Miranda.

O 2° Festival de Teatro Online em Tempo Real do Rio de Janeiro, acontece de 31 de julho a 22 de agosto, sempre na seguinte sequência: Esquete (17h), Comédia (18h) e Drama (19h30). As apresentações vão acontecer em dois momentos; Online e em tempo real, entre os dias 31 de julho e 8 de agosto, pelo aplicativo Zoom, com link disponibilizado nas redes sociais da Cia Banquete Cultural para no máximo 100 pessoas.

E, a segunda fase, online da gravação da exibição dos experimentos em tempo real e das esquetes gravadas, de 14 a 22 de agosto, pelo YouTube, sem limite de público. A premiação será transmitida ao vivo, no dia 28 de agosto, às 18h e, a reapresentação online dos trabalhos premiados será realizada em 29 de agosto, a partir das 17h. Mais informações sobre o evento podem ser adquiridas pelo e-mail: banqueteculturalproducoes@gmail.com. Para compor o Júri Técnico desta edição foram selecionados os seguintes nomes: Aline Deluna, Lourival Prudêncio, Luciana Bicalho, Nicole Cordery, Silvana Stein e Tatiana Tibúrcio.


Ficha técnica do experimento cênico
Espetáculo:
"O Homem da Noite Eterna"
Apresentação: sábado e domingo, dias 24 e 25 de julho, às 18h
Local: YouTube – canal da Cia Banquete Cultural
Duração: 40 minutos
Classificação: 14 anos
Gênero: drama
Elenco: Elton Lellis e Jean Mendonça
Autor e diretor: Marco Miranda
Realização: Cia Banquete Cultural
Assessoria de imprensa: Sevilha Comunicação


Ficha Técnica do evento
2° Festival de Teatro Online em Tempo Real do Rio de Janeiro
Promotora do evento:
Cia Banquete Cultural
Anúncio dos selecionados: 25 de julho de 2021
Realização do evento: de 31 de julho a 22 de agosto de 2021
Premiação: 28 de agosto de 2021
Outras informações do evento: banqueteculturalproducoes@gmail.com
Assessoria de imprensa: Sevilha Comunicação


sexta-feira, 23 de julho de 2021

.: Crítica musical: Bruxas Exorcistas utiliza o rock contra o negacionismo


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico musical.

Sete amigas decidiram unir forças contra o sentimento negacionista que vem assolando o país. Batizado como Bruxas Exorcistas, o novo supergrupo procurou usar a primeira canção, chamada "Vade Retro Satanas" como uma válvula de escape para literalmente exorcizar todo tipo de sentimento negativo no mundo atual.

A canção foi composta no violão por Virginie Boutaud, que também é vocalista da banda Metrô. E uniram-se a ela Érika Martins (do grupo Autoramas), Lovefoxxx (da banda Cansei de Ser Sexy), Apolonia Alexandrina (banda Anvil FX), Marya Paraguaia (Grupo Escambau), e mais Camila Costa e Emilie Ducassé.

As integrantes são amigas de longa data e possuem alguns pontos em comum. Algumas delas são veganas e todas são ativistas que procuram lutar por um mundo diferente do que vemos atualmente, com mais de 50 mil mortes causadas pela pandemia do covid-19 e uma ação ineficaz do governo para impedir a sua disseminação. Junte-se isso ao crescente desmatamento no meio ambiente, que proporciona resultados nefastos em nosso dia a dia. O grito de revolta das bruxas é contra todo esse estado de coisas que observamos diariamente.

As vozes das “bruxas” foram gravadas em estúdios ou celulares, entre Sampa, Garopaba, Toulouse, Paris, Curitiba. A canção foi mixada no Garage Band na região de Toulouse, na França, onde Virginie reside atualmente. A arte da capa do single foi elaborada pela Lovefoxxx e o selo Maxilar está se encarregando da divulgação. Ao ouvir o single, ficamos curiosos para saber se essas bruxas vão produzir outras canções. É esperar para conferir.

Bruxas Exorcistas -"Vade Retro Satanas"



.: "É Nóis Na Xita 2 - Em Busca do Riso Perdido" recupera a alegria do circo


Montado durante a pandemia, espetáculo propõe resgatar o riso perdido em meio à ansiedade, à angústia, ao stress e ao medo que tomaram conta da sociedade nos últimos anos. Foto: Georgia Branco

Primeiro espetáculo do Grupo Namakaca, "É Nóis na Xita", montado em 2004, ganha uma continuação em "É Nóis Na Xita 2 - Em Busca do Riso Perdido". Com direção de Marcelo Lujan e utilizando truques de malabarismo com objetos inusitados, monociclos, acrobacias, equilibrismo, chicote e muita palhaçaria, os artistas Cafi Otta, Du Circo e Montanha Carvalho estreiam o novo projeto em versão digital pelas redes sociais dos teatros municipais da cidade de São Paulo.

As apresentações acontecem nos dias 24 e 25 de julho, pelo Teatro João Caetano; dias 31 de julho e 1º de agosto, pelo Teatro Paulo Eiró; dias 7 e 8 de agosto, pelo Teatro Cacilda Becker; dias 14 e 15 de agosto, pelo Teatro Alfredo Mesquita; e dias 21 e 22 de agosto, pelo Teatro Arthur Azevedo. As sessões são sempre aos sábados e domingos, às 16h, com ingressos gratuitos.

Montado durante a pandemia, "É Nóis na Xita 2" propõe recuperar o riso perdido em meio à ansiedade, à angústia, ao stress e ao medo que tomaram conta da sociedade nos últimos anos. Com números inéditos, novos figurinos e cenários, e uma trilha sonora composta exclusivamente para a montagem, este novo espetáculo tem tudo para seguir o sucesso de sua versão inicial, usando muito circo, música e comicidade.

“Em 2004 o espetáculo mostrava o convívio de três amigos. Agora estes amigos se juntaram com um único objetivo: encontrar o riso perdido. Nestes anos todos de trajetória perceberam a importância da alegria para as pessoas. E, em tempos pandêmicos, o riso se perdeu. Mas o Grupo Namakaca está aí para ajudar nessa investigação”, fala Cafi Otta.

A busca pelo riso, conduzida pelos palhaços Cafi Otta, Du Circo e Montanha Carvalho, conduz a plateia por diversos conceitos relacionados ao riso, desde aspectos da ciência e suas descobertas sobre hormônios e bem-estar, até as mais simples, e por vezes, virtuosas desventuras circenses. Um espetáculo para toda a família, capaz de transformar qualquer espaço num verdadeiro picadeiro, até mesmo o virtual.

“A emoção causada pelo circo acontece independente do espaço onde ele se apresenta. O risco e o riso andam sempre juntos quando falamos de circo, e no espaço virtual a plateia vai sentir tudo isso em casa”, conclui Otta.


Sobre o Grupo Namakaca
O Grupo foi criado em 2004 para ampliar, contribuir e preservar, através de pesquisas contínuas, os horizontes da linguagem do palhaço e das artes circenses brasileiras.  Em sua trajetória criou sete espetáculos: "É Nóis na Xita", "Zé Preguiça", "Besouro Mutante", "O Omelete", "Carlos Felipe em Apuros", "Quebrando a Bacia" e "O Pavão Misterioso".

Com o espetáculo "É Nóis na Xita", realizaram mais de mil apresentações, em 23 estados brasileiros. Agindo sempre nas fronteiras sociais, o grupo sempre buscou oferecer atrações com entrada gratuita para pessoas com pouco ou nenhum acesso a espetáculos circenses e teatrais.  O Grupo Namakaca também se arriscou em outras praias, como no musical "Noé, Noé, Deu a Louca no Convés", de Ivaldo Bertazzo; na ópera "A Italiana em Argel", com direção de Hugo Possolo; e no longa-metragem "O Contador de Histórias", de Luiz Villaça. 

Fora do Brasil, se apresentaram em Hamamatsu, Japão; em diversas Convenções Europeias, como na Eslovênia, na Grécia e na Holanda; e em alguns dos mais importantes festivais de teatro da Espanha, como o FIT de Cadiz e o Festival de Teatro Clássico de Almagro.

Entre 2016 e 2017 gravaram a série "Minha Vida É Um Circo", exibida pelo Canal HBO. A série trata sobre o circo e os circenses do mundo. O Grupo viajou por oito países: Holanda, Espanha, França, México, Estados Unidos, Peru, Argentina e também o Brasil. Os oito episódios começaram a ser exibidos pelo Canal HBO em 2018 e foram reprisados constantemente nos anos de 2019 e 2020. Também neste ano, a série ganhou o prêmio Telly Awards melhor documentário de TV pela Best Televison General.


Ficha técnica:
Espetáculo:
"É Nóis Na Xita 2 - Em Busca do Riso Perdido". Roteiro: Grupo Namakaca. Direção: Marcelo Lujan. Elenco: Cafi Otta, Du Circo e Montanha Carvalho. Figurinos: Carol Badra. Cenário: Palhassada Ateliê. Trilha sonora: André Caccia Bava. Designer: Mariana Carvalho. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Produção executiva: Cristiani Zonzini.


Serviço:
Grupo Namakaca apresenta "É Nóis Na Xita 2 - Em Busca do Riso Perdido"
Duração:
50 minutos.
Classificação etária: livre. 


Teatro João Caetano
Dias 24 e 25 de julho de 2021 - Sábado e Domingo, às 16h.
Ingressos: Gratuito - Online.
Transmissão: Facebook: https://www.facebook.com/teatropopularjoaocaetano
YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCQx2fKyT_uAwnb3i5uQOU8Q

Teatro Paulo Eiró
Dias 31 de julho e 1º de agosto de 2021- Sábado e Domingo, às 16h.
Ingressos: Gratuito
 - Online.
Transmissão: Facebook: https://www.facebook.com/teatropauloeiro

Teatro Cacilda Becker
Dias 7 e 8 de agosto de 2021 - Sábado e Domingo, às 16h.
Ingressos: Gratuito
 - Online.
Transmissão: Facebook: https://www.facebook.com/TeatroCacildaBeckerSP/

Teatro Alfredo Mesquita
Dias 14 e 15 de agosto de 2021- Sábado e Domingo, às 16h.
Ingressos: Gratuito
 - Online.
Transmissão: Facebook - https://www.facebook.com/teatroalfredomesquita
YouTube - https://www.youtube.com/c/TeatroAlfredoMesquita

Teatro Arthur Azevedo
Dias 21 e 22 de agosto de 2021- Sábado e Domingo, às 16h.
Ingressos: Gratuito
 - Online.
Transmissão: Facebook - https://www.facebook.com/teatroarthurazevedosp
YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCVCc2U-BThG7_uVqouY8iXw


"É Nóis Na Xita 2 - Em Busca do Riso Perdido" - Grupo Namakaca


.: Com atores de máscara, "A Bela e a Fera" reestreia no Teatro Claro SP


As férias de julho estão rolando e o clássico musical "A Bela e a Fera", na encenação de Billy Bond, fará curta temporada presencial de 24 de julho a 15 de agosto, aos sábados e domingos no Teatro Claro SP. Atores estarão de máscara o tempo todo em cena. O teatro segue os protocolos de segurança contra a covid-19. Foto: Biana Tatamyia


Com atores de máscara, "A Bela e a Fera - O Musical" reestreia no Teatro Claro SP dia 24 de julho. Dirigido por Billy Bond, musical é adaptado aos protocolos do distanciamento social. Com elenco de atores e bailarinos interpretando 30 personagens, a obra é baseada no conto de fadas de Jeanne-Marie LePrince. A versão de Billy Bond, direcionada para toda a família, é calcada em efeitos especiais. Teatro segue todos os protocolos de segurança contra a covid-19. Realização da Black & Red. Curta temporada: 24/07 a 15/08/2021. 

Com coreografias adaptadas ao protocolo de ações contra a Covid-19, atores com máscara o tempo todo e a realidade do cotidiano da pandemia inserida no espetáculo, tanto na encenação como no texto, o clássico musical "A Bela e a Fera - O Musical" reestreia no Teatro Claro SP neste sábado, dia 24 de julho, às 16h. Temporada aos sábados às 16h e domingos às 16h30 horas até dia 15 de agosto. 

Responsável pela direção geral e adaptação, Billy Bond tratou de incluir, em algumas cenas, de forma sutil, marcações ressaltando a importância do uso do álcool gel e do distanciamento social. O espetáculo já foi visto por espectadores em cidades do Brasil, Argentina, Chile e Peru. Para contar a história de Bela, a produção conta com 23 pessoas no elenco - 12 no corpo de baile e 11 atores interpretando 30 personagens. No total, 55 profissionais trabalham na montagem, entre técnicos de palco, de cabine e produtores. 

Quem garante a organização e atua comandando os bastidores para que tudo dê certo é a diretora de produção Andrea Oliveira. Ela brinca que transformará os bastidores do teatro "quase num hospital" para garantir o cumprimento das regras de proteção, como todas da equipe paramentada com equipamentos de proteção individual - máscaras, face shields e aventais. “Para evitar que os atores retirem a máscara ao se maquiar no camarim, cada um faz seu make em casa e chega pronto ao teatro. Assim ninguém fica um minuto sem proteção”, conta Andrea, comentando sobre os cuidados, os novos procedimentos adotados na pandemia.

Billy Bond revela que a partir dos anos 2000 sedimentou seu formato de encenar espetáculos musicais com total liberdade de criação. Italiano naturalizado argentino, o aclamado diretor é também responsável pela encenação de "O Mágico de Oz", "Natal Mágico", "Peter Pan", "Cinderella" e "Os Miseráveis", entre outros. Para envolver a plateia na sensação de fazer parte do espetáculo, o diretor faz questão de efeitos especiais e de iluminação, além de recursos de gelo seco, entre outros truques, como a levitação e o voo de um fantasma, efeitos de ilusionismo. O 4D aproxima ainda mais os espectadores do universo mágico da obra. “O público sente o aroma de rosas, da chuva, sente o vento, a neve e muitas outras sensações que fazem parte da história”, relata o diretor Billy Bond.


História
Romance originalmente escrita para adultos por Gabrielle-Suzanne Barbot, em 1740, "A Bela e a Fera" recebeu versão mais curta para crianças, em 1956, por Jeanne-Marie LePrince de Beaumont. O clássico conto de fadas foi eternizado no cinema pela animação de Walt Disney. Para salvar seu pai, a bondosa Bela vai morar no castelo da assustadora Fera. Mas, com o passar do tempo, a jovem descobre que a Fera não é tão má assim.

Bela deseja para sua vida muito mais do que a pequena cidade provinciana de Villeneuve pode oferecer. Lá, ela se destaca da multidão com um ponto de vista único, uma independência vigorosa e um notável amor pelos livros. Ela anseia por viagens e aventuras, e por uma vida tão empolgante quanto as histórias que lê, mas, quando seu amado pai é aprisionado por uma fera em um castelo encantado, o destino de Bela muda para sempre. Ao arriscar sua liberdade e seu futuro, ela assume o lugar do pai, jurando que escaparia em segredo. No entanto, conforme aprende mais sobre a Fera e seu misterioso castelo, Bela descobre que pode haver mais sobre a história dele – e sobre a sua própria – do que ela jamais poderia ter imaginado.

O diretor estimula os jovens e crianças a refletir, assim como Madame Jeanne (autora do conto), que se preocupava com a essência do ser humano e queria que os jovens aprendessem a ouvir seus corações. “Não é fácil fazer espetáculos para a família, pois temos que agradar a todos. As mais difíceis de agradar são as crianças, que são perceptivas e diretas. A história tem que ser contada com muita agilidade e surpreender a cada momento. A música e a dança devem acontecer em sincronia total e os figurinos devem ser impecáveis. Tudo isso somado a uma boa adaptação são os requisitos básicos para uma superprodução musical”, completa Billy Bond, sempre rigoroso em seus trabalhos.


Ficha técnica
Espetáculo:
 "A Bela e a Fera - O Musical". Direção geral e adaptação de texto: Billy Bond. Direção de dramaturgia: Marcio Yacoff. Arranjos e direção musical: Vila/Bond. Coreografia: Italo Rodrigues. Cenográfica: Paul Veskasky Cyrus Oficinas. Figurinos: Feliciano San Roman. Make up artist: Beto França. Adereços e próteses: Gilbert Becoust. Diretor vocal: Santiago Lemmos. Direção técnica: Angelo Meireles. Direção de produção: Andrea Oliveira. Assessoria de imprensa: M. Fernanda Teixeira e Macida Joachim/Arteplural. Elenco: Luiza Lapa (Bela), Diego Luri (Fera), Marcio Yacoff (Gaston), Luana Martins (Ulisses ), Alvaro de Pádua  (Lumina), Ítalo Rodrigues  (Tic Toc), Paula Canterini (Bule e Carlota), Davi Okabe (Xícara), Luiz Pacini (Pai da Bela), Nicole Peticov (Anacleta), Mayla Bety (Poltrona), Marcio Lousada (Fariseo), Luiza (Tapete) e Luana Oliveira (Pompom).

Serviço
"A Bela e a Fera - O Musical" 
- Reestreia dia 24 de julho, sábado, às 16h. 
Teatro Claro São Paulo - R. Olimpíadas, 360 - Vila Olímpia, São Paulo.
Estreia: sábado, dia 24 de julho de 2021.
Curta temporada: de 24 de julho a 15 de agosto de 2021.
Datas: sábado, às 16h, e domingos, às 16h30.
Ingresso: R$ 200 (Plateia) / R$ 180 (Balcão Nobre) / R$ 150 (Balcão).  
Capacidade: 321 lugares (40% da capacidade total).
Classificação: livre.
Duração: 1h30.
Descontos: 50% de desconto para cliente Claro em até quatro ingressos.
Meia-entrada: estudantes, maiores de 60 anos, professores da rede publica, PCD.

.: "Dois a Duas" discute descoberta da sexualidade e faz apresentações online


Vencedor do Prêmio APCA 2018 de teatro na categoria melhor espetáculo para público jovem, "Dois a Duas" ganha uma versão online e faz apresentação no Youtube da Fundação Cultural Jacareí.


Sucesso de crítica e super premiado, o espetáculo "Dois a Duas", escrito por Maria Fernanda de Barros Batalha e dirigido por Erica Montanheiro e Mariá Guedes, ganha uma versão audiovisual para tempos pandêmicos, com apresentação em 24 de julho, sexta, às 19h, no Youtube da Fundação Cultural Jacareí. No dia 25 de julho, sábado, às 20h, o YouTube da Prefeitura de Ilha Solteira recebe também uma apresentação. A programação desses próximos dias ainda inclui a FundArt - Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba, no dia 28 de julho, às 21 horas, também no YouTube.

"Dois a Duas" fala sobre a descoberta da sexualidade na adolescência e tem uma presença muito forte da música, com uma trilha que inclui músicas de Nina Simone, Tim Maia, As Bahias e a Cozinha Mineira, Mc Linn da Quebrada, Cássia Eller e outros. O espetáculo para a versão audiovisual foi captado e editado pela Bruta Flor Filmes.

Bruna Betito, Daniela Flor, Jhenny Santine, Luis Seixas e Luzia Rosa formam o elenco que dá vida a história de Lígia, uma estudante de uma escola particular de São Paulo, na qual sua mãe trabalha como bedel. Por ser a aluna mais dedicada da turma, acaba ficando muito próxima da professora de literatura, Cecília. Seus melhores amigos, Ana e Márcio, vivem uma conturbada relação e Ligia só quer que o ensino médio acabe logo.

A peça nasceu da vontade da dramaturga Maria Fernanda de Barros Batalha (que é mulher, lésbica e trabalha com adolescentes há cerca de uma década e meia) de falar com o público jovem sobre problemas e questões que sempre afligem adolescentes: amadurecimento, conquista de espaço, descobertas sexuais, racismo, machismo, ética e choque de gerações. De acordo com a autora, a produção cultural para essa faixa etária é muito escassa no país e parte das referências são, em sua maioria, de outras partes do mundo, o que nem sempre reflete à realidade de um jovem brasileiro. Quando se parte para questões como a descoberta da homossexualidade (ainda mais quando falamos de mulheres), as opções diminuem ainda mais.

"Quando recebi o convite para dirigir a montagem, fizemos uma leitura do texto e surgiu a ideia de alterarmos a história e para falarmos de uma jovem negra. Foi aí que vi que a direção não podia ser assinada só por mim e resolvemos chamar a Mariá para compartilhar essa tarefa", explica a diretora Erica Montanheiro. Mariá completa que, já que estavam contando a história de uma mulher, resolveram também se cercar de profissionais femininas na montagem (o que se repete nessa versão online), tendo alguns poucos homens na equipe. "Cerca de 90% dos profissionais envolvidos são mulheres", contabiliza Mariá, explicando que a decisão contribui para que signos e a comunicação com o público ganhe proximidade.


Pegada pop e cinematográfica
Para as diretoras, transpor o espetáculo dos palcos para as telas não foi tão complicado porque na cabeça delas, "Dois a Duas" sempre teve uma pegada cinematográfica, às vezes funcionando como videoclipe. A principal questão foi como estabelecer a relação que se tinha com o público no palco.

"O público ficava inserido na cena e, dependendo de onde estava sentado, acompanhava uma peça diferente sempre. Na versão audiovisual, nós trabalhamos mais a questão de que os personagens, assim como pessoas normais, não são maniqueístas e possuem diversas facetas. Ninguém é, essencialmente, mau ou bom. Além do que, em vez de o público acompanhar diferentes versões, ganham diferentes versões de um mesmo acontecimento dependendo do personagem que narra o fato", conta Érica.

A banda, que na versão teatral era uma das grandes atrações, agora entra no espetáculo de algumas outras maneiras, como compondo os alunos da escola onde se passa o espetáculo, mas as músicas continuam de maneira forte. A trilha traz músicas que conversam com o universo da dramaturgia, seja pela temática ou pelos intérpretes. São elas: "Ain't Got No Life", de Nina Simone, "Leiam o Livro", de Tim Maia, "Jaqueta Amarela", As Bahias e a Cozinha Mineira, "All You Need Is Love", dos Beatles, "Romeu and Juliet Love Theme", de Nino Rota, "I'll be Seeing You", Billie Holiday, "Natural Woman", Aretha Franklin, "Bixa Preta", Mc Linn da Quebrada, e "Gatas Extraordinárias", Cássia Eller.


Oficina gratuita
Com o intuito de compartilhar o processo de concepção e criação do espetáculo Dois a duas e o diálogo entre dramaturgia e direção, as diretoras Erica Montanheiro e Mariá Guedes e a dramaturga e idealizadoras do projeto, Maria Fernanda Batalha, farão uma oficina que funciona como uma provocação teórica e prática sobre a escrita cênica e a direção, a partir do olhar criativo da potencia intuitiva e pessoal para transformá-la em ficção levando em consideração o lugar de fala, podendo ou não deslocá-lo. O trio parte de materiais de pesquisas e vivências pessoais dos participantes como ponto motor para a criação artística. A atividade acontecerá de maneira remota, pela Oficina Cultural Oswald de Andrade, nos dias 16 e 17 de agosto, das 18h30 às 21h30.

Ficha técnica
"Dois a Duas"
Dramaturgia:
Maria Fernanda de Barros Batalha.
Direção: Erica Montanheiro e Mariá Guedes.
Elenco: Bruna Betito, Daniela Flor, Jhenny Santine, Lui Seixas e Luzia Rosa.
Direção musical: Luisa Gouvêa.
Musicistas e figuração: Luísa Gouvêa, Maria Fernanda de Barros Batalha, Monique Salustiano, Rayra Maciel.
Concepção de iluminação: Paula Hemsi.
Desenho de luz para o audiovisual: Cauê Gouvêa.
Vídeo projeções: Laíza Dantas.
Direção de arte: Fatima Lima.
Figurino e cenário: Fatima Lima e Mila Fogaça.
Assistente de direção de arte: Stephanie do Ó.
Produção: Gabrielle Araújo [Caboclas Produções].
Assistende produção e contrarregragem: Elisete Jeremias.
Cenotécnico: Evas Carretero.
Assessoria de imprensa: Vanessa Fontes.
Gestão de mídias sociais: Vox Baccai.
Designer: Viviane Lamana.
Apoio: Espaço Cia. da Revista
Fotos: Marina Wang
Produção audiovisual: Bruta Flor Filmes
Direção de fotografia: Cacá Bernardes
Som direto: Carina Iglecias
Direção audiovisual e montagem: Bruna Lessa


Oficina de dramaturgia e direção - Dias 16 e 17 de agosto, das 18h30 às 21h30. Com Erica Montanheiro, Mariá Guedes e Maria Fernanda Batalha. Informações e inscrições - https://oficinasculturais.org.br/programacao/


Serviço
"Dois a Duas" -
Apresentação no dia 24 de julho, sexta, às 19h - Fundação Cultural de Jacareí - https://www.youtube.com/channel/UCWQWIjzFrr3oPsY0TWnqitA. Apresentação no dia 25 de julho, domingo, às 20 horas. Ilha Solteira - https://www.youtube.com/culturaisa. Apresentação no dia 28 de julho, às 21h. FundArt - Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba - https://www.youtube.com/user/fundartubatuba. Duração: 75 minutos. Recomendado para maiores de 12 anos.


.: Espetáculos "Carmen" e "Criolos" na 1ª Mostra de Teatro On-Line APTI


Enquanto "Carmen" conta uma trágica história de amor encenada por Natalia Gonsales, Flavio Tolezani e Vitor Vieira, o espetáculo "Criolos", com Anderson Negreiro, Ilu Malanda, Caio D'aguilar, Fernanda Ross, Kenan Bernardes, Alberto Pereira Jr e Carlos De Niggro,  faz uma crítica mordaz a respeito das questões raciais. "Carmen" - Foto: Ronaldo Gutierrez. "Criolos", com Anderson Negreiro, Ilu Malanda, Caio D'aguilar, Fernanda Ross, Kenan Bernardes, Alberto Pereira Jr e Carlos De Niggro, faz uma crítica mordaz a respeito das questões raciais. Foto: Vitor Pickersgill

Os espetáculos "Carmen", protagonizado pelo casal Natalia Gonsales e Flavio Tolezani e "Criolos", de Caio D’Aguilar são as próximas atrações da 1ª Mostra de Teatro On-Line APTI, nos dias 24 e 25 de julho. "Carmen" apresenta a trágica paixão de Carmen e José narrada sob o ponto de vista dos dois personagens. "Criolos" traça uma crítica mordaz a respeito das questões raciais.

A trágica história de amor contada no espetáculo "Carmen" por Natalia Gonsales, Flavio Tolezani e Vitor Vieira; e uma crítica mordaz a respeito das questões raciais em "Criolos", de Caio D’Aguilar são os espetáculos apresentados na 1ª Mostra de Teatro On-Line APTI, nos dias 24 e 25 de julho. As montagens ficarão disponíveis on demand, ou seja, ao adquirir o ingresso, o espectador pode de acessar a exibição a qualquer momento.

Com direção de Nelson Baskerville e dramaturgia de Luiz Farina, "Carmen" apresenta a trágica paixão de Carmen e José narrada sob o ponto de vista dos dois. Ele narra o seu amor por Carmen e o motivo que o levou a prisão. E ela, através do seu olhar, conta o seu ponto de vista em relação à história. Baseado na novela de Prosper Mérimée publicada em 1845, no qual Georges Bizet se inspirou para criação da ópera Carmen.

Na montagem, o público conhece o mundo fascinante e perigoso da boêmia que se opõe às normas burguesas, já que a sua figura foi deformada da original, principalmente na ópera e no ballet, tornando-a assim familiar, o que não deixa de ser uma situação insólita para quem, como ela, sempre se recusou terminantemente a constituir um laço familiar. Uma mulher que não teme a morte, fascinada pelo risco e capaz de prever o seu trágico destino.

O espetáculo "Crioulos" mescla temas históricos da negritude, a partir de uma narrativa ficcional. Uma viagem que aborda desde fantasmas da Ku Klux Klan à temas como os efeitos da segregação racial, pela narrativa e ótica do personagem - Crioulo - um jovem que perde seu pai, um ativista das causas sociais, morto por policiais milicianos num conflito racial. 

Com situações cômicas e ácidas a partir de histórias que revisitam décadas de preconceito, violência, conflitos de raças e identidade, Crioulos é uma crítica mordaz a respeito das questões raciais, tão presentes nos dias de hoje. Sucesso de público e crítica, a peça teve estreia antes da pandemia, abordando justamente as semelhanças entre as lutas da Cultura Negra do Brasil e Estados Unidos.

A 1ª Mostra de Teatro On-Line APTI é uma iniciativa da APTI-Associação de Produtores Teatrais Independentes para arrecadar dinheiro para o Fundo Marlene Colé, que vem apoiando os profissionais das artes cênicas. Desde o dia 15 de maio, a mostra apresenta espetáculos com toda bilheteria revertida para a campanha que irá auxiliar as mais de 30 mil famílias de profissionais da cultura, do Estado de São Paulo, afetados pela pandemia. A campanha termina no dia 1º de agosto, com uma sessão especial de Alma Despejada, com Irene Ravache.


Sobre Marlene Colé
A carreira de Marlene Colé nas artes começou cedo. Ainda jovem integrou o Grupo de danças folclóricas de Solano Trindade, fundado nos anos 70 em Embú das Artes, e mais adiante se tornou cantora da noite, tendo participado do show da inauguração do Teatro Nacional em Brasília. De origem humilde, com o passar dos anos, para se sustentar começou sua carreira como camareira e nessa atividade trabalhou para uma legião de atores, atrizes e produções teatrais pelo Brasil a fora. 

Quando morreu, em 2016, fazia parte da equipe de camareiras do Teatro Municipal de São Paulo, além de trabalhar em outras produções. Marlene Colé não tinha parentes. E quando faleceu tinha alguns recursos em sua conta bancária, fruto de suas economias. Um grupo de amigos solidários de Marlene, entre artistas e técnicos que conviveram com ela, resolveu criar, com esses recursos o Fundo Marlene Colé, para apoiar artistas e técnicos que estivessem passando por necessidades, honrando assim o nome de Marlene que sempre foi muito preocupada em ajudar o próximo. 

Atualmente A gestão do Fundo Marlene Colé está a cargo da APTI-Associação de Produtores Teatrais Independentes, com sede na Capital Paulista e conta com as instituições SATED-SP (Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos e Diversões do Estado de São Paulo), Cooperativa Paulista de Teatro e Coletivos de Circo, a parceria com a APTR (Associação de Produtores Teatrais) e o apoio do Artigo 5º, Sympla, Lista Fortes Brasil e Unibes. 


Serviço:

1ª Mostra de Teatro Online APTI
Dias 24 e 25 de julho - On demand

"Carmen"
Texto:
Luiz Farina. Direção: Nelson Baskerville.
Com Natalia Gonsales, Flavio Tolezani e Vitor Vieira.

"Crioulos"
Texto e direção:
Caio D’Aguilar.
Com Anderson Negreiro, Ilu Malanda, Caio D'aguilar, Fernanda Ross, Kenan Bernardes, Alberto Pereira Jr e Carlos De Niggro.

Ingressos: R$ 25, R$ 50 e R$ 100 (o cliente escolhe quanto quer pagar)
Vendas: www.apti.org.br/mostra-de-teatro


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