segunda-feira, 26 de julho de 2021

.: "Quando o Futuro Chegou e Encontrei Um Pentelho Branco", o livro inquieto


"O futuro distante chegou. E com ele vieram também os primeiros sintomas. A perda da beleza deixou de ser apenas um leve incômodo, e os cuidados inadiáveis com a saúde indicaram o início de uma nova era fisiológica. A vida teria, sim, sua finitude. E eu senti o fim, se não próximo, acenando para mim." |  Adriana Pimenta

Para algumas mulheres chegar aos 40 anos significa o encontro com questionamentos que até então não existiam no cotidiano. Mas, onde buscar respostas para novas dúvidas e novos desafios existenciais? Se a pessoa em questão for uma jornalista, é provável que essa crise se torne uma reportagem ou... um livro! Esse é o caso de Adriana Pimenta, que transformou a crise pessoal na obra "Quando o Futuro Chegou e Encontrei Um Pentelho Branco", lançado pela Primavera Editorial

Em uma narrativa sensível e bem-humorada, Adriana Pimenta revela a trajetória honesta de uma mulher que enfrenta os próprios obstáculos rumo à maturidade. Em muitos momentos, a autora nos faz rir com os percalços de sua busca singular; em outros, faz chorar com as incertezas do processo. Mas, a principal reação despertada é chorar de rir com o mais humano dos relatos sobre o impacto do tempo em nossos corpos, em nossas mentes e em nossa vida.

Visita a terapeutas, busca por respostas na espiritualidade e nas entrevistas com antropólogos. Como entender a própria inquietação? O que se sente exatamente diante dessa vontade de ir e de ficar? Uma crise dos quarenta pode ser vivida de diferentes formas por mulheres distintas, mas, no caso de Adriana Pimenta, a fase é marcada por uma jornada de profundo autoconhecimento. 

“Pesquisei literatura especializada, entrevistei estudiosos, falei com outras mulheres. Procurei entender onde elas estão posicionadas em uma sociedade machista que reforça a desvalia feminina ao passo que envelhecem. Questionei se a crise dos quarenta é moldada pela cabeça ou pela cultura. Foram muitas as descobertas e elas estão contidas no livro, no qual trato a minha crise pelo carinhoso apelido de MC”, detalha a escritora, acrescentando que são crônicas da vida de uma mulher privilegiada, de 45 anos, de classe média, branca, heterossexual, que vive em São Paulo e enfrenta uma baita tempestade pessoal. “É no meio deste caos que convido as leitoras a entrar”, revela. No livro, Adriana Pimenta traz, ainda, uma lista de leituras que acessou durante a busca por respostas e que se tornaram temas de muitas das entrevistas que conduziu. 

Trechos do livro

Página 11
“[...]  

– Pergunta tudo o que você quiser – disse meu amigo Carlos, com os olhos marejados e o lábio inferior tremendo.

Voltou emocionado desse jeito depois de se consultar com o preto-velho.

Eu seria a próxima.

Como assim, tudo o que eu quiser?, pensei aflita. Impossível perguntar tudo o que eu quisesse na roda de umbanda, com cinquenta pessoas em volta, ainda inebriadas pelos cânticos da gira, também esperando para ouvir alguma coisa lá do céu que daqui da terra não dava para escutar.”


Página 22
“[...] Buscar respostas em um centro de umbanda foi apenas uma das muitas investigações que fiz no esforço de compreender o que se passa comigo nesta transição entre os quarenta e os cinquenta, neste estágio híbrido entre duas gerações, neste momento em que eu sei que não sou velha, mas já deixei de ser garota. Em que eu me julgo mais sábia, porém, ainda imatura. Em que eu reúno toda a força que a experiência me garantiu, sem querer abandonar o furor da juventude.”

Página 34
“[...] Será que esse é o ponto principal da minha crise? Boa. MINHA CRISE. Porque esta crise parece ser só minha. A minha crise, a MC. A busca na Internet me conscientizou sobre a necessidade de ajuda profissional. De alguém que entenda, de verdade, o que é a MC. Marquei uma entrevista com Célia Romão, uma psicóloga junguiana que já atendia há mais de vinte anos. Fora indicada pela sobrinha de uma amiga que era psicóloga infantil. ‘Ela é muito boa’. Essa era a referência.”


Página 48
“[...] Meus seios analiso pela lateral, o pior ângulo que posso ter deles. Mesmo que a decadência ainda seja moderada, não refletem mais o que já foram um dia. Pouco interesse tenho em saber a respeito dos motivos, da flacidez dos tecidos, da redução de colágeno blá-blá-blá. Fodam-se essas explicações. Minhas tetas estão caindo e é triste ver.”


Página 88
“[...] Partimos Will e eu em direção à minha casa. Estava nervosa. Transar com um garoto era uma situação nova para mim, mas seus encantos me distraíram ao longo do caminho. Além de boa praça, Will era divertido.

Assim que chegamos, eu me questionei se estava fazendo a coisa certa. Já tinha bebido um pouco e até provado um baseado com ele. Comecei a me sentir ridícula ao ver a coroa-pega-pivete se materializar.

Coloquei Bob Marley na playlist (achei que ele não conheceria a banda Cidade Negra, sucesso nacional quando eu tinha sua idade) e ofereci água. Enquanto enchia os copos na cozinha pensei em desistir. Sei lá, poderia dar uma desculpa qualquer, dizer que estava cansada ou menstruada.


Sobre a autora
Nascida em Santos, Adriana Pimenta desde criança já tinha a leitura e a escrita em sua rotina. Lia os livros que vinham de brinde no sabão em pó e, estimulada por essas histórias, começou a colocar as suas no papel, adquirindo o hábito de escrever em diários. Cursar jornalismo foi, então, um caminho natural. Trabalhou por mais de 25 anos com escrita e comunicação corporativa. Em 2019, concluiu a pós-graduação em Formação de Escritores de Não-Ficção, pelo Instituto Vera Cruz, e decidiu colocar histórias reais no papel.


Ficha técnica
Título: 
"Quando o Futuro Chegou e Encontrei Um Pentelho Branco"
Autora: 
Adriana Pimenta  
Categoria:
não-ficção
Páginas: 144
Editora: Primavera Editorial
Link na Amazon: https://amzn.to/3kRKsiP


.: Entrevista: Mariana Santos relembra estreia em novelas com a vilã Maria Pia


Carregada de humor e traumas da vida, a vilã roubou a cena e conquistou o público. Foto: Globo/Estevam Avellar


"Pega Pega" está de volta e a edição especial da comédia romântica policial de Claudia Souto tem um gostinho ainda mais especial para Mariana Santos, que pode rever sua estreia em novelas como Maria Pia. Carregada de humor e traumas da vida, a vilã roubou a cena e conquistou o público. Mariana acredita que seja por conta de sua humanização: “É um trabalho muito especial na minha vida, muito feliz. E revisitar a Maria Pia é uma emoção para mim, é uma personagem que tem uma importância gigantesca, me fez mudar minha visão de carreira. Foi um presentão, fico emocionada de lembrar do convite”, comenta a atriz ao relembrar a reunião com o diretor artístico da trama Luiz Henrique Rios. 

Outra lembrança de Mariana é a parceria com Marcelo Serrado, o Malagueta, com quem ela forma o casal Malapia, que ganhou fãs e hashtag na primeira exibição da novela. “De cara, tivemos uma afinidade nos nossos personagens, nos entendíamos no olhar, foi rolando naturalmente. Deu certo, o público nos comprou como um casal na novela, então foi muito gratificante”, diz a atriz.

No início de "Pega Pega", Maria Pia sustenta uma paixão antiga por Eric (Mateus Solano), de quem é amiga e assessora pessoal, mas o empresário só lhe enxerga como amiga. Depois de flagrar a fuga de Malagueta e seus cúmplices no roubo do Carioca Palace pelos fundos do hotel, Maria Pia começa a chantagear o concierge. Os dois viram cúmplices nos trambiques e nem imaginam que desta vilania vai surgir um amor.    

Em entrevista, Mariana fala com carinho de Maria Pia, dos bastidores, da amizade do elenco e dos principais desafios para interpretar a personagem. "Pega Pega" é escrita por Claudia Souto, com direção artística de Luiz Henrique Rios, direção de Ana Paula Guimarães, Dayse Amaral Dias, Luis Felipe Sá, Noa Bressane, e direção geral de Marcus Figueiredo.  

Qual a importância da Maria Pia na sua carreira?
Mariana Santos -
É um trabalho muito especial na minha vida, muito feliz. E revisitar a Maria Pia é uma emoção para mim, é uma personagem que tem uma importância gigantesca me fez mudar minha visão de carreira. Foi um presentão, fico emocionada de lembrar do convite, da reunião com Luiz Henrique Rios. 
 

Como você descreve a personagem e sua transformação durante a novela?
Mariana Santos - 
Maria Pia tem várias nuances, é muito rica de composição, foi algo que mudou um pouco a minha carreira. E me colocou na teledramaturgia, me deu a chance de experimentar algo novo, então ela realmente representa muito para mim. Ela é uma mulher com emoções diversas, uma vilã muito humanizada, que sofria de compulsão, tinha um amor platônico, se apaixona por um bandido, vai embora para a Suíça e volta repaginada. A transformação de Maria Pia não foi só para o Eric. Não foi só estética. Ela veio se transformando, nem percebeu, veio transformada para o Malagueta. Vai sendo guiada pelo amor também. 
 

O que mais te marcou na época das gravações da novela?
Mariana Santos - 
Muita coisa me marcou nessa novela. Foi a primeira que eu fiz, então tudo nos marca. Foi um trabalho muito feliz porque todos os colegas de cena se falam até hoje, somos muito felizes nos falando, foi um grupo que se deu muito bem.


Qual a principal lembrança que ficou do trabalho?
Mariana Santos - A preparação para a novela foi uma novidade para mim, a composição do corpo, a mudança de visual, as mudanças que a personagem teve durante a novela.  


Guarda alguma recordação do personagem, como peça de roupa ou objeto?
Mariana Santos - 
Devia ter pego algo mais simbólico da personagem, uma fotografia de cena, algo do quarto dela. Mas estávamos no final das gravações, eu tinha usado um vestido cinza, uma das últimas cenas que eu gravei, eu pedi esse vestido. Sempre pedimos para guardar uma lembrancinha, mas eu sinto não ter pedido algo mais simbólico da Maria Pia. 

  

Lembra de alguma situação que marcou você nos bastidores da novela?
Mariana Santos - 
A última cena que gravei com a Bebeth, interpretada pela Valentina Herszage, que a Maria Pia revela que foi barriga de aluguel dela. Para não gastarmos emoção, não ensaiamos. O diretor marcou a cena e foi uma emoção tão verdadeira na hora que começou a cena, que foi difícil segurar. Fizemos de primeira, foi uma cena muito bonita, como várias que gostei de fazer, com emoção ou cômicas. Mas essa cena me marcou porque a emoção veio muito forte. 
 

Como foi trabalhar com Luiz Henrique Rios?
Mariana Santos - 
Foi uma sorte, um encontro muito bonito porque ele acreditou em mim, me chamou. Ele é um diretor que dirige muito bem, tem uma energia de direção muito forte, de muita liderança. Ele tira o nosso melhor, ele confia. Isso do diretor confiar no que o ator está fazendo é uma dádiva, uma troca que acontece ali muito grande. E espero poder trabalhar com ele novamente porque ele está guardado aqui no meu coração. 
  

E com Mateus Solano? 
Mariana Santos - 
Trabalhar com Mateus Solano foi incrível, uma pessoa com uma energia muito positiva no set, um cara muito generoso. A troca com bons atores é muito boa, nessa novela só tinha bom ator, então fica mais fácil você trocar olho no olho.

E a parceria com Marcelo Serrado?
Mariana Santos - 
Com o Serrado também, nossa parceria deu muito certo. De cara, tivemos uma afinidade nos nossos personagens, nos entendíamos no olhar, foi rolando naturalmente. Deu certo, o público nos comprou como um casal na novela, então foi muito gratificante. Ficamos amigos, todos. 

.: Gigi Debei será Rosali Mullins em “School of Rock - O Musical”


Extremamente talentosa, a atriz Gigi Debei será Rosali Mullins em nova montagem de "School of Rock - O Musical", o papel foi de Sara Sarres na montagem brasileira oficial de 2019.


Na montagem brasileira oficial do musical em 2019, a personagem Rosali Mullins foi vivida pela diva do Teatro Musical Sara Sarres. Em 2021, na montagem do Estúdio Broadway Morumbi em parceria com a The Musical Company,Gigi Debei será responsável por dar vida a personagem.

Baseado no filme de 2003, escrito por Mike White,  "School of Rock" conta a história de Dewey Finn, um roqueiro amador e fracassado. Cheio de dívidas para pagar ele finge ser seu melhor amigo Ned Schneebly, e trabalha como professor substituto em uma conservadora escola, lá o roqueiro descobre um talento musical incomum em seus alunos. Então Dewey forma um grupo escolar na tentativa de provar que todos estavam errados e vencer a “Batalha das Bandas”.

Rosalie Mullins é a diretora da Horace Green e é muito rígida e tradicional na escola. No entanto, ela sente uma pressão intensa do trabalho, que a faz ficar tão nervosa. Ela tem um amor secreto por rock and roll e deseja ser tão despreocupada quanto antes.

Trazendo mais um blockbuster diretamente da Inglaterra, o Estúdio Broadway Morumbi apresenta "School of Rock - O Musical". Em parceria com a consolidada The Musical Company, o espetáculo tem direção geral de Fernanda Chamma, músicas do premiado Andrew Lloyd Webber e texto de Julian Fellowes. A versão brasileira é assinada por Mariana Elisabetsky e Victor Mühlethaler. Na direção e coreografia da Next Generation respectivamente estão Arthur Berges e Fabrício Negri, ambos integrantes do elenco na versão oficial brasileira. O maestro Renan Achar, também integrante da montagem oficial no país, assina a direção musical da obra que promete surpreender amantes do clássico ao rock n’roll.

Atriz, bailarina e cantora, Gigi Debei é formada em Teatro Musical profissionalizante pela escola TeenBroadway, estuda no Estúdio Broadway e recentemente ganhou bolsa no workshop Act Your Song com Karen Olivo que hoje é sua coaching vocal pelo Project Broadway School em NYC. Já fez coaching de interpretação com Charles Moeller e interpretação para TV e Cinema com Velson de Souza. Estudou em NYC no curso Acting for TV and Musical Theater no Broadway Workshop e cursa Faculdade de Canto Lírico na FMU. Integrou o elenco da série Home Office, disponível na Amazon Prime Video, interpretando Glória de Deus e Glory Whole. Fez parte do elenco dos musicais “Aparecida, um musical de Walcyr Carrasco”, como Princesa Isabel e “Heathers, O Musical”, como Heather Chandler e em breve voltará ao palco como a personagem Mara Maravilha em “Silvio Santos Vem Ai, O Musical” da Paris Entretenimento, com direção artística de Marília Toledo e Fernanda Chamma  e direção musical Marco França. A temporada de "School of Rock - O Musical", licenciada para o Brasil, terá todos os protocolos de segurança exigidos pela OMS.


Serviço:
"School of Rock - O Musical"
Estreia dia 24 de julho.
Sábados e domingos, às 15h e às 18h.
Curta Temporada.
Espaço Cultural Cassio Gabus Mendes – S.P. Futebol Clube – Estádio do Morumbi, Av. Jules Rimet, Portão 07.
Ingresso: R$ 50 (meia) e R$ 100 (inteira).
Vendas pelo site: https://www.eventbrite.com/o/estudio-broadway-33894954373
Duração: 110 minutos.
Gênero: musical.
Classificação: livre.

Ficha Técnica:
"School of Rock - O Musical"
Músicas: 
Andrew Lloyd Webber.
Letras: Glenn Slater.
Texto: Jullian Fellowes.
Versão Brasileira: Mariana Elisabetsky e Victor Mühlethaler.
Direção Geral: Fernanda Chamma.
Direção: Arthur Berges.
Direção musical: Renan Achar.
Coreografia e direção residente: Fabrício Negri.
Produção executiva: Claudia Lima.
Direção de produção: Renata Alvim.
Realização: Estúdio Broadway Morumbi.



.: "Terras Perigosas" estreia no Cinema Virtual nesta quinta-feira


Estreia nesta quinta-feira, dia 29 de julho, no Cinema Virtual, o filme "Terras Perigosas" ("High Ground"). Suspense ambientado em 1930 na Austrália, o longa-metragem traz fatos poucos conhecidos da história deste país, ao contar a saga de um jovem aborígene para salvar a vida do seu último parente. O filme é estrelado por Simon Baker. 

Nas paisagens deslumbrantes da Austrália dos anos 1930, o jovem aborígine Gutjuk, em uma tentativa de salvar o último membro de sua família, se une ao ex-soldado Travis. Eles partem em uma jornada para rastrear Baywara, o tio do jovem, o guerreiro mais perigoso da região. Conforme Travis e Gutjuk viajam pelo interior, uma relação de confiança começa a ser criada. Mas, quando a verdade sobre as ações passadas de Travis são reveladas, é ele quem se torna a caça. 

Direção: Stephen Maxwell Johnson ("Yolngu Boy"). Roteiro: Chris Anastassiades. Elenco: Simon Baker ("O Diabo Veste Prada"), Jacob Junior Nayinggul, Jack Thompson ("O Grande Gatsby"), Callan Mulvey ("Batman vs Superman: A Origem da Justiça"), Caren Pistorius ("A Luz Entre Oceanos"), Ryan Corr ("O Amor É Para Todos"). O filme ganhou Menção Especial no Asia Pacific Screen Awards 2020.

Para assistir, o público pode acessar a plataforma pelo NOW ou escolher a sala de exibição preferida em cinemavirtual.com.br e realizar a compra do ingresso. O filme fica disponível durante 72 horas para até três dispositivos.

.: Podcast "O Código Russo" investiga a ascensão e queda de Sérgio Moro


Idealizado e apresentado por Orlando Calheiros, antropólogo e coordenador da Comissão da Verdade e pelo advogado Alcysio Canette, "O Código do Russo" vai abordar a ascensão e a queda de uma das personalidades mais emblemáticas e polêmicas do cenário político brasileiro na última década. Produzido pela Half Deaf, tem convidados como o ministro do STF, Gilmar Mendes, e a ex-deputada federal, Manuela D' Ávila, e seis episódios que serão publicados quinzenalmente.

O ex-juiz Sérgio Moro esteve no centro dos debates políticos da última década no Brasil, especialmente por decisões e posicionamentos que motivaram ondas de apoio e críticas em todo o país. Para relembrar, analisar e discutir sua trajetória e os impactos de suas ações na sociedade brasileira, a Half Deaf lançou o podcast "O Código do Russo" que, em seis episódios de uma hora cada, irá contar a ascensão e queda do magistrado.

Idealizado e apresentado pelo antropólogo Orlando Calheiros, um dos coordenadores da Comissão da Verdade, e pelo advogado Alcysio Canette, e convidados como o ministro do STF, Gilmar Mendes, a ex-deputada federal pelo PCdoB, Manuela D' Ávila, e Eugênio Aragão, ex-subprocurador da Justiça e ex-ministro da Justiça do governo Dilma Rousseff, o novo podcast pretende explicar como o juiz de primeira instância chegou a ser superministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro e acabou pedindo demissão em abril de 2020. Os próximos episódios serão lançados quinzenalmente, às terças-feiras, e poderão ser acompanhados no site da Half Deaf e em todas as plataformas de podcasts, como Spotify, Deezer, Apple Podcasts e Google Podcasts.

''O projeto começou a ser gestado em março deste ano, antes mesmo da suspeição de Moro. Percebemos que era fundamental debater a Operação Lava Jato e suas arbitrariedades por um outro prisma e mostrar como o judiciário e a sociedade brasileira formam, acolhem e normalizam personagens como ele. A intenção foi fugir da narrativa tradicional heroica da operação e mostrar que o juiz não apenas estava longe de ser o paladino construído pela mídia, mas que suas ações tiveram consequências profundas e danosas para a política nacional", explica Orlando Calheiros, criador do podcast.

Sobre o convite e participação de nomes influentes dos poderes legislativo e judiciário, Calheiros afirma que foi uma negociação muito mais tranquila do que ele imaginou. "Todos os entrevistados foram muito solícitos e estavam desejosos de contar suas opiniões e versões sobre a saga de Sergio Moro na política brasileira. Alguns ficaram muito animados por, enfim, exporem o seu lado da história", pontua.


A narrativa de "O Código do Russo"
Os episódios de "O Código do Russo" se dividem em quatro linhas principais: um apanhado histórico, desde as origens da Operação Lava Jato e como ela já nasceu de um ponto juridicamente insustentável; a quebra da figura de homem impoluto de Moro e a falsa imagem de que a operação ia acabar com a corrupção; o funcionamento e meandros de instituições do Judiciário e do Ministério Público por meio de entrevistas com personalidades que conhecem profundamente esses órgãos, e, por último, a soltura de Lula, a perda de prestígio de Moro dentro do governo Bolsonaro e sua demissão.


Orlando Calheiros na CPI da Covid
Além de antropólogo e coordenador da Comissão da Verdade, Orlando Calheiros transmite, analisa e comenta ao vivo, via Twitch, os desdobramentos da CPI da Covid, instaurada para investigar as irregularidades do governo Bolsonaro na gestão da crise sanitária. "Percebo um público bastante abrangente acompanhando as transmissões, desde pessoas mais velhas - na casa de seus 60 anos - aos mais jovens - vários abaixo dos 18. Muitos são acostumados a debater política, mas não sabem, por exemplo, como funciona uma CPI. Não entendem exatamente como a política ‘real’ opera", analisa.


A pluralidade de conteúdos da Half Deaf
A Half Deaf é uma produtora de podcasts ligada à agência de marketing digital GMD. É especializada em produtos originais, branded content e coproduções. Tem mais de 1 milhão de ouvintes e 30 milhões de plays entre todos os seus podcasts, que tratam de assuntos variados e levam ao debate questões raciais, ambientais, políticas, dificuldades de jovens casais e o universo gamer. Também produz podcasts corporativos e já trabalhou em parceria com a 99 Táxi, Microsoft, Ministério da Saúde, Sony Music, Blizzard, e Intimus, entre outros.


Sobre a GMD:
Agência de marketing digital com escritórios e estúdios no Brasil e no México, a GMD é pioneira e especialista no mercado de games com mais de dez anos de atuação. Em seu portfólio de clientes, constam empresas globais que são referência no segmento, como Xbox, Ubisoft, HyperX e Bandai Namco. Auxilia marcas endêmicas e não endêmicas a traçarem as melhores estratégias no crescente universo dos jogos eletrônicos, por meio da criação de conteúdos, produção de vídeos e elaboração de campanhas completas para empresas e anunciantes que querem se conectar diretamente com seu público, seja por mídias tradicionais, redes sociais ou ações personalizadas. Especialista em branded content, a GMD já produziu e publicou mais de 600 vídeos, que geraram 30 milhões de visualizações, e gerencia comunidades com 12 milhões de pessoas no Facebook, Twitter, Instagram, YouTube e demais redes de seus parceiros.



domingo, 25 de julho de 2021

.: Entrevista: Hugo Gonçalves fala sobre o livro "Mãe" e como sobreviver ao luto


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do Resenhando.

Escritor e jornalista português, Hugo Gonçalves lança, no Brasil, pela Companhia das Letras, o livro "Mãe". A obra autobiográfica faz uma investigação íntima e sensível sobre os efeitos da perda da mãe na formação da identidade e do caráter de um homem. Aos 40 anos, mais de 30 após esta morte, ele analisa os impactos da perda na própria vida, a partir de uma viagem - geográfica e reflexiva - em um relato honesto. 

Durante mais de um ano, o escritor procurou pessoas e lugares que o permitiram resgatar memórias, completar lacunas e lançar luz onde havia desconhecimento em um assunto que se relaciona ao afeto, às origens, à família e às dores de crescimento. Para manter a fidelidade da conversa e até a sonoridade do idioma, algumas palavras foram mantidas com o português de Portugal. Uma conversa, e um livro, necessários aos tempos de hoje.


Como surgiu a ideia de escrever um livro sobre o impacto da perda de sua mãe?
Hugo Gonçalves -  Sem que me desse conta, o livro foi-se construindo ao longo de muitos anos, aliás, se a minha mãe não tivesse morrido, não estou seguro de que seria escritor - a escrita foi, desde muito cedo, sendo uma forma de lidar com os sentimentos de perda e de singularidade (o único rapaz da turma que não tinha mãe). A ausência da mãe aparecia nos primeiros poemas da adolescência, nas crónicas que escrevi em adulto para os jornais e, de uma forma ou outra, nos meus livros anteriores a este. Durante muitos anos, não estava preparado para tamanho desafio, para enfrentar, em vez de fugir. Para ir fundo, em vez de aflorar brevemente. Foi preciso uma separação, após uma relação amorosa longa, e o regresso a Portugal, depois de dez anos a viver fora - incluindo quatro anos no Brasil - para perceber que tinha chegado a esse ponto da vida em que deixamos de fantasiar exclusivamente com o futuro e passamos a olhar para o passado, de forma a entender quem somos e como aqui chegámos. Ter crescido sem mãe era uma parte fundamental da minha existência, e estava na hora de aceitar isso, de investigar esse impacto em mim e na minha família. Estava cansado de fugir. Tinha as ferramentas de escritor à minha disposição. Queria saber o que evitara durante tanto tempo. Decidi ficar e escrever.

 

De que maneira a morte de uma mãe pode impactar na vida de um filho homem? 
Hugo Gonçalves - Só posso falar do meu caso. Na minha investigação descobri algo que não me recordava. Várias pessoas contaram que eu era o menino da mamã. Como o meu irmão mais velho já estava na escola, entre os dois e os seis anos, eu passava os dias sozinho com a minha mãe, o vínculo devia ser enorme, embora eu me recorde de muito pouco. Esse amor existiu, existe ainda algures no magma do meu inconsciente - o amor incondicional e egoísta das crianças pequenas pelas suas mães. E o amor dela - chamava-se Rosa Maria - por mim. Como não convivi com a minha mãe na adolescência ou na idade adulta, não discutimos, não nos zangámos, não a vi como uma humana falível, logo, idealizei a imagem feminina, e isso afetou as minhas relações amorosas com as mulheres. Julgava que o amor era uma fantasia romântica perfeita, em vez de um trabalho a dois, com altos e baixos e compromissos, uma construção, em vez de um delírio juvenil. Além disso, demorei muitos anos a aceitar que terminava as relações com medo de que me abandonassem, achava essa ideia um insuportável clichê da psicoterapia. Dizia: a minha mãe não me abandonou, morreu de câncer. Racionalmente, o adulto que eu era tinha razão, mas emocionalmente, o menino de oito anos que não se despediu da mãe, que a viu ir para Londres, para um hospital, sendo que depois ela desapareceu para sempre, esse menino julgou-se abandonado. No fundo, escrever este livro ajudou-me a perceber que sou igual a todos os outros que sofreram uma grande perda, foi uma lição de humildade que ajudou a que me libertasse do jugo egocêntrico da dor.     


Escrever sobre o assunto foi uma maneira de passar a vida a limpo superá-lo? 
Hugo Gonçalves - A vida é demasiado turbulenta e tem demasiadas pontas soltas para ser passada a limpo como uma lição de escola num caderninho com linhas direitas. No livro, falo do filho da escritora Susan Sontag, que perdeu a mãe por causa de um câncer (ela teve três). Ele diz que no luto não existe essa coisa que os americanos chamam "closure" - tudo resolvido, fechado, sem arestas que machucam. Essa coisa de "missão cumprida, partimos para a seguinte?". Não. A vida não é assim. Não escrevi o livro como terapia ou catarse. Sou um escritor que, tal como já pegou em outros temas e se debruçou sobre eles, resolveu escrever sobre algo que conhecia (ou queria conhecer melhor). Não queria que o livro fosse um lamento ou uma homenagem à minha mãe, mas um estudo profundo e sério - sem sentimentalismos fáceis - do luto, não apenas numa criança, mas ao longo da vida, numa família inteira. Quando parto para o livro já tinha feito todas as viagens - internas e externas - sobre as quais escrevo. O livro não é um momento mágico, que me mudou, é antes uma reflexão racional, emocional, até ensaística, que resulta de uma investigação pessoal, mas também de muitas leituras sobre o luto, de Tolstoi a C.S Lewis, de Roland Barthes a Christopher Hitchens, de poetas a romancistas. Mas estaria a mentir se não confessasse que, sim, algumas coisas descobri durante o processo de escrita em si mesmo. Uma delas aconteceu ao olhar para as fotos de infância. Fazia-o muitas vezes, durante a escrita, para entrar nesse tempo e espaço e poder retratá-lo. Um dia, reparei que, numa foto que já vira dezenas de vezes, eu estava de mão dada com a minha mãe. Não lembro a voz ou o cheiro da minha mãe. Tal como não lembro o toque. Mas ali estava, mão com mão, a prova que ela me tocava com ternura e sentido de proteção. Esse instante foi como uma máquina do tempo, onde se encontraram o menino que conhecia o carinho da mãe e o homem adulto que se esquecera desse carinho.


Como foi para você revisitar as memórias para escrevê-las? 
Hugo Gonçalves -  Muitas pessoas perguntaram-me se o processo tinha sido doloroso, a verdade é que na maioria das vezes foi um prazer. Sempre preferi a curiosidade à ignorância, o desafio à segurança. O não dito pode tornar-se o maldito. Como tal, mesmo as coisas mais dolorosas - como ouvir, da minha avó, como foi o dia em que a minha mãe soube que estava doente ou recordar-me de como me escondia debaixo da cama da minha mãe para estar mais perto dela - acrescentam, não tiram. Iluminam, não torturam. Este livro não é um queixume do coitadinho, está cheio de vida, de sol, das férias de verão que passámos em família. O livro descreve diversas viagens que fiz para lugares do nosso passado, casas, vilas, pessoas etc. O simples ato de viajar, de ir em busca, tem algo de lúdico e de descoberta. Mas também havia um desafio: eu tinha de recordar na exata proporção que tinha esquecido, queria colmatar tudo o que não soubera durante anos e anos. Era como um desígnio Não me reprimi, não recusei saber nada, mesmo se doía. Queria saber tudo. No final, compensa sempre, as memórias da vida sobrepõem-se às lembranças da morte.  

 
Revisitar as memórias e escrever sobre elas passa por uma seleção - prática, estética - e até de recortes da própria vida. Existiu um critério para selecionar os momentos que estão no livro?
Hugo Gonçalves - Todos nós já temos um narrador de origem, porque a todo o momento estamos editando e ajustando a narrativa das nossas vidas, é algo tão natural como respirar. Tinha o trabalho facilitado por essa pulsão natural dos humanos de fazerem sentido da sua existência. Depois, claro, há o trabalho literário, o livro tem uma estrutura que foi montada pela minha cabeça de escritor, é fruto do meu ofício, das tais escolhas estéticas e narrativas. Tal como tem um estilo assertivo que, mesmo quando é mais poético, foge do barroco e dos lirismos exagerados. Não me sentei e saiu tudo de rajada, claro. O escritor também é um operário, um artesão. Mas esse é o lado que o leitor não tem de perceber, seria como um mágico revelar os seus truques. O critério foi: quero contar esta história de forma pertinente e lúcida, com depuração e beleza na linguagem, com um equilíbrio entre a profundidade e a leveza. 
 

O que há de mais traumático e de mais libertador ao voltar ao passado pela literatura? 
Hugo Gonçalves - A literatura é uma forma de desmascararmos a realidade, de irmos ver o que se esconde atrás do pano e além da espuma dos dias. Assim, descobrimos que não estamos sozinhos nesta incumbência difícil, mas extraordinária, de estarmos vivos. A literatura permite empatia e chegar ao outro. Com este livro - mas essencialmente com todos os filósofos, prosadores, poetas, cientistas que li e a que recorro e cito no livro - revela-se o processo de equilíbrio que é necessário ao luto. Por um lado, é preciso aceitar a perda e a dor, não fugir, permitir que a tristeza exista em nós, mesmo que isso pareça dissonante num mundo em que a felicidade é uma espécie de tirania, basta ver as redes sociais, toda a gente está exultante de felicidade (tantas vezes falsa). Só que a tristeza faz parte da paleta de emoções humanas, existe por um motivo, não deve ser evitada a todo o custo. Por outro lado, não podemos ficar afundados na dor, é preciso andar em frente, não ficar refém da autocomiseração. A dor pode ser muito egoísta, como diz a canção da Marisa Monte: "Se ela me deixou a dor, é minha só não é de mais ninguém. Aos outros eu devolvo a dó, eu tenho a minha dor". A literatura permite perceber que a dor, afinal, não é só nossa, que há dores maiores e menores, isso serve de lição, afasta-nos do nosso umbigo, leva-nos a seguir adiante.    


Reescrever uma etapa da vida em que se viveu é algo semelhante a brincar de Deus?
Hugo Gonçalves - Não reescrevi uma etapa da minha vida, isso seria uma espécie de revisionismo histórico pessoal. Quis apenas resgatar memórias, completar lacunas, lançar luz onde havia desconhecimento. Tal como queria fazer um estudo da perda e do luto - que começa no momento em que a minha mãe fica doente, mas que deflagra ondas de choque que se espalham ao longo dos anos por várias pessoas. É importante dizer que o livro não é apenas sobre mim, sobre a minha dor, mas sim um texto que mergulha no tema universal da perda, recorrendo muitas vezes a outros autores que também o fizeram. No aspecto pessoal, posso dizer que descobri coisas sobre a minha mãe, os meus avós, o meu pai e irmão, coisas que possibilitam um maior entendimento do outro, das suas ações e dores pessoais. Neste processo, entendi que quem quer escrever sobre a morte, acaba sempre a escrever sobre a vida. Fui capaz de ver a minha mãe como mulher, como jovem, alguém que namorou e dançou e mergulhou no mar, não apenas como a minha mãe que morreu. Ela teve uma vida, não existiu apenas na doença e na morte.   

 
Há algo que você modificou para deixar mais literário, mais bonito ou mais palatável ao leitor? 
Hugo Gonçalves - O livro começa com um aviso: "Este é um relato verdadeiro ainda que, na tentativa de fazer sentido, a nossa memória seja tantas vezes imaginação". Tentei ser o mais fiel às minhas memórias, e às memórias das pessoas com quem falei, mas a memória, em si, já está pejada de preconceitos, embelezamentos, ângulos mortos, exageros. Várias vezes - e isso está no livro - percebi que havia versões distintas do mesmo acontecimento. Eu estava certo que a minha mãe tinha saído de casa, para um hospital em Londres, numa manhã, antes de eu ir para a escola. A minha avó garantiu que foi no final da tarde. Mas qual a verdade? A verdade é aquela que faz sentido para nós. Parti para este livro com o propósito de ser fiel à verdade, não queria manipular sentimentos, enganar o leitor, isso era algo inegociável. Mas a verdade tem vários corações a bater dentro de si, vários pares de olhos, vários relicários de memórias.  


Se pudesse reescrever a própria história a partir de seu livro, o que mudaria nela? 
Hugo Gonçalves - Não mudaria nada porque só cheguei neste momento - e fui capaz de escrever esse livro - com todos os enganos, tropeções e fracassos que vivi. Não havia atalhos, alternativas possíveis. Há coisas que temos de viver, há coisas que temos de deixar  que passem por nós, ou nos passem por cima. Um dia perguntaram a um comediante que admiro, Dave Chappelle, o que diria ele ao jovem Dave Chappelle, caso a sua versão aos 40 anos pudesse falar com a versão dos 20 anos. E ele respondeu: "tudo o que pudesse dizer ao jovem Dave, ele não daria ouvidos". Partilho dessa visão.      

 
Como passar por um luto e sobreviver a ele pode moldar o caráter de alguém?
Hugo Gonçalves - Viver é pagar um preço. Desde que nascemos estamos sempre a perder coisas - e a ganhar também, claro. Não sou nada miserabilista, pelo contrário, acho que estar vivo é fascinante, estou muito grato pela vida que tenho, sou um felizardo. Mas sei que o caráter é moldado pelas adversidades, sem dúvida. Quem tem tudo servido de bandeja, sem esforço ou luta, bem, é uma receita para ser um imbecil. Claro que a morte de uma mãe - ou, pior ainda, de um filho - é uma perda que pode deitar tudo abaixo. Conto no livro sobre o dia em que perguntei ao meu irmão se, também ele, como eu, se sentia mais destemido e indiferente a certas dores uma vez que tivera a maior perda de todas logo no início da vida (a morte da mãe). E ele respondeu: "Sim, durante muito tempo foi assim, mas depois fui pai e voltei a temer outra grande perda". 


O que hoje permanece vivo de sua mãe em você?
Hugo Gonçalves - Durante muitos anos não tinha uma fotografia dela. Hoje tenho várias, uma dessas fotos está junto do computador onde escrevo estas respostas. Mais além dos elementos materiais da memória, os artefactos da sua existência, há a ideia de um amor interrompido que eu consegui curar - com ajuda de psicoterapia, da minha mulher e agora do meu filho acabado de nascer. O amor pode ser curado, essa é a grande herança da minha mãe. Tive de esperar muitos anos para o entender, tive de ir atrás, mas resgatei esse amor perdido, e posso agora unir o fio desse amor, onde foi cortado, ao amor que sinto pelo meu filho. 





.: Entrevista: Paula Amorim, a grande vencedora do "No Limite


A mineira mostrou garra do início ao fim, se destacou na Carcará e foi certeira nas provas. Campeã, ela revela o que pretende fazer com o prêmio e agradece o carinho do público. Foto: Globo/Sergio Zalis


"Eu acredito que se disputar com qualquer um de vocês, eu posso ganhar. A gente não está acreditando que eu só vou ganhar se for com outra menina. Isso de mulher
 ser mais fraca já ficou no passado”. A frase, dita por Paula Amorim logo no terceiro episódio do "No Limite", pode resumir toda a trajetória da grande campeã. Guerreira, determinada e forte física e mentalmente, ela se destacou nas provas e foi protagonista em diversas vitórias pela sua tribo, a Carcará. Na final, que aconteceu na última terça-feira, dia 20, em um duelo de gigantes, a mineira recebeu 66,77% dos votos do público e levou o prêmio de R$ 500 mil para casa.  

O segundo lugar ficou com Viegas, que faturou o prêmio de R$ 100 mil. Finalista ao lado de Paula, o músico se destacou na última prova, conseguindo cavar e atravessar por baixo do tronco em tempo recorde. Viegas foi o primeiro a quebrar o jarro, seguido pela parceira da Carcará. Já o terceiro lugar ficou com André que, em uma votação surpresa, foi escolhido pelos outros competidores para ganhar R$ 50 mil.  

A grande final reuniu, pela primeira vez, todos os 16 participantes do "No Limite". Sob o comando de Andre Marques, os competidores assistiram às duas últimas provas do reality. Em dinâmica de mata-mata, o primeiro desafio exigiu muita agilidade e raciocínio. Elana se enrolou na montagem das engrenagens e Jéssica não conseguiu completar a etapa do labirinto, sendo as duas primeiras eliminadas da noite. Já na segunda disputa, uma prova dificílima e que exigiu força, velocidade, pontaria e estratégia, André e Zulu acabaram levando a pior.   

Mas nem só de jogo vive o "No Limite". O reality também rende muitas tretas – e memes! Quem viu? Ele, Rafael Infante, aquele que não deixa nada passar batido no #SemLimites. Na última edição do quadro nesta temporada, o humorista relembrou os melhores momentos dos participantes ao longo da competição e ainda mostrou alguns dos vídeos enviados pelos fãs através da #NoLimite. Grande campeã da edição, Paula Amorim comenta o sentimento da vitória e agradece a experiência e o carinho do público.  

Qual é o sentimento de ser a grande campeã do "No Limite"? 
Paula Amorim -
É difícil definir o que a gente sente. Vêm muitas emoções de uma vez, mas acho que a maior delas é a gratidão. Eu estou muito grata pela minha trajetória, de ter conseguido cumprir tudo aquilo que imaginei: a minha dedicação, estar concentrada, fazer boas provas, ter bons aliados de jogo. Acho que a vitória selou tudo o que eu tinha planejado. Eu sou muito grata pelo reconhecimento do público, por eles terem gostado da minha trajetória e terem me apoiado ao longo do programa. Estou muito feliz! 

Desde o primeiro episódio, você já conquistou o público e se tornou uma das favoritas. Sentiu esse carinho nas redes sociais?  
Paula Amorim - 
Enquanto estávamos lá nas gravações, eu não imaginava. Mas assim que a gente voltou, senti um apoio muito legal, principalmente da mulherada. Todo mundo mandando força e falando que estavam se sentindo representadas. O meu público é muito carinhoso e as redes sociais me deram muita força. 

Você recebeu 66,77% dos votos. Qual é a mensagem que você quer deixar para os fãs que te consagraram campeã?  
Paula Amorim - 
Eu quero agradecê-los pelo tempo de estar lá disponível para votar. Quero dizer que amo muito toda essa troca que a gente tem pela internet, eu converso muito com eles pelo direct. A gente se aproxima de muitas pessoas, troca muitas experiências. Espero que eles curtam comigo esse prêmio, que tentem ser pessoas melhores a cada dia e que continuem a usar a internet como uma ferramenta de distribuir amor e compartilhar coisas boas. 

Você chegou a acompanhar a primeira edição do reality, nos anos 2000? 
Paula Amorim - 
Na época, eu era muito nova. Mas quando soube que iria voltar, vi as temporadas anteriores e achei que poderia ser a minha cara.


Chegou a imaginar que poderia viver - e ganhar - essa experiência?  
Paula Amorim - 
Eu achei que combinava com o programa, principalmente por conta da maturidade que eu tenho e com a experiência que eu tive no esporte. Logo pensei que esse era um desafio que eu adoraria participar. 

Quais são os seus planos após o reality?  
Paula Amorim - 
Eu estava muito ansiosa com essa final. Quero pegar uns dias para descansar o corpo e a mente. E começar os preparativos do casamento, né gente? (risos) Fui pedida em casamento há pouco tempo e agora vamos começar a planejar a nossa comemoração. 

O que pretende fazer com o prêmio?  
Paula Amorim - 
Estou começando a construir uma vida com o Breno (Simões, participante do "Big Brother Brasil 18"). Já estamos juntos há três anos e vamos usar o prêmio para ter uma reserva, uma base para começarmos a vida juntos. 

.: "Vida de Campeã" estreia no Cinema Virtual nesta quinta-feira


Estreia nesta quinta-feira, dia 29 de julho, no Cinema Virtual, o filme “Vida de Campeã” ("Nadia, Butterfly"). Longa-metragem canadense fala sobre a dificuldade dos atletas de ponta de manter uma vida normal. Estrelado por Katerine Savard, atleta canadense selecionada para Olimpíadas de Tóquio, o filme integrou a Seleção Oficial de Cannes, em 2020, e a 44ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, com o nome de "Nadia, Borboleta".

Ainda jovem e em seu auge, Nadia decide se aposentar da natação profissional após participar dos Jogos Olímpicos. Ela quer escapar de uma vida inteira de sacrifícios e uma rotina muito rígida. Depois de sua última prova, Nadia mergulha em noites de excesso, festas e muita bebida, onde, em vez de felicidade, encontra apenas insegurança.

Então, ela tenta retomar sua verdadeira busca interior, para enfim conseguir definir sua nova identidade em uma vida fora dos esportes de elite. Direção e roteiro: Pascal Plante. Elenco: Katerine Savard, Ariane Mainville e Pierre-Yves Cardinal. O longa integrou a Seleção Oficial de Cannes, em 2020, da 44ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e ganhou o Prêmio de Melhor Filme Canadense no Festival de Cinema de Vancouver.

Para assistir, o público pode acessar a plataforma pelo NOW ou escolher a sala de exibição preferida em cinemavirtual.com.br e realizar a compra do ingresso. O filme fica disponível durante 72 horas para até três dispositivos.

.: Bruninho do vôlei joga partida com a Turma da Mônica em episódio especial


Seria um dos melhores levantadores do mundo páreo para a jogada infalível do Cebolinha?

Depois de Mônica e Ginga darem as boas-vindas à Olimpíada de Tóquio, Bruninho do vôlei  é o convidado da vez para uma partida contra o dono dos planos mais elaborados dos quadrinhos. Que o Cebolinha é ousado e inventa muitos planos mirabolantes, a gente já sabe. Mas ter a coragem de desafiar o nosso campeão de vôlei, aí já é demais!

O episódio "Saca Só e 'Colta' Essa, Bruninho!", que conta com a participação do campeão da Superliga Brasileira de vôlei pelo Taubaté,já pode ser assistido no YouTube da Turma da Mônica. Para participar dessa apresentação, basta acompanhar mais esse capítulo da animação sem falas de Mônica Toy, que reúne mais de 4,5 bilhões de visualizações no YouTube, no canal oficial da Turma da Mônica.

.: Luca Moreira fala sobre a trajetória como entrevistador aos 23 anos


Colecionador de histórias, ele afirma que cada entrevista é um novo ensinamento. Jornalista também contabiliza mais de 600 entrevistas já realizadas com centenas de personalidades diferentes e mais de sete países. Ele falou um pouco sobre a trajetória dele nessa pauta e o da sua paixão pelo jornalismo. 


Colecionando mais de 600 entrevistas, tendo publicado sobre diferentes personalidades de mais de 7 países e completamente apaixonado por conhecer novas histórias, Luca Moreira, 23 anos, atua há cerca de 4 anos na área da comunicação e carrega uma extensa bagagem de experiências e vivências como entrevistador. A primeira entrevista aconteceu de forma espontânea e sem imaginar tudo o que viria pela frente. Sem antes Luca nem ter se idealizado na profissão, a atriz Malu Falangola foi a primeira experiência dele com entrevistas. Hoje, a trajetória do entrevistador é admirável.

Atores e atrizes globais e internacionais, ídolos da música, influenciadores, youtubers, atletas, alpinistas, pessoas anônimas, entre outras áreas e profissionais integram o time de entrevistados pelo jornalista nesses últimos anos em veículos de comunicação online, sendo alguns que já trabalhou e seu próprio site, que recebe o próprio nome do entrevistador: Luca Moreira.

Além disso, ele é autor do livro "300 Histórias Para se Inspirar", que conta com entrevistas na íntegra selecionadas a dedo pelo próprio autor, que incluem Luísa Sonza, Danton Mello, Kiko Mascarenhas, o chef de cozinha brasileiro Carlos Bertolazzi e o alpinista brasileiro Rodrigo Raineri, que em 2011 foi o primeiro brasileiro a escalar duas vezes o Monte Everest.

“Olhar para trás e ver toda essa trajetória é algo indescritível. Conheço poucos jovens que aos 23 anos já fizeram tanto trabalho assim na vida. Até alguns profissionais eu arriscaria dizer que, com o meu tempo de trabalho já fez tudo isso, mas o meu maior objetivo é mostrar ao público que eles são capazes. Como estudantes ou como iniciantes. Quando comecei eu era um iniciante também e ainda estou estudando. Temos sempre que pensar fora da caixinha, fora dos parâmetros”, afirma Luca Moreira.

Cinema, teatro, música, atletas... Dentre todas as diversas profissões que já se tornaram pautas das entrevistas realizadas por Luca, afirma que é apaixonado por cada tema, mas que política nacional e bitcoin são os assuntos que mais trazem dificuldades na hora de uma produção. “Minhas dificuldades mais recentes vem sendo falar sobre bitcoin e política nacional. Sei interpretar bem as notícias que absorvo, porém, entrar nos pensamentos dos nossos entrevistados e achar argumentos que os desafie sempre a se elaborarem na resposta é algo um pouco mais complicado do que muitas pessoas pensam”, completa Luca.

Para ele, ouvir todas as diferentes histórias é como poder ter a dádiva de viver diferentes vidas em uma só. “É você poder ser parado no supermercado por um olheiro da TV e se tornar uma estrela nacional, descobrir através da leucemia um dom para o teatro, estar no pico do monte mais alto do mundo e ao mesmo tempo usar seus dons de culinária para encantar seus clientes do ramo financeiro”.

Uma incrível trajetória repleta de aprendizados e novos conhecimento e experiências adquiridas. “Cada entrevista traz um ensinamento e eu como jornalista acabei me tornando um tipo de colecionador de histórias. Parece impressionante, mas com apenas 23 anos já ouvi e já me sinto com muitas histórias para contar. Escrevi minha primeira biografia aos 20 anos, coincidentemente demorei nove meses para terminar minha obra e foi o nascimento de uma conquista que vou guardar para minha vida inteira. Um filho que essa vida me deu”, finaliza Luca Moreira.


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