terça-feira, 19 de novembro de 2019

.: "A Dona do Pedaço", uma novela absurda que parece ser feita ao vivo


Por André Araújo*, em novembro de 2019.

Para mim, Walcyr Carrasco é um dos autores mais geniosos que já vi. Mas não desde "Cortina de Vidro" exibida pelo SBT entre outubro de 1989 a abril de 1990. O autor revelou-se genioso a partir de "Xica da Silva", na TV Manchete, novela que esteve no ar entre setembro de 1996 a agosto de 1997. Naquele momento, ele deu uma verdadeira aula de roteiro, uma grande/grata surpresa. Merecido o sucesso! 

Mas como acontece muito com quem come melado, tempos depois, após a bem sucedida "O Cravo e a Rosa", da Rede Globo em junho de 2000 a março de 2001, o talentoso autor foi se arriscando em novas aventuras e passou a escrever suas tramas "de qualquer jeito". Se dá audiência, ele não está "nem aí" para a qualidade das histórias, que sempre têm tudo para que se tornem um marco e tanto na carreira do autor.

"A Dona do Pedaço", assim como "O Outro Lado do Paraíso" (só para citar um exemplo!), peca demais pelo excesso de "surrealismo", tornando-se uma espécie de piada entre o público que a acompanha pela TV ou apenas se limita a ler o resumo dos capítulos pela net ou em revistas. Gente do céu!.... Que raio de novela absurda é essa????? O texto pode não ser dos melhores, e até dá para relevar, mas a forma como o escritor desenrola sua trama e inventa "qualquer coisa" para dar aquela virada que o público tanto aguarda, chega a ser constrangedor. Ok, que a atual novela das 21h30 da Rede Globo esteja no auge e é isso que importa para a emissora, mas tudo tem limite. É exibida ao vivo??

O autor escreve os capítulos que são enviados para a direção, passam pelos atores, é ensaiada, e ainda assim vai para o ar sem um "acerto"?? Não dá para entender! (Amora Mautner, diretora da novela que, segundo todo o mundo que a conhece, é dura na queda, como deixa passar? Autor e diretora não se bicam? A diretora boicota a novela??). O enredo da novela é divino, mas a novela no ar nos mostra outra coisa. É muita personagem sem noção, viradas absurdas, vilões sempre se dando bem, mocinhos burros, triângulos amorosos sem fundamentos, e um "blá blá blá" terrível que dói nos ouvidos. A página está em branco e o Walcyr apenas se limita a preencher laudas?? Absurdo demais!!

Em "O Outro Lado do Paraíso" tornou-se chato quando um vilão estava sendo julgado e o tudo levava a crer que ele se safaria. E assim, do nada, aparecia uma testemunha-"bomba" que sabia todos os podres do FDP e contava seus segredos mais sórdidos, levando-o à condenação. Sem contar que a mega-vilã Sofia (Marieta Severo) vivia sob as chantagens de algum espertalhão, e lá ia ela matar o aprendiz de vilão com sua tesoura envenenada, que deixava um fio solto para que outro metido a esperto ameaçasse a megera e morresse a tesouradas também. De bolar de rir. Ok que cada autor tenha um estilo próprio de contar suas histórias, mas tão previsível assim perde a graça. 

Se o Walcyr continuar assim, ninguém mais vai querer acompanhar suas novelas. Benedito Rui Barbosa, Gilberto Braga e Aguinaldo Silva foram devorados pela própria soberba e, pelo que dá para entender, os três consagrados autores jamais serão os mesmos para a emissora que os paga (e nem para o público que sempre os amou!). Se liga, Walcyr Carrasco! Você tem um dom especial para criar ótimas novelas, mas está faltando coerência e qualidade quando escreve seus capítulos. #ficaadica

.: "Rockin'Kidz - Um Show Para Toda a Família" no Teatro Opus


O "Rockin'Kidz - Um Show Para Toda a Família" será apresentado dia 20, às 15h, no Teatro Opus. Já imaginou ouvir cantigas de roda misturadas com grandes clássicos do rock? O "Rockin'Kidz" surgiu em 2007 quando o músico Ivan Sader resolveu fazer um CD com cantigas de roda em formato de rock para sua filha.

Dessa brincadeira despretensiosa nasceu esse grande projeto chamado "Rockin'Kidz - Um Show Para Toda a Família" com o objetivo de proporcionar às crianças uma experiência única de participar de um show de rock de verdade com grandes hits que passam de geração em geração. 

O show tem duração de 70 minutos. Muitas surpresas e grande interação com a criançada do início ao fim e, com certeza, é muito divertido para os pais também. Classificação: livre. Localizado no Shopping Villa Lobos, o Teatro Opus conta com 750 poltronas, tem plateia alta e balcão suspenso. Fica na avenida das Nações Unidas, 4777 - Alto de Pinheiros, em São Paulo.

.: Gal Costa apresenta show "A Pele do Futuro" por causa infantil


Uma das divas da música brasileira e a ONG Acredite se unem em um show que vai arrecadar fundos para a luta contra o reumatismo infantil. Nessa apresentação única, Gal Costa vai trazer canções inéditas de Nando Reis, Erasmo Carlos, Emicida, Djavan, Guilherme Arantes, Jorge Mautner, entre outros. A apresentação acontece no dia 20, às 20h30, no Teatro Bradesco.

O título do show “A Pele do Futuro” remete ao álbum homônimo lançado pela cantora no fim do ano passado. O nome foi pinçado de um verso da balada Viagem Passageira, de Gilberto Gil, composta especialmente para a voz de Gal. 

A Acredite é uma ONG fundada há 18 anos, que dá suporte ao tratamento de crianças e adolescentes de baixa renda com doenças reumáticas acompanhadas pelo Ambulatório de Reumatologia Pediátrica do Hospital São Paulo (Unifesp). É oferecido um tratamento clínico multidisciplinar, realizado por profissionais de saúde do Hospital SP e voluntários treinados. A ONG atende 1.200 pessoas anualmente. Mais informações em: http://www.acredite.org.br
Classificação: livre. Duração: 100 minutos. Localizado no Bourbon Shopping, em São Paulo, com capacidade para 1439 pessoas. Rua Palestra Itália, 500 - Loja 263, 3° Piso - Perdizes.

.: "Cartografias do Avesso": escrita e psicanálise por Joel Birman

O psiquiatra Joel Birman é um dos mais renomados intelectutais brasileiros da atualidade. Autor de obras de referência como "O Sujeito na Contemporaneidade", que ganha um novo projeto editorial em 2019, o professor lança a coletânea "Cartografias do Avesso - Escrita, Ficção e Estéticas de Subjetivação em Psicanálise" (Ed. Civilização Brasileira), que reúne 22 ensaios sobre a preocupação com a problemática da escrita em psicanálise (método terapêutico que interpreta conteúdos inconscientes), na sua relação com a das estéticas de subjetivação. 

Os textos são organizados em oito partes: "Linguagem e Discurso", "Escrita", "Ficção", "Sublimação", "Humor", "Literatura", "Artes Plásticas e Visuais", além de "Cinema". O livro trata a concepção de Freud sobre a psicanálise e das diferentes leituras que foram realizadas do discurso freudiano por filósofos como: Lacan, Derrida e Foucault, principalmente. O fio condutor dessa leitura é a linguagem e o discurso artístico e suas relações com o sujeito em psicanálise. Por isso, a discussão de temas do campo do humor, da literatura, da pintura e do cinema, são constantemente explorados. 

De acordo com o professor Paulo Vaz, que assina a orelha de Cartografias do avesso, “o eixo do livro é a conceituação do modo como a psicanálise apreende os seres humanos em seus processos de simbolização. Joel Birman propõe que há três formas de descentramento da consciência, conceituadas pela psicanálise: o desejo inconsciente, o desamparo e a angústia do real disseminada pelo trauma. Correspondendo a esses descentramentos, há três esforços de simbolização, três cenas de escrita de si: a escrita provocada pelo desejo inconsciente, a escrita provocada pela força da pulsão e a escrita do trauma”.

O que foi escrito sobre o livro
“Quando estamos diante de um autor, como Joel Birman, que nos faz pensar, a publicação de um novo livro é motivo de alegria. Alegria porque há repetição de intuições e estratégias que caracterizam seu pensamento. Revemos seu esforço de separar a medicina da psicanálise segundo a diferença entre espaço e tempo e seu diálogo com a filosofia e a arte. Reencontramos, sobretudo, a atitude, singular entre psicanalistas, de pensar com radicalidade as relações entre história e psicanálise.

Radicalidade significa, aqui, apreender as condições de possibilidade do discurso psicanalítico na modernidade, realçando, simultaneamente, o seu poder de questionamento da cultura que o fez emergir. Como outros discursos modernos, a psicanálise nos fez saber que não temos origem nem verdade, o que nos destina à tarefa incessante de interpretar nosso ser.


Alegria porque há novidade. O eixo do livro é a conceituação do modo como a psicanálise apreende os seres humanos em seus processos de simbolização. Joel Birman propõe que há três formas de descentramento da consciência, conceituadas pela psicanálise: o desejo inconsciente, o desamparo e a angústia do real disseminada pelo trauma. Correspondendo a esses descentramentos, há três esforços de simbolização, três cenas de escrita de si: a escrita provocada pelo desejo inconsciente, a escrita provocada pela força da pulsão e a escrita do trauma. Por esse eixo, portanto, o livro se endereça à questão do sentido em nossa atualidade e, assim, pensa a proliferação de narrativas autobiográficas, especialmente aquelas que têm como foco a violência sofrida.


Este livro reúne 22 ensaios. Com sorte, e pelo vigor da escrita de Joel Birman, o leitor se depara com algum trecho ou passagem que o inquieta. O texto então “suspende momentaneamente o leitor de suas referências fundamentais”. Se esse encontro imprevisível acontece, há a “emergência do inconsciente”, há deriva e questionamento, há a possibilidade de contar uma outra história de si.” ­Paulo Vaz, professor associado da Escola de Comunicação e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura da UFRJ

Sobre o autor Joel Birman é professor titular na UFRJ e professor aposentado no Instituto de Medicina Social da Uerj. Doutor em Filosofia pela Universidade de São Paulo, pós-doutor pela Université Paris VII, é membro de honra do Espace Analytique. Foi premiado três vezes com o Jabuti, na categoria Psicanálise e Psicologia, e recebeu o Prêmio Sérgio Buarque de Holanda, categoria Ensaio Social, da Biblioteca Nacional. Pela Civilização Brasileira, publicou "Gramáticas do Erotismo", "Arquivos do Mal-estar e da Resistência", "O Sujeito na Contemporaneidade", entre outros.

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

.: O que é BMR 1959? Descubra tudo aqui!

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em novembro de 2019 

A Mattel lançou fresquinha a coleção BMR 1959, composta por dois bonecos e quatro bonecas em modelitos ultra fashions. Embora alguns tenham ficam impressionados com a figura de um dos Kens, com sombra e cabelo flocado na cor verde cítrica, muitos querem mesmo é saber o que significa essa sigla.


BMR nada mais é do que o nome da boneca de plástico com corpo de mulher, Barbie Millicentes Roberts. E a sequência de números? É o ano de lançamento da boneca peituda e de cinturinha. 
Confira o vídeo da coleção e confesse, mesmo não sendo colecionador, não ficou com uma vontadezinha de, no mínimo pegar um exemplar desses em mãos?


*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm






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.: Sorteio #OInformante e #OQueVocê GostariaDeFazerAntesDeMorrer?


O Resenhando.com vai sortear o livro "O Que Você Gostaria De Fazer Antes De Morrer? - Se nada no mundo fosse impossível, o que você faria?", de Jonnie Penn, Dave Lingwood, Duncan Penn e Ben Nemtin, do seriado #TheBuriedLife, publicado pela #NovoConceito e o DVD de #OInformante, da Cinemateca Veja.
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Regras:
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❤Curtir as últimas 3 postagens do @portalresenhando.
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Válido para território nacional.
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O sorteio será realizado no dia 18 de dezembro de 2019!
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Boa sorte!! .

Abraços e beijos dos #Resenhanders, @maryellen.fsm e @heldermoraesmiranda

Resenhando.com 
#Sorteio #promocao #promoção #livros #sorteiodelivros #jonniepenn #davelingwood #duncanpenn #bennemtin #romance #poemas #cultura #entretenimento #portalresenhando #resenhander #resenhando #literatura #vivaparaamar #sorteandolivros #leiamais #amoler







O Resenhando.com vai sortear o livro #OQueVocêGostariaDeFazerAntesDeMorrer? - Se nada no mundo fosse impossível, o que você faria?, de Jonnie Penn, Dave Lingwood, Duncan Penn e Ben Nemtin, do seriado #TheBuriedLife, publicado pela #NovoConceito e o DVD de #OInformante, da Cinemateca Veja. . Regras: . ❤Seguir o @portalresenhando; . ❤Curtir e comentar esse post, o do sorteio; . ❤Marcar 3 amigos de cada vez; . ❤Curtir as últimas 3 postagens do @portalresenhando. . Válido para território nacional. . O sorteio será realizado no dia 18 de dezembro de 2019! . Boa sorte!! . Abraços e beijos dos #Resenhanders, @maryellen.fsm e @heldermoraesmiranda Resenhando.com #Sorteio #promocao #promoção #livros #sorteiodelivros #jonniepenn #davelingwood #duncanpenn #bennemtin #romance #poemas #cultura #entretenimento #portalresenhando #resenhander #resenhando #literatura #vivaparaamar #sorteandolivros #leiamais #amoler
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.: Livro tem Nova York inundada por conta do aquecimento global

Chega ao Brasil Nova York 2140 do americano Kim Stanley Robinson, um dos mais principais autores de ficção-científica da atualidade. Publicado pelo Planeta Minotauro, selo de ficção especulativa da Editora Planeta, o livro se passa em 2140, ano no qual Nova York se tornou uma cidade parcialmente submersa após o aumento de 15 metros no nível do mar por conta do aquecimento global. 

Os ricos vivem em arranha-céus recém-construídos na parte alta da cidade e Manhattan ganhou o apelido de Super-Veneza Vários dos personagens principais moram na MetLife Tower, na qual uma associação de inquilinos equipou com mecanismos de prevenção de inundações. Denver substituiu Nova York como o centro das finanças e da cultura americanas, e grande parte dos Estados Unidos foi deliberadamente abandonada. 

Robinson é conhecido por retratar personagens que lutam para preservar o mundo ao redor em ambientes tomados pelo individualismo, enfrentando frequentemente o autoritarismo político/econômico do poder corporativo que atua nesse ambiente. Em suas obras, o americano demonstra preocupação com modelos concorrentes de organização política e econômica. 

Nascido em 1952, Kim Stanley Robinson já publicou mais de vinte romances e uma série de contos. Mais conhecido mundialmente por sua trilogia de Marte, tem como um dos seus temas principais as mudanças climáticas e suas consequências culturais e políticas no futuro da humanidade. 

"Nesta visão, ao mesmo tempo animadora e desalentadora, de um mundo pós-apocalíptico, a ambição humana (é claro) é a grande vilã. Contra ela, apenas a tenacidade e a determinação do espírito humano." - FINANCIAL TIMES 


"Nova York pode estar debaixo d’água, mas está melhor do que nunca." - THE NEW YORKER 

.: Quarteto Carlos Gomes interpreta Piazzolla, Guinga e Debussy em SP

Teatro Opus recebe quarta sessão do projeto "Música de Câmara", nesta quinta-feira (21/11). Ingressos, a preços populares, à venda em Uhuu.com.


Adonhiran Reis, Gabriel Marin, Cláudio Cruz e Alceu Reis


O projeto Música de Câmara continua a sua diversificada programação musical no Teatro Opus, palco multiuso que abriga shows, artes cênicas, palestras, encontros corporativos, agora também é mais uma opção para sala de concertos em São Paulo.

A quarta sessão tem como atração o Quarteto Carlos Gomes formado por Cláudio Cruz (violino), Adonhiran Reis (violino), Gabriel Marin (viola) e Alceu Reis (violoncelo) para homenagear a obra de três respeitados grandes compositores de todos os tempos: Piazzolla, Guinga e Debussy.

O concerto acontece nesta quinta-feira (21/11), a partir das 20h30. Os ingressos custam a partir de R$ 20 e estão à venda em Uhuu.com. Mais informações no serviço abaixo.

Música de Câmara - De setembro a dezembro o espaço receberá programação rica e diversa em iniciativa que tem como objetivo tornar a música de concerto acessível ao público. No programa obras de Mozart, Piazzolla, Strauss, Villa-Lobos, entre mais clássicos e contemporâneos.

As apresentações, com duração aproximada de 90 minutos, ocorrerão nos dias 17 de setembro, 01 e 29 de outubro, 21 de novembro e 04 de dezembro a preços populares – R$ 40 (inteira) e R$ 20,00 (meia-entrada). Confira programa e serviço completos abaixo.

Além das apresentações, os músicos também irão conversar com o público, discorrer sobre obras e sonoridades dos diferentes instrumentos de forma descontraída e informal. “Pretendemos atrair um público diferenciado, tornando a música de câmara mais acessível, mesclando a profundidade e a leveza. É fundamental garantir espaços para a música de concerto em São Paulo”, declara Sergio Melardi, curador do projeto.

A programação teve inicio no dia 17 de setembro com o quarteto de violões Quaternaglia. No dia 1 de outubro é a vez do quinteto de clarinetes Sujeito a Guincho. Já no dia 29 de outubro haverá um programa exclusivo dedicado a Beethoven. Em novembro, dia 21, o Quarteto Carlos Gomes dedica-se a interpretação de Piazzolla, Guinga e Debussy. E, finalmente, dia 04 de dezembro, Cristian Budu e amigos interpretam programa variado com peças dançantes, solos, além de canções de Kurt Weill e Strauss. 

“O conceito está muito bem embasado devido a força das obras, suas dramaticidades e sonoridades”, reflete Melardi. Entre os grupos que irão se apresentar estão vencedores do Prêmio Bravo 2018 na categoria melhor CD de Música Erudita, como é o caso do Quarteto Carlos Gomes, e o aclamado pianista Cristian Budu. O público ainda terá a oportunidade de apreciar músicos com sólida discografia, timbres, expressividade e versatilidade inconfundíveis.

O projeto pretende apresentar a variedade e a riqueza da música de câmara. Os concertos contarão com atmosfera abrangente no que diz respeito a escolha do repertório. O repertório será diferenciado, com obras reconhecidas que vão do popular ao clássico, atrativos de se ouvir e se sentir. “Serão encontros dinâmicos, com muita interação entre os artistas e o público, algo informal, encantador e cheio de significados”, revela Melardi, que também fará parte de uma das apresentações em celebração a três obras de Beethoven.

Duração: 90 min.
Classificação: Livre

SERVIÇO
Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, e Grupo Zaffari apresentam
PROAC - Lei de Incentivo à Cultura do Estado de São Paulo 
Patrocínio: Záffari 
Curadoria: Sérgio Melardi
Produção: Opus Promoções
Realização: Interarte Produções Artísticas, Governo do Estado de São Paulo e Secretaria da Cultura   

PROGRAMAÇÃO:                                       
Dia 29 de outubro
Terça-feira, às 20h30
Beethoven 
Cármelo de los Santos (violino), Hugo Pilger (violoncelo), Paulo Gori e Sérgio Melardi (piano).

Programa:
Sonata para violino e piano Op. 47, em Lá maior – Kreutzer
Variações para violoncelo e piano em Sol maior sobre um tema de Haendel, “Judas Macabeu”, WoO 45
Trio Op. 70 nº 1 em Ré Maior – Trio Fantasma

Dia 21 de novembro
Quinta-feira, às 20h30
Quarteto Carlos Gomes
Cláudio Cruz (violino), Adonhiran Reis (violino), Gabriel Marin (viola) e Alceu Reis (violoncelo)
Programa: Piazzolla, Guinga e Debussy

Dia 04 de dezembro
Quarta-feira, às 20h30                 
Do Cabaré ao Teatro  
Programa: piano solo, piano a 6 mãos (Rachmaninoff), canções de Kurt Weill e Strauss (com arranjo para piano, canto e violino), trio para cordas e piano (Mendelssohn, Dvorak), peças dançantes para violino e piano (danças romenas, czardas)
Pianosofia: Cristian Budu

SERVIÇO:
Sessões
DATA HORÁRIO
17/09, terça-feira 20h30
01/10, terça-feira 20h30
29/10, terça-feira 20h30
21/11, quinta-feira 20h30
04/12, quarta-feira 20h30 
Ingressos
SETOR MEIA-ENTRADA INTEIRA
Plateia Baixa R$ 20,00 R$ 40,00
Plateia Alta R$ 20,00 R$ 40,00
Balcão Nobre R$ 20,00 R$ 40,00
*Política de venda de ingressos com desconto: as compras poderão ser realizadas nos canais de vendas oficiais físicos, mediante apresentação de documentos que comprovem a condição de beneficiário. Nas compras realizadas pelo site, a comprovação deverá ser feita no ato da retirada do ingresso na bilheteria e no acesso à casa de espetáculo;
** A lei da meia-entrada mudou: agora o benefício é destinado a 40% dos ingressos disponíveis para venda por apresentação. Veja abaixo quem têm direito a meia-entrada e os tipos de comprovações oficiais em São Paulo:
- IDOSOS (com idade igual ou superior a 60 anos) mediante apresentação de documento de identidade oficial com foto.
- ESTUDANTES mediante apresentação da Carteira de Identificação Estudantil (CIE) nacionalmente padronizada, em modelo único, emitida pela ANPG, UNE, UBES, entidades estaduais e municipais, Diretórios Centrais dos Estudantes, Centros e Diretórios Acadêmicos. Mais informações: www.documentodoestudante.com.br 
- PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E ACOMPANHANTES mediante apresentação do cartão de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social da Pessoa com Deficiência ou de documento emitido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que ateste a aposentadoria de acordo com os critérios estabelecidos na Lei Complementar nº 142, de 8 de maio de 2013. No momento de apresentação, esses documentos deverão estar acompanhados de documento de identidade oficial com foto.
 - JOVENS PERTENCENTES A FAMÍLIAS DE BAIXA RENDA (com idades entre 15 e 29 anos) mediante apresentação da Carteira de Identidade Jovem que será emitida pela Secretaria Nacional de Juventude a partir de 31 de março de 2016, acompanhada de documento de identidade oficial com foto.
- JOVENS COM ATÉ 15 ANOS mediante apresentação de documento de identidade oficial com foto.
 - DIRETORES, COORDENADORES PEDAGÓGICOS, SUPERVISORES E TITULARES DE CARGOS DO QUADRO DE APOIO DAS ESCOLAS DAS REDES ESTADUAL E MUNICIPAIS mediante apresentação de carteira funcional emitida pela Secretaria da Educação de São Paulo ou holerite acompanhado de documento oficial com foto.
 - PROFESSORES DA REDE PÚBLICA ESTADUAL E DAS REDES MUNICIPAIS DE ENSINO mediante apresentação de carteira funcional emitida pela Secretaria da Educação de São Paulo ou holerite acompanhado de documento oficial com foto.
*** Caso os documentos necessários não sejam apresentados ou não comprovem a condição do beneficiário no momento da compra e retirada dos ingressos ou acesso ao teatro, será exigido o pagamento do complemento do valor do ingresso.
ATENÇÃO: Não será permitida a entrada após o início do espetáculo.

Capacidade: 751 pessoas
Acesso para deficientes

Estacionamento:
Self
Período Valor
Até 2h R$13,00
2h a 3h R$16,00
3h a 4h R$19,00
4h a 5h R$22,00
5h a 6h R$28,00
6h a 7h R$34,00
Demais horas R$3,00 
Valet
Período Valor
Até 1h R$18,00
Demais horas R$12,00 
Horário de funcionamento:
Segunda a sexta: 10h às 22h (ou até o final do espetáculo)
Domingos e feriados: 10h às 22h (ou até o final do espetáculo)

Formas de pagamento: dinheiro e cartões de crédito e débito informadas no local de pagamento. Taxa de perda do cartão de estacionamento, será cobrado valor de estadia/ pernoite, conforme horas descritas nas tabelas. Tempo de tolerância de 15 minutos somente para self

CANAIS DE VENDAS OFICIAIS:
BILHETERIA OFICIAL – SEM TAXA DE SERVIÇO
Local: Foyer do Teatro Opus - 4º andar - Shopping Villa-Lobos
Av. das Nações Unidas, 4777 - Alto de Pinheiros - São Paulo, SP.
De terça a domingo, das 12h às 20h

OUTROS PONTOS DE VENDA - COM TAXA DE SERVIÇO
Uhuu
Site: www.uhuu.com   
Atendimento: falecom@uhuu.com
Formas de pagamento: Amex, Aura, Diners, dinheiro, Hipercard, Mastercard, Visa e Visa Electron

.: #Provocações com Marcelo Tas entrevista Ale Santos

Foto: divulgação

Nesta terça-feira, dia 19 de novembro, o #Provocações entrevista o autor de ficção científica e fantasia afroamericana Ale Santos. Nos últimos tempos, o escritor tem se afastado da ficção para mergulhar na história real da população negra e de sua cultura.

Na edição, Ale Santos conta para Marcelo Tas sobre os reflexos da escravidão no Brasil. “Quem fala sobre isso é Isildinha Baptista, uma negra brasileira que é precursora da psicologia social também na América Latina. Ela fala que a escravidão, as narrativas do racismo chegam a ser mais opressoras do que a própria escravidão. Porque ela deixa marcas na psique, faz com que a pessoa tenha auto-ódio, odeie quem ela é, ou não goste de algumas características físicas dela, ou mesmo passe a reproduzir racismo contra as pessoas negras”, explica Santos.

O escritor fala também sobre a importância das crianças negras terem um herói negro. “Quando você se enxerga no herói, você aprende as dores que ele está passando também. Aprende as ferramentas inconscientes para que você possa passar por esses conflitos na nossa sociedade”. Ele conta ainda que existem pessoas que negam a escravidão o Brasil: “Negar a escravidão impede que a gente lute contra uma dor. Você não pode ter uma ferida no braço e simplesmente negar que isso aconteceu”, reforça.

Apresentado por Marcelo Tas, o #Provocações vai ao ar às 22h15, na TV Cultura, no YouTube e no aplicativo Cultura Digital, com reapresentação aos domingos, às 20h30.

.: Farol Santander inaugura a exposição inédita e gratuita “Machado de Assims”


Nova mostra temática no hall do Farol Santander terá biblioteca imaginária com livros, fotos, animações e curiosidades sobre Machado de Assis. Animada por recursos de interatividade e inteligência artificial, a figura do autor falará com o público, dando voz a um repertório de frases já escritas por ele

O Farol Santander receberá, a partir do dia 19 de novembro, no hall do imponente edifício, a exposição gratuita Machado de Assims, que mostrará em cada elemento apresentado, as múltiplas faces de um dos principais escritores brasileiros. Com curadoria de Marcello Dantas, a mostra contempla passagens da vida e obra de Machado de Assis, desde o menino órfão que vendia doces na infância, até se tornar um dos maiores nomes da literatura nacional, passando pelo envolvimento com questões sociais como a abolição da escravatura.

Em aproximadamente 75m² de área expositiva, os visitantes circularão por um espaço desenvolvido entre duas enormes vírgulas. O ambiente terá uma biblioteca imaginária formada por milhares de livros que poderão ser manipulados no local.

Durante todo o trajeto, o visitante encontrará livros de Machado de Assis, de diversas edições, épocas e tradução em diferentes idiomas, como inglês, francês e italiano, que representam fases distintas da trajetória machadiana, da juventude romântica à maturidade realista, incluindo poemas, crônicas e peças de teatro, além dos romances e contos mais consagrados. “A proposta passa por explorar aspectos pouco conhecidos da figura de Machado de Assis.  Então mostrar um personagem gigante por lados inusitados, daí o título trocar o sobrenome Assis por Assims, ou seja, de outros jeitos ou modos de ver. Como se fossem outros Machados, o menino vendedor, o enxadrista, o abolicionista, seus múltiplos pseudônimos e alter egos, sua saúde, e os lugares por onde andou por exemplo” afirma Marcello Dantas, curador da mostra.

Entre os destaques da exposição, estão edições raras dos livros "Memórias Póstumas de Brás Cubas" e "Dez Contos", ilustradas por dois dos maiores artistas visuais brasileiros do século XX, Cândido Portinari e Antônio Henrique Amaral. No exemplar de Portinari, por uma combinação de animações e realidade aumentada, personagens da obra ganham vida, como o verme a quem o “defunto autor” Brás Cubas dedica suas memórias. Já na edição com ilustrações de Henrique Amaral, projeções dão movimentos às gravuras que retratam cenas e cenários dos contos, interpretados pelo olhar lírico do artista.

Sempre relevante nas exposições do Farol Santander, as experiências imersivas também farão parte de Machado de Assims. Duas grandes imagens do escritor, baseadas em retratos históricos como a clássica fotografia feita por Marc Ferrez em 1890, serão animadas com inteligência artificial. Inspiradas no conto "A Cartomante", as animações mostrarão o Bruxo do Cosme Velho falando palavras que um dia ele escreveu, deleitando os visitantes com pílulas de sabedoria machadiana.

Em outro jogo interativo, o público poderá brincar de correlacionar trechos dos livros com cartões-postais do Rio de Janeiro, lugar onde Machado de Assis nasceu e de onde quase nunca saiu. A exposição também terá imagens raras de autor, uma delas, destaca a atuação do autor junto ao processo abolicionista do Brasil, como testemunha ativa desse marco na história nacional. Na imagem capturada em uma missa campal realizada em 17 de maio de 1888, no Rio de Janeiro, Machado aparece ao lado da Princesa Isabel. A ocasião celebrava a abolição dos escravos no País.

Sobre Marcello Dantas
Marcello Dantas é o nome por trás de algumas das principais mostras de arte no Brasil. Foi responsável pela curadoria de “Ai Weiwei - Raiz”, na Oca em São Paulo, a maior mostra já realizada sobre a obra do artista chinês, premiada pela APCA como melhor exposição internacional de 2018. Organizou a premiada exposição “Still Being”, do artista britânico Antony Gormley, realizada em São Paulo, Rio e Brasília, sendo a sétima mais visitada no mundo em 2012, segundo o “The Art Newspaper”. Também foi responsável pelo evento de arte pública OiR – Outras Ideias para o Rio, que contou com quatro edições entre 2012 e 2017.

Dantas assinou a curadoria de exposições de artistas estrangeiros de renome, como Anish Kapoor, Jenny Holzer, Michelangelo Pistoletto, Peter Greenaway, Rebecca Horn, Bill Viola, Christian Boltanski e Laurie Anderson. Esteve à frente também da concepção de diversos museus, entre os quais o Museu da Língua Portuguesa e a Japan House, em São Paulo; o Museu do Homem Americano e o Museu da Natureza, no Piauí; e o Museu do Caribe, na Colômbia; além da Bienal de Vancouver de 2014 e 2018 e a Estação Pelé, em Berlim, na Copa do Mundo de 2006. No Farol Santander, Marcello Dantas foi curador das exposições Saramago – os pontos e a vista, Hebe Eterna e, atualmente, ETNOS, faces da diversidade.

Sobre o Farol Santander
O Farol Santander, um dos principais pontos turísticos de São Paulo, já recebeu mais de 800 mil pessoas e 12 exposições de arte rotativas em mais de um ano de funcionamento. As atrações do Farol Santander ocupam 18 andares dos 35 do edifício com 161 metros que, por um longo período, foi a maior estrutura de concreto armado da América do Sul.

Do 2º ao 5º andar os visitantes podem conhecer a história do prédio e da própria cidade, no espaço Memória que tem com mobiliários originais feitos pelo Liceu de Arte e Ofícios em salas de reuniões e presidência. No 4º andar, uma instalação permanente e exclusiva do Farol Santander: Vista, desenvolvida pelo renomado artista brasileiro Vik Muniz.

As visitas começam pelo hall do térreo e seguem até o mirante do 26º andar que, após a revitalização, ganhou uma unidade do Suplicy Cafés. Neste ano, o Farol Santander inaugurou o Bar do Cofre SubAstor, o Boteco do 28 e a Cozinha do 31, em andares dedicados à gastronomia.

Atualmente, estão no Farol Santander as exposições de arte ETNOS – faces da diversidade (Marcello Dantas) e Contemporâneo, sempre – Coleção Santander Brasil (Agnaldo Farias e Ricardo Ribenboim), ambas até 5 de janeiro de 2020.

Serviço "Machado de Assims" - Farol Santander
Quando: 19 de novembro a 12 de dezembro de 2019
Onde: Rua João Brícola, 24 – Centro (estação São Bento – linha 1, azul do metrô)
Site Farol Santander: farolsantander.com.br
Funcionamento: terça a domingo
Horários: 9h às 20h (terça a domingo)
Ingressos: gratuito
Capacidade do hall: 250 pessoas
Brigada de incêndio e seguranças: efetivo total de 60 pessoas
Acessibilidade
Monitores
Saídas de emergência

.: Espetáculo "O Ovo de Ouro" comemora os 80 anos de Sérgio Mamberti

Espetáculo "O Ovo de Ouro", de Luccas Papp, traz à tona sonderkommando, figura pouco conhecida no Holocausto. Fotos: Leekyung Kim
O conflito vivido por judeus que eram obrigados a auxiliar na aniquilação de seu próprio povo e, ao mesmo tempo, ter que conviver com o medo da morte é o mote para o espetáculo. Com direção de Ricardo Grasson, peça traz no elenco Sérgio Mamberti, Leonardo Miggiorin, Rita Batata, Ando Camargo, além do próprio autor

A função do Sonderkommando ou comandos especiais, unidades de trabalho formadas por prisioneiros selecionados para trabalhar nas câmaras de gás e nos crematórios dos campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, inspira "O Ovo de Ouro", com texto de Luccas Papp e direção de Ricardo Grasson. A peça estreia no dia 21 de novembro, no Sesc Santo Amaro, onde segue em cartaz até 15 de dezembro.

Obrigados a tomar as atitudes mais atrozes para acelerar a máquina da morte nazista, esses prisioneiros conduziam outros judeus à câmara de gás, queimavam os corpos e ocultavam as provas do Holocausto. Quem se recusava a desempenhar esse papel era morto, quem não conseguia mais desempenhar a função, era exterminado com os demais.

“'Ovo de Ouro' surge da minha necessidade de não deixar morrer esse pedaço tão importante da História que é a Segunda Guerra Mundial, o nazismo e o Holocausto. A ideia de escrever a peça surgiu em 2014, quando eu fui apresentado ao universo do Sonderkommando por meio de um pequeno artigo em uma revista. Essa figura do judeu que tem que auxiliar com o extermínio do próprio povo mexeu muito comigo e minha noção de humanidade, e me incentivou a tentar entender por que eles faziam isso, por que eles não se recusavam. Com este espetáculo temos a oportunidade de falar sobre Segunda Guerra sob o ponto de vista dessa figura pouco conhecida”, explica Luccas Papp. 

Contada em diferentes episódios e tempos, a trama revela a vida de Dasco Nagy (Sérgio Mamberti), que foi Sonderkommando e sobreviveu ao campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. Em cena, dois planos são apresentados – a realidade e a alucinação – para retratar a relação do protagonista Dasco Nagy quando jovem (Luccas Papp) com seu melhor amigo Sándor (Leonardo Miggiorin), com a prisioneira Judit (Rita Batata) e com o comandante alemão Weber (Ando Camargo). No presente, Dasco é entrevistado, já em idade avançada, por uma jornalista, narrando os acontecimentos mais horrorosos que viveu no campo de concentração e descrevendo a partir do seu ponto de vista os horrores e tristezas da Segunda Guerra Mundial.

O papel de Dasco é dividido pelos atores Sérgio Mamberti, que dá vida ao personagem no tempo presente/alucinação, e Luccas Papp, que o interpreta no passado/realidade, no plano da memória. “Talvez este seja um dos personagens mais desafiadores na minha carreira por uma série de fatores. Um deles é por representar o mesmo personagem que Sérgio Mamberti, o que é uma honra e uma responsabilidade muito grande. Segundo, é que ele é um sonderkommando vivendo situações de caráter tão absurdo. Eu preciso fazer com que o público acredite na realidade do que acontecia nos campos de concentração. Tenho que trabalhar com elementos obscuros no meu interior para trazer veracidade para essas situações. E como a peça é feita em ordem não cronológica – são nove cenas divididas entre passado e futuro – tenho que organizar minha cabeça para conseguir colocar a emoção certa na hora certa”, esclarece o ator e dramaturgo.

A dualidade interna entre ser obrigado a auxiliar na aniquilação de seu próprio povo e o medo da morte transforma o Sonderkommando em um complexo personagem a ser debatido. Nesse contexto são muitas as questões discutidas, desde o significado real de humanidade, o medo da morte, os limites da mente e da alma humana e a perda da própria identidade.

A dramaturgia foi inspirada em uma pesquisa sobre obras que discutiam os temas do Holocausto e da Segunda Guerra Mundial. Entre elas, destacam-se os livros "Sonderkomamando: no Inferno das Câmaras de Gás", de Shlomo Venezia, e "Depois de Auschwitz", de Eva Schloss; e o filme "O Filho de Saul", de László Nemes, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro de 2016.


A encenação
A encenação tem como inspiração e referência, a sétima arte, em todos os seus desdobramentos, nuances e dezenas de relatos deixados pelos sobreviventes dos campos de extermínio. “Apontamos no tempo presente, o encontro entre a jornalista e o sobrevivente, de forma fantasmagórica, alucinógena, imprimindo uma atmosfera vibratória, de vida pulsante às cenas e aos personagens. Quando nos transportamos, ilusoriamente, ao campo de concentração, ao passado concreto, vivido pelos personagens apontamos uma atmosfera fria, enclausurada, suspensa e sem vida, que nos conduz imageticamente àquelas sensações de crueldade. Luz, som, cenografia e figurino conversam com essa estética e nos conduzem à proposta de encenação. A ideia é fazer com que as sensações criadas por estes elementos no espaço cênico atinjam o espectador de maneira intensa. Como encenador, entendo que a cenografia, o figurino, a iluminação, a trilha sonora não são panos de fundo ou cama para um espetáculo, juntos eles atuam concretamente fusos ao texto, formando assim uma narrativa dramatúrgica única”, revela o diretor Ricardo Grasson.

Para que não se repita
“Em tempos de pouco diálogo, imposição de ideias e ideologias, censura e extremismos é fundamental debatermos esses temas tão duros e atrozes para que os erros que provocaram tanto sofrimento no passado não se repitam. É necessário e quase que um dever recordarmos as atrocidades do holocausto nazista, para que a história vivida no final dos anos trinta e início dos quarenta, não volte a nos assombrar. Para que as novas gerações, não testemunhas deste período da história, saibam o que aconteceu e onde a intolerância pode nos conduzir. Auschwitz e outras tristes lembranças do holocausto, podem até escapar da memória, mas jamais deixarão os corações de quem viveu a tragédia, especialmente de quem se atribui a responsabilidade de manter viva, por gerações, as imagens da perversidade humana. Uma das formas de evitar a repetição de tais tragédias coletivas é recordá-la, para que não ressurjam no horizonte, sinais do restabelecimento de ódios raciais, extremismos comportamentais e ideologias sectárias, formando o caldo cultural do qual o nazismo se alimentou e  cresceu”, completa Ricardo Grasson.

"... É fácil esquecer para quem tem memória; difícil esquecer para quem tem coração”..."
Gabriel Garcia Marques

Ficha Técnica
Texto: Luccas Papp.
Direção: Ricardo Grasson.
Elenco: Sérgio Mamberti, Leonardo Miggiorin, Rita Batata, Ando Camargo e Luccas Papp.
Voz em off: Eric Lenate.
Cenografia e visagismo: Kleber Montanheiro.
Desenho de Som e Trilha sonora original: L.P. Daniel.
Desenho de luz: Wagner Freire.
Figurinos e adereços: Rosângela Ribeiro.
Assistente de Direção: Heitor Garcia.
Assistente de Figurino: Eduardo Dourado.
Aderecista: Ronaldo Dimer.
Costureiras: Vera Luz e Noeme Costa.
Alfaiataria: JC.
Posticeria Facial: Feliciano San Roman.
Operação de Som: Rodrigo Florentino.
Operação de Luz: João Delle Piagge.
Camareira: Elizabeth Chagas.
Contra Regra: Roberto Oliveira.
Cenotécnico: Alicio Silva
Supervisão de Conteúdo: Vinicius Britto.
Textos do Programa: Lucia Chermont, Marcio Pitliuk
Franthiesco Ballerini e Priscila Perazzo.
Comunicação Visual: Tua Agencia
Idealização: Luccas Papp e Ricardo Grasson.
Produção: LPB Produções e NOSSO cultural.    
Direção de produção: Ricardo Grasson.
Produção Executiva: Laís Bittencourt e Heitor Garcia.
Gestão de Projeto: Lumus Entretenimento.
Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes.
Fotos: Leekyung Kim.

Serviço
Espetáculo "O Ovo de Ouro"
Quando: de 21 de novembro a 15 de dezembro
Horário: Quintas e sextas, às 21h. Sábados, às 20h e domingos, às 18h.
Local: Teatro (1º andar | 279 lugares)
Classificação: 14 anos.

Duração: 90 minutos.
Ingressos: R$ 30,00 (inteira). R$ 15,00 (estudantes, +60 anos e aposentados, pessoas com deficiência e servidores da escola pública). R$ 9,00 (Credencial Plena válida: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciados no Sesc e dependentes). 

Sesc Santo Amaro
Endereço: Rua Amador Bueno, 505, Santo Amaro
Acessibilidade: universal.
Horário de funcionamento da unidade e bilheteria: Terça a sexta, das 10h às 21h30. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30.
Estacionamento da unidade: R$ 5,50 a primeira hora e R$ 2,00 por hora adicional (Credencial Plena); R$ 12,00 a primeira hora e R$ 3,00 por hora adicional (outros).
Disponibilidade: 158 vagas para carros e 36 para motos. A unidade possui bicicletário gratuito.

.: "Tarde Demais Para Pedir Bom Senso": intrigas bolsonaristas por Joselito Müller

Ícone do humor de direita, personagem fictício criado por advogado potiguar lança um romance satírico inspirado nas relações pessoais e políticas da família presidencial

Um observador com um olhar tão sagaz quanto original, Joselito Müller representa uma espécie quase extinta: o cronista sem medo, perspicaz, e que não poupa ninguém. 

Ele nos lembra que há enredos na vida real que, de tão pouco verossímeis, jamais seriam escritos sequer pelos piores roteiristas – e alguns acontecimentos recentes no Brasil se encaixam justamente nessa categoria. 

Em "Tarde Demais Para Pedir Bom Senso", Joselito Müller satiriza e explora, com humor ácido, fatos pitorescos da política nacional.  O autor aborda acontecimentos recentes, como a bajulação de Magno Malta antes das eleições, postagens controversas dos Bolsonaro no Twitter, a briga com Gustavo Bebianno, o envio de uma cabeça de porco para Joice Hasselmann, declarações polêmicas da ministra Damares.

Claudio Manoel, do "Casseta & Planeta", sobre o livro
“O objetivo aqui é te pegar pela orelha. Não literal, mas literariamente, claro. Já que você está com o livro na mão, a tarefa agora é fazer com que não o solte até levá-lo para o aconchego do lar (ou similar). Se minha palavra bastasse, te asseguraria: não te arrependerás! Mas as palavras que importam aqui não são as minhas (sorte sua), as que realmente interessam são as escolhidas, cultivadas e afiadas pelo autor: o ferino, arguto, impiedoso, adorável, criticado, pertinente e impertinente, contagiante e virulento, Joselito Müller, o cronista/jornalista brazuca mais adjetivado do século.

Não é todo dia (mês, ano ou década) que aparece um observador com um olhar tão sagaz quanto original, capaz de distribuir e misturar potentes petardos e acepipes deliciosos, dono de uma prosa com pegada, molejo, faro e mira. Joselito Müller é fera, é craque, morde e não assopra, é rápido no gatilho e por não estar nem à direita, nem à esquerda, acerta sempre bem no meio... da testa! 

Você vai ter o prazer e a alegria de testemunhar o renascimento de uma espécie quase extinta: o cronista sem medo e com graça, que escreve com veneno e perspicácia, que vê primeiro, enxerga na frente e dispara, indiscriminadamente, mas com pontaria e deboche, sem poupar ninguém, sem ajoelhar nem dizer amém, o que é coisa para (muito) poucos.

E como a nossa situação crítica já é crônica, é sempre bem-vinda a crônica que faz crítica dessa situação. Então aceite o meu convite: mergulhe, se esbalde, aqui não existe nada que não seja motivo para gargalhar de tudo. Porque rir é a vingança que nos resta nesses interessantíssimos tempos, onde o patético, o ridículo, o bizarro, a cafonice e a mediocridade alcançaram os píncaros da glória.

É hora de ir à forra, agora é você que vai se divertir com eles. Sem pena, sem limites, com vontade... afinal, é Tarde demais para pedir bom senso”, Claudio Manoel

Sobre o autor
Joselito Müller nasceu em Belém, PA, em meados da década de 1950. Trabalhou na Serra Pelada, de onde teve de fugir ao ser confundido com um comunista pelos militares. Mudou-se para Parahyba, capital, onde torrou com mulheres, álcool e jogatina todo o dinheiro que havia economizado. Alfabetizado aos 16 anos pelo Mobral, conheceu a obra poética de José Sarney e criou coragem para escrever, acreditando que, “se ele conseguiu publicar um livro, qualquer um consegue”. Atualmente reside em Natal, RN, onde exerce a advocacia.

Trecho
“Carlos, no banco de trás, ia calado, olhando para os lados durante o itinerário, como que a procurar possíveis ofensores. Por um momento, Jair se questionou: ‘E se um sniper tentar mesmo me matar?’, mas logo se livrou desse pensamento, que voltou a acometê-lo quando um cavalo que escoltava o conversível refugou e interrompeu por alguns segundos o desfile.

— Bem que o Leo falou pra gente tomar cuidado. Viu aí? Deve ser filiado ao PSOL — falou Carlos quando o carro conseguiu seguir o trajeto.

— Impossível, Carlos. O pessoal da inteligência sabe a vida toda de cada um dos membros da guarda.

Jamais admitiriam alguém do PSOL, principalmente depois do atentado que sofri — falou Jair.

— Não me refiro ao cara da cavalaria, pai. Me refiro ao cavalo.”

"Tarde Demais Para Pedir Bom Senso"
Joselito Müller
168 págs. | R$ 29,90
Editora Record | Grupo Editorial Record

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