sexta-feira, 7 de outubro de 2022

.: Show antológico do Creedence na Inglaterra ganha documentário e CD

Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Fãs da banda americana Creedence Clearwater Revival têm muito o que comemorar. É que finalmente saiu em CD o show da banda realizado em abril de 1970 na Inglaterra, no mítico Royal Albert Hall. E em paralelo, a Netflix disponibilizou um ótimo documentário sobre essa apresentação, mostrando o grupo no seu auge criativo.

Naquela época a banda estava com sua formação original, com John Fogerty (guitarra e vocal), Tom Fogerty (guitarra base), Stu Cook (baixo) e Doug Clifford (bateria). E além do bom entrosamento no palco, apresentava uma boa relação entre os integrantes.

Aquela seria a primeira vez que se apresentavam em solo britânico. E justamente no mês em que os Beatles anunciaram a separação. No documentário, John Fogerty explica que havia um receio de como seria a receptividade do público inglês, uma vez que a banda vinha conseguindo destaque emplacando hits e boas vendas dos seus álbuns, rivalizando até com os Beatles nas paradas.

Entretanto, todo o receio se dissipou aos primeiros acordes das canções que se tornaram verdadeiros clássicos, como por exemplo Born On The Bayou. O repertório mescla os hits de quatro álbuns, incluindo Fortunate Son, Bad Moon Rising, Green River, Proud Mary e Travelin Band. As releituras de Night Time is the Right Time, uma canção gospel, e de Good Golly Miss Molly (clássico do rock de Little Richard) ficaram ótimas naquele show.

É nítido que John Fogerty se destacava em relação aos demais. Além de cantar, era autor da maioria dos hits. E ainda desempenhava o papel de solista na guitarra. Todo esse destaque aliás deve ter contribuído para o fim precoce do conjunto em 1972. O seu irmão Tom chegou a sair um pouco antes, em 1971.

O show do Royal Albert Hall mostra o grupo no auge absoluto de seus poderes, o ponto alto de um estrelato assustadoramente breve que os viu emplacando incríveis sete singles no Top 5 e cinco álbuns no Top 10 (sendo dois deles em primeiro lugar) em pouco mais de dois anos e, em seguida, desaparecendo tão rapidamente quanto subiram. O filme do show é o melhor documento até hoje do que foi uma banda incrível como a Creedence. E o disco é um item indispensável para sua coleção.


Fortunate Son



Proud Mary


Travelin Band





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