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terça-feira, 11 de abril de 2023

.: “A ​​A​forista” estreia dia 13 de abril, quinta-feira, no CCBB São Paulo


Texto e direção de Marcos Damaceno, com interpretação da atriz Rosana Stavis e produção da curitibana Cia.Stavis-Damaceno, que completa 20 anos de sua formação. Rosana Stavis divide o palco do CCBB São Paulo com 2 pianos de cauda tocados ao vivo por Sérgio Justen e Rodrigo Henrique, que duelam no palco e dão o tom da narrativa com a trilha original criada pelo compositor Gilson Fukushima. O pensamento é o lugar onde se passa a peça. Foto: Renato Mangolin


O espetáculo "A Aforista"*, do dramaturgo e diretor curitibano Marcos Damaceno (Prêmio Shell de dramaturgia por "Homem ao Vento"), que estreia na noite de 13 de abril de 2023, no Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo, traz à cena uma mulher (Rosana Stavis), caminhando sem parar em direção ao enterro de um antigo amigo da faculdade de música. Enquanto caminha, lhe vêm pensamentos acerca de sua própria vida e os caminhos escolhidos por ela e seus antigos amigos, todos “promessas da música”. Caminhos que vão da plenitude da realização ao fracasso fatal.

A peça abre ao público a mente dessa mulher, a aforista, na qual se sobressaem a confusão como linguagem, o ritmo vertiginoso, o excesso de informações, as digressões, além de boas doses de ansiedade e perturbação. Trata-se de uma obra teatral por vezes angustiante, frequentemente hilariante. A narradora verbaliza em um estado próximo ao devaneio - ou, melhor, da loucura - onde seus pensamentos, lembranças e imaginação fluem líricos em certos momentos, pesarosos em outros, tornam-se pouco imaginativos e medianos em certos trechos, para logo em seguida flertarem com a filosofia e o sublime, tornando-se expansivos, contraditórios e, principalmente, com confusões e associações próprias da mente humana em nossos dias.

É uma arquitetura mental em espiral, de pensamentos entrecortados por outros pensamentos que se interrompem e são retomados em um looping sem fim. São narrativas densas e sôfregas que ficam risonhas. Pensamentos sublimes e elevados que escorregam para o grotesco, assim como é a vida da gente. "É uma peça sobre as decisões que tomamos. Sobre as nossas escolhas. Os caminhos que seguimos. E onde eles nos levam. É também uma peça sobre nossos sonhos. Sobre nossos desejos, principalmente de quando jovens. E de como lidamos com eles. Como lidamos com nossas frustrações, com nossas insatisfações: “ser artista é saber lidar com as frustrações”, diz a aforista. Enfim, como toda peça de teatro, de como lidamos com os nossos sentimentos. E de como lidamos com os nossos pensamentos, comenta o diretor Marcos Damaceno.


Dois pianos de cauda tocados ao vivo, duelam no palco e dão o tom da narrativa
A peça apresenta como um dos personagens centrais o famoso pianista John Marcos Martins. Outro pianista, Polacoviski, tem um destino trágico. A narrativa desenvolve-se a partir das lembranças, pensamentos e imaginação da terceira personagem, a narradora, amiga de John Marcos Martins e de Polacoviski, e por eles apelidada de aforista. A narradora, que está sempre andando e enquanto anda, pensa em como se deu tudo. Sua relação com seus antigos amigos de faculdade, o caminho que cada um seguiu, onde esses caminhos os levaram e o quanto esses caminhos tomados influenciaram, inclusive, na vida uns dos outros.

O pensamento é o lugar onde se passa a peça. “Andando vamos resolvendo as perturbações do pensamento”, diz a aforista enquanto anda e pensa, conclui Damaceno. A música cumpre papel de destaque no espetáculo, sendo a atriz Rosana Stavis acompanhada por 2 pianos tocados ao vivo por Sérgio Justen e Rodrigo Henrique, que duelam no palco e dão o tom da narrativa com a trilha original criada pelo compositor Gilson Fukushima.

"A Aforista" é o segundo espetáculo de uma trilogia iniciada com "Árvores Abatidas" ou "Para Luis Melo", influenciada por Thomas Bernhard**. Segundo o diretor Marcos Damaceno, o texto da peça é uma conversa com argumentações postas por Bernhard respondendo e contrapondo questões colocadas pelo autor austríaco em sua extensa obra, permitindo-se desviar para outros assuntos, outras situações, outros lugares. Um mergulho na memória e nas possibilidades que cabem numa vida. A mente como protagonista ou lugar de ação e o impacto quase que exclusivamente pela força do elenco e das palavras são marcas das encenações da Cia. Stavis-Damaceno.

A estreia nacional de "A Aforista" aconteceu no CCBB Rio de Janeiro, seguiu para o CCBB Brasília. Após a temporada no CCBB em São Paulo, o espetáculo será apresentado no CCBB Belo Horizonte. Com patrocínio da BB Asset, gestora de fundos de investimento do Banco do Brasil. Este projeto foi realizado com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.


* Aforista:
que ou aquele que cria, estuda ou cita aforismos com frequência; Aforismo: Máxima ou sentença que em poucas palavras contém uma regra ou um princípio de alcance moral: “A vida sem música seria um erro” - Nietzsche.

**Thomas Bernhard nasceu em Heerlen, na Holanda, em 1931, e morreu em Gmunden, na Alta Áustria, em fevereiro de 1989. Escreveu poemas, novelas, romances e peças de teatro, e é considerado um dos nomes mais importantes da literatura de língua alemã do século XX. Dele, a Companhia das Letras publicou "O Náufrago" (1996), "Extinção" (2000), "Origem" (2006), "O Imitador de Vozes" (2009) e "Meus Prêmios" (2011).

Ficha técnica
"A Aforista". Realização Ministério da Cultura e Centro Cultural Banco do Brasil. Patrocínio: BB Asset. Texto de Marcos Damaceno. Com Rosana Stavis. Composição e direção musical: Gilson Fukushima. Pianistas: Sérgio Justen e Rodrigo Henrique. Iluminação: Beto Bruel. Figurinos: Karen Brusttolin. Cenário: Marcos Damaceno. Direção geral: Marcos Damaceno. Produção executiva: Bia Reiner. Assistente de Produção / Administração: Marianna Holtz. Produção de cenário: Carla Berri. Cenotécnico: Marco Souza - TB Mirabolante. Pintor de arte: Itamar Cordeiro.Operador de luz: Rodrigo Lopes. Montadores: William Docinho e João Gaspari. Costureiras: Vera Costa e Rose Matias. Foto da identidade visual: Maringas Maciel. Com intervenção de Bruno Marquetto. Design gráfico: Pablito Kucarz. Mídias sociais: TIP - Performance de Mídia. Assessoria de imprensa (RJ e SP): Ney Motta. Produção local (SP): Augusto Vieira. Um espetáculo da Cia. Stavis-Damaceno.

Serviço
"A Aforista". Texto e direção: Marcos Damaceno. Atuação: Rosana Stavis, Sérgio Justen e Rodrigo Henrique. Local: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. Endereço: Rua Álvares Penteado, 112, Centro Histórico - São Paulo. Informações: (11) 4297-0600. Temporada: 13 de abril a 21 de maio de 2023. Horário: Quintas e sextas, às 19h, sábados e domingos, às 17h. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) em bb.com.br/cultura e bilheteria do CCBB. Duração: 70 minutos. Classificação: 16 anos. Funcionamento: Aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças. Entrada acessível: Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e outras pessoas que necessitem da rampa de acesso podem utilizar a porta lateral localizada à esquerda da entrada principal. Estacionamento: o CCBB possui estacionamento conveniado na Rua da Consolação, 228 (R$ 14 pelo período de 6 horas - necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB). O traslado é gratuito para o trajeto de ida e volta ao estacionamento e funciona das 12h às 21h. Transporte público: O Centro Cultural Banco do Brasil fica a 5 minutos da estação São Bento do Metrô. Pesquise linhas de ônibus com embarque e desembarque nas Ruas Líbero Badaró e Boa Vista. Táxi ou aplicativo: desembarque na Praça do Patriarca e siga a pé pela Rua da Quitanda até o CCBB (200 m). Van: ida e volta gratuita, saindo da Rua da Consolação, 228. No trajeto de volta, há também uma parada no metrô República. Das 12h às 21h.

segunda-feira, 10 de abril de 2023

.: Espetáculo “Jerusalém de Nós”, de Leo Lama, segue em cartaz no Teatro B 32


Espetáculo conta a história de Nurit, uma professora universitária israelense, de cinquenta e poucos anos, que invade uma repartição pública à procura de sua filha desaparecida, logo após a explosão de uma bomba em um atentado. Foto: Leo Lama

A peça "Jerusalém de Nós", em cartaz no Teatro B 32, com as atrizes Victória Camargo e Elis Braz, surge da leitura do dramaturgo e diretor Leo Lama de um artigo publicado no jornal francês “Le Monde”, escrito pela professora israelense, Nurit Peled Elhanan, que perdeu sua filha de 13 anos em um atentado do Hamas. No artigo, Nurit defende os palestinos e critica a política do Estado de Israel. Tal atitude comoveu o autor que partiu desse ponto para criar essa obra ficcional.

Tendo como pano de fundo o conflito de lados opostos no Estado de Israel, a peça "Jerusalém de Nós" conta a história de Nurit, uma professora universitária israelense, de cinquenta e poucos anos, que invade uma repartição pública à procura de sua filha desaparecida, logo após a explosão de uma bomba em um atentado. Assim ela imagina. Mas tudo leva a crer que está confusa quanto à veracidade dos fatos.

Seguindo um estilo de experimento em cena praticado por Lama, o cenário se constitui de apenas uma cadeira. Não há trilha sonora, nem iluminação. Tudo é baseado no trabalho interior das atrizes, em uma proposta filosófica do diretor, por ele chamada de “Atuante em Repouso”, em que as atrizes ficam paradas, sem nenhum gesto, a peça toda, produzindo a dramaturgia interna através da palavra imagética.

Fosse um sonho, mas não é, fosse um delírio, mas não é, fosse realidade, mas não é. E a matéria da representação é justamente o estado de não ser, de não espaço, de incerteza, de mistura. Uma metáfora sobre a condição de vida de um refugiado. A peça se revela uma jornada em busca do lugar de escuta e do reconhecimento.

"Jerusalém de Nós" teve, segundo Léo Lama, nesses tempos de intolerância com as diferenças e de perda da singularidade essencial, a intenção de provocar diálogos que considera fundamentais nos dias de hoje e de resgatar o que é o “espiritual”.

“Qual a identidade, o projeto cultural e político de uma sociedade que não para de sofrer ataques? Chacinas, barbárie virtual, bipolaridade social. Terrorismo físico e digital. Desespero. Mudanças rápidas e vertiginosas que desnorteiam quem não esperava um mundo assim. Jovens que não encontram mais laços afetivos nem razão para viver. Uma reação contra a modernidade avassaladora que destrói os vínculos que durante anos deram coesão às sociedades. A violência como resposta. O ódio como forma de expressão. A diabólica corrupção que invade todos os meios que deveriam ser vias para melhorar as condições de vida separa o ser humano de sua essência e o coloca em uma estúpida busca pelo poder”, indaga Lama.

“O Brasil, simbolicamente, é também essa “Jerusalém de Nós”, dentro e além, cheia de nós que precisamos desatar, e que também vive o terror político e separatista de forma análoga, a seu modo”, conclui. Compre o livro "Jerusalém de Nós" neste link.


Ficha técnica
"Jerusalém de Nós". Texto e direção: Leo Lama. Fotos de cena: Leo Lama. Elenco: Victória Camargo e Elis Braz. Assistente de direção: Amanda Mantovani.


Serviço
"Jerusalém de Nós"
Estreia dia 8 de abril no Teatro B32. Avenida Faria Lima, 3732. – Itaim Bibi. Temporada: dias 15 e 16, 22 e 23, 29 e 30 de abril. Sábados, às 21h. Domingos, às 19h. Duração: 70 minutos. Ingressos: Inteira R$ 50 reais e meia R$ 25. Indicação de faixa etária: 16 anos. Estacionamento no local. Rua Lício Nogueira, 92. Valor: R$ 30 (por 12 horas). Bilheteria: segunda a sexta, das 14h às 18h. Dias de espetáculo: uma hora antes do início da sessão. Telefones: (11) 3058-9149 e  (11) 93327-6549.

domingo, 9 de abril de 2023

.: “Um Jardim para Educar as Bestas” ao ar livre no topo do Sesc Vila Mariana


Depois de estrear nacionalmente na 8a. MITsp - Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, em 2022, e realizar sessões em cidades do interior paulista, espetáculo criado coletivamente por Eduardo Okamoto, Isa Kopelman, Marcelo Onofri e Daniele Sampaio realiza temporada na capital. Foto: de Nina Pires


“Um Jardim para Educar as Bestas”, criação coletiva dos artistas Eduardo Okamoto, Isa Kopelman, Marcelo Onofri e da produtora Daniele Sampaio entra em cartaz no Sesc Vila Mariana em curta temporada. Trata-se de um duo para piano e atuação que reescreve um dos 36 do livro “Homens Imprudentemente Poéticos”, de Valter Hugo Mãe: “A Lenda do Oleiro Saburo e da Senhora Fuyu”. Originalmente ambientada no Japão, a trama é transposta para o sertão brasileiro, em diálogo com textos de Ariano Suassuna, Guimarães Rosa e Euclides da Cunha.

Na fábula, o Seu Inhês constrói um jardim de pedras, depois de advertido pelo vizinho vidente de que uma onça Caetana mataria sua esposa. O jardim seria uma espécie de lição aos bichos, então educados pela beleza. Depois de estrear na Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, em 2022, e realizar uma série de apresentações pelo interior paulista, o trabalho entra em cartaz no Solarium do SESC Vila Mariana. Assim, diferentemente do que aconteceu na MITsp, agora, o público paulistano poderá conhecer a versão ao livre da obra - o trabalho, com o ator Eduardo Okamoto e músico Marcelo Onofri em cena, pode ser apresentado em praças, jardins, parque, salas de concerto e teatros.

O impulso para o processo criativo reside em estudos de Okamoto sobre a cultura japonesa e, em especial, a dança butô - manifestação criada a partir de 1959. Em 2019, depois da eleição da ultradireita no Brasil, um professor desta dança, em um festival na Alemanha, provocou o ator: “É hora de criar a sua própria revolta na carne”, referindo-se a um dos trabalhos icônicos de Hijikata, criador fundamental do butô.

“Naquele momento, eu pensei que, num contexto de barulho, exposição nas redes, disputas de narrativas, poderia haver revolta no silêncio. Seria possível não reagir ao que está dado, por princípio, para tentar imaginar outra coisa?”, perguntou-se o ator. A inquietação remeteu-o a personagens de “Homens Imprudentemente Poéticos”, de Valter Hugo Mãe. Estes são artesão de leques e oleiro: homens que se dedicam à arte com recolhimento e como forma de cultivo de si. Assim, reuniu o grupo de trabalho, que logo tornou a empreitada coletiva.

Valter Hugo Mãe escreveu a obra com referências diversas da cultura japonesa. Porém, dedica a epígrafe do livro reconhece uma espécie de homenagem a um escritor em particular: Yasunari Kawabata (1899-1972). Assim, há proximidade, ainda que considerando suas singularidades, nas obras desses escritores: textos curtos, com orações igualmente curtas que, no seu acúmulo, produzem fábula e sentido. "Para mim, é como se Kawabata estivesse escrevendo em português”, declara Okamoto.

Considerando a inspiração de Valter Hugo Mãe e outra reescritura de obra de Kawabata - "Memórias de Minhas Putas Tristes”, de Gabriel Garcia Márquez - a equipe decidiu recriar a história original, numa versão própria do texto: alteraram-se a paisagem, as circunstâncias e a linguagem, assim como o desfecho da fábula.

Outras obras, como “Orientação”, de Guimarães Rosa, bem como outros narradores do sertão, foram referência no processo. Além disso, a dramaturgia homenageia a imigração japonesa no sertão da Paraíba, especialmente dois de seus personagens fundamentais: o Seu Inhês e a sua esposa, Marly.

O processo se deu a partir de estudo literário, mas não só. Deu-se na cena. Por exemplo, a música original de Marcelo Onofri, “Bem-te-vi e o Jardim Japonês”, desempenha função narrativa equiparável às palavras redigidas no papel. Por isso, é difícil saber onde começa a dramaturgia: nas proposições de Isa Kopelman, como olhar externo; na música de Marcelo Onofri; na organização do projeto, realizada por Daniele Sampaio; na atuação e ou no movimento de Okamoto. Por isso, a criação é assinada coletivamente e as funções da ficha técnica são diluídas. A forma "duo para piano e atuação" enfatiza, justamente, esta dramaturgia multilinguagem.

“Nosso jardim é, enfim, a narrativa de um modo nipo-sertanejo de resiliência diante da incivilidade: misto de manifesto, paciência ativa, aposta na beleza e na poesia como modo de trabalho e lapidação do espírito”, concluem os criadores. O espetáculo conta ainda com a colaboracão de Yumiko Yoshioka, Nina Pires, Fernando Stankuns, Binho Signorelli e Yasmim Amorim.


Bio do espetáculo
Em março de 2021, "Um Jardim para Educar as Bestas" realizou uma abertura de processo criativo na Mostra Internacional de Teatro de São Paulo - que, naquela ocasião, por conta das restrições sanitárias, realizou a apresentação virtual de um conjunto de trabalhos na sua plataforma MIT+ (www.mitmais.com).

Entre abril e maio de 2022, o espetáculo compôs uma Residência Artística no SESC Jundiaí e no SESC Campinas. Esta mostra foi composta de sessões do espetáculo a título de ensaios abertos e oficinas: "Práticas Corporais para o Cultivo de Si", com Eduardo Okamoto; "Escrita Dramatúrgica: Uma Situação Singular", com Isa Kopelman; "Produção e Invenção de Mundos", com Daniele Sampaio. O espetáculo estreou oficialmente na Mostra Internacional de Teatro de São Paulo nos dias 4, 5, 11 e 12 de junho de 2022, às 17h. O trabalho foi uma das três estreias nacionais a compor a grade do evento.

Durante a MIT, no dia 5 de junho, o trabalho foi tema de mesa com a participação dos professores Eduardo Okamoto e Cassiano Sydow Quilici, ambos da Unicamp, e de José Fernando de Azevedo, da Escola de Artes Dramáticas da USP. O trabalho foi ainda apresentado no SESC São José dos Campos e no SESC Santos e tem sessão agendada no Sesc São José do Rio Preto.


A equipe de criação
Eduardo Okamoto é ator, Bacharel em Artes Cênicas, Mestre e Doutor em Artes e Livre Docente pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde leciona. Realizou estágio de pós-doutorado na Goldsmiths University of London.

Apresentou-se na Espanha, Suíça, Alemanha, Marrocos, Kosovo, Escócia e Polônia. Em sua trajetória, destacam-se, os espetáculos: “Agora e na Hora de Nossa Hora” (2006 ); “Eldorado” (2009 ); "Recusa" (2012 ); “OE” (2015 ); “O Dragão de Fogo” (2017). Foi duas vezes indicado ao Prêmio Shell (2009 e 2012) e recebeu o Prêmio APCA (2012).

Isa Kopelman é atriz, diretora, dramaturga, tradutora e pesquisadora teatral. Graduada em Letras-Inglês pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da PUC e formada pela Escola de Arte Dramática de São Paulo, é professora do Departamento de Artes Cênicas da Unicamp.

Marcelo Onofri é pianista, cantor, compositor e arranjador. Estudou na Escola de Música de Brasília, no Conservatório Carlos Gomes, na Unicamp e na Escola Superior de Música de Viena (Áustria). Regeu o JedwederKüchenChor, fez direção musical do Serapions Theater e foi ator e compositor no Studio-BühneVillach (Áustria). É professor no Departamento de Artes Cênicas da Unicamp.

Daniele Sampaio é produtora, curadora, pesquisadora de políticas culturais e fundadora da SIM! Cultura. Doutoranda em Artes Cênicas pela USP e autora de Agentes Invisíveis e Modos de Produção nos Primeiros Anos do Workcenter of Jerzy Grotowski (2020) e Elaboração de Projetos para o Desenvolvimento de Agentes e Agendas (2021), ambos pela editora Javali.


Ficha técnica
Uma criação de Eduardo Okamoto, Isa Kopelman, Marcelo Onofri e Daniele Sampaio. Com a colaboração de Yumiko Yoshioka, Nina Pires, Binho Signorelli e Yasmim Amorim. Assessoria de Imprensa: Adriana Monteiro | Ofício das Letras. Apoio institucional: Laboratório de Dramaturgia e Escritas Performativas, Laboratório de Linguagens Materiais & Oficinas da Cena, Museu Exploratório de Ciências da Unicamp. Apoio: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Fundo de Apoio ao Ensino, à Pesquisa e à Extensão da Unicamp - Faepex e Fundação Japão. Produção: SIM! Cultura (que completa este ano uma década de vida).


Serviço:
"Um Jardim para Educar as Bestas". Duo para piano e atuação com Eduardo Okamoto e Marcelo Onofri. Dias 9, 15, 16, 22 e 23 de abril de 2023, sábado e domingo, das 17h às 18h. Duração: 55 minutos. Classificação indicativa: 12 anos. Solarium do Sesc Vila Mariana. Rua Pelotas, 141, Vila Mariana - São Paulo (em caso de chuva, a sessão será transferida para a Sala Corpo & Artes). Informações: https://www.eduardookamoto.com/jardim-garden.

.: "Mãos Trêmulas", texto premiado de Victor Nóvoa, discute envelhecimento


Yara de Novaes dirige Cleide Queiroz e Plínio Soares em peça que fala de amor na terceira idade, da marginalização e do apagamento dos nossos idosos. Espetáculo estreia em 13 de abril no Sesc Pinheiros. Foto: Noelia Nájera


Envelhecer no Brasil é um processo que pode ser doloroso, com enfrentamento de preconceitos, dificuldades financeiras e da busca pelo aplacar da solidão. Esses são alguns dos temas para os quais o dramaturgo Victor Nóvoa olha em seu novo espetáculo, "Mãos Trêmulas". Com direção de Yara de Novaes, a peça estreia em 13 de abril no Sesc Pinheiros e fica em cartaz até 6 de maio, com sessões de quinta a sábado.

Protagonizada por Cleide Queiroz e Plínio Soares, a peça foi premiada pela II edição do prêmio dramaturgias em processo do TUSP e com proponência da produtora Catarina Milani foi contemplada pela 15ª edição do Prêmio Zé Renato. Neste retrato delicado, mas político, Nóvoa quis jogar luz sobre as histórias de idosos e idosas operárias e periféricas que sofrem a espoliação de sua lembrança.

A peça apresenta uma mulher e um homem que, por conta de suas mãos trêmulas e idade avançada, são descartados pela sociedade. Na trama, ela é uma costureira que trabalhava com produções teatrais e ele um ajudante de cozinha. Os dois se encontram na vida após perderem seus trabalhos, por serem considerados velhos demais. Morando juntos, mas sem perspectivas financeiras, vão criar estratégias para evitar mais um processo de despejo.

Para criar a dramaturgia, Nóvoa, primeiro, foi instigado por histórias próximas: experiências da mãe, dos tios e das tias. Depois, passou a estudar o tema e encontrou no livro Memória e sociedade: Lembranças de velhos, de Ecléa Bosi, conceitos que o ajudariam a contar estas histórias. 

“Há um recorte social e periférico que atravessa essas experiências da minha família. Então, eu fui pesquisar socialmente sobre o tema. E a partir da relação mais íntima, comecei a questionar a estrutura: como a nossa sociedade capitalista do desempenho e da eficiência trata os nossos velhas e velhos, em especial de pessoas periféricas. Quando se pensa nos corpos e nas memórias, como mercadorias, eles se tornam descartáveis. Então essa pulsão do íntimo ao estrutural foi importante”, explica o dramaturgo.

Colocar a potência do texto em cena foi um desafio e um prazer para a diretora. “O texto é muito teatral porque consegue alterar o tempo e fazer experiências com a realidade. É uma dramaturgia que dialoga com a atuação, a cena, o Brasil, ficciona o real e gera afetos muito importantes nesse momento. A minha concepção se ancora na ideia de que estamos todos o tempo todo em grandes e imprescindíveis metamorfoses. Não há quem ou o que nesse mundo não esteja em movimento e envelhecer é uma estação desse percurso”, declara. 

Cleide Queiroz e Plínio Soares são os únicos atores em cena e Novaes celebra a escolha da dupla de protagonistas que, além da sensibilidade, também carrega uma história intimamente ligada ao teatro. “Eles são os artistas perfeitos para fazerem esse trabalho, pois são pessoas que reconhecem no teatro um lugar em que o poético se encontra com o político e pode criar pequenas e grandes revoluções”, elogia.

A peça estreia em um momento em que o etarismo está pautado na mídia e nas discussões sociais. Para Nóvoa, a coincidência do timing escancara uma realidade que sempre aconteceu longe dos holofotes. “Isso acontece há muito tempo e continua acontecendo. Então é muito importante colocar luz sobre esse fato pra gente refletir e entender como nossa sociedade descarta e faz cobranças sobre os corpos. E isso também é ligado à identidade. Acho que o texto busca tratar da potência da vida. Já que eles são descartados, vivem, na intimidade: o amor, o afeto, a sexualidade e o acolhimento”, diz o autor. 


Ficha técnica
Direção: Yara de Novaes. Assistência de Direção: Ivy Souza. Dramaturgia: Victor Nóvoa.  Colaboração Dramatúrgica: Salloma Salomão. Elenco: Cleide Queiroz e Plínio Soares.  Preparação Corporal: Ana Vitória Bella. Figurinos: Fábio Namatame. Cenário: André Cortez. Iluminação: Marisa Bentivegna. Trilha Sonora: Raul Teixeira. Direção Audiovisual: Julia Rufino. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Registro fotográfico: Noelia Nájera. Direção de Produção: Catarina Milani.  Assistência de Produção: Paula Praia. 


Serviço:
"Mãos Trêmulas" estreia dia 13 de abril no Sesc Pinheiros. Temporada: de 13 de abril a 6 de maio. Quinta a Sábado, às 20 horas. Dia 21 de abril, às 18h. Duração: 60 minutos. Classificação: 16 anos. Sesc Pinheiros - Auditório – 3º andar: rua Paes Leme, 195, Pinheiros. Ingressos: R$ 10 (credencial plena). R$ 15 (meia). R$ 30 (inteira). https://www.sescsp.org.br/programacao/maos-tremulas/

sábado, 8 de abril de 2023

.: Luccas Papp e Thaís Falcão em peça que se inspira na realidade virtual


Um aplicativo de relacionamento que conecta pessoas que possuem o mesmo sonho para que possam realizá-lo juntos. Esse é o mote do espetáculo "Sonhejunto.com", de Luccas Papp, que estreia dia 15 de abril, no Teatro MorumbiShopping. O autor e diretor está em cena, ao lado de Thaís Falcão, em um espetáculo conta a história de um romance nada convencional com um final surpreendente. Foto: Amanda Moraes

Com inspirações na realidade virtual, metaverso e aplicativos de relacionamento, Luccas Papp e Thaís Falcão protagonizam "Sonhejunto.com", que estreia no dia 15 de abril, sábados, às 19h, no Teatro MorumbiShopping. Além de estar em cena, o ator também assina a dramaturgia e direção do espetáculo. A temporada vai até 28 de maio, com sessões sempre aos sábados e domingos, às 19h.

Na trama, Emma é uma jovem adulta com sonho de se tornar artista. Sua rígida criação e uma doença rara que limitou sua mobilidade a transformaram em uma mulher solitária e que praticamente não sai do quarto. Christian, por sua vez, trabalhou muito tempo como guia turístico no litoral e era profundamente ligado ao mundo externo até se isolar, por um motivo misterioso.

Ambos têm o mesmo sonho: ver o mar. Ela pela primeira, e ele pela última. Por meio de um revolucionário aplicativo de realidade virtual, eles se encontram em um píer de uma praia paradisíaca e conversam sobre a vida, escolhas, desejos, e acima de tudo: a vontade de ir além. Um romance nada convencional com um final surpreendente e um toque de distopia.

No universo dos personagens, "Sonhejunto.com" é o aplicativo do momento e promete ser totalmente diferente de qualquer outro, principalmente dos já saturados aplicativos de relacionamento. A ferramenta assegura encontrar duas pessoas com o mesmo sonho e juntá-las para que o realizem juntos.

“O espetáculo tem referência dos anos 80/90 com a cultura pop e traz uma história futurista que se passa em torno de 2040. A ideia da trama é mostrar uma espécie de evolução dos aplicativos de namoro, que proporciona uma experiência virtual e sensorial ao mesmo tempo. É uma reflexão pertinente, pois cada vez mais as pessoas se conhecem pelo mundo digital ao invés do real. A dramaturgia se inspira no estilo de histórias de amor de autores como John Green e filmes que fazem sucesso nos streamings”, conta Papp.

As concepções dos elementos cênicos têm o desafio de transportar o espectador ao píer de uma praia paradisíaca, apoiando-se em tons pasteis e em todas as sensações que o mar remete. O cenário busca reproduzir o local tão sonhado pelo casal, trazendo a tecnologia desse universo futurista. O pano de fundo artístico do espetáculo e a simplicidade natural da praia contrastam com o universo tecnológico e os seus limites que são discutidos na dramaturgia. 

Para o autor, "Sonhejunto.com" pode ser visto por diversos ângulos: a história de amor entre dois jovens parece ser corriqueira, mas a peça vai além de um simples retrato sobre a vida. "A principal mensagem do texto é o recomeço. Os protagonistas buscam ali, acima de tudo, um apoio em um desconhecido para suprir seus desejos desenfreados por viverem e se tornarem relevantes no mundo. Anseios esses que são presentes na cabeça da maioria dos jovens adultos contemporâneos”, avalia.


Luccas Papp
Formado em Filosofia pela FFLCH/USP, tem mais de 20 textos registrados como autor teatral, como os premiados “O Estranho Atrás da Porta”, “A Trágica Antologia Familiar” e "O Ovo de Ouro”. Luccas Papp foi professor e diretor de teatro da escola Fundação Bradesco por oito anos até abrir sua própria oficina de atores em 2019. Atuou e dirigiu mais de 25 espetáculos.

Na televisão, atuou em “Nove Milímetros”, na Fox, e foi antagonista em "Brilhante FC", na Nickelodeon. Filmou “Eldorado”, média-metragem de Paula Goldman, e “Lula, o Filho do Brasil”, de Fábio Barreto. Esteve no ar no elenco de “A Mira do Crime”, no FX e na Record, e fez uma participação especial em “Felizes Para Sempre”, exibido pela Rede Globo e dirigido por Fernando Meirelles. Em 2018, estreou a novela “As Aventuras de Poliana” no SBT, interpretando o atrapalhado vilão Mosquito.


Thaís Falcão
Tem 25 anos. Atriz, modelo e influenciadora digital com sólida criação no Instagram, TikTok e Kwai. Fenômeno das redes sociais, especialmente em desafios de interpretação e defesa de pautas como empoderamento feminino e autoconhecimento. Fez diversos cursos na área da interpretação e estreou no teatro profissional com o espetáculo "Santa Paciência”.


Ficha técnica
Peça teatral "Sonhejunto.com". Texto e direção: Luccas Papp. Elenco: Luccas Papp e Thaís Falcão. Voz em off: Fernanda Faustino. Assistência de direção: Letícia Monezi. Cenografia: Kleber Montanheiro. Desenho de luz: Cesar Pivetti. Figurinos e Visagismo:Vitória Micheloni. Trilha Sonora Original: Pedro Lemos. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Produção Executiva: Giulia Martins e Guilherme Bernardino. Design Gráfico: Raphael Ruas. Fotos: Amanda Moraes. Produção: LPB Produções.


Serviço
Peça teatral "Sonhejunto.com". Teatro MorumbiShopping. Endereço: Av. Roque Petroni Júnior, 1089, Jardim das Acácias - São Paulo. Temporada: de 15 de abril a 28 de maio. Sábados e domingos, às 19h. Capacidade: 250 pessoas. Classificação: 10 anos.

sexta-feira, 7 de abril de 2023

.: Espetáculo infantil "Meu Reino por Um Cavalo" no Sesc Santos


Livremente inspirado em "Ricardo III", de William Shakespeare, a peça conta a história de um nobre ambicioso que não mede esforços para se tornar rei. Fotos: João Caldas

A Cia. Vagalum Tum Tum apresenta o espetáculo "Meu Reino por Um Cavalo" neste domingo, dia 9 de abril, às 17h30. Livremente inspirado em "Ricardo III", de William Shakespeare, a peça conta a história de um nobre ambicioso que não mede esforços para se tornar rei.

Sempre acompanhado do seu cavalo guitarrista, ele vai eliminando todos que encontra no seu caminho rumo à coroa. Para isto, ele usa uma forma bastante peculiar: as pessoas são enquadradas e eternizadas em molduras na parede. Nesta sede pelo poder, Ricardo despreza seu cavalo, melhor amigo e companheiro, que o abandona para que Ricardo possa proferir a famosa frase: "Um cavalo, meu reino por um cavalo".

Serviço
Espetáculo. "Meu Reino por Um Cavalo". Dia 9 de abril, domingo, 17h30. Teatro. Livre - Autoclassificação. Ingressos: R$ 8 (credencial plena). R$ 12,50 (meia). R$ 25 (inteira). Grátis para crianças até 12 anos, com retirada de ingressos.  


Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida
(13) 3278-9800  

Bilheteria Sesc Santos - Funcionamento 
Terça a sexta, das 9h às 21h30 | Sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h30.

Orientação para acesso à unidade: recomenda-se uso de máscara em lugares fechados.

quarta-feira, 5 de abril de 2023

.: De Pedro Bandeira para Viradalata: "O Mistério de Feiurinha - O Musical"

Baseado na obra de Pedro Bandeira, "O Mistério de Feiurinha - O Musical" faz temporada no Teatro Viradalata


Adaptação para os palcos do livro infanto-juvenil "O Fantástico Mistério de Feiurinha", escrito em 1986 por Pedro Bandeira, o espetáculo "O Mistério de Feiurinha - O Musical" estreia dia 08 de abril, sábado, às 16h no Teatro Viradalata. A peça é produzida por Allan Oliveira, da Dagnus Produções, artista que foi reconhecido em 2022 pela Forbes Under 30, que homenageia jovens talentos brasileiros.

"O Mistério de Feiurinha - O Musical" investe em uma narrativa musical educativa, visando incentivar a leitura e o conhecimento de títulos literários importantes para o desenvolvimento e cultura infanto-juvenil. 

"A minha ideia com a Dagnus Produções é gerar conteúdo não só cultural, como educativo, saímos de Musicais que dialogavam sobre bullying e cyberbullying para trabalhar obras literárias em parceria com o escritor Pedro Bandeira, além de incentivar cultura e leitura nós damos continuidade ao trabalho, levando para escolas e promovendo vida longa do projeto", afirma Allan Oliveira. 

Sinopse: A princesa Feiurinha sumiu misteriosamente! Como sua história não é muito conhecida pelas crianças, ela corre o risco de ser esquecida para sempre. Mas, para que isso não aconteça, todas as princesas encantadas se juntam para salvar a princesinha. 

A peça presta uma homenagem aos contos de fadas e aos escritores que contaram e recontaram tais histórias, trazendo também ao público uma bela mensagem sobre a importância da palavra escrita e sobre o costume da contação de histórias dos mais velhos para os mais novos.

Sobre Allan Oliver

Roteirista, produtor, diretor e ator paulistano, Allan encantou-se pelo mundo dos musicais aos 15 anos, mesmo período em que abriu sua produtora, a Dagnus Produções, e aos poucos passou a desenvolver uma escrita direcionada ao público que queria atingir: os adolescentes até então pouco acolhidos pelas produções teatrais no Brasil. Com 19 anos, já estava roteirizando, produzindo e dirigindo musicais em grandes teatros da cidade, o que lhe rendeu indicações à versão brasileira do Broadway World Awards, em 2019 (com Só Se For a Dois), e aos prêmios Jovem Brasileiro e Arcanjo de Cultura, em 2021 (por Bullying, o musical, sucesso de público e crítica entre 2019 e 2021). Atualmente, trabalha na produção e na direção do musical baseado em O  Mistério de Feiurinha, de Pedro Bandeira


Ficha Técnica 

Baseado na obra de Pedro Bandeira

Adaptação: Victor Barbosa

Roteiro final e direção geral: Allan Oliver

Canções: Daniel Mota

Direção musical: Andre Cortada

Direção coreográfica: adenis vieira

Dance captain: Manuela lutke

Elenco: Caio Lacaio - Eduardo Montoro, Cinderella - Lizandra Oliveira, Branca de Neve - Anaiza, Cátia - Manu Macedo, Jornalista Fátima- Mariana Valentina, Bruxa 3 - Gabrielle Monello, Feiurinha - Giovanna Mascarenhas, Jerusa - Laura Almeida, Caio Lacaio (Cover)/Anão Soneca - Carlinhos Domingos, Elfa Iris - Lis Calvente, Rapunzel - Ana beatriz Palma, Serviçal Janete -Biah Domingos, Rapunzel - Carol Garcia, Rainha Mãe/Ensemble - Gabriela Malta, Anão Feliz - Augusto Neto, Anão Dunga - Allan Cunha, Jornalista Fátima - Lais, Cinderela(cover)/fofoqueira do reino - Nayara Fernanda, Fada Lili- Maria Lima, Serviçal Aparecida - Júlia Alvarenga, Sônia fofoqueira - AnaBia, Bela adormecida - Giovana Romano, Bruxa 2 - Julia Bassoli, Fada Flora - Sofia Betini, Bela - Maria Eduarda Duca, Anão Dengoso - Vítor Rodriguez, Feiurinha  - Stella Barreto, Chapeuzinho - Ana Flávia Simões, Bela Adormecida - Bia Ivanics, Bule - Anne Caroline, Elfa Dóris- Bianca Maximo, Escritor / Anão Zangado - Heitor Florencio, Bela (da Bela e a Fera) - Letícia Catozi, Escritor alternante (participação especial) - Allan Oliver, Jerusa - Livia Tini, Bruxa 3 - Alambradas, Governanta Geralda - Monique Assis, Fofoqueira do castelo (fofoqueira Sônia) - Bibs Aguiar, Bruxa 1 - Larissa Milian, Elfa Frida - Veronica Trizzine, Branca de Neve - Paula Luvizutti, Bruxa 2 - Moara Morais, Fada Charlotte / Ser da Floresta - Luisa Salas, Xícara fofoqueira - Harumi, Fada Roseta - Sofia Ayumi, Elfa Margot - Luma, Fada Dafne - Bella Casadei, Fada Doris - Bella Casadei, Anão Mestre - Daniel Casadei

Serviço

O Mistério de Feiurinha - O Musical

Temporada: De 08 a 29 de abril de 2023, sábados, às 16 horas 

Local: Teatro Viradalata (Rua Apinajés, 1387 - Sumaré, São Paulo - SP, 01258-001)

Classificação: Livre

Duração: 60 minutos

Ingressos: R$50 a R$130. Venda pela Sympla


terça-feira, 4 de abril de 2023

.: Eco Teatral estreia releitura de "Macbeth" no Teatro de Contêiner


Com direção de Thiago Franco Balieiro, espetáculo propõe uma reflexão sobre as manobras retóricas do poder. Foto: Soraia Costa.

Depois de ter se debruçado em “Hamlet” no espetáculo "O Apocalipse de Um Diretor" (2019), o grupo Eco Teatral mergulha em outra tragédia de William Shakespeare (1564-1616). A trupe estreia uma montagem contemporânea de "Macbeth" no próximo dia 15, no Teatro de Contêiner, em São Paulo. A peça fica em cartaz até o dia 8 de maio, com apresentações aos sábados e às segundas, às 20h, e aos domingos, às 18h.

O trabalho tem direção de Thiago Franco Balieiro, que ainda está no elenco ao lado de Arthur Alfaia, Camila Ferrazzano, Chrystian Roque, Eduarda Kortmann, Emmanuelle Barcelos, José Bello, Giovanna Barros, José Bello, Marcelo Villas Boas e Marco Canonici. A história se passa no século XI e tem início com a volta dos generais Macbeth e Banquo à Escócia, depois de terem vencido uma grande batalha. No caminho, eles encontram três bruxas que fazem a seguinte profecia: enquanto Macbeth se tornará rei, Banquo será pai dos próximos monarcas, mas nunca será soberano. 

Sedentos pelo poder, Macbeth e sua perversa esposa Lady Macbeth começam a tramar uma insana, ardilosa e sanguinolenta ascensão ao trono. A tragédia de Shakespeare cria uma discussão sobre até onde a ambição e a culpa podem deteriorar o caráter humano. Já a montagem do grupo Eco Teatral relaciona essas questões ao atual contexto da política brasileira, uma vez que tivemos recentemente como presidente da República um militar da reserva incapaz de separar a violência do exercício da política saudável e capaz de qualquer coisa para se manter no poder. 

“A montagem é uma releitura contemporânea sobre o golpe de estado e as dinâmicas de poder que estruturam a tragédia macbethiana. Queremos pensar esse texto à luz (e sombra) de um Brasil em 2023 sem desconstruir sua dramaturgia e, portanto, preservando a história a ser contada”, explica o diretor Thiago Franco Balieiro. E, para acentuar esta discussão, alguns papeis que são tradicionalmente interpretados por homens brancos agora são assumidos por corpos femininos e negros, ampliando a reflexão sobre questões identitárias, de gênero e raça. 

Assim, o grupo indaga: quando um corpo de mulher ocupa uma posição que no imaginário está circunscrita como não pertencente a ela, quais estruturas sobre as aguardadas performances de gênero se abalam? Qual o feminino de soldado? E quando este mesmo corpo é uma mãe morta por uma guerra interna e não-declarada? 

“Atravessados pelos levantes identitários, atentos às políticas de gênero e as manobras retóricas do poder, o espetáculo não pretende formular nenhuma resposta. Mas nos importou, em sala de ensaio, bordear as perguntas que o real do corpo de cada ator e atriz gerava em cena em relação, também, aos lugares dramáticos que eles ocupam. A racialização do projeto também foi um aspecto que se desvelou para o grupo conforme o tempo em sala de ensaio. Flagrar e posicionar a branquitude e suas tecnologias tornou-se, com o processo, um dos pontos centrais da pesquisa”, revela o diretor.

Uma importante referência para discutir os mecanismos para a conquista e manutenção do poder são as provocações sobre a contemporaneidade propostas pelo filósofo sul-coreano Byung-chul Han, com as quais o grupo teve contato desde o processo criativo de Apocalipse de um Diretor (2019).


Sinopse
Em nova montagem o grupo Eco Teatral traz aos palcos sua versão de "Macbeth" de William Shakespeare. A peça conta a ascensão e queda de um capitão que depois de ouvir vaticínios de que se tornaria rei, comete uma série de assassinatos rumo ao trono. O espetáculo investiga os mecanismos que o poder utiliza para sua conquista e perpetuação na contemporaneidade.

Ficha técnica
"Macbeth".
Direção e adaptação: Thiago Franco Balieiro. Assistente de direção: Augusto Baraldi. Elenco: Arthur Alfaia, Camila Ferrazzano, Chrystian Roque, Eduarda Kortmann, Emmanuelle Barcelos, Giovanna Barros, José Lucas Bello, Marco Canonici, Marcelo Villas Boas e Thiago Franco Balieiro. Trilha e execução: Chico Ribas. Cenário e figurino: Thiago Franco Balieiro. Iluminação: Caetano Vilela. Assessoria de imprensa: Pombo Correio. Produção e realização: Eco Teatral.

Serviço
"Macbeth", do Eco Teatral.
Temporada: de 15 de abril a 8 de maio. Aos sábados e às segundas, às 20h, e aos domingos, às 18h. Teatro de Contêiner - Rua dos Gusmões, 43, Santa Ifigênia - São Paulo. Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada). Classificação: 16 anos. Duração: 100 minutos. Acessibilidade: sim.

.: Fabrini em "Comédia Paranormal" garante: "Trago seu humor de volta!"


Com direção de Jarbas Homem de Mello, espetáculo estreia no dia 8 de abril, sábado, às 18h, no Teatro Itália Bandeirantes. Foto: Celina Germer


Amadeus Tavendo tem poderes psíquicos e promete levar você as gargalhadas com suas histórias e mediunidade. Filho de uma cigana e um índio, criado por um tamanduá bandeira e um lobo guará, este paranormal nada normal promete trazer seu humor de volta com o espetáculo "Comédia Paranormal - Trago Seu Humor de Volta", que estreia dia 8 de abril, às 18h, no Teatro Itália Bandeirantes, com texto e atuação de Pedro Fabrini.  

A primeira incorporação, em uma tendinha em Francisco Morato, a primeira encarnação, como uma inocente planta, e a vez que veio ao mundo como uma acompanhante francesa que fazia a alegria dos homens são algumas das situações vividas por Amadeus Tavendo. Com as histórias o público ri e reflete sobre a vida e suas atitudes. Dirigida por Jarbas Homem de Mello, com produção detalhada da Gramofone Cultural, "Comédia Paranormal" chega de outro mundo com um humor leve e inteligente.


Sobre o diretor
Jarbas Homem de Mello
é um dos mais consagrados atores de musicais no Brasil, diretor de grandes nomes como Claudia Raia, Adriana Lessa entre outros e espetáculos como "Conserto para Dois", "MPB- Musical Popular Brasileiro" e "Forever Young".

Sobre o ator e roteirista
Pedro Fabrini além de dar vida ao personagem assina o texto, autor de comédias de sucesso em cartaz há mais de 15 anos em São Paulo, seus textos juntos já foram vistos por mais de meio milhão de pessoas, entre as mais conhecidas destacam-se "Cada Um Tem o Anjo que Merece", "I Love Neide", "A Rainha do Rádio", "1 É Pouco, 2 É Bom, Três É Demais" entre outras.

Ficha técnica:
"Comédia Paranormal - Trago Seu Humor de Volta". Texto: Pedro Fabrini. Direção: Jarbas Homem de Melo. Elenco: Pedro Fabrini. Designer gráfico:Bruno Salvi. Cenografia: Marcio Garcia. Light designer: Guiliano. Trilha sonora: Elias Kacá. Figurinos: Marcio Garcia. Operador de luz e som: Nelson Belt. Produção executiva: Pedro Fabrini e Celina Germer. Direção de produção: Marcio Garcia. Produtores associados: Marcio Garcia e Pedro Fabrini. Fotos: Celina Germer. Realização: MG Produções e Gramofone Cultural. 


Serviço
"Comédia Paranormal - Trago Seu Humor de Volta"
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Texto: Pedro Fabrini. Direção: Jarbas Homem de Mello. Gênero: comédia. Duração: 70 minutos. Classificação etária: 12 anos. Temporada: de 8 a 29 de abril, sábados, às 18h. Única apresentação quinta-feira, dia 13, às 21h. Ingressos de R$ 40 a R$ 80. Ingressos on-line: https://bileto.sympla.com.br/event/81517. Horário da bilheteria: terça a domingo, das 16 às 21h, ou até o início do espetáculo. Teatro Itália Bandeirantes - 277 lugares. Av. Ipiranga 344 - República - São Paulo. Telefone: 3131-4262.

quarta-feira, 29 de março de 2023

.: Stand up com bonecos coloca Warley Santana no espetáculo mais desafiador


Warley Santana, o ventríloquo e animador de bonecos que abriu o show do Coldplay no estádio do Morumbi no último dia 17 se prepara para o maior desafio da carreira. Sucesso do stand up, ele apresenta o show "Warley Santana e Seus Bonecos em Las Vegas", entre os dias 4 a 18 de abril, no Teatro Bravos. Autor do livro "Os Segredos da Ventriloquia", ele se dedica à pesquisa da ventriloquia, a animação de bonecos, desde 2010. Um dos maiores nomes da área, Santana já se apresentou em todo o Brasil e em países como Estados Unidos e Japão e até já fez a abertura da banda Alice in Chains, em Cincinatti, EUA.

Agora, Warley Santana volta aos palcos de São Paulo com um show de nível internacional, já que nele o artista se prepara para enfrentar o maior desafio de sua carreira: criar um show para apresentar em uma famosa cidade americana. O resultado é o espetáculo "Warley Santana e seus Bonecos em Las Vegas" onde o ator apresenta, com muito humor, a ventriloquia, os fantoches, a dança e o sax, num verdadeiro show de nível internacional. A estreia acontece no Teatro Bravos, na terça-feira, dia 4 de abril, às 20h30.  


Sobre o livro
A obra "Os Segredos da Ventriloquia", do ator e ventríloquo Warley Santana, reúne todas as informações, desde história dessa arte, situação pelo qual o artista passou, técnicas e dicas para todos que queiram ser apresentados à ventriloquia ou se aprofundar no tema. Com linguagem divertida e didática, o autor colocou nessas páginas anos de estudo e suas próprias experiências, para proporcionar ao leitor momentos de lazer, além de ferramentas que podem ser colocadas em prática em grupo ou individualmente. "Compre o livro "Os Segredos da Ventriloquia" neste link.


Serviço
"Warley Santana e Seus Bonecos em Las Vegas"
Temporada: de 4 a 18 de abril, terças às 20h30. Classificação: 12 anos. Duração: 75 minutos
Gênero: Comédia. Ingressos: de R$ 30 a R$ 100. Local: Teatro Bravos - Complexo Aché Cultural, entre as Avenidas Faria Lima e Pedroso de Morais. Endereço: Rua Coropé, 88 - Pinheiros. Abertura da casa: 1h antes de cada horário de espetáculo. Café no 3º andar. Capacidade da casa: 611 lugares. Acessibilidade para deficiente físico e obesos. Estacionamento: MultiPark - R$ 39 (até 3 horas). Vendas Sympla:  https://bileto.sympla.com.br/event/81022 


Horário da bilheteria
De terça à domingo das 13h às 19h ou até o início do último espetáculo. Formas de pagamentos aceitas na bilheteria: Aceitam todos os cartões de crédito, débito e dinheiro. Não aceitam cheques.

terça-feira, 28 de março de 2023

.: Teatro: "O Dilema do Médico" prorroga temporada no Auditório do MASP


Sucesso de público e crítica, espetáculo prorroga temporada no Auditório do MASP. Foto: Ronaldo Gutierrez


Com um texto recheado de inteligência, humor, elegância, paradoxos e provocações do irlandês Bernard Shaw (1856 – 1950), a tragicomédia "O Dilema do Médico", com direção de Clara Carvalho e realização do Círculo de Atores, prorroga temporada até 30 de abril no Auditório do MASP. Sessões sempre de sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 19h. A peça é uma tragicomédia que propõe um contraponto entre ciência e arte e entre talento e moralidade. O elenco reúne ainda nomes de várias gerações do teatro: Sergio Mastropasqua, Iuri Saraiva, Nábia Villela, Camila Czerkes, Rogério Brito, Riba Carlovich, Oswaldo Mendes, Renato Caldas, Guilherme Gorski, Athena Beal, Rogério Pércore, Thiago Ledier, Paulo Vinicius e Luti Angelelli.

A trama se passa em uma Londres do início do século 20, onde o doutor Sir Colenso Ridgeon (Sergio Mastropasqua) pensa ter descoberto a cura da tuberculose. Ele só pode acolher em sua clínica mais um paciente e é obrigado a escolher entre o jovem artista plástico, talentoso e amoral, Louis Dubedat (Iuri Saraiva), e o moralmente íntegro e modesto médico, Dr. Blenkinsop (Luti Angelleli). No meio dessa discussão, o protagonista se apaixona por Jennifer (Camila Czerkes), esposa do artista, que insiste para que seu marido seja curado. Cabe ao médico uma decisão de vida ou morte.

“O texto tem várias camadas. A peça, numa primeira camada, é uma sátira médica, apresentada aqui em uma conjuntura em que a ciência é tão debatida nos meios de comunicação, sobretudo desde o começo da pandemia, mas ele traz também uma discussão sobre escolhas e uma reflexão sobre a potência da arte. Antes de ser dramaturgo, Shaw foi crítico de arte e de música e a arte era sua verdadeira paixão. A peça mostra que a ciência acaba sempre perdendo o jogo para a morte, mas a grande arte sobrevive. A vida humana física acaba, mas a música e as obras de grandes pintores têm um encanto que permanece”, conta Clara Carvalho.

A personagem Jennifer explicita o lado feminino, uma das características mais marcantes do autor. “As heroínas de Shaw são muito modernas empoderadas. Em 'Cândida', temos uma dona de casa que tinha uma profunda percepção do que era o casamento burguês; a Senhora Warren é uma proprietária de uma rede de prostíbulos que adora sua profissão e que enriqueceu; A Milionária e  Santa Joana também são mulheres independentes que estabelecem destemidamente seus valores. Bernard Shaw acreditava que a mulher era portadora da Força Vital, e que as grandes transformações no mundo aconteciam através delas. Jennifer, a protagonista de 'O Dilema do Médico', não é apenas uma bela mulher, ela é a personificação da arte e é ela que vai desmontar a presunção masculina e a onipotência científica. As mulheres de Shaw sempre são capazes de ver mais longe e de dar a volta por cima. Elas são contemporâneas e admiráveis”, ressalta a diretora.

Mastropasqua reforçou as razões que o atraíram no texto. “Entre elas estão a superioridade de entendimento e a força das personagens femininas, que 'colocam os homens no bolso', já que Shaw achava que os homens não passam de crianças crescidas. A outra questão é a brilhante desconstrução da profissão médica, demonstrando a busca e os limites de qualquer atividade humana. Como Shaw escreve: 'toda profissão é uma conspiração contra os leigos'".

A escolha do texto foi da pesquisadora Rosalie Rahal Haddad, uma das maiores estudiosas da obra de Shaw no Brasil, com livros publicados aqui e no exterior. Após a realização de "A Profissão da Senhora Warren", juntamente com Sergio Mastropasqua, Clara Carvalho e a Companhia Círculo de Atores, a equipe tinha vontade de realizar uma nova montagem para um texto de Shaw. Rosalie é também a responsável pela produção geral de "O Dilema do Médico".

Os artistas têm uma relação com as obras de Shaw em suas carreiras. Clara Carvalho atuou em "Major Barbara", em 2001, em uma produção do Grupo Tapa. Sergio Mastropasqua esteve em cena em "Cândida", "A Milionária", "O Homem do Destino"; no ano de 2022, produziu e adaptou "4004 A.C. – A Origem". Ambos atuaram juntos em "A Profissão da Senhora Warren" que tinha a direção de Marco Antônio Pâmio.

“Shaw é um autor absolutamente popular. A experiência nos mostra que ele dialoga com pessoas de todas as classes sociais e diferentes formações. Ele não subestima, nem tenta direcionar o espectador. Deixa espaços a serem preenchidos pelo público. A inteligência e a cadência de seus diálogos nos dão a sensação de já sabíamos de tudo aquilo que presenciamos, só faltava estarmos ali, na plateia, para entender que aquilo desde sempre nos pertenceu. A junção de inteligência, estrutura cômica, pensamento social e uma genuína crença de que a humanidade é passível de aprimoramento, são alguns dos bons desafios que nos fazem admirar tanto esse autor”, enfatiza Mastropasqua.

Para conversar com o enredo da história e com o local da temporada da peça, além de ser responsável pela cenografia, Chris Aizner é responsável pelas obras de arte em cena. O cenário não-realista é composto por painéis móveis, inspirados na estrutura criada por Lina Bo Bardi para a disposição dos quadros no MASP. O figurino da Marichilene Artseviscks é uma mescla da época em que se passa a trama com um lado também contemporâneo. A montagem ainda conta com trilha sonora original de Gregory Slivar e luz de Wagner Antônio.

"O Dilema do Médico", texto escrito e encenado pela primeira vez em 1906, é a 14º peça de Shaw, resultado de uma provocação feita por seu amigo, o dramaturgo e crítico teatral escocês William Archer. “Segundo Archer, Shaw seria um dramaturgo limitado enquanto não enfrentasse a morte em suas peças e as circunscrevesse apenas ao entrechoque de ideias e discussões morais. De fato, Shaw tinha horror ao melodrama do século XIX e buscava em seus textos radiografar como as contradições econômicas e os conflitos sociais permeavam o entrechoque de seus personagens. Shaw então aceita o desafio do amigo e escreve esta tragicomédia, seu único texto em que uma morte acontece em cena”, conta Clara.


Ficha técnica
"O Dilema do Médico". Direção: Clara Carvalho. Elenco: Sergio Mastropasqua (Colenso Ridgeon), Iuri Saraiva (Louis Dubedat), Camila Czerkes (Jennifer Dubedat), Oswaldo Mendes (Sir Patrick Cullen), Rogério Brito, Thiago Ledier e Riba Carlovich (Cutler Walpole), Renato Caldas (Sir Ralf Bloomfield Bonington), Luti Angelelli (Blenkinsop), Guilherme Gorski (Schutzmacher), Nábia Villela (Emmy), Athena Beal (Minnie), Rogério Pércore (Redpenny, Morte e Secretário) e Thiago Ledier (Jornalista). Trilha Original: Gregory Slivar. Cenário: Chris Aizner. Figurino: Marichilene Artisevskis. Iluminação: Wagner Antônio. Assistente De Direção: Thiago Ledier. Produção de Objetos: Jorge Luiz Alves. Cenotécnico: Alício Silva / Casa Malagueta. Operador De Som: Valdilho Oliveira. Operador De Luz: Lucas JP Santos. Direção de Palco: Henrique Pina e Ângelo Máximo. Camareira: Elisa Galdino. Modelagem/Costura: Judite Geronimo de Lima. Alfaiate: Ismail de Souza Mendes. Envelhecimento: Foquinha Chris. Visagismo para Fotos: Louise Helène. Arte dos Objetos: Eliza Portas Ribeiro. Maquiagem e Cabelo: Marcos Padilha. Assessoria De Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Fotos: Ronaldo Gutierrez. Designer: Denise Bacellar. Produção Geral: Rosalie Rahal Haddad. Produção: SM Arte Cultura. Direção De Produção: Selene Marinho. Produção Executiva: André Roman / Teatro de Jardim. Coordenação De Produção: Sergio Mastropasqua. Realização: Rosalie Rahal Haddad, Círculo de Atores e SM Arte Cultura.


Serviço
"O Dilema do Médico". Auditório do MASP. Endereço: Av. Paulista 1578. Temporada: até 30 de abril. Sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 19h. Não haverá apresentação no dia 16 de abril, domingo.
Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia). Capacidade: 344 lugares. Classificação etária: 14 anos Duração: 120 minutos. Link para vendas https://masp.byinti.com/#/event/o-dilema-do-medico.

.: Stephen Hawking: peça "Meu Pequeno Universo" faz últimas apresentações

Montagem é inspirada na vida e obra do físico teórico e cosmólogo britânico, Stephen Hawking


 O espetáculo infantil "Meu Pequeno Universo" encerra a sua curta temporada no Teatro Alvo – Escola de Empreendedorismo Artístico no próximo dia 30 de março com duas sessões gratuitas. Vista por mais de 10 mil pessoas, a montagem faz parte da programação da 1ª Mostra Cultural da Família, um evento que reúne cerca de 50 artistas em quatro meses de programação gratuita na zona norte da cidade.

A história se passa em um laboratório especial, onde tudo é possível. Nesse lugar incrível, a mente de um grande arquiteto e seu filho se juntam para criar o projeto de um novo universo. O plano original era perfeito, mas algo misterioso acontece quando um personagem resolve tirar as coisas do lugar destruindo o que era bom.

"Meu Pequeno Universo" é uma jornada lúdica inspirada na vida e obra do físico teórico e cosmólogo britânico, Stephen Hawking, e abre caminhos para novos desafios, aguçando o senso crítico da criança e mostrando o valor de preservar o lugar que habitamos, onde pequenos atos podem gerar grandes resultados.

O projeto tem apoio da ACRIART, (Associação Cristã de Artistas), instituição sem fins lucrativos fundada para auxiliar seus associados na elaboração de projetos artísticos e culturais, assim como apoiá-los na produção e difusão dos seus trabalhos.

Sobre a Cia. Alvo: Com dez anos em atividade, o conceito de responsabilidade social sempre esteve presente nas ações da Cia. Alvo, acreditando que a arte é uma forma de mediação social e cultural. Hoje, este viés social está implantado na companhia nas mais diversas formas, desde o desenvolvimento de projetos que visam a transformação e o desenvolvimento por meio da arte, cultura e educação, até ao estabelecer parcerias com empresas que já tem projetos de forte impacto social na região onde estão estabelecidas.


Ficha Técnica:

Direção geral: Fabiano Moreira

Dramaturgia: Franciely Comunello

Trilha original: Paola Fachinelli

Iluminação: Bruno Garcia

Cenografia: Thiago Martins

Figurinos: Lucinha Oliveira

Maquiagem: Débora Santana

Produção Artística: Paul Marcel

Elenco:  Daniel Langer, Denis Snoldo, Karina Bonetti, Percy Porchat, Caroline Franco, Roberta Gomes,  Thaís Casemiro


Serviço:

Meu Pequeno Universo - Últimas apresentações

Local: Teatro Alvo – Escola de Empreendedorismo Artístico. Rua. João Alfredo Abrahão, 292 – Freguesia do Ó – São Paulo

Data: 30/03/2023: Sessões - 09h30 e 14h30.

Capacidade do Teatro: 50 lugares

Ingressos: Gratuito / Reserva de ingressos pelo Sympla

Duração: 50 minutos

Classificação: Livre

segunda-feira, 27 de março de 2023

.: Com fones de ouvido, Pedro Granato fala sobre "Vingança Voyer" em peça


Montagem de Pedro Granato se inspira em caso real e mergulha o espectador que acompanha tudo com fones de ouvido. Foto: Gabriela Rocha


O Núcleo de Criação do Pequeno Ato levanta discussão sobre assédio e violência sexual com uma trama de mulheres que executam um plano de vingança em novo espetáculo com direção de Pedro Granato. Inspirada nas experiências vividas pelas mulheres do núcleo e casos de violência real contra mulheres," "Vingança Voyeur" coloca o público infiltrado com fones de ouvido junto dos personagens em uma jornada itinerante. 

A peça estreia em 1º de abril, sábado, às 17h, no Bar Salve Jorge (em frente à Bolsa de Valores no centro de São Paulo) percorre a avenida São João e termina no Centro Cultural Olido, na vitrine da dança. As apresentações seguem durante todos os sábados e domingos do mês de abril e são gratuitas. Com dramaturgia de Julia Terron e Victor Moretti, a história começa em um bar, onde o público acompanha um grupo de mulheres que estão atrás do dono do estabelecimento que abusou sexualmente de uma delas. 

O que aconteceu é revelado aos poucos, enquanto as garotas e o público estão conectados por meio de um rádio, escutando conversas intimas através de fones de ouvido. Um a um, elas procuram seduzir os envolvidos no abuso e tirá-los de lá, com o público como cúmplice. O espetáculo une a pesquisa das peças anteriores do Pequeno Ato, como "Caso Cabaré Privê" e "Fortes Batidas", ambas vencedoras do Prêmio APCA, para usar os recursos de gamificação e imersão a fim de investigar novas formas de se relacionar com temas como machismo, sexualidade e a busca feminina por respostas à impunidade.

A decisão de começar a peça em um lugar público, como um bar, foi uma forma de aproximar o público da realidade das personagens e tornar a experiência ainda mais imersiva. A utilização de espaços não convencionais da cidade como cenário propõe uma experiência que fura bolhas de proteção do espectador e o coloca em posição de observação. Assim ele não só acompanha a peça como pode observar outras histórias que estão acontecendo naquele mesmo instante, potencializando o alerta da peça. “O espetáculo te torna voyeur de cenas de abuso, para tensionar como podemos a todo momento estar nessa posição passiva e nos convocando à ação”, relata o diretor.

Granato explica que o interesse pela espionagem surgiu durante o processo de pesquisa e concepção da peça, em 2022, e partiu de situações cotidianas. “Um tema muito próximo às atrizes eram cenas de violência sexual e assédio, todas tinham vivido situações difíceis. Construímos esse universo de compartilhar histórias em segredo e buscar essa ideia da gravação. Como é que você consegue gravar uma situação em que você está oprimida e sozinha, como corridas de Uber e festas de faculdade?”, conta.

A indignação com um momento político de falta de apoio institucional para vítimas de violência também foi um motor da construção da narrativa. “As meninas sentiram gatilho ao acompanhar casos como o do 'estupro culposo' e situações em que as mulheres não só eram vítimas de violência, mas também eram novamente vítimas de uma violência institucional. O voyeurismo surgiu muito dessa sensação de impotência e solidão de quem está vivendo uma violência”, explica o diretor.

A dramaturga Julia Terron foi vítima de um estupro e ganhou apoio do parceiro de dramaturgia Victor Moretti para se abrir com o grupo e transformar o relato em arte. Para ela, escrever foi um processo de cura. “Eu passei o processo inteiro sendo muito cuidadosa porque a minha história é a história de uma menina que foi abusada, mas existem muitas e eu queria que esse texto representasse ao máximo todas elas. E hoje estou muito feliz com o resultado do texto porque eu sinto que ele me representa e representa também a vivência geral em relação ao abuso e em relação a viver como mulher nesse mundo”, diz.

A história foi montada também a partir de referências culturais do grupo e do público jovem, diz Granato: o filme “Bela Vingança”, que venceu o Oscar de melhor roteiro original em 2020, e músicas de Miley Cyrus, Shakira, Rosalía e Gloria Groove estão entre elas. “A gente foi trazendo essa estética urbana feminina empoderada e ao mesmo tempo a ação da vingança, a mulher não mais como vítima da violência, mas como quem está nas rédeas inclusive do jogo violento, invertendo um padrão”, conta o diretor.

Para Terron, é um convite para o expurgo das dores e dos traumas que carregamos, ainda que por meio da arte. “É colocar no texto as piores coisas que a gente sente sobre reagir. Reagir ao estupro é uma coisa muito difícil porque nada vai fazer com que uma mulher estuprada se sinta de fato vingada. É sobre conseguir expurgar essa dor, o texto é sobre um momento catártico de explosão em relação à incapacidade de ação sobre estupro. A peça é como se fosse um sonho”, finaliza.


Ficha técnica:
"Vingança Voyeur". Direção e concepcão: Pedro Granato. Dramaturgia: Julia Terron e Victor Moretti. Assistência de Direção: Carolina Romano. Atores: Ana Herman, Antonio Sedeh, Camila Johann, Julia Terron, Riggo Oliveira, Milena Pessoa, Michelle Braz, Lucival Almeida, Gabriela Maia, Tallis Oliveira e Rommaní Carvalho Lima. Fotos: Gabriela Rocha. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli. Design gráfico: Carolina Romano. Técnico de Som: Felipe Aidar. Técnico de Luz: Ariel Rodrigues. Cenotécnicos: Diego Dac e Roberto Tomasim. Produção Executiva: Carolina Henriques e Julia Terron. Direção de Produção: Jessica Rodrigues. Produção e Realização: Pequeno Ato e Contorno Produções.


Serviço:
Espetáculo "Vingança Voyeur". Estreia dia 1º de abril, sábado, às 17h. Ponto de início: Bar Salve Jorge - Praça Antônio Prado, 33 - Centro. Término: Galeria Olido - Sala Vitrine | Avenida São João, 473. Temporada: De 1º a 30 de abril - Sábados e domingos, às 17h. Ingressos: grátis - retirados com uma hora de antecedência na Galeria Olido. Duração: 90 minutos. Classificação etária: 16 anos.


Recomendações técnicas para público:
- Possuir pacote de 4g.
- Levar fone de ouvido.
- Levar celular com bateria carregada.
- Ter o aplicativo Zoom instalado.



sexta-feira, 24 de março de 2023

.: "Mulheres que Nascem com os Filhos" tem novas apresentações


Espetáculo dirigido por Rita Elmôr e protagonizado por Samara Felippo e Carolinie Figueiredo investiga a transformação vivida pelas mulheres na maternidade. Foto: divulgação.


Idealizada e protagonizada por Samara Felippo e Carolinie Figueiredo, e dirigido por Rita Elmôr, "Mulheres que Nascem com os Filhos" surgiu do desejo das atrizes de investigarem seus processos de transformação após os filhos. A peça, que estreou em 2022 e foi super bem-recebida pela crítica e pelo público, tem novas apresentações no Teatro MorumbiShopping, de 31 de março a 2 de abril, na sexta e no sábado, às 20h, e no domingo, às 19h.

Cômica e dramática como a própria vida de mãe, a peça acompanha a trajetória do renascimento da mulher após a maternidade. Indicada para mulheres, mães, homens e todos que são filhos, a montagem aborda de forma sensível, bem-humorada e sarcástica – como a própria vida das mães – o cotidiano e os dilemas do universo da maternidade, além da trajetória de renascimento da mulher com a chegada desse momento. 

O trabalho busca desconstruir e convidar as mulheres a pensarem na maternidade fora dos rótulos a partir de temas como gravidez, puerpério, criação, aceitação do corpo pós-filhos e o encontro de sua nova identidade como mulher.

“Eu renasci com a maternidade. Saí de uma zona de conforto e encontrei minha força e sentido na vida. Fui atrás da desconstrução para me reconstruir junto com minhas filhas. Nessa peça, quero trazer a transformação que é, em qualquer vida, a chegada de uma criança. Quero poder ecoar a voz dessas mães, mulheres, e até pais, que buscam diariamente fazer o seu melhor na criação dos filhos. Desde que minha filha, menina negra, questionou a beleza do seu cabelo, minha vida tomou outro rumo. Fui ao encontro de um mundo racista, cruel e covarde em busca de soluções e acolhimento.”, conta a atriz r Samara Felippo, mãe de duas meninas negras e criadora do canal no YouTube “Muito Além de cachos”.

No processo criativo, que durou o tempo de uma gestação, as três artistas levaram para a sala de ensaio suas vivências e memórias, fazendo emergir questões femininas que, muitas vezes, são silenciadas por padrões impostos pela sociedade. A criação do trabalho também simbolizou para elas um processo de cura, pois puderam revisitar suas relações com a maternidade e a ancestralidade. E, para trazer outras vozes para a cena, a peça ainda conta com outros depoimentos de mulheres que tiveram suas vidas transformadas quando se tornaram mães. São muitas as mães com quem a peça dialoga: jovens, maduras, solteiras, casadas, dependentes e independentes, presentes e ausentes.

Sobre as mudanças na vida ao se tornar mãe, a atriz e terapeuta Carolinie Figueiredo compartilha: “A maternidade mudou completamente minha vida, inclusive no campo profissional. Eu precisei passar por um profundo processo de redefinição de valores após a chegada dos filhos. É preciso sair do automatismo de repetir com os filhos aquilo que recebemos na infância como forma de educar. O mundo mudou, as crianças mudaram e a nossa geração precisa refletir sobre uma parentalidade mais consciente.”

O espetáculo fez sua pré-estreia no final de 2019, em São José dos Campos (SP), e devido a lotação, retornou semanas depois.  Em 2020 e 2021, participou de lives e exibições online, além de participar da FITA - Festa Internacional de Teatro de Angra dos Reis, sendo o maior público presencial e online do festival.

A estreia oficial foi em janeiro de 2022, no Rio de Janeiro, numa curta temporada de 1 mês no Teatro XP, no Jockey Club da Gávea, com lotação de 366 lugares. Após, desembarcou em São Paulo para uma temporada de 2 meses no Teatro Nair Bello, no Shopping Frei Caneca, na Consolação, espaço com lotação de 201 lugares.


Ficha técnica
Texto:
Carolinie Figueiredo, Rita Elmôr e Samara Felippo
Elenco: Carolinie Figueiredo e Samara Felippo
Direção, cenografia e trilha sonora: Rita Elmôr
Produção executiva: Rafael Salmona
Figurino: Mel Akerman e Mônica Xavier
Iluminação: Paulo Cesar Medeiros
Projeto gráfico:
Raquel Alvarenga


Serviço
Mulheres que Nascem com os Filhos
Apresentações:
31 de março a 2 de abril, na sexta e no sábado, às 20h, e no domingo, às 19h
Teatro MorumbiShopping - Av. Roque Petroni Jr., 1089 Piso Superior G1, 0 - Jardim das Acácias,
Ingressos: Inteira R$ 80,00 e meia entrada R$ 40,00
Vendas online pelo site https://teatromorumbishopping.com.br/mulheres-que-nascem-com-os-filhos/
Capacidade:
250 lugares
Classificação: 12 anos
Duração: 60 minutos
Acessibilidade: O teatro é acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. 

.: Trupe circense Universo Casuo faz novas apresentações


Espetáculo narra saga de um palhaço para devolver as cores ao mundo em um universo paralelo


Visto por mais de 3 milhões de pessoas no Brasil, Argentina, Paraguai, Chile, Colômbia, Panamá, Costa Rica e México, o "Grand Spectacle du Cirque", da companhia circense Universo Casuo, ganha duas novas apresentações no Teatro J. Safra, nos dias 25 e 26 de março de 2023 (no sábado, às 17h e no domingo, às 16h).

Apresentado pelo Ministério do Turismo e pela Nutrigesso, o espetáculo tem como plataforma música, performance, humor e poesia e a trilha sonora - criada por Charlie Dennard e Igor Pimenta - é executada pela banda The White Clowns.

A companhia Universo Casuo é liderada por Marcos Casuo, o único brasileiro a protagonizar uma obra do Cirque Du Soleil, onde atuou por oito anos, se apresentando com o espetáculo "Alegria" para mais de 12 milhões de pessoas. "Grand Spectacle du Cirque" busca dentro de cada espectador “a sua essência de criança, os sentimentos mais doces, a pureza das emoções que habitam nossos sonhos e nos fazem passear por um mundo onde as nuvens são feitas de algodão doce e o Sol sorri, um convite para viajarmos ao sabor do vento com cheiro de tutti-frutti”, conta Marcos.

26 profissionais entre cenógrafos, artistas, músicos, produtores e bailarinos fazem parte do espetáculo. O Grand Spectacle du Cirque resgata a excelência da arte circense através de uma inovadora combinação de performances de tirar o fôlego e uma tecnologia de ponta.


Sinopse
O espetáculo conta a história de um universo paralelo, o “Universo Casuo”. Um lugar mágico onde tudo é possível. Nele, o personagem denominado Jean Francua, o Clown, percebe que a Terra, o Planeta Azul, o qual antigamente esbanjava cores, hoje está desbotada e quase sem cor. O Clown resolve atravessar o portal, entrar no nosso mundo e trazer de volta todos os sonhos, fantasias e tornando novamente colorido.


Sobre Universo Casuo
Após obter reconhecimento internacional por sua fantástica e criativa atuação de quase uma década no espetáculo “Alegria”, do Cirque du Soleil, e ter sido aplaudido em 24 países por 12 milhões de pessoas, inclusive, reis, rainhas, celebridades da música internacional e astros de Hollywood, Marcos Casuo, o único protagonista brasileiro na Cia Canadense, trouxe, em 2008, toda essa

bagagem adquirida para sua própria “Fábrica de fazer Sonhos”. O Universo Casuo surpreende pela combinação emocionante de performances, música, humor e poesia. Com figurinos exuberantes, a Cia. encanta com maquiagem artística, body painting e com o que há de mais moderno em termos de luz, som e efeitos especiais. Uma obra totalmente brasileira que emociona e traz de volta o brilho e a vitalidade dos anos dourados do circo.


Sobre Marcos Casuo
Artista consagrado em mais de 24 países, Marcos Casuo apresenta toda sua experiência internacional junto com sua trupe. Tornou-se conhecido ao redor do mundo pela sua fantástica atuação no espetáculo ‘Alegria’, da famosa trupe Canadense Cirque du Soleil. Único brasileiro protagonista, Casuo atuou na trupe durante oito anos, sendo aplaudido em 24 países por aproximadamente 12 milhões de pessoas, inclusive, reis, rainhas, celebridades da música internacional e astros de Hollywood.


Ficha técnica
"Grand Spectacle du Cirque". Artistas: Marcos Casuo (Clown), Rodrigo Forti Moraes (Bike Shark / Eban), Gabriel Gomes (Anuchavan Act – Mandala), Carol Rigoletto (Evron - Malabares), Thaina Alves Feroldi (Vênus - Handstand Emotion), Larissa Guimarães (Luna Act – Lira/ Auroras Act - Trapezio), Natalia Presser Alves da Silva (Lunia Act – Lira/ Auroras Act - Trapezio), Thais Ventorini de Morais (Auroras Act – Trapezio/ Earth – Tecido), João Marcílio (Tayrone – Duo Handstand Emotion) e  Roberta Grillo (Zeldia – Duo Handstand Emotion). The White Clowns - Banda. Stella Rocha (The Heart Singing - vocal). Igor Pimenta (Baxis - Band Leader). Eduardo Guarinon (Bateres). André Bordinhon Barbosa Dias Pereira (Guits). Rafael Castro (Teclis). Compositor e montagem Musical: Charlie Dennard e Igor Pimenta. Make-up designer: Marcos Casuo e Pâmela Sgarbi. Make hair designer: Aroldo Velanny. Designer de figurino: Chico Spinoza, Lesley Roveri, Sonia Roveri e Paola Roveri. Operador de PA e monitor: Silvio Romualdo. Light designer e iluminador e Rodolfo Domânico. Roadie: Luis Carlos da Silva Araújo. Head Rigger: Sérgio de Souza (Boca). Técnicos de montagem: Flávio Santiago Ramos e Wellington da Silva. Produção executiva: Escritório - UC. Coordenação de produção: Thais Blanco e Anderson Lana. Assistência de produção: Rodolfo Menezes. Assessoria de imprensa: Pombo Correio. Direção geral: Rodrigo Cauchioli. Direção artística e criação: Marcos Casuo. Patrocínio: Nutrigesso. Apresentado por Ministério do Turismo e Nutrigesso


Serviço
"Grand Spectacle Du Cirque", de Universo Casuo. Quando: 25 e 26 de março, no sábado, às 17h e no domingo, às 16h. Teatro J. Safra - Rua Josef Kryss, 318, Parque Industrial Tomas Edson. Ingressos: Plateia Premium: R$ 80. Plateia Vip: R$ 80. Mezanino: R$ 50. Mezanino com visão parcial - R$ 40 (duas fileiras têm visão parcialmente prejudicadas). Duração: 90 minutos. Classificação: livre. Acessibilidade: sala possui acessibilidade para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. 

quinta-feira, 23 de março de 2023

.: Bendita Trupe estreia versão inédita de "Volpone, A Raposa e as Aves de Rapina"


Na imagem, os atores 
Ester Laccava Sérgio Pardal interpretam os personagens Canina e Corbaccio. Obra de Ben Jonson foi encenada por Johana Albuquerque  e pela companhia em 2020 em formato presencial com distanciamento social e, agora, ressurge num novo formato para o palco italiano. Foto: Marcelo Villas Boas


Comédia criada para comemorar os 20 anos da Cia Bendita Trupe, "Protocolo Volpone - Um Clássico em Tempos Pandêmicos", dirigida por Johana Albuquerque, estreou em 2020 e foi indicada ao Prêmio APCA, na categoria de melhor espetáculo. Agora, essa que foi a primeira peça a estrear em formato presencial, com grande elenco e público restrito e isolado em cabines plásticas higienizadas - ganha uma versão inédita para palco italiano. "Volpone, A Raposa e as Aves de Rapina", comédia de Ben Jonson, segue em cartaz no Teatro Arthur de Azevedo, onde segue em cartaz até 2 de abril, com apresentações de quinta a sábado, às 21h, e aos domingos, às 19h. Ao todo são 16 apresentações, que foram possíveis graças ao ProAC ICMS Direto.

O espetáculo, que fez um barulho estrondoso na mídia, mas só foi visto presencialmente por 400 pessoas, agora retoma para seu projeto original, com a proposta de homenagear o Teatro Brasileiro de Comédia, que realizou uma montagem deste texto em 1953, sob a direção de Ziembinski. A versão inédita da peça também é uma resposta aos acontecimentos de 2023.

"Volpone" é uma comédia clássica, com uma embocadura de linguagem aparentemente de época, mas também divertida, cáustica e popular. Com tantas adversidades no entorno nos dias que correm, nada melhor do que uma ácida comédia, que discorre sobre seres humanos piores ou iguais a raposas e a aves de rapina, nos fazendo gargalhar e refletir sobre o nosso próprio infortúnio.

Visando ainda fomentar a discussão sobre as relações entre artes cênicas, cultura e o anúncio de novos tempos, como também, compartilhar impressões e relatos com os espectadores sobre o histórico e processo de montagem, acontecerão quatro debates com os criadores do espetáculo e o elenco da Bendita Trupe. Os debates acontecerão seguidos de roda de perguntas do público, sempre aos domingos, após o espetáculo.


A equipe
Essa montagem é a mais famosa comédia de Ben Jonson, na versão de Stefan Zweig, e tem adaptação de Marcos Daud. A idealização do projeto e direção é de Johana Albuquerque e o elenco é composto pelos atores Cris Lozano, Daniel Alvim, Ester Laccava, Fernanda D’umbra, Joca Andreazza,  Luciano Gatti, Mauricio de Barros, Pedro Birenbaum, Vanderlei Bernardino, Sergio Pardal e Vera Bonilha. Na visualidade do espetáculo figuram o cenógrafo Julio Dojcsar, a figurinista Silvana Marcondes, o diretor musical Pedro Birenbaum, o iluminador Wagner Pinto e o visagista Leopoldo Pacheco. O projeto conta também com a assistência de direção de Cacá Toledo e produção de Gustavo Sanna.


Sobre o espetáculo
Trata-se de uma adaptação de "Volpone", a comédia da ganância, de Ben Jonson, contemporâneo de Shakespeare, um dos textos mais encenados no Reino Unido. O texto ganha uma versão enxugada pelo austríaco Stefan Zweig, nos anos 1920. Volpone é um homem sem filhos, especialista na arrecadação de riquezas e, para mais acumular, finge estar agonizante e diverte-se com o desfile de bajuladores que, na expectativa de serem contemplados em seu testamento, o enchem de favores e se prestam a todas as humilhações. Para tal, Volpone conta com a colaboração fiel e estratégica de seu criado Mosca, que atua na armação de vários quiprocós para satisfazer a luxúria e sadismo de seu patrão. 

Ascensão social, conquistas amorosas e a influência nos altos círculos, que só o dinheiro pode oferecer, são temas eternos, todos presentes nesta peça escrita há mais de quatro séculos. A nobreza característica dos textos de época se contrapõe às expressões cômicas e bem humoradas presentes nesta tradução, além da teatralidade farsesca marcante na linguagem da peça. 

A adaptação de Marcos Daud atualiza a versão de Zweig, destacando temas contemporâneos como ganância, corrupção, assédio, protagonismo feminino, fake News, judiciário lacrador e trapaças golpistas. A ânsia caricatural por poder e dinheiro acima de qualquer princípio ético ou moral é sempre um tema caro e atraente ao grande público. 

O texto foi encenado pelo Teatro Brasileiro de Comédia nos anos 1950, e Décio de Almeida Prado, crítico que ajudou a formar o público do TBC, assim descreve o texto: “Voltore, Corvino, Corbaccio... Ben  Jonson não teria reunido assim esse bando de aves de rapina, em torno de Volpone, a astuta raposa velha, se não pretendesse escrever a mais estranha e inesperada das comédias: ‘a comédia da morte’ ”. 

A letra da música “Oh, Veneza, Terra dos Sonhos”, escrita especialmente por Bertolt Brecht para uma montagem deste texto pela diretora Elizabeth Hauptmann, em 1952, serviu de inspiração para a abertura deste espetáculo. 

Ficha técnica
"Volpone, A Raposa e as Aves de Rapina". Texto: Ben Jonson, na versão de Stefan Zweig. Adaptação: Marcos Daud. Idealização e direção: Johana Albuquerque. Assistência de direção: Cacá Toledo. Atores: Daniel Alvim (Volpone), Ester Laccava (Canina),  Joca Andreazza (Corvino), Luciano Gatti (Leone), Fernanda D’umbra (Juiz), Maurício de Barros (Mosca), Pedro Birenbaum (Inspetor e Músico em cena), Vanderlei Bernardino (Voltore), Sérgio Pardal (Corbaccio), Vera Bonilha/Cris Lozano (Colomba). Cenografia e Adereços: Julio Dojcsar. Figurino: Silvana Marcondes. Direção Musical, Músicas Originais, Produção de som e Teclados: Pedro Birenbaum. Iluminação: Wagner Pinto. Visagismo: Leopoldo Pacheco. Orientação corporal: Renata Melo. Operação de Som/Microfonista: Igor Souza. Operação de Luz: Iaiá Zanatta. Design gráfico: Werner Schulz. Mídias sociais: Carolina Coelho. Assessoria de Imprensa: Pombo Correio. Fotos Divulgação: Marcelo Villas Boas. Assistência de Produção (sala de ensaio): Marcelo Leão e Lucas Vannat. Produção Executiva: César Ramos. Administração: Complementar Produções Artísticas. Direção de Produção: Gustavo Sanna. Coordenação Geral: Johana Albuquerque. Realização: Bendita Trupe


Serviço
"
Volpone, A Raposa e as Aves de Rapina". Temporada: até dia 2 de abril, de quintas a sábados, às 21h, e aos domingos, às 19h*. Teatro Arthur Azevedo: Avenida Paes de Barros, 955 - Alto da Mooca. Ingressos: grátis, distribuídos uma hora antes do espetáculo. *Debates: 12, 19, 26 de março e 2 de abril, após a apresentação. Duração: 100 minutos. Classificação: 12 anos. Capacidade: 349 lugares. Acessibilidade: Teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.

.: "Pindorama Modernista" une folclore brasileiro ao universo de Mário de Andrade


Baseado no texto original de Leonardo Cássio e direção de Débora Dubois, espetáculo está em cartaz no Teatro Eva Herz e ainda tem apresentações no município de Sumaré, em São Paulo, no mês de abril; Foto: João Caldas Fº


Um encontro entre personagens do folclore brasileiro, Macunaíma e o universo de Mário de Andrade é o que propõe o espetáculo infantojuvenil "Pindorama Modernista", com texto de Leonardo Cássio e direção de Débora Dubois. A peça segue em cartaz no Teatro Eva Herz até dia 2 de abril.

Depois disso, o trabalho segue para uma temporada de circulação pelo município de Sumaré, em São Paulo, entre os dias 10 e 19 de abril, com apresentações gratuitas em instituições de apoio a crianças em situação de vulnerabilidade.

Em um processo colaborativo entre autor, elenco e direção, o espetáculo ainda tem músicas e direção musical de Gustavo Kurlat e André Bedurê. O elenco conta com a participação de Érika Altimeyer, Flávia Strongolli, Luiz Vizotto, Márcia de Oliveira e Rosana Serra. 

Na trama, Curupira, CaiporaSaci-Pererê estão desanimados por não conseguirem forças para lutar contra o desmatamento e a poluição do meio ambiente. Quando Saci menciona que está lendo “Macunaíma”, o personagem indígena de Mário de Andrade aparece ali diante do grupo com uma ideia um tanto ousada: viajar no tempo para pedir ajuda para seu criador. 

A ideia do espetáculo é aproximar a criançada dessas duas referências formadoras da cultura brasileira, o folclore e o modernismo, além de conscientizar os pequenos sobre a importância de preservarmos a natureza. O espetáculo conta com patrocínio de Femsa Coca-Cola e Fortlev e realização da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.

Sinopse
Curupira
Caipora e Saci-Pererê estão perdendo as esperanças em conseguir frear o desmatamento e a poluição do meio ambiente. Saci-Pererê menciona que está lendo a obra “Macunaíma”. É quando Macunaíma, essa figura icônica, se personifica e aparece para os três tendo uma ideia ousada: viajar no tempo e pedir ajuda a ninguém menos do que Mário de Andrade. Será que a arte pode ajudar a salvar o meio ambiente?

Ficha técnica
"Pindorama Modernista". Baseado no texto original de: Leonardo Cássio. Direção Geral: Débora Dubois. Elenco: Érika Altimeyer, Flávia Strongolli, Lui Vizotto, Márcia de Oliveira, Rosana Serra. Músicas e direção musical: Gustavo Kurlat e André Bedurê. Iluminação: Débora Dubois. Cenografia e Figurinos: Márcio Vinicius. Camareira ensaios: Alaíde Alves. Fotografia: João Caldas Fº. Assessoria de Imprensa: Pombo Correio. Produção Executiva: Fabrício Síndice e Vanessa Campanari. Produtores Associados: Edinho Rodrigues, Leonardo Cássio, Thais Polimeni. Realização: Brancalyone Produções Artísticas, Carbono 60. Patrocinadores: Supermercados Covabra e Solven.


Serviço
"Pindorama Modernista", de Leonardo Cássio. Temporada: 11 de março a 2 de abril, aos sábados e domingos, às 15h. Teatro Eva Herz - Livraria Cultura do Conjunto Nacional: Avenida Paulista, 2073, Cerqueira César. Ingressos: gratuitos. Bilheteria aberta somente nos dias de espetáculo, duas horas antes da atração. Classificação: A partir de 06 anos. Duração: 45 minutos. Capacidade: 168 lugares. Acessibilidade: sala acessível para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. Entre dias 10 e 19 de abril de 2023 o espetáculo fará circulação pela cidade de Sumaré, em São Paulo, para apresentações gratuitas em instituições de apoio à criança em situação de vulnerabilidade.


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