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segunda-feira, 24 de abril de 2023

.: Entrevista: Ricardo Camargo, o Alface que não era planta no "BBB 23"


Corajoso e sem papas na língua, Ricardo Alface é o tipo de jogador que será lembrado como uma "lenda" nas próximas edições do reality show. Foto: Globo/João Cotta


Um jogador solo. Um jogador que se impôs dentro de um grupo. Um jogador empático. Um jogador explosivo. Um jogador bom de provas. Essas e outras alcunhas cabem a Ricardo Camargo, eliminado do "BBB 23", mas nenhuma delas dá conta de definir por completo seu game. O biomédico mirou no prêmio final e decidiu avançar sem medo de adversários – todos poderiam sê-lo, como ele declarou, até mesmo os mais próximos. Não à toa, mudou de quarto quando não se sentiu mais relevante entre os aliados. Mas não aderiu a nenhum outro grupo; dentre os dois lados, preferiu o seu próprio. 

Se deu certo? Ele acredita que sim: “Sempre pensei em não jogar muito em grupo, e em ter meu posicionamento individual por mais que estivesse jogando em grupo. Eu queria mostrar que eu tinha o meu jogo solo, minhas jogadas, minhas combinações de voto do outro lado sem ninguém saber, por debaixo do pano. Acho que isso me fez um jogador importante para o jogo. Foi necessário ter um gato sorrateiro como eu (risos). Talvez por coisas pequenas eu não tenha conseguido ser o campeão dessa edição. Mas também não tem como ser perfeito, ser tudo que o público queria. O público fala: ‘Se você tivesse feito isso...’ Aí da vontade de falar: poxa, mas eu fiz 90% das coisas que vocês queriam, os outros 10 eu não fiz e vocês me deixaram sair? (risos), brinca Ricardo.

Na entrevista a seguir, ele ainda avalia o jogo das Desérticas, que compõem o Top 4 da edição, conta as razões dos embates com Fred e Cezar, arrisca dizer a jogada que pode ter tirado seu pódio no "BBB" e palpita sobre quem deve levar o prêmio da temporada.

Como você avalia sua passagem pelo "Big Brother Brasil 23"?
Ricardo Camargo -
Eu avalio como uma crescente bonita. Acho que eu tive tempo de mostrar o meu coração, coisa que eu fiquei com medo de não conseguir. Quando eu consegui me manter naquele paredão pós-Cristian, que foi um paredão em que possivelmente eu poderia ter saído, acho que foi uma virada de chave. Eu tive um tempo maior para mostrar o verdadeiro eu, Ricardo. Era o coração de um bondoso com o coração de um jogador. E misturava com um pouquinho na mente, passavam mil coisas na minha cabeça, mas consegui lidar bem com minhas emoções, com meus afetos e também separar afeto de jogo. Nesse finalzinho, acho que fiz uma trajetória limpa, bonita, da qual eu me alegro. Sei que vão ter uns pepinos aí pela frente, mas tudo finalizou com chave de ouro no discurso que o Tadeu fez para mim. Querer ser campeão a gente quer, mas sair com honra não tem dinheiro no mundo que pague. Deixei um legado. 


Você afirmou várias vezes que estava no "BBB" para jogar e questionou alguns participantes que, na sua visão, não movimentavam muito o jogo. Qual era sua estratégia para levar o prêmio?
Ricardo Camargo - Eu estava muito observador. Nunca gostei de pessoas que “sabonetavam”. No jogo da discórdia, eu via que as pessoas tomavam muito cuidado, meticulosamente, com as palavras que iam falar. Era muito cuidado, muito carinho e pronto, acabou o um minuto de fala. E eu falava: “Gente, é um jogo da discórdia!”. Não era um jogo para elogiar as pessoas. Eu fazia questão de expor quem fazia isso. Pensava: “Se expor essa pessoa, eu vou estar falando que ela é planta, o Brasil vai estar ouvindo e, possivelmente, o Brasil não gosta de planta. Então, se bater no paredão, vai sair”.


Acredita que conseguiu executar essa estratégia?
Ricardo Camargo - Acho que eu consegui com alguns. Só que tem aquela coisa: tem gente que, por mais que seja planta, o Brasil gosta. A pessoa é planta, mas é carismática; é planta, mas tem um coração incrível. Então acaba passando despercebido. Mas eu também sempre pensei em não jogar muito em grupo, e em ter meu posicionamento individual por mais que estivesse jogando em grupo. Eu queria mostrar que eu tinha o meu jogo solo, minhas jogadas, minhas combinações de voto do outro lado sem ninguém saber, por debaixo do pano. Acho que isso me fez um jogador importante para o jogo. Foi necessário ter um gato sorrateiro como eu (risos). Talvez por coisas pequenas eu não tenha conseguido ser o campeão dessa edição. Mas também não tem como ser perfeito, ser tudo que o público queria. O público fala: “Se você tivesse feito isso...”. Aí da vontade de falar: poxa, mas eu fiz 90% das coisas que vocês queriam, os outros 10 eu não fiz e vocês me deixaram sair? (risos).


Jogar sozinho, como você disse que fazia, foi uma boa escolha?
Ricardo Camargo - 
Foi muito boa escolha! Eu sempre bati na tecla de não ficar em um lugar onde eu não sou valorizado e as pessoas não me enxergam. Ainda mais quando duvidam do meu caráter. Isso não. Então bati no peito, falei que ia sair do quarto e, quando cheguei no outro quarto, avisei: “Vim dormir, não vou jogar em grupo e meu voto é fulano e fulano”. Pronto, ali eu deixo claro que estou jogando sozinho. Só que depois a gente vai criando um afeto, começa a jogar em grupo. Mas eu ficava um pouquinho no Fundo do Mar, um pouquinho no Deserto, dava um voto no (Cezar) Black solitário (risos)... Acho que o jogar sozinho foi muito bom para me deixar mais tempo no jogo.

Para você, o que te tirou da final do "BBB 23"?
Ricardo Camargo - 
Acredito que é aquela coisa dos 10%. Se naquele paredão em que eu indiquei o Fredão (Fred Nicácio) eu tivesse tentado colocar as três desérticas, e eu poderia ter feito isso, acho que eu teria dado o xeque-mate para ser campeão do programa. Porque algo me dizia que, no fundo, no fundo, iam sobrar só as quatro e elas poderiam me tirar. Eu falei isso uma vez no programa, eu não era bobo. Sabia que, no final, por mais que eu tivesse com elas, as quatro poderiam se juntar e me tirar. E eu estava certo.


Você venceu várias provas no "BBB": ganhou duas lideranças e três anjos, além da primeira prova de imunidade. Acha que a boa performance nas dinâmicas te ajudou a ir tão longe na competição ou outro fator foi determinante?
Ricardo Camargo - 
Em metade do programa, todas as provas que eu ganhei de liderança, anjo e imunidade não foram o ponto chave. O ponto chave foi, no final do programa, eu ter conseguido ficar quatro ou cinco paredões imune por causa dos poderes. Os poderes foram mais importantes no final. No início me deram visibilidade, mostraram o guerreiro que eu sou, mas, mesmo assim, eu sei que ainda não era o ponto chave naquele momento; o meu comportamento que seria responsável pela minha permanência no jogo. Mas, no finalzinho, aí sim, a autoimunidade, a liderança, o anjo que ganhei da Sarah Aline, depois liderança de novo.. Tudo isso me manteve no programa, com certeza.


Antes de ir para o paredão que te eliminou, você havia tido apenas um voto durante toda a experiência. A que você atribui este fato? 
Ricardo Camargo - 
Olha, liso para caramba, muito liso (risos)! Eu tinha minhas confusões, minhas brigas, mas é engraçado porque elas não eram contra o grupo oponente, eram sempre contra uma pessoa. E, por mais que fosse com aquela pessoa, o restante do grupo dela gostava de mim, tinha afeto por mim, ou então o alvo era outro! Acho que foi uma mistura de sorte e de eu também saber ter jogo de cintura, fazer outras pessoas gostarem de mim. O Fred falava isso: “Você fica no meio da guerra pedindo bala e a bala não vem em você, não sei o motivo”. Aí depois ele fala que eu tinha um trato com o Gustavo, com a Sarah. Mas, querendo ou não, foi uma mistura de sorte e de timing também. Porque se a briga fosse na hora errada, ia lascar para mim.


Você e Fred começaram muito próximos no game, mas depois tiveram fortes embates na casa, que culminaram na sua saída do quarto Deserto. O que acha que deu errado na relação de vocês dois?
Ricardo Camargo - 
Sinceridade? O relacionamento dele com a Lari. Eu lembro que em um dos primeiros jogos da discórdia, na questão do pódio, eu já vi que ele estava muito próximo da Larissa e aquilo estava distanciando ele de mim. Eu falei: “Pronto, estou perdendo um soldado”. Quando ele fecha um relacionamento com ela, eu confirmei isso. Ele foi se distanciando mais de mim, se aproximando mais da Bruna (Griphao), do Sapato (Antonio “Cara de Sapato” Jr.) e foi me deixando de lado. Isso aconteceu naturalmente. Quando ele se afastou totalmente de mim e começou a desconfiar de mim, aí foi o estopim. Ele falou que eu estava passando informação para a Sarah, coisa que não fiz. Queria muito fazer, mas sabia que se fizesse eu seria um X-9 no programa, e eu não queria ser rotulado assim, como um leva e traz. O momento em que ele se afastou de mim naturalmente, pelo relacionamento, por estar se aproximando de outras pessoas, e depois desconfiou de mim foi o que quebrou total a nossa amizade. E também o jogo dele muito “saboneteiro” (risos).


Alguns participantes criticaram o seu jeito explosivo no confinamento. Antes de entrar, imaginava que essa característica poderia impactar o seu desempenho no "BBB"? 
Ricardo Camargo - 
Minha mãe sempre avisou que esse meu jeito explosivo e reativo de ser poderia me complicar um dia. E eu nem sabia ainda de "BBB". Quando eu entrei no "BBB", era uma fase em que eu estava muito “good vibes”, então não imaginei que isso fosse acontecer. Mas lá dentro do jogo foi tanta pressão, e eu também não tinha voz no quarto, as pessoas debochavam quando eu falava de Big Fone - e no dia que tocou, eu estava lá acampado -, ninguém estava nem aí para mim... Aquilo foi me irritando, me irritando, até o ponto que eu pensei: “Para ser ouvido eu vou ter que gritar? Não é possível”. E eu comecei a acumular coisas, a me desgastar, a falar mais alto. Certamente foi o meu ponto fraco.


Teria feito algo de diferente no convívio?
Ricardo Camargo - 
Eu tenho certeza de que, se eu tivesse uma calmaria, eu teria sido certeiro, preciso. Teria sido um atirador de sniper, não um Rambo que tem que dar 100 tiros para acertar um (risos). Então, acredito que meu lado reativo me atrapalhou, sim. Porém, eu sei que teve momentos em que eu reconheci isso, e o reconhecer engrandece. O seu maior defeito pode ser o seu aliado também, e eu acho que quando eu reconhecia e melhorava, ficava semanas sem brigar, me ajudava muito. Era o autocontrole, que também me ajudou nessa jornada.


Por que optou por mudar de quarto?
Ricardo Camargo - 
Mudei porque desconfiaram de mim, me chamaram de traidor. E, quando eu estava saindo, falaram que eu era uma pessoa ruim, má, que despertava o lado ruim das pessoas. Ninguém tem coragem de bater no peito para falar que tem um lado ruim, mas a culpa é minha por despertar o erro da pessoa? Tem um erro aí nesse negócio. E vi que ali não era lugar para mim. Eu já tinha falado isso para o (Cezar) Black, uma vez: “Se você não é aceito lá e está dormindo lá, você está morto por dentro”. E quando a mesma coisa que acontecia com ele aconteceu comigo no quarto Deserto, pronto. Eu fiz o que eu falei que ele tinha que fazer: peguei minhas coisas e saí. E saí feliz.


Logo no início da temporada, você e a Sarah estabeleceram uma relação de amizade que, do meio para o final, virou um envolvimento amoroso. Qual foi a importância dela para você no "BBB"?
Ricardo Camargo - 
A Sarah foi meu amparo. Ela cuidou de mim. Quando ninguém via meu lado bom do coração, meu lado bom como jogador, ela via. Quando eu estava triste, ela vinha e me jogava para cima. Tinha horas em que eu queria entregar os pontos, e ela falava: “Não vai, não. Calma que vai dar certo”. E ela conseguia conversar comigo com calma, nunca precisou aumentar a voz para falar, então eu conseguia ouvir, entender. Ela foi aquela amiga que todo o ser humano precisa ter. E eu ainda tinha uma admiração incrível por ela. Então eu tinha um amparo, uma conselheira, uma pessoa de quem eu queria ser parecido na forma de falar. Eu estava aprendendo com ela, e a gente não aprende com as pessoas falando com a gente, mas, sim, observando. Eu observei muitos movimentos dela lá, que adquiri alguns para mim durante o jogo, e isso foi essencial durante a minha jornada. E ela foi meu amorzinho lá dentro, né? (risos)

Você também teve um envolvimento com a Paula no início, que, quando saiu, chegou a falar que vocês têm um encontro marcado. Como foi receber a informação de que ela estaria te aguardando aqui fora por meio do Fred Nicácio?
Ricardo Camargo - 
Foi um “boom”. É loucura porque a gente não ficou. Eu acredito que era mais afeto meu do que dela por mim. Eu realmente me apaixonei, foi incrível, uma loucura, só que não foi correspondido. Ela saiu do programa e eu segui minha vida normalmente. Conheci outra pessoa muito especial para mim, muito amiga, muito parceira, muito match. Estou seguindo minha vida maravilhosa e, de repente, vem o Fred e fala: “Se lembra daquela pessoa lá? Disse que é apaixonada por você e está te esperando”. Oi? Me esperando? Deu um choque. Mas eu pensei no que eu estava vivendo - e eu não vivi o lá atrás com ela, só senti, mas não foi recíproco. E esse eu estava vivendo, gostando. Não iria largar o que eu tinha para me aventurar em um momento, sabe? 


Você e o Cezar se desentenderam em jogos da discórdia, você o colocou na xepa com o monstro, mesmo ele sendo líder, depois trocaram votos, e acabaram dormindo no mesmo quarto. Ele era seu principal adversário no game? De que forma ele atrapalhava seu jogo?
Ricardo Camargo - 
Ele me atrapalhava! Olha... Eu gostava dele como pessoa, me divertia muito com ele, mas o jogo dele me dava um ranço. Ele precisava parar de ser cagão, precisava bater de frente com as pessoas mesmo. Mas quando ele batia de frente, ele perdia totalmente a mão, ia em pessoas que eu achava que não tinha que ir. E aquilo me dava um ranço, mas ele não era meu principal rival. Quando eu mudei de quarto, meus principais rivais eram o Fred, a Larissa e a Bruna. E tinha horas que parecia que ele pedia para eu votar nele! Se eu não votasse, eu seria contraditório comigo mesmo. Acho que ele pediu muito para ser o meu rival, só que na verdade eu não queria que ele fosse. Tanto que levei ele para o almoço do anjo. Queria trazer ele para mim. Eu gostava dele porque ele tinha uma visão de jogo muito boa também, só que o povo não dava moral para o que ele falava no quarto Fundo do Mar, ninguém gostava. E eu tinha empatia porque vivi isso no Deserto. Queria trazer ele para mim, falava do meu jogo para ele, ele ia lá e me explanava. Então, ele me atrapalhou muito, muito. E foi um Tom e Jerry ali, um Papaléguas e Coiote (risos). Mas eu gosto muito dele. Foi a minha carne de pescoço, como eu dizia (risos).

O que você leva dessa experiência? 
Ricardo Camargo - Levo o meu desenrolar. Não sabia que eu era tão desenrolado como eu fui, não sabia que seria tão liso. Também não acreditava que poderia ser um comunicador, que conseguiria interagir com uma câmera, como experimentei nas festas. Vi que minha mente é forte. Nunca pensei que minha mente fosse forte e ela foi nos momentos em que eu mais precisei. Os ensinamentos da minha família sempre foram postos em prática, mas parece que no "BBB" vez foi a prova dos nove; eu acho que tudo que meus pais me ensinaram eu consegui mostrar. Consegui entender que existem sentimentos que precisam ser separados: o que é afeto, o que é jogo e o que pode ser na vida; o que tem que ser responsabilidade e o que pode ser diversão... E também aprendi que ganhar não é vencer. 


Como enxerga a configuração do Top 4, composto apenas por integrantes do extinto quarto Deserto? Acha que se tivesse continuado jogando com elas poderia ter sido um finalista?
Ricardo Camargo - 
Não acho, não dava. Porque eu discordo do jogo da Amanda e da Aline (Wirley), e discordo de alguns comportamentos da Bruna; a gente não se bicava. A gente até se gostava, era como na relação de irmãos, mas eu não me dava bem com alguns comportamentos da Bruna. Então, eu ia estar por que junto com as quatro? Não fazia sentido nenhum. Eu fiz o que tinha que ser feito. Acho que, independentemente do que eu fizesse, eu não estaria nesse Top 4. Mas a Larissa é uma grande jogadora, embora tenha saído e voltado. Ela é desenrolada.
 

Quem é ou foi o melhor competidor do "BBB 23", na sua opinião?
Ricardo Camargo - 
A melhor jogadora, sem dúvidas, é a Lari. Não tem o que falar. No início do programa ela era muito assertiva nas coisas, sabia conversar, persuadir as pessoas para entender o jogo dela e do Fred. Isso foi muito importante para ela enquanto jogadora. 
 

Para quem fica sua torcida agora?
Ricardo Camargo - 
Acho que a Amandinha merece ganhar. A Lari só se não tivesse saído do programa. Como ela saiu, acho que já não faz sentido ganhar. Agora, a Amanda teve um jogo de planta, sim – eu falo isso sem problemas e os hates podem vir (risos). Porém, ela veio em uma crescente muito boa, se posicionando cada vez mais, e ouviu o que a Lari veio trazer. Quando ela ouviu e colocou em prática, ela se sobressaiu. Então ela foi assertiva nos posicionamentos, na forma de falar. Saiu de um jogo totalmente oculto para uma possível protagonista das Desérticas. E ela é carismática! É engraçada, minha estranha favorita, como eu gostava de dizer. Acho que ela ganha.

Quais são os planos para o pós-"BBB"? Pretende voltar para a Biomedicina?
Ricardo Camargo - 
Eu quero voltar a estudar. Quero fazer medicina, mas acho que nesse momento não vai dar para conciliar. Quem sabe no próximo ano eu me prepare para fazer um vestibular e entrar em 2025. Não tenho pressa, estou tranquilo quanto a isso. Também quero ver o que o mundo tem para me oferecer, ver se eu tenho alguns dons que estão esquecidos, algo que me desperte a dopamina, hormônio da felicidade. Quem sabe a comunicação, o marketing, quem sabe ser um digital influencer... Eu não sei, mas quero tentar tudo que tiver para encarar, experimentar. Acho que a vida é isso: aproveitar as oportunidades.

.: Marcos Lanza celebra 20 anos de carreira com musicais e reality show


Conhecido dos palcos e telas, ator se divide entre muitos personagens ao protagonizar “Kafka e a Boneca”, integrar o elenco de “Ney Matogrosso - Homem com H”, estrelar campanhas publicitárias e compor o júri do “Canta Comigo”. Foto: Felipe Quintini


Talvez crescer em uma casa musical, sob a boa influência dos pais, e ser um apaixonado pelo audiovisual, tenha inspirado o ator e cantor Marcos Lanza para que ele se tornasse um artista plural. Foi assistindo a clássicos do cinema e da teledramaturgia que ele se viu despertar, ainda na infância, para o sonho da carreira artística, celebrada há 20 anos com trabalhos nas telas e nos palcos, incluindo mais de 60 campanhas publicitárias e 15 espetáculos musicais, entre eles “Kafka e a Boneca” e “Ney Matogrosso - Homem com H”, onde atualmente se divide para somar personagens.

Empenhado em absorver o máximo de aprendizado, nos últimos 23 anos Lanza se dedicou a estudar teatro, canto e dança com profissionais renomados, mas entre tantos cursos e workshops feitos, foi ao lado de um grupo de garçons-cantores, com a Cia. Cine In Show, que ele se viu trocando a teoria pela prática ao longo de 13 anos, se apresentando em diversos eventos que lhe renderam muito aprendizado e direcionaram para seu primeiro grande trabalho: o musical “Avenida Q”.

A premiada comédia da Broadway abriu caminho para outros títulos importantes como as montagens brasileiras de “Chaplin - O Musical”, “Forever Young”, “Barnum - O Rei do Show” e “O Fantasma da Ópera” - que considera um divisor de águas na sua carreira ao interpretar Monsieur André -, além de produções originais como “Elis, a Musical”, “Divas, o Musical”, “Alegria, Alegria - O Musical”, “Enlace - A Loja do Ourives”, “Os 10 Mandamentos - O Musical”, “A Paixão Segundo Nelson”, “Sub-Pop-Ópera dos Mendigos” e o infantil “Tic Tic Tati”.

De Hebreu/Egípcio a dono de ópera, passando inclusive por um velhinho roqueiro e uma drag queen, o artista é conhecido por sua versatilidade e explora sua veia cômica com facilidade, mas é dando vida a personagens sérios que ele se sente mais desafiado, a exemplo de Franz Kafka,  que interpreta no espetáculo que conta a história real do encontro entre o escritor e uma garotinha, que precisa aprender a lidar com a dor da perda de sua boneca e o entendimento de muitos sentimentos, enquanto ele reavalia, em seus últimos momentos, os 41 anos de vida.

“Quando fui convidado pelo (autor e diretor) Marllos Silva eu já sabia que seria desfiador protagonizar o musical, não só pela oportunidade de mostrar algo que nunca tinha feito, mas também porque Kafka era um escritor complexo e cheio de dramas pessoais, que com suas palavras traduzia, maravilhosamente bem, o cotidiano psicológico e os problemas existenciais dos seus personagens/seres humanos. Eu li e assisti muitas coisas que me ajudaram na construção dele, e assimilando todas as informações pensei em como seria o meu Kafka no universo infantil. O que também ajudou no processo foi a curva dramática que ele tem na história, pois me deu muito material para construí-lo, tanto fisicamente quanto emocionalmente”, conta ele.

E se durante o dia, de quinta a domingo, ele assume a forma de um “carteiro de bonecas”, é no período da noite, nos mesmos dias, que ele ele pode ser visto na pele de Moracy do Val, produtor musical e jornalista conhecido pelo trabalho com o grupo Secos e Molhados, liderado por Ney Matogrosso, o homenageado do espetáculo que realiza sua segunda temporada em São Paulo - e que conta com Lanza em mais de um papel.

“A jornada dupla é desafiadora, pois ambos exigem bastante de mim. Em ‘Kafka’ tenho muito texto, principalmente por ser o protagonista - o que é, por si só, uma responsabilidade, já em ‘Ney’ também tenho bastante texto, mas em função de interpretar vários personagens. É preciso muita concentração e observação para encontrar as possibilidades de diferenciação, nem que seja em pequenos detalhes, na voz ou na intensidade da energia, até porque, é o mesmo ator ali, trocando de personalidade. Analisando esse momento, sempre penso como é maravilhoso para mim, como ator, poder estar em dois espetáculos distintos e que me provocam e estimulam em lugares igualmente diferentes”, diz.


Dos palcos para as telas
Entre estudos, ensaios e apresentações, Lanza encontra ainda tempo para se dedicar ao audiovisual - aquela antiga paixão, alimentada desde criança. Atualmente ele pode ser visto também como um dos 100 jurados do reality musical "Canta Comigo", exibido pela Record TV, onde pode usar de todo seu conhecimento, adquirido ao longo das últimas duas décadas em exercício, para avaliar os candidatos que se apresentam no palco comandado por Rodrigo Faro todos os domingos.

“Eu amo fazer parte do elenco de jurados, nos divertimos e aprendemos muito a cada programa. Para mim, responsabilidade é a palavra que define essa função, não só de julgar, mas de poder colaborar com a jornada do candidato no programa. Sempre penso o quanto deve ser desafiador cantar para um paredão de 100 pessoas - logo penso como seria se fosse comigo -, então ouço a história deles, vejo como eles se comunicam, como se conectam com o seu propósito e claro, não deixo de observar o que apresentaram, o repertório escolhido e se cantaram com uma voz presente. Quando a apresentação me move e me instiga, eu levanto e canto junto!”, conta.

E outra forma de encontrar o são-bernardense Marcos Lanza por aí é entre uma propaganda e outra. Considerado um dos rostos mais conhecidos da publicidade atual, não vai demorar muito para ele atingir a marca de 100 campanhas publicitárias, outra atividade profissional que adora exercer, especialmente pelas oportunidades inesperadas, e muitas vezes inusitadas, que acabam lhe tirando da rotina, e que servem como uma segunda vitrine para sua trajetória artística. É através delas que ele espera alcançar os mais diversos produtores e ampliar suas oportunidades.

“Sou muito realizado profissionalmente com todos os meus trabalhos até aqui, mas morro de vontade de fazer cinema, ainda sonho em ver meu nome nos créditos do cinema nacional, assim como desejo fazer personagens maiores em séries e novelas. Já participei de algumas, mas quero mais!”, finaliza.

.: Vencedora do Masked Singer, Flay tatua personagem Vitória-Régia


Consagrada como grande vencedora da terceira temporada do programa "The Masked Singer Brasil", a cantora Flay compartilhou a tatuagem que fez em homenagem à DJ Vitória-Régia, sua fantasia no reality musical. “Essa é daquelas tatuagens que a gente tem certeza que nunca vai se arrepender de ter feito, poucas coisas foram tão marcantes na minha vida como essa criaturinha… Eu amo ser a Vitória Régia, amo que ela seja eu, amo tudo o que ela me permite ser e amo o que nós somos juntas. Sempre vou ser grata por ter sido escolhida para dar vida pra ela”, declara Flay na legenda do post.

Reconhecida por sua potência vocal, a paraibana transformou o palco da competição em um verdadeiro espetáculo. Entre suas apresentações destaque na temporada, estão os medleys de"'Something Gotta Hold On Me/Sentou e Gostou/Bang Bang", "Hello/Disk Me", "Ex Mai Love", "Bonekinha" e "Diamonds".

“A minha vida e arte tem a missão de inspirar pessoas como eu, a alcançar lugar de destaque. É sobre uma menina pobre, preta, nordestina, mãe solo, subestimada, que passou a vida passando por cima de todos os nãos que a vida deu em busca do sim e finalmente ele chegou. É uma recompensa de Deus, do universo a uma vida inteira dedicada à algo que faço com tanto amor”, conta.

 Recentemente, a artista lançou o seu primeiro álbum musical da carreira solo. “Imperfeita” chegou reforçando a seu talento e versatilidade. Dando continuidade ao ano que marca uma virada importante na sua trajetória como cantora, Flay lança a sua nova turnê na festa “Antes de Meia Noite”, dia 2 de julho na casa de show Audio em São Paulo.

.: “Poliana Moça”, do SBT: Resumos dos capítulos 286 ao 290

“Poliana Moça”

Resumos dos capítulos 286 ao 290 (24.04 a 28.04)


Poliana conversa com Lorena e dá conselhos sobre vaidade e autoestima (Foto: Divulgação SBT/SBT)


Capítulo 286, segunda-feira, 24 de abril

Renato fica a sós com Edite e canta música romântica para a professora (Foto: Divulgação SBT/SBT)


Zezinho explica para Pedro e Chloe que cometeu muitos erros no passado e que se ele for pai biológico deles, ele vai recompensar todo tempo perdido. A população do Jardim Bem-Te-Vi faz manifestação contra o Cobra na comunidade. Renato fica a sós com Edite e canta música romântica para a professora; Bento e Kessya aparecem no local e ficam incomodados com a atitude, já que Renato namora a Ruth. Glória se encontra com Celeste na padaria; a garota tenta jogar seu encanto em cima de Glória. Celeste chama Glória de vó e diz que tem vergonha da Tânia, alegando não saber seu paradeiro. Luca vai até a mansão de Otto e diz ao pai da Poliana e ao Jefferson que quer o androide de volta. Os argumentos de Luca não convencem Otto. Otto e Jeff tentam dar suporte psicológico ao garoto e afirmam poder ajudá-lo a sair do esquema criminoso da Tânia. Jeff sugere fazer uma espécie de Cavalo de Troia com LUC2, eles devolvem LUC2 para o Luca e controlam o androide de longe, gravando tudo que ele vê, como um espião contra Celeste e Tânia. Luca concorda com o plano de Jeff e resolve mudar de lado. Poliana conversa com Lorena e dá conselhos sobre vaidade e autoestima. Com a chegada da puberdade, Gael percebe que sua voz está tendo falhas e fica com vergonha. Pinóquio se depara com Luca no laboratório da mansão e fica assustado ao revê-lo. 


Capítulo 287, terça-feira, 25 de abril

Chloe fala a Yuna que está ansiosa para ver o resultado de DNA e descobrir se Zezinho é seu pai (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


Jefferson e Otto contam a Pinóquio que Luca vai ajudar a encontrar Tânia. Tânia manda Celeste continuar a se aproximar de Glória. Branca aconselha Glória a não cometer com Celeste a mesma inocência que tinha com Roger. Tânia fala a Celeste que vai retomar o controle da comunidade colocando fogo no CLL. Pedro e Chloe realizam o exame de DNA. Bento revela a João a aproximação de Renato com Edite. Renato chega na casa de Ruth, João fica furioso e pede para ele se explicar. Ruth manda Renato sair da sua residência. Lorena vai sem maquiagem para a escola e tenta elevar sua autoestima. Através do LUC2, Jeff e Otto observam, remotamente, a conversa de Luca e Celeste; Celeste desconfia de Luca. Éric zomba João por permanecer em amizade com Poliana. Com rosas, chocolate e aliança, Renato pede Ruth em casamento e ela dá sua resposta. João e Éric apostam 100 reais se João namorar Poliana. Chloe diz a Yuna que está ansiosa para sair o teste de DNA.


Capítulo 288, quarta-feira, 26 de abril

Os amigos do colegial se juntam na casa do Luigi (Foto: Divulgação/SBT)

Ruth decide terminar com Renato e após o fim do namoro, Renato entrega as rosas e chocolates às mulheres da escola. Gael evita falar para não mostrar sua voz falha. Os amigos do colegial vão até a casa do Luigi se divertir. Éric começa a atrapalhar as cantadas de João em Poliana. Luísa assina contrato com Joana para desenvolvimento artístico em jogo de vídeo game. Jefferson e Otto acham que Luca desistiu do plano de obter a confissão de Celeste. Em ligação, Luca responde Jeff que precisa ir com calma, já que Celeste anda desconfiada. Um boato se espalha na comunidade em que Cobra vai fazer uma reunião no CLL e se encontrar com a Gleyce e voluntários. Brenda e Raquel ficam felizes que Luca vai ajudar a colaborar com Otto; Celeste chega no momento e pergunta o motivo da alegria do trio. Gleyce diz ao filho Jefferson que não está sabendo de reunião nenhuma no CLL e acredita ser uma emboscada da Cobra. Celeste pergunta para Luca se o jovem está traindo Tânia. 


Capítulo 289, quinta-feira, 27 de abril


João se declara para Poliana (Foto: Divulgação/SBT)


Dentro do CLL com diversos voluntários, Vini fala com Jeff pelo telefone e descobre que a Gleyce não convocou nenhuma reunião e que tudo fez parte do plano do Cobra. Em diálogo com Éric, João fala em alto tom que vai ganhar a aposta e namorar Poliana;  Helena escuta tudo e fica inconformada. Os capangas do Cobra disparam diversos coquetéis molotov contra o CLL e um incêndio se inicia. Na frente da instituição beneficente, um homem grita para toda comunidade que Gleyce desvia dinheiro de doações. Jeff entra no CLL para ajudar a socorrer as pessoas. Gleyce fica desesperada. Jeff e Vini salvam as vidas dos voluntários. João abre o jogo para Poliana, diz que a ama e pergunta se ela deseja namorar com ele. Otto conversa com Luísa sobre o beijo no Ceará; Luísa acredita que eles não dariam certo, mas Otto afirma que vai esperar por ela. Poliana declara que também ama João e responde o pedido de namoro do amigo. João conta para os amigos que pediu Poliana em namoro, que Éric perdeu a aposta e que vai fazer uma surpresa para a garota no clube. 


Capítulo 290, sexta-feira, 28 de abril

Éric conta sobre aposta para Poliana (Foto: Divulgação/SBT)


Pinóquio fica feliz com a notícia do namoro de João e Poliana, mas acha que vai ficar de lado. Luísa desabafa com Antônio sobre sentimento com Otto e relata que Marcelo ainda está vivo no coração dela; Antônio acha que ela deve viver como Marcelo gostaria: livre e feliz. Pedro recebe uma carta do laboratório com resultado do exame, mas esconde para ninguém ler. Um capanga da Tânia tenta convencer a população que o Cobra vai fazer muito mais para a comunidade do que a Gleyce. O CLL fica totalmente destruído após o incêndio. Davi e Eugênia estranham a demora do teste de DNA. Pinóquio conta para Otto que João e Poliana estão namorando. João prepara surpresa para Poliana no clube. Poliana chega antes no clube e se depara com Éric; o garoto resolve contar à ela que João só pediu a amiga em namoro por conta de uma aposta. Luísa se encontra com Otto e decide namorar com ele. João chega no clube e nota Éric e Poliana juntos; Poliana fica decepcionada com João e vai embora do local. Éric expõe a João que revelou tudo à Poliana pela consideração, mas João acredita que só fez isso porque perdeu a aposta e porque ele ainda deve gostar da garota. Renato tenta voltar com Ruth. Luca fala para Celeste que acha mais seguro deixar o LUC2 em um esconderijo e ela concorda.


Sábado, 29 de abril

Luísa e Otto decidem ficar juntos (Foto: Divulgação/SBT)

Resumo dos capítulos da semana


A novela “Poliana Moça” vai ao ar de segunda a sábado, às 20h30, no SBT.


domingo, 23 de abril de 2023

.: Entrevista: Barbara Reis, a mocinha de "Terra e Paixão": "Ela é a justiça"


A atriz Barbara Reis comenta sobre o primeiro trabalho como protagonista em "Terra e Paixão", próxima novela das 21h. Foto: Globo/Paulo Belote

Barbara Reis começou a carreira aos 12 anos com peças teatrais. Formada em artes cênicas pela Casa das Artes de Laranjeiras (CAL), estreou nas novelas em 2016, com a personagem Doninha, em "Velho Chico", na primeira fase da trama. De lá para cá, foram diversos papeis até a primeira protagonista, Aline, de "Terra e Paixão", escrita por Walcyr Carrasco

Na trama, ela é uma professora de matemática, casada com Samuel (Ítalo Martins) e mãe de João (Matheus Assis). Após um atentado em sua casa, se vê sozinha com o menino diante das terras deixadas pelo marido. Mulher forte, batalhadora e corajosa, aprenderá a plantar e a lidar com as máquinas e com o mercado de agronegócios.

Tem em Jonatas (Paulo Lessa), primo de Samuel, um amigo fiel nas horas difíceis. Vai se aproximar dos irmãos Caio (Cauã Reymond) e Daniel (Johnny Massaro), filhos do poderoso fazendeiro Antônio (Tony Ramos), com quem precisará brigar para manter suas terras e, com eles, descobrirá sentimentos novos. A atriz fala sobre sua personagem. “Aline é uma mulher simples, mas nobre em seus ideais. Ela é a força através da ação. Aline é uma seta que só vai para frente, não retrocede e não desiste. Ela é a justiça”.

Atualmente, Bárbara pode se vista ainda em "Todas as Flores", que estreou sua segunda fase no Globoplay. Ainda na televisão, fez a Cátia em "Os Dias Eram assim" e uma dobradinha com Gloria Pires em "Éramos Seis", repetindo a parceria em lados opostos, afinal, a personagem amargurada Shirley era antagonista de Lola (Gloria Pires).

Participou do especial "Falas Negras", onde representava a ativista Rosa Parks, trabalho que promoveu o primeiro encontro com a atriz Tatiana Tiburcio, intérprete de Mirtes, a mãe do menino Miguel no especial, e que em "Terra e Paixão" vai interpretar sua mãe Jussara. O último trabalho da atriz na Globo foi nas últimas duas últimas temporadas da premiada série "Sob Pressão", como a enfermeira Livia, produção da Globo e da Conspiração Filmes. Confira a entrevista com a atriz.


Em quem se inspirou para interpretá-la? 
Barbara Reis -
Aline é como eu. Eu e ela estamos em momentos parecidos, excluindo a parte trágica.

Como se preparou?
Barbara Reis - 
A preparação ficou muito para o ao vivo, para o momento que cheguei no Mato Grosso do Sul, para as primeiras cenas. Quando pisei na terra, eu entendi quem era a Aline. Fora isso, foquei em aprender o sotaque, neutralizar o meu e colocar o R sutil da região.


O que ela traz de novo e de mais desafiador para você?
Barbara Reis - 
O contexto rural é a novidade. Ouvi muitos podcasts de tecnologia e inovação sobre o universo. O desafio é contar essa história juntando tudo o que ouvi sobre o assunto e torná-lo natural nessa jornada.


Quais são as principais questões que a Aline vai enfrentar na trama?
Barbara Reis - A constante sede de justiça que ela tem. Transformar o sonho do marido em legado para o seu filho. E o amor puro que ela sente por Daniel, filho do seu algoz.


E como estão sendo as gravações, o convívio com o elenco, o que você destaca que está sendo mais interessante nesse começo do trabalho?
Barbara Reis - Todo trabalho que começa com uma viagem já une toda a equipe. O clima não poderia ser melhor. Estamos empolgados e com amor nos olhos. O mais interessante para mim foi perceber a grandiosidade que é o “mar do soja" e como ela se transforma no decorrer dos dias: verde vender, depois amarela, e depois seca. Um ambiente mutável.


Qual a sua expectativa para este trabalho?
Barbara Reis - 
Como em todo trabalho vivo um dia de cada vez. Mas não posso negar que esse é o de maior relevância até hoje, e que carrego uma enorme expectativa no meu coração. Mas a Aline que vou entregar é uma mulher de verdade, simples, com sua vaidade, reta, sonhadora, e que tem a esperança como a fagulha de continuar a viver. Uma mulher que luta pelo seu, humana, e que vive as suas vontades.
 

Comente sobre a relação de Aline com Caio, Daniel e Jonatas.
Barbara Reis - 
Aline e Caio é aquela relação onde os limites são estabelecidos com muita tensão. Como se fosse um ímã com seu campo magnético, e partes atrativas se repelindo, mas no momento em que as partes atrativas se conectarem, ninguém solta mais. “Eu não quero, mas não consigo”. A relação dos dois habita o campo sexual. Aline e Daniel é o amor escrito nas estrelas. O que aconteceu e não avisou que chegaria. Quando viu, já estava ali. Não passa pelo racional. É o coração quem fala. Construído na sinceridade, na verdade e na honestidade. Pureza. Aline e Jonatas é uma relação que permeia o fraternal, o racional. Aquela relação que você pode contar para tudo, sem esperar nada e está tudo bem. É o aprendizado. A gratidão profunda por quem sempre esteve ao lado, na alegria e na tristeza. Um possível amor, baseado na reconstrução e parceria .


Como foi o convite para atuar na novela?
Barbara Reis - 
Foi através de teste. Quando o produtor de elenco me ligou nem acreditei que seria um teste para a protagonista. Demorou a cair a ficha. Eu me preparei e fui. Senti que naquele dia estava potente, preparada, e sai muito confiante.


Como está sendo trabalhar o texto do Walcyr Carrasco e como tem sido a direção do Luiz Henrique Rios?
Barbara Reis - 
Está sendo incrível! O texto do Walcyr é direto. Não tem rubricas que indicam como devemos falar o texto. O que dá muita liberdade. Eu me sinto livre. O Luiz tem um olhar sensível para todos os atores. E sempre dá ricas indicações, que potencializam a cena em lugares fantásticos. Tem sido uma experiência diária muito enriquecedora, em que me sinto à vontade.

Qual o maior desafio desse trabalho?
Barbara Reis - 
Encarar o volume de cenas diário...estudar 20 cenas para o dia seguinte, filmar, voltar para casa e estudar mais 20 cenas para o dia seguinte, conciliar isso com a rotina, os exercícios físicos, a família...equilibrar esses tópicos é o maior desafio.

Como está sendo essa nova etapa profissional, como protagonista do horário nobre na Globo?
Barbara Reis - 
Eu estou extremamente feliz, segura. Eu me sinto preparada, com meus pés no chão. Cheguei até aqui através de muito trabalho, foco, determinação e esperança também. Mas sigo vivendo um dia após o outro e lembrando sempre de quem sou. É uma realização não só minha como da minha família, da minha mãe, de amigos que me acompanham desde criança fazendo teatro. Estou muito feliz.

 
"Terra e Paixão" é uma novela criada e escrita por Walcyr Carrasco. A obra é escrita com Márcio Haiduck, Vinícius Vianna, Nelson Nadotti e Cleissa Regina. A direção artística é de Luiz Henrique Rios com direção geral de João Paulo Jabur e direção de Tande Bressane, Jeferson De, Joana Clark, Felipe Herzog e Juliana Vicente. A direção de gênero é de José Luiz Villamarim e a produção é de Raphael Cavaco e Mauricio Quaresma.

quinta-feira, 20 de abril de 2023

.: Jogo "ABC do Mion" estreia no "Caldeirão com Mion"

"ABC do Mion" estreia dia 29 de abril. Foto: Rede Globo


A partir do dia 29 de abril, no palco do "Caldeirão com Mion", estreia o jogo "ABC do Mion". Além do apresentador, seis personalidades já conhecidas do público vão fazer parte desse game inédito que vale R$20 mil. O público e a plateia vão se divertir com as respostas, mas o que vale mesmo é a avaliação feita por dois participantes anônimos. 

Mion faz as perguntas e o time de alunos, formado por Dani Calabresa, Jojo Todynho, Lucio Mauro Filho, Luis Miranda, Mariana Santos e Welder Rodrigues terão que dar respostas convincentes, mesmo que não sejam verdadeiras. É aí que entra o jogo. Os dois participantes terão que dizer se a resposta dada por eles foi inventada ou está correta. Ganha o jogo o anônimo que acertar mais.

O "Caldeirão com Mion" vai ao ar aos sábados e tem apresentação de Marcos Mion, direção artística de LP Simonetti, direção geral de Geninho Simonetti. A produção é de Beatriz Correa e a direção de gênero é de Boninho. 

.: Trailer: "Deserto Selvagem", série de humor ácido com Patricia Arquette

Nova série original Apple foi criada por Nancy Fichman ("Nurse Jackie", "Damages"), Katie Ford ("Miss Simpatia") e Jennifer Hoppe ("Grace and Frankie", "Nurse Jackie", "Damages") 


O Apple TV+ já liberou o trailer de "Deserto Selvagem" (High Desert), nova comédia de humor ácido estrelada por Patricia Arquette ("Ruptura" do Apple TV+ e vencedora do Oscar por "Boyhood: Da Infância à Juventude"), que também é produtora executiva.

O elenco é completado por Matt Dillon (indicado ao Oscar por "Crash: No Limite"), Christine Taylor ("Zoolander", "Afinado no Amor"), Weruche Opia (indicada ao BAFTA por "I May Destroy You"), Brad Garrett ("Cha Cha Real Smooth - O Próximo Passo" e vencedor do Emmy por "Raymond e Companhia"), Bernadette Peters ("O Panaca", "Dinheiro do Céu"), Rupert Friend ("A Jovem Rainha Vitória", "A Morte de Stalin") e Keir O'Donnell ("Fargo", "Sniper Americano").

Com direção do vencedor do Emmy Jay Roach (“Trumbo - Lista Negra” e “O Escândalo”), e produção de Ben Stiller ("Ruptura", "Zoolander") a série, em oito episódios de meia hora cada, terá sua estreia mundial no Apple TV+ na quarta-feira, 17 de maio com os três primeiros episódios. Os demais estarão disponíveis semanalmente, sempre às quartas-feiras.

"Deserto Selvagem” conta a história de Peggy (Patricia Arquette), uma ex- viciada em recuperação que, após a morte de sua querida mãe, com quem vivia na pequena cidade deserta de Yucca Valley, Califórnia, recomeça a sua vida. Peggy decide mudar e se tornar uma investigadora. 

Da Apple Studios, a série é criada e escrita por Nancy Fichman ("Nurse Jackie", "Damages"), Katie Ford ("Miss Simpatia") e Jennifer Hoppe ("Grace and Frankie", "Nurse Jackie", "Damages"), que também são produtoras executivas. "Deserto Selvagem" tem produção de Ben Stiller por meio da Red Hour Films, 3 Arts Entertainment e Delirious Media.

O projeto reúne Stiller e Arquette, que trabalharam juntos na série vencedora do AFI (American Film Institute) e do WGA (Writers Guild Awards) e indicada ao Peabody "Ruptura", assim como em "Escape at Dannemora" e o clássico da comédia "Procurando Encrenca". Stiller e Jay Roach trabalharam juntos na trilogia de comédia lendária "Entrando Numa Fria", "Entrando Numa Fria Maior Ainda" e "Entrando Numa Fria Maior Ainda com a Família".

O Apple TV+ oferece séries de drama e comédia de qualidade, longas-metragens, documentários inéditos, entretenimento infantil e familiar, e está disponível para assistir em todas as suas telas favoritas. Após seu lançamento em 1º de novembro de 2019, o Apple TV+ tornou-se o primeiro serviço de streaming totalmente original a ser lançado em todo o mundo, e estreou mais sucessos originais e recebeu mais reconhecimentos de prêmios mais rapidamente do que qualquer outro serviço de streaming em sua estreia. Até hoje, os filmes, documentários e séries originais Apple foram premiados com mais de 350 vitórias e 1.444 indicações, incluindo a várias vezes vencedora do Emmy, "Ted Lasso" e o vencedor do Oscar de Melhor Filme "No Ritmo do Coração".


Trailer com legendas em português:

Trailer original


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quarta-feira, 19 de abril de 2023

.: “O Lutador Mascarado”, com Luis Ernesto Franco, estreia nesta quarta


Na contagem regressiva para a estreia de “O Lutador Mascarado”, o Star+ divulgou os pôsteres dos personagens da nova comédia da Star Original Productions, que chega à plataforma na íntegra nesta quarta-feira, dia 19 de abril.

Inteiramente realizada no México pela BTF Media, em “O Lutador Mascarado”, Alex Gorostiza (Luis Ernesto Franco) é um famoso e carismático cantor mexicano conhecido como “O Cavaleiro da Eletro-cumbia”, que, após um confuso episódio, é obrigado a se passar por um lutador mascarado conhecido como “El Manchas”. 

Além de ter que lidar com essa nova e complexa vida dupla como ídolo da música e figura da luta livre, Alex precisa lidar com a perseguição de Brenda (Paola Fernández), uma jornalista de um veículo de fofocas que, por ordens de seu chefe, deve expor a vida de Alex, sem saber que ela acabará se tornando o amor da vida do cantor e lutador mascarado. “O Lutador Mascarado” é estrelada por Luis Ernesto Franco, Paola Fernández, Pamela Almanza, Nicolasa Ortíz Monasterio, Enoc Leaño e Úrsula Pruneda. 

terça-feira, 18 de abril de 2023

.: Entrevista com Sarah Aline Rodrigues: "Quero experimentar a minha novidade"


"Eu sempre tive o sonho de ampliar diálogos e fazer com que as pessoas tenham mais voz", afirma Sarah Aline Rodrigues, uma das vozes mais lúcidas do "BBB 23". Foto: Globo/João Cotta


Sarah Aline Rodrigues tinha no "Big Brother Brasil" muitos sonhos. Entrou disposta a se dedicar 100% ao game, mas não a renunciar a seus princípios. Foi a campeã de provas da edição, manteve-se fiel aos seus aliados durante sua permanência no reality, não teve pressa em firmar seus posicionamentos e não fugiu do embate quando os conflitos apareceram. Foi inclusive em um deles que proferiu a frase que chegou como a peça que faltava ao quebra-cabeças do que poderia dar errado em um game feito por únicos dois grupos opostos: “Afetos ditam prioridade”.

Sarah ainda dançou, beijou, comemorou e fez tudo que gostaria no programa antes de ser eliminada pelo público, na noite do último domingo, 16 de abril. “Eu consegui viver tudo que o ‘Big Brother Brasil’ tem para oferecer”, afirma. A razão do que pode ter faltado para ir mais longe ela especula, mas ainda não está certa de que faria diferente se pudesse voltar atrás. “Eu não me arrependo de não ter exposto mais os meus posicionamentos porque eles sempre existiram. Foi no tempo que tinha que ser. Eu não gosto de me antecipar nas coisas que eu tenho que falar. Mas, como eu percebi que isso talvez fosse algo que o jogo exigia, eu poderia ter feito um pouco antes, óbvio, entendendo a necessidade”, pondera.

Na entrevista a seguir, a eliminada também reflete sobre as alianças que fez no "BBB 23", o retorno de dois eliminados à disputa com o jogo já avançado e os rumos do relacionamento com Ricardo Camargo (Alface), além de revelar quem tem sua torcida na grande final da temporada.


Você ganhou líder três vezes, anjo, arrematou poder curinga, atendeu Big Fone, beijou... Faltou viver algo no "BBB"?
Sarah Aline -
Só faltou viver o monstro, estão dizendo por aí (risos)... Mas eu estou feliz que eu não ganhei o monstro. Eu consegui viver tudo que o "Big Brother Brasil" tem para oferecer, ganhei todos os tipos de prova, então me sinto agraciada. Estou muito feliz.

Você foi uma das participantes que conquistou mais poderes nesta edição. Imaginava que ganharia tantas provas no reality? Acredita que essas vitórias te ajudaram a ir mais longe na disputa?
Sarah Aline - 
Não esperava, fiquei chocada. Eu sabia que eu ia me jogar, me entregar e que eu queria muito, mas eu fiquei: “Meu Deus, realmente posso ganhar muitas provas”. Isso me ajudou muito no jogo, com certeza, porque nessas ocasiões eu pude expor mais o que eu estava pensando para o público. Eu amei! Não esperava esse desempenho, que foi 10 de 10, e fiquei feliz.


Você afirmou que este era o paredão mais difícil que enfrentou. Por que acha que foi eliminada nesta berlinda contra Aline Wirley e Bruna Griphao? 
Sarah Aline - 
Na visão de dentro da casa, a gente não sabia de fato quem seria eliminada; era uma incógnita. A gente tinha jogos muito parecidos e, ao mesmo tempo, muito diferentes. Isso nos deixava na dúvida de como as pessoas estavam vendo nossa performance. A Bruna Griphao, por exemplo, era uma pessoa que destoava um pouco mais de mim porque sempre foi muito reativa, diferente de mim, da Aline Wirley e da Amanda. Então, eu estava na dúvida e pensei que seria um paredão difícil não porque eu achava que eram mulheres que estavam muito fortes aqui fora e eu não, ou vice-versa, mas porque era um silêncio. Eu já estava chocada por não ter saído no paredão com o Fredão (Fred Nicácio) e a Bruna, então virou um silêncio. Imaginei, ainda lá dentro, que a minha saída fosse porque a torcida das meninas (Aline, Amanda, Bruna e Larissa) estava muito forte como um grupo, como parceiras, e isso sobrou para mim. Vendo de fora, entendi que foi realmente isso, um espelho da relação delas, mas que também tem sido uma construção a partir de outras pessoas que foram se mostrando, ganhando apoio do público, e assim vai. Não acho que a minha visão estava tão distante do que foi na realidade. Foi realmente torcida que me tirou dali. Mas, fiquei feliz que a minha porcentagem foi, obviamente, maior que a da segunda mais votada, mas não tão distante.

 
O que faltou para ser uma finalista?
Sarah Aline - 
Não ter ido para esse paredão já me ajudaria muito. Porque, nesta altura do jogo, ou a gente ganhava prova ou ia para o paredão. Sinto que ter me livrado desse paredão me ajudaria a chegar, sim, à final. E, estendendo um pouco mais para a trajetória como um todo, eu não me arrependo de não ter exposto mais os meus posicionamentos porque eles sempre existiram. Foi no tempo que tinha que ser, como na confusão com o Fredinho (Fred Desimpedidos). Eu não gosto de me antecipar nas coisas que eu tenho que falar. Mas como eu percebi que isso talvez fosse algo que o jogo exigia, eu poderia ter feito um pouco antes, óbvio, entendendo a necessidade. Eu não iria conseguir comprar briga e falar coisas que eu não entendesse a necessidade.

 
Já na reta final, você perdeu os seus maiores aliados: Gabriel Santana e Marvvila. Como foi lidar com a saída dos dois? O que eles representavam para você no confinamento?
Sarah Aline - 
Foi muito difícil para mim perder os dois, ainda mais em sequência e vendo que eles saíram em um momento em que eles também não estavam tão bem com o jogo. Ficamos muito magoados com as informações que vieram de fora. Não por serem informações que invadiram cada um deles, mas porque foi muito difícil esse retorno naquele momento do jogo, depois de tudo que vivemos na casa, das eliminações; mexeu muito com cada deles. Então, vê-los nos paredões, mexeu muito comigo também. A despedida foi tenebrosa. Eu já tinha me despedido de pessoas queridas antes, mas a deles foi muito intensa para mim. Eram pessoas que tinham um espaço único no meu coração para além do jogo. Eu soube lidar porque eu queria muito ficar lá, queria muito ganhar, mas não foi tão simples quanto eu imaginei que seria. 

Você teve um relacionamento afetivo com o Ricardo do meio para o final da temporada, mas a princípio combinaram de não jogar juntos. Qual foi a importância do Ricardo para você no "BBB"? Existe a possibilidade de continuarem juntos após o programa?
Sarah Aline - 
A pergunta de milhões (risos)! Eu e o Facinho (Ricardo Camargo) conseguimos entender muito esse lugar de que a gente não concordava no jogo. Eu não concordava com alguns posicionamentos que ele tinha e ele com alguns que eu tinha; não foi uma novidade para mim. No final isso estava mudando um pouco porque eu estava considerando mais as coisas que ele falava sobre o jogo e ele as minhas, que era algo que a gente não tinha no início. O afeto dita prioridades, né? Eu mesma disse isso e é muito verdade. Eu admiro muito o Ricardo como pessoa, então não demorou muito para, quando o jogo dele começou a bater com o meu, eu admirá-lo também no game. E sobre a gente aqui fora, fica aí, né? Não sei. Lá dentro a gente conversava sobre isso nas entrelinhas, mas a gente achava que a nossa vida seria muito diferente aqui fora. Pode ser - e já tem sido para mim, eu estou vendo - muito diferente. A gente se respeita muito e sabia que isso aqui era a nossa novidade, estar aqui fora é a nossa novidade. Então eu quero experimentar a minha novidade sendo Sarah e ele também como Ricardo. Por enquanto, a gente não tem nenhuma obrigatoriedade a não ser o respeito um com o outro, sabe? Eu estou amando ver nossos vídeos, acho fofo. Na hora eu sabia que nosso toque e nosso cuidado um com o outro eram muito amorosos, mas ver isso é diferente. Então, estou mexida, mas em um lugar de que a gente já tinha se respeitado, então não estou antecipando nenhum sentimento, não. Deixa ele ganhar esse negócio e, depois que ele sair, viver o rolê aqui fora. E se o nosso afeto se encontrar de novo a gente vai entender que faz sentido.


Seu lado analítico e seus conselhos foram elogiados na casa. A fala “afetos ditam prioridades” foi marcante dentro e fora do programa. A partir da sua experiência pessoal, acha que é possível separar jogo de relação afetiva no "BBB"? 
Sarah Aline - 
Dá, mas você precisa ser muito corajoso porque é muito difícil. No jogo que o "BBB 23" teve, que foi esse dividido por quartos, era fácil eu falar para as pessoas com quem eu tinha afeto no outro grupo: “Eu gosto muito de vocês, de brincar, da resenha, de estar aqui, mas a gente não joga junto”. E esse “a gente não joga junto”, se fosse verdade 100% que a gente não queria se proteger mutuamente pelo carinho, faria sentido. E é por isso que eu falei que exige muita coragem, porque a gente vê que os afetos se confundem, sim. E chega uma hora que você fala: “Eu gosto tanto da Sarinha, gosto tanto do Facinho, que eu quero proteger, mas eu não posso fazer isso porque tem outras pessoas que dependem de mim no jogo”. Porque a gente depende das pessoas, sim, no jogo, e é por isso que tem que ser corajoso. Até dá, mas tem que bancar. Vai ter que lidar com seu afeto, ele vai precisar entender, e pode ser que não entenda. Então eu, Sarah, continuo mantendo que afetos ditam prioridades. Talvez, se eu já tivesse vivido isso tudo e voltasse para o "BBB", eu teria mudado um pouco e priorizado alguns afetos que não priorizei por medo de perder algo do jogo.

O que sentiu quando o Fred Nicácio e a Larissa retornaram à disputa?  
Sarah Aline - Foi muito difícil. O Fred (Nicácio) e a Lari são pessoas muito especiais para mim. A Larissa foi especial na amizade que construímos lá. Como jogo, nunca jogamos juntas e meus principais primeiros desentendimentos foram com ela e com o Fredinho (Fred Desimpedidos), então isso conflitou muito. Já o Fred Nicácio é o amigo que eu quero levar para a minha vida. A volta dele foi para todos, foi para ele, mas eu senti que foi muito para mim também porque eu precisava dele, do abraço dele, precisava sentir as palavras que ele tinha para falar para mim. Sabia que ele tinha visto o mundo aqui fora e estava tudo bem. Por esse lado, foi muito bom. Mas, pensando no jogo, eles chegaram com a gente já há 80 dias lá, sabendo que eles saíram, viram a família, amigos, etc. E depois o Gabriel Santana ainda foi eliminado, e isso me deu um nó. Mas o que é justo e o que é injusto quando se trata de uma dinâmica? Talvez seria justo se fosse comigo ou com alguém muito próximo a mim, como por exemplo o Fredão, e poderia ser injusto no outro lado, como sendo a Larissa. Foi quando eu concluí: “Tá, voltaram como participantes e a gente está aqui competindo o jogo. O Fred Nicácio é meu amigo de game e vambora”.


Por diversas semanas, você votou junto com os integrantes do quarto Fundo do Mar e verbalizou que estava votando em grupo por uma questão de sobrevivência. Se pudesse voltar atrás, teria adotado outra estratégia ou manteria a decisão? 
Sarah Aline - Ótima pergunta porque hoje eu sou apaixonada pela maioria das pessoas do Fundo do Mar. No começo a gente não tinha escolhido estar ali, então por isso eu dizia que era por sobrevivência. A gente viu que foi uma reação natural ao jogo, para a gente se defender, mas agora eu fico muito feliz de ter conhecido aquelas pessoas nessa circunstância. Eu talvez faria de diferente trazer mais para perto desde o início pessoas como o Ricardo e a Aline. E talvez até mesmo a minha relação com Bruna, Larissa e Fred, sem essa dinâmica de grupo, tivesse sido superlegal no jogo, não só na resenha. Então, falar que eu faria 100% diferente eu não consigo, porque eu não sei, já que foi muito bom o resultado para mim. Mas eu sei que teria valor também.
 

Aline Wirley e Bruna Griphao não eram do seu grupo. Com a Aline você teve uma forte conexão e com a Bruna alguns embates recentes. A Aline seria uma boa aliada? E a Bruna, você diria que ela foi sua maior rival no "BBB"? 
Sarah Aline - Eu e a Aline tínhamos uma conexão muito grande, de verdade. A gente se depositava muito carinho, muito amor, às vezes só no olhar. Então, no meu jogo, se fosse totalmente recíproco, eu amaria ter a Aline como aliada. Seria ótimo, talvez a gente conseguisse se expressar melhor juntas. Com a Bruna comecei sendo colega de resenha, de “After dos Crias”, mas ela sempre deixou muito claro quem eram as prioridades dela do jogo e eu sabia que eu não era uma delas. Então, quando os laços foram se estreitando e a gente não tinha mais muitas opções dentro da casa, eu comecei a entender que era o momento de eu trazer os meus posicionamentos sobre o jogo dela, que ela também trouxe sobre mim e que não tinham aparecido antes. Quando eu comecei a trazer pontos sobre o jogo e não sobre a Bruna em si, foram posicionamentos que o jogo exigiu. Não a vejo como uma super rival, acho que essa foi só a reação aqui fora. Tanto que quando eu saí ela falou coisas muito bonitas para mim, que são recíprocas. 
 

Quais foram os amigos feitos no "BBB" que pretende trazer para fora do jogo? 
Sarah Aline - Marvvila e Gabriel Santana com certeza, quero muito. Domitila Barros, Cezar, Fred Nicácio, Ricardo... A lista está sendo grande, mas acho que essas são as pessoas com quem, principalmente no final, eu estava muito conectada, em sintonia no coração. A Aline também é uma amizade que eu quero para a vida. Essa é a minha galera, mas não que os demais também não possam ser meus amigos. É só porque bate no coração mesmo (risos).

Quais são os melhores momentos que leva dessa experiência?
Sarah Aline - 
As provas que eu ganhei foram o auge para mim, fiquei muito feliz e surpresa de ter ganhado. Sou, por enquanto, a pessoa que mais ganhou provas na edição, então isso com certeza foi muito legal. Além disso, os momentos com as minhas relações, em que eu fui fiel a elas, preservei, quis cuidar, ouvir e ser cuidada e ouvida também. Os meus posicionamentos no conflito com o Fred também foram bons momentos meus na casa.


Quem você acha que tem chances de vencer esta edição? E para quem fica sua torcida? 
Sarah Aline - 
Aqui fora, vi que tem uma grande mobilização de fãs e pessoas que estão admirando bastante Amanda, Bruna, Larissa e Aline. Mas eu queria que os meus vitoriosos estivessem entre Domitila Barros e Ricardo (Camargo). Eu não consigo fazer uma separação, independentemente de qual dos dois ganhar eu vou ficar muito feliz. A Domi tem um lugar no meu coração surreal. Eu não consigo nem a definir em palavras, ela é realmente uma pessoa incrível. Eu nunca vi alguém conseguir viver intensamente tanta coisa quanto ela, e também nunca vi alguém conseguir reconhecer tanto seus erros quanto a Domi e o Ricardo - e isso é uma das coisas que eu mais admiro em qualquer pessoa que eu conheço. Por isso eu fico na dúvida. Mas acho que a trajetória da Domitila pede um pódio, né? Quero muito que o Ricardo vá para a final também, quero muito que ele ganhe. Sei que só um ganha, mas meu coração está dividido (risos).


Quais são os planos para a vida pós-"BBB"?
Sarah Aline - 
Eu quero continuar comunicando. Eu senti que tiveram muitas pessoas que gostaram não só de mim, mas da maneira como eu falo sobre as coisas ou que eu contribuo para as relações, para as histórias. Quero encontrar uma maneira de me tornar essa comunicadora. Eu sempre tive o sonho de ampliar diálogos e fazer com que as pessoas tenham mais voz. Algo que envolva conseguir trazer mais debates, mais discussões, mais momentos de acolhimento e de fala não só para mim, mas para outras pessoas. Como isso vai acontecer, se nas minhas redes sociais, na TV, eu não sei. Mas é o que eu mais estou sentindo aqui dentro como uma possibilidade para mim, no meu sonho.

.: Entrevista: atriz Dadá Coelho fala sobre participação em "Amor Perfeito"


Interpretando Mirtes, funcionária de um cartório em Belo Horizonte, atriz comenta os bastidores da novela. Foto: Globo/João Miguel Júnior

Criada e escrita por Duca Rachid e Júlio Fischer com direção artística de André Câmara, a novela "Amor Perfeito" vem conquistando o público. Até porque a novela não promete vida fácil para os vilões. Depois de perder tudo com a volta da enteada, Gilda (Mariana Ximenes) não se acomodou e fez com que Gaspar (Thiago Lacerda) aproveitasse a viagem a negócios a Belo Horizonte para colocar em prática seu plano de reaver suas posses, o que inclui falsificação de documento e a necessidade de pôr fim às provas que ameacem seus objetivos.

Gaspar então vai ter de lidar com Mirtes (Dadá Coelho), a funcionária de um cartório, que passou a ocupar o lugar do homem a quem Gilda orientou que seu amante procurasse. Com o propósito de retirar um documento arquivado no cartório, o que comprovaria a doação da mansão de Maria Eugênia (Karen Marinho) a filha Marê (Camila Queiroz), Gaspar seduzirá Mirtes, que pode até cair na sua lábia, mas vai saber aproveitar a situação ao máximo. As cenas estão previstas para irem ao ar a partir de amanhã, terça-feira, dia 18, em "Amor Perfeito". Em entrevista, Dadá Coelho comenta os bastidores das gravações, fala sobre a parceria com o elenco, e conta detalhes de sua personagem. Confira! 

 
Como surgiu o convite para dar vida a Mirtes?
Dadá Coelho -
O convite partiu da direção do André Câmara. E eu me senti muito honrada porque admiro demasiadamente os profissionais envolvidos na novela. Desde os autores Duca Rachid, Elísio Lopes Jr, Júlio Fisher, aos atores, atrizes, diretores e técnicos. Só tem craque! 
   

O que o público pode esperar desse encontro entre Mirtes e Gaspar?
Dadá Coelho - 
Um casal que tem uma quentura, um tempero e um jogo de interesse que se dilui na sedução. Mirtes é esperta e ela adora usar seu carimbo com o arrivista Gaspar (risos). É uma mulher à frente do seu tempo, que não vai se deixar engabelar por ele. Para além de saber o que quer, Mirtes sabe, sobretudo, o que não quer. Ela é saliente e corajosa. Um furacão.

 
Alguma curiosidade dos bastidores? 
Dadá Coelho - 
Mirtes deu umas “cacarejadas” e a equipe inteira deu muitas risadas. Foi bem divertido ver a equipe reproduzindo os bordões da Mirtes. Espero que o público de casa também tenha essa reação porque o clima nos bastidores foi irretocável, uma cascata de gargalhada. E tudo feito com muito amor e humor. 

segunda-feira, 17 de abril de 2023

.: Autores falam quem é quem em "Encantado's", a nova série da Globo


Na imagem, os autores Antonio Prata, Renata Andrade, Thais Pontes e Chico Mattoso, com o diretor Henrique Sauer, no meio. Série, que estreia no dia 2 de maio, valoriza costumes e destaca relações familiares desenvolvidas entre um supermercado e uma escola de samba no subúrbio. Na imagem, Eraldo (Luís Miranda) sendo surpreendido por todos os funcionários estourando confete em cima dele. Foto: Globo/Paulo Belote.


A primeira temporada da série "Encantado’s" vai ocupar as noites de terça-feira na tela da TV Globo, após a novela das nove, a partir de 2 de maio. Sucesso no Globoplay, a trama - criada por Renata Andrade e Thaís Pontes e escrita por elas com Chico Mattoso e Antônio Prata, que assinam a redação final e, com direção artística de Henrique Sauer – gira em torno dos irmãos Ponza, Olímpia (Vilma Melo) e Eraldo (Luis Miranda), que herdaram do pai um supermercado e uma escola de samba da série D do Rio de Janeiro, ambos funcionando em um mesmo espaço no subúrbio da cidade. 

Com personalidades distintas e objetivos diferentes - ela, na missão de gerir o negócio que dá sustento à família, e ele, mirando um título no Carnaval - a dupla protagoniza momentos cômicos e cheios de afeto junto ao grupo de personagens que, de dia, ocupa suas funções no mercado e, à noite, brilha nos ensaios da agremiação. A história se passa no subúrbio do Rio de Janeiro, mas poderia ser vivida em qualquer outro lugar onde há intensa circulação de pessoas, calor humano, mistura de afetos e negociações constantes que se dão em meio a um fluxo urbano cortado pelos trilhos do trem. Enquanto a série não começa, conheça o perfil dos personagens.

Olímpia Ponza (Vilma Melo) - Empreendedora do subúrbio, alegre, otimista e incansável, é proprietária e gerente-geral do Encantado’s, que herdou do pai e ambiciona transformar no melhor supermercado da Zona Norte. Pena que com a falta de recursos e os próprios equívocos de planejamento, sofre de certos arroubos corporativos. Está sempre tentando instalar no mercado a última moda de “management” que viu na TV ou leu em algum livro de autoajuda empresarial. Para dificultar sua vida, é constantemente atrapalhada pelas roubadas em que seu irmão Eraldo (Luis Miranda) se mete. Olímpia é do tipo que vive para o trabalho e coloca desejos e vida amorosa em segundo plano. Tem com seus funcionários uma relação que vai além da profissional e, quando preciso, os defende como uma leoa. 
 

Eraldo Ponza (Luis Miranda) - Irmão mais novo de Olímpia (Vilma Melo), é um trapalhão, dono de uma megalomania quase infinita, que se manifesta na maneira com que administra a Joia do Encantado, escola de samba do grupo D herdada de seu pai. Sonha chegar à Sapucaí. Casado com Maria Augusta (Evelyn Castro) e pai de Melissa (Ramille), é infantil, inconsequente e tem uma capacidade de se envolver em roubadas que é diretamente proporcional a seu carisma e jogo de cintura, que quase sempre o ajudam a se safar dos problemas que cria. É dono uma cultura enciclopédica do Carnaval e anda 24 horas por dia como um bamba do samba. Tem uma relação conflituosa com a irmã, a quem teme ao mesmo tempo ama profundamente. Morre de medo de manchar a memória de Geraldo, seu falecido pai. Foi e ainda é mimado pela mãe Ponza (Dhu Moraes). 
 

Dona Ponza (Dhu Moraes) - Viúva de Geraldo Ponza, mãe de Eraldo (Luis Miranda) e Olímpia (Vilma Melo). É uma mulher firme e afrontosa, mas que amolece quando o assunto o seu caçula. Protege e defende tudo o que vem dele, inclusive sua neta Melissa (Ramille), que acredita ser a esperança de ascensão da família. Dona Ponza não dedica o mesmo carinho à filha Olímpia. Vive passeando com sua motinho elétrica pelos corredores do Encantado’s, embora não precise dela para se locomover. É cortejada por Madurão (Tony Ramos), bicheiro do bairro, com quem viverá um inesperado affair, ameaçando o futuro tanto do mercado quanto da escola de samba.
 

Maria Augusta Ponza (Evelyn Castro) - Esposa de Eraldo (Luis Miranda), que a exibe como um troféu, é uma mulher exuberante e superficial, que busca atingir o “Everest” da evolução pessoal e tornar-se coach de qualidade de vida e autodescobrimento. Vive alheia à rotina do supermercado e não sai das redes sociais, nas quais sonha conquistar alguma relevância. É uma grande incentivadora de Eraldo, principalmente de seus planos mais megalomaníacos, e costuma colocar gasolina em seus incêndios.
 

Melissa Ponza (Ramille) - Filha de Eraldo (Luis Miranda) e Maria Augusta (Evelyn Castro). É uma legítima representante da Geração Z. Autocentrada, é maldosinha e odeia trabalhar. Pressionada pelos pais a assumir uma função nos negócios da família, pensou que se tornaria uma chefe, mas, por decisão da tia Olímpia (Vilma Melo), teve que se contentar em estagiar como “Posso Ajudar?”. Morre de vergonha alheia da mãe e, quando quer alguma coisa, usa todo seu poder de persuasão com seu pai, que a mima. No ambiente de trabalho, a única coisa que a interessa é Pedro (Dhonata Augusto), o açougueiro que “pega” nas horas vagas.
 

Madurão (Tony Ramos) - É o bicheiro e o maior empreendedor do bairro, dono de vários comércios na região, entre eles a fábrica de gelo GelOba. Um dos seus grandes desejos é comprar o terreno do Encantado’s para construir um cassino clandestino, mas Olímpia (Vilma Melo) não quer vê-lo nem pintado de ouro. Eraldo (Luis Miranda), por sua vez, o teme como uma criança e invariavelmente cede a seus caprichos e pressões. Madurão seduzirá Dona Ponza (Dhu Moraes) e será a maior ameaça à continuidade do negócio dos protagonistas. 
 

Ana Shaula (Luellem de Castro) - Caixa do supermercado, é mal-humorada e sarcástica. Reclama de tudo o tempo todo, só vê defeitos nas coisas. Sente um prazer especial em compartilhar seu baixo astral com as pessoas felizes, especialmente com Pandora. Ocupa o posto de porta-bandeira da Joia do Encantado porque o Carnaval é uma das suas poucas paixões. 

Pandora (Dandara Mariana) - É do tipo tagarela e animada. Chega ao Encantado’s à procura de um emprego e, apesar dos perrengues e do pequeno salário de caixa, encontra ali o seu lugar. Divide seu tempo entre o trabalho, a faculdade e a igreja. É noiva, há sete anos, de Nelsinho (Caito Mainier), um evidente atraso de vida. Cria uma conexão imediata com FlashBlack (Digão Ribeiro) e mal sabe que ele está perdidamente apaixonado por ela. Na Joia do Encantado, Pandora vê despertar a sua paixão pelo Carnaval e é lá que conquistará uma posição como ritmista. 
 

FlashBlack (Digão Ribeiro) - Foi criado por Tia Ambrosia (Neusa Borges), sua avó, que o trata com zelo exagerado. Sonha em ser cineasta, mas o mais perto que chegou disso foi se tornar monitor de câmera de segurança. Enxerga as imagens cotidianas do supermercado com o olhar da sétima arte: faz curtas-metragens com takes de corredores, closes de produtos, ângulos de clientes e afins. O samba é sua outra paixão e, na Joia do Encantado, ele é o mestre de bateria. Mergulhado num mundo de fantasia, FlashBlack se mantém virgem até hoje. Vê nascer uma paixão à primeira vista por Pandora (Dandara Mariana), que logo se torna sua musa inspiradora.
 

Leozinho (Augusto Madeira) - Vive para cima e para baixo no Encantado’s, mas não trabalha lá. Sua real função é ser o puxa-saco oficial de Eraldo (Luís Miranda). Reproduz os mesmos discursos, usa acessórios parecidos, é devoto dos mesmos santos e embarca nos mesmos sonhos e delírios de seu presidente, por quem tem profunda admiração. Sua pedra no sapato é Maria Augusta, com quem disputa a atenção de Eraldo. Na Joia do Encantado, Leozinho cresce e brilha como o puxador oficial da agremiação.
 

Pedro (Dhonata Augusto) - Açougueiro do Encantado’s. Galã, solar e bem-humorado, é um mulherengo convicto. Não é do tipo cafajeste. Vê-se como um homem movido pela paixão que se entrega inteiramente a cada relação, mesmo que elas sejam muitas e passageiras. No supermercado, paquera clientes, faz cantadas ruins e geralmente consegue conquistar as mulheres. A única mulher de quem foge é Melissa (Ramille), por ser filha de seu chefe. Nem sempre ele resiste e acabam se encontrando às escondidas no depósito. No samba, Pedro é o mestre-sala.
 

Crystal (Ludmillah Anjos) - No supermercado, trabalha como estoquista, cargo que é, por vezes, abalado por sua compulsão por organização. Crystal se orgulha do posto de rainha de bateria da Joia, conquistado com muito carisma e samba no pé, o que desperta o recalque de Maria Augusta (Evelyn Castro). É uma mulher livre e segura de si, segurança essa que ela tenta passar para Olímpia (Vilma Melo), de quem é funcionária leal e conselheira sentimental. Sem compromisso, tem um lance com Pedro (Dhonata Augusto).
 

Tia Ambrosia (Neusa Borges) - É a componente mais velha da comunidade e a mais antiga funcionária do Encantado's. Uma entidade no bairro e respeitada no supermercado, onde trabalha como fiscal de caixa. Reverenciada na Joia do Encantado, onde integra a ala das baianas, Tia Ambrosia se destaca com o seu carisma, vivacidade e bom humor. Receptora e fornecedora das maiores e mais interessantes fofocas do bairro, ela está sempre disposta a compartilhar tudo o que sabe. É mãe de santo e rezadeira da região, tida como sábia, uma voz a ser ouvida. É também a avó orgulhosa e zelosa de FlashBlack (Digão Ribeiro), que apesar de já adulto, é tratado por ela como um bebê. 
 

Celso Tadeu (João Côrtes) - Locutor-patinador do Encantado’s. Na vida pessoal e no relacionamento com os colegas, é divertido e irreverente. De microfone em punho, porém, anunciando os produtos, fala com aquela voz empostada, de locutor de subúrbio, bem diferente do seu timbre habitual. Tem um humor ácido e forma com Ana Shaula (Luellem de Castro) uma dupla imbatível. Sonha em ser ator de musicais e é, atualmente, o coreógrafo da Joia do Encantado, que acredita ser o primeiro grande passo para a sua carreira na Broadway.
 

Ceroto (Leandro Ramos) - É o braço direito de Madurão. Malandro raiz. Age como um soldado leal e está sempre disposto a colocar em prática os planos ambiciosos e nada honestos de seu chefe. Acredita ser o seu sucessor natural. Ceroto tem uma rixa com Leozinho (Augusto Madeira), o soldado leal de Eraldo, e sempre que estão frente a frente dão um jeito de se provocar. É doido por Crystal (Ludmillah Anjos) e, vez ou outra, dá umas investidas nela, mas a estoquista não dá bola para ele.


.: Marcelo Tas entrevista diretor do filme brasileiro "Marte Um"


Sobre o filme "Marte Um", Martins fala: “Eu comecei a pensar após a Copa de 2014, inspirado na ideia: e se o próximo ‘Neymar’ quisesse ser astrofísico?”. Foto Margareth Dias

Nesta terça-feira, dia 18 de abril, Marcelo Tas conversa, no "Provoca", com o mineiro Gabriel Martins, diretor de "Marte Um", filme brasileiro que disputou uma vaga no Oscar 2023 de melhor filme internacional. No bate-papo, eles falam sobre cinema, a cidade de Contagem, em Minas Gerais, a Lei de Cotas e muito mais. Vai ao ar na TV Cultura, a partir das 22h.

Sobre o filme "Marte Um", Martins fala: “é um projeto de oito anos, que eu comecei a pensar após a Copa de 2014, inspirado na ideia: e se o próximo ‘Neymar’ quisesse ser astrofísico? (...) por que a gente tem essa coisa passional pelo futebol?”. Ainda sobre o filme, o diretor explica para Tas que tem uma ideia dele ser ciclos planetários, a montagem do longa traz um pouco disso. “No sentido de que amanhece, anoitece e começa um novo dia. As pessoas saem de casa, trabalham, voltam à noite e jantam (...) o tempo está passando e as coisas estão mudando (...) e essa rotina começa a ganhar cores”.

Em outro momento da entrevista, eles comentam sobre ter muita gente nova fazendo cinema e como a Lei de Cotas deu certo. “Eu vi a presença de jovens na sala que eu não tinha visto, várias pessoas negras, de periferia, mais da metade da sala, com muita frequência, não era assim há 10 anos”, afirma Martins. Por fim, Gabriel fala sobre a escolha de Contagem como cenário do filme. “Eu adoro as pequenices, o jeito como uma lata de tinta vira um vaso de planta (...) são coisas que a gente vê, estão na maior parte das casas do Brasil”, comenta.


domingo, 16 de abril de 2023

.: Série "Encantado's" mostra afeto e humor no dia a dia das famílias


Série, que estreia no dia 2 de maio, valoriza costumes e destaca relações familiares desenvolvidas entre um supermercado e uma escola de samba no subúrbio. Na imagem, Eraldo (Luís Miranda) sendo surpreendido por todos os funcionários estourando confete em cima dele. Foto: Globo/João Miguel Júnior


A primeira temporada da série "Encantado’s" vai ocupar as noites de terça-feira na tela da TV Globo, após a novela das nove, a partir de 2 de maio. Sucesso no Globoplay, a trama - criada por Renata Andrade e Thaís Pontes e escrita por elas com Chico Mattoso e Antônio Prata, que assinam a redação final e, com direção artística de Henrique Sauer – gira em torno dos irmãos Ponza, Olímpia (Vilma Melo) e Eraldo (Luis Miranda), que herdaram do pai um supermercado e uma escola de samba da série D do Rio de Janeiro, ambos funcionando em um mesmo espaço no subúrbio da cidade. 

Com personalidades distintas e objetivos diferentes - ela, na missão de gerir o negócio que dá sustento à família, e ele, mirando um título no Carnaval - a dupla protagoniza momentos cômicos e cheios de afeto junto ao grupo de personagens que, de dia, ocupa suas funções no mercado e, à noite, brilha nos ensaios da agremiação. A história se passa no subúrbio do Rio de Janeiro, mas poderia ser vivida em qualquer outro lugar onde há intensa circulação de pessoas, calor humano, mistura de afetos e negociações constantes que se dão em meio a um fluxo urbano cortado pelos trilhos do trem. 

Enquanto se ocupam dos preparativos para a gravação da segunda temporada, autores, diretor artístico e elenco celebram a chegada da primeira temporada da série à TV Globo em um ensaio fotográfico feito especialmente para a estreia na TV. “Ver o ‘Encantado’s’ ganhando um alcance ainda maior é a razão maior da minha ansiedade. Estou curiosíssima pra saber como o grande público da TV Globo vai receber a nossa série. Acredito muito na conexão que as pessoas terão com aqueles personagens, com os dois universos (o samba e o mercado), com as vivências e com as histórias que contamos ali. Mal posso esperar pra botar o nosso bloco na rua”, anseia a criadora e autora da série, Renata Andrade.

Para Antônio Prata, a série lida com as coisas que o Brasil tem de melhor: Carnaval, uma de nossas manifestações culturais mais importantes, e a fé, não só aquela religiosa, mas a fé na vida, de que as coisas vão ser melhores amanhã. “Tem essa coisa bacana, que une Apollo e Dionísio, o trabalho daquelas pessoas – no Carnaval, elas trabalham muito duro, são os verdadeiros CDFs da folia – então, acho que a gente consegue captar esses aspectos. Além disso, geralmente dizem que as séries são sobre ambiente de trabalho ou família. E ‘Encantado’s’ pega os dois mundos porque é um ambiente de trabalho familiar e isso é uma coisa bem brasileira, de se romper os limites”.

Chico Mattoso concorda que a brasilidade é um diferencial e ressalta a referência que as séries de humor têm para os lares brasileiros: “São personagens profundamente brasileiros, vivendo conflitos e situações que falam pra todo mundo, que são universais”. Também criadora e autora da série, Thais Pontes completa: “Vai ser muito bom ver como será na TV aberta, que é esse holofote que atinge milhares de pessoas, tudo isso enquanto estamos nesse processo de gravação da segunda temporada. É muito emocionante perceber que o público se viu na tela porque era exatamente isso que queríamos”.

Para o diretor artístico Henrique Sauer, poder compartilhar o trabalho com mais pessoas gera ânimo. “Essas características de identificação com quem assiste e a alegria da obra em si conectam as pessoas e nos sentimos muito felizes de poder dividir essas histórias e afetos com um público maior. E, na segunda temporada, os textos estão ótimos. Queremos pegar tudo de bom que fizemos na primeira e dobrar a aposta, seguindo com aquilo que a gente acredita e construiu”, comenta, já de olho no futuro.  

Em "Encantado’s" as tramas se fecham a cada episódio, mas são cercadas pela narrativa principal da relação conflituosa e pitoresca entre os irmãos. Conectados pelos laços sanguíneos e pelo amor que os une, os dois vivem encontros e desencontros na tentativa de conciliar suas distintas maneiras de seguir seus sonhos. 

Com um elenco afinado, "Encantado’s" e "Joia do Encantado" coexistem e nos apresentam personagens com características semelhantes aos parentes e amigos de vizinhança com os quais convivemos, sempre acreditando que o dia seguinte vai ser melhor. “Enquanto pessoa preta eu me sinto representada e privilegiada em me ver na tela - quando eu falo em me ver, digo em relação aos meus pares. Eu acho que é assim que as pessoas pretas e suburbanas vão se sentir. Estamos falando de pessoas reais, pessoas que existem, como uma tia, uma mãe, uma amiga. E temos uma lente de aumento para aquilo. A escola de samba nada mais é do que o reduto cultural daquelas pessoas. Então o subúrbio você vê ali na tela presente e representado”, comenta Vilma Melo, que interpreta a solteira e empreendedora Olímpia. 

Ao contrário da irmã, Eraldo (Luis Melo) é casado com a aspirante a influencer Maria Augusta (Evelyn Castro) e pai de Melissa (Ramille), e tem no puxador e puxa-saco Leozinho, seu fiel escudeiro. Enquanto dona Ponza (Dhu Moraes), a matriarca da família, tem preferência por ele entre os filhos, tia Ambrosia (Neusa Borges), morre de amor e orgulho pelo neto FlashBlack (Digão Ribeiro). O segurança do Encantado’s é quem dá o tom à bateria da Joia, mas em matéria de amor, não acerta o compasso com Pandora (Dandara Mariana), a nova caixa do estabelecimento.

Por isso, a bem resolvida e “pegadora” Crystal (Ludmillah Anjos) e mestre-sala e açougueiro Pedro (Dhonata Augusto) se encarregam de ajudar o parceiro. Completam o grupo a sincerona e mau humorada Ana Shaula (Luellem de Castro), que não mede as palavras para revelar verdades a quem precisar ouvi-las, e o simpático e artista Celso Tadeu, quem dá voz às melhores ofertas que a comunidade encontra no supermercado. 

“A série é maravilhosa e tem elementos que vão agradar muito o público. A gente mostra um subúrbio do Rio, mas que poderia ser uma região de qualquer lugar no mundo em que as pessoas têm seus problemas, mas têm muita vontade de vencer e de resolvê-los, apresentamos uma comunidade que se gosta, se curte. A série traz o subúrbio e fala de amizade, de empatia, de cooperação, e um aspecto que, para mim, é muito especial é a ideia de retratar isso tudo com humor e leveza”, pontua Luís Miranda. 

"Encantado’s" é criada por Renata Andrade e Thais Pontes, e escrita em parceria com Chico Mattoso e Antonio Prata, responsáveis pela redação final. A primeira temporada da série tem direção artística de Henrique Sauer e direção de Deo Cardoso e Naína de Paula. A produção é de Juliana Castro e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.

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