Mostrando postagens com marcador Entrevistas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Entrevistas. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 14 de abril de 2023

.: Entrevista: Fred Nicácio entra para a história do "Big Brother Brasil"


"Faltava eu colocar alguns pingos nos 'is'”, afirma o médico. Foto: Globo/João Cotta

Esta é a segunda vez que Fred Nicácio é eliminado do "BBB 23". Depois de ganhar uma chance de voltar ao jogo na dinâmica de repescagem, o médico usou as informações externas que levava consigo de uma maneira diferente da que optou quando voltou do quarto secreto para o confinamento, no início da temporada. Desta vez, preferiu potencializar aliados no lugar de desestabilizar adversários, e esta foi uma decisão de que se orgulha.

Apesar de ter perdido novamente a corrida pelo prêmio milionário, ele acredita que finalmente cumpriu com seu propósito no programa. “Faltava eu colocar alguns pingos nos ‘is’, falar algumas coisas para algumas pessoas, inclusive na Casa do Reencontro, por mais desconfortável que tenha sido para mim. Saio com a sensação de que fechei com chave de ouro aquilo que me propus a fazer. Talvez eu não tenha sido o melhor jogador, diante das expectativas que criaram sobre mim, mas com certeza fui o melhor missionário, cumpri a minha missão”, descreve em uma análise da própria trajetória. 

Fred também fala, na entrevista a seguir, sobre o jogo de Ricardo, detalha a construção de afeto com a adversária Larissa e comenta a acusação de ter feito um jogo confortável em sua segunda passagem pelo reality show.  


Você foi o único participante que teve duas chances de retornar ao jogo na mesma edição do ‘Big Brother Brasil’. Acha que fez o melhor uso das informações externas que tinha quando voltou mais recentemente à casa ou teria feito algo diferente?
Fred Nicácio -
Eu usei as informações para o meu conforto. Eu preferi esse lugar mais zeloso, sobretudo comigo mesmo. Usei as informações para motivar, incentivar e potencializar pessoas, alertar outras, e não para criar novos embates ou alfinetar ninguém; não era esse o meu objetivo. Então, acho que fiz um uso excelente diante daquilo que eu havia proposto para mim mesmo. 


Você contou aos brothers que foi um protagonista da temporada até a sua eliminação. Acha que isso mudou na sua segunda fase no "BBB 23"?
Fred Nicácio - 
Acho que é como o Tadeu falou ontem no meu discurso de eliminação: “O Fred é como o sol: mesmo sem fazer nada, tudo gira em torno dele”. Isso já diz muita coisa. Mesmo eu não buscando treta, ela chega até mim (risos). Acho que eu fiz o que eu tinha que fazer, que era continuar em um lugar de protagonista. Só que tudo tem que ter um começo, um meio e um final.

 
O que te impediu de chegar à final desta vez?
Fred Nicácio - 
O que me impediu foi que as pessoas criaram uma expectativa em cima de mim que frustrou a elas mesmas. Foram expectativas frustradas, não a minha verdade, a minha realidade. Como quem vota é quem está aqui fora, essas expectativas frustradas podem ter me feito sair do jogo.

 
Ricardo e Bruna Griphao mencionaram que, depois do seu retorno, você passou a fazer um jogo confortável no "BBB" e até te chamaram de “planta”. Como enxerga esse apontamento?
Fred Nicácio - 
Acho que eles estão certos porque se eles estavam esperando um Fred como o da minha segunda temporada, eles realmente não encontraram. Isso porque é uma outra casa, outras pessoas e também um outro Fred. Então, é um outro jogo. Eu não sou caça-treta. Não tenho como ter embates com pessoas com quem eu não tenho embates. É um jogo de relacionamentos, estava lá para me relacionar. Se dentro dessas relações acontecem algumas situações de estresse, que a gente precisa brigar, ok. Agora, se elas não acontecem naturalmente, forçar isso não é, para mim, uma boa estratégia, não. 


A indicação do Ricardo ao paredão te pegou de surpresa? Como foi lidar com a berlinda depois de já ter sido eliminado uma vez?
Fred Nicácio - 
Não me surpreendeu porque é uma pessoa que eu já não confiava no jogo. Mas eu decidi baixar a guarda porque a Domitila me pedia muito; ela solicitou que eu desse uma chance para a aproximação dele. Mesmo sentindo que não era para eu fazer isso, eu decidi ceder esse lugar, baixar a guarda e permitir que o Ricardo se aproximasse de mim. Mas, como eu sempre falo, informação é poder. Nesse momento em que eu baixo a guarda, ele começa a conseguir informações sobre mim que, antes, ele não conseguia. É como ele falava: “Eu tenho medo de você, Fred. Você aqui faz com que eu me veja cada vez mais longe do Top 3”. Então eu sei que a minha presença e a minha existência naquele lugar, por mais que eu fosse “planta”, incomodava ele e muito. Imagina se eu não fosse, né? (risos). E quanto a encarar o paredão, no dia da eliminação eu estava tranquilo. Mas, no dia anterior, eu me permiti ter medo, eu quis ter medo. Tem uma frase de uma música da Liniker que fala em “descascar o medo para caber coragem”. Eu sempre fiz isso, nesse jogo e na vida também. Mas, na segunda-feira, eu decidi não descascar o medo; decidi ter medo, ter a coragem de sentir medo, de acolher esse medo. Foi gostoso poder sentir medo dentro do BBB, uma coisa que eu não havia sentido lá dentro antes porque eu sempre fui o “Fredão, grandão e sem medo” (risos). Na segunda-feira vivi o lugar de acolher esse medo, chorar com medo, e depois eu fiz as pazes com outros sentimentos, como a gratidão e a tranquilidade de ter feito uma trajetória de que eu me orgulho e, não, que fosse bonita para os olhos dos outros.
 

Quando a berlinda se formou, você prometeu que as coisas iriam esquentar caso permanecesse na casa. O que teria feito, se tivesse a chance?
Fred Nicácio - 
Ia começar o cão caçando o gato: eu tentando botar o Ricardo no paredão e ele tentando me colocar. Ele tinha acabado de ganhar um novo embate direto, então ia ser assim, e a Sarah no meio desse tiroteio (risos). As coisas iriam esquentar muito porque eu iria colocar esse cara para fora da casa; se ele não me colocasse, o próximo seria ele. Depois que saí, pelo que conversei com as pessoas, isso pegou supermal para ele. Eu sabia que essa indicação minha, caso eu não saísse, seria a queda dele. Ele tinha que ter dado um tiro certeiro, e que bom para ele que ele deu (risos).
 

Você criou uma conexão com a Larissa na Casa do Reencontro e evitou votar nela quando voltaram à disputa. Qual foi a importância da Larissa naquele momento para você e como enxerga o jogo dela nesta segunda etapa do game?
Fred Nicácio - 
Larissa e eu tivemos um encontro muito legal na Casa do Reencontro. Depois da primeira discussão, em que eu falei tantas coisas para o Brasil e para pessoas que estavam lá, a Lari aproveitou o bonde e falou algumas coisas que ela tinha entaladas. Logo depois, ela olhou para mim e disse: “Vou embora”. Como lá não tinha muito lugar para ir, catei ela, levei para o banheiro, e falei para ela: “Não desiste. Se você não entrar na casa, não vai ser por isso e, sim, porque o Brasil não quer. Você não precisa fazer isso. Você lutou para estar aqui e, agora, é mais uma chance”. Então, ela saiu daquele buraco, ficou bem e, na quinta-feira, quem queria ir embora era eu (risos). E foi ela que fez esse mesmo gesto por mim. Ela falou: “Aquilo que você me disse ontem era a mais pura verdade, olha como estou hoje, mais forte. Já me reergui. Agora é a sua vez de se levantar também”. Então, teve essa troca, esse afeto. Até comentamos juntos que essa coisa de quarto era ruim porque eu super andaria com ela e ela comigo. A gente se entendeu nesse lugar e, depois, já na casa, ela me disse que conheceu um Fred amigo, acolhedor, que não havia conhecido na primeira vez. A gente se respeitou e se protegeu nesse lugar. A gente sabia que não ia jogar junto, mas também sabia que nossa conexão tinha sido real e verdadeira. Quanto ao jogo dela, a Lari entrou na pegada de botar fogo no parquinho, fazer e acontecer. Mas, acho que é muito sobre a expectativa das pessoas em cima da gente, que voltou. Acham que a gente voltou com superpoderes e isso não é uma verdade. Dentro do jogo, toda informação acaba se diluindo e a gente vai virando mais um participante como qualquer outro. Essa expectativa de que a gente volte, faça e aconteça, é uma expectativa externa, não é a nossa, pelo menos não era a minha. E ela pode acabar metendo os pés pelas mãos por estar nesse lugar. Mas, espero que ela encontre um jogo em que ela se sinta ela mesma e, não, o que esperam que ela seja.


Depois que vocês voltaram ao "BBB", houve uma nova rixa entre os dois quartos. Por que acha que isso aconteceu? 
Fred Nicácio - 
Porque voltaram duas pessoas de grupos opostos. Se voltassem duas do mesmo grupo, acho que isso também iria acontecer, mas seria menos visível porque só um grupo teria informações realmente valiosas. Como entrou uma de cada lado, cada grupo tinha informações que o outro não sabia. Acho que pegou mais fogo por causa disso. 


Em contrapartida, o Ricardo permaneceu dizendo que jogava sozinho e, mesmo estando no quarto Fundo do Mar, votou em você. Como avalia o jogo dele?
Fred Nicácio - 
Eu vejo o jogo do Ricardo como um jogo duplo. Ele diz que joga sozinho, mas se beneficia dos grupos e vai para o lado da canoa que não está afundando. Se afunda o Deserto, ele está no Fundo do Mar. Se afunda o Fundo do Mar, ele está no Deserto. Assim ele cria uma camada de proteção onde ele não é alvo de ninguém. E acho que isso é mérito dele. Não é um jogo que eu consigo jogar nem que acho bonito, mas é uma forma de jogar. Se ele se sente confortável e tem sucesso nesse lugar, que bom, né?
 

Nos últimos dias, você afirmou que não tinha como proteger mais o Cezar no jogo. De que forma definiu suas prioridades naquele momento? 
Fred Nicácio - O Cezar vinha demonstrando atitudes de não fechar com o grupo. Eu havia falado para ele algumas vezes que isso acabaria colocando-o em situações que a gente não conseguiria mais alcançar, que as pessoas deixariam de vê-lo como prioridade. Mas eu jamais iria soltar a mão dele, de maneira nenhuma, em questão de afeto, de estar ali para ele no que eu pudesse oferecer, como sempre ofereci. Agora, em questão de prioridade, todo mundo da casa sempre soube que a Domi (Domitila Barros) era meu pódio. Isso não era novidade para ninguém, não foi algo que eu defini depois. Foi uma história de amor que começou na minha primeira temporada; essa já era a terceira temporada do Doutor Fred no "BBB" (risos). Então, nada de novo em Paris. 

Que balanço faz desses 20 dias em que permaneceu no programa após a repescagem?
Fred Nicácio - 
Meu balanço é de missão cumprida. Faltava eu colocar alguns pingos nos “is”, falar algumas coisas para algumas pessoas, inclusive na Casa do Reencontro. São pautas pouco faladas e que precisam ser escrachadas. Então, quando eu volto, eu volto com esse gás de finalizar a missão que eu havia começado na minha primeira temporada. Saio com a sensação de missão cumprida, de que fechei com chave de ouro aquilo que me propus a fazer. Talvez eu não tenha sido o melhor jogador, diante das expectativas que criaram sobre mim, mas com certeza fui o melhor missionário, cumpri a minha missão.
 

Quem você acha que tem mais chances de vencer o "BBB 23"?
Fred Nicácio - 
A Domitila porque ela é símbolo de coragem, resiliência, inteligência e jogo estratégico. E a Sarah Aline também. Acho que as duas são grandes potenciais para estar nesse Top 3 e eu estou torcendo por isso.


E quem você quer que ganhe a temporada?
Fred Nicácio - 
Torço pela Domi, primeiramente, e depois pela Sarah. Mas as duas estando na final, eu já fico extremamente feliz. Ah, e o Black (Cezar)! Ele é incrível. E seria incrível ver um pódio preto, sim, porque isso é reparação histórica e quem não entendeu, que vá estudar. Se pudesse, gostaria, sim, de Domi, Sarah e Black na final. Seria uma realização pessoal ver um pódio desse.

.: Entrevista: Xamã, o galo malvadão do "The Masked Singer Brasil"


O cantor do hit "Malvadão 3" se apresentou na final com as músicas "Paparico" e "Samba Diferente" do grupo Molejo.Foto: Globo/Maurício Fidalgo

A grande final do "The Masked Singer Brasil" aconteceu no último domingo, dia 9 de abril, e consagrou a DJ Vitória-Régia como campeã da temporada. Por trás da máscara estava a ex-"BBB" e cantora Flay. O Galo ficou em terceiro lugar e surpreendeu ao revelar a identidade do rapper carioca Xamã. O cantor do hit "Malvadão 3" se apresentou na final com as músicas "Paparico" e "Samba Diferente" do grupo Molejo"Foi um prazer participar do 'The Masked Singer'. Foi uma experiência maravilhosa. Eu pude cantar outras músicas que não eram do meu repertório. E pude fazer amizades nos bastidores, o clima era muito bacana. Eu estou muito feliz com o que o Galo me proporcionou". Confira a entrevista com Xamã.


Como foi a experiência de participar do programa?
Xamã - Foi um prazer participar do "The Masked Singer". Foi uma experiência maravilhosa. Eu pude cantar outras músicas que não eram do meu repertório. E pude fazer amizades nos bastidores, o clima era muito bacana. Eu estou muito feliz com o que o Galo me proporcionou.
 

Como foi receber o convite para participar do programa?
Xamã - Quando recebi o convite, eu estava em um show, e de cara já aceitei porque era uma coisa nova. Eu venho tentando trabalhar com dança, com balé... Eu achei que seria uma coisa nova para a minha carreira e gosto de sair um pouco da minha zona de conforto. 
 

Como foi feita a escolha das músicas?
Xamã - A ideia foi descaracterizar completamente o sotaque carioca. Nós escolhemos músicas que eu curto e que fizeram parte da minha vida. Eu queria tirar ao máximo o foco do rapper carioca.
 

Qual a parte mais difícil deste desafio?
Xamã - O mais difícil pra mim foi guardar o segredo. Durante as gravações das músicas, às vezes eu queria falar algo, ou dar uma ideia, e não podia (risos).

 
Você esperava ir tão longe na competição?
Xamã - Eu sou muito competitivo, tudo que eu faço é pra ganhar e ser o melhor. Eu tento contagiar as pessoas ao meu redor para acreditarem e torcerem junto. Então, não sou só eu que estou ganhando, é a "Tropa do Galo" (risos).

domingo, 9 de abril de 2023

.: Entrevista: Nivea Stelmann comenta personagem: "Não me dou chicotada"


Vilã com cara de anjo, Nivea Stelmann relembra sucesso de personagem na novela de Walcyr Carrasco. Foto: TV Globo / Kiko Cabral

Mesmo morando nos Estados Unidos, Nivea Stelmann acompanha o sucesso da reexibição de "Chocolate com Pimenta", uma das novelas em que mais obteve destaque na carreira de atriz. Até hoje ela é lembrada pela personagem, uma jovem que esconde de todos sua face perversa, especialmente da irmã, Celina (Samara Felippo). "O público comenta muito sobre a Graça. 'Chocolate com Pimenta' sem dúvida é uma das novelas que o público mais lembra de mim. As pessoas sempre brincam dizendo que quem tem uma irmã como essa não precisa de inimigos", conta, aos risos.  

 Além do sucesso da personagem, Nivea tem a novela como um dos trabalhos mais leves e prazerosos nos bastidores. Ela já reviu várias vezes e gosta de revisitar todos os seus personagens. "Amo rever meus trabalhos, desde a primeira novela. Sou uma pessoa que sabe reconhecer suas qualidades e quando faço um bom trabalho. Não me dou chicotada", constata. Em entrevista, Nívea Stelmann comenta mais sobre o trabalho em "Chocolate com Pimenta", novela de Walcyr Carrasco, com direção de núcleo de Jorge Fernando. A direção geral é de Fabrício Mamberti e direção de Fred Mayrink. 

Sua personagem, a professora Graça, é um dos grandes destaques da trama. O que você recorda do processo de composição para interpretá-la?
Nivea Stelmann - Eu precisava passar a imagem de uma irmã boa, mas internamente muito invejosa e competitiva. Era realmente lobo na pele de cordeiro. Assisti muitos filmes com personagens desse tipo para compor a personagem.
 

Houve algum desafio maior para interpretar a personagem?
Nivea Stelmann - No período das gravações eu estava grávida do meu primeiro filho, Miguel. Brinco que ele fez essa novela comigo. Grávidas ficam sempre mais cansadas e além disso viver uma personagem gerando uma vida não é nada fácil. Conversava muito com ele. Mas valeu a pena. A gente conseguiu.
 

É uma das personagens mais marcantes de sua carreira?
Nivea Stelmann - O público comenta muito sobre a Graça. "Chocolate com Pimenta" sem dúvida é uma das novelas que o público mais lembra de mim. 


Até hoje o público fala sobre ela com você? Como são essas abordagens?
Nivea Stelmann - As pessoas sempre brincam dizendo que quem tem uma irmã como essa não precisa de inimigos (risos).  
 

Quais foram as melhores parcerias com atores do elenco que teve durante sua participação na novela?Nivea Stelmann - Rodrigo Faro, Samara Felippo, Priscila Fantin, Mariana Ximenes, Murilo Benício. Todos foram muito especiais. Morro de saudade dessa época. 
 

Alguma curiosidade em especial ficou marcada nas suas lembranças dos bastidores?
Nivea Stelmann - Sim. Quando fiz a última cena da Graça, em que ela morre no parto. Foi uma cena muito forte porque eu estava grávida de verdade. Lembro que todo o elenco e direção se preocuparam muito comigo. Com a minha cabeça, com o meu bem-estar. Foi uma cena muito difícil, mas que ficou linda. 
 

Qual a cena ou sequência mais te marcou em 'Chocolate com Pimenta'?
Nivea Stelmann - A cena em que a Graça revela para a Celina a verdadeira personalidade dela. Quando ela diz que mentiu o tempo todo. Foi muito forte.
 

Você gosta de rever seus trabalhos ou é muito autocrítica?
Nivea Stelmann - Amo rever meus trabalhos, desde a primeira novela. Sou uma pessoa que sabe reconhecer suas qualidades e quando faço um bom trabalho. Não me dou chicotada (risos). 
 

Você vive nos Estados Unidos há bastante tempo. Tem vontade de voltar a fazer trabalhos para a TV?
Nivea Stelmann - Sim, vivo nos Estados Unidos há pouco mais de cinco anos. Não tenho nenhum projeto na minha área. Hoje vivo totalmente para a minha família. Não descarto a possibilidade de voltar para a TV algum dia, mas por enquanto não está nos meus planos. 

terça-feira, 4 de abril de 2023

.: "Sou demasiado humano", afirma Paulo Maymone na #ResenhaRápida


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

A combinação de talento, humildade e doçura. Este é o compositor Paulo Maymone, que concedeu uma entrevista exclusiva ao Resenhando.com - e respondeu a perguntas que ninguém teve coragem de fazer. Os CDs autorais "Os Olhos Atrás da Voz " e "Canções ao Mar", com intérpretes convidados, são capazes de traduzir toda a grandiosidade deste artista único, repleto de sensibilidade e música. O artista também cede espaço para um dedicado professor de História, admirado por muitos. Mas a arte prevalece na alma e no sangue de Maymone. Ouvi-lo é fazer parte de um mundo melhor - pelo menos enquanto se escuta as composições que ultrapassam a atmosfera da música e viram poesia.


#ResenhaRápida com Paulo Maymone


Nome completo:
Paulo Fernando Maymone de Azevedo.
Apelido: Big.
Data de nascimento: 18 de setembro de 1962.
Altura: 1,77m.
Qualidade: gentileza.
Defeito: sou humano, demasiado humano.
Signo: virgem.
Ascendente: sempre esqueço.
Uma mania: música.
Religião: uma vivência cultural.
Time: São Paulo.
Amor: minha mulher Flávia.
Sexo: eu e Flávia.
Mulher bonita: minha saudosa mãe.
Homem bonito: meu saudoso pai.
Família é: afeto.
Ídolo: para ser demolido.
Inspiração: Beatles.
Arte é: intuição, reflexão, representação, comunicação e expressão de valores.
Brasil: complexo.
Fé: foro íntimo.
Deus é: vida.
Política é: fundamental.
Hobby: assistir futebol.
Lugar: Santos.
O que não pode faltar na geladeira: queijo.
Prato predileto: filé de peixe à milanesa.
Sobremesa: quindim.
Fruta: caqui, banana, mamão.
Bebida favorita: água.
Cor favorita: azul.
Medo de: ser dominado por preconceitos.
Uma peça de teatro: "Gota D'água".
Um show: muitos de Caetano, Gil, Chico, Milton, Paulinho da Viola.
Um ator: Lima Duarte.
Uma atriz: Fernanda Montenegro.
Um cantor: Tim Maia.
Uma cantora: Elis Regina.
Um escritor: Sartre.
Uma escritora: Marilena Chaui.
Um filme: a maioria de Woody Allen.
Um livro: muitos.
Uma música: "A Página do Eelâmpago Elétrico", de Beto Guedes e Ronaldo Bastos,
Um disco: "Song Boca", do Boca Livre.
Personagem: os papéis que a vida oferece.
Uma novela: a vida cotidiana.
Uma série: tirar férias do cotidiano.
Um programa de TV: "Diálogos com Mário Sérgio Conti".
Uma saudade: pai e mãe.
Algo que me irrita: intolerância.
Algo que me deixa feliz é: voltar para casa.
Uma lembrança querida: férias de infância numa fazenda.
Um arrependimento: o que não fiz.
Quem levaria para uma ilha deserta? Flávia, por nosso amor, e um violão.
Se pudesse ressuscitar qualquer pessoa do mundo, seria... Não tenho essa pretensão divina.
Se pudesse fazer uma pergunta a qualquer pessoa do mundo, seria... Não saberia por onde começar.
Não abro mão de: privacidade.
Um talento oculto: está oculto.
Você tem fome de quê? Mundo com menos fome.
Você tem nojo de quê? Ganância e hipocrisia.
Se tivesse que ser um bicho, seria: cachorro.
Um sonho: que não seja pesadelo.
Música em uma palavra: tudo.
Ser músico é: dádiva.
O que me tira do sério: agressividade e desrespeito.
Democracia é: cidadania.
Ser homem, hoje, é: aprender a respeitar.
Palavra favorita: saudade.
Paulo Maymone por Paulo Maymone: um compositor apaixonado por música e um professor de História dedicado.


.: Entrevista com a desmascarada: Nanda Costa é a Vovó Tartaruga


"Quando eu recebi o primeiro convite eu estava grávida, mas ainda não tinha contado para todo mundo", afirma a atriz Nanda Costa, a Vovó Tartaruga do reality show. Foto: Globo/Maurício Fidalgo

De jurada a mascarada. No último domingo, dia 2 de abril, o "The Masked Singer Brasil" revelou a personalidade escondida atrás da fantasia da querida e animada Vovó Tartaruga. A atriz Nanda Costa, que também foi jurada convidada nesta temporada, deu vida à mascarada. Na competição, ela cantou músicas como "Ne Me Quitte Pas" e "Malandragem", de Cássia Eller. Para esconder sua identidade, Nanda diz criou uma voz para a personagem e conta que foi muito impressionante assumir o lugar de jurada durante a competição. 

"Foi muito ousado o convite para eu estar ali de jurada. Estava tirando a fantasia quando o diretor veio me fazer o convite para estar no outro programa como jurada. E foi interessante estar ali sem face shield, sem a cabeça da Vovó, porque era tudo muito mais claro e diferente do que eu via pela fantasia. E também fiquei muito impressionada com as apresentações dos outros mascarados; eu ainda não tinha escutado os competidores do segundo grupo. Mas eu adorei estar do outro lado assistindo." A grande final da terceira temporada do reality acontece no próximo domingo, dia 9. Ainda estão na competição a Abelha-Rainha, a DJ Vitória-Régia e o Galo.

"The Masked Singer Brasil" é uma coprodução TV Globo e Endemol Shine Brasil, baseado no formato sul-coreano criado pela Mun Hwa Broadcasting Corp, tem supervisão artística de Adriano Ricco (TV Globo) e direção de Marcelo Amiky (Endemol Shine Brasil). O reality vai ao ar nas tardes de domingo. Confira a entrevista com Nanda Costa. 


Como foi a experiência de participar do programa?
Nanda Costa - Foi uma experiência incrível! Foi divertido, foi desafiador e difícil. Quando eu recebi o primeiro convite eu estava grávida, mas ainda não tinha contado para todo mundo. Na terceira temporada me chamaram novamente, mas eu fiquei com receio porque eu sou atriz e cantei poucas vezes. Eu adoro música, ela sempre esteve presente na minha vida. Mas me explicaram que não era um programa sobre o canto, mas, sim, sobre a performance e forma como se usa a fantasia. É muito bom ouvir as pessoas falando com carinho da Vovó. Eu trabalhei muito o meu ouvido e a minha voz. Hoje tenho mais segurança de cantar e sou muito grata ao programa. Eu achei que fosse sair rapidinho, confesso. Mas conforme eu fui passando, fui me empolgando e já estava até querendo ganhar. Mas quando saí fiquei muito agradecida e os três merecem muito estar na final. 
 

Conte um pouco sobre a criação da voz da Vovó Tartaruga.
Nanda Costa - Eu sempre amei dublar e brincar com vozes. Então, eu criei uma vozinha para falar e depois eu fiz o exercício de cantar e aí fomos brincando e gravamos a primeira música com a voz. Eu tinha muito medo de cantar com a minha voz e descobrirem que era eu, então eu quis brincar. Na primeira vez que eu entrei na fantasia, vi que ia ser difícil e, então, eu comecei a dar uma fortalecida a mais na perna e a brincar com essa coisa da Vovó dar uma "sarrada" no ar, porque o meu forte não era a voz. Os jurados, então, começaram a falar que deveria ser uma comediante já que tinha uma voz bem disfarçada. Depois eu fui vendo que na internet as pessoas estavam achando que era um programa que estava modificando a minha voz, mas era eu mesma fazendo. No sexto programa, eu cantei "Ne Me Quitte Pas" com a minha voz, sem efeito nenhum, mas o fato de estar em francês ajudou a dificultar. A gente ficava brincando com isso. 


Nesta temporada você foi uma das primeiras juradas convidadas. Como foi estar do outro lado? Ficou com receio de dar alguma pista de que também era uma mascarada?
Nanda Costa - Foi muito ousado o convite para eu estar ali de jurada. Estava tirando a fantasia quando o diretor veio me fazer o convite para estar no outro programa como jurada. E foi interessante estar ali sem face shield, sem a cabeça da Vovó, porque era tudo muito mais claro e diferente do que eu via pela fantasia. E também fiquei muito impressionada com as apresentações dos outros mascarados; eu ainda não tinha escutado os competidores do segundo grupo. Mas eu adorei estar do outro lado assistindo. 


Qual a parte mais difícil deste desafio?
Nanda Costa - Foram vários desafios: o cantar, o criar a voz, a fantasia, o cantar em francês, espanhol e inglês. No programa em que eu fui desmascarada, eu escolhi Cássia Eller, o que foi bem ousado da minha parte porque ela é uma das maiores vozes - para mim ela e Maria Bethânia são as musas máximas da voz. E a Cássia tinha um jeito muito particular na voz, um grave e uma potência absurda. Era uma forma também de homenageá-la, já que completaria 60 anos ano passado. Eu gostei de ter sido desmascarada com essa música e de poder cantá-la sem máscara, acho que tinha muito a ver.  


Suas filhas acompanham o programa?
Nanda Costa - As minhas filhas amam o programa. A Lan sempre coloca para elas assistirem e a gente não fazia nenhum link para elas saberem que eu era a Vovó Tartaruga. Elas imitavam as dancinhas e tudo.

sábado, 1 de abril de 2023

.: Entrevista: Mano Walter, o Dinossauro desmascarado do reality show


Entrevista com o desmascarado: Mano Walter é o Dinossauro. Foto: Globo/Maurício Fidalgo

No último domingo, dia 26 de março, o "The Masked Singer Brasil" revelou o décimo mascarado: o Dinossauro é o Mano Walter. O cantor sertanejo, que já foi indicado ao Grammy Latino de melhor álbum de sertanejo, mostrou desenvoltura dançando e cantando ritmos como samba, pagode, forró e pop. Ele conta que precisou disfarçar o sotaque para que os jurados não desconfiassem da sua identidade. "Foi uma experiência incrível! Foram meses de preparação, dedicação, entrega e diversão para apresentar pra vocês o Dino mais querido do Brasil", ressalta Mano. Agora seguem na semifinal a Abelha Rainha, a DJ Vitória Régia, o Galo e a Vovó Tartaruga.

"The Masked Singer Brasil" é uma coprodução TV Globo e Endemol Shine Brasil, baseado no formato sul-coreano criado pela Mun Hwa Broadcasting Corp, tem supervisão artística de Adriano Ricco (TV Globo) e direção de Marcelo Amiky (Endemol Shine Brasil). O reality vai ao ar nas tardes de domingo após "Minha Mãe Cozinha Melhor que a Sua". Na entrevista abaixo, Mano Walter conta como foi a participação no programa.


Como foi a experiência de participar do programa?
Mano Walter - Foi uma experiência incrível! Foram meses de preparação, dedicação, entrega e diversão para apresentar pra vocês o Dino mais querido do Brasil.


Qual a parte mais difícil deste desafio?
Mano Walter - A parte mais difícil foi controlar o meu sotaque e pegar as coreografias em pouco tempo, já que eu chegava depois dos shows.


Como foi ver todo mundo e não ser visto?
Mano Walter - Foi demais, brinquei muito com todos e ninguém imaginava que era eu.


Como foi ser desmascarado e ver a reação dos jurados?
Mano Walter - Foi muito divertido, e a cara dos jurados de espanto em saber que era o Mano Walter e não todos os outros palpites, foi demais!


.: Entrevista: Sandra Annenberg fala sobre os 50 anos do "Globo Repórter"


"Globo Repórter" celebra 50 anos e mostra o seu impacto e relevância constante na vida dos brasileiros em cinco edições especiais. Na imagem, Sandra Annemberg, apresentadora do programa. Foto: Globo / Daniela Toviansky

O esmero é de uma bordadeira de tricô. Assim, o "Globo Repórter" sobre talentos manuais exibido no ano passado com reportagem da própria Sandra Annenberg refletiu a dedicada forma com que ela conduz o programa, que deu início à comemoração pelos seus 50 anos, com uma série de cinco reportagens especiais consecutivas. Em 2019, Sandra tornou-se apresentadora do jornalístico em que também faz às vezes de repórter. “Quando o programa foi criado não existia nada parecido na TV brasileira e ele foi o primeiro que dedicou tempo para aprofundar uma temática jornalística. Começou com formato cinematográfico, de documentário, e foi se transformando ao longo desses 50 anos junto com seus telespectadores. O ‘Globo Repórter’ nunca parou no tempo, sempre acompanhou as mudanças da sociedade e refletiu em suas pautas o modo de ser e de viver do brasileiro. Hoje é um programa que entretém, informa, emociona, diverte e mergulha no ser humano, no meio ambiente, na saúde, na tecnologia, no Brasil e no mundo”, orgulha-se Sandra, que, na entrevista abaixo, dá mais detalhes sobre sua rotina à frente do jornalístico com cinco décadas de relevância na TV brasileira.  O "Globo Repórter" vai ao ar, às sextas-feiras, após o "BBB 23", e, partir de 28 de abril, após a novela "Travessia". 
 

Como é a sua rotina com o programa? 
Sandra Annenberg - 
Toda segunda-feira temos reunião de pauta. A equipe avalia o programa que foi ao ar, conversa sobre o que está em produção e pensa para frente, o que podemos fazer nos próximos. Às terças, gravo no estúdio a apresentação dos programas e os vídeos que publicamos nas redes sociais. Às quintas, já temos a tradicional live com os repórteres que fizeram o programa da semana. Conversamos sobre o "Globo Repórter" que vai ao ar no dia seguinte, contamos sobre os bastidores das viagens e gravações e damos vários spoilers. Nos outros dias, gravo as reportagens que eventualmente estiver fazendo para um programa inteiro.


O que mais gosta de fazer?
Sandra Annenberg - 
Sinceramente, não há uma parte que goste mais porque cada uma tem um gostinho diferente e gostoso. Adoro trocar ideias com os colegas, amo o estúdio e curto muito as externas. 


Como a repercussão do programa chega até você?
Sandra Annenberg - 
Hoje, com as redes sociais, a repercussão chega rapidamente. Lemos tudo o que conseguimos do que publicam a nosso respeito. É importante estar ligado nas observações, nos comentários, sempre podemos evoluir, mudar. Agora, não há nada melhor do que o retorno quando encontro alguém que vem comentar sobre o programa. Adoro conversar com as pessoas, saber a impressão delas sobre o nosso trabalho.

 
Tem um "Globo Repórter" preferido como espectadora e/ou como repórter? 
Sandra Annenberg - Sinceramente, não tenho um preferido porque todos são tão diferentes. A gente fala de tanta coisa…tem as viagens sensacionais em que conheço lugares que jamais pensei em visitar, tem assuntos profundos abordados de uma maneira tão delicada que me impressionam, tem as novidades fascinantes que me deixam boquiaberta mas, acima de tudo, tem história de vida das pessoas que abrem seus corações pra gente, o que me emociona muito! Como diz o slogan do "Globo Repórter": “um programa, várias descobertas!”.

 
O que um jornalista precisa saber para fazer a reportagem de um Globo Repórter?
Sandra Annenberg - 
Precisa saber contar bem uma boa história e se aprofundar no tema. O "Globo Repórter" tem esse privilégio, temos tempo para produzi-lo e ser o elo entre a pauta e o telespectador, como se fosse um guia. Não é à toa que os repórteres ficam tão felizes quando vêm participar de um programa, eles podem desenvolver uma pauta com calma e imprimir o jeito deles de uma maneira diferente da correria do dia a dia. O ‘Globo Repórter’ é um programa feito em grande parte pelos produtores que vão a campo e entrevistam os personagens e também pelos editores de cada programa que roteirizam, estruturam, pensam a linguagem daquele episódio e formatam com o editor de imagem na ilha de edição. Ou seja, é um programa feito por uma equipe muito experiente e que trabalha junto há muito tempo.

quarta-feira, 29 de março de 2023

.: #BBB23: entrevista com Gabriel Santana, o eliminado cheio de afeto

Gabriel Santana. Foto: Globo/João Cotta


A passagem de Gabriel Santana pelo "BBB 23" foi marcada pelo afeto, palavra utilizada inúmeras vezes pelo público e pelos confinados em associação ao seu nome e ao desempenho no game. O ator, que aceitou o convite por ser muito fã do programa, conta que teve a oportunidade de descobrir mais sobre si mesmo dentro do confinamento. Também nele, ficou marcado pela maneira como conduziu as situações positivas e embaraçosas que enfrentou junto aos companheiros e adversários, ora taxada como falta de comprometimento, ora como características de um jogador equilibrado. Ele prefere ver de outra forma: “Lá dentro eu fui como aqui fora: esse cara que fica martelando na cabeça dos amigos, dando conselhos, sendo fofo, aproveitando muito as festas, beijando muito na boca, se divertindo da maneira que ele encontra. Tento fazer a vida ser leve. O mundo já é pesado demais; que eu seja um alívio”.

No papo a seguir, Gabriel revisita as decisões que tomou em relação a Larissa e Fred Nicácio – de volta ao game pela dinâmica de repescagem –, fala sobre a importância de Sarah Aline e Bruna Griphao na sua vivência do reality, arrisca dizer quais são os jogadores mais fortes e mais fracos atualmente e declara sua torcida pelo primeiro lugar. 

 

Você contou que sempre foi muito fã do BBB. Participar do programa foi como imaginava? O que mais te surpreendeu? 

Gabriel Santana: É impossível conseguir imaginar como é um BBB, até porque todo ano é muito diferente. Eu sempre assisti ao BBB em família, temos essa tradição. Sempre achei o programa muito interessante mesmo antes de existirem os grupos Camarote e Pipoca, e eu ter margem para entrar de alguma forma. Quando começou a ter a dinâmica dos Camarotes, comecei a pensar como seria o Gabriel ali. Eu e meus amigos sempre brincávamos sobre isso imaginando diferentes cenários. E foi muito bom participar do programa! A coisa que mais me surpreendeu, por mais que eu assistisse pela TV e pensasse “nossa, deve ser muito intenso viver isso tudo”, de fato foi ser a experiência mais intensa que eu já vivi na minha vida. Tanto pelas sensações como pelas emoções, altos e baixos, dúvidas e certezas... Parece que é um minilaboratório do que a sociedade é aqui fora, só que dentro de uma casa. E é muito louco que, ao mesmo tempo em que o que mais me incomodava era a intensidade, o que eu mais gostava também era da intensidade, mesmo com seus altos incríveis e baixos muito ruins. A maior magia do BBB é também a maior dificuldade dentro dele. 

 

O público escolheu a Sarah Aline como sua dupla e vocês tiveram uma conexão muito grande durante o confinamento. Como você vê essa amizade? 

Gabriel Santana: A Sarah foi um encontro na vida. Ela é uma menina muito doce, muito alegre e muito inteligente, que consegue comunicar exatamente o que quer falar. Eu me identifico com ela em muitos aspectos, e acho que muito da minha força dentro do BBB veio dela porque, nos meus momentos de fraqueza, ela estava ali para me aconselhar, me dar apoio, e vice-versa. Fomos um encontro um para o outro de suporte emocional e racional. A minha relação com ela foi muito boa, independentemente de beijos ou qualquer outra coisa (risos). O mais importante que eu levo da minha trajetória com ela é esse carinho que ficou entre nós dois.

 

Seu jeito afetivo no convívio levou os outros participantes a dizerem que você se comprometia pouco no jogo. Acredita que poderia ter adotado uma outra postura para equilibrar a balança “jogo x convivência”? 

Gabriel Santana: O ‘Big Brother Brasil’ é um jogo que, em 99% das vezes, você não sabe jogar e só tem uma chance de jogar. Acho que se eu fosse revisitar o BBB como um todo, eu não mudaria nada porque seria a minha primeira experiência. Em uma segunda experiência, quem sabe – nem sei se aceitaria (risos) – eu acho que as coisas seriam bem diferentes porque eu já teria familiaridade com o programa. É um pouco da mesma sensação que eu tive quando fiz testes para ‘Malhação’. Na primeira vez, eu estava supernervoso, com altos e baixos, dificuldades. Na segunda vez que eu fiz o teste, foi tão intenso quanto, tão difícil quanto, mas eu fiquei muito mais tranquilo. Eu já sabia lidar com os sentimentos que eu estava sentindo ali. Em uma possível segunda participação minha no BBB acredito que seria algo parecido. Tão intenso quanto, com outras experiências e novidades, mas com um Gabriel ainda mais equilibrado e conseguindo decidir melhor suas atitudes ali dentro, de acordo, talvez, com o que o público mais quisesse ver. 

 

Qual era sua principal estratégia para chegar ao primeiro lugar?

Gabriel Santana: Olha, eu entrei sem estratégia nenhuma em mente, fui construindo e readaptando a cada semana. Mas o meu plano foi sempre ser o Gabriel (risos). Eu acho que não conseguiria ser alguém que eu não sou. Lá dentro eu fui como aqui fora: esse cara que fica martelando na cabeça dos amigos, dando conselhos, sendo fofo, aproveitando muito as festas, beijando muito na boca, se divertindo da maneira que ele encontra. Tento fazer a vida ser leve. O mundo já é pesado demais; que eu seja um alívio. É um pouco do que eu penso para a minha vida e foi o que eu tentei ser lá dentro. E também tem muito do que eu falei nas primeiras semanas e repeti algumas vezes: eu sou responsável pelo que eu falo e faço, não pelo que você entende. Sou responsável pelas minhas atitudes, não pelo que você interpreta a partir delas. Acho que por isso a galera teve uma visão sobre eu ser “sonso”, “gato sorrateiro” e, no final das coisas, eu acho que tem muitos outros gatos sorrateiros ali dentro e eu nem sou o maior deles (risos). Foi uma experiência incrível, de verdade, e eu sou muito grato ao BBB.

 

Quem são esses outros “gatos sorrateiros”?

Gabriel Santana: Falei lá no jogo e na cara dele: o Alface [Ricardo] é o maior gato sorrateiro da edição. Está no Fundo do Mar, mas está conversando com o Deserto; aí troca ideia com o Deserto, dá dicas de jogo, mas quer imunizar a Domitila, que foi a pessoa que ele falou para as meninas não votarem na semana... O Alface é complicado (risos). 

 

Se não fosse a aliança com o quarto Fundo do Mar, quem você elegeria como participantes com quem gostaria de jogar junto ou que mais pensavam parecido com você? 

Gabriel Santana: É muito difícil falar isso a partir do momento em que, desde a primeira semana, eu já estava com a galera do Fundo do Mar. E, diferente de muitas pessoas, eu de fato consegui criar relações muito verdadeiras com todo mundo ali. Mas, existem algumas pessoas que eu achava muito interessantes pela forma que jogavam e se posicionavam, não necessariamente por essa forma ser parecida com a minha. O MC Guimê foi uma pessoa cujo jogo eu julgava um pouco no começo, mas ao longo do confinamento a gente foi conversando, se conectando e vendo que o game um do outro era muito interessante. O Fredinho [Fred] também é um cara muito incrível. Estou sabendo de algumas falas dele sobre mim durante o jogo, mas também estou sabendo que, depois que foi eliminado, ele falou que eu sou uma das pessoas que ele quer levar para a vida e que ele gosta de mim; é recíproco, eu também gosto muito dele. A Sarah Aline, com certeza seria uma pessoa que eu, estando ou não estando no Fundo do Mar, gostaria de ter junto no game. E a Marvvila, pessoa mais coração da casa. Se eu sou afetivo, ela é mil vezes mais, só que ela tem um jeito inocentezinho e muito birrento de demonstrar esse afeto (risos). Mas acho que é, de longe, a pessoa que tem mais carinho e afeto para dar na casa.

 

Quais foram os momentos que mais te marcaram, de tudo que você viveu?

Gabriel Santana: Acho que é inegável que os paredões marcam muito, né? A formação dos meus paredões, vivendo a espera do resultado de domingo a terça, foi muito intensa. Eu sempre ficava bem no domingo e na segunda, mesmo estando no paredão, e na terça ficava meio instável. Então, acho que foram esses os momentos em que eu me senti mais vulnerável, que eu senti as maiores dificuldades no game, que eu senti a pressão, de fato, de estar no BBB.

  

O que acha que faltou para você ir mais longe na disputa? 

Gabriel Santana: Acho que o que faltou foi não ser o Gabriel (risos).

 

Mais recentemente, você revelou estar gostando da Bruna. O que ela representava para você no confinamento? 

Gabriel Santana: Acho a Bruna uma pessoa apaixonante mesmo. Ela é muito gente boa, se posiciona da maneira como ela tem que se posicionar, mas sabe reconhecer os erros dela. A gente foi se aproximando e criando uma relação aos poucos. E digo relação como a que eu tive com a Sarah, com a Marvvila, com o Fredinho, com a Larissa, com todo mundo. Relação entre duas pessoas. Em um dado momento ela foi muito importante porque a presença dela me fazia muito bem, conseguia me deixar menos instável. Eu conseguia ficar mais estável durante o game porque a gente trocava muito afeto.

 

Você criticou o retorno de dois participantes ao jogo e disse que a Larissa seria seu alvo. No entanto, quando teve a oportunidade de puxá-la para o paredão, escolheu a Amanda. Analisando hoje, teria feito diferente nesse contragolpe? 

Gabriel Santana: No game – e foi uma coisa que conversei com a Amanda depois do último jogo da discórdia –, jogar todo mundo joga. Se são as melhores jogadas, não sabemos. O pessoal fala “fulano não movimenta game, a pessoa é planta, é isso, é aquilo”, mas eu não acho. São movimentações de game que, na nossa cabeça, muitas vezes fazem sentido, mas quem está assistindo e conseguindo acompanhar uma linha cronológica muito melhor do que a gente, que está caminhando intensamente, acha que que está sendo incoerente. Eu acho que pelo o que eu tinha de informação no momento do meu contragolpe e pela surpresa, também, de ter tido um contragolpe naquele momento, eu fui coerente com o que eu estava pensando e sentindo. Hoje, analisando um pouco melhor e ouvindo a percepção das pessoas que estavam aqui fora, talvez o melhor teria sido seguir a minha intuição e não o meu racional. Mas, acho que o ‘Big Brother Brasil’ é essa maluquice de entender que momento é para ouvir o racional e que momento é para ouvir o emocional. E, pelo que eu estou entendendo, quando era para ouvir o racional eu ouvia o emocional, e vice-versa. Foi uma loucura (risos).

 

No último jogo da discórdia, você elegeu o Fred Nicácio como a pessoa mais importante para você na casa e, antes, também chegou a cogitá-lo como opção de voto. De que forma essa relação com ele mudou desde que ele retornou para a casa? 

Gabriel Santana: Na minha cabeça, isso foi uma construção quase óbvia. Desde que ele chegou, eu sentei com ele para conversar sobre a presença das duas pessoas que estavam na repescagem ativarem gatilhos em mim de insegurança, de medo, de me sentir mais distanciado do game. O tempo inteiro a gente segue uma linha de raciocínio e, do nada, o game vira em 360 graus e você pensa: “Eu estou aqui feito um maluco tentando entender o jogo e tudo muda de novo”. E, fato, para mim, assim como para muitas pessoas da casa, eu tive essa sensação e declaração sobre a entrada dos dois, que independentemente de serem aliados ou não, mexe com a nossa cabeça de game. Essa minha insegurança me fez rever minhas prioridades e entender que, talvez, ele não fosse uma delas no momento. Mas, quando ele volta, eu vejo que ele dá um suporte emocional muito grande para a Domitila e para o Cezar e que ele tem um afeto muito grande com as pessoas do Fundo do Mar e com as nossas dores. Quando eu vou ao paredão e, antes do bate e volta, ele olha nos meus olhos e me dá o mesmo suporte que o vi dando para as outras pessoas. Ali é como se ele tivesse me dado uma rasteira do tipo “caramba, eu estou querendo fazer game com ele, colocá-lo no paredão, e ele está aqui só para desejar o meu bem nesse momento”. Então, o Fredão [Fred Nicácio] foi de fato a pessoa mais importante para mim nesta semana porque ele me deu um apoio emocional muito forte. Além disso, para o meu jogo, quanto melhor as pessoas do Fundo do Mar estivessem, melhor eu ficava, indiretamente. Então, para mim, ele foi importante direta e indiretamente.

 

Quem você acredita que são os jogadores mais fortes neste momento? 

Gabriel Santana: Na percepção do Gabriel que viveu lá dentro, acho que o jogador mais forte é o Alface [Ricardo], por mais que eu saiba que ele tem muita chance de “morder o próprio rabo”. Acho que esse é o problema dele desde o começo do BBB. Vejo que ele vem em uma melhora constante nisso, mas, às vezes, ele cai, se derruba sozinho. Mas, é um forte candidato. E, pelo que eu entendi aqui fora, talvez o Black [Cezar] também seja. Acho ele uma pessoa incrível também. Das pessoas que me disseram que talvez tenham mais chances de vencer, essas são as duas que eu mais gostaria que vencessem.

 

E quais são os mais fracos, na sua visão? 

Gabriel Santana: Aí o público vai me matar (risos), mas, se eu fui julgado por ser planta, a Aline e a Amanda com certeza são também. Movimentação de game não existe por elas. Podem ser pessoas autênticas, podem ser pessoas maravilhosas, como eu sei que são, convivi e cansei de falar, mas movimentação de jogo nem quem estava jogando com elas nem quem estava no Fundo do Mar nunca conseguiu ver.

 

Você falou quem queria que ganhasse com base na suposição dos mais fortes do jogo. Mas, quem você quer que saia vencedor do ‘BBB 23’ e tem sua torcida, de fato? 

Gabriel Santana: Minha torcida real oficial fica para Sarah e Marvvila, que são meu pódio. São as pessoas que eu mais conheço e mais sei do coração. Tenho certeza de que, se elas se ligarem no jogo, têm grandes possibilidades porque são duas pessoas muito capazes.

 

Quem é o Gabriel que sai do BBB em comparação ao que chegou ao reality?

Gabriel Santana: Um Gabriel com muito menos cabelo, em primeiro lugar (risos). Com muito menos medo de ser quem é, em questões identitárias e em todas as outras também. Falei em todas as entrevistas e é verdade: viver o BBB me adiantou em uns três ou cinco anos de terapia, pelo menos (risos). É muito intenso. Eu estava o tempo inteiro me observando e observando meus comportamentos, o que eu sentia. Eu reagi ao game de uma maneira muito madura para comigo mesmo. Encarei isso como um lugar de muito acolhimento comigo mesmo. Tentei me acolher o tempo inteiro e acho que isso me fez evoluir muito como pessoa. 

 

Para o pós-BBB, você já tem algo planejado? 

Gabriel Santana: Antes do BBB, eu estava organizando algumas produções teatrais autorais junto com dois amigos meus; vamos fazer coprodução. O BBB foi uma plataforma incrível para que eu conseguisse visibilidade para esses projetos. Quero muito fazer teatro, quero muito escrever uma série que vai falar de coisas que eu já vivi. Vou colocar em uma história fictícia muito sobre o Gabriel e, a partir disso, vou inventar coisas, vou modificar outras, vou incluir coisas como de fato foram... É um projeto que eu quero fazer com a minha produtora cultural e tem tudo para ser muito lindo. Além de receber convites externos! São sempre bem-vindos. Um ‘BBB 24’? Brincadeira! (risos). Mas, quem sabe, uma novela, filmes, séries. Eu estou completamente disponível para isso também.

 

E no gshow tem mais Gabriel Santana. O ex-brother estará no "Mesacast BBB". Patrícia Ramos e Jeska Grecco conduzem o papo para saber como foram os primeiros dias do eliminado da semana fora do jogo. A transmissão acontece nesta sexta, às 12h, ao vivo no gshow e no Globoplay. E a versão on demand desse episódio do "BBB Tá On" vai ficar disponível no gshow e nas plataformas de áudio para o público rever e ouvir quando quiser. 

O "BBB 23" tem apresentação de Tadeu Schmidt, produção de Mariana Mónaco, direção artística de Rodrigo Dourado e direção de gênero de Boninho. O programa vai ao ar de segunda a sábado, após "Travessia", e domingos, após o "Fantástico".

Além da exibição diária na TV Globo, o "BBB 23" pode ser visto 24 horas por dia no Globoplay, que conta com 11 câmeras ao vivo, um mosaico com sinais simultâneos, dispõe do programa na íntegra, edições do "Click BBB" e o "Bate-papo BBB". Todos os dias, após a transmissão na TV Globo, o Multishow exibe uma hora de conteúdo ao vivo da casa, flashes ao longo do dia e o "BBB – A Eliminação", exibido às quartas, às 20h. No gshow, além de votar e decidir quem sai do jogo, o público pode acompanhar conteúdos exclusivos, como o "Bate-Papo BBB", a "Live do Líder" e resumos do que de melhor acontece na casa.

.: "Importante para minha formação", diz Cleo sobre personagem de novela


Trama escrita por Walther Negrão é uma das mais pedidas pelo público do Globoplay. Na imagem, Cleo como a misteriosa Estela. Foto: Globo/João Miguel Júnior

Chega ao Globoplay, nessa segunda-feira, dia 27, a novela de Walther Negrão "Araguaia", mais um título do projeto "Resgate", que revisita grandes clássicos da dramaturgia da Globo.  A trama se passa nos arredores do Rio Araguaia e é uma das mais pedidas pelo público do Globoplay para estrear na plataforma.

O drama vivido por Solano (Murilo Rosa), protagonista da novela,  tem origem em uma maldição lançada sobre a sua família, no ano de 1845. O antigo feitiço condena à morte, à beira do Rio Araguaia, todos os homens de sua linhagem. A praga foi rogada por conta de um romance entre Antonia (Alice Motta) e o indígena Apoena (Diogo Oliveira), que se conheceram durante um ataque à fazenda dela, no auge da Revolução Farroupilha, no Rio Grande do Sul. 

Forte e corajoso, Solano é um experiente e competente adestrador. Mestre na montaria, parece entender a linguagem dos cavalos. Disposto a lutar contra a injustiça e a opressão, ele lidera um movimento contra o homem mais poderoso da região em que vive, o criador de gado Max (Lima Duarte). Essa relação fica ainda mais conflituosa depois que Solano se apaixona por Manuela (Milena Toscano), a filha do fazendeiro. Mas é, após a morte de seu pai Fernando (Edson Celulari), que Solano ficará com o coração dividido ao se envolver com a bela e sedutora Estela (Cleo), ex-esposa de seu pai, com quem viverá um romance cheio de mistérios e surpresas.  

“Araguaia”, obra lançada na Globo no ano de 2010, foi escrita por Walter Negrão com direção geral de Marcos Schechtman e Marcelo Travesso. Fazem parte do elenco nomes como Murilo Rosa (Solano), Cleo  (Estela), Milena Toscano (Manuela), Lima Duarte (Max), Regina Duarte (Antoninha), Edson Celulari (Fernando), Otávio Augusto (Padre Emílio), Laura Cardoso (Mariquita), Júlia Lemmertz (Amélia), Bruna Marquezine (Terezinha), Eva Wilma (Beatriz/Pierina), Thiago Fragoso (Vitor Vilar) e Suzana Pires (Janaína). Confira a entrevista com Cleo, uma das protagonistas da trama.
 

O que mais te marcou no seu trabalho em “Araguaia”?
Cleo -
Foi a minha primeira protagonista na teledramaturgia, então o trabalho em si foi muito marcante. Acredito que essa personalidade mais misteriosa e ambígua da Estela foi o que mais me chamou a atenção e imagino que do público também. Em uma época na qual mocinhas e vilões eram muito bem definidos nos projetos, Estela vem nessa linha mais nebulosa que você não sabe se concorda ou não com o que ela faz.  E isso ganhou muito o público na época. 


Com o que você mais se identifica na personalidade de Estela, sua personagem na trama?
Cleo - 
Na verdade, não sei se temos muitas similaridades, mas Estela lutava muito pela família dela e eu me identifico com isso.


Lembra de alguma curiosidade ou episódio inusitado que tenha acontecido durante as gravações?
Cleo - 
Esse trabalho foi uma experiência muito importante para minha formação como atriz e pessoa. Algo marcante foi quando viajamos para São Félix do Araguaia, no Mato Grosso, para rodar algumas cenas. Isso foi fundamental para trazer a essência da novela para o público. Também fiz grandes amigos nessa época, como a Suzana Pires.

Você gosta de rever seus trabalhos antigos?
Cleo - 
Eu confesso que não revejo muito os filmes e novelas, só quando eles estão no ar e as pessoas me marcam nas redes sociais. Procuro não ver muito, porque sou muito autocrítica para assistir com tranquilidade. Mas Araguaia é um trabalho muito lindo que fizemos e com certeza vou revisitar algumas cenas. Espero que o público aproveite tanto quanto no momento em que a novela foi lançada.


sábado, 25 de março de 2023

.: Entrevista: Fred Desimpedidos abre o jogo do "BBB 23" pela primeira vez


Um dos jogadores mais marcantes desta temporada, Fred falou sobre o jogo e declarou torcida. Foto: Globo/João Cotta

Bruno Carneiro Nunes, mais conhecido como Fred, apresentador no canal Desimpedidos, foi eliminado em uma disputa acirrada contra sua maior rival no jogo - Domitila Barros. Youtuber, apresentador de televisão, jornalista, influenciador digital e ex-jogador de futsal brasileiro, ele deixou o "Big Brother Brasil 23" na última terça-feira, dia 21, com 50,23% dos votos do público. 

Também na berlinda, Gabriel Santana teve participação mínima no embate que definiu a saída do jornalista e influenciador. Fora do game, Fred faz uma avaliação positiva de sua trajetória no reality e afirma ter cumprido seu propósito ao entrar no "BBB". “Como eu disse na casa, todo projeto que eu resolvo abraçar eu me entrego, dou a minha vida e, realmente, lá dentro eu consegui fazer isso. Construí elos que vou levar para a vida toda, fiz amizades, joguei, me posicionei, me apaixonei, briguei, dancei, ri, chorei... Acho que tudo o que eu faço na minha vida, seja positivo ou negativo, acabei conseguindo transferir para o 'BBB'. Acertei bastante, errei bastante também”, analisa. 

Após deixar a casa por decisão popular, Fred se deparou com participantes já eliminados na Casa do Reencontro, mas optou por não permanecer na dinâmica que fez Fred Nicácio e Larissa Santos retornarem à disputa. “A minha trajetória já estava muito completa no 'BBB', então eu desejei sair. Honestamente, estou muito feliz por ter tomado essa decisão”, conta. Na entrevista a seguir, Fred revela o que mais lhe surpreendeu no "Big Brother Brasil", avalia sua participação nos jogos da discórdia e movimentos que teve na competição, e fala sobre seu futuro pessoal e profissional após o programa. 


Como avalia sua trajetória no "BBB 23"?
Fred Desimpedidos -
De forma geral, mesmo vendo aqui de fora tudo o que eu passei, continuo com o mesmo discurso de lá de dentro sobre achar que foi cumprido o meu papel. O "Big Brother Brasil" foi muito bem vivido por mim. Como eu disse na casa, todo projeto que eu resolvo abraçar eu me entrego, dou a minha vida e, realmente, lá dentro eu consegui fazer isso. Construí elos que vou levar para a vida toda, fiz amizades, joguei, me posicionei, me apaixonei, briguei, dancei, ri, chorei... Acho que tudo o que eu faço na minha vida, seja positivo ou negativo, acabei conseguindo transferir para o "BBB". Acertei bastante, errei bastante também. Eu sempre falo, brincando, que ou a gente sai de lá com o caráter duvidoso ou a gente sai de lá uma pessoa muito melhor. E eu acho que saí de lá uma pessoa muito melhor, sem dúvidas.


O que mais te surpreendeu no programa?
Fred Desimpedidos - 
Várias coisas, mas uma que me assustou de início foi o Raio-X. Eu achava que super ia conseguir planejar e falar a minha estratégia de jogo, mas você acorda totalmente atordoado com o despertador. Mas o que mais me impactou de fato foi­ o quanto a gente não tem a menor noção das coisas que estão acontecendo aqui fora. Eu, como espectador, pensava: "Não é possível que essa pessoa não entendeu isso ou aquilo...". E lá a gente não tem o menor contato com o mundo aqui de fora; o Tadeu consegue ser imparcial. A gente tem que ir de acordo com os nossos sentimentos e com as nossas intuições, que às vezes acertam e às vezes falham lá dentro. Acho que essa foi a minha maior surpresa, porque eu me considero um jogador estratégico e lá dentro a gente tem que fazer estratégia com as peças que temos, com as poucas informações e com os nossos achismos. Fiz movimentos em alguns momentos acertados e, em outros, equivocados. Mas eu acho que cumpri aquilo a que eu me propus, que era jogar e viver de fato o "Big Brother".


Como foi viver um reencontro com outros brothers já eliminados logo após a sua saída da casa? Por que tomou a decisão de não participar da dinâmica e ter uma chance de voltar ao jogo?
Fred Desimpedidos - 
Eu tenho uma mania de tentar me preparar para tudo o que pode acontecer na minha vida. Então, eu falei: "Já pensou se eu saio, é um paredão falso e eu volto?’. Então, eu já tinha escolhido, a partir do momento em que eu assumi que já tinha chegado ao meu limite, que precisava cuidar de mim e principalmente matar a saudade do meu filho - que foi o que me pegou de fato. É óbvio que as porradas eu tomei lá por conta de erros meus acabaram adiantando esse processo. Mas eu acho que realmente acabei chegando ao meu limite e já tinha decidido que, se eu fosse para um paredão falso, eu iria desistir. Quando eu cheguei lá [na Casa do Reencontro] e vi tudo acontecendo de novo, parecia que eu estava andando para trás, sendo que eu já tinha feito uma trajetória em que havia conseguido mostrar o meu melhor, a essência de uma pessoa que se comunica, que cria laços, que é divertida, que faz piadas, imitações e brincadeiras e que tinha marcado a edição do "Big Brother". Queria, sim, fazer parte da história do programa. E eu acho que consegui. Quando eu entrei ali e vi todo mundo – fiquei muito feliz por ver a Larissa –, senti algo rolando. E eu falei: ‘Cara, não é para mim’.  Estava feliz de ver a Larissa, mas até falei brincando: ‘Gente, cadê o botão para eu desistir?’. Aí o Tadeu falou que naquele jogo não tinha botão e que se alguém quisesse desistir teria que sair naquele momento. Na minha cabeça, eu demorei uns três ou quatro segundos para reagir – me falaram até que eu reagi mais rápido. A minha trajetória já estava muito completa no" BBB", então eu desejei sair. Honestamente, estou muito feliz por ter tomado essa decisão. É óbvio que abri mão do prêmio, que era uma vontade que eu tinha, algo que ia muito dentro da minha competitividade e da minha determinação, mas eu acho que ali eu me priorizei acima disso.
 

Quem você acha que o público manda de volta para o jogo e que impactos acredita que essas pessoas podem ter na disputa?
Fred Desimpedidos - 
Eu já tive contato com algumas informações aqui fora, vi que a Key tem uma certa relevância. E obviamente a minha torcida é pela Larissa. Ela é uma pessoa extremamente inteligente, amiga, uma pessoa que ouve as outras, que tem uma visão de jogo, que é corajosa e dá a cara a tapa mesmo, para jogar e se jogar. Eu acho que ela voltando, tem uma grande chance de ir para as cabeças. Honestamente, como espectador, eu gostaria que voltasse um de cada lado, já que os grupos foram a grande tônica desse "Big Brother". Voltarem duas pessoas com visões de jogo diferentes, mas com o mesmo objetivo e com vantagens distintas. Para mim, foi a combinação perfeita: eu vivi o "Big Brother" e agora vou assistir ao reality. São duas coisas que eu amo muito. Eu realizei meu sonho e agora vou só me divertir com o restante do programa. Eu acho que seria muito interessante a volta delas duas. 

Do que mais sentiu falta em mais de dois meses de confinamento?
Fred Desimpedidos - 
De centenas de coisas, mas a primeira foi do meu filho, sem sombra de dúvidas. Se eu não me engano, no primeiro supermercado, quando eu vi o biscoito que ele ama eu já não aguentei, foi uma porrada, no bom sentido. Eu não estava preparado ali, então quando vi, falei: "É o biscoito do meu neneco!". Até tentei chorar escondido, mas todo mundo começou a perguntar se estava tudo bem, o que estava acontecendo. Então, foi isso: lembrar do meu filho, da minha família, dos meus amigos e de ter o tempo ocupado. Por mais que existam intrigas, existam as provas, tem um tempo em que as coisas não acontecem lá. O tempo no "Big Brother Brasil 23" passa de uma forma muito diferente. Eu fiquei lá 74 dias, mas, para mim, parece que eu fiquei oito ou nove meses. Também senti falta do Palmeiras, do meu trabalho, de mascar chiclete, de comer o que eu quisesse quando estava na xepa. Senti saudades de me comunicar com os meus fãs. Mas foi muito bem aproveitado enquanto eu estava lá dentro e eu sabia que teria que abrir mão dessas coisas que eu amo e que fazem parte da minha vida. Acho que o resumo é que foi uma experiência muito válida e o saldo é totalmente positivo.
 

Você entrou em dupla com o Ricardo e construiu uma amizade com ele durante boa parte da sua permanência na casa. O que fez com que vocês se desentendessem em determinado momento?
Fred Desimpedidos - 
Eu estava brincando com a Bruna de fazer tipo um bate-bola de podcast e ela perguntou: “Ricardo Alface”. Eu o classifiquei como intenso, porque da mesma maneira que eu o amei de uma forma intensa, eu também tive atritos com ele de um jeito intenso. Eu acho que houve visões diferentes de jogo. Embora a gente tenha jogado grande parte do jogo juntos, ele tinha uma visão em relação ao fatídico acordo, fosse ele verbal ou em termos de afinidade. Ali foi quando criamos faíscas. Mas é até engraçado que, no auge do ódio que a gente acabou nutrindo um pelo outro no jogo da discórdia, houve um momento em que ele fez um sinal para mim e eu dei risada, assim como ele fez e deu risada para mim. Então, eu acho que foi muito do jogo: ele foi uma pessoa que entrou para jogar; eu também sou uma pessoa que fui para jogar. Ali houve um embate. Obviamente eu passei do ponto em algumas questões e ele também, mas classifico que a relação com o Alface é totalmente positiva. A forma que a gente se despediu diz muito sobre isso. A mesma forma que a gente se cumprimentou chegando e ao vencer a prova de resistência foi a forma como a gente se despediu, fazendo o cumprimento do Marcelo e do Cristiano Ronaldo e eu dando um beijinho na careca dele. Com certeza é uma pessoa que vai estar na minha vida.
 

O Ricardo apontou que você e outras pessoas do quarto Deserto ficaram muito tempo na zona de conforto, sem serem votadas e irem ao paredão. Você concorda?
Fred Desimpedidos - 
Não foi que eu entrei numa zona de conforto, foi uma estratégia que eu tive. Primeiramente, eu acho que não recebi votos por conta da afinidade que eu tive com as pessoas e isso aconteceu por questões totalmente naturais. É óbvio que no fundo eu entendia que, se a pessoa gosta de mim, ela não vai votar em mim. Mas nunca foi um acordo, nunca fiz uma aproximação, dancei ou puxei assunto com alguém buscando não ter um voto. Eu tive essa atitude porque eu sou assim na minha vida. Se um dia eu estiver num churrasco, eu vou puxar assunto com você; se tiver uma pessoa desconhecida, eu vou querer trocar ideia e fazer com que ela goste de mim logo de cara. Foi o que eu fiz dentro da casa. O grande lema do "BBB" é: ‘Fuja do paredão’. Eu entendo que com essa minha postura eu acabei fugindo, tanto é que acabei sendo marcado por conta do Big Fone.
 

Na casa e fora dela, você foi julgado por não ter atendido ao Big Fone quando teve oportunidade. Acredita ter sido uma postura omissa ou estratégia da sua parte?
Fred Desimpedidos - 
Muitas vezes o Big Fone tocava e colocava as pessoas no paredão. Eu pensei: ‘Se eu não sou alvo nem voto de ninguém, para que eu vou atender o Big Fone?’. Foi uma estratégia minha que soou como omissão aqui fora. Entendo as pessoas que têm essa visão, mas para a minha estratégia de jogo naquele momento, eu achei que foi interessante, tanto é que não fui ao paredão mesmo tocando o Big Fone e passando pelas semanas. 
 

Como surgiu a rivalidade com a Domitila no jogo?
Fred Desimpedidos - 
Ela era importante no jogo, tanto é que a nossa primeira aproximação não foi afetiva, foi muito mais estratégica. E a partir do momento em que eu vi que as nossas estratégias batiam, eu tive receio de formar um casal no "Big Brother Brasil 23", porque eu tinha medo de que aquilo interferisse no meu jogo. Mas como as coisas sempre foram muito claras entre a gente em relação a jogo e as visões estavam coincidindo naquele momento, eu cheguei à conclusão de que não iria me atrapalhar. E por que não? A gente até brincou que vinha sendo uma prova de resistência para ambos, porque nem ela nem eu queríamos ficar com alguém dentro da casa, mas a partir do momento em que a gente entendeu que as ideias convergiam, tanto estratégica, quanto afetivamente, a gente acabou dando esse passo. Ela acabou sendo a atacante e eu estava um pouco mais na defensiva, tentando manter o combinado que eu tinha comigo mesmo. Mas ainda bem que aconteceu. A Larissa foi a minha maior surpresa dentro do "Big Brother". Senti coisas muito importantes lá dentro, mas ter conhecido a Larissa, ter vivido com ela, ter tido essa troca afetiva nesses momentos em que eu estava fraco... Uma das coisas que eu acho que mais vai me marcar nessa edição é o Quarto Branco. Se não fosse a Larissa, eu não teria conseguido. Obviamente eu buscava forças da minha família, do meu filho, mas a maneira como ela se despediu de mim foi primordial. Ela falou: "Você é forte, é resistência e você já ganhou. Se perder a sua festa, não interessa, você ganha outro líder. Vamos para cima!". Quando eu fui para o Quarto Branco, eu já estava perdendo a força porque eu não iria conseguir ficar com a Domitila ali, por saber que ela iria se utilizar de diversos artifícios para tentar me eliminar. Eu, honestamente, estava muito focado na minha festa, mas a partir do momento em que eu vi que tinha um carro ali, que tinha um objetivo e uma prova para competir, eu falei: ‘Agora vai ser muito difícil me tirar desse carro’. É óbvio que a Larissa teve uma série de atitudes e outras conversas muito importantes para mim, mas eu acho que essa acaba classificando bem como ela era meu braço direito, esquerdo, meu coração e minha cabeça dentro do jogo.
 

O seu posicionamento como líder mudou muitas coisas na casa. Você se arrepende da forma como jogou naquele momento? Se pudesse, faria diferente?
Fred Desimpedidos - 
A partir do momento em que eu tive a minha liderança e um poder nas mãos, resolvi mexer um pouco no jogo e foi quando a casa "pegou fogo". Sou um gênio do "Big Brother" e sabia que iria acontecer tudo aquilo? É claro que não! Sabia que eu teria consequências? Sim. Sabia que seriam todas aquelas consequências, de entulho, lama e afins? Não sabia também. Mas eu sabia que eu iria arcar com elas e não me arrependo das movimentações que fiz. Tanto é que fui muito sincero no Raio-X e disse: "Se vocês quiserem que eu fique, eu não vou mudar as minhas movimentações de jogo, os meus elos, a forma como eu brinco e faço piada". Mas em termos de energia eu já tinha me esgotado ali. Saio muito feliz e contente com a minha trajetória lá dentro.
 

Você mencionou que apontar os erros dos outros era algo que não fazia parte da sua personalidade. Os jogos da discórdia foram momentos difíceis na casa?
Fred Desimpedidos - 
Sem dúvidas. Eu acho que até verbalizei, na semana em que fui parar no paredão, que eu preferia enfrentar a berlinda do que participar do jogo da discórdia. E ali peguei o pergaminho que me levou direto ao paredão (risos). Sendo muito sincero, eu sou do esporte, sou da competitividade, então todo jogo em que eu me comprometo, eu vou jogar com as regras que tenho ali. Por exemplo, se eu estou jogando uma partida de futebol de forma tranquila, com jogadas de ataque, defesa e estratégia, eu jogo dessa forma. Agora, se eu estou tomando porrada, eu também sei jogar o jogo dessa forma. Obviamente é um risco que a gente corre de tomar um cartão amarelo ou um cartão vermelho. Mas eu acho que tem muito dessa minha competitividade de tentar me adaptar e fazer com que as coisas funcionem. O jogo da discórdia acabou extraindo um lado que nem eu mesmo conhecia, tanto é que eu ainda não vi as imagens e estou curioso para ver, mas também estou com receio de assisti-las (risos). Parafraseando o Gabriel que, quando eu pedi mais posicionamento dele no jogo da discórdia, acabou respondendo que "o jogo da discórdia fala zero sobre mim", eu vou utilizar a frase de que ‘o jogo da discórdia fala zero sobre mim também’. Eu jamais sou essa pessoa que vejo alguém errando e aponto os erros dela, jogando objetos, fumaça, líquido ou o que for. Realmente era algo que fazia parte do jogo, algo que eu temia e que também ajudou a me tirar do game. Teve um jogo em que eu fui extremamente explosivo, passei do ponto; e outro em que eu consegui concentrar mais as informações e tentar dosar o ataque com a defesa; e no último, como eu estava com a sensação de final de festa, consegui me desculpar e pedir o perdão das pessoas em relação a forma como errei, seja de maneira arrogante, com alguma afirmação que tenha soado superior ou que tenha ofendido alguém. Mas está tudo certo, acho que o saldo é positivo.

 
Perder aliados como a Larissa, nas últimas semanas, influenciou nesse esgotamento interno que você mencionou?
Fred Desimpedidos - 
Fez total diferença. Como eu disse, o tempo lá passa muito devagar. Como sou uma pessoa muito agitada, que está sempre fazendo muitas coisas o tempo todo, isso estava começando a me pegar cada vez mais. Já era algo que me chamava atenção havia algum tempo, mas a Larissa, o Sapato, o Guimê e outras pessoas, que eram minhas aliadas no jogo, eu acabei perdendo. Realmente foi nesse momento em que eu acabei perdendo a força também, principalmente por conta da Larissa. A gente tinha uma troca muito interessante sobre jogo, mas também uma troca afetiva, que é algo que faz muita diferença para nós. Lá você não tem carinho nenhum, você tem o contrário. Então, quando existe uma pessoa que te entende e que te faz esquecer os problemas, ajuda muito. Quando perdi, grande parte da minha força se foi. Eu sempre vou buscar fazer as coisas para que elas aconteçam, mas também acho que algumas acontecem quando realmente têm que acontecer.  

 

Qual foi a importância de tê-la ao seu lado no reality?
Fred Desimpedidos - 
Ela era importante no jogo, tanto é que a nossa primeira aproximação não foi afetiva, foi muito mais estratégica. E a partir do momento em que eu vi que as nossas estratégias batiam, eu tive receio de formar um casal no ‘Big Brother’, porque eu tinha medo de que aquilo interferisse no meu jogo. Mas como as coisas sempre foram muito claras entre a gente em relação a jogo e as visões estavam coincidindo naquele momento, eu cheguei à conclusão de que não iria me atrapalhar. E por que não? A gente até brincou que vinha sendo uma prova de resistência para ambos, porque nem ela nem eu queríamos ficar com alguém dentro da casa, mas a partir do momento em que a gente entendeu que as ideias convergiam, tanto estratégica, quanto afetivamente, a gente acabou dando esse passo. Ela acabou sendo a atacante e eu estava um pouco mais na defensiva, tentando manter o combinado que eu tinha comigo mesmo. Mas ainda bem que aconteceu. A Larissa foi a minha maior surpresa dentro do ‘Big Brother’. Senti coisas muito importantes lá dentro, mas ter conhecido a Larissa, ter vivido com ela, ter tido essa troca afetiva nesses momentos em que eu estava fraco... Uma das coisas que eu acho que mais vai me marcar nessa edição é o Quarto Branco. Se não fosse a Larissa, eu não teria conseguido. Obviamente eu buscava forças da minha família, do meu filho, mas a maneira como ela se despediu de mim foi primordial. Ela falou: ‘Você é forte, é resistência e você já ganhou. Se perder a sua festa, não interessa, você ganha outro líder. Vamos para cima!’. Quando eu fui para o Quarto Branco, eu já estava perdendo a força porque eu não iria conseguir ficar com a Domitila ali, por saber que ela iria se utilizar de diversos artifícios para tentar me eliminar. Eu, honestamente, estava muito focado na minha festa, mas a partir do momento em que eu vi que tinha um carro ali, que tinha um objetivo e uma prova para competir, eu falei: ‘Agora vai ser muito difícil me tirar desse carro’. É óbvio que a Larissa teve uma série de atitudes e outras conversas muito importantes para mim, mas eu acho que essa acaba classificando bem como ela era meu braço direito, esquerdo, meu coração e minha cabeça dentro do jogo.
 

Você imagina um futuro com a Larissa após o programa?
Fred Desimpedidos - 
É curioso e eu vou ser 100% franco: a gente só se jogou e viveu algo intenso e muito gostoso. Mas a gente nunca conversou sobre como seria aqui fora, porque a gente não estava preparado para pensar. Teve uma frase muito fofa que ela disse: se nós estivéssemos errados, estaríamos errados juntos e, se estivéssemos certos, estaríamos certos juntos. Descobrimos que estávamos errados juntos (risos). A gente não conversou e eu fico muito feliz com o carinho que as pessoas têm aqui fora, mas obviamente eu tenho que esperar ela sair. Espero que seja daqui a 36 dias, que ela volte para o jogo, porque tem grandes chances de ganhar o prêmio por conta dessa visão estratégica dela, por ser corajosa dentro do game. E depois a gente conversa. Mas é óbvio que temos grandes esperanças (risos).

Que amigos pretende trazer do "BBB" para a vida aqui fora?
Fred Desimpedidos - 
Obviamente a Larissa, que é uma pessoa que já faz parte da minha vida. Eu até falei brincando, mas com um fundinho de verdade, lá no começo: ‘Já estou com saudades de tanta gente lá fora e agora tem mais a Larissa para sentir saudades’. A Bruna também, mesmo com esse jeito doido dela. Eu até brinco: será que o Brasil ama ou odeia? A gente consegue amá-la e odiá-la dentro da casa (risos). O quarto Deserto como um todo, na verdade. Em determinado momento, eu falei: ‘Não tem paredão que separe mais a gente’. Eu acho que esse é o espírito que a gente leva. Muito provavelmente, daqui a pouco já vai ter um grupo no WhatsApp do quarto Deserto. Aqui, com certeza a gente vai permanecer na vida um do outro.
 

Para quem está torcendo agora que está fora da disputa pelo prêmio?
Fred Desimpedidos - 
Com certeza é pela Larissa. Tenho carinho por muitas pessoas que estão dentro da casa, mas torço para a Larissa, principalmente pela questão afetiva, por torcer muito por ela, seja no BBB ou em qualquer coisa que ela for fazer na vida dela daqui para frente. Mas também por questões de jogo, como espectador, por saber que ela tem um potencial muito grande de voltar e movimentar a casa. Eu acho que a pessoa que mais movimenta a casa, hoje, é o Alface, e ele perdeu o seu grande antagonista ali. Eu acho que os embates estão um pouco enfraquecidos nesse momento e, com ela voltando, vai voltar a reforçar isso dentro do programa.

 
E tirando a Larissa, para quem fica sua torcida?
Fred Desimpedidos - Uma pessoa que eu não tinha como prioridade e acabou crescendo muito foi a Amandinha. Na forma como ela é simples, na forma como ela ouve as pessoas, que é algo raro lá dentro, porque todo mundo quer falar, todo mundo se interrompe. Ela é uma ótima ouvinte e uma excelente amiga, então torço muito para ela. Torço pela Mami (Aline) também, que tem um dos corações mais bondosos que eu já vi na minha vida. E tem a Bruna também que está nessa dicotomia. Estou muito com essas três.
 

O que muda na sua vida pessoal e profissional depois do "BBB"? 
Fred Desimpedidos - 
Vou passar a atender mais o telefone quando tocar em casa. Esse é o primeiro ponto. Fazia muito tempo que eu não via um telefone fixo, então eu acabei me assustando (risos).  Falando sério, eu saio uma pessoa melhor, sem dúvidas. Um ensinamento que eu levo é que a gente não pode julgar as pessoas e, sim, as atitudes das pessoas. Eu tive atitudes lá dentro que não condizem com a minha pessoa. Espero que julguem essas atitudes e não a pessoa que eu sou de fato. Aprendi muito em relação a isso. A gente acabou passando por situações muito extremas, que dificilmente eu vou passar na minha vida aqui fora. Dificilmente alguém vai apontar um erro meu e me jogar uma bomba de fumaça ou um balde de óleo na cabeça. Mas acho que essas situações extremas fizeram com que eu pudesse encontrar os meus erros e ter essa reflexão sobre o julgamento das atitudes e não das pessoas.



segunda-feira, 20 de março de 2023

.: “Era uma grande rebelde”, diz Mariana Ximenes sobre personagem polêmica


Mariana Ximenes na pele da personagem Bionda, que dividiu opiniões entre os espectadores da época. Foto: Cristiana Isidoro

Ouvir os nomes de personagens como Bionda, Tatuapu, Baldochi, Maria João, Van Damme, Beterraba, Nikos, Pierina e Brigitte é pura nostalgia. Dá vontade de voltar aos anos 2000 para acompanhar as aventuras dessa turma que movimentou a faixa das sete da TV Globo com "Uga Uga", novela de Carlos Lombardi

As saudosas Nair Belo e Betty Lago, ao lado de Lima Duarte, Mariana Ximenes, Claudio Heinrich, Humberto Martins, Vivianne Pasmanter, Danielle Winits, Marcos Pasquim, Marcello Novaes e grande elenco proporcionam ao público uma maratona lotada de ação, humor e irreverência com a chegada da obra de Carlos Lombardi ao catálogo, pelo projeto de resgate de clássicos da dramaturgia.     

Entre os destaques da época, a Bionda de Mariana Ximenes, que bombou com sua personalidade forte e invadiu as ruas com acessórios de seu figurino. “Vai ser muito divertido ter a chance de ver novamente essa história. ‘Uga Uga’ é uma novela divertida, hilária. E ter a chance de rever a Bionda, um papel que fiz com 18 anos, muitas lembranças passarão pela minha cabeça. Até hoje as pessoas comentam sobre a fuga dela vestida de noiva”, conta a atriz, se referindo à fama da personagem em abandonar seus noivos no altar. “Ela era uma grande rebelde, que só fazia o que queria. Isso é muito subversivo hoje, imagina há 23 anos”, comenta Mariana. “As pessoas se dividiam. Tinha quem adorasse o lado bem-humorado, rebelde e inconsequente dela e quem também me passasse um sermão, dizendo que era para ela tomar juízo. É divertido quando conseguimos chegar a tantas pessoas e de maneiras diferentes”, completa.   

A história de Bionda se desenvolve em paralelo às duas tramas centrais que conduzem a novela, como a de Adriano/Tatuapu (Claudio Heinrich). A obra mostra as dificuldades do jovem, criado entre indígenas, que tenta se readaptar à vida em uma metrópole, depois de 20 anos. Após o falecimento dos pais em uma expedição à Floresta Amazônica, o órfão é criado por um Pajé (Roberto Bomfim). Enquanto isso, mesmo sem ter certeza de que o neto está vivo, Nikos Karabastos (Lima Duarte) não mede esforços para reencontrá-lo. 

Os traumas do passado também marcam o sargento Bernardo Baldochi (Humberto Martins) e sua ex-noiva, a mecânica Maria João (Vivianne Pasmanter). Para protegê-la de um perigoso criminoso que já prendeu, o oficial foge no dia do casamento e simula a própria morte. Desde então, sob a identidade de Bento, Baldochi mora em Costa Rica, cidade fictícia do Mato Grosso do Sul, a alguns quilômetros da selva onde vive Adriano/Tatuapu. Já Maria João, que continua em Santa Teresa, no Rio de Janeiro, deixou o romantismo de lado para se transformar em uma mulher avessa a relacionamentos, principalmente às investidas do feirante Beterraba (Marcello Novaes).    

Escrita por Carlos Lombardi, com colaboração de Margareth Boury e Tiago Santiago, "Uga Uga" reúne ainda em seu elenco nomes como: Vera Holtz, Tato Gabus Mendes, Silvia Pfeifer, Stepan Nercessian, Wolf Maya, Juliana Baroni, Tatyane Goulart, Angelo Paes Leme, Heitor Martinez, Luciano Szafir, Maria Ceiça, Nelson Freitas, Alexandre Lemos e artistas que deixaram saudades. Entre eles, Françoise Forton, Geórgia Gomide e John Herbert. Confira a entrevista completa com Mariana Ximenes, que descreve o saudosismo de rever a personagem Bionda e comemora a chegada da novela ao streaming da Globo.


Como está a expectativa para rever "Uga Uga" depois de 23 anos?
Mariana Ximenes -
Vai ser muito divertido ter a chance de ver novamente essa história. "Uga Uga" é uma novela divertida, hilária. E ter a chance de rever a Bionda, um papel que fiz com 18 anos, muitas lembranças passarão pela minha cabeça. Ela era uma personagem bem irreverente. Até hoje as pessoas comentam sobre a fuga dela vestida de noiva.


A Bionda bombou na época com sua personalidade forte e o figurino, que invadiu as ruas. Como a personagem te marcou?
Mariana Ximenes - Ela era uma grande rebelde, que só fazia o que queria. Isso é muito subversivo hoje, imagina há 23 anos. A recepção do público foi bem calorosa. Graças a figurinista Marilia Carneiro, que me ajudou a criar a Bionda do jeitinho que ela foi. Eu adorava me vestir de noiva e ela criou um modelito diferente do outro. Para mim, profissionalmente, foi a oportunidade de mostrar outros lados meus como atriz, afinal, Bionda era completamente diferente da Celi, de "Andando nas Nuvens", que foi minha personagem anterior na Globo.


Sentiu essa repercussão?
Mariana Ximenes - 
Muito. As pessoas se dividiam. Tinha quem adorasse o lado bem-humorado, rebelde e inconsequente dela e quem também me passasse um sermão, dizendo que era para ela tomar juízo. É divertido quando conseguimos chegar a tantas pessoas e de maneiras diferentes. Curioso também esse tipo de história nos dias de hoje. A dramaturgia mudou muito, porque nós também nos transformamos.   
     

Como era o clima das gravações? Lembra de alguma curiosidade dos bastidores que te marcou?   
Mariana Ximenes - 
Foi muito gostoso, a turma era ótima. O Wolf (Maya) conseguiu reunir um timaço.


Lembra de alguma curiosidade dos bastidores que te marcou?   
Mariana Ximenes - 
No início, passamos um tempo em Ilha Grande para gravar e foi maravilhoso ter aquele tempo naquelas paisagens paradisíacas do Rio de Janeiro - um encantamento para uma paulista recém-chegada na Cidade Maravilhosa. Lembro também que eu fazia uma peça ao mesmo tempo da novela: “A Rosa Tatuada”, do Tennessee Williams. Era uma correria danada para conciliar, mas eu amava poder viver uma personagem moderna como a Bionda e outra “de época” no clássico do teatro.

.: Entrevista: Jade Picon fala sobre o amadurecimento de Chiara na novela


Na imagem, o bastidor de Jade Picon se preparando para as cenas do casamento de Chiara, antes da virada da personagem. Foto: Globo/Manoella Mello


Chiara (Jade Picon) está determinada a recuperar as ações do pai e a cuidar do que é seu, em "Travessia", novela das nove de Gloria Perez. Nos próximos capítulos do folhetim da TV Globo, Guerra (Humberto Martins) e Cidália (Cassia Kis) continuam tentando entender de que forma o rapaz se tornou sócio da empresa, e é a herdeira da construtora que vai ajudar a desvendar esse mistério. 

Além de correr atrás de informações que provem que Ari (Chay Suede) se aproveitou do estado de Guerra para conseguir sua assinatura, Chiara decide trabalhar na construtora para aprender a lidar com os negócios, e deixa todos surpresos com sua postura e comportamento diante do golpe de Ari. “Ela vai passar a ser uma pessoa menos impulsiva, começa a pensar e planejar mais seus passos. E foi o golpe de Ari que desencadeou nela essa vontade de aprender, de querer assumir os negócios do pai no futuro. Ela não quer deixar ninguém sentar na cadeira que, por direito, é dela. Se não tivesse acontecido nada disso, provavelmente não teria esse pensamento”, diz Jade. Confira entrevista completa com a atriz.


Qual é a sua opinião sobre os desdobramentos da trama e a forma como a Chiara vai reagir a isso?
Jade Picon - Eu estou amando tudo o que está acontecendo e confesso que a reação da Chiara me surpreendeu. Mas eu amei e fiquei fascinada, porque são nesses momentos difíceis e de extrema mudança que você tem que resgatar - de uma hora para a outra - forças de um lugar que você nem sabe que tinha, ou você é derrubado e se entrega a esse sentimento de perda e de desamparo. Eu achei lindo como tudo aconteceu com a personagem, inicialmente ela fica desamparada, sem entender, mas, a partir do momento que compreende o que está acontecendo, ela não se entrega, não desiste, e fica ainda mais forte. Ela traz essa força, essa determinação, então isso me impressionou e eu fiquei muito feliz.
 

Ela vai começar a trabalhar na empresa e deixará de ser aquela menina que sempre conseguiu o que queria. Como você descreve essa transformação e a nova Chiara?
Jade Picon Ela vê o que foi feito com o pai e com ela, e quer ajudar. Está acostumada a vida inteira a todo mundo fazer tudo por ela, ia para a empresa só para passear, falar alguma coisa, pedir dinheiro ou para ver o Ari (Chay Suede). Agora ela quer colocar a mão na massa, e isso é muito legal. A Chiara vai começar a fazer as coisas acontecerem. Ela vai passar a ser uma pessoa menos impulsiva, começa a pensar e planejar mais seus passos. E foi o golpe de Ari que desencadeou nela essa vontade de aprender, de querer assumir os negócios do pai no futuro. Ela não quer deixar ninguém sentar na cadeira que, por direito, é dela. Se não tivesse acontecido nada disso, provavelmente não teria esse pensamento. O mais legal disso, e que eu tenho trabalhado tanto nas cenas quanto na caracterização e no figurino, é ela não perder a essência, porque ninguém muda da noite para o dia, e vira completamente outra pessoa. O público pode esperar uma nova Chiara, determinada, forte e mais madura. Vão ver muitas mudanças, mas ainda é a Chiara. Ainda é uma menina, uma jovem. Estou muito animada e feliz com essa nova fase da personagem. 
 

Chiara vai se aproximar de Brisa nos próximos capítulos. Como será essa aproximação e a relação entre as duas? 
Jade Picon O que une a Brisa (Lucy Alves) e a Chiara, agora, é o desespero da Brisa em relação ao Tonho e o desamparo da Chiara em relação ao Ari. As duas sofreram na mão do mesmo homem. Esse sofrimento, querendo ou não, conecta. Independentemente dos problemas que elas têm, vão deixar isso um pouco de lado. Teve a cena em que a Chiara não está passando bem, a Brisa segura e a leva para casa, dá água... então aí, nesse caos que acontece na vida da Chiara, acaba acontecendo uma conexão entre as duas, o que eu acho muito bacana. Levanta, inclusive, a pauta de sororidade, de duas mulheres completamente diferentes, que tinham seus embates, seus problemas, mas estão se ajudando.
 

Como a Chiara é seu primeiro papel, quais são os principais desafios ao encarar essas mudanças na sua personagem?
Jade Picon Sempre que me perguntam sobre desafios ou dificuldades, o que é mais, o que é menos, eu digo que tudo é uma dificuldade e um desafio. É tudo muito novo para mim, então eu não saberia dizer os principais desafios. É muito legal porque quando eu leio as cenas, ou quando vou fazer as cenas, eu vejo as diferentes reações da Chiara. Falas da Chiara que eu penso “se fosse antes, seria completamente diferente”. Acho que a dificuldade é achar um caminho do que era antes para o que vai ser, sem ficar desconexo. Achar uma linha, que você veja que é a mesma pessoa, mas uma pessoa mudada.

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial
Tecnologia do Blogger.