sábado, 30 de outubro de 2021

.: "Arquiperiscópio": Oi Futuro inaugura a exposição André Severo


Com curadoria de Paulo Herkenhoff, mostra inédita apresenta, pela primeira vez, um panorama da múltipla produção do artista gaúcho, com obras que buscam referências na história da arte para falar sobre as relações humanas, a natureza e a imagem. Na foto, a obrta "Rastro" (Gustave Le Grey)


O Oi Futuro inaugura, no dia 3 de novembro, a exposição “André Severo - Arquiperiscópio”, com seis obras inéditas do artista gaúcho, compostas por mais de 150 trabalhos, e seis vídeos, que ocuparão o pátio externo, o hall e os níveis 2, 3 e 4 do centro cultural. Com curadoria de Paulo Herkenhoff, a mostra apresenta um panorama da obra de André Severo, artista múltiplo que começou sua trajetória há 27 anos e realiza sua primeira exposição individual no Rio de Janeiro. A exposição apresenta diferentes vertentes do trabalho do artista – instalações, desenhos, colagens, pinturas e vídeos –, que estarão reunidas pela primeira vez em uma exposição. Em comum, todas buscam referências na história da arte para falar sobre as relações humanas, a natureza e a imagem.

“A obra de André Severo é sobre a circulação da arte-imagem. Sua despojada presença em vídeos, fotografias, livros e exposições escamoteia a complexidade desse desafio. Nem sempre o público tem consciência de que se depara com uma proposta de arte e que é um alvo deste projeto. Para o artista, toda circulação cultural é uma forma de contrato social com a recepção”, diz o curador Paulo Herkenhoff, que vem planejando esta exposição há cerca de três anos.

A exposição terá obras que trazem elementos chaves da produção de André Severo, mostrando ao público um panorama de seu pensamento. “Minha produção é cíclica; a maneira como os trabalhos estão articulados no espaço, em ‘Arquiperiscópio’, traz referências da minha produção ao longo dos últimos 20 anos, ao mesmo tempo em que revelam o ponto de pensamento em que estou no momento”, diz o artista.

O nome da exposição, “Arquiperiscópio”, faz uma alusão ao objeto óptico – cujo funcionamento é baseado na associação de dois espelhos, permitindo uma visão ampliada e de longa distância – para dar conta da obra e trajetória múltipla de André Severo, que também é curador e produtor. “Entendo tudo o que faço como uma coisa só. Trabalho compulsivamente e cada trabalho é uma parte do todo, do que sou, que me ajuda a entender os processos poéticos, mas também de busca e questionamento existencial”, diz.

“Seu modelo óptico é o arquiperiscópio, com um regime polissêmico, múltiplo, errante, plurívoco, heterotópico. Iconógrafo, devorador de Cronos, Severo é onívoro. O arquiperiscópio não se prende a espelhamentos nem à geometria rasa, sendo, pois, anticaleidoscópio”, ressalta o curador Paulo Herkenhoff. “Em resumo, o artista considera arte toda e qualquer ação sua que faça no sistema de arte, como ainda a curadoria da XXX Bienal de São Paulo, como uma dimensão poética de sua própria arte, as propostas que faz aos curadores de suas mostras pessoais, a direção de instituições culturais, palestras, entre outras. Isto é seu arquiperiscópio”, ressalta.


Sobre o artista
André Severo (Porto Alegre, 1974. Vive e trabalha em Porto Alegre). Mestre em poéticas visuais pelo Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É artista visual, curador e produtor. Atualmente, é diretor do Farol Santander Porto Alegre.

Realizou diversos filmes e instalações audiovisuais e participou de inúmeras exposições no Brasil e no exterior. Em 2018, com Marília Panitz, foi o curador da exposição 100 anos de Athos Bulcão. Entre os anos de 2015 e 2017 realizou Metáfora, em parceria com Paula Krause, e Espelho, as duas primeiras partes da trilogia de exposições “El Mensajero”, concluída este ano com a exposição “Labirinto”. 

Com Luis Pérez-Oramas, foi responsável pela curadoria da representação brasileira na 55ª Bienal de Veneza, em 2013, e da XXX Bienal de São Paulo – A iminência das poéticas, em 2012, mesmo ano em que publicou o livro “Deriva de sentidos”. Em 2010, foi responsável pela curadoria da mostra Horizonte expandido, junto com Maria Helena Bernardes, com quem iniciou, em 2000, as atividades de Areal, projeto que se define como uma ação de arte deslocada, que aposta em situações transitórias capazes de desvincular a ocorrência do pensamento contemporâneo dos grandes centros urbanos e de suas instituições culturais. Publicou, entre outros, os livros “Consciência errante”, “Soma e Deriva de sentidos” e “Artes Visuais – Ensaios Brasileiros Contemporâneos” (Funarte).

Dentre suas principais premiações destacam-se o Programa Petrobrás Artes Visuais - ano 2001 -, em 2001; o Prêmio Funarte Conexões Artes Visuais, em 2007; o Projeto Arte e Patrimônio 2007, em 2007; o Programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais 2009, em 2009; o V Prêmio Açorianos de Artes Plásticas, em 2010; o Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça - 6ª Edição, em 2013; o Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2014, em 2014; o XV Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia 2015, em 2015; e o Prêmio Sérgio Milliet da ABCA, em 2018 pelo livro Artes Visuais – Ensaios Brasileiros Contemporâneos.


Serviço:
"André Severo - Arquiperiscópio"
Abertura: 3 de novembro de 2021
Exposição: até 16 de janeiro de 2022
Classificação etária: livre (nudez não erótica)

Centro Cultural Oi Futuro
Endereço: Rua Dois de Dezembro, 63 - Flamengo
Telefone: (21) 3131-3060

De quarta a domingo, das 11h às 18h. A entrada do público se encerra às 17h Informações: www.oifuturo.org.br ou pelo telefone (21) 3131-3060
Entrada franca
Produção: Imago Escritório de Arte
Patrocínio: Oi
Apoio cultural: Oi Futuro

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

.: Livro "Retorno ao Admirável Mundo Novo", de Aldous Huxley, é relançado


Quase trinta anos após lançar sua obra-prima e um dos monumentos da ficção científica, Aldous Huxley retorna ao seu Admirável mundo novo.

"Em 1931, enquanto eu escrevia 'Admirável Mundo Novo', estava convencido de que ainda tínhamos muito tempo. Vinte e sete anos depois, estou me sentindo bem menos otimista do que estava quando o escrevi"

A Biblioteca Azul lança "Retorno ao Admirável Mundo Novo", de Aldous Huxley. Nesta obra, Huxley se propõe a avaliar as previsões de sua obra original, e também a elaborar novas questões para o futuro. Logo de início, afirma que suas hipóteses se tornaram realidade muito mais rápido do que havia imaginado.

Com talento profético e imensa capacidade imaginativa, Aldous Huxley trata neste livro das ameaças à humanidade, tais como a superpopulação, a manipulação genética e psicológica, o uso de drogas prescritas como forma de controle social, e a ascensão de regimes autoritários. Compara sua distopia com a de George Orwell, de quem fora professor, e coloca lado a lado acertos e erros de ambas.

Alguns dos temas de seu "Admirável Mundo Novo" permanecem atuais e urgentes neste seu Retorno, publicado em 1958. São assuntos que ainda repercutem em nosso tempo, como o reforço positivo de comportamentos e a flexibilização da noção de verdade. E de que forma atuam as redes sociais senão como reforços de boa conduta e espaço para veiculação de mensagens falsas? Ao lançar questões para o futuro, propõe que as nações devem educar seus cidadãos para a liberdade, sob risco de caírem na mão de ditaduras.

Esta edição traz notas que contextualizam dados e informações do texto original, tradução de Fábio Fernandes, e também um posfácio escrito por Carlos Orsi, pesquisador do Instituto Questão de Ciência, que contextualiza o exercício especulativo de Huxley e também propõe debates para o nosso tempo, como a manipulação emocional da publicidade, a tecnologia a serviço do controle total, e o efeito de hipnose das redes sociais. Você pode comprar o livro neste link.

Sobre o autor:
Aldous Leonard Huxley nasceu em 26 de julho de 1894 no condado de Surrey, na Inglaterra. Pertencente a uma família de tradicionais intelectuais ingleses, estudou medicina e literatura inglesa. Viveu na Itália durante o regime fascista de Mussolini, período que viria a exercer influência sobre seus livros, e anos depois mudou-se para Hollywood a fim de trabalhar como roteirista. Em 1932, publicou "Admirável Mundo Novo" e, em 1954, narrou suas experiências com mescalina em "As Portas da Percepção", livros fundamentais para a cultura e as artes. Huxley morreu nos EUA em 22 de novembro de 1963.


Livro: "Retorno ao Admirável Mundo Novo"
Autor: Aldous Huxley
Páginas: 176
Formato: 14x21cm

.: Espetáculo “Gays, modos de amar”, com Rafael Canedo é prorrogado


Através do humor, a peça procura refletir sobre questões do universo gay – o amor, a sexualidade, os preconceitos, as alegrias e tristezas, que são compartilhadas pelo personagem como num diário íntimo. 

O personagem Dário, numa “conversa ao pé do ouvido” com o público, revela suas aventuras mais íntimas, desde o casamento feliz com um intelectual bem mais velho e a viuvez súbita, aos desvarios cometidos em nome de uma paixão que o levou a perder tudo e a escrever um livro em que  faz uma defesa radical do prazer.

Desde 04 de setembro, o público pode assistir à comédia “Gays, modos de amar”, peça pré-filmada com texto do romancista, ensaísta, editor e dramaturgo Flavio Braga (criador e diretor da revista Muito Prazer, com a escritora e psicanalista Regina Navarro Lins), direção de Glaucia Rodrigues (Cia Limite 151) e atuação de Rafael Canedo (ator constante das produções de Miguel Falabella, deu vida a Caquinho, filho de Caco Antibes no filme "Sai de Baixo"; ao comissário Camilinho, da série "Brasil a Bordo"; e a Ruço na fase jovem, personagem de Falabella na série “Pé na Cova”). 

Através do humor, a peça procura refletir sobre questões do universo gay – os preconceitos enfrentados, a busca do amor e do prazer, a auto-aceitação. 

Flavio Braga, autor do texto, conta que “A criação de ‘Gays, modos de amar’ está muito vinculada às conversas que tive com amigos, alguns deles já mortos, sobre suas trajetórias eróticas e amorosas. Seria diferente se o personagem fosse um hétero falando de experiências semelhantes? Acho que sim, os gays foram conduzidos, pela repressão sexual a comportamentos que, para muitos, ainda são classificados como antissociais. Isso está mudando e chegaremos ao padrão convencional da família gay burguesa, aceita por todos.”.

A percepção do autor reforça o sentimento da diretora: “Dirigir um texto sobre gays e liberdade é uma delícia de resistência a esses tempos tão sombrios!”, celebra Glaucia Rodrigues.

Dirigindo-se diretamente ao espectador, num depoimento confessional, o personagem expõe sua trajetória desde a descoberta da condição gay até a sua integração dentro de uma sociedade específica. Amor, sexualidade, preconceitos, alegrias e tristezas são compartilhados como num diário íntimo. O surgimento do primeiro afeto e do primeiro desejo são narrados pelo protagonista como um manual de uso, daí o título da peça. 

SINOPSE: O jovem Dário (Rafael Canedo), criado numa família tradicional da zona norte carioca, descobre-se homossexual no início da juventude. Incompreensão e pressões familiares o levam a deixar a casa materna. Ele conhece Heitor, professor universitário 30 anos mais velho. Os dois casam e Dário passa a viver uma vida feliz e confortável, mas a felicidade é interrompida pela morte súbita de seu companheiro. Seguindo uma ordem expressa em carta pelo falecido, Dário consegue retirar ações e dólares de um cofre antes de ser expulso pela ex-mulher e filhos de Heitor. Dário passa a viver uma vida desregrada. Envolve-se com prostitutos e se apaixona por um deles, Beto, que o arrebata pela beleza. A herança vai se consumindo rapidamente no sustento dessa paixão, e Beto vai embora quando o dinheiro acaba. Dário então faz uma defesa radical do prazer e resolve se prostituir para sustentar Beto. Suas qualidades intelectuais o tornam um tipo de prostituto muito especial, podendo circular em qualquer ambiente e ser apresentado às famílias sem comprometer os clientes. 

Dário resolve escrever um livro contando a sua trajetória e dando sua versão sobre a situação dos gays no mundo. A sua tese central é que somos o nosso corpo, e portanto devemos a ele nossa existência e todo o prazer e bem-estar que pudermos ter. A peça se passa quando o livro está pronto e Dário explica ao público porque resolveu escrever. 

BRASIL – INGLATERRA, UMA PEÇA FILMADA

O trabalho entre diretora e ator se deu à distância, uma vez que Rafael Canedo vive há dois anos na Inglaterra, onde todas as cenas foram filmadas.

O projeto foi aprovado no Edital de Chamada Emergencial de “Retomada CulturalRJ” do Estado do Rio de Janeiro/Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e no Edital Fomento às Artes da Prefeitura do Rio de Janeiro e do o Governo Federal, através da Lei Aldir Blanc. 


TEMPORADA ON LINE GRATUITA

Estreia: 04 de setembro 

Em cartaz: YouTube, canal GaysModosDeAmar (https://youtu.be/Vs6BlD-IUGE)

DURAÇÃO: 40 min / GÊNERO: comédia 

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 anos 

TEMPORADA: no ar até 30 de novembro


FICHA TÉCNICA

Ator: Rafael Canedo 

Texto: Flávio Braga 

Direção: Gláucia Rodrigues 

Cenário e Figurinos: Colmar Diniz 

Música: Cayê Milfont

Ilustração: Aliedo Kammar

Iluminação: Rogério Wiltgen 

Trilha Sonora: Wagner Campos 

Programação visual: Sydney Michelette 

Fotos: Guga Melgar 

Edição: Marcelo Serpa e Ever Santos

Mídias Sociais: Luciano Rezende e Will Vaz

Direção de Produção: Edmundo Lippi 

Realização: Rafael Canedo e Edmundo Lippi 

Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany 


FLAVIO BRAGA – autor

O paulistano Flávio Braga, que vive no Rio de Janeiro há 32 anos, é romancista, ensaísta, editor, dramaturgo, produtor e diretor de teatro e cinema. 

Alguns de seus principais trabalhos como dramaturgo são Sade em Sodoma, com direção de Ivan Sugahara; Racha, com direção de Anselmo Vasconcelos; Os Saltimbancos, texto de Chico Buarque, entre outros.

No jornalismo, a criação e direção, ao lado da escritora e psicanalista Regina Navarro Lins, da revista Muito Prazer.

Escreveu, entre outros, os livros Stalking: Uma perseguição amorosa real, Nversos; A cabeça de Hugo Chávez, romance, Record; Sob Masoch, romance, Ed. Best Seller; O olhar cingido, romance, Record; Amor a três, ficção e ensaio, com Regina Navarro Lins, Best Seller; Sade em Sodoma, romance, Best Seller; Fidelidade Obrigatória, ficção e ensaio, com Regina Navarro Lins, Best Seller, Separação, ficção e ensaio, com Regina Navarro Lins, Best Seller; O que contei a Zveiter sobre sexo, romance, Record; O sexo no casamento, ficção e ensaio, com Regina Navarro Lins, Best Seller;  O livro de Ouro do Sexo, ensaio, com Regina Navarro Lins, Ediouro.


GLAUCIA RODRIGUES - diretora 

Bacharel em artes cênicas pela UNIRIO, bailarina clássica formada pela Escola de Danças Maria Olenewa, Gláucia estreou no teatro em 1982 em Nelson Rodrigues: O Eterno Retorno, de Nelson Rodrigues, com direção de Antunes Filho, participando de festivais de Teatro em Londres e Berlim. Em 1982 atuou em Macunaíma, de Mário de Andrade, com direção de Antunes Filho, cumprindo uma excursão pela Europa, México e Ilhas Canárias, num total de nove países. Trabalhou ainda em montagens de A Comédia dos Erros e O Mercador de Veneza, ambas de William Shakespeare, com direção de Claudio Torres Gonzaga; As Armas e O Homem de Chocolate, de Bernard Shaw, com direção de Claudio Torres Gonzaga; As Malandragens de Scapino, de Molière, com direção de João Bethencourt); O Olho Azul da Falecida, de Joe Orton, com direção de Sidnei Cruz; Chico Viola, musical escrito e dirigido por Luiz Artur Nunes; A Moratória, de Jorge Andrade, com direção de Sidnei Cruz; O Avarento, Tartufo, O Sedutor, O Doente Imaginário, As Preciosas Ridículas e As Eruditas, todas de Molière, com direções de Jaqueline Laurence, João Bethencourt, Claudio Torres Gonzaga e Jose Henrique Moreira. Em 2011, comemorando os 20 anos da Cia Limite 151, protagonizou a peça Thérèse Raquin, de Émile Zola, com direção de João Fonseca. 

Dirigiu, entre outras, a peça O Casamento Suspeitoso, de Ariano Suassuna. Foi indicada aos Prêmios SHELL 2008 como atriz da peça O SANTO E A PORCA, de Ariano Suassuna, com direção de João Fonseca; Mambembe/1997 como atriz coadjuvante no espetáculo O HERÓI DO MUNDO OCIDENTAL, de John Singe, com direção de Jose Renato Pécora; Cultura Inglesa/1996 como melhor atriz no espetáculo O OLHO AZUL DA FALECIDA; Cultura Inglesa/1995 como melhor atriz no espetáculo AS ARMAS E O HOMEM DE CHOCOLATE.

Estreou na televisão na novela Pantanal, da então TV Manchete. Seguiram-se papéis nas novelas Amazônia, História de Amor, e em episódios dos seriados Você Decide, Carga Pesada e na novela Insensato Coração. 

Seu primeiro papel no cinema foi no longa-metragem Meteoro, de Diego de La Texera. Atuou ainda no longa metragem de Silvio Gonçalves Sem Controle, com direção de Cris Damato. Participou do longa-metragem Chico Xavier, com direção de Daniel Filho. 


RAFAEL CANEDO – ator

Rafael Canedo é ator formado na Escola Estadual de Teatro Martins Pena e tem atualmente 13 anos de atividades profissionais. 

Foi indicado como melhor ator no prêmio Cesgranrio de Teatro em 2014 pelo Estranho

Caso do Cachorro Morto; e como melhor ator no FITA 2012 por Porcos com Asas. Vencedor dos prêmios de melhor ator no Festival de teatro do Paraná 2012; destaque como ator na Mostra Estudantil do CCBB; Melhor ator no festival de teatro do Rio de Janeiro por A Carroça dos Desejos.

Na TV e no cinema, deu vida a Celsinho no filme português Amo-te imenso com estreia prevista para 2021; viveu Caquinho, filho de Magda e Caco Antibes no filme Sai de Baixo, de Miguel Falabella; em Brasil a Bordo, série de Miguel Falabella produzida pela Rede Globo, viveu Camilinho, um comissário de bordo gay da Piora Linhas Aéreas. No filme Chocante, de Bruno Mazzeo, viveu o personagem Tarcisio, vocalista da boyband Chocante dos anos 90. 

Em seu primeiro trabalho na Rede Globo, Rafael foi desafiado a viver Ruço na fase

jovem em Pé na Cova. O personagem foi vivido na fase adulta por Miguel Falabella, também autor da série. Participou da série da GNT As Canalhas; do filme A última festa, de Matheus Souza, rodado em Lisboa em 2019.

No teatro atuou em Fulaninha e Dona Coisa, com Nathalia Dill e Vilma Melo, direção Daniel Herz; O Estranho Caso do Cachorro morto (protagonista); direção de Moacyr Goes, com Thelmo Fernandes e Silvia Buarque; Auto da Compadecida (Chicó), direção Sidney Cruz; O Olho Azul da Falecida (Harold); sucesso do Inglês Joe Orton, direção Sidnei Cruz, com Tuca Andrada e Mario Borges, entre outros.

Como produtor, produziu o e idealizou o espetáculo Em um lugar chamado Lugar Nenhum, que teve sua estreia no Centro Cultural Banco do Brasil e viajou por diversas

cidades do estado do Rio de Janeiro, apoiado pelo SESC; e o espetáculo Dias de Chuva adaptação de crônicas de Fernando Pessoa, no Centro Cultural CESGRANRIO.




.: Christiane Torloni quebra o silêncio sobre a Jô Penteado de “A Gata Comeu”


Novela integra o projeto de resgate da dramaturgia e está disponível no Globoplay. TV Globo/Cedoc

Há 36 anos, Jô Penteado (Christiane Torloni) já vivia na novela “A Gata Comeu”, de Ivani Ribeiro, o dilema contemporâneo de encontrar o crush ideal. E não foi por falta de tentativa: a jovem bonita, rica - e um tanto mimada, diga-se,  ficou noiva nada menos que sete vezes, mas nunca se apaixonou de verdade. No entanto, uma reviravolta acontece na sua vida amorosa quando Fábio Coutinho (Nuno Leal Maia) entra em seu caminho. 

Exibida de 15 de abril a 19 de outubro de 1985, em 160 capítulos, a novela substituiu "Livre para Voar", de Walther NegrãoAlcides Nogueira, e foi substituída por "De Quina Pra Lua", de Alcides Nogueira, sendo a 30ª "novela das seis" exibida pela emissora e está disponível na íntegra no Globoplay.

Na novela de Ivani Ribeiro, após um naufrágio, Fábio e Jô vão parar em uma ilha deserta com um grupo de pessoas e ficam presos por lá durante dois meses. A convivência diária faz nascer um tumultuado romance e, ao voltarem para a casa, continuam vivendo como cão e gato, e o amor tempestuoso. Nesta entrevista, Christiane Torloni relembra esse grande sucesso da carreira.


Entre as inúmeras personagens da sua carreira, que lugar a Jô Penteado ocupa?  
Christiane Torloni - A Jô Penteado é a segunda protagonista que eu faço, a primeira foi Gina, da Janete Clair, que era mais dentro das características das mocinhas, uma típica heroína. Já a Jô  é uma anti-heroína, que é aquela personagem que traz toda humanidade que nós temos, com os nossos defeitos, nossos erros, nossos flagelos, nossas misérias, mas também com todas as nossas infinitas possibilidades de generosidade, empatia, amor. Então são personagens que abrem um espectro de identificação para o público que é maravilhoso porque nós não somos perfeitos. 


Qual a importância dela para você como atriz?

Christiane Torloni - A Jô inicia uma trajetória na minha carreira fenomenal e quando eu falo isso é porque ela é um fenômeno. Foi um sucesso na primeira vez que foi exibida e todas as vezes que foi repisada, é impressionante. A gente ficou imortalizada pela enorme humanidade que ela tem. E um outro dado importante da personagem, que aparece pela primeira vez na minha carreira, é a comédia. E isso testa um pouco o ator para essa comunicabilidade para a comédia  e aconteceu comigo. 


Alguma cena ou momento da novela te marcou especialmente?
Christiane Torloni - A novela é repleta de momentos inesquecíveis, mas um que particularmente  me toca é o  fato de em alguns momentos eu contracenar com a minha mãe. Coisa que raríssimamente voltou a acontecer. É um registro histórico e magnífico das duas em cena.


Que lembranças você traz dos bastidores de gravação? Lembra de algum momento engraçado ou que tenha te emocionado?
Christiane Torloni - Fazíamos muitas externas na Urca e o bairro nos abraçou. As pessoas abriam suas casas para fazermos trocas de roupa, ofereciam lanchinhos, fomos muito acolhidos pela comunidade. Até hoje algumas pessoas dos inúmeros fãs clubes da novela fazem um tour pelo bairro, pelos lugares onde as cenas foram gravadas.


Qual a característica da personagem que mais te chamou atenção?
Christiane Torloni - Eu sou filha de atores, fui uma das últimas caçulas da família, então convivi muito com adultos na infância, todos eram muito mais velhos que eu e eu me questionava sobre a minha comunicabilidade com crianças. Com a Jô eu estabeleci uma comunicação absolutamente direta e íntima com as crianças da novela e me surpreendeu muito. Ou seja, a novela me mostrou  a minha criança viva, foi uma revelação para mim e, a partir dali, isso apareceu em outros personagens e guardo isso comigo até hoje, na minha vida. 

 
Como você vê essa oportunidade de tantas gerações poderem revisitar essa obra e até mesmo conhece-la através do streaming?
Christiane Torloni - Poder resgatar essas obras maravilhosas e disponibilizá-las para a hora que as pessoas quiserem assisti-las é maravilhoso. Antes isso era coisa para colecionador, que arquivava essas novelas em VHS, e agora todos têm a oportunidade de ver e rever esses trabalhos. É uma forma de imortalizar essas obras. Acho uma sorte viver nesse tempo em que isso é possível, das pessoas poderem matar a saudade de Jôs, Helenas, e tantas outras personagens inesquecíveis da nossa dramaturgia. É incrível essa possibilidade do passado se tornando para sempre uma coisa do presente.  

.: Entrevista: Tony Ramos relembra sucesso de "Mulheres Apaixonadas"


Um dos grandes sucessos do autor Manoel Carlos, “Mulheres Apaixonadas”, completa 19 anos de estreia. Foto: TV Globo / Renato Rocha Miranda

Exibida pela primeira vez na TV Globo de 17 de fevereiro a 11 de outubro de 2003, em 203 capítulos, substituindo "Esperança", de Benedito Ruy Barbosa, e sendo substituída por "Celebridade", de Gilberto Braga, a novela “Mulheres Apaixonadas”, de Manoel Carlos, é uma crônica do cotidiano que tem como temática principal o amor.

A personagem principal, Helena, protagonizada por Christiane Torloni, mora no bairro nobre do Leblon, e é casada com o saxofonista Téo (Tony Ramos), que esconde um segredo: no passado, teve uma filha com Fernanda (Vanessa Gerbelli). Ele e Helena adotam o menino, sem que ela saiba da verdade.

Paralelamente, inúmeras histórias vão se desenvolvendo e temas contemporâneos vão surgindo como alcoolismo, violência contra mulher, ciúmes doentio, entre tantos outros. Na entrevista a seguir, Tony Ramos fala sobre o sucesso da novela e conta passagens memoráveis durante as gravações da obra e de seu personagem, Téo. 


Hoje em dia, com as novelas disponíveis no streaming, muitas pessoas estão maratonando, assim como as séries, esses conteúdos. O que você acha dessa nova forma das pessoas assistirem novelas?
Tony Ramos -
As novelas contam um pouco da história brasileira e estabelece uma cumplicidade muito forte com o nosso público. O fato de termos novelas no streaming é fascinante e acho ótima essa nova opção de consumir esses conteúdos, onde as pessoas podem escolher um capítulo, uma cena, ou reverem a seu tempo a novela inteira.  


“Mulheres Apaixonadas” é um sucesso atemporal, em todas as vezes que é exibida. Na sua opinião, o que faz dela uma novela tão querida pelo público?
Tony Ramos - 
A história é muito forte, é uma novela muito boa, que gera identificação imediata por tratar de assuntos como família, ganância, ciúmes e relapso com a vida pessoal de algumas personagens. O próprio Téo é um homem rico, muito amoroso e simpático, mas ao mesmo tempo um tanto autocentrado. Ele tinha a contradição de um homem de caráter muito agradável, mas que, ao mesmo tempo, tendia a achar que ajudando financeiramente as pessoas que precisam de sua ajuda, já resolvia o problema. Isso muda  em um momento de grande dor na vida dele que o faz refletir, que é quando ele é atingido por uma bala na rua. 
 

Quase 20 anos depois da estreia da novela na TV Globo, existe um momento que seja inesquecível para você? Alguma cena ou um bastidor que a tenha marcado?
Tony Ramos - 
Essa cena que mencionei vou destacar sempre. É um dos momentos que mais me lembro  e com muita emoção. A cena foi gravada em dois dias em plena rua, no Leblon, e no final das  gravações, quando o povo começou a bater palmas, nos prédios, nas lojas, nos restaurantes, como se fosse um teatro grego a céu aberto, foi sem dúvidas um momento de grande emoção para mim.
  

Quais são as características do Teo que, no seu entendimento, representam questões contemporâneas?
Tony Ramos - 
“Mulheres Apaixonadas” é uma novela de discussões contemporâneas, envolvendo a maior parte dos personagens. As pessoas, sempre que reveem a novela, encontram algo para refletir. 
 

Você pode contar um pouco das suas memórias de bastidores? Convívios com os colegas, clima das gravações?
Tony Ramos - 
Nossos bastidores eram os melhores possíveis, só tenho boas lembranças dessa época, dos colegas e desse grande autor brasileiro que é Manoel Carlos

.: Os dez anos de "Música para Cortar os Pulsos" em temporada comemorativa


Espetáculo que deu origem ao filme "Música para Morrer de Amor" (2019) conta três histórias: a de Isabela, que sofre porque foi abandonada; a de Felipe, que quer muito se apaixonar; e a de seu amigo Ricardo, que está apaixonado por ele. Foto: divulgação


Para corações juvenis de todas as idades, a peça, com texto e direção de Rafael Gomes, traz no elenco Fábio Lucindo, Felipe Frazão, Mayara Constantino, Victor Mendes e Dom Capelari, além da atriz alternante (sextas–feiras de novembro) Bella Marcatti. Espetáculo estreia presencialmente dia 5 de novembro no Teatro Vivo. 

Estreada em 2010, marcando a fundação da companhia Empório de Teatro Sortido, “Música para Cortar os Pulsos” conta três histórias de amor: a de Isabela, que sofre porque foi abandonada; a de Felipe, que quer muito se apaixonar; e a de seu amigo Ricardo, que está apaixonado por ele.

O texto foi concebido a partir dos sentimentos que encontramos nas milhares de canções que ouvimos ao longo da vida e que nos ensinam a amar, nos traduzem, nos embalam, nos fazem chorar, que são princípio e fim das nossas emoções. Como resultado, a peça se tornou, desde sua estreia, uma obra tão escandalosamente confessional, sincera e derramada como só as músicas - e o amor - sabem ser.

A montagem original ficou três anos em cartaz, apresentando-se em mais de 30 cidades brasileiras para um público de dezenas de milhares de pessoas e alcançando enorme poder de comunicação com adolescentes e jovens adultos. Foi ainda vencedora do prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) de melhor peça jovem.

Desde então, o poder de permanência da história fez do texto uma referência em teatro para a juventude, gerando inúmeras remontagens amadoras em universidades e escolas de artes cênicas, figurando em livros didáticos para Ensino Médio e se fixando no imaginário de uma geração.

Dez anos depois, a peça deu origem a um longa-metragem (com o título alterado para “Música para Morrer de Amor”). Com estreia mundial no NewFest – Festival LGBTQ de Nova York, e tendo sido exibido em mais de uma dezena de eventos ao redor do mundo, o filme foi lançado nacionalmente em 2020, em cinemas drive-in e plataformas digitais, durante as restrições impostas pela pandemia de covid 19.  

Agora, fazendo o percurso inverso – das telas para o palco – e celebrando (com o circunstancial atraso) uma década de sua estreia, “Música para Cortar os Pulsos” retorna ao teatro. Sendo ainda o mesmo texto, é um novo espetáculo, reencenado, com novos integrantes no elenco e com a música potencializada em cena, executada ao vivo. 

A nova versão incorpora as experiências vividas desde então por atores e dramaturgo, bem como os dez anos de trocas com o público e os ecos da experiência cinematográfica – além dos caminhos insondáveis sempre percorridos pelos sentimentos. 

Para completar, o texto da peça (anteriormente publicado e com tiragem esgotada) recebeu nova edição, pela Editora Incompleta, que o contrapõe ao roteiro do filme e contém inúmeras notas acerca do processo de adaptação. A publicação, também parte da celebração de dez anos da peça, contém ainda um ensaio ficcional inédito de Rafael Gomes e um prefácio de Vinicius Calderoni, ambos fundadores da companhia Empório de Teatro.


Ficha técnica de  “Música para Cortar os Pulsos”
Dramaturgia e direção: Rafael Gomes
Elenco: Fábio Lucindo (Felipe), Felipe Frazão (Ricardo), Mayara Constantino (Isabela), Victor Mendes (diretor/ Ricardo), Dom Capelari (músico) e Bella Marcatti (atriz alternante)
Cenografia: adaptada a partir de projeto original de André Cortez.
Iluminação: Marisa Bentivegna
Figurino: Melina Schleder
Assistência de direção: Mayara Constantino e Victor Mendes
Direção de produção: César Ramos e Gustavo Sanna
Produção: Complementar Produções
Realização: Empório de Teatro Sortido

Serviço de  “Música para Cortar os Pulsos”
Teatro Vivo - Av. Dr. Chucri Zaidan, 2460 - Morumbi
De 5 de novembro a 12 de dezembro de 2021
Sextas e sábados, às 20h e domingos, às 18h.
Sessão extra dia 13 de novembro (sábado), às 17h.
Ingresso: $60 (inteira) e $30 (meia entrada). Nas sextas-feiras de novembro (dias 05, 12, 18 e 25), a entrada será gratuita.
Gênero: drama | Teatro Jovem
Classificação etária: 12 anos
Duração: 70 minutos


quinta-feira, 28 de outubro de 2021

.: Crítica: "Ron Bugado" é animação que ensina importância de ser amigo


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em outubro de 2021


Quem nunca se sentiu fora de contexto em algum ambiente social que atire a primeira pedra. Em "Ron Bugado", animação produzida pela Locksmith Animation e 20th Century Studios, distribuída pela Walt Disney Studios Motion Pictures, a tecnologia pauta a trama, sendo usada para o bem e mostra que a falta de sabedoria gera o mal. 

Após um gênio dos algoritmos apresentar ao mercado o primeiro robô capaz de estabelecer amizades, o objeto vira febre entre as crianças: o B-Bot. É então que conhecemos Barney Pudowski, órfão de mãe, o menino é criado pelo pai, um inventor -que remete ao clássico "Gremlins", mas aqui ele tenta vender as bugigangas online- e uma vó carinhosa e ainda lúcida -com um toque de Mamá de "Viva: A Vida É Uma Festa"- que ama os costumes latinos.

Sem identificação com os demais, na escola, Barney detesta a hora do intervalo. O colecionador de pedras, deslocado e sem amigos, é o único sem um B-Bot, enquanto que todos outros andam para cima e para baixo com o seu robô personalizável, além de estarem inseridos na rede de amigos. Ao garoto resta o "banco da amizade" à espera. 

No entanto, Barney vislumbra uma chance de mudar essa dificuldade de fazer novos amigos, justamente no dia do aniversário dele. Ganhando um B-Bot para, então, estabelecer conexões. Sem ter alguém para chamar de amigo, não distribui os convites em papel para a festa dele que será em casa. Barney consegue o quer?! Depois, mas antes, é alvo de zombaria do "ex-amigo" Ricardo que simula a entrega de um robô embrulhado para presente, que, na verdade, é uma grande pedra. 

É no dia seguinte de seu aniversário que Pudowski tem a surpresa que tanto aguardou: um B-Bot para chamar de seu. Contudo, o dele está bugado, portanto não consegue se conectar, muito menos fazer amigos e, justamente, por estar offline apronta até o que não deveria. Barney passa a ser o amigo de nome Ambrósio da inteligência artificial de alta tecnologia que anda, fala e é seu "melhor amigo fora da caixa", treinado pelo próprio garoto. Nessa via de mão dupla que é a amizade, o B-Bot ganha o nome de Ron -conforme parte de seu código.

Embora toda a história seja de uma aventura infantil, o longa emociona, principalmente quando Barney se dá conta de que Ron não deve aprender a ser "amigo dele", mas precisa apenas "ser amigo". "Ron Bugado" é uma história  que critica a dependência tecnológica das crianças e deixa o ensinamento de fazer amigos que podem ser para toda vida. A animação com colorido perfeito é completo e tem todos os elementos que agradam os pequenos e adultos. Excelente opção para entretenimento em família!

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.

Filme: Ron Bugado (Ron´s Gone Wrong)

Vozes originais: Zach Galifianakis (Ron), Jack Dylan Grazer (Barney), Olivia Colman (Donka), Ed Helms (Graham Pudowski), Justice Smith (Marc), Rob Delaney (Andrew Morris), Kylie Cantrall (Savannah Meades), Ricardo Hurtado (Rich Belcher), Marcus Scribner, Thomas Barbusca

Data de lançamento: 21 de outubro de 2021 (Brasil)

Diretores: Sarah Smith, J.P. Vine

Música: Henry Jackman


Trailer


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm

.: "Maligno" é longa sobre o mal que assume forma cômica


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em outubro de 2021


Em "Maligno", Madison (Annabelle Wallis) que, aparentemente, não consegue levar uma gravidez a diante passa a visualizar cenas escabrosas de pessoas sendo brutalmente assassinadas após sofrer uma terrível agressão física do marido. Visões ou lembranças?! Enquanto que o público fica com o benefício da dúvida se a situação é futura ou passada e nenhuma criatura surge na tela para "incorporar" esse ser tenebroso, está tudo bem.

Aos poucos, ela volta ao passado e se dá conta de que foi adotada. Logo, a irmã com quem cresceu, não é do mesmo sangue que o dela, sendo justamente a causadora do afastamento de Madison e Gabriel, a tal entidade que, na verdade, é uma criatura tosca, embora faça lembrar de imediato o personagem ficcional Edward Mordake


De bom coração, com a ajuda da irmã, Madison começa a investigar sua história quando criança e aprende a lidar com traumas de infância. Nessa volta ao passado, em meio a cenas de descobertas é que o público não sabe se ri do modo como tudo se desenrola ou se chora pelo tempo perdido.

Caso queira levar alguns sustinhos, "Maligno" é uma boa pedida, mas se gosta de filmes com histórias de terror mais convincentes, a dica é fugir da nova produção de James Wan, criador de franquias como "Jogos Mortais" e "Invocação do Mal". Afinal, o atual longa não é de terror, mas um drama com cenas de muito suspense e um toque de tosquice com efeitos visuais incríveis.


Filme: Maligno (Malignant)

Duração: 1h 51min

Direção: James Wan

Gênero: Terror, Suspense

Roteiro Akela Cooper, Ingrid Bisu

Elenco: Annabelle Wallis, Maddie Hasson, George Young

Estreia nos cinemas: 9 de setembro de 2021 


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


Trailer



.: Entrevista: Valentina Herszage na novela das 19h: "Uma alma livre"


Acostumada a papéis marcantes na televisão e no cinema, a atriz, que já interpretou Hebe na fase jovem, está mais que preparada para este novo desafio. Foto: Globo/João Miguel Júnior

Na novela "Quanto Mais Vida, Melhor!", a próxima das 19h, identificada como comissária de bordo Thais, Flávia (Valentina Herszage) vai entrar na aeronave de Guilherme Monteiro (Mateus Solano), onde já estão Neném (Vladimir Brichta) e Paula Terrare (Giovanna Antonelli). 

Desesperada para conseguir algum dinheiro e mudar de vida, a jovem aceita o convite de Cora (Valentina Bandeira) para participar de um assalto. A vítima das duas golpistas, que carregava uma mala cheia de dólares, pede ajuda ao perceber que está sendo roubada. Enquanto Cora é presa, Flávia foge e, no banheiro, rouba o uniforme de uma aeromoça para escapar da polícia.  

Mas um acidente com o avião em que eles estavam vai mudar completamente a vida deles. Flávia, que atualmente trabalha como dançaria de pole dance da boate "Pulp Fiction", foi criada pelo pai, Juca (Fabio Herford). Ele foi abandonado pela mulher assim que ela nasceu. E a jovem não tolera a madrasta Odete (Luciana Paes). Apesar dos dons artísticos, ela também tem um talento enorme para se meter em confusões. É sobre essas habilidades da personagem que Valentina Herszage comenta na entrevista abaixo. 
 

Como você define a Flávia?
Valentina Herszage - 
A Flávia é uma alma livre. É uma jovem se arriscando e procurando o amor. Buscando seus sentidos na vida, querendo amar e se sentir amada. 


Quais são suas referências e inspirações para vivê-la?
Valentina Herszage - Lembro da Natalie Portman no filme ‘Closer’ por conta de uma peruca rosa igual a dela que a Flávia usa quando vira a Pink, esse alter ego que ela assume quando ela está dançando no pole dance. E uma outra grande referência é a Rita Lee, inclusive na novela tem uma música que a Flávia canta chamada ‘Ambição’. Com a direção, entendemos que a música diz muito sobre ela, sobre esse caminho e novas descobertas que ela está percorrendo. 


Qual o maior desafio de interpretá-la?
Valentina Herszage - É encontrar essa sensualidade, esse empoderamento e combinar isso tudo com uma fragilidade, uma humanidade. E também foi uma delícia descobrir todos esses lugares em mim. 


Teve dificuldade para aprender o pole dance? Já tinha experiência com dança antes?
Valentina Herszage - Tive bastante dificuldade, porque o pole dance é muito difícil. É uma expressão artística, uma dança, mas você precisa de força e de técnica. Você precisa se sentir, se curtir na hora que está praticando. E isso foi uma das coisas mais bonitas que a Ju Natal, minha preparadora de pole dance, me transmitiu durante a preparação, que eu tenho que me curtir no pole dance, que tem que aproveitar o momento e curtir a dança. Eu fiz 13 anos de jazz, mas, definitivamente, é muito diferente e eu amei fazer e quero continuar aprendendo e fazendo aula. 


E para cantar? Já tinha tido experiência com o canto?
Valentina Herszage - Eu amo cantar. Eu fiz 13 anos de uma escola que eu fazia dança, sapateado, canto, teatro e circo. E eu sempre me conectei muito com o teatro, claro, e muito com o canto, que sempre me acompanhou durante a minha vida. Eu vim da série ‘Hebe’, em que eu fazia a Hebe Camargo na fase jovem, quando ela era cantora. Acabei de vir de um trabalho em que eu estudei música também, e aprendia as músicas da Carmem Miranda. Então, para mim, cantar é sempre uma bênção. É sempre presente. 


Fale um pouco sobre a relação dela com o pai e com a madrasta:
Valentina Herszage - A relação da Flávia com seu pai, o Juca (Fabio Herford), é uma das coisas mais bonitas da história dela, porque existe muito afeto, muito amor e também um entendimento de que o pai vive circunscrito naquele casamento com a Odete (Luciana Paes). É um homem sem muita atitude de fato. A Flávia cresceu na noite, tendo que se virar, mas tem muito amor ali. E ela e a madrasta não se dão bem. Elas se bicam e tem tudo a ver com essa disputa afetiva pelo Juca. 


"Quanto Mais Vida, Melhor!" é um convite a uma viagem por um mundo divertido e lúdico, com estreia prevista para novembro. A próxima novela das sete é criada e escrita por Mauro Wilson, com direção artística de Allan Fiterman. É escrita com Marcelo Gonçalves, Mariana Torres e Rodrigo Salomão, com direção geral de Pedro Brenelli e direção de Ana Paula Guimarães, Natalia Warth, Dayse Amaral Dias e Bernardo Sá. No elenco, estão nomes como Vladimir Brichta, Giovanna Antonelli, Mateus Solano, Valentina Herszage, Elizabeth Savala, Marcos Caruso, Ana Lucia Torre, Mariana Nunes, Bárbara Colen, entre outros. A produção é de Raphael Cavaco e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.


.: Estrela de "Vale Tudo", Regina Duarte pode atuar em novela bíblica


Em recente entrevista, a atriz Regina Duarte, estrela de "Vale Tudo", uma das novelas mais importantes de Gilberto Braga, afirmou que analisará com muito carinho o convite de fazer novela bíblica na Record TV. 

Fora das telinhas desde 2017, quando fez uma personagem coadjuvante em "Tempo de Amar", a artista de 74 anos falou sobre os boatos de ter sido chamada para atuar em uma novela religiosa e não descarta a possibilidade de voltar para a televisão.

“Se houve convite não chegou até mim. A minha equipe sabe que eu tenho impossibilidade de assumir, por enquanto, qualquer compromisso com a TV aberta", esclarece a atriz. "O dia que estiver livre, vou analisar com muito carinho", declarou a veterana. 

Mesmo longe dos projetos na televisão, a atriz continua sendo acompanhada pelos fãs nas redes sociais, onde possui mais de 2 milhões de seguidores. "Tem muita coisa prevista. Espero que para o ano que vem eu possa trazer alguma coisa ao vivo no meu canal. Seguimos sempre fazendo alguma coisa relacionada às artes, à interpretação, à dramaturgia e à teledramaturgia", afirma.

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