quarta-feira, 21 de setembro de 2016

.: Ator Caio Castro lança livro em São Paulo na próxima segunda-feira

Depois de anos trabalhando em ritmo intenso na TV, conquistando milhões de fãs pelo Brasil,  o ator Caio Castro começou a sentir que precisava sair de sua zona de conforto para se conhecer melhor e viver outros contextos. Decidiu, então, tirar um ano sabático, que rendeu ao ator momentos inesquecíveis, novos amigos, uma grande paixão e até situações embaraçosas. Detalhes de todas essas experiências e alguns segredos bombásticos são contadas no livro É por aqui que vai pra lá, lançado pela Globo Estilo.

Caio narra as viagens mais marcantes para cidades como Tóquio, no Japão, Las Vegas, nos Estados Unidos, Paris, na França, Porto, em Portugal, entre outras. De suas andanças pelo Brasil, selecionou seus dias na Amazônia, na ilha de Fernando de Noronha e também em Jericoacoara.

Repleto de fotos, o livro serve de inspiração para o leitor sair da rotina, explorar lugares novos e conhecer a si próprio, além de retratar um período específico da vida do ator, que reflete o que ele se tornou. “Planeje, saia, explore, pense, mude. Nem que seja para a cidade vizinha. O bairro vizinho. Nunca pare de buscar o diferente. A vida é incrível para quem se arrisca a viver”, afirma.

Até os 17 anos, Caio tinha uma vida parecida com a de qualquer outro garoto. Estudava, viajava para a Praia Grande nas férias, adorava jogar bola e fazia alguns bicos para ajudar a família e juntar dinheiro. Aos 18 anos, participou do concurso Casal Malhação, foi selecionado e se mudou para a cidade do Rio de Janeiro. A partir daí viu sua vida mudar completamente. Em pouco tempo, o menino de então  virou um ídolo da TV, passou a ser abordado por fãs em todos os lugares e teve que se dividir entre gravações da novela, comerciais e eventos. “Eu precisava de um tempo. Uma folga. Fugir de tudo. Precisava refletir, me conhecer melhor”, conta o ator. Decidiu assim tirar um ano de férias e viajar sem destino.

As aventuras são inúmeras. Caio fez uma tatuagem em homenagem ao Japão, enfrentou um terremoto, viveu uma paixão intensa, entrou em contato com as raízes de sua família na cidade do Porto, em Portugal, visitou uma comunidade ribeirinha e curtiu uma badala em pleno voo de avião. Nesse período, ele também encontrou tempo para cruzar com pai a Rota 66, que liga a Califórnia a Las Vegas, e para viver momentos únicos com a mãe em um cruzeiro.


Livro: É por aqui que vai pra lá
Autor: Caio Castro
Gênero: Viagem
Páginas: 144
Editora: Globo Estilo

.: Abertura da Tarrafa Literária terá Ignácio de Loyola Brandão e filha

A 8ª edição da Tarrafa Literária, festival internacional de literatura, que acontece anualmente na cidade Santos, em São Paulo, começa nesta quarta, 21 de setembro, e irá até o dia 25, ocupando principalmente o Teatro Guarany, um patrimônio cultural e histórico localizado ao lado da Rodoviária de Santos, e a unidade santista do Sesc com uma programação gratuita que inclui dez mesas de debates, bate-papo e atrações infantis, além do espetáculo de abertura.

A abertura do festival, nesta quarta, no Teatro Guarany, terá como atração o espetáculo “Solidão no Fundo da Agulha”, uma parceria do escritor Ignácio de Loyola Brandão com a cantora Rita Gullo, filha dele. A apresentação, que leva o escritor ao palco para contar histórias marcantes de sua vida e momentos remetidos a canções interpretadas por Rita, é baseada no livro homônimo, escrito por Ignácio, que reúne crônicas e contos inspirados nessas músicas e momentos. No repertório, estão canções como “Amado Mio” (Doris Fisher/ Allan Roberts), “Valsinha” (Chico Buarque e Vinícus de Moraes) e “Que rest-t-il de nos amours?” (Charles Trenet).

Para as mesas de discussões, também no teatro Guarany, a sexualidade destaca-se como tema de duas. A primeira, com participação da cartunista Laerte e Amara Moira, uma travesti doutorada e prostituta, e mediação do escritor Arthur Veríssimo, sobre transgênero (dia 23, sexta-feira, às 17h); e a segunda, nomeada “Ménage à Trois”, com participações do escritor Reinaldo Moraes e da professora de literatura Eliane Robert de Moraes – lançou, no ano passado, uma obra sobre a antologia de literatura erótica -, e mediação de Paulo Ludmer (dia 25, domingo, às 15h).

A situação atual do Brasil, econômica e política, também é pauta de outras duas mesas, uma sobre jornalista e imprensa brasileira, nomeada “Parem as Máquinas!” (dia 24, sábado, às 17h), com participações dos jornalistas Paulo Henrique Amorim e Mino Carta, e mediação de Renato Roval, também jornalista e professor de comunicação; e a “Um belo Brasil”, com Eduardo Gianetti, sociólogo, economista e escritor, e Antônio Pedro Tota, escritor e professor de história, com mediação do jornalista Matthew Shirts, sobre o comportamento do brasileiro visto sob uma ótica uma otimista.

Outros nomes nacionais confirmados são: Maria Valéria Rezende, vencedora do Prêmio Jabuti; Estevão Azevedo, vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura 2015; Vanessa Ferrari, umas das principais editoras da Cia das Letras; Gregório Duvivier, ator, humorista e escritor; os jornalistas e escritores Marina Moraes – que durante o festival lança o livro de crônicas “Água para as Visitas” -, Sergio Rodrigues, Rodrigo Savazoni e Michel Laub; a atriz e apresentadora Juliana Araripe; os poetas Manoel Herzog e Ademir Demarchi; Renato Rovai, jornalista e professor de comunicação; e Julián Fuks, eleito em 2012 pela revista Granta um dos vinte melhores jovens escritores brasileiros.

Já entre os internacionais estão o holandês Arnon Grunberg, autor de livro “Tirza”; o mexicano David Toscana, que na ocasião lança o livro “Lotananza Bar”, com breves histórias de botequim; e o angolano Pepetela, que descreve, em suas obras, os problemas sociais de seu país.

Além das mesas, esta edição traz três encontros especiais no SESC Santos: um bate-papo com as vencedoras do Prêmio SESC de Literatura 2015, Marta Barcellos e Sheyla Smanioto; um recital do poeta Sérgio Vaz, nomeado “Poesia das Ruas”; e uma roda de leituras e indicações dos autores internacionais.

A programação infantil da Tarrafa, também no SESC Santos, chamada Tarrafinha Literária, trata uma apresentação do espetáculo cênico musical “Crianceiras”, concebido pelo músico Márcio de Camillo como uma homenagem a Manoel de Barros, o mais aclamado poeta brasileiro da contemporaneidade. Haverá ainda uma temporada do “Fabuloso Mundo das Descobertas”, uma peça teatral que inicia antes do festival, no dia 19, com o intuito de inspirar a prática de ensinar e aprender, a origem das palavras, a saúde do corpo, e propõe ainda um resgate de valores como fazer o bem.

Programação desta quarta-feira
Abertura Tarrafa Literária – Festival Internacional de Literatura com o Espetáculo “Solidão no Fundo da Agulha” no Sesc Santos
O espetáculo é uma parceria do escritor Ignácio de Loyola Brandão com sua filha, a cantora Rita Gullo, e leva o escritor ao palco para contar histórias marcantes de sua vida e momentos remetidos a canções interpretadas por Rita.
Quarta-feira, 21 de setembro, às 19h30
Endereço: Rua Conselheiro Ribas, 136 – Aparecida, Santos - SP
Grátis

.: "Supermax", o reality show metafórico que faz paródia da Globo

Por Helder Miranda
Em setembro de 2016

CONTÉM SPOILERS

"Quem não tem pecado, que atire a primeira pedra". Essa máxima bíblica resume a premissa de "Supermax", um reality show fictício em que brilham as veteranas conhecidíssimas do público Cléo Pires, a Sabrina, uma mulher aparentemente "durona", e Mariana Ximenes, uma enfermeira que possivelmente praticou em alguém a eutanásia, proibida no Brasil - colocadas na produção porque qualquer atração de TV precisa de grandes nomes. 


Entre vários rostos de atores desconhecidos ou praticamente anônimos do grande público, está Erom Cordeiro, cujo papel mais marcante é o de Zeca da novela das 21h "América" (para quem não se lembra, o rapaz que protagonizaria com o Júnior de Bruno Gagliasso o primeiro beijo gay da TV brasileira) que é um ex-policial que assassinou alguém e, dentro do confinamento, dá de cara com um traficante, ou um viciado, não fica claro. 


A cena da caixa balançando vista do lado de fora pela ótica dos participantes, que como o público não sabem o que está acontecendo lá dentro, apenas supondo que os dois estão se agredindo em uma caixa que é uma espécie de sauna, é a mais forte de todo o episódio. 

Não se sabe quem venceu a briga, mas um dois dois sai enquanto o outro fica desacordado. A última mulher a abandonar a "sauna" avisou: "Eles vão se matar lá dentro". Ali fica claro que não é uma luta de sobrevivência, mas de classes entre o bem e o mal, ou o bem e o bem, ou o mau e o mau, não importa - existem dois lados, talvez até de uma mesma moeda. 


O seriado trata de 12 pessoas isoladas e um presídio de segurança máxima, algumas regras, como a que os participantes têm de voltar à cela em cinco minutos, caso contrário serão desclassificados. Alguém duvida de que, no meio de algum episódio, terá alguma celeuma, ou sabotagem, e  alguém precisará deixar o confinamento? 

Pedro Bial, sendo ele mesmo, anunciou que todos terão os crimes revelados e contarão, ou não, com o perdão da audiência. O primeiro a ser mostrado foi na sorte, quando a da ex-garota de programa Diana Almeida Miranda pegou o palitinho menor. Em uma espécie de flashback, é divulgado que ela matou o marido abusivo, com direito a reconstituição e tudo. Foi o último "reality" de Pedro Bial, como anunciou o diretor. E é verdade. 


Temos um reality show que bebe muitíssimo da água de "Lost" e temos Cléo Pires, muito boa como a "Kate" (Evangeline Lilly) brasileira, e Mariana Ximenes, ambas nos papéis de suas vidas. Para quem está com saudade do "Big Brother", esse é um prato cheio para se deleitar. Há todos os ingredientes dessa fórmula, como participantes exalando sexo por todos os poros, atores pagando bundonas, intrigas, paqueras e até participantes com profissões inusitadas, como um ex-padre criminoso. 

Para quem rejeita esse tipo de programa, pode ser que não queira assistir ou que goste dessa metáfora em que absurdos são propostos a participantes que se prestam a fazer tudo sem questionamento porque têm alguma satisfação a dar à sociedade. "Supermax" é a Globo parodiando a si mesma com um olhar crítico, ou distanciado, e tirando-se do patamar em que se colocou.

Isso é ótimo, mas é um teste da própria emissora querendo audiência e, ao que tudo indica, passar a exportar cada vez mais. A abertura, à lá "True Blood" comprova que, apesar de inovadora para os parâmetros brasileiros, é, também, uma cópia bem formulada do formato americano, até o trailer do próximo episódio foi divulgado logo após o término do primeiro capítulo. Não deixa de ser muito melhor do que tudo o que está sendo exibido na TV nacional e merece uma chance.

Sobre o autor
Helder Miranda é editor do Resenhando.com há 12 anos. É formado em Comunicação Social - Jornalismo e licenciado em Letras pela UniSantos-Universidade Católica de Santos, e pós-graduado em Mídia, Informação e Cultura pela USP. Atuou como repórter em vários veículos de comunicação. Lançou, aos 17 anos, o livro independente de poemas "Fuga", que teve duas tiragens esgotadas.

.: 2x1: "Scream Queens" faz gritar de novo ao retornar

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em setembro de 2016


AVISO: CONTÉM SPOILERS!!


Os fãs de "Scream Queens" aguardaram e o retorno da série foi além do esperado. Sim! Foi fácil "Scream Again" ou, ao menos, dar boas risadas. Desta vez, o ambiente não é mais o universitário, mas o hospitalar, pois após escrever um livro de sucesso, Dean Munsch (James Lee Curtis) assume a nova missão de consertar o sistema de saúde dos Estados Unidos. Para tanto, compra um hospital e tem no quadro de funcionários a médica já formada, Zayday (Keke Palmer).

Além delas, um médico que é "um bloco de gelo" Dr. Cassidy Cascade (Taylor Lautnere outro que recebeu um transplante de mão: Dr. Brock Holt (John Stamos). Pois é, o cinquentão de musicais que participou de modo inesquecível da série "Glee", contribuiu com as cenas de humor e ainda dá um toque sensual. Que toque, hein!!

Um caso chama muito atenção no hospital, os doutores cuidam da paciente que é uma loba. Quanta ironia com Taylor Lautner, o lobo da saga "Crepúsculo"!! De repente, a sonequinha da poderosa Chanel que ao abrir os olhos dá o bom dia típico para Chanel nº 3 e nº5. Contudo, está mais apimentado com uma chamamento nada agradável e humilhante para o sexo feminino. Vale destacar!

Munsch convida as Chanels para trabalharem no hospital dela. O que a loirinha revela? Ela ama sangue! Em tempo, a mesma pegada sem sentido e cheia de rumos inesperados continua movimentando a trama em "Scream Queens". A interrupção para que o Dr. Brock conheça as Chanels ao som de "She´s got the look", da dupla Roxette, é memorável. Chanel, animadinha com o doutor, tira a blusa e fica somente de soutien.

Da sensualidade para a graça, eis que a dúvida das Chanels quanto ao visual da lobinha pipoca na tela: "Como você não enlouquecesse quando se olha no espelho?", além de perguntar se as enfermeiras são fantasmas, devido a roupa branca e insossa. Em contrapartida, a atriz Kirstie Alley, Nurse entra brilhantemente em cena e já deixa claro não gostar de Chanel. "Nurse" até comenta -na cara- que Chanel continua vestida como uma "vadia" e alerta: "Você não pertence aqui".


Katherine, a lobinha sofre as consequências de um tratamento, perde todo cabelo do corpo passa por uma super intervenção "chanelística". O trabalho da senhoritas, deixa todo o hospital muito orgulhoso. 


Ceninha que encaminha para um rumo previsível. A certeza é de que as duas futuras vítimas estão somente com a cabeça para fora -mais uma vez. Ao som de "Be my Baby", o assassino demoníaco age expelindo uma cor verde neon. Diante da situação, a ex-lobinha implora para que Chanel nº5 seja morta, mas... em "Scream Queens" nada é como se supõe ou se espera. O final é muito bom!! Que venha o próximo episódio loguinho, por favor!! 

Detalhe: No intervalo do episódio de estreia na FX americana, passou o vídeo de "Perfect Illusion", da cantora Lady Gaga. Incrível!

Seriado: Scream Queens
Episódio: 2x01 - Scream Again
Criado por: Ryan Murphy, Brad Falchuk, Ian Brennan
Elenco: Emma Roberts (Chanel Oberlin), Lea Michele (Hester), Glen Powell (Chad), Jamie Lee Curtis (Cathy Munsch), Niecy Nash (Denise), Billie Catherine Lourd (Chanel nº 3), Abigail Breslin (Chanel nº 5), Keke Palmer (Zayday), Kirstie Alley, John Stamos (Dr. Brock Holt), Kirstie Alley (Nurse), Taylor Lautner (Dr. Cassidy Cascade
)
Gênero: Terror comédia
Duração: 42 minutos
Exibido em: 20/09/2016



*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm



Teaser de Scream Queens


terça-feira, 20 de setembro de 2016

.: Entrevista com Mick Jagger: “Eu não queria decepcionar os cubanos”

“Eu não queria decepcionar os cubanos”,
Mick Jagger

Em setembro de 2016

Dia 25 de março de 2016 foi um histórico em Cuba: o dia em que os Rolling Stones tocaram ao vivo e gratuitamente para milhares de fãs na ilha. O show virou o filme “Havana Moon - The Rolling Stone Live in Cuba”, dirigido por Paul Dugale. O longa terá uma única exibição mundial no dia 6 de outubro. No Brasil, a exibição será nos cinemas das redes Cinemark, Cinépolis e UCI. Nesta entrevista, Mick Jagger fala sobre suas impressões sobre Cuba e sobre a emoção de cantar juntamente com um coral cubano.

Vocês algum dia receberam cartas de fãs cubanos?
MICK JAGGER: Não, eu não me lembro de nenhuma. É muito próximo aos Estados Unidos, então a rádio se sobrepõe e acaba acontecendo muita troca de música. As pessoas conheciam os Beatles e os Rolling Stones e todas essas coisas, não era tão isolado. Quero dizer, isolado sim, e era difícil obter coisas, mas na Polônia também era assim. As pessoas conseguiam as coisas que lhes interessavam. Fomos à Polônia em 1966, e foi bem estranho. Aquele era um Estado muito mais reprimido que Cuba. Mas se você for falar da parte séria, o mês de março foi maravilhoso em Cuba. Eles tiveram o Papa, o Obama e finalmente os Stones: todos indo lá. Mas você teria que perguntar para os cubanos - eu não sei se eles sentem algo diferente depois de tudo isso ou não. Não é um lugar livre, você ainda não pode dizer o que pensa, você ainda não pode se juntar com pessoas, não é permitido muito acesso à internet, só um pouquinho aqui e ali. Então, para as pessoas de fora parece um lugar livre. Eu não tenho a resposta para isso, eu só estou levantando a questão. Em outro filme que fizemos sobre a América Latina, que se chama “Olé Olé Olé!”, há muito desta história. Havia repressão em muitos dos países latino-americanos, porque eram ditaduras militares de direita. Também sucedeu na Espanha de Franco, eles proibiram o rock ‘n’ roll, e nos países satélites soviéticos e na União Soviética. Então Fidel Castro copiou o método da União Soviética, proibindo a música burguesa e decadente. Isso não durou para sempre. O rock ‘n’ roll é somente uma parte do quebra-cabeça cultural. Você precisa de todas estas partes, você precisa de trocas culturais e políticas em todos os níveis, e você precisa de pessoas trocando ideias. Cultura popular, filmes, música e televisão são todos parte do diálogo.

Você teve a oportunidade de explorar a cidade antes ou depois do show?
M.J.: Não tivemos tempo. Você chega num dia, é um "bafafá" de imprensa, você vai, come, faz o show e no dia seguinte, vai embora. É praticamente impossível ter alguma impressão da cidade. Houve uma festa na Embaixada Britânica. Mas você está tentando se concentrar no show. Eu me diverti muito, porque eu já havia estado lá por algumas semanas no passado e tudo continuava vivo na minha memória. E me encontrei com pessoas que conheci antes. Mas se eu não tivesse estado lá antes, eu estaria nessa pressa de ter tudo perfeito para o show, o que ainda estava meio indefinido.

O show aconteceu oito dias depois da data anterior na Cidade do México, no tour latino-americano "América Latina Olé". Oito dias são suficientes para estar perfeitamente pronto para o próximo show?
M.J. - É um intervalo pequeno, mas você tem que continuar, tem que fazer todos os seus treinos vocais e exercícios. Acho que fui para as Antilhas (nesse meio tempo) e todos os outros foram para Miami, acho. Eu tinha que estar bem para aquele show, eu não queria decepcionar os cubanos.

Você falou bastante espanhol no show. Você fala a língua?
M.J. - Não muito. Eu a considero fácil, e se eu me preparo, eu consigo. Estive em países hispanos por quase todo o tour, além do tour no Brasil, que é em português e mais difícil. Então eu estive mais ou menos bem. Até minha filha Jade me deu um elogio meio hesitante. O espanhol dela é muito bom e ela disse: “Seu espanhol não foi assim tão ruim”. Eu disse: “Bem, eu venho falando há mais ou menos três meses”. Acho que você tem que fazer um esforço para se comunicar com as pessoas na língua deles. Mesmo que seja um desastre, não importa. As pessoas te agradecem por tentar. Muitas pessoas falam inglês, mas não em todas as partes, então é bom saber frases. O que acontece com o espanhol é que é diferente em cada país. Eles têm palavras e gírias diferentes e também pronúncias diferentes. Alguém me disse: “Você não pode pronunciar assim, você soa como um chileno”. E eu disse: “E o que tem de errado nisso?”.

A participação do coral local, Entrevoces, no coro de “You Can’t Always Get What You Want” foi muito comovente.
M.J. - Eles foram muito bons. Nós temos uma rede de corais com os quais mantemos uma ligação por todas as partes do mundo. Nós fazemos um ensaio com eles no dia anterior, e se podemos, nós fazemos mais um no dia do show, nos bastidores ou no palco.

Vocês já foram capturados em filme em vários palcos ao redor do mundo nas últimas décadas, mas deve ser bom ter uma memória permanente deste show em particular.
M.J. - Sim, creio que sim. Foi uma noite muito especial para os cubanos e algumas pessoas mais velhas disseram que pensaram que isso nunca iria acontecer, que aquele tipo de mundo já não os alcançaria mais. As pessoas mais jovens não pensam necessariamente assim, eles só querem se divertir e estão felizes que pessoas estão vindo e, quem sabe, outras virão. Não há necessidade de serem sempre shows grátis ao ar livre, porque isso é bem complicado de fazer. Mas eles gostam de um show grátis ao ar livre! Espero que outras pessoas venham e superem as dificuldades para que Cuba se torne mais uma parada no caminho, porque os cubanos iriam amar. Eles tiveram uma noite especial e foi maravilhoso para nós também.

.: "Melancia" usa a pornografia para refletir sobre as relações humanas

A primeira montagem da Cia. Monstro trata sobre a essência do ser contemporâneo: a liquidez, colocando uma lente de aumento própria da linguagem teatral a esta característica contemporânea.

Tendo o universo pornográfico como inspiração, "Melancia" nos coloca frente a frente com uma cidade em que as relações sociais se dão de forma explícita, apenas pela lógica do consumo. Com Sol Faganello, Ana Paula Lopez, Paulo Vinicius e Victor Mendes - que também assina a direção, a montagem estreia sexta-feira, dia 30 de setembro, às 21h30 no Sesc Ipiranga e faz temporada até 30 de outubro. Dramaturgia de Carolina Bianchi, Vinicius Calderoni e Cia. Monstro.


No espetáculo, quatro artistas moram em uma cidade que vive seus piores dias numa grande crise e dividem o sonho de realizar uma obra cinematográfica de sucesso. Com seus equipamentos precários de filmagem produzem pequenos roteiros de cinema. Com pouco ou quase nenhum recurso, eles se dividem nas funções de diretor, editor, sonoplasta, produtor e atores de seus próprios filmes. Tudo o que produzem não vende.

Como tentativa de superar a crise eles buscam maneiras de se reinventar em seus trabalhos para conseguir sobreviver e ao mesmo tempo solidificar um projeto comum. Ao focar na grave crise hídrica decidem, como tema da produção, substituir água por melancia, transformando-a num grande fetiche de consumo. Com o fracasso iminente de todas as ideias, os quatro chegam a uma solução mais apelativa, a pornografia.



A fábula e realidade se misturam a todo momento durante a montagem. As funções dos artistas da ficção, em busca da criação de sua obra cinematográfica, se fundem com as dos atores em cena, criando um jogo fresco e vivo durante as cenas. A encenação ágil e efêmera reflete o dinamismo e a velocidade característicos do nosso tempo. A lógica pornográfica, onde tudo é descartável, revela nossa condição atual, sempre ligada à satisfação imediata de nossas necessidades. Tudo que busca alguma profundidade morre.

Inicialmente estimulado pelo filme “O Sabor da Melancia” de Tsai Ming Liang, a peça teve seu início dentro da universidade sob orientação de Cristiane Paoli Quito. Fora do âmbito acadêmico, o cinema continuou como elemento essencial para criação do grupo. Além da inspiração do filme japonês, agora  projeção e a presença da câmera para projeção ao vivo também integram a encenação do espetáculo.


Além do recurso audiovisual, a dança contemporânea também tem influência estética na encenação deste trabalho na medida em que as propostas de desenho no espaço se fundem com a próxima cena. Possibilitando que um solo com extrema delicadeza se desdobre numa cena coletiva com movimentos rápidos e frenéticos. Os corpos que atravessam essa peça são corpos firmes e vorazes, com a busca do desenho no espaço. A coreografia é assinada pela bailarina e atriz do espetáculo Ana Paula Lopez.

A pornografia está presente na temática e na forma do trabalho. “A lógica do consumo provoca um tipo de relação insaciável, em que observo meu objeto de desejo, almejo fortemente e me apodero para consumir e logo em seguida despertar meu desejo novamente, é próprio do mundo consumista a sensação de que nunca estamos satisfeitos”, explica Victor Mendes, ator e diretor da montagem.

Umberto Eco diz que a pornografia é a arte da ausência de elipses. "Melancia" não tem elipses. A história é contada ao passar por cada etapa, revelando as dificuldades que estão presentes no fazer teatral. “A transposição da linguagem utilizada nos filmes pornográficos é uma fonte de pesquisa para este espetáculo, Deixamos o espectador como voyer do ato teatral, sem truques ou soluções fáceis, observando os atores expostos 'nus' na sua função”, finaliza o diretor.

Assim como na hora da transa pela primeira vez, em que cada movimento é uma descoberta, tudo o que entra em cena e sai dela de cena acontece aos olhos dos espectadores, sem máscaras ou proteções, revelando os caminhos e as descobertas. Estreando seu primeiro espetáculo, a Cia Monstro aposta no dinamismo e efemeridade das cenas para falar do contemporâneo.

Espaço constante para novos grupos e autores - o espetáculo integra o projeto ‘Teatro Mínimo’, proposta programática mantida pelo Sesc Ipiranga desde 2011 e que abre espaço para novos grupos e dramaturgos.




Sobre a Cia. Monstro
A companhia reúne quatro atores formados pela Escola de Arte Dramática (USP): Ana Paula Lopez, Paulo Vinicius, Sol Faganello e Victor Mendes.Victor Mendes, ator e diretor de "Melancia", é formado também pelo Studio Beto Silveira (2005-2007), seguiu como participante da "Carpintaria do Ator", grupo de estudos coordenado pelo próprio Beto. Já estudou com Phillipe Gaulier, na França, "Doutores da Alegria", Bete Dorgam e Ésio Magalhães. Trabalhou com diversos diretores, como Cristiane Paoli Quito, Carla Candiotto, Rafael Gomes, Anna Kfouri, Isabel Teixeira e Celso Frateschi. Seus últimos trabalhos no teatro foram “Música Para Cortar Os Pulsos”, de Rafael Gomes (Premio APCA de Melhor Peça Jovem), "Não Nem Nada”, de Vinicius Calderoni, com direção do autor, “Aldeotas”, de Gero Camilo, com direção de Cristiane Paoli Quito, e “Caminham Nus Empoeirados”, de Gero Camilo, com direção do autor. Atualmente prepara também o espetáculo “Razão Social”, no qual escreve, dirige e atua ao lado de seu parceiro Gero Camilo. 

Ficha Técnica
Direção: Victor Mendes. Dramaturgia: Cia Monstro, Carolina Bianchi e Vinicius Calderoni. Organização dramatúrgica: Paulo Vinicius. Coreografia: Ana Paula Lopez. Desenho de Luz: Beto Bruel. Cenário: Cia. Monstro. Figurino: Amrita. Vídeo e foto: Sol Faganello. Pesquisa de imagens e música: Cia Monstro. Edição de fotos: Pedro Costa e Sol Faganello. Operação de luz: João Blumenschein. Operação de som e projeção: Godô. Designer: Angela Ribeiro. Produção:  Cia. Monstro. Apoio: Studio Beto Silveira. Criação e Realização: Cia. Monstro.

Serviço
"Melancia", da Cia. Monstro. Temporada: de 30 de setembro a 30 de outubro, sextas às 21h30, sábados às 19h30 e domingos às 18h30. *Não haverá espetáculo dia 2 de outubro. Local: Sesc Ipiranga. Rua Bom Pastor, 822, Ipiranga - São Paulo. Ingressos: R$20 inteira, R$10 meia e R$6 para associados do Sesc. Duração: 60 minutos. Capacidade: 30 lugares. Classificação: 18 anos.

.: Sandamí, ex-vocalista do Sambô, lança a festa “De Tudo Pra Todos”

.: Sandamí, ex-vocalista do Sambô, lança a festa “De Tudo Pra Todos” em São Paulo no dia 29 de setembro. O intérprete conta com as participações especiais de Mc Guimê e do grupo de forró Circuladô de Fulô, entre outros convidados e mostra o malabares com o pandeiro na nova festa do Estúdio Music Club, em Pinheiros. Foto: Luiz Moretti
Sandamí comemora a fase solo da carreira com a estreia da “Festa De Tudo Pra Todos”, no Estúdio Music Club, em São Paulo, na quinta, dia 29 de setembro, com as participações especiais de MC Guimê e "Circuladô de Fulô" entre outros convidados, que prometem ferver a pista do espaço.

O nome já diz - "De Tudo" o que o artista já cantou, já tocou – "Pra Todos" os estilos, idades e gosto musical, indo além do trabalho frente ao grupo Sambô ao ampliar a mistura rítmica, o potencial artístico e a abrangência da sonoridade, com os ritmos samba, rock, baião, reggae, música brasileira e world music.

“Esse show vai ser especial, pois marca essa fase solo da minha carreira. Escolhi a dedo as músicas que sempre quis tocar, os arranjos e canções autorais. Além disso, vou estrear a festa na cidade onde moro. Vejam quanta coisa boa, temos que comemorar, né?! Espero todos lá fazendo essa festa comigo e com minha banda”, convida Sandamí.

Um dos destaques da apresentação será o malabares com o pandeiro, que não pode faltar em nenhuma apresentação do artista, que aprendeu com o pai o número ainda na infância - aos dois anos de idade já dava as primeiras batidas no pandeiro e desfilava com os pais em escolas de samba. Aos oito, ganhou seu primeiro cachê fazendo malabares com pandeiro acompanhado por nove mulatas

Acompanhado pela banda formada por Marcelo Johnson (guitarra e voz), Carrapicho Rangel (cavaco e banjo), Erik Escobar (teclados), Leandro Matsumoto (contrabaixo) e Edu Salmaso Peixe (bateria), Sandamí intercala sucessos da carreira e releituras como “Retalhos de Cetim”, de Benito de Paula; Stayin´Alive, hit do Bee Gees; “Mercedes Benz”, de Janis Joplin e parceiros; e “Tempos Modernos”, de Lulu Santos, além do pout-pourri de forró com “Ai que Saudade D´ocê, “Asa Branca” e “Coronel Antônio Bento”, entre outras.

O cantor também mostra canções autorais, a exemplo de “Nobre Cidadão”, com a participação de Mc Guimê, “Na Real”, “Sem Dar Espaço ao Mau Humor”, entre outras músicas que não vão deixar ninguém ficar parado.

Sobre o artista
O nome é novidade, uma homenagem à avó - o "San" da "Mi" – Sandamí, mas a figura já é bem conhecida pelo público de todo o Brasil. Dono de uma extensão vocal sem limites e agudos de rock´n´roll que ganham suingue com o inseparável pandeiro, o intérprete, compositor e percussionista segue em carreira solo depois de 11 anos à frente do grupo Sambô e prepara o lançamento de seu primeiro projeto dessa nova fase. Reconhecido como um crossover entre o rock e o samba, o artista mostra que vai além com suas releituras e agora, também, com suas canções autorais.

Em 20 anos de carreira, Sandamí lançou 9 CDs, 3 DVDs e 2 videoclipes, emplacou duas músicas em trilhas de novela da Rede Globo e fez duas turnês internacionais - uma nos Estados Unidos e outra no Catar. Recentemente gravou o DVD “De Tudo Pra Todos”, que será lançado em outubro deste ano.

Serviço: "Festa de Tudo Pra Todos em São Paulo"
Data: 29 de setembro, quinta-feira
Local: Estúdio Music Club
Horário: 21h (abertura da casa) e 23h30 (início do show)
Endereço: Av. Pedroso de Morais, 1036, Pinheiros, SP
Ingressos:  1º Lote - R$ 30,00 (antecipado/promocional)
Vendas online: https://www.ingresse.com/ingressos-lancamento-do-dvd-de-tudo-pra-todos
Ingressos disponíveis: www.ingresse.com
Formas de pagamento: Cartão débito/crédito e dinheiro
Informações: (11) 3814-7383
Censura: 18 anos
Duração: 90 minutos

.: Biblioteca Mário de Andrade celebra aniversário do Rio Tietê

Para comemorar o "Dia do Rio Tietê", no próximo dia 22 de setembro, a Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo, será sede do evento de lançamento do livro “Águas do Alto Tietê”, dos autores Arnaldo Kutner, Marco Palermo e Renato Zuccolo.

Com prefácio do “príncipe dos poetas”, Paulo Bomfim, o livro aborda a evolução histórica dos principais projetos e obras realizadas na bacia do Alto Tietê, cujo território praticamente coincide com a Região Metropolitana de São Paulo.

Na oportunidade, será realizado debate sobre a relação da metrópole paulistana com as águas do Rio Tietê, além de recital com repertório de Villa-Lobos, Camargo Guarnieri, Francisco Mignone e de Ronaldo Miranda, que musicou o poema “Tiêtê”, de Mario de Andrade, composto para o livro Pauliceia Desvairada. O CD Tríptico do Tietê com o poema Tietê, de Mario de Andrade integra o livro.
  • 20h – Concerto com Luciana Bueno, Ricardo Ballestero, Luís Afonso Montanha e Ricardo Bologna
  • 21h – Mesa redonda: A relação da metrópole com as águas do Alto Tietê
Serviço
Dia do Tietê na Biblioteca Mario de Andrade
Lançamento, debate e concerto
22 de Setembro de 2016, a partir das 20h
Local: auditório da BMA
Endereço: Rua da Consolação, 94
Tel.: (11) 3775-0002
Gratuito

.: "Vara Para Pescar" realiza maratona de workshops gratuitos

Incubadora "Vara Para Pescar" realiza série de atividades formativas em Cubatão. Interessados podem aprender desde como publicar livros, envolver público nas redes sociais a elaborar cotas de patrocínio, produzir bandas e eventos.

A Baixada Santista recebe, anualmente, diversos empreendimentos culturais em variadas áreas de atuação: cinema, literatura, teatro, etc. Porém, essa quantidade de iniciativas ainda é muito pequena perto do potencial e da demanda regional, seja de pessoas que desejam trabalhar no setor, ou do público que pretende absorver conhecimento.

“Muitas ideias ficam pelo caminho justamente por que artistas e agentes ainda encontram dificuldade na formatação desses projetos que envolvem desde os primeiros passos, até a busca por patrocínio, divulgação, entender o público-alvo, entre outras fases”, explica Viviane Veiga Távora, coordenadora da "Vara Para Pescar – Incubadora Criativa de Projetos".

Com o objetivo de diminuir essa distância entre a ideia e a realização, a entidade realiza entre setembro e outubro um circuito de workshops gratuitos em sua sede (Av. Brasil, 100, sala 01, Jardim Casqueiro).

São 16 ao todo, em diferentes horários, ministrados por profissionais experientes do mercado. Para se inscrever, o interessado deve enviar e-mail para varaparapescar@gmail.com. As vagas são limitadas.

Programação:
Nesta terça-feira, 20 de setembro      
19h às 22h      
"Como publicar seu livro!"    
Workshop que apresentará cinco maneiras diferentes de se publicar um livro.
Com Vivi Távora        
10 vagas

Quinta-feira, 22 de setembro    
19h às 22h      
"Transformação: Sonho-Carvão, Realidade-Diamante" 
Como aplicar seu sonho à sua realidade, transformando o intangível no alcançável.        
Com Tati Távora        
10 vagas

Sexta-feira, 23 de setembro      
14h às 17h      
"Conteúdo Criativo para Redes Sociais"
Como desenvolver conteúdos criativos para as redes sociais.      
Com Cris Araujo        
10 vagas

Terça-feira, 27 de setembro      
19h às 22h      
"Design de Projetos Criativos"
Conheça técnicas para criar um projeto criativo e relevante para seu público alvo.         
Com Vivi Távora        
10 vagas

Quarta-feira, 28 de setembro    
15h às 18h      
"Posicionamento em Tempos de Crise" 
Quando a crise inicia? Quem leva vantagem? É possível manter-se estável? Com Tati Távora        
10 vagas

Quinta-feira, 29 de setembro    
19h às 22h      
"A sua arte pode se tornar um Empreendimento?" Conheça os principais passos para transformar a sua arte num empreendimento.           
Com Juliana Luiz       
10 vagas

Sexta-feira, 30 de setembro      
14h às 17h      
"Social Canvas"           
Aprenda a gerenciar as redes sociais         
Com Cris Araujo        
10 vagas

Terça-feira, 4 de outubro      
19h às 22h      
"Crowdfunding"          
Dicas e ferramentas para uma campanha de financiamento coletivo bem sucedida.      
Com Vivi Távora        
10 vagas

Quinta-feira, 6 de outubro    
19h às 22h      
"Saiba Como Elaborar Cotas de Patrocínio"           
Quantas Cotas? Como dividir o valor? Saiba esses e outros detalhes       
Com Juliana Luiz       
10 vagas

Sexta-feira, 7 de outubro      
14h às 17h      
"Marketing de Eventos"         
Saiba como atrair seu púbico-alvo    
Com Cris Araujo        
10 vagas

Segunda-feira, 10 de outubro 
14h às 17h      
"Criando a Identidade Visual do Meu Projeto"       
Construindo o brainstorming
Com Ju Finamore      
10 vagas

Terça-feira, 11 de outubro
Manhã/Tarde
"Vivência de Canvas para Projetos Culturais"
Com Vivi Távora
10 vagas

Quarta-feira, 12 de outubro    
15h às 18h      
"Públicos da Cultura" 
A formação de público consumidor das expressões artísticas        
Com Tati Távora        
10 vagas

Quinta-feira, 13 de outubro    
19h às 22h      
"Produção de Bandas e Cantores Independentes"           
Mesmo sem verba para custear uma equipe, a produção deve existir. 
Saiba como fazer       
Com Juliana Luiz       
10 vagas

Sexta-feira, 14 de outubro
Manhã/tarde
"Vivência de design thinking para projetos culturais"
Com Vivi Távora
10 vagas

Segunda-feira, 17 de outubro 
14h às 17h      
"Criando Jornal Mural Comunitário"           
Pesquisa, Criação de Pauta, Texto e Diagramação            
Ju Finamore   
10 vagas

Quarta-feira, 19 de outubro    
15h às 18h      
"O Ato de Pensar na Produção Cultural"    
A estratégia no planejamento das produções culturais        
Com Tati Távora        
10 vagas

Segunda-feira, 24 de outubro 
14h às 17h      
"Básico em Photoshop"         
Ferramentas e Criatividade   
Com Ju Finamore      
10 vagas

Sobre a incubadora:
A "Vara Para Pescar – Incubadora Criativa de Projetos", patrocinada pela Petrobras, é uma continuidade do projeto "Vara Para Pescar – Escola de Produtores Culturais", também patrocinado pela Petrobras por intermédio do Programa Petrobras Integração Comunidade, que visa a sustentabilidade dos resultados conquistados naquele projeto. 

Consiste em uma série de atividades que consolidarão os resultados obtidos pelos alunos da Escola de Produtores Culturais (projeto patrocinado pelo IPC), durante os dois anos de formação (maio de 2013 a abril de 2015). 

Em seus dois primeiros anos de atuação, oito projetos foram incubados. Cada um deles conta com apoio da instituição e seus profissionais nas seguintes áreas: assessoria de imprensa, supervisão do projeto, consultoria especializada em gestão, uso das salas de aula da incubadora, equipamentos de audiovisual para registro das atividades, laboratório de informática e biblioteca. 

Outras informações:
http://varaparapescar.com.br/
https://www.facebook.com/VaraParaPescar


segunda-feira, 19 de setembro de 2016

.: A forte dor de cabeça que era sono, por Mary Ellen Farias dos Santos

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em setembro de 2016



Não sou adepta da automedicação. Prefiro sofrer até mesmo com uma dor de cabeça que seja. Permaneço em silêncio, rezo e torço para que passe logo e pronto! Entretanto, com a chegada dos 30 anos percebi as mudanças no meu organismo. Eu que sempre adorei brinquedos malucos nos parques de diversões, senti como o tempo está passando. Pode ser lento, mas as sensações começaram a piorar. Eu que sempre me orgulhei de nem precisar levantar da cadeira da "Big Tower", do Beto Carrero World, para o próximo trio inseparável de amigos, estou me surpreendendo.

No último sábado quase não consegui dormir de tanta animação. Domingo, íamos participar da pré-estreia da animação "Cegonha: A história que não te contaram", do Cinépolis, no shopping Jk Iguatemi e, na sequência, assistir o espetáculo "Ghost - O musical", do Teatro Bradesco, no shopping Bourbon. Na sexta-feira, peguei o mapa do metrô que tenho e arquitetei todo o caminho que faríamos. Que domingão incrível! E, de fato, foi sensacional e inesquecível. Qual jornalista não gosta de ser bem tratado, não é mesmo?

No entanto, ainda tenho dias que sofro com os meus dentes do siso. Logo cedo, esperando por mais de uma hora que o ônibus Cometa passasse para que subíssemos a serra, já senti um leve incomodo, confesso. Ignorei. Já em São Paulo, a boina que tanto amo usar, passou a machucar. Pedi massagem para o maridão. Que alívio! Foi no balanço do metrô que a situação piorou. Até ânsia de vômito senti.

É engraçado que nessas horas só consigo focar o pensamento na minha casa, num belo banho e em minha caminha limpa e cheirosa. Entretanto, a cara do maridão não parecia boa. Até que ele soltou: Você está pálida, Mary! Assim que chegamos no Jabaquara, sentei no banco de espera. Ele só queria que eu comesse um pacotinho de Club Social de manteiga. Eu? Não estava com fome. Só queria chorar! Não quis assustá-lo, mas pensei que iria morrer.

Finalmente o ônibus partiu rumo ao litoral paulista e eu dormi nos primeiros balanços do percurso. Ao acordar tudo se foi. Sem dor na cabeça, ânsia ou qualquer fraqueza. O meu problema era sono! 


*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm

.: Pré-estreia beneficente de "Meu Amigo, O Dragão" em Santos

O Cine Roxy e a Disney realizarão pré-estreia beneficente de "Meu Amigo, O Dragão", em prol do Instituto Braile de Santos. Os convites estão à venda no cinema e na instituição. A animação é uma das mais aguardadas do ano.


O Cine Roxy, em parceria com a Disney, promoverá uma pré-estreia beneficente exclusiva de “Meu Amigo, o Dragão”. Na terça-feira, dia 27 de setembro, a partir das 20h, na sala 5 do Roxy 5. Os ingressos custam R$ 20 (valor único) e começam a ser vendidos na segunda-feira, dia 19. O valor arrecadado será revertido em prol do Instituto Braile de Santos.


O filme:
Órfão, o pequeno Pete (Oakes Fegley) cansa de ser abusado pelos pais adotivos e foge de casa. Ele passa a viver numa densa floresta ao lado do amigo Elliot, um gigante dragão que desperta a curiosidade de moradores da região. A animação é uma das mais aguardadas do ano e é capaz de entreter as crianças bem como gerar reflexões para o espectador adulto. Dirigido por David Lowery e escrito por Toby Halbrooks e David Lowery, baseados no conto de S.S. Field e Seton I. Miller, o filme é um remake do filme “Pete's Dragon” de 1977. O longa estreia oficialmente em circuito nacional dois dias depois, em 29 de setembro. 

Trailer de "Meu Amigo, O Dragão": 


Instituto Braile de Santos
Trata-se de uma entidade sem fins lucrativos de utilidade pública, municipal, estadual e federal. O objetivo principal é o Curso de Aprendizagem do Sistema Braille. O curso é ministrado por voluntários que também preparam os livros em Braille, que hoje constituem o acervo da Biblioteca. A instituição foi fundada em 15 de setembro de 1958 e desde 1972 a sede própria da unidade funciona na Rua Júlio Conceição, 246, em Santos. Contato: (13) 3234-4815.

Serviço:
Pré-estreia beneficente | "Meu Amigo, o Dragão" (Disney)
Duração: 1h43min
Data: terça, 27 de setembro, 20h. 
Local: Cine Roxy 
Endereço: Av. Ana Costa, 443, Gonzaga. 
Ingresso: R$ 20 (valor único)
Venda no Roxy 5 e no Instituto Braile de Santos e colaboradores.

domingo, 18 de setembro de 2016

.: A existência de Deus comprovada por um filósofo ateu

Professor e filósofo francês Dany-Robert Dufour articula diversos campos do conhecimento, como antropologia, história, filosofia política e psicanálise, para analisar a propensão humana a crer em Deus.

Para os que pensaram que o filósofo Dany-Robert Dufour era um ateu que se converteu à crença divina, ele explica logo nas primeiras páginas do livro que até hoje não sentiu nenhum sinal prenunciador de uma conversão. Sua intenção com “A Existência de Deus Comprovada por Um Filósofo Ateu” é trazer para o campo da discussão filosófica a forma e o lugar da presença do divino na modernidade e na pós-modernidade.

Ao tratar dos muitos nomes, vidas e mortes de Deus ao longo dos tempos, Dufour defende que a existência Dele na cabeça dos homens é uma necessidade de estrutura. O filósofo baseia sua argumentação na neotenia humana, tese neodarwiniana que vê o homem como um ser inacabado. Por essa lógica, Dufour afirma que as instituições que constituem a cultura suprem uma carência nativa e levam à necessidade de invenção de um par sobrenatural.

O autor discorre também sobre um novo sujeito filosófico que se define por formas antes reservadas a Deus e analisa como o aniquilamento da figura divina gera consequências políticas, sociais e clínicas para a humanidade. Ele questiona se, eliminada a existência do “outro sobrenatural”, o homem não estaria condenado ao radicalismo, à depressão diante de um mundo menos simbólico, à tentação de se recriar com o apoio das tecnociências ou até mesmo à sua própria extinção: “Não se trata mais, para nós, de fixar a história das diferentes tribos antes que elas desapareçam para sempre. Hoje, é a história da estranha tribo humana em seu conjunto que devemos relatar, antes que seja tarde demais”, declara.  “A Existência de Deus Comprovada por Um Filósofo Ateu”  chega às livrarias neste mês de setembro pela Civilização Brasileira.

Sobre o autor 
Dany-Robert Dufour é filósofo e professor aposentado da Université Paris VIII e ex-diretor de pesquisa do Collège International de Philosophie. Ministra com regularidade aulas no exterior, especialmente no Brasil, na Colômbia e no México. Pela Civilização Brasileira, publicou também “A Cidade Perversa: Liberalismo e Pornografia”.

Trecho:

“Espero que a construção desse personagem conceitual novo, o neotênio, e seu lançamento no palco do teatro da filosofia ocidental tenham permitido contar toda a História, do início ao fim, de outra maneira. E com efeito terá bastado empurrar o pequeno neotênio para esse palco para que tudo mude: a relação com o Ser, a relação com a linguagem, a relação com a religião, a relação com o Outro, a relação com os outros, a relação consigo mesmo... É evidente que, com ele, nada mais pode ser escrito como antes. As defasagens significativas que ele provoca em todos os terrenos decorrem da introdução no pensamento filosófico de um dado antropológico que nunca havia sido sistematicamente integrado. Um dado neodarwiniano que nos obriga a retomar toda a história de outra maneira para reescrevê-la, não do ponto de vista de um rei da criação que nunca existiu, mas do ponto de vista de um ser excluído da primeira natureza que foi obrigado a suprir sua carência com a invenção de uma segunda natureza.Acontece que esse ser débil teve êxito além de toda medida. Excluído do mundo, ele hoje domina a Terra inteira. De tal maneira que se encontra, atualmente, no limiar de uma nova América. Deveria então, num violento ato de renegação, recriar-se pela autoatribuição de uma nova primeira natureza, ou seria o caso de se apaixonar por esse fundamento indeterminado que o tornou infinitamente disponível a todas as aberturas?”

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