sábado, 12 de setembro de 2020

.: Time de astros do rock se reúne para homenagear Ginger Baker


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico musical.

Uma reunião de lendas do rock clássico subiu ao palco em Londres na noite do dia  17 de fevereiro (antes da pandemia da Covid-19 se espalhar pelo mundo)  para celebrar a memoria do baterista Ginger Baker, que faleceu aos 80 anos em outubro de 2019. O evento, que foi registrado em CD duplo,  foi idealizado por Eric Clapton, com quem Baker tocou em duas bandas (Cream e Blind Faith) nos anos 60. E serviu para revisitar a obra musical que o músico ajudou a construir e que ainda serve de referência para os que tocam rock pelo mundo afora.

O concerto foi batizado como "Eric Clapton & Friends: A Tribute to Ginger Baker" e aconteceu no Eventim Apollo Hammersmith em Londres. Nele estiveram estavam lendas como Steve Winwood (que formou Blind Faith com Baker, Clapton e Rick Grech), Ron Wood (dos Rolling Stones), Roger Waters (fundador do Pink Floyd) e Nile Rodgers (da banda Chic), Kenney Jones (baterista da banda Faces), Paul Carrack, Chris Stainton nos teclados, o baterista Steve Gadd, e o filho de Baker, Kofi Baker, entre outros.

A importância de Baker na história do rock passa pela sua técnica incrível ao tocar bateria, sempre com uma influência direta da percussão de origem africana e pela sua experiência no circuito do jazz de Londres, que contribuiu muito para sua formação como músico profissional. Ele foi um dos primeiros a usar dois bumbos na bateria, influenciando outros percussionistas de bandas de rock, como Keith Moon, da banda The Who, por exemplo.

O setlist de 15 músicas homenageou a vida de Baker na música. E naturalmente incluiu o trabalho de Clapton e Baker juntos nas bandas Cream e Blind Faith. O número final da noite, a canção Crossroads, permitiu que muitas das lendas da guitarra tivessem a oportunidade de mostrar seus solos. Entre os momentos mais marcantes estão as versões de Badge (com Clapton e Ron Wood nas guitarras), Presence Of The Lord (com destaque para Steve Winwood no vocal) e White Room (com Roger Waters no baixo e Clapton no vocal e guitarra).

Antes de qualquer música ser tocada, um tributo filmado a Baker, com muitos clipes de performances do músico ao vivo foi mostrado na tela grande atrás do palco. Clapton então falou. “Algumas dessas coisas foram há 50 anos, mas parece que foi ontem. Eu costumava chamá-lo de Peter Edward ... e acho que ele está aqui ... em algum lugar".

"Badge"

  
"White Room"

"Crossroads"

.: Eduardo Martini estreia monólogo “A Vida é Sua, A Norma é Nossa”


Escrita por Anderson Dy Souza, a comédia inédita trata de temas como a solidão e o mau uso de informações da vida alheia. Fo
to: Studioum - Ricardo Pepeliskof

Após apresentar três consagrados espetáculos de sua carreira por meio da plataforma Sympla, Eduardo Martini estreia na próxima quinta-feira, 17 de setembro, às 21h00, também na Sympla, o monólogo “A Vida é Sua, A Norma é Nossa”. Os ingressos podem ser adquiridos na plataforma, por valores entre R$30 (valor integral) e R$15 (meia entrada).

Com direção, figurino e trilha sonora sob a criação do próprio Eduardo, o espetáculo é da autoria do também comediante Anderson Dy Souza. Em cena, Martini encarna Norma, uma solitária cinquentona que entediada com o monótono cotidiano, acaba se metendo com a vida alheia, causando confusão ao embaralhar informações. “A Norma representa esse pessoal que acha que está por dentro de tudo, mas na verdade, não está. Ela conclui a vida dos outros com informações imprecisas, não medindo as consequências. Por conta da solidão, ela sente essa necessidade de informações alheias. Muitas pessoas são assim”, relata Eduardo Martini.

Idealizada para ser apresentada presencialmente, “A Vida é Sua, A Norma é Nossa” marca os 43 anos de carreira de Eduardo Martini, que em 2019 foi um dos homenageados do Prêmio do Humor, criado por Fábio Porchat. O ator foi reconhecido por sua contribuição para o teatro paulistano.

Sobre Eduardo Martini
Ator, diretor e produtor, Eduardo Martini tornou-se ícone da comédia brasileira, trabalhando ao lado de nomes como Chico Anysio, em “A Escolinha do Professor Raimundo” e Dercy Gonçalves. Estudou na Actor’s Studio e na prestigiada Alvin Ailey American Dance Theater, ambas em Nova York. Martini compôs o elenco de novelas como “Deus nos Acuda”, de Silvio de Abreu e “O Clone”, de Glória Perez. Participou também do programa de Hebe Camargo com a personagem Neide Boa Sorte, tirando gargalhadas da apresentadora.

Entre seus projetos no teatro, destacam-se “A Chorus Line”, “Splish Splash”, “Não Fuja da Raia”, “Na Medida do Possível”, “Quem Tem Medo de Itália Fausta?”, “I Love Neide” e “Até que o Casamento nos Separe”, em parceria com sua amiga e também atriz Suzy Rêgo. Engajado em causas sociais e inclusivas, Eduardo Martini também é o criador do primeiro Festival LGBTQ+ de teatro, que estreou em 2019 no antigo Teatro Décio de Almeida Prado, recém-transformado no Centro Cultural da Diversidade.

Serviço
"A Vida é Sua, A Norma é Nossa"
Quinta-feira, 17 de setembro, às 21h
Ingressos: R$ 30 (valor integral) e R$ 15 (meia-entrada) em sympla.com.br
Duração: 70 minutos
Classificação indicativa: 12 anos

Importante
1. Baixar o aplicativo Zoom zoom.us
2. Fazer um cadastro e logar no site sympla.com.br
3. Acessar a área Meus ingressos e clicar em acessar transmissão (disponível 15 minutos antes do horário de início do evento).




.: “Diários de Wuhan”, o livro que viralizou na web e foi proibido na China

Publicado como web diário, o livro é mais que um relato dos fatos, mas dos sentimentos, das reações das pessoas na cidade-epicentro da pandemia.

Janeiro de 2020. Um vírus desconhecido assola uma pequena cidade chinesa chamada Wuhan. Ninguém sabe exatamente como combater a contaminação, que avança rápido e ameaça ultrapassar as barreiras do país. Medo. Incerteza. Desinformação. Em meio a essa pandemia uma voz surge para narrar os acontecimentos em tempo real, numa espécie de diário online diretamente da cidade onde tudo começou. Fang Fang queria dividir não apenas com seus vizinhos, mas com o mundo, como era fazer parte de um momento tão assustador.

A Faro Editorial lança este mês um dos livros que mais tem causado polêmica na China e tem levantado um exército de trolls na internet para tentar encobrir o que a escritora Fang Fang relatou em seus “Diários de Wuhan”. Construído em uma narrativa de diário em tempo real, Fang Fang dividiu com o mundo como foi viver os momentos aterrorizantes de uma pandemia, sem informação, sem ajuda, e ainda com o risco de ser calada.

Fang Fang – pseudônimo da premiada escritora chinesa Wang Fang - começou a relatar, em uma espécie de diário online, o que estava acontecendo na cidade de Wuhan. A região havia acabado de decretar lockdown por conta de um vírus desconhecido e altamente contagioso. Municiada de informações desencontradas e de medo, Fang decidiu escrever esses textos como uma forma de relatar o que era descoberto ao longo dos dias, os erros e os acertos no combate ao vírus e como estava a rotina dos cidadãos confinados.

Mas, o relato verdadeiro e pessoal de Fang acabou despertando a ira do Partido Comunista em Pequim, que derrubou suas postagens, proibiu a publicação dos textos em livro e iniciou uma forte campanha de desmoralização da escritora pela internet. De desabafo de uma cidadã comum a acusação de ficção orquestrada pelo Ocidente, “Diários de Wuhan” apresenta um cenário visceral do que foi a descoberta do vírus Covid-19 na cidade do seu epicentro e como os cidadãos e governantes de Wuhan lidaram, ou não, com o que acontecia ali.

Ao reivindicar o dever de registrar os fatos, ela também se manifesta contra a injustiça social, abuso de poder e outros problemas que tornaram a epidemia uma catástrofe. Enquanto a autora documenta, em tempo real o início da crise, somos capazes de identificar padrões e erros que estão sendo repetidos em todo o planeta.

Sobre a autora:
Fang Fang é o pseudônimo de Wang Fang, escritora chinesa premiada. Nasceu em Nanjing, província de Jiangsu e foi para a Universidade Wuhan em 1978 para estudar literatura chinesa. Em 1975, começou a escrever poesia; em 1982, lançou seu primeiro romance e em 1987, sua obra-prima "Feng Jing", conquistando inúmeros prêmios. Você pode comprar o livro neste link.




.: "Alice no País das Maravilhas", clássico da literatura mundial, é relançado


“— Quem... é... você?..
. — Inquiriu a Lagarta.

Alice respondeu:

— Eu… Neste momento, não sei dizer muito bem, Senhora. Sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas creio que deva ter mudado várias vezes desde então.”

Esta é a história sobre uma garotinha caindo de um buraco de coelho que se tornou a heroína mais popular da literatura inglesa, e um dos personagens mais queridos da literatura mundial! A Faro Editorial lança este mês sua edição do clássico de Lewis Carroll que encanta gerações, "Alice no País das Maravilhas". Com as ilustrações originais que deram vida aos personagens, a obra, traduzida por Thereza Christina Motta, primou pela fidelidade ao universo único criado por Lewis Carroll .

Talvez Alice não seja mais que um sonho, um conto de fadas sobre os desafios e tribulações do crescer — talvez seja a visão de que o mundo adulto parece estar de cabeça para baixo quando visto pelos olhos de uma criança... Enquanto Alice explora um mundo subterrâneo bizarro, ela encontra um elenco de personagens estranhos e fantasiosos: o apressado Coelho Branco, o Chapeleiro Maluco, o sorridente gato Cheshire, os gêmeos, a terrível Rainha de Copas e outras criaturas extraordinárias.

Perca-se nesta aventura através dos olhos de Alice nesse maravilhoso mundo nonsense, repleto de significados criados por meio de sátiras, alegorias e metáforas, que encobrem profundas revelações. 

“Naquela direção mora o Chapeleiro e, na outra, a Lebre Maluca — disse o Gato — Pode escolher quem visitar, ambos são doidos.

— Mas não quero conhecer doidos — replicou Alice.

— Ah, mas isso é impossível evitar. Somos todos doidos por aqui. Eu sou doido. Você é doida...

— Como sabe que sou doida? — perguntou Alice.

— Deve ser — disse o Gato — senão não estaria aqui.”


Sobre os autores
Lewis Carroll (1832-1898)
foi um poeta, romancista e matemático inglês. Alice no país das maravilhas é sua obra mais famosa e, de tão singular, gera inúmeras teorias sobre a sua vida, a inspiração para Alice e a criação de suas histórias.

Sir John Tenniel (1820-1914) foi um ilustrador inglês. Seu trabalho mais conhecido são as ilustrações para as obras de Lewis Carroll. Tenniel nasceu cego de um olho, mas era conhecido por sua memória fotográfica prodigiosa, pois desenhava sem modelos. 

Você pode comprar o livro neste link.




sexta-feira, 11 de setembro de 2020

.: Entrevista: Walcyr Carrasco comenta o sucesso de "Eta Mundo Bom"


Walcyr Carrasco relembra o trabalho ne "Eta Mundo Bom", sucesso na primeira exibição e na reprise, que tem o último nesta sexta-feira. Foto: Globo/Paulo Belote 

Durante a primeira exibição em 2016, "Eta Mundo Bom!" foi um fenômeno de audiência no horário das seis. A história de Candinho (Sergio Guizé) e seu incansável lema "Tudo o que acontece de ruim na vida da gente é pra 'meiorá'", as situações hilárias na fazenda Dom Pedro II, e as tramas na charmosa São Paulo da década de 1940, entre outras qualidades da obra, seduziram os telespectadores.

A exibição no "Vale a Pena Ver de Novo" mostra que a trama mantém a mesma força nos dias atuais, com repercussão intensa nas redes sociais e a melhor performance de audiência da faixa horária dos últimos dez anos. O autor Walcyr Carrasco acredita que a pandemia fez com que a novela chegasse em um momento em que todos ansiavam por uma história leve e divertida como "Eta Mundo Bom!". "É uma novela que escrevi com o coração e um olhar otimista sobre a vida. Acredito que a mensagem positiva da trama, que se renova a cada capítulo, faz o espectador se sentir bem durante esse momento difícil que vivemos", analisa Walcyr.     

Na última semana de exibição da novela, que está dividindo o "Vale a Pena Ver de Novo" com a estreia de "Laços de Família", outro grande sucesso da teledramaturgia, o público relembra desfechos marcantes, como o casamento de Candinho e Filomena (Débora Nascimento) e o final trágico dos vilões Sandra (Flávia Alessandra) e Ernesto (Eriberto Leão). Nesta entrevista, Walcyr Carrasco reflete sobre o sucesso da trama nos dias atuais e fala sobre seus sentimentos ao rever a novela. Exibida no "Vale a Pena Ver de Novo", "Eta Mundo Bom!" é escrita por Walcyr Carrasco, com direção geral e de núcleo de Jorge Fernando.


Como foi a experiência de rever a obra já finalizada? E qual sua sensação após a novela ser novamente um grande sucesso?
Walcyr Carrasco -
Foi maravilhoso rever a obra, a qualidade da interpretação do elenco e a direção inesquecível do Jorge Fernando. 

Qual sua sensação após a novela ser novamente um grande sucesso?
Walcyr Carrasco - 
Fiquei muito feliz com o sucesso nesse momento difícil que vivemos, porque escrevi essa novela com o coração, com meu olhar otimista sobre a vida.


Quais são os maiores acertos da trama para ser um sucesso tão grande na sua opinião?
Walcyr Carrasco - Acho que o principal é o tom leve e bem humorado da história e a mensagem positiva que se renova a cada capítulo.


A atuação de algum ator ou atriz do elenco te surpreendeu na época e novamente agora? Houve alguém que você não tinha trabalhado antes e quis repetir a experiência?
Walcyr Carrasco - 
Tanto os atores com quem eu já costumava trabalhar, como a Elizabeth Savalla, e o Sergio Guizé, que trabalhei pela primeira vez em"Eta Mundo Bom!", contribuíram muito para o sucesso da novela. Eles foram maravilhosos! Quem acompanha o meu trabalho sabe que busco trabalhar novamente com vários atores. O Guizé fez mais duas novelas comigo depois dessa.   


O trabalho de Sergio Guizé sem dúvida foi muito importante para o sucesso da trama. Na sua opinião quais principais qualidades ele apresentou ao longo da novela ao viver Candinho?
Walcyr Carrasco - 
Sergio Guizé entendeu perfeitamente a essência do personagem e o jogou para cima. Dessa forma o transformou em um ícone, um sucesso absoluto.


Revendo a trama você mudaria o final de algum personagem? Considera o desfecho de Sandra ainda surpreendente?
Walcyr Carrasco - 
Não mudaria nada, não é à toa que depois de quatro anos, em um momento tão diferente, a novela voltou a ser um sucesso.


Como foi o retorno do público durante a reprise?
Walcyr Carrasco - 
Recebo muitas mensagens pelas redes sociais. Neste momento, o público torce bastante por seus personagens preferidos e principalmente querem que a Sandra tenha seu merecido castigo! É muito interessante acompanhar.

.: Bianca Bin e Rainer Cadete falam sobre casal #Maricel em novela

Atores comentam sobre a parceria que levou ao enorme sucesso do casal. Foto: Globo/Cesar Alves

Em 2016, guando gravavam "Eta Mundo Bom!", Bianca Bin e Rainer Cadete se surpreenderam com a repercussão gerada pelos personagens Maria e Celso. Depois de um início conturbado, em que o sobrinho de Anastácia (Eliane Giardini) chegava a ser agressivo com a jovem, a relação entre eles se transformou aos poucos e ganhou uma enorme torcida do público. Agora, com a reprise no "Vale a Pena Ver de Novo" chegando ao fim, os atores ainda recebem uma enxurrada de mensagens nas redes sociais, comprovando que o casal caiu novamente nas graças do público.

Amigos há muitos anos, Bianca e Rainer creditam boa parte do sucesso à sintonia que conseguiram estabelecer juntos em cena. Abaixo, em entrevista, os atores comentam a parceria na construção do casal, a repercussão dos personagens, as lembranças que guardam do trabalho e a importância da mensagem positiva da novela. Exibida no "Vale a Pena Ver de Novo", "Eta Mundo Bom!" é escrita por Walcyr Carrasco, com direção geral e de núcleo de Jorge Fernando.


Entrevista com Bianca Bin

Como foi a construção do casal, que começou com uma relação complicada e conquistou a torcida do público?
Bianca Bin -
Poder contar com a parceria do Rainer foi fundamentável para o sucesso do casal. Ele, além de um excelente ator, é o meu melhor amigo. Uma parceria melhor do que essa não poderia haver, né? É muito mais fácil construir uma boa parceria se temos liberdade e nos sentimos à vontade com o outro. Confiamos um no outro, nos entregarmos inteiramente aos personagens, criamos juntos, rimos de nós mesmos.

Como tem sido a experiência de rever a novela, agora sem a cobrança de estar no meio do trabalho?
Bianca Bin - 
Deliciosa. Agora sinto que as críticas já não se fazem mais necessárias, o meu olhar está menos julgador e muito mais carinhoso. Esse é um trabalho que tenho muito orgulho de ter feito. Assistir agora é como uma celebração, lembrar das histórias com o Jorginho (Fernando), e de todos os amigos e parceiros queridos que fizeram parte da minha vida naquela época.

Quais as lembranças que ficaram desse trabalho?
Bianca Bin -
 Só guardo boas lembranças. Foi uma escola estar diariamente com Eliane Giardini e Marco Nanini. Trocar em cena com eles foi muito agregador, a experiência e o talento deles são provocação e inspiração a todo o tempo. Mas, ainda mais legal do que isso, foi ter tido a oportunidade de conviver com o lado humano deles, atrás das câmeras. São pessoas incríveis! Sinto muitas saudades. Falando por todo o elenco, fomos muito felizes durante o trabalho e acho que esse também é um dos grandes motivos do sucesso de "Eta Mundo Bom!".


A reprise da novela tem sido um alento para muita gente, principalmente pelas mensagens positivas que a trama traz. Qual foi o grande ensinamento que este trabalho trouxe para você?
Bianca Bin - 
Acredito que o de sempre voltar o meu olhar para a metade do copo que está cheia. O otimismo, a alegria, as músicas, os cenários de época que nos remetem aquele tempo bom, onde o valor das coisas mora na simplicidade, ensinam e ajudam muito a todos nós, principalmente num momento triste e de tantas perdas como esse que estamos vivendo agora. "Eta Mundo Bom!" é mesmo um grande alento para tempos difíceis.

Entrevista com Rainer Cadete

O casal Maria e Celso está fazendo tanto ou mais sucesso do que na exibição original. Como tem sentido o retorno nas redes sociais?
Rainer Cadete -
Estou recebendo uma enxurrada de mensagens de pessoas que estão assistindo à novela e não perdem um capítulo. Sentir esse carinho tem sido tão prazeroso quanto da primeira vez que a trama foi exibida. Eu gosto de acompanhar tudo o que estão falando e postando a respeito da novela. Fico muito feliz com os comentários de que a novela proporciona um alívio para quem assiste, um respiro das notícias sobre a pandemia, tão tristes de se acompanhar.


Ao longo da trama, Celso e Maria ganharam cada vez mais espaço e foram se tornando o casal queridinho do público da novela. Isso te surpreendeu na época?
Rainer Cadete -
Sim, bastante. Acredito que texto do Walcyr Carrasco, a direção do Jorge Fernando e a sintonia entre os personagens caíram no gosto de quem acompanhou a trama e torceu pelo amor do casal #Maricel. Minha relação com a Bianca sem dúvida também fez bastante diferença. Estar em cena com ela foi um deleite, é uma atriz talentosa e uma amiga muito querida. Esse trabalho também foi uma celebração dos nossos muitos anos de amizade.

O Celso começa a história como vilão ao lado de Sandra (Flávia Alessandra) e é transformado pela relação com a Maria. Acredita no poder transformador do amor?
Rainer Cadete -
Celso tinha uma personalidade flácida e era influenciado pela irmã, mas viveu um lindo processo de transformação a partir do momento em que descobriu o amor. Eu acredito plenamente nisso, no poder revolucionário que o amor nos proporciona em todos os aspectos da vida.

A mensagem principal da novela é "tudo o que acontece de ruim é para melhorar", que ganha mais importância nesses tempos difíceis. Como você enxerga isso diante da realidade que estamos vivendo?
Rainer Cadete -
"Eta Mundo Bom!", além de entreter, transmite uma mensagem de otimismo. O otimismo na trama fala sobre ter a consciência de que tudo passa, que a vida é transitória. Eu tenho muito orgulho de fazer parte desse projeto que tem levado alegria para tantas pessoas nesse momento.

Você participou de algumas novelas do Walcyr Carrasco, sempre com papéis memoráveis. Conte um pouco sobre essa parceria.
Rainer Cadete -
Minha primeira novela foi "Caras e Bocas", também escrita pelo Walcyr e dirigida pelo Jorginho, onde fiz o protagonista na fase jovem, mas que, durante toda a trama, voltava em flashbacks. Cada personagem que o Walcyr escreveu para mim tem um sentido que vai além do entretenimento, existe uma mensagem bonita em cada um deles. Como o Rafael, de "Amor à Vida", que estava presente na trama sobre o autismo com a personagem da Bruna Linzmeyer. O último, que foi o Téo de "A Dona do Pedaço", que tratou sobre relacionamento abusivo. Isso me orgulha muito nos meus trabalhos com o Walcyr.

.: Anderson Di Rizzi e o sucesso de Zé dos Porcos em "Eta Mundo Bom!'"


Ator comenta lembranças e aprendizados do trabalho que marcou sua carreira. Foto: Globo/
Estevam Avellar

"Eta Mundo Bom!" é um dos trabalhos mais marcantes da carreira de Anderson Di Rizzi. Homem simples, de alma nobre e coração apaixonado, Zé dos Porcos conquistou o público que acompanha a reprise da trama, assim como na exibição original. Para o ator, reviver o sucesso no "Vale a Pena Ver de Novo" reascendeu na memória momentos inesquecíveis que viveu na época das gravações. 

Na entrevista abaixo, Anderson relembra as suas cenas favoritas da novela de Walcyr Carrasco, o processo de composição do personagem, e conta um pouco dos bastidores das gravações na fazenda Dom Pedro II. Ele também fala sobre como está lidando com o momento de pandemia. Exibida no "Vale a Pena Ver de Novo", "Eta Mundo Bom!" é escrita por Walcyr Carrasco, com direção geral e de núcleo de Jorge Fernando.

A novela fez um sucesso enorme em sua primeira exibição e, ao ser exibida no "Vale a Pena Ver de Novo", a família da fazenda e o seu personagem novamente caíram nas graças do público. Como está sendo acompanhar isso?
Anderson Di Rizzi - 
Maravilhoso! É a primeira vez que uma novela que faço parte é reprisada. Estou adorando acompanhar, perceber que lembro de muitas coisas e outras nem tanto. Na época das gravações falávamos que o núcleo da fazenda tinha que virar uma série. Eram tantas histórias engraçadas envolvendo os personagens, todos foram muito bem construídos. A mensagem "tudo o que acontece de ruim é para melhorar", é ainda mais importante no momento atual, precisamos acreditar que dias bons estão por vir.

Qual é a importância do Zé dos Porcos em sua carreira? 
Anderson Di Rizzi -
O Zé dos Porcos, sem dúvida, é um dos personagens que eu mais gosto na minha carreira. Ele me trouxe muito aprendizado. 

Você se inspirou em alguém para interpretá-lo?
Anderson Di Rizzi - 
Eu sempre me inspiro em Mazzaropi para os meus trabalhos. Fiz um personagem nessa linha em "Morde & Assopra", o sargento Xavier. Para "Eta Mundo Bom!" também procurei me inspirar em Chaplin. Durante o processo de preparação para viver o personagem, fiquei dez dias num sítio no interior de Piracicaba, cuidando dos porcos, dos galos, interagindo com a família. Passei muito tempo relembrando e trabalhando o sotaque caipira. Também fiz um trabalho longo de preparação corporal, para trazer uma postura diferente do Xavier.


Quais as cenas do Zé dos Porcos você destaca como as suas preferidas?
Anderson Di Rizzi - 
Tem duas cenas de que gosto muito. A primeira é quando a Mafalda (Camila Queiroz) pede para ver o "cegonho" dele. O "cegonho" virou um personagem da novela, tamanho o sucesso. A outra cena é quando o Zé dos Porcos faz greve. Ele está no lago, deitado, no meio do mato, quando a Cunegundes (Elizabeth Savalha) e o Quinzinho (Ary Fontoura) decidem tirar satisfação com ele, porque está "nas greve". São cenas divertidas demais.


Conte um pouco sobre a repercussão de seu personagem durante essa reprise no "Vale a Pena Ver de Novo".
Anderson Di Rizzi - 
Como saio muito pouco tenho sentido a repercussão de "Eta Mundo Bom!" pela internet. E o meu público, felizmente, é muito legal e variado. Tem senhores de idade que adoram. Muitas crianças também gostam do meu trabalho. Só tenho a agradecer.

Como eram as gravações com o núcleo da fazenda Dom Pedro II? Além de contracenar com atores consagrados, como Ary Fontoura, Elizabeth Savalla, Flávio Migliaccio e Rosi Campos, você participou de muitas cenas importantes para a história. Quais são as principais lembranças?
Anderson Di Rizzi - 
Fiz mais que uma escola, fiz uma faculdade nessa novela. Aprendi muito com eles. Alguns pensam que essa turma que está há muitos anos na TV não gosta de passar texto. Muito pelo contrário! Eles adoravam passar o texto, trabalhar a cena, a gente criava coisas juntos, tínhamos várias ideias. Tenho muitas saudades do Flávio Miggliaccio, fizemos muitas cenas juntos. A Savalla já foi a minha sogra em "Amor à Vida", sempre nos demos muito bem. Do Ary Fontoura eu me tornei muito próximo, nos falamos sempre. Esse clima de harmonia reverberava nas cenas. Tenho muito orgulho de ter feito parte desse núcleo.

Como tem passado os dias de isolamento social?
Anderson Di Rizzi - 
No começo do isolamento, fui com minha esposa e as crianças para um condomínio no meio do mato. E depois de quatro meses começamos a ficar mais em São Paulo, seguindo todos os protocolos, cuidados. Eu me sinto aflito com tudo o que está acontecendo, mas acredito que a humanidade precisava desse chacoalhão. Vejo muito egoísmo, as pessoas pensam demais em dinheiro, no poder. Falta espírito de coletividade, mais amor ao próximo, mais respeito ao próximo. O momento de hoje te faz ter mais cuidado com o próximo. Se você não usar máscara vai prejudicar o outro e até uma pessoa que está dentro da sua casa. É uma lição também para a gente aproveitar mais o momento presente. Vivemos lamentando o que passou e ansiosos com o futuro. Hoje não conseguimos mais fazer planos, você não sabe o que vem pela frente.

.: HQ "De Volta para o Futuro Vol.2" é lançamento de setembro


Geektopia publica o segundo volume dos quadrinhos com linhas do tempo alternativas dos filmes.

Em setembro, a Geektopia (selo geek do Grupo Novo Século) traz o lançamento de "De Volta para o Futuro: Contratempo Contínuo". A HQ é o segundo volume de obras que trazem novas aventuras e linhas do tempo alternativas que nunca foram vistas nos filmes. 

Nessa obra, é primavera de 1986. Marty McFly, deprimido porque a vida sem o Doutor Brown é muito chata, recebe uma carta alarmante de Clara, vinda de 1893: o Doutor desapareceu no tempo e Marty é o único que pode encontrá-lo! A HQ foi escrita pelo cocriador/corroteirista Bob Gale e John Barber com arte de Marcelo Ferreira. Você pode comprar o livro neste link.




.: Grátis: Diogo Vilela estreia monólogo “Cauby, Uma Paixão” em live teatral


Após reunir uma plateia de mais de 240 mil pessoas em suas transmissões online e pela TV, o projeto retorna no mês de setembro com mais uma série de lives, diretamente dos Teatros Claro Rio e SP, gratuitas e ao vivo pelos canais no Youtube do Sesc em Minas (SescemMinasGerais) e do Teatro Claro Rio (TeatroClaroRio) ou do Teatro Claro SP (TeatroClaroSP) e pelo Canal 500 da Claro TV. 

O primeiro espetáculo será o monólogo “Cauby, Uma Paixão”, uma adaptação de Flávio Marinho do grande musical “Cauby, Cauby”, com Diogo Vilela para o teatro on-line. A apresentação será quinta-feira, dia 24 de setembro, às 20h30. “'Cauby, Uma Paixão' surgiu recentemente em nossos corações e imaginário, durante a pandemia, com o intuito de espalhar alegrias e amor ao público, que anda necessitado de ternura em tempos difíceis, e de realizar um trabalho com qualidade artística, mesmo durante este período”, diz o ator Diogo Vilela.

O “Palco Instituto Unimed-BH em Casa” segue com a proposta de manter vivos o hábito e a potência do teatro. Após uma programação de sucesso nos meses de junho e julho, que reuniu mais de 240 mil pessoas pela internet e pela TV para assistirem a três excelentes produções do teatro brasileiro (“Os Vilões de Shakespeare”, com Marcelo Serrado, “E Foram Quase Felizes para Sempre”, com Heloisa Périssé, e  “Não Sou Feliz, mas Tenho Marido”, com Zezé Polessa), o projeto retorna para as apresentações de outras cinco montagens, a partir do mês de setembro.

A transmissão será gratuita e simultânea pelos canais Youtube do Sesc em Minas (SescemMinasGerais) e do Teatro Claro Rio (TeatroClaroRio) e pelo Canal 500 da Claro TV. Os espetáculos contarão com tradução de libras e áudio descrição para garantir o acesso das pessoas com deficiências auditivas e visuais.

Com os mesmos rigores técnicos aplicados nas apresentações presenciais, em um palco especialmente preparado com sistemas especiais de vídeo, iluminação e sonorização, o “Palco Instituto Unimed-BH em Casa” assegura ao público a melhor experiência que a plateia e o teatro merecem.  Para Marisa Machado Coelho, diretora da produtora mineira Pólobh, idealizadora do projeto, a dedicação e investimentos foram os ingredientes do sucesso da primeira temporada, que cumpriu a sua proposta. “Lançamos o “Palco Instituto Unimed-BH em Casa” para criar alternativas para que tanto os artistas tivessem oportunidades de seguir promovendo a sua arte, quanto para o público, de manter-se conectado com a promoção de espetáculos teatrais. Os resultados da primeira temporada superaram nossas expectativas. Agora, seguimos com a segunda temporada, trazendo cinco belíssimas montagens, para que os artistas e a plateia do Brasil inteiro possam continuar se (re)encontrando”, comemora Marisa Machado Coelho.

Durante as apresentações da primeira temporada do “Palco Instituto Unimed-BH em Casa” o público pode fazer doações para o Mesa Brasil Sesc, programa de combate à fome e ao desperdício de alimentos promovido pelo Sesc. No total, foram arrecadados R$ 33.740,00, convertidos em cestas básicas que beneficiaram mais de 400 famílias. A segunda temporada também possibilitará ao público realizar as doações para o Mesa Brasil Sesc (por meio de QR Codes).   

"Cauby, Uma Paixão"
O roteiro de "Cauby, Uma Paixão" está baseado no espetáculo musical “Cauby, Cauby” e acrescido de novas canções que foram gravadas por Cauby e que habitam o imaginário coletivo até hoje. Com roteiro de Flavio Marinho, o show-teatro-musical percorre a carreira do cantor, pontuada por músicas como “Conceição”, “A Perola e o Rubi”, “Molambo”, “Samba do Avião”, “Eu e a Brisa”, entre tantos sucessos gravados pelo artista que, até hoje, tem um público cativo, que o ama e o faz inesquecível para a cultura brasileira. Para Flavio Marinho, "o espetáculo parte da seguinte premissa: se vivo estivesse, como Cauby reagiria ao fazer um espetáculo nos dias de hoje, em condições tão especiais? No final do espetáculo, veremos que ele está mais vivo que nunca em nossos corações e na nossa lembrança”.

O ator Diogo Vilela estará acompanhado em cena pela diretora musical Liliane Secco e pelo saxofonista Fernando Trocado, com figurinos de Ronald Teixeira, Luz de Daniela Sanchez, produção executiva de Marco Aurélio Monteiro e direção de produção de Marília Milanez.

Ficha técnica:
Ator – Diogo Vilela | Roteiro – Flavio Marinho | Diretora musical e pianista – Liliane Secco | Saxofonista – Fernando Trocado | Direção de arte – Ronald Teixeira | Designer de luz – Daniela Sanches | Produção Executiva – Marco Aurélio Monteiro | Direção de Produção – Marília Milanez. Classificação: livre | Duração: 60 minutos.

“Palco Instituto Unimed-BH em Casa”
O projeto é uma iniciativa da Pólobh, produtora sediada em Belo Horizonte, MG, tem patrocínio do Instituto Unimed-BH e do Programa Sociocultural Unimed-BH, viabilizado por mais de 5,1 mil médicos cooperados e colaboradores, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Tem realização do Ministério do Turismo e Governo Federal, patrocínio da Pottencial Seguradora e apoio cultural do Sesc em Minas e MIP Engenharia, promoção exclusiva da Rádio Alvorada e apoio da Coreto Cultural, Culturadoria, Fredizak, HBA, Jornal O Tempo, Rádio Super Notícia e SouBH.

Cuidado rigoroso
A produção dos espetáculos seguirá todos os protocolos e recomendações relacionados à prevenção da Covid-19 tais como a restrição do número de profissionais a trabalho nas montagens, o rigor no controle de circulação nas dependências do teatro (apenas pessoas a trabalho) e a medição da temperatura de todos os profissionais antes do acesso. Além disto, as áreas ocupadas serão frequentemente higienizadas, e haverá a disponibilização de álcool gel em diferentes setores, além da distribuição de máscaras para todos os envolvidos. Outras ações são a higienização do material antes de entrar no teatro (cenários, figurinos etc.), e o impedimento do consumo de alimentos e bebidas no local. Haverá, ainda, a presença de um bombeiro brigadista durante as atividades, para assegurar que todas as medidas serão cumpridas.

Instituto Unimed-BH
Associação sem fins lucrativos, o Instituto Unimed-BH, desde 2003, desenvolve projetos visando ampliar o acesso à cultura, estimular o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, valorizar espaços públicos e o meio ambiente. Ao longo de sua história, o Instituto destinou R$120 milhões ao setor cultural, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura e da Lei Federal de Incentivo à Cultura, viabilizado pelo patrocínio de mais de 5.100 médicos cooperados e colaboradores. No último ano, mais de 850 mil pessoas foram alcançadas por meio de projetos de cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura. 

.: Jane Duboc conta histórias infantis em apresentações virtuais do Teatro Porto


A atração  "Ilustre Criança – Desenhando A Canção" idealizada por Jane Duboc, com direção de Fernando Cardoso estreia em formato digital no Teatro Porto Seguro em quatro apresentações especiais nos dias 19 e 27 setembro, 4 e 12 de outubro. Os ingressos, a partir de R$20, terá parte do valor destinado para campanhas que estão auxiliando os diversos profissionais das artes cênicas, afetados pela pandemia do novo coronavírus.

Recomendado para crianças acima de dois anos, a proposta é interagir com toda a família por meio de histórias infantis escritas e interpretadas pela cantora, permeadas por canções e conversas. Durante a apresentação, as crianças podem pintar e desenhar seguindo as orientações do ilustrador Alexandre de Nadal. Após a apresentação, os pais que quiserem podem solicitar o livreto da peça com desenhos para colorir e outras atividades para a criança fazer em casa.

As apresentações acontecem ao vivo, com transmissão via streaming a partir da casa da artista no Rio de Janeiro, que estará acompanhada virtualmente pelo ilustrador Alexandre de Nadal, de Porto Alegre, e pelo músico Junior Lobbo, também do Rio. Jane Duboc escreveu e interpreta duas histórias infantis originais, "O Macaco Baterista" (dias 19 de setembro e 4 de outubro) e Ele Infante (dias 27 de setembro e 12 de outubro), que trazem ao público infantil os aspectos da preservação ambiental e da inclusão social.

Para Jane Duboc, são metáforas de nossa sociedade, abrangendo questões imprescindíveis para a formação da criança. “Desde mocinha adoro me aproximar das crianças, que me ensinam com muita honestidade de sentimento o deslumbramento pela vida. E, talvez por isso, tenha me inspirado a escrever contos e histórias infantis, algumas já publicadas, outras que estão guardadas e duas que vou mostrar no Ilustre Criança – Desenhando A Canção. Nessa fase tão difícil, em que as pessoas estão em casa sem poder se expandir, a gente quer chegar pertinho fazer a criança se divertir, e ao mesmo tempo, absorver alguns valores que fazem a vida ficar mais bacana como o respeito com nossa terra, nosso planeta e aos animais. E a criança pode se expressar através de desenhos, da dança e do canto com os animais que estão nas histórias”, conta.

O diretor Fernando Cardoso revela que não conhecia o lado contadora de histórias de Jane Duboc. “O dom natural dela não é só cantar, ela interpreta, faz diversas vozes, sabe contar história, então minha direção foi no sentido de transformar tudo isso numa experiência virtual. Trabalhamos para criar e roteirizar uma interação dinâmica entre a Jane, o músico Junior Lobbo e o ilustrador Alexandre de Nadal, cada um da sua casa”, explica.

Artista versátil
Cantora, compositora, instrumentista e escritora Jane Duboc é reconhecida por seus grandes sucessos da MPB, como Besame, de Flávio Venturini e Chama da Paixão, de Thamas Roth e Cido Bianchi. Com mais de trinta discos lançados no Brasil e no exterior, está na lista das 100 maiores Vozes da Música Brasileira pela Revista Rolling Stone Brasil.

Mas, poucas pessoas conhecem este outro lado. Avó de Taylor de 10 anos, Jane sempre gostou de escrever histórias para as crianças e, paralelamente ao longo de sua vida, foi apurando e desenvolvendo em si a sensibilidade para tratar o tema em suas criações. Como narradora de histórias, ela interpreta, cria vozes e gestuais, conduzindo seu público a uma viagem através da imaginação.

A relação de Jane Duboc com o universo infantil vem desde 1978, quando gravou Acalantos Brasileiros, projeto de Marcos Pereira, com belas canções de ninar retiradas do folclore brasileiro. No ano seguinte, gravou uma das faixas do LP Sítio do Pica-Pau Amarelo, sucesso da TV baseado na obra literária de Monteiro Lobato. Nos anos 1980, cantou com a Turma do Balão Mágico, participou do especial de TV e álbum infantil Arca de Noé, da dupla Vinícius de Morais e Toquinho cantando O Girassol e marcou sua presença no especial da TV Globo Verde que te quero Verde, projeto de Paulinho Tapajós, cuja temática, já naquela época, estava totalmente comprometida em conscientizar as crianças da preservação do meio ambiente.

Seus trabalhos reúnem passagens pela TV Cultura, no programa Rá Tim Bum em que cantou Sete Cores de Edu Lobo; no teatro com o Balé Teatro Guaíra e na gravação antológica de Valsa dos Clowns de Edu Lobo e Chico Buarque, de O Grande Circo Místico.  Outras participações que marcaram a trajetória de sua carreira foram em Deus Abençoe as Crianças e Paradão dos Baixinhos em que viajou com a Caravana da Xuxa pelo Brasil. 

Jane Duboc tem diversos livros infantis publicados e alguns deles, inclusive, adaptados para o teatro. Seu currículo literário inclui um livro de poesias chamado Através das Paredes e um romance intitulado Tomara.

Infantil
"Ilustre Criança - Desenhando a Canção"
Com Jane Duboc.
Direção: Fernando Cardoso.
Dias 19 de setembro e 4 de outubro, às 16h – O Macaco Baterista
Dias 27 de setembro e 12 de outubro, às 16h – Ele Infante
Ingressos: A partir de R$20.
Classificação: recomendado para crianças acima de 2 anos.
Duração: 40 minutos.

Teatro Porto Seguro
Vendas exclusivamente online no site:
http://www.tudus.com.br
Dúvidas: contato@teatroportoseguro.com.br
Atendimento pelo telefone (11) 3226-7300 de sexta a domingo das 14h às 20h.
Cliente Porto Seguro: na compra de um ingresso antecipado (até um dia antes) receberá um link extra de acesso para convidar alguém.
Formas de pagamento: cartão de crédito e débito (Visa, Mastercard, Elo e Diners).

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