segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

.: Mental Trigger lança álbum de estreia e se firma como nova força do metal


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto: divulgação

A banda paulistana Mental Trigger lançou em todas as plataformas digitais o seu primeiro álbum auto-intitulado. Um trabalho que reúne intensidade emocional, peso sonoro e uma entrega artística que consolida o grupo como uma das novas promessas da cena metal nacional.

Formada em 2024 na cena de São Paulo, a Mental Trigger surge com o propósito de dar voz às emoções mais viscerais e profundas. O grupo canaliza a energia crua do metalcore em cada nota, verso e grito, incorporando ainda influências de deathcore, new metal, djent e groove metal para criar uma sonoridade interessante.

A banda é integrada por Luis Bom Angelo (vocal), João Pedro Surian (bateria), Gustavo Aliberti (guitarra), Luiz Barreto (guitarra) e Raphael Esteves (baixo) que carregam em seus DNAs a força da inovação e intensidade emocional que marcam o metal contemporâneo.

Com oito faixas autorais e uma faixa bônus especial - um cover poderoso de “Perry Mason”, de Ozzy Osbourne - o álbum presta homenagem ao ícone do metal, falecido em julho deste ano, revisitando sua obra com respeito, agressividade e identidade própria. Produzido por Ryu Morita, o álbum foi gravado na capital paulista, foi mixado por João Felipe Favaro e masterizado por João Pedro Surian. A identidade visual do projeto ganha vida pelas mãos de Gustavo Aliberti, que assina a arte de capa. 

Mental Trigger - "Where Angels Sin"


.: Johnny Hooker faz show que celebra liberdade, diversidade e amor


Johnny Hooker revisita seus maiores sucessos e transforma o palco do Sesc 24 de Maio em um espaço de celebração da liberdade, da diversidade e do amor. Foto: Carlos Sales

O cantor Johnny Hooker retorna aos palcos paulistanos nos dias 3 e 4 de janeiro de 2026, às 18h00, com um show vibrante no Sesc 24 de Maio, em São Paulo. A apresentação revisita os principais sucessos da trajetória dele e reafirma o artista como uma das vozes mais promissoras da música brasileira contemporânea ao abordar temas como liberdade, diversidade e amor. 

No repertório, não faltam canções que se tornaram marcas da carreira dele, como "Amor Marginal", "Flutua" e "Alma Sebosa", músicas que dialogam diretamente com afetos dissidentes, identidades plurais e narrativas à margem, marcas constantes do trabalho de Hooker. O espetáculo propõe um encontro intenso com o público, combinando emoção, energia e uma celebração coletiva da diferença.

Johnny Hooker - nome artístico de John Donovan Maia - é cantor, compositor, ator e roteirista. Vencedor do Prêmio da Música Brasileira como Melhor Cantor na categoria Canção Popular, o artista também tem canções presentes em trilhas de filmes e novelas, como "Volta" (do longa "Tatuagem"), "Amor Marginal" (da novela "Babilônia") e "Alma Sebosa" ("Geração Brasil"), produção na qual atuou como o personagem Thales Salgado. Ao longo da carreira, consolidou-se como um artista que une performance, discurso político e forte carga emocional.


Serviço
Show "Johnny Hooker - Ao Vivo"
Dias 3 e 4 de janeiro de 2026, sábado e domingo, às 18h00
Sesc 24 de Maio | Rua 24 de Maio, 109 - Centro/São Paulo (a 350 metros da estação República do metrô)
Ingressos à venda em sescsp.org.br/24demaio, pelo aplicativo Credencial Sesc SP (a partir de 16 de dezembro) e nas bilheterias das unidades Sesc SP (a partir de 17 de dezembro)
Valores: R$ 60,00 (inteira), R$ 30,00 (meia) e R$ 18,00 (Credencial Sesc)
Classificação: 12 anos
Duração: 90 minutos
Serviço de van: transporte gratuito até as estações República e Anhangabaú.
Saídas a cada 30 minutos: terça a sábado, das 20h00 às 23h00. Domingos e feriados, das 18h00 às 21h00.

.: Aos 80, "O Pequeno Príncipe" ganha exposição imersiva no MIS Experience


O MIS Experience inaugura no dia 20 de dezembro a exposição "O Pequeno Príncipe - 80 Anos", mostra imersiva e inédita no Brasil que celebra oito décadas da primeira edição francesa da obra de Antoine de Saint-Exupéry. Considerado um dos livros mais traduzidos e lidos do mundo, "O Pequeno Príncipe" ganha uma homenagem de grande escala, que combina tecnologia, artes visuais e narrativa sensorial para revisitar seu universo poético.

A exposição propõe uma jornada cronológica e simbólica que tem início na França dos anos 1920, período decisivo na formação artística e intelectual de Saint-Exupéry. Ao longo do percurso, o público é apresentado a momentos marcantes da vida e da obra do autor, incluindo a atuação dele como escritor, inventor e aviador, além de sua relação profunda com a aviação - elemento central de sua trajetória pessoal e literária.

Composta por cinco salas expositivas e uma sala de imersão 360° inédita, a mostra conduz os visitantes por uma viagem narrativa que atravessa estrelas, planetas e o deserto, recriando, em grande escala, passagens emblemáticas do livro. As aquarelas originais de Saint-Exupéry ganham vida por meio de projeções, animações, trilha sonora exclusiva e recursos visuais que ampliam a experiência sensorial.

Personagens icônicos como o Pequeno Príncipe, a raposa e a rosa surgem ao longo do percurso, reforçando os temas centrais da obra, como amizade, afeto, perda e responsabilidade. Pensada para públicos de todas as idades, a exposição busca dialogar tanto com leitores que cresceram com o livro quanto com novas gerações, reafirmando a atualidade e a força emocional do clássico.


Serviço
Exposição "O Pequeno Príncipe - 80 Anos"
MIS Experience - Museu da Imagem e do Som
Rua Cenno Sbrighi, 250 - Água Branca / São Paulo
Sessões a cada 30 minutos
Terça-feira: entrada gratuita (ingressos apenas na bilheteria)
Quarta a sexta-feira: R$ 40 (inteira) | R$ 20 (meia)
Sábados, domingos e feriados: R$ 60 (inteira) | R$ 30 (meia)
Classificação indicativa: livre para todas as idades
Menores de 18 anos apenas acompanhados de um dos pais ou responsável
Gratuidade: crianças até 7 anos
Acessibilidade: espaço acessível para pessoas em cadeira de rodas
Duração: variável, conforme o ritmo do visitante

.: Entrevista: Camila Pitanga volta para virar novela de cabeça para baixo


Ellen (Camila Pitanga) reencontra a filha Sofia (Elis Cabral) em Dona de Mim: retorno inesperado promete mexer com os afetos e os rumos da trama. Foto: Globo/Estevam Avellar 


A volta de Camila Pitanga promete sacudir os próximos capítulos de "Dona de Mim". A atriz retorna à trama como Ellen em meio a uma reviravolta que envolve morte, herança milionária e um reencontro capaz de dividir o coração do público. Ao lado de Hudson (Emílio Dantas), Ellen descobre que a filha Sofia (Elis Cabral) se tornou herdeira de parte da Boaz e decide deixar o interior rumo ao Rio de Janeiro, dando início a um plano que mistura afeto, ambição e contas mal-resolvidas com o passado. As cenas marcam um novo fôlego na novela e recolocam a personagem no centro do conflito dramático. A atriz Camila Pitanga falou sobre a volta da personagem.


Como foi receber a notícia de que Ellen estaria de volta?
Camila Pitanga -
Foi uma surpresa maravilhosa quando a Rosane me contou sobre a ideia do retorno da Ellen. Eu gravei o início da novela achando que era uma participação, mas, ao passo que ela foi me contando, fiquei plenamente convencida de que seria muito especial poder fazer a personagem voltar. E não deixava de ser também um reconhecimento dela e do diretor artístico Alan Fiterman de que a Ellen tinha valor na trama para retornar, então fiquei muito feliz.
 

Qual é a importância da Ellen para o desfecho dessa história?
Camila Pitanga -
Eu acho que a Ellen vem com a missão de dar uma perturbada no coração da Leo (Clara Moneke). Ela vai, de alguma maneira, ter uma situação de disputa, de mistério, de desvendamento e de muito amor também. Acho que a Ellen vem para trazer alegria para essa criança que ama, que sempre foi criada renovando o vínculo com a sua mãe, mas com novas relações. A família Boaz ama muito a Sofia (Elis Cabral). Então, acho que o público vai ficar com o coração dividido. Essa mãe ama a filha, mas também é uma personagem contraditória, que faz coisas erradas. Por isso, vou entender a torcida contra a Ellen, mas eu estou ali, com meu coração inteiro, a favor de Ellen, mas também a favor do gosto do público, que é o redentor. 


Ela retorna mostrando um lado que ninguém conhecia. Como você descreve a Ellen?
Camila Pitanga -
A Ellen tem essa dualidade de ser alguém que ama de verdade, mas que teve de sublimar o seu próprio amor em face do que ela considerou melhor para a filha dela. E acho que ela vai trazer múltiplas leituras, porque também é alguém que aplica golpes, que faz coisas erradas. Então, é para o público ficar dividido, torcer, discutir, pensar. Mas, se fosse para definir, ela é alguém que ama de verdade, alguém que realmente nutre um amor verdadeiro pela filha, mas que tem muitas contradições. Uma pessoa humana com muitas falhas.


Fale sobre a relação dela com Hudson.
Camila Pitanga -
Um casal trambiqueiro, golpista, cambalacheiro. A Ellen faz cambalachos e ama o Hudson (Emílio Dantas). Eles aplicam golpes, e o Hudson respeita muito o amor que a Ellen tem pela Sofia (Elis Cabral). O que leva a Ellen a voltar à filha é descobrir que o Vanderson (Armando Babaioff) morreu e que agora a filha está protegida da violência que ela própria foi submetida no passado. E que ela, em favor do amor e da proteção da filha, precisou desaparecer. Essa foi a escolha triste, difícil, dolorosa feita pela Ellen. Mas agora ela retorna para amar essa filha. E o Hudson respeita muito isso. Então, a gente vai ver flashbacks que contam a história de como eles se conheceram. Foi um prazer imenso trabalhar com o Emílio, esse cara gente boa, paizão, apaixonado pelos filhos, pela família dele. Está sendo muito legal trabalhar com ele.


Como tem sido contracenar com Elis Cabral e Theo Matos?
Camila Pitanga -
Contracenar com a Elis e com o Theo está sendo um sonho, porque são dois seres de tanta luz. São duas crianças, então a gente dá vazão ao lúdico, a campeonato de desenhos, a contar piadas. Mas ao mesmo tempo a gente passa o texto, se ajuda para concentrar. Porque, se deixar eu, Emílio, Elis e Theo juntos viramos quatro crianças, mas a gente se diverte, se curte, se admira. Está sendo muito prazeroso, uma honra enorme poder acompanhar de pertinho duas crianças que são muito amadas, que têm famílias lindas, que realmente abraçaram e são abraçadas pela família da novela.
 

Como foi a construção para dar vida a Ellen?
Camila Pitanga -
Foi deixar o coração vazar e também se divertir. Eu estou pegando a reta final da novela e vim com alegria, com alegria de gostar de jogar, de brincar com os atores, com a equipe técnica. A sorte de poder estar junto e comungar desse projeto tão lindo, tão feliz, que já está fazendo o maior sucesso, e poder somar nessa reta final. Foi uma honra contracenar com Tony Ramos e, pela primeira vez, com a Cláudia Abreu, uma atriz fantástica, amada pelo Brasil e por mim, sempre admirei o trabalho dela. E estar numa novela protagonizada por Clara Moneke é um luxo, é uma honra.

.: #LeituraMiau: "O Sagrado e o Além-Túmulo", de Carlos Carvalho Cavalheiro


Por Cláudia Brino, escritora, ativista cultural e editora da Costelas Felinas

Em "O Sagrado e o Além-Túmulo - Milagreiros e Santos Profanos de Sorocaba", Carlos Carvalho Cavalheiro reúne décadas de observação, pesquisa de campo e levantamento documental para lançar luz sobre um tema tão fascinante quanto negligenciado pela historiografia tradicional: a devoção popular aos chamados “santos de cemitério”. O autor se volta a personagens cuja trajetória, marcada por tragédias, mortes prematuras ou circunstâncias excepcionais, transformou-os - pela força da fé popular - em intercessores capazes de operar graças e milagres.

Ao explorar a cidade de Sorocaba e seus cemitérios históricos, Cavalheiro faz emergir uma cartografia emocional da fé local. Cada tumba, cada inscrição e cada objeto deixado pelos devotos constituem fragmentos de uma narrativa construída coletivamente ao longo de gerações. O livro, assim, não é apenas um inventário dos milagreiros sorocabanos, mas um estudo aprofundado sobre a forma como comunidades ressignificam a morte e constroem uma espiritualidade muito própria, alheia às fronteiras formais entre religiosidade oficial e crença popular.

A escrita de Cavalheiro alia precisão historiográfica a uma sensibilidade etnográfica rara. O autor articula depoimentos, documentos, crônicas, registros iconográficos e tradições orais para reconstruir o percurso de cada figura sagrada. Há um cuidado especial em não apenas descrever fatos, mas contextualizá-los dentro de um universo cultural mais amplo, revelando como cada “santo profano” se insere na vida cotidiana da cidade.

A presença das fotografias, cuidadosamente selecionadas, amplia significativamente o alcance da obra. Elas não funcionam como simples ilustrações, mas como material de leitura paralela, que convida o leitor a percorrer os mesmos caminhos do pesquisador. Os registros visuais revelam túmulos ornamentados, placas de agradecimento, velas, flores, marcas de devoção silenciosa - elementos que, somados ao texto, constroem uma experiência quase imersiva. A materialidade da fé, assim, é apresentada com força e dignidade.

Cavalheiro demonstra, ao longo da obra, que a devoção aos santos de cemitério não é apenas sobrevivência de uma prática antiga, mas também uma forma contemporânea de resistência, memória e identidade comunitária. Suas análises evidenciam a complexidade sociocultural que envolve essas crenças: a interseção entre dor e esperança, morte e permanência, anonimato e consagração.

Em um momento histórico no qual as expressões da religiosidade popular ainda são subestimadas ou tratadas como curiosidades folclóricas, "O Sagrado e o Além-Túmulo" reafirma seu valor como documento imprescindível. A obra contribui para o debate sobre o sagrado no espaço urbano, amplia o repertório de estudos sobre Sorocaba e oferece ao leitor uma rara oportunidade de compreender como a fé se manifesta nos interstícios da vida e da morte.

domingo, 14 de dezembro de 2025

.: Crítica: "Uma Jornada de Bicicleta" é road movie de bela fotografia

 "Uma Jornada de Bicicleta" exibido durante o Festival de Cinema Francês do Brasil de 2025, na Cineflix Cinemas de Santos


Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em dezembro de 2025


O drama "Uma Jornada de Bicicleta"exibido durante o Festival de Cinema Francês do Brasil de 2025, na Cineflix Cinemas de Santos, uma história de família, focada num pai e filho, mas que firma uma linda amizade. Assim, no road movie de fotografia impecável Mathias (Mathias Mlekuz, de "O Americano Tranqüilo") e Philippe (Philippe Rebbot, de "Terapia nas Montanhas") vão cruzando cidades da Europa e saindo do país, ou seja, de La Rochelle até Istambul, Turquia.

Os dois, cada um numa bicicleta, levam um cachorrinho sentido a uma aventura em que a memória acaba sendo o verdadeiro guia, uma vez que conforme avançam até o ponto final, refazem caminhos e registram a passagem no mesmo lugar do filho de Mathias, Youri, já falecido. Num caminho fora de ser em linha reta e plano, Mathias e Philippe passam até pelo Mar Negro, na tentativa de refazer o percurso que Youri havia iniciado antes da morte trágica.

"Uma Jornada de Bicicleta" é de uma fotografia belíssima que emociona, sensível e humano, mescla na dose certa, a comédia e o drama, conseguindo ser tocante ao abordar a amizade, o luto e a superação. É por meio da viagem cheia de surpresas que a dor da perda do jovem consegue encontrar uma forma de cura. Vale a pena conferir o longa!


O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no GonzagaConsulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


"Uma Jornada de Bicicleta"(“À bicyclette!”). Gênero: comédia, drama. Duração: 1h29. Direção: Mathias Mlekuz. Roteiro: Mathias Mlekuz e Philippe Rebbot. Classificação indicativa: 14 anos. Ano de produção: 2025 (estreia oficial em 2024 na França). Idioma: francês. Elenco: Mathias Mlekuz, Philippe Rebbot, Josef Mlekuz (além de participações de Adriane Gradziel, Marzieh Rezaee, Laurent Jouault entre outros). Distribuição no Brasil: Bonfilm. Cenas pós-créditos: não. Sinopse: Mathias leva seu melhor amigo Philippe numa viagem de bicicleta por diferentes cantos da Europa. De La Rochelle até Istambul, do Atlântico até o Mar Negro, os dois amigos de longa data partem numa aventura em a memória é o verdadeiro guia.

Trailer de "Uma Jornada de Bicicleta"




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 "Sonho, Logo Existo" exibido durante o Festival de Cinema Francês do Brasil de 2025, na Cineflix Cinemas de Santos


Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em dezembro de 2025


A comédia "Sonho, Logo Existo"exibida durante o Festival de Cinema Francês do Brasil de 2025, na Cineflix Cinemas de Santos, traz Pierre Richard ("A Cabra") aos 91 anos, na direção e estrelato da produção sobre a amizade improvável de um eremita e um rapaz autista. Juntos, embora sejam de gerações diferentes, dividem o mesmo objetivo, o de proteger um urso que escapou de um circo -ainda que o animal coma salsichas especiais do senhor Grégoire (Pierre Richard). 

Após a morte de um bom amigo da região, no evento de despedida quando um drone paira até sob o caixão, o eremita Grégoire e o jovem Michel passam a se aproximar. Solitários e também em luto, tem o gatilho de um vínculo intergeracional promovido pelo selvagem fugitivo de pelos. 

De modo tocante, com ternura, em meio a erros e acertos na amizade, ambos descobrem seus limites, assim como o do outro. O respeito aos animais também tornam a trama uma empolgante fábula, com direito a aparições da Chapeuzinho Vermelho, enquanto aproveita para lançar críticas sociais, como o duo e distinto encontro do desmatamento com a sede por dinheiro. 

O longa que marca o retorno de Richard à direção após quase 30 anos, sendo ele o ator homenageado de 2025, no Festival de Cinema Francês do Brasil, ainda abre espaço para valorizar a Amazônia. Vale a pena conferir tal encantadora poesia cinematográfica! 


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"Sonho, Logo Existo"(“L'Homme qui a vu l'ours qui a vu l'homme”). Classificação indicativa: 12 anos. Ano de produção: 2025. Idioma: francês. Direção: Pierre Richard. Roteiro: Pierre Richard e Anne‑Sophie Rivière. Elenco: Pierre Richard, Timi-Joy Marbot, Gustave Kervern, entre outros. Distribuição no Brasil: Bonfilm. Duração: 1h28. Cenas pós-créditos: não há indicação pública de cenas pós-créditos. Sinopse resumida: Grégoire, um eremita recluso, e Michel, um jovem com autismo Asperger, formam uma amizade improvável. Juntos, acolhem um urso que fugiu de um circo, num gesto de afeto à natureza, compartilhando sonhos, diferenças e ternura.

Trailer de "Sonho, Logo Existo"



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sábado, 13 de dezembro de 2025

.: Crítica: "A Mulher Mais Rica do Mundo" é retrato da pobreza com muito dinheiro


 "A Mulher Mais Rica do Mundo" exibido durante o Festival de Cinema Francês do Brasil de 2025, na Cineflix Cinemas de Santos


Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em dezembro de 2025


O drama "A Mulher Mais Rica do Mundo", exibido durante o Festival de Cinema Francês do Brasil de 2025, na Cineflix Cinemas de Santos, apresenta a história de Marianne Farrère (Isabelle Huppert, de "Sra. Harris Vai a Paris", "A Sombra de Caravaggio" e "A Prisioneira de Bordeaux"), mulher com tanto dinheiro que mesmo sem controle de gastos nada lhe falta. Assim, ela inicia uma amizade com a pessoa errada. 

A produção que soma 2 horas e 3 minutos de duração é o retrato da pobreza com dinheiro caindo pelos vãos dos dedos das mãos. Herdeira de um mundo de lucros no mercado dos cosméticos, Marianne não é avarenta com os seus. Pelo contrário, precisa ser freada quando o assunto é presentear. Até mesmo os funcionários são agraciados com salários altos, incluindo o mordomo Jérôme Bonjean (Raphaël Personnaz, de "Bolero, A Melodia Eterna").

Ainda que exale o vazio interno ao lado de seu marido Guy (André Marcon, de "Almas Gêmeas" e "A Garota Radiante", tudo na vida dos Farrère parecia estar na habitual normalidade, até que ao aceitar uma entrevista na revista "Selfish", esbarra no fotógrafo Pierre-Alain Fantin (Laurent Lafitte, de "Vizinhos Bárbaros"). A relação desencadeia conflitos familiares e um esquema de corrupção, explorando temas de poder, segredos de família e vingança. 

Assim é iniciada uma relação abusiva e que, claro, envolve muito, muito dinheiro usado da maior fonte de dinheiro: Marianne. De dicas de composições nas vestimentas a até reformulação mobiliária que inclui entre os utensílios decorativos um falo dourado. No entanto, tal parceria ultrapassa todos os limites quando Fantin passa a exigir valores.

O longa, que também apresenta cenas de depoimentos dos envolvidos, é uma ficcionalização do famoso e intenso caso real da herdeira da L'Oréal, Liliane Bettencourt, e seu relacionamento com o fotógrafo François-Marie Banier. Atualmente, a lista da mulher mais rica do mundo pode variar, mas Alice Walton (Walmart) e Françoise Bettencourt Meyers (L'Oréal) são consistentemente as primeiras posições, com outras como Julia Koch e Jacqueline Mars na sequência. Vale a pena conferir o "A Mulher Mais Rica do Mundo"!


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"A Mulher Mais Rica do Mundo"(“La femme la plus riche du monde”). Direção e Roteiro: Thierry Klifa. Elenco: Isabelle Huppert (como Marianne Farrère), Laurent Lafitte (como Pierre-Alain Fantin), Marina Foïs, Emmanuelle Béart. Gênero: Drama. Duração: 2h03.  País: França. Idioma Original: Francês. Cenas pós-créditos: não. Sinopse: O filme é livremente inspirado na história real de Liliane Bettencourt, herdeira do império L'Oréal, e explora a relação conturbada com um jovem fotógrafo e escritor, desencadeando segredos de família e esquemas de corrupção. 

Trailer de "A Mulher Mais Rica do Mundo"


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.: ResenhandoTeatro: ainda dá para curtir os musicais "Wicked" e "Titanique"

As férias de dezembro abrem uma grande oportunidade para curtir os dois musicais que seguem em cartaz nos teatros paulistas neste final de semana: "Wicked" e "Titanique". Como a equipe do Resenhando.com se deliciou com as duas montagens, recomendamos ambas. Uma eleva o nível de magia e encantamento entre as produções de teatro musical no Brasil, outra faz rir do início ao fim ao som de canções da cantora Céline Dion.

"Wicked - O Musical" segue em cartaz no Teatro Renault, em São Paulo, somente até 21 de dezembro de 2025, com sessões de quarta a domingo. A montagem com padrões elevados, capaz de garantir o voo, de fato, da bruxa verde, Elphaba (Mira Ruiz) por cima do público é, sem dúvida, um espetáculo inesquecível e que agrada a todo família. Não somente para os fãs do fenômeno cultural, mas também para os que amam uma impecável encenação com muita cantoria. Portanto, garanta os ingressos deste espetáculo que foi prorrogado ao longo de 2025, mas chegará ao fim da temporada.

Outra super opção de entretenimento, mas para o público adulto, é o musical "Titanique", em cartaz em São Paulo somente até o dia 14 de dezembro de 2025, no Teatro Sabesp Frei Caneca. A comédia irreverente parodia o filme Titanic usando os grandes sucessos da cantora e compositora canadense Céline Dion para recontar a história do casal Jack e Rose, com narração, logo garantindo inferências hilárias da própria diva pop, interpretada com maestria por Alessandra Maestrini. 


"Wicked"

Elenco Principal: Elphaba: Myra Ruiz; Glinda: Fabi Bang. Outros Nomes: Tiago Barbosa, Marcelo Médici, Diva Menner, Cleto Baccic, Nayara Venancio e Dante Paccola, entre outros artistas.

Produção: Instituto Artium de Cultura em coprodução com o Atelier de Cultura.

Direção Nacional: Ronny Dutra.

Direção Musical e Regência: Maestro Thiago Rodrigues.

Duração: Aproximadamente 3 horas, com um intervalo.

Classificação Indicativa: Não recomendado para menores de 10 anos (para a temporada de 2025).

.: Crítica: musical “Wicked” desafia a gravidade e as expectativas


"Titanique"

Elenco: Alessandra Maestrini (Céline Dion), Marcos Veras (Jack), Giulia Nadruz (Rose), Luis Lobianco (Ruth, mãe da Rose), George Sauma (Cal), Wendell Bendelack (Victor Garber) e Talita Real (Molly Brown).

Direção Artística: Gustavo Barchilon. 

Direção de Produção: Thiago Hofman. 

Direção Musical, Arranjos e Orquestração: Thiago Gimenes. 

Direção de Movimento/Coreografia: Alonso Barros. 

Cenografia: Natália Lana. 

Figurino: Theodoro Cochrane. 

Desenho de Luz: Maneco Quinderé. 

Visagismo: Feliciano San Roman. 

Design de Som: André Breda (ou João Baracho, dependendo da fonte). 

Assistência de Direção: Talita Real e Gabi Camisotti. 

Duração: 110 minutos, sem intervalo.

Classificação indicativa de 12 anos. 

.: No musical "Titanique", Céline Dion assume o leme e vira furacão pop

sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

.: "Zootopia 2" é dinâmico ao tratar preconceito, discriminação e opressão


 "Zootopia 2" está em cartaz na Cineflix Cinemas de Santos


Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em dezembro de 2025


Uma sequência de colorido vibrante, cheia de ritmo e hilário. Eis "Zootopia 2", animação Disney que prova a possibilidade de fazer acontecer na primeira e segunda produção. Desta vez, os agora parceiros inseparáveis na polícia de Zootopia, a oficial Judy Hopps e o detetive Nick Wilde são incumbidos de solucionar um novo mistério que envolve rastros deixados por um grupo de répteis. 

Assim, a dupla esbarra na serpente misteriosa, Gary. Sem direito a viver em Zootopia, Gary se junta a Hopps e Wilde na tentativa de revelar o grande segredo da fundação do lugar que tinha como ideia a ser para todos os animais. Assim, a animação que soma 1 hora e 48 minutos facilmente pode ser analisada em paralelo com a vida humana em que quem tem o poder, geralmente, o dinheiro, pode tudo, inclusive, tirar seres indesejáveis de seu caminho.

"Zootopia 2" explora a ideia de que o fofinho aos olhos pode não querer o bem para todos, assim apresenta a história sombria de como os répteis se tornaram excluídos na cidade. Desta forma, a produção dirigida por Jared Bush ("Encanto") e Byron Howard ("Bolt, supercão"), unidos novamente após "Zootopia", aprofunda temas de preconceito, discriminação e opressão sistêmica. Todavia, aprofunda o relacionamento de amizade e parceria do casal de protagonistas.

Há em "Zootopia 2" em toque de "Elementos" a respeito das distinções ora veladas, ora escancaradas. No entanto, com boas piadas e dinamismo, a animação empolga do início ao fim, sendo capaz de deixar no público o gostinho de um terceiro filme. Mesmo sem o mesmo frescor e originalidade do filme de 2016, a nova produção consegue ser genial e garantir mais meandros para uma outra história. Vale a pena assistir nas telonas dos cinemas. Imperdível! 

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"Zootopia 2". (Zootopia 2). Gênero: Animação, Aventura, Comédia. Direção: Jared Bush e Byron Howard. Roteiro: Will Tracy. Duração: 1 hora 48 minutos. Produção: Walt Disney Animation Studios Distribuição: Walt Disney Studios / Disney. Elenco de Voz Original (Personagens Principais): Judy Hopps: Ginnifer Goodwin Nick Wilde: Jason Bateman Gary (novo personagem): Ke Huy Quan Chefe Bogo: Idris Elba. Elenco de Dublagem Nacional (Personagens Principais): Judy Hopps: Monica Iozzi Nick Wilde: Rodrigo Lombardi Gary: Danton Mello Dra. Fuzzby: Thaila Ayala. Sinopse: 

Trailer de "Zootopia 2"


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