sábado, 4 de dezembro de 2021

.: Globoplay: documentário de Gil do Vigor é dirigido por cineasta curitibano

O documentário do Gil do Vigor, ex-"BBB 21", foi anunciado na lista de lançamentos do Globoplay para dezembro. Com direção e fotografia do curitibano Raphael Bittencourt, o documentário "Gil na Califórnia" teve grande parte das gravações feitas nos Estados Unidos e estará disponível no próximo dia 9.

Serão cinco capítulos que detalham a vida pessoal do economista - relatados durante o início do período de estudos fora do Brasil - e que dará continuidade a uma série de documentários produzidos pela plataforma, com ex-participantes do reality. A produção na Califórnia foi realizada pela FJ Productions. Além da direção de Bittencourt, a produção executiva na Califórnia ficou por conta de Fábio Golombek.

O cineasta, que é ex-aluno e professor de Cinema do Centro Europeu, tradicional escola de Curitiba, conta que o processo de direção exigiu bastante critério, atenção e cuidado. "Encontrar o meio termo entre a vida privada e a vida pública, mesmo com toda a espontaneidade do Gil, é sempre delicado, afinal hoje ele é uma pessoa pública. Em diversas ocasiões fomos abordados por fãs dele no meio da rua, em restaurantes e lugares variados", destaca Bittencourt.

Quando o assunto é carreira, Raphael destaca como a sua atuação em sala de aula, enquanto aluno e professor, contribuiu para seu desenvolvimento. "Meu trabalho como professor de direção de fotografia no Curso de Cinema Centro Europeu sempre exigiu muita pesquisa. Estudos sobre novos equipamentos, tecnologias e técnicas, mas também análise de roteiro, personagem e storytelling. Como resolver situações usuais no set e contornar imprevistos. Num documentário desses ‘na estrada’ esses conhecimentos proporcionam mais agilidade e destreza", avalia.

De acordo com o coordenador do curso de cinema do Centro Europeu, ator e cineasta Gustavo Piaskoski, é interessante observar o sucesso no trabalho que teve início na escola de profissões. "É muito gratificante para o curso de cinema e é assim que a gente quer: ver nossos professores e alunos com trabalhos reconhecidos no mercado nacional e internacional", destaca Piaskoski. Fotos: Reprodução/Instagram Gil do Vigor e Arquivo pessoal / Raphael Bittencourt.


.: "Venom - Encontro de Fãs": o caos chega no MIS no próximo dia 11


Com um super lançamento antecipado dos cinemas, "Venom: Tempo de Carnificina" está disponível nas Plataformas Digitais para aluguel e compra, desde o dia 23 de novembro, promete eletrizar com um encontro de fãs na capital paulista! O filme incrivelmente intenso que fez enorme sucesso de bilheteria durante a pandemia, com o astro Tom Hardy novamente no papel do carismático personagem Eddie Brock e seu hóspede, o simbionte Venom, vão garantir uma tarde especial em parceria da Iron Studios, Panini e SAZÓN®.

Trata-se do evento presencial "Venom - Encontro de Fãs" que será realizado no segundo sábado de dezembro, dia 11, a partir das 15h, no MIS, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo. O evento contará com bate-papo com convidados muito especiais, um concurso de cosplays e prêmios incríveis. Quem passar pelo MIS ainda poderá conferir exposição de estátuas Iron Studios, além de adquirir produtos Venom e Homem-Aranha, da Panini.

"Venom: Tempo de Carnificina" ("Venom: Let There Be Carnage", 2021) está disponível nas plataformas digitais, exclusivamente para aluguel e compra: Apple TV (Itunes), Google Play, Looke, Microsoft Films &TV (Xbox), Now, Prime Video, Sky, Vivo Play para o consumidor assistir como quiser com 100% de segurança. 

Não é preciso ter uma assinatura mensal nos serviços de streaming para assistir ao filme, basta ter acesso a alguma das plataformas digitais mencionadas acima, seja na operadora de TV, loja digital ou console de videogame, efetuar o cadastro para alugar ou comprar o filme e pronto. Na opção aluguel, após dar o primeiro ‘play’, o filme digital ficará disponível durante 48 horas e poderá ser visto e revisto quantas vezes quiser dentro desse prazo. Já a opção compra, garante que o mesmo esteja disponível sempre com o consumidor.


Sinopse
Tom Hardy volta ao personagem do protetor letal Venom, considerado um dos mais complexos personagens do universo dos quadrinhos da Marvel. O filme traz Woody Harrelson no papel do vilão Cletus Kassady / Carnificina, entre os destaques do elenco. No filme, os fãs do protagonista vão acompanhar como o relacionamento entre Eddie e Venom (Tom Hardy) vem evoluindo e como essa inevitável simbiose ganha contornos eletrizantes e surpreendentes.


Elenco e ficha técnica
Direção:
Andy Serkis.
Roteiro: Kelly Marcel.
História: Tom Hardy & Kelly Marcel.
Produção: Avi Arad, Matt Tomalch, Amy Pascal, Kelly Marcel, Tom Hardy e Hutch Parker.
Produtores Executivos: Barry Waldman, Jonathan Cavendish e Ruben Fleischer.
Baseado nos quadrinhos Marvel.
Elenco: Tom Hardy, Michelle Williams, Naomie Harris, Reid Scott, Stephen Graham e Woody Harrelson.


Especificações
Duração:
97 minutos, aproximadamente
Classificação Indicativa: 14 anos
Plataformas digitais de Aluguel e Compra:
Apple TV (iTunes), Google Play e Microsoft Films &TV (Xbox)
Plataformas digitais exclusivamente para aluguel:
Looke, NOW, Prime Video, SKY e Vivo Play


Serviço
MIS – Museu da Imagem e do Som
Av. Europa, 158 - Jardim Europa - SP
Ingresso gratuito – Retirada a partir do dia 06.12 na plataforma INTI.
https://www.mis-sp.org.br/
O ingresso dá direito de acesso ao evento inteiro.
Sábado, dia 11 de dezembro a partir das 15h
172 lugares


sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

.: "Sweeney Todd": o clássico musical tem previsão de estreia para março


Rodrigo Lombardi interpretará o obscuro personagem da Broadway no teatro. Foto: Revista Vip/Mauricio Nahas


Criada pelo mestre do teatro musical Stephen Sondheim, a clássica obra musical da Broadway ganha uma versão brasileira. A estreia de “Sweeney Todd” já tem nova previsão de estreia. A expectativa é de que a première aconteça ainda em março de 2022, no 033 Rooftop.

 A adaptação para o país conta com direção musical de Fernanda Maia e direção geral de Zé Henrique de Paula. A produção geral é de Adriana Del Claro, da Del Claro Produções, e da Firma de Teatro, de Zé Henrique. O trio é conhecido por produções de sucesso recentes do teatro musical brasileiro como “Chaves - Um Tributo Musical” e “Natasha, Pierre e o Grande Cometa de 1812”.

O casal macabro da rua Fleet já foi escolhido e contará com Rodrigo Lombardi, como Sweeney Tood, e Andrezza Massei, como Dona Lovett. A abertura de audições para escolha do elenco completo será divulgada em breve nas redes socias do musical: www.instagram.com/sweeneytoddbrasil.

 


Andrezza Massei, como Dona Lovett, no controverso musical da Broadway. Foto: Rodrigo Negrini

.: Entrevista: Shelby Forsythia em uma conversa necessária sobre o luto


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do Resenhando. 

Depois de perder a mãe, em 2013, Shelby Forsythia começou a estudar profundamente o luto e a se dedicar a orientar pessoas sobre a experiência humana da perda. Autora do livro "Sobre Viver o Luto", lançado no Brasil pela editora Astral Cultural, e "Permission to Grieve" e host dos podcasts sobre o tema "Grief Book Roundup, Grief Seeds e Coming Back: Conversations on Life after Loss".

Em uma sociedade que prefere mudar de assunto, o livro aborda as dificuldades de encarar as perdas em um momento em que a morte nunca esteve tão perto de nós. "Sobre Viver o Luto" não é um livro de autoajuda para acabar com a dor da perda, mas uma reunião de pequenos textos, distribuídos por todos os dias do ano (que não precisam ser lidos em sequência), que ajudam o leitor na condução do seu luto da maneira que ele quiser vivê-lo. Nesta entrevista exclusiva, importante e necessária a autora fala sobre superação.


Existem muitos tipos de luto? 
Shelby Forsythia - Há muitos tipos de luto. A maneira mais fácil de categorizá-las é notando quais perdas são visíveis e que são invisíveis. 


Quais são as diferenças entre eles?
Shelby Forsythia - 
Por exemplo, perdas como a morte de um ente querido, gentrificação e desmatamento são geralmente muito visíveis. Outras perdas como a perda de um "eu antigo", a perda de segurança, a perda da normalidade e a perda de amizades são em grande parte invisíveis. Claro que pode haver sobreposição entre perdas visíveis e invisíveis. Por exemplo, um diagnóstico de uma doença crônica pode significar a perda de uma habilidade visível como ficar em pé ou andar, mas também pode incluir perdas invisíveis, como identidade e esperanças futuras, sonhos e planos.


Há um tipo de luto pior que o outro? 
Shelby Forsythia - 
Não há perda pior do que outra e nenhuma maneira de classificar definitivamente as perdas em algum tipo de hierarquia. Apenas uma pessoa em luto pode classificar suas próprias perdas — se ela mesmo optar por fazê-lo. Para alguns, a falência é sentida mais profundamente do que a perda de um ente querido. Para outros, a morte de seu cão supera todas as outras perdas que eles enfrentaram — incluindo os humanos! Cabe a cada pessoa em luto decidir qual perda é pior para eles, porque é a pessoa que vive através dela e com ela.

Como a sociedade lida com aqueles que se permitem experimentar o luto?
Shelby Forsythia - 
Eu não sei se há uma única resposta direta para isso, porque cada vez mais, eu estou vendo bolsões de aceitação social da perda, especialmente durante a covid-19. Em uma base geral, ampla, - especialmente nos países eurocoloniais - não está aceitando o luto. Apenas a morte de um membro da família é considerada uma perda válida e há uma linha do tempo arbitrária para "superar isso" e "seguir em frente" com a vida. 


Existe alguma motivação para isso?
Shelby Forsythia - 
Há muitos motivos para isso, e eu não tenho todas as respostas. Imagino que grande parte dela reside em sistemas sociais maiores, como patriarcado, capitalismo e supremacia branca. Por exemplo, o patriarcado e a masculinidade tóxica percebem a emoção como fraqueza; portanto, eles absorvem qualquer expressão de luto. O capitalismo se concentra no momento e na produtividade, e o luto pode ser uma experiência muito ainda, que exige descanso. Faz sentido que as pessoas que vivem em sociedades capitalistas se sintam pressionadas a se apressar e superar isso já para que possam voltar ao trabalho. E, claro, a supremacia branca é um grande negador da dor. Para reconhecer todas as perdas que a sociedade está experimentando - e experimentou ao longo do tempo - a supremacia branca teria que reconhecer e expiar uma grande quantidade de dor e sofrimento, e, francamente, é preferível que o sistema conte a história de que as pessoas estão erradas ou quebradas por luto em vez de se voltar em direção e lidar com toda a dor que causou. Reconhecer verdadeiramente a fobia de luto que existe em todos os nossos sistemas sociais exigiria uma enorme virada de 180 graus do navio em que todos navegamos. E infelizmente, ainda não chegamos lá. Em termos de bolsos de aceitação social, a Internet e as mídias sociais - juntamente com um número crescente de livros e recursos presenciais - tornaram mais fácil localizar comunidades onde o luto é bem-vindo. Uma pesquisa no Google ou uma ida à livraria coloca mais recursos de luto em sua mão do que nunca, e esse tipo de acesso está ajudando as pessoas em todo o mundo a encontrar a ajuda de que precisam, mesmo que não possam encontrá-la em seu bairro. Especialmente durante a covid-19, as conversas sobre saúde mental e mortalidade estão na vanguarda. De alguma forma distorcida, a covid-19 abriu mais uma porta para falar e curar do luto.

A sociedade está preparada para abrigar alguém que está em luto?
Shelby Forsythia - 
Simplificando, a sociedade está preparada para "fazer", a sociedade não está preparada para "ser". Geralmente, a sociedade é bastante boa nas ações de apoio às pessoas em luto. Na melhor das circunstâncias, os enlutados recebem licença de luto do trabalho (embora ainda haja muito trabalho a ser feito sobre isso), hospitais, centros de hospício e funerárias auxiliam na organização logística dos serviços e no transporte do corpo de um ente querido, e amigos e familiares se reúnem com flores e caçarolas para oferecer apoio. Se é uma tarefa - ou algo a fazer - a sociedade é muito boa em assumir. No entanto, a sociedade não oferece outra coisa que as pessoas de luto precisam, que é a capacidade de "ser". Simplesmente estar com pessoas de luto parece verificar-se sobre elas semanas, mesmo anos depois de uma perda, dizendo o nome de um ente querido morto em voz alta, criando momentos no trabalho e na escola onde a perda é bem-vinda, e reconhecendo o fato de que a perda continua a informar sua vida e visão de mundo. Temos muito trabalho a fazer na educação da sociedade sobre como estar com as pessoas em luto, em vez de apenas fazer coisas por elas.

Como uma sociedade - e as pessoas individualmente - podem se preparar para acolher pessoas em luto?
Shelby Forsythia - 
Socialmente, podemos fornecer licença remunerada de luto para trabalhadores assalariados e por hora por pelo menos duas semanas após a morte de um ente querido - e remover a exigência de que a morte seja um cônjuge ou um parente de sangue. Também podemos oferecer apoio financeiro para contas médicas pendentes e despesas funerárias para que as famílias não tenham que fazer o trabalho emocional e logístico do crowdfunding em um momento em que suas vidas foram destruídas. Outros tipos de apoio ao luto que a sociedade pode e deve disponibilizar são terapia gratuita ou reduzida, educação obrigatória no local de trabalho sobre luto e perda, ensinar as crianças sobre o luto nas escolas em todos os níveis de série e consultar os enlutados ao projetar espaços públicos como mercearias, hospitais, shopping centers, escolas e locais de trabalho. Em última análise, a mudança social em torno do luto parece continuamente perguntar: "O que aconteceria se o luto fosse bem-vindo aqui?". Individualmente, amigos e familiares de pessoas em luto devem continuar a verificar com sua pessoa em luto. Pessoalmente, eu mantenho as datas de luto minhas e dos outros na minha agenda, então eu sou lembrado quando alguém tem um aniversário desagradável ou triste chegando. Os indivíduos também podem estender apoio significativo além da ajuda financeira, incluindo cuidados com o gramado, cuidados com crianças, sentar em animais de estimação, limpar, organizar, cozinhar e apenas estar lá depois que um amigo ou familiar morre. Por último e provavelmente o mais importante, os indivíduos podem ajudar uma pessoa em luto a honrar a pessoa que morreu continuando a dizer seu nome. Muitos grievers relatam sentir-se isolados em sua perda - como se o mundo tivesse seguido em frente - porque ninguém diz mais o nome de sua pessoa morta. É como se eles nunca existissem. Podemos ajudar as pessoas a sofrer, deixando-as saber que lembramos e sentimos falta e amamos sua pessoa também.

Por outro lado, se você é o único em luto, como você deve lidar com pessoas que insistem em ajudar, quando você só quer ficar sozinho?
Shelby Forsythia - 
Se você realmente não quer ver alguém - se eles fazem você se sentir desconfortável por sofrer, se eles te pressionarem a "superar isso", se eles ignorarem ou insultarem sua dor , você pode dizer "Não, obrigado", e estabelecer um limite com eles. Você não é obrigado a passar tempo com pessoas que não estão acolhendo sua dor só porque você acha que deveria, ou porque eles acham que você deveria! Se você não quer ver alguém, mas eles são um bom amigo para você em sua dor, pode ser útil fazer outro pedido deles em vez disso. Por exemplo, "Eu não estou para a empresa agora, mas posso pedir-lhe para deixar alguns itens do supermercado? Isso realmente me ajudaria". Muitas vezes, as pessoas pedem para passar tempo com você depois de uma perda porque elas só querem ser úteis. Se a presença deles não é algo que você quer, você pode pedir-lhes para serem úteis de outra maneira. Você também pode fazer uma regra entre vocês que se você pedir-lhes para sair, eles fazem! Por exemplo, "Eu não estou me sentindo bem companhia agora, mas eu adoraria vê-lo enquanto concordarmos que você vai embora assim que eu pedir." Para uma pessoa em luto, não há nada mais cansativo do que uma pessoa que fica muito bem-vinda! Definir uma regra que seu amigo deixará quando você perguntar - se eles estiveram lá por dez minutos ou uma hora - pode ser uma maneira útil de lhe dar algum controle, mas também permitir que seu amigo sinta que foi capaz de verificar você após uma perda".

Existe alguma pressão da sociedade para uma recuperação rápida? Se a resposta é sim, como isso acontece e como você pode não sucumbir a ela?
Shelby Forsythia - 
Com certeza há. Especialmente nos países eurocoloniais, a sociedade tem uma obsessão por histórias de triunfo. Geralmente, as pessoas que rapidamente superam sua dor ou transformam sua dor em algo útil ou caridoso são louvadas como heróis, enquanto as pessoas que continuam a chorar anos e décadas depois são examinadas e julgadas. Isso acontece por muitas razões, mas acho que a maior delas é que as histórias de triunfo se encaixam perfeitamente em uma visão de mundo patriarcal, capitalista e supremacista branca. Teoricamente, a sociedade das pessoas se sustenta como heróis triunfando sobre sua dor não sucumbem a emoções duras ou avassaladoras (ou são de alguma forma "mais fortes" do que elas), criam algo maravilhoso e produtivo de sua dor, e perpetuam o mito de que há um caminho certo e uma maneira errada de processar o luto. 


Como isso acontece e como você pode não sucumbir a ela?
Shelby Forsythia - Libertar-se desses sistemas dentro do luto é uma prática diária para muitos grievers - inclusive eu. No meu trabalho e no meu livro "Your Grief, Your Way" eu incluo coisas como definição de limites, permissões pessoais e visualizações que permitem que o luto exista. O luto, por sua própria natureza, é difícil, complicado, confuso, incerto e lento. Não é para ser superado, apenas para ser experimentado. E as pessoas de luto têm que lembrar-se disso continuamente para evitar cair na armadilha de precisar triunfar de acordo com as regras distorcidas da sociedade.


Em um contexto pandêmico, onde as pessoas enfrentaram tantas perdas, como é possível superar a dor?
Shelby Forsythia - Eu não acho que essa é uma pergunta válida, porque "superar a dor" significa colocar dor no passado e não experimentá-la no presente. Isso não é possível. Na realidade, a dor continuará conosco no futuro. O primeiro passo é reconhecer que o luto está vindo junto para o passeio - ele sempre estará conosco. Como não poderia ser? Só nos EUA, perdemos mais de 750.000 pessoas para a covid-19. Os procedimentos da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos da América (PNAS) previram que, em média, nove pessoas ficarão enlutadas por cada pessoa perdida na pandemia. São mais de 6,7 milhões de pessoas em luto. Como poderíamos pedir a eles para "superar" sua dor? Em vez disso, social e individualmente, deveríamos estender convites a cada pessoa que conhecemos para incluir a dor em suas vidas. Devemos criar rituais contínuos para lamentar aqueles que perdemos e dizer seus nomes. Devemos encontrar maneiras de contar histórias sobre nossos entes queridos, pessoal e publicamente. E devemos procurar sistematicamente formas de melhorar a saúde e o cuidado com a morte para que os futuros grievers não tenham que ser submetidos aos traumas e dificuldades que os grievers enfrentam hoje.

E quando o luto é coletivo? O Brasil acaba de perder Marília Mendonça, uma cantora muito amada, de uma forma trágica. 
Shelby Forsythia - 
Sinto muito pela perda coletiva que o Brasil está enfrentando na morte de Marília Mendonça. É devastador quando um artista morre, especialmente de uma forma repentina e trágica. Cantores criam algo em nós que a palavra falada sozinho não pode, e sua presença é especial e significativa. O luto coletivo pode muitas vezes ser abordado através de rituais e permissão para lamentar o futuro. Imediatamente após uma perda acontecer, lamentar uma pessoa através de cerimônias, desfiles, música, dança, iluminação de velas, contação de histórias e reunião comunitária pode ser útil.


O que poderia aliviar essa dor coletiva?
Shelby Forsythia - 
Simplesmente parar por um momento para reconhecer que uma pessoa morreu pode ajudar os indivíduos de luto a sentirem que sua dor é validada. Então, depois que as grandes cerimônias e encontros param, continuando a honrar a dor dos outros, aceitando quando vestem camisetas de Marília Mendonça, por exemplo, ou penduram fotos dela em sua casa. Não tire sarro das pessoas por continuarem a lembrar e adorarem pessoas que morreram à sua maneira. Não sei se isso existe no Brasil, mas nos EUA, as velas devocionais kitschy são muito populares. As pessoas criaram velas devocionais para homenagear drag queens como Divine, o músico Prince, e o elenco falecido do sitcom "The Golden Girls". Embora possa parecer bobagem para alguns, esses artistas e atrizes tiveram uma grande influência na vida das pessoas. Tudo bem que ainda nos lembramos deles e os levamos para a frente conosco.

Tantas mortes na pandemia mudaram nossa maneira de lidar com a perda?
Shelby Forsythia - 
Absolutamente. Pela primeira vez, estamos lidando com perdas em grande parte sozinhos e online. Como não podemos nos reunir dentro de casa para cerimônias e apoio, as pessoas em luto estão encontrando maneiras de lidar com a perda através de comunidades on-line. Funerais zoom são agora uma coisa que acontece, bem como grupos de apoio on-line para pessoas que perderam um ente querido. Estamos descobrindo que podemos fazer conexões e encontrar cura mesmo quando não podemos ficar juntos. E simultaneamente, estamos de luto pela perda de coleta física e toque para lidar com o luto. A pandemia também tornou mais fácil falar sobre perda. Estamos literalmente girando em um planeta de pessoas transmitindo um vírus que é potencialmente mortal. A mortalidade está na frente e no centro de uma forma que não foi antes. Há um pouco de humor negro entre os enlutados que perderam um ente querido pré-pandemia. Ver o coletivo acordar para o fato de que todos nós vamos morrer - e possivelmente em breve - é fascinante para pessoas em luto que sabem que isso é verdade por um tempo. É como se o mundo inteiro finalmente estivesse "se juntando ao clube" que os grievers começaram e residem há muito tempo.


Isso aumentou a empatia das pessoas?
Shelby Forsythia - 
Para alguns, a pandemia tem sido um aumento de empatia, com certeza. Acho que depende da relação das pessoas com o medo, honestamente. Se as pessoas têm medo, se têm medo de morrer ou de terem seus direitos "tirados" ou de incerteza ou uns dos outros, há menos espaço para a empatia aparecer. No entanto, para as pessoas que acolhem o medo e o luto bem-vindo, a pandemia é um grande amplificador de empatia. Perceber a maneira como você sofre pode ajudá-lo a perceber as maneiras pelas quais os outros sofrem, e isso pode ser uma porta de entrada para a empatia.

Você acredita que, após esse período, as pessoas serão iguais ou haverá alguma mudança para melhor?
Shelby Forsythia - 
Agora é difícil dizer. Pelo menos nos EUA, muitos de nossos sistemas e estruturas estão voltando à forma como as coisas eram pré-pandêmicas. Meu país está em grande parte falhando em permitir que a covid-19 nos aproxime de um mundo onde as pessoas são cuidadas adequadamente. Em outras palavras, não estamos aprendendo nossa lição. Por outro lado, a pandemia abriu nossos olhos para muitas das maneiras que não nos importamos bem, e há mais foco do que nunca em comunidades e pessoas que precisam ser apoiadas. Embora eles possam não estar recebendo o apoio de que precisam sistematicamente, eles estão recebendo a atenção há muito atrasada que merecem — e às vezes se preocupam em um nível local ou vizinho. Não é suficiente, e também é algo mais do que era antes. Não posso prever se a pandemia nos tornará melhores ou piores; Eu sei que isso vai nos fazer diferentes.

Todas essas perdas banalizaram a morte em nossas vidas diárias?
Shelby Forsythia - 
Certo. Acho que a morte após a morte após a morte pode nos entorpecer à verdadeira profundidade e peso da perda. Esta é uma resposta comum de trauma para perdas cumulativas acumuladas ao longo do tempo. Quando a perda está em curso, não há tempo para sentar com ela e lamentou-a adequadamente. Estamos coletivamente em modo de sobrevivência e muitos de nós, especialmente profissionais de saúde e assistência à morte, também estamos experimentando a fadiga da compaixão. Há um burnout que vem com perda contínua que só pode ser abordado em momentos onde a morte diminui por um tempo. As pessoas estão preocupadas com o luto agora, mas honestamente, estou mais preocupado com o que vai acontecer dois, cinco, dez ou até 20 anos na estrada, quando a poeira assentar tempo suficiente para todos nós sentarmos e lamentarmos tudo o que a pandemia mudou em nossas vidas.

Que conselho você daria para alguém que está passando por uma situação de perda?
Shelby Forsythia - 
Seja gentil consigo mesmo. Especialmente se você está de luto agora, você não está apenas fazendo o trabalho de luto, você está fazendo o trabalho de luto no meio de uma pandemia. As exigências da vida e a tensão em você é provavelmente mais do que nunca. Faça pausas o máximo que puder. Estabeleça limites com pessoas ou lugares ou empregos que drenem sua energia limitada. Agende tempo para sofrer se for preciso, para que todas as coisas que você sente não se acumulem lá dentro. E se for acessível a você, encontre uma comunidade de apoio. O resultado extremamente positivo da pandemia - se há um a ser feito - é que há mais pessoas de luto agora do que nunca. Encontrar um grupo de apoio, seja no seu bairro ou on-line, nunca foi tão fácil, e novos estão aparecendo todos os dias. Confie que em algum lugar lá fora, há um lugar seguro e acolhedor para sua dor e dor. E, claro, se você está procurando por uma pequena orientação diária para viver com a vida após a perda, pegue uma cópia do meu livro. Não importa onde você comece a ler, ele lhe dará um lugar para começar.


.: Crítica musical: Voodoo Shyne mostra influência do rock setentista


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico musical.

O cantor e compositor paulista Voodoo Shyne está divulgando o álbum "Love, Martyrs & Archetypes". O disco está disponível nas plataformas digitais e traz nove músicas, sendo duas inéditas.

As faixas "Unique", "A Perfect Match", "Love Corrupts Myself to Death", "Instinct in Me", "Through Her Womb", "Fright (People)" e "Promises" já foram lançadas como singles entre 2020 e 2021. E agora ganharam versões remasterizadas no álbum completo. As duas inéditas são a instrumental Trap of Love e A.L.L. Impossível não associar o trabalho de Voodoo Shyne com o rock produzido nos anos 70. As referências são inúmeras, passando por Black Sabbath, T-Rex, Marc Bolan e muitos outros.

As músicas e letras são de Voodoo Shyne, que também faz vocal, baixo, sintetizadores, guitarras e bateria. Estevan Sinkovitz também gravou guitarras, e ainda baixo e violão em Through Her Womb. Ele é integrante da banda Marrero. Eklon Eleutério toca piano em A Perfect Match. 

Essa enxuta cozinha ritmica acaba produzindo um som capaz de convencer o ouvinte que curte hard rock. Faixas como Through Her Womb e Promises estão bem próximas do som dos anos 70. A produção é de Voodoo Shyne e Estevan Sinkovitz. O disco foi mixado e masterizado por Estevan Sinkovitz no estúdio Lichen Ideias Sonoras.

 "A Perfect Match"

"Promises"

.: Teatro: "Cock - Briga de Galo", de Mike Bartlett, em peça de Nelson Baskerville


Encenado em arena, espetáculo fala sobre um homem em conflito com sua sexualidade e identidade e divido entre um antigo amor e uma nova e inesperada paixão. A montagem tem estreia presencial e gratuita na Oficina Cultural Oswald de Andrade. Foto: Pedro Bonacina


Considerado um dos maiores autores do teatro britânico contemporâneo, Mike Barlett tem mais um de seus premiados textos encenados no Brasil. Trata-se de "Cock - Briga de Galo", com direção de Nelson Baskerville, que tem sua temporada de estreia entre os dias 2 e 18 de dezembro, na Oficina Cultural Oswald de Andrade. As apresentações são gratuitas e acontecem de segunda a sexta, às 20h; e aos sábados, às 18h.

A história do espetáculo gira em torno de John, que tem um relacionamento com outro homem há sete anos. Quando os dois resolvem dar um tempo, ele se apaixona por uma mulher. Cheio de angústias e sentimentos conflitantes, o protagonista mantém as duas relações sem saber para que lado ir.  Tanto o namorado como a namorada estão dispostos a lutar pelo amor de John, mas a maior briga do protagonista é para entender quem ele é, num torturante conflito com o próprio desejo e sem conseguir se enquadrar nos rótulos sociais.

A peça rendeu a Mike Bartlett o Olivier Award (2010), na categoria “Outstanding Achievement”, a maior honraria do teatro inglês. A montagem brasileira foi idealizada por Andrea Dupré e Daniel Tavares, que também estão no elenco ao lado de Hugo Coelho e Marco Antônio Pâmio. “Estamos sempre pesquisando a dramaturgia contemporânea em busca de bons textos e adoramos o teatro inglês. Quanto ao Bartlett, já vínhamos alimentando a vontade de montá-lo há um bom tempo. Chegamos a ler o texto em 2013, mas os direitos autorais não estavam disponíveis na época. Em 2019, fizemos uma nova tentativa e finalmente conseguimos, mas fomos interrompidos pela pandemia”, conta Andrea Dupré.

Sobre como a pandemia influenciou a montagem, Daniel Tavares acrescenta: “A peça é muito focada nas relações, nos encontros, no desejo e no amor. Para contar essa história é quase impossível não ter beijo, abraço, corpos próximos. E diante de todo distanciamento social que vivemos, essas ações aparentemente tão cotidianas parecem ter se tornado mais potentes e ganharam outras camadas e significados. Mais do que nunca vimos como somos mais felizes quando estamos próximos uns dos outros”.

O espetáculo acompanha o turbulento processo de descoberta da identidade, da sexualidade e do desejo de John, que namora há sete anos com um homem. Quando ele e seu companheiro decidem dar um tempo, o protagonista se apaixona por uma mulher, algo novo em sua vida.

Cheio de angústias e sentimentos conflitantes, John é pressionado a decidir entre o amor de seu antigo namorado e de sua nova parceira. Mas a maior luta do protagonista é para entender quem ele realmente é e o que sente. Esse conflito é ainda mais agravado pelos próprios desejos de John e pela pressão social para que ele se enquadre em rótulos pré-determinados.

“Cock”, em inglês, é uma palavra com múltiplos sentidos. Significa galo, pau/pênis e também é uma gíria para descrever alguém de personalidade arrogante. A peça brinca com todos esses sentidos. Conhecida como “The Cockfight Play”, a obra dramatúrgica começou a ser escrita durante um intercâmbio do autor no México, país da lucha libre e onde ainda existem as brigas de galos. De alguma forma, Bartlett conectou o ritual das rinhas - nas quais em um pequeno palco, duas criaturas se atacam, lutam, e se destroem - com o ritual do teatro. E a partir dessa imagem, ele começou a construir essa trama centrada em embates cortantes e emocionais.

Nessa disputa, em que cada personagem tenta convencer os demais sobre seu ponto de vista, a plateia é colocada com muita delicadeza no papel de voyer e é convidada a pensar sobre as questões debatidas. E esse exercício de empatia com a situação dos quatro personagens é acentuado pelo fato de que o texto não traz respostas prontas.


A encenação
A montagem de Nelson Baskerville segue essa sugestão do autor de posicionar o público em uma arena em cenário criado por Chris Aizner, com uma grande luminária de Wagner Freire. “Veremos no palco esses personagens chocando-se entre si, expondo suas angústias, seus medos, seus amores e seus saberes das próprias paixões. Iremos até o limite de aproximação entre plateia e personagens, para que ela veja seus suores, ouça suas respirações, também sofra por eles e possa torcer para que se machuquem o menos possível, porque é evidente que vai doer. O amor é transgressivo e dói”, comenta o diretor.

Quanto aos figurinos, criados por Marichilene Artisevskis, outra sugestão de Bartlett será seguida: caracterizar essas figuras sem muitas definições convencionais. Isso é extremamente importante em uma peça que questiona justamente a categorização das pessoas. Outro elemento importante da trama é a trilha sonora original composta por Dan Maia, marcando algumas transições de cenas e o início dos três grandes blocos que compõem o texto.

“A ideia é que haja em cena um jogo absolutamente vivo e preciso dos atores para que os diálogos cheguem ao público (que está praticamente dentro da cena) com o máximo de verdade e honestidade”, comenta o encenador.


Sobre Mike Bartlett
Mike Bartlett é um dos mais proeminentes dramaturgos ingleses da atualidade. Já foi autor residente do National Theatre e do Royal Court Theatre de Londres. Ele também é roteirista de TV e escreveu várias séries de sucesso na Inglaterra. Sua escrita é afiada, inteligente e possui uma comunicação clara, bem-humorada e direta com os públicos jovem e adulto.

A maioria de suas peças ganhou grande destaque na cena teatral internacional e o autor também foi reconhecido com importantes prêmios, principalmente na Inglaterra. Com “King Charles III” ganhou o Critic’s Circle Award e o Olivier Award na categoria Best New Play e foi indicado ao Tony Award na mesma categoria. “Love Love Love” ganhou Best New Play no Theatre Awards UK. Ele também ganhou os prêmios Writer’s Guild Tinniswood e Imison pela peça “Not Talking”, e o Old Vic New Voices Award por “Artefacts”.

No Brasil, peças como “Bull”, “Contrações” e “Love Love Love”, todas com estilos e temáticas diferentes, fizeram grande sucesso. A cada novo texto apresentado, fica mais evidente para o público brasileiro o porquê do jovem dramaturgo ser considerado um dos mais importantes autores da contemporaneidade.

Ficha técnica:
"Cock - Briga de Galo". TEXTO: Mike Bartlett. TRADUÇÃO: Andrea Dupré. DIREÇÃO: Nelson Baskerville. ELENCO: Andrea Dupré, Daniel Tavares, Hugo Coelho e Marco Antônio Pâmio. ILUMINAÇÃO: Wagner Freire. FIGURINO: Marichilene Artisevskis. CENÁRIO: Chris Aizner. TRILHA SONORA ORIGINAL: Daniel Maia. PREPARADOR CORPORAL: Mauricio Flores. CENOTÉCNICO: Cesar Rezende. TÉCNICO DE LUZ E SOM: Leandro Di Cicco. ACESSIBILIDADE AUDIOVISUAL: Nara Marques. ASSESSORIA DE IMPRENSA: Adriana Balsanelli. MIDIAS DIGITAIS: Inspira comunicação - Felipe Pirillo e Vanessa Scorsoni. FOTOS: Pedro Bonacina. IDEALIZAÇÃO: Andrea Dupré e Daniel Tavares. ADMINISTRAÇÃO – Fenetre Produções. PRODUÇÃO: Contorno Produções. PRODUTORA EXECUTIVA – Laura La Padula. ASSISTENTE DE PROJETOS: Bianca Bertolotto. ASSISTENTE DE PRODUÇÃO E COMUNICAÇÃO: Carolina Henriques. DIREÇÃO DE PRODUÇÃO: Jessica Rodrigues e Victória Martinez. O espetáculo "Cock - Briga de Galo" foi contemplado pela 10ª edição do Prêmio Zé Renato para a Cidade de São Paulo, instituído pela Lei nº 15.951/2014


Serviço:
"Cock - Briga de Galo", de Mike Bartlett, com direção de Nelson Baskerville
De 2 a 18 de dezembro – de segunda a sexta, às 20h; sábados, às 18h.
Oficina Cultural Oswald de Andrade - Sala 03 - Rua Três Rios, 363 - Bom Retiro, São Paulo.
Ingressos: grátis, distribuídos 1h antes de cada sessão.
Duração: 120 minutos.
Classificação indicativa: 14 anos.

.: Telecine abre sinal para assinantes das operadoras de TV por assinatura


Entre 7 e 13 de dezembro, os seis canais Telecine estarão com o sinal aberto para as operadoras de TV por assinatura, entre elas estão SKY, Vivo, Oi, Claro, entre outras, e que também vão disponibilizar o conteúdo em suas plataformas de streaming próprias*. Os assinantes terão acesso ao app do Telecine com login e senha cadastrados nos sites das operadoras*. Filmes inéditos, lançamentos exclusivos do selo Première e franquias de sucesso fazem parte do catálogo do clube de cinema.

A abertura do sinal faz parte das comemorações pelos 30 anos da estreia do Telecine na TV por assinatura. São três décadas levando a curadoria minuciosa do time de cinéfilos para a casa dos brasileiros e se transformando junto com o público. Com lançamentos exclusivos e clássicos de grandes estúdios de Hollywood, nacionais e do mercado independente, o Telecine se consagrou como a marca nacional pioneira em cinema, que busca entender o comportamento do consumidor e levar para a tela o que ele quer assistir.

Quem quiser curtir a magia do cinema em casa, pode conferir "Os Croods 2: Uma Nova Era", que chega no dia 11, às 22h, na Sessão Superestreia do Premium. Dessa vez, os Croods saem em busca de um lugar mais seguro e descobrem um paraíso que atende todas as suas necessidades. Contudo, outras pessoas também moram lá, entre eles os Bettermans, uma família que se acha mais evoluída. A tensão com os novos vizinhos aumenta, mas uma nova ameaça faz com que os dois clãs ultrapassem suas diferenças em uma aventura épica. A versão em português traz as vozes de Juliana Paes e Rodrigo Lombardi, enquanto a dublagem original em inglês volta a reunir o elenco formado por Nicolas Cage, Emma Stone e Ryan Reynolds.

Confira outros sucessos no Telecine, como "Assalto ao Banco da Espanha", filme de ação com Freddie Highmore, "Um Tio Quase Perfeito 2", comédia nacional com Marcus Majella, "Na Mira do Perigo", ação com Liam Neeson e a animação musical "Trolls 2". As operadoras de TV por assinatura que participam da ação são: SKY, Vivo, Oi, Claro,Conector, TVN, Ver TV e TV Alphaville e nos serviços de streaming OTT DIRECTV GO e Claro Box. *O assinante deve consultar disponibilidade dos serviços na empresa de TV por assinatura, em caso de dúvidas.


quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

.: Crítica: "Mentes extraordinárias" é um recorte sobre os presentes da vida


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em dezembro de 2021


"Mentes extraordinárias" do diretor Bernard Campan mostra a construção de uma linda amizade. Tudo começa quando um agente funerário sisudo chamado Louis (Bernard Campan), ironicamente, vive somente para o trabalho. Eis que certo dia, por descuido no volante, esbarra em Igor (Alexandre Jollien) que dirigia seu triciclo para fazer entregas de hortifruti na região. Aliás, tira o desconhecido da estrada. 

Contudo, no dia seguinte Igor aparece no lugar de trabalho de Louis que, no caso, não lhe dá trela. Para ele, fica claro, que o socorro já foi feito e tudo está bem. No entanto, Igor, interpretado pelo filósofo e escritor Alexandre Jollien, quem dedica horas para a leitura, resolve fazer uma experiência inusitada e, por falta de atenção, tanto de Louis quanto de Igor, segue viagem de Lausanne para o sul da França num carro funerário. 

Louis tenta se livrar do "novo amigo", mas se dá conta do erro que pode cometer. Igor desperta a compaixão do homem que lida com a morte diariamente. Lado a lado, em meio a aventuras inesperadas, amorosa e revelações das mais variadas, eles vão se conhecendo. Sem perceberem, o elo da verdadeira amizade é construída, embora, inicialmente, parecessem ter pouco em comum. 

"Mentes extraordinárias" é uma comédia dramática agradável do tipo para se ver e rever, além de remeter a outros filmes como por exemplo, "Intocáveis". Um ponto forte do roteiro de Bernard Campan e Manuel Poirier é o fato de usar a filosofia no personagem de Alexandre Jollien para enriquecer o texto e tornar Igor sempre interessante para o desenrolar da trama, o que fortalece o elo entre os protagonistas. 

O longa de 1h 31min acontece suavemente diante do público que não se dá conta do tempo passar. Durante todo o filme fica a sensação, para quem está do outro lado da telona, de ser alguém que torce para um final feliz dessa amizade verdadeira. "Mentes Extraordinárias" é um presente cinemetográfico e está em cartaz no Brasil como parte do Festival Varilux de Cinema Francês. Imperdível!


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


Filme: Mentes extraordinárias (Presque)

Gênero: Comédia dramática

Data de lançamento: 25 de novembro de 2021 (Brasil)

Diretor: Bernard Campan

Roteiro: Bernard Campan, Manuel Poirier

Duração: 1h 31min

Elenco: Bernard Campan, Marilyne Canto, Julie-Anne Roth


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm

.: Crítica: "Adeus, Idiotas" inicia com drama, mas faz comédia surreal


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em dezembro de 2021


Uma história cheia de ritmo com sequências inimagináveis. Assim é o longa francês em cartaz nos Cinemas Cineflix, intitulado "Adeus, idiotas", dirigido por Albert Dupontel. O rumo do filme acontece de modo a sempre seguir exatamente o que torcemos para que se realize diante de nossos olhos, o que fatalmente remete aos muitos filmes que amamos assistir na "Sessão da Tarde" repetidas vezes

Sim! "Adeus, idiotas" é um longa agradável de se assistir, embora tenha como ponto de partida a notícia de que a mocinha da trama, Suze Trappet (Virginie Efira), de 45 anos, está com os dias contados -por conta de uma doença. Contudo, é uma história do passado a faz ser testemunha de uma tentativa de suicídio que dá muito errada. 

O que aconteceu com Suze? Aos 15 anos, engravidou e foi obrigada a entregar o filho para adoção. E antes de partir para outro lado, deseja saber o que foi feito desse bebê que hoje é um homem. De fato, em "Adeus, idiotas" o que Suze deseja sempre dá um jeito de acontecer, principalmente por de ter na palma da mão Jean-Baptiste Cuchas (Albert Dupontel), um quinquagenário em pleno esgotamento mental, a pessoa certa para levá-la até seu descendente.

Eis que Suze envolve JB para solucionar o caso dela, sendo ela testemunha dele. Desta forma, Suze poderá ajudá-lo a explicar que o mestre da tecnologia tinha como objetivo cometer suicídio e não ferir amigos de trabalho. Para tornar a trama ainda mais rocambolesca e engraçada, forma-se um trio e tanto com a entrada do Sr. Blin (Nicolas Mairé), um arquivista cego, mas com um entusiasmo impressionante.

"Adeus, idiotas" é um longa de uma história totalmente improvável e sequências surreais, o que pode até decepcionar parte do público, porém nos faz lembrar de que cinema é arte, o que nos permite deixar a imaginação fluir e, assim, sonhar. O longa que é diridigo e protagonizado por Albert Dupontel está em cartaz no Brasil como parte do Festival Varilux de Cinema Francês.


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


Filme: Adeus, idiotas

Data de lançamento: 25 de novembro de 2021 (Brasil)

Diretor: Albert Dupontel

Prêmios: César de Melhor Filme, César de Melhor Diretor

Elenco: Albert Dupontel, Virginie Efira, Nicolas Mairé, Marilou Aussilloux, Bastien Ughetto


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm

Trailer de "Adeus, idiotas"


.: Daniella Zupo: "Amanhã Hoje É Ontem" documenta batalha contra o câncer


Obra de autoria da jornalista Daniella Zupo, "AHO - Amanhã Hoje é Ontem", recentemente publicado pela editora SOMOS Livros, terá evento de lançamento em Belo Horizonte, na próxima terça, dia 7 de dezembro, entre 17h e 19h, na Outlet do Livro, com a presença da autora.

"AHO - Amanhã Hoje É Ontem", de Daniella Zupo. O título do livro recentemente publicado pela editora SOMOS Livros é um relato sobre a história de superação da autora, que viu sua vida mudar ao receber o diagnóstico de câncer de mama. De tão poderosa, sua história ganhou o papel em páginas que transbordam urgência e documentam uma jornada interior de redescoberta, mudança de paradigmas e esperança. "Este livro é um caminho pra acessarmos essa fonte do aqui e agora. Não digo isso como quem minimiza a dor ou o impacto desse diagnóstico, mas como toda experiência que muda nossas vidas, podemos sair dela mais fortes. Dores são atalhos que podem nos conduzir a belas veredas", comenta ela.

Em 2016, Daniella Zupo documentou sua batalha em uma inovadora websérie no YouTube, na qual expôs seus sentimentos com muita honestidade. Agora, sua voz se transforma em uma narrativa poética e potente e apresenta um relato das reflexões que a autora fez nesse diário de isolamento, revendo sua vida e suas escolhas. O escritor moçambicano Mia Couto comenta a marca profunda e literária desta obra: "Este é um depoimento de alguém que, face à iminência do seu próprio fim, se põe a conversar com um rio oculto que corre por dentro e fora do corpo".

"AHO - Amanhã Hoje é Ontem", terá evento de lançamento em Belo Horizonte, na próxima terça, dia 7 de dezembro, entre 17h e 19h, na Outlet do Livro, com a presença da autora. O livro estará à venda no local e os participantes poderão autografar seus exemplares com a autora. Você também pode comprar o livro neste link.

Lançamento do livro "AHO - Amanhã Hoje É Ontem", de Daniella Zupo, na Outlet do Livro.
Terça-feira, dia 7 de dezembro, das 17h às 19h.
Rua Paraíba, 1419, Savassi - Belo Horizonte.
Evento gratuito e realizado de acordo com as normas de vigilância sanitária.
Livro em capa dura, 160 páginas, colorido.
Autógrafos por ordem de chegada.



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