domingo, 16 de abril de 2023

.: “Poliana Moça”, do SBT: Resumos dos capítulos 281 ao 285

“Poliana Moça”

Resumos dos capítulos 281 ao 285 (17.04 a 21.04)


João e Poliana seguros no quarto do hotel (Foto: Divulgação/SBT) 



Capítulo 281, segunda-feira, 17 de abril

Pinóquio frente a frente do LUC2 (Foto: Rogério Pallatta/SBT)


Raquel e Brenda avisam a Luca que o androide sumiu e ele fica preocupado. Davi solicita a Zezinho esperar mais tempo para o teste de DNA, porque o Pedro precisa processar toda informação. Celeste e Luca acham que Pinóquio está por trás do sumiço do LUC2. Após encontrar a família, João e Poliana descansam no hotel. O capanga de Tânia informa que João encontrou seus parentes, Celeste aparece e dá outra notícia ruim sobre o desaparecimento do LUC2. Na mansão de Otto, LUC2 explora o laboratório, mas Pinóquio não quer o outro androide no local. LUC2 remove Sara do armário; a robô demora para descobrir que tem outro androide pela casa. Pinóquio conta para o LUC2 que ele vai ter que ir para a casa de máquinas da escola. Durval e Cláudia conversam com Lorena sobre cirurgia. No Ceará, Otto, Luísa, Ruth, Poliana e João se preparam para ir embora. Francisco [Zé Geraldo Jr.], um policial disfarçado, se apresenta à família, ele vai escoltá-los até o aeroporto. Com tempo de sobra, Poliana e família decidem curtir um pouco a cidade.


Capítulo 282, terça-feira, 18 de abril


Otto e Luísa se beijam (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


Poliana e João dançam forró no Ceará. Francisco convida Ruth para dançar e ela aceita. Através da tecnologia do laboratório, Pinóquio consegue levar o LUC2 até a casa de máquinas, mas Sara corta a internet e a comunicação entre os androides é interrompida. Sara fala para o Pinóquio que vai entregá-lo para Otto. Tânia está furiosa e preocupada com o sumiço do LUC2. Otto e Luísa não resistem e dançam coladinhos. Em um cenário romântico, finalmente, o beijo entre Otto e Luísa acontece. Ruth diz ao policial Francisco que não tem marido e que é solteira. Depois de aproveitar com segurança a cidade, Poliana e família vão embora do Ceará. Tânia vê o império desmoronando. A Cobra reúne diversos capangas e alerta que estão fortemente ameaçados e pede para vigiar todos da família de Poliana. Tânia obriga Celeste a visitar Roger na cadeia para descobrir informações do LUC2.  Pinóquio danifica sistema da Sara para mantê-la em silêncio. Otto volta para casa e nota Sara com comportamento estranho. Em São Paulo, João conta para Davi que sentiu sede, fome e quase morreu no sertão. Lorena vai com capuz para escola para não mostrar rosto e se maquia escondida no banheiro. “Yupechlo” vai até a casa de máquinas e questiona presença de LUC2 no local. Celeste fala para Luca que, possivelmente, Raquel e Brenda foram responsáveis pelo sumiço do LUC2.


Capítulo 283, quarta-feira, 19 de abril

Poliana e Família vão embora do Ceará (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


Luca acusa Brenda e Raquel sobre o desaparecimento do androide e as amigas se ofendem. Luísa conta para Joana e Claudia que ela beijou o Otto. Otto faz uma proposta de emprego para Sérgio e pede para ele conversar com Joana antes de dar a resposta. Para surpresa de Roger, Celeste visita o pai na cadeia; a garota diz que o LUC2 sumiu e acha que ele pode estar envolvido. Roger manda Celeste tomar cuidado, porque as coisas estão piorando, declarando que ela e Tânia podem ir à prisão. Poliana descobre que Pinóquio prejudicou o sistema da Sara. Sérgio também recebe proposta de trabalho de outra empresa. Gleyce avisa o capanga do Cobra que o líder da comunidade tem 24 horas para conversar com ela, senão fecha o CLL e diz para a população que foi culpa do vilão. Após consertada, Sara mostra imagens de Pinóquio furtando LUC2. Pinóquio fala para Poliana que só furtou o LUC2 por pena de uma vida sem liberdade. Otto e Luísa tentam dialogar sobre o acontecimento no Ceará, mas são interrompidos pela notícia do Pinóquio. Otto e Jeff vão atrás do LUC2 na Ruth Goulart, Otto percebe que está sendo seguido e dirige em ritmo de fuga. Cobra não aceita conversar com Gleyce e uma grande disputa de ameaças se inicia. Glória diz a Luísa que pensa em se aproximar de Celeste.


Capítulo 284, quinta-feira, 20 de abril

Sérgio conversa com Joana sobre propostas de emprego (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


Tânia manda Celeste abordar Glória em busca de informações. Brenda e Raquel desejam ir embora da “Luc4Tech” por conta das grosserias de Luca; o jovem pede desculpas e implora para elas ficarem. Otto despista os perseguidores. Na Escola Ruth Goulart, Otto e Jefferson procuram por LUC2, assim como as crianças do “Yupecho”. Otto encontra LUC2 e o alarme dispara. Mesmo não tendo acesso ao GPS do LUC2, Luca recebe a notificação do alarme e fica preocupado. Gleyce avisa os amigos e pacientes que os atendimentos e o CLL vão ser encerrados por conta do Cobra. Brenda e Raquel tentam dar suporte ao Luca, elas alegam que sabem de tudo e que querem ajudá-lo. Luca admite às amigas que se envolveu com gente errada. As meninas sugerem a Luca contar o que sabe para a polícia. Um capanga da Cobra nota Otto saindo com o androide da escola. Gleyce resolve explicar para Kessya que é informante da polícia e que precisou manter segredo por segurança. O povo da comunidade fica revoltado com o Cobra e o fechamento do CLL. Sérgio pede ajuda a Joana para decidir sobre propostas de emprego e ele chega a um veredito. Notando o vício na vaidade, Durval recolhe toda maquiagem de Lorena. No laboratório, Otto e Jeff exploram o LUC2, Pinóquio chega e não gosta do que vê.


Capítulo 285, sexta-feira, 21 de abril

Luísa e Otto (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


Chloe implora para Pedro aceitar a realização do teste de DNA e ele dá resposta. Lorena não quer ir para escola e fala para o pai que está doente. Otto diz a Poliana que está preocupado com as atitudes de Pinóquio e que cogita desligá-lo para sempre; Poliana pensa em uma solução. Tânia compreende que Gleyce está envolvida com a polícia e que deseja sair o mais rápido possível da comunidade. Tânia pede para Celeste convencer Luca a cobrar Otto para devolver LUC2. Glória visita Roger novamente na prisão e expõe que o filho traiu a ex-mulher (Verônica) com Tânia. Roger reconhece que ele não merece o amor da sua mãe. Em diálogo com Otto, Pinóquio pede para não ser desligado; Otto propõe uma condição ao boneco Pinóquio. Joana chama Luísa para um novo projeto profissional. Lorena entra em um site de clínica de estética enquanto mente que está doente para o pai. Celeste manda mensagem para Glória para tentar encontrá-la. Pedro e Chloe conversam com Zezinho, Pedro explica que ama os pais adotivos e que se Zezinho for o pai biológico significa que ele abandonou as crianças.


Sábado, 22 de abril


Resumo dos capítulos da semana


A novela “Poliana Moça” vai ao ar de segunda a sábado, às 20h30, no SBT


sábado, 15 de abril de 2023

.: Crítica: "O Exorcista do Papa" é boa contribuição para o gênero terror


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em abril de 2023


O homem de confiança do Papa quando se trata de possessão. Eis o italiano Gabriele Amorth, "O Exorcista do Papa", padre que enfrenta demônios em defesa de inocentes há tempos. Eis que Julia (Alex Essoe), viúva muda-se para uma abadia em reforma levando a filha adolescente Amy (Laurel Marsden) e o pequeno Henry (Peter DeSouza-Feighoney). Contudo, algo malévolo na construção é liberado e encarna no meio mais frágil dali, o garotinho. Desta forma, a intervenção de Amorth se faz necessária.


No novo embate com o demônio que regressa com um objetivo específico, o Papa interpretado brilhantemente por Franco Nero, do imperdível "O Caso Collini" é quem entra na mira do ser das trevas. Assim, como um ajudante aprendiz, padre Ezequiel (Daniel Zovatto, de "O Homem nas Trevas" e "Corrente do Mal") auxilia Amorth que sofre rejeição por outros superiores religiosos -menos do Papa.


O longa dirigido por Julius Avery, em cartaz no Cineflix Cinemas pode não ser uma tremenda surpresa, mas é uma boa contribuição para o gênero. Sem contar que é protagonizado pelo vencedor do Oscar de 2001, por "Gladiador", o ator neozelandês Russel Crowe. A dobradinha de Crowe funciona muito com o jovem Peter DeSouza-Feighoney, que traz uma Regan MacNeil de "O Exorcista" em versão masculina para não colocar defeito.


"O Exorcista do Papa" tem tudo para entrar na lista dos filmes de terror imperdíveis. Nele há ação, mistérios, cenas de fazer cair o queixo e ainda é inspirado na história real de um padre que morreu em 2016 aos 91 anos, que além de escrever vários livros, atuou como exorcista sob a tutelagem do Vaticano por três décadas. Vale a pena conferir!

Confira "O Exorcista do Papa" no Cineflix Cinemas: Ingressos on-line neste link


"O Exorcista do Papa" ("The Pope's Exorcist")
Gênero: terror. Classificação: 16 anos. Duração: 1h48m
Distribuidora: Sony Pictures
Direção: Julius Avery
Roteiro: Evan Spiliotopoulos e Michael Petroni
Elenco: Russell Crowe, Laurel Marsden, Franco Nero, Alex Essoe, Ralph Ineson e outros. 
Sinopse: 
o padre Gabriele Amorth, exorcista do Vaticano, luta contra Satanás e demônios possuidores de inocentes. Um retrato detalhado de um padre que realizou mais de 100 mil exorcismos em sua vida.

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.: "Morte em Suas Mãos", de Ottessa Moshfegh: humor, horror e mistério


Uma nova narrativa instigante e bem-humorada da autora de "Meu Ano de Descanso e Relaxamento". Lançado pela editora Todavia, o romance "Morte em Suas Mãos", de Ottessa Moshfegh, conduz o leitor em uma jornada investigativa que mistura humor, horror e mistério. A tradução é de Bruno Cobalchini Mattos.

No livro, Vesta Gul fez o que pôde para viver dias de calmaria. Exausta e abatida após ter acompanhado a agonia final de seu marido, vítima de um câncer, ela decide encerrar o período de sofrimento com uma mudança de ares. Para isso, vende a residência do casal e passa a morar em uma cabana à beira de um lago, em outro canto do país.

De início, a previsibilidade da nova rotina é reconfortante. Vesta desperta no mesmo horário todos os dias, passeia com seu cão exatamente pelo mesmo caminho em meio ao bosque, come refeições idênticas às do dia anterior e, uma vez por semana, vai até o centro de Levant para reabastecer-se de suprimentos e pegar livros emprestados na biblioteca. Levant para reabastecer-se de suprimentos e pegar livros emprestados na biblioteca.

Esse cotidiano pacato é interrompido abruptamente quando ela encontra um bilhete revelando a morte de uma garota chamada Magda. Embora não conheça ninguém com esse nome, não consegue evitar as perguntas óbvias. Quem foi Magda? Por que, e por quem, foi assassinada? Foi mesmo um assassinato, ou ela morreu por acidente? Por que seu corpo foi abandonado? Como é possível que ninguém tenha percebido seu desaparecimento?

O mistério de Magda lançará Vesta em uma jornada investigativa na qual ela irá se guiar pelo conhecimento acumulado de romances policiais e filmes baseados em obras de Agatha Christie, e também por algumas dicas que encontra na internet.

Todavia, enquanto ela tenta recriar a vida e os passos de uma Magda hipotética, as fronteiras entre ficção e realidade começam a ruir, trazendo à tona os fantasmas e enigmas da própria Vesta. Tão imprevisível quanto sua protagonista, este romance de Ottessa Moshfegh apresenta uma rara combinação de suspense, comédia e horror. Morte em suas mãos é, também, uma história sobre identidade e sobre as histórias que
contamos a nós mesmos para suportar o mundo. Compre o livro "Morte em Suas Mãos" neste link.


Sobre a autora
Ottessa Moshfegh nasceu em Boston, em 1981, filha de mãe croata e pai iraniano. Já publicou contos nas revistas Paris Review, New Yorker e Granta. Dela, a Todavia publicou "Meu Nome Era Eileen" (finalista do Booker Prize) e "Meu Ano de Descanso e Relaxamento".


Trecho do livro
Seu nome era Magda. Ninguém jamais saberá quem a matou. Não fui eu. Aqui está seu corpo. Mas não havia corpo nenhum. Nenhuma mancha de sangue. Nenhum emaranhado de fios de cabelo preso nos galhos grossos caídos, nenhum cachecol de lã vermelha umedecido pelo orvalho da manhã adornava os arbustos. Havia apenas o bilhete no chão, sacolejando aos meus pés ao ritmo do vento suave de maio. Encontrei-o durante minha caminhada matutina com Charlie, meu cachorro, pelo bosque de bétulas.

Eu tinha descoberto a trilha na primavera anterior, logo após Charlie e eu nos mudarmos para Levant. Passamos por ela durante toda a primavera, todo o verão e todo o outono, mas a abandonamos no inverno. As árvores brancas e esguias ficaram quase invisíveis contra a neve. Nas manhãs de neblina, as bétulas desapareciam inteiras na cerração. Desde o início do degelo, Charlie me acordava todas as manhãs ao nascer do sol. Atravessávamos a estrada de terra e nos arrastávamos pelos aclives e declives suaves de uma pequena colina, ziguezagueando por entre as bétulas. Naquela manhã, quando encontrei o bilhete caído no meio da trilha, havíamos avançado pouco mais de um quilômetro bosque adentro.

Charlie não reduziu a velocidade, não inclinou a cabeça, nem sequer baixou o focinho para farejar o chão. Achei tão estranho ele ignorá-lo - logo meu Charlie, que uma vez arrebentou a guia e cruzou correndo a via expressa para buscar um pássaro morto, tão forte era seu instinto de perseguir os mortos. Não, ele não olhou duas vezes para o bilhete. Pedrinhas pretas prendiam-no ao chão posicionadas com cuidado sobre as margens superior e inferior do papel. Inclinei-me para ler outra vez. Sob minhas mãos, a terra estava quase morna, a grama pálida e tímida despontava em alguns cantos do chão preto e farelento, e o sol acabava de começar a clarear em tons que iam do prateado para o amarelo.

Seu nome era Magda. Era uma piada, pensei, uma pegadinha, uma armação. Alguém estava fazendo uma brincadeira. Essa foi minha impressão inicial. Olhando em retrospecto, não é fofo ver como a minha mente foi direto à conclusão mais inócua? Que, após tantos anos, aos setenta e dois, minha imaginação ainda fosse tão ingênua? A experiência deveria ter me ensinado que muitas vezes as primeiras impressões enganam. Ajoelhei-me sobre a terra, estudei os detalhes: era uma página de caderno pautado e espiralado cuja extremidade perfurada fora removida com precisão, sem deixar fiapos desgrenhados no local do rasgo; letrinhas escritas em caneta esferográfica azul. Ficava difícil inferir alguma coisa a partir da caligrafia, o que parecia proposital. Era uma escrita clara e impessoal, do tipo que utilizamos para escrever cartazes anunciando uma venda de garagem ou preencher uma ficha no dentista.

Sábio, pensei. Esperto. Quem quer que tenha escrito o bilhete entendia que, mascarando suas peculiaridades, evocaria autoridade. Não há nada tão imponente quanto o anonimato. Mas as palavras em si, quando as proferi em voz alta, pareciam sagazes — um atributo raro em Levant, onde a maioria da população era de trabalhadores braçais e de estúpidos. Li o bilhete outra vez e quase ri da penúltima frase, Não fui eu. Claro que não. Garanta o seu exemplar de "Morte em Suas Mãos" neste link.

.: "As Aparecidas": último filme de Eva Wilma tem as gravações finalizadas


Último trabalho de Eva Wilma, filme "As Aparecidas" conclui gravações após três anos e meio de hiato. Na imagem, a atriz durante entrevista no programa "Conversa com Bial". Foto: Globo/Divulgação


O filme “As Aparecidas”, último trabalho de Eva Wilma, concluiu as suas gravações no fim de março, após três anos e meio de hiato, na cidade de Aparecida, interior de São Paulo. Dirigido por Ivan Feijó, o longa conta com Neusa Borges, Gorete Milagres, Miriam Mehler, Norma Blum, Karin Rodrigues e Clarisse Abujamra no elenco. O lançamento está previsto para o segundo semestre deste ano, com distribuição da O2 Play. 

Com roteiro e produção de Erika Barbin e Francisco Costabile, a primeira parte das gravações foi realizada em setembro de 2019. O longa-metragem é o último trabalho de Eva Wilma, que faleceu em maio de 2021, no período de pausa nas gravações. Além de Eva Wilma, integram o elenco, além das veteranas atrizes, nomes de peso do cinema brasileiro, incluindo Milhem Cortaz e Marcelo Serrado.

Em "As Aparecidas", Otília (Eva Wilma) fica viúva aos 80 anos e percebe que sua vida não tem mais sentido. Quando é negada em um grupo de devotas senhoras, comandado por Lavínia (Clarisse Abujamra), Otília resgata suas amigas de infância e parte numa aventura para a cidade de Aparecida - com muito drama, humor, trapalhadas e rivalidade. Durante o passeio, o retorno às raízes e o valor da amizade reacende sua vontade de viver.

"Finalizar 'As Aparecidas' foi uma grande emoção. Em especial devido à perda da Eva - uma amiga, mulher e profissional maravilhosa -, que nos pegou de surpresa, e também pela pandemia. O Ivan e a produtora Halo Filmes tiveram perseverança e muito carinho, conseguiram juntar todas nós do elenco mais uma vez, mesmo após três anos e meio sem se ver", comenta Clarisse Abujamra.

A atriz Norma Blum também comemora a conclusão das gravações. "Eu e todo o elenco estamos muito felizes que esse trabalho, que nos acompanhou mentalmente e emocionalmente durante todos esses anos de pandemia e paralisação, foi concluído. Agradeço e parabenizo toda a produção, elenco e empresas envolvidas", declara. Com distribuição da O2 Play, o lançamento de "As Aparecidas" está previsto para o segundo semestre deste ano.


Elenco de "As Aparecidas" no último dia de filmagens, na cidade de Aparecida - Crédito: Jamil Kubruk

.: Entrevista com Cezar Black do "BBB 23": "Não consigo ver uma justificativa"


"Eu me vejo ainda como uma pessoa que conseguiu mostrar mais dentro do jogo do que elas. Eu não consigo ver uma justificativa para a permanência delas e não a minha se não fosse por uma questão de engajamento aqui fora das equipes delas", afirma o baiano. Foto: Globo/João Cotta

Foram 88 dias na casa mais vigiada do Brasil, muitos altos e baixos, choros, dancinhas, risadas, brigas e reconciliações e “aquela agonia”! Registrado como Cezar Black (o Black não é apelido como muitos pensam), ele já foi Raimundo Cezar, em homenagem ao pai. O baiano deixou a casa do "BBB 23" em um paredão apertado contra Aline Wirley e Amanda Meirelles, no qual recebeu 48,79% dos votos do público.

Eliminado na última quinta-feira, dia 13 de abril, e fora da disputa pelo grande prêmio da temporada, Cezar reconhece o que pode ter lhe atrapalhado no reality. “Como Pipoca, eu nunca tinha tido nenhuma experiência parecida com câmeras e holofotes. Eu achei que ia me sair muito bem, mas quando eu vi tantas pessoas grandes lá, que falam e se posicionam muito, e pelo fato de ter entrado em dupla, eu sinto que travei. A trava que eu dei na primeira semana foi um divisor de águas, mudou completamente a minha trajetória lá dentro. Quando eu entrei em dupla, eu entrei também no quarto que não era realmente o que eu queria. E depois não tive coragem de sair para tentar uma nova possibilidade no outro quarto”, avalia. 

Apesar das dificuldades que encontrou no caminho, Cezar também teve vitórias importantes no jogo: ganhou líder, conquistou um anjo autoimune em um momento decisivo e realizou o sonho de conhecer Ivete Sangalo em seus últimos dias no "BBB". Na entrevista a seguir, Cezar conta mais sobre a emoção que sentiu no show da cantora, analisa seus altos e baixos no jogo e fala sobre os memes que protagonizou na casa do "Big Brother Brasil".


Como foi a experiência de participar do "Big Brother Brasil"?
Cezar Black - Fiquei muito surpreso quando entrei. O fato de entrar em dupla influenciou muito na minha vida dentro da casa. Acho que poderia ter tomado um rumo diferente caso eu tivesse entrado sozinho. Eu me arrependo de algumas atitudes minhas, mas de um modo geral eu tentei sempre manter a minha coerência, meus valores, meus princípios. Fiquei preocupado por muito tempo com algumas acusações que fizeram contra mim, então me travei. Acho que, dos meus 100% para o que eu entreguei lá, fiquei muito aquém do que eu realmente sou. Acho que eu poderia ter dado muito mais se eu tivesse me sentido numa posição mais confortável, mais à vontade para conseguir me soltar realmente. Eu até falei no meu último Raio-X que eu queria muito que as pessoas conhecessem o Cezar Black em sua totalidade. Mas eu estou feliz de ter participado dessa experiência, acho que foi bem válida, foi única na minha vida e vou guardar para sempre.


Era como você imaginava?
Cezar Black - Era como eu imaginava, mas eu não tinha ideia da intensidade que era participar do "Big Brother". Eu tinha uma visão genérica de que era o reality mais importante do Brasil e que você se expõe bastante. Eu só não imaginava que cada trecho, cada palavra que você fala é televisionada, é passada nas redes. Eu realmente não sabia da dimensão do programa. 


Você entrou no programa entrelaçado a uma pessoa com quem disse não ter se identificado, a Domitila, e com quem teve muitos episódios de discordância ao longo da temporada. Como foi esse período? E o que mudou nessa relação do início do programa até a reta final?
Cezar Black - 
Foi um período bem difícil, porque como entramos em dupla, eu sentia que, pela personalidade dela ser tão diferente da minha, eu poderia ser emparedado na primeira semana, mais por causa dela, até. Algumas pessoas na casa vieram até mim para dizer que gostavam do meu jeito, mas não curtiam muito a Domitila. Eu fiquei preocupado, foi realmente uma luta contra o tempo para tentar não sair no primeiro paredão até o momento em que a gente soltaria as amarras. Foi uma coisa da qual eu reclamei bastante nas primeiras semanas e eu não sabia que foi o público quem tinha escolhido - pregaram uma peça em mim (risos). Mas foi produtivo. A nossa relação ao longo das semanas foi crescendo, a gente construiu uma amizade bacana com muitos altos e baixos, mas no fim das contas eu torço muito para que ela consiga sair de lá campeã. 
 

Você chegou a mencionar que não conseguia se conectar muito com o grupo do quarto Fundo do Mar. Por que optou por permanecer ali por tanto tempo? Chegou a cogitar alguma mudança para o Deserto? 
Cezar Black - Cheguei a cogitar uma mudança para o quarto Deserto, tentei algumas vezes uma aproximação às pessoas de lá, só que eu nunca tive uma abertura que me fizesse sentir seguro e confortável para mudar. Acho que pela dinâmica de entrar em dupla, por uma vontade dela (Domitila), por ela ter se identificado muito com o pessoal do quarto Fundo do Mar, (principalmente com o Fred Nicácio, com a Marvvila e com a Sarah) eu acabei optando por permanecer. Inicialmente acabei ficando no Fundo do Mar também porque eu tinha muito medo de ser visto pelas pessoas de fora do programa como traidor: “Entrou junto com as pessoas, formou alianças ali dentro e agora está desertando e indo para o outro quarto”. Os meus maiores receios ali eram ser visto como traidor e também não ter uma abertura no quarto Deserto que me deixasse confortável a ponto de fazer essa mudança.
 

Você foi algumas vezes ao paredão. Por que acredita ter sido eliminado neste, especificamente? 
Cezar Black - Sabendo por alto, pelas informações que me foram trazidas até pelo Fred Nicácio quando ele retornou, tem um shipp aqui fora de um suposto casal entre Amanda e Sapato, que impulsionou muito a Amanda dentro do jogo, através das redes sociais e do engajamento a nível de votos. Houve uma disputa acirrada entre mim e a Aline e eu acredito que as quatro integrantes do antigo quarto Deserto - Larissa, Aline, Amanda e Bruna - têm uma relação tão íntima, que se apoiam até em votação. Acredito que, por ter sido um paredão de duas pessoas do quarto Deserto comigo apenas, houve uma união entre as equipes para votar para me tirar. Eu creio que foi muito por isso, porque a nível de jogo, estratégia e ação, em todo esse período, pela minha visão parcial, eu não conseguia ver algo que justificasse a permanência delas e a minha saída, mesmo havendo, às vezes, um jogo confuso da minha parte. Eu me vejo ainda como uma pessoa que conseguiu mostrar mais dentro do jogo do que elas. Eu não consigo ver uma justificativa para a permanência delas e não a minha se não fosse por uma questão de engajamento aqui fora das equipes delas.
 

Em determinado momento, você afirmou estar se sentindo “uma planta” dentro da casa. Enxerga sua participação dessa forma ou essa percepção foi temporária? 
Cezar Black - Eu acho que foi uma percepção temporária, foi até em uma discussão entre mim, a Sarah e o Fred Nicácio que falei isso. Eu sinto que, depois do retorno do Fred, eu acabei perdendo muito a voz, o poder de fala e de decisão dentro do nosso grupo. Chegou um momento ali em que eu sentia que as pessoas não me ouviam mais, não queriam saber da minha posição. Sempre foi uma queixa minha a questão de conseguir me expressar dentro da casa, de forma que as pessoas realmente quisessem ouvir o que eu estava falando. No começo eu senti isso e pesou muito para mim, porém, ao longo da minha trajetória, eu ganhei um destaque muito grande dentro do grupo. As pessoas do quarto Deserto até me indicaram com o discurso do general. O Guimê falou: “O Black é o general do grupo hoje porque ele influencia muito as pessoas”. Então, teve uma hora em que eu me senti muito forte no grupo. No nosso quarto tinha esse problema de momento de fala. Quando eu estava falando alguma coisa e me posicionando, alguém ia lá, me interrompia e fazia um contraponto e não deixava eu falar. Isso foi acontecendo com uma certa recorrência, acho que ao longo do programa inteiro eu senti isso. Mas, chegou um momento, até com a volta do próprio Fred, que eu me perdi no jogo, me deixei abater. Foi um momento em que eu achava que estava até numa crescente boa. Foi nesse ponto que eu comecei a pesar se valia a pena continuar no Fundo do Mar e começaram a surgir várias dúvidas na minha cabeça se aquele era o momento de largar o quarto e tomar as minhas próprias iniciativas. Eu senti que, com esse retorno do Fred, ele acabou ganhando um destaque maior no grupo, porque as pessoas gostavam muito dele, e eu acabei perdendo a força que eu tinha ali dentro e fiquei numa posição mais secundária.
 

Quais foram os seus melhores momentos no "BBB"? 
Cezar Black - O momento da Tina (Calamba) com a peruca foi um momento muito legal, a galera da casa se amarrou. A minha liderança foi um divisor de águas e me deixou muito feliz, mas a indicação do Alface ao me colocar no monstro foi um momento de muita tristeza. Ainda assim eu acho que foi um ponto importante, tinha que ser como foi, até para, ao longo da minha trajetória, conseguir chegar onde cheguei hoje; fui até o Top 8. O momento em que, mesmo com os contrapontos de eu ter ido com um pouco mais de peso com a Marvvila naquela nossa discussão, quando houve o paredão em que a Key (Alves) saiu, foi importante também porque eu defendi o grupo, a permanência da (Kassia) Marvvila e da Domitila (Barros). Foi um momento em que eu me posicionei muito, a nível de jogo eu bati muito de frente com a estratégia do Fred Bruno de ter um grupo paralelo. Eu acho que pode ter influenciado de uma certa forma a saída dele do programa. Além disso, a minha discussão com o Alface (Ricardo Camargo) no jogo da discórdia, quando a gente acabou brigando e ele ficou apontando o dedo, tentando me intimidar e eu reagi. Acho que foi a primeira vez que eu mais mostrei o meu outro lado, de ser mais incisivo, mais bravo até na reação com ele. A saída do quarto Fundo do Mar e toda aquela sequência de eu estar brigando para ser prioridade das pessoas e acabar ganhando o anjo autoimune também foi uma semana em que os holofotes podem ter se voltado para mim. 
 

E quais foram os mais difíceis? 
Cezar Black - Eu passei por muitos momentos difíceis. Nas três primeiras semanas, eu tive dificuldade de me encontrar. Como Pipoca, eu nunca tinha tido nenhuma experiência parecida com câmeras e holofotes. Eu achei que ia me sair muito bem, mas quando eu vi tantas pessoas grandes lá, que falam e se posicionam muito, e pelo fato de ter entrado em dupla, eu sinto que travei. A  trava que eu dei na primeira semana foi um divisor de águas, mudou completamente a minha trajetória lá dentro. Quando eu entrei em dupla, eu entrei também no quarto que não era realmente o que eu queria. E depois não tive coragem de sair para tentar uma nova possibilidade no outro quarto. Então, eu acabei me mantendo preso naquela permanência em um grupo que eu não me encaixava a nível de personalidade, de pessoas. Eu sinto que, se tivesse entrado sozinho e encontrado pessoas de maneira individual com quem eu tivesse me identificado mais, eu poderia ter soltado mais a minha personalidade e me mostrado mais no programa, e também não teria tantas travas. Uma coisa que também me bloqueou muito lá foi o medo do que as pessoas aqui fora poderiam achar de mim pelo julgamento das pessoas dentro da casa em vários episódios diferentes. Um deles foi com o Alface, quando eu disse que ele era “desorientado” no jogo da discórdia. Teve o episódio com a Marvvila, em que me julgaram muito lá dentro. E esse último com a Larissa, pelo qual também me julgaram. Quando eu chorava, me desesperava - até no vídeo que virou meme (o que toca o hip hop) - eu estava botando para fora aquele sentimento ruim. Foi uma semana em que eu estava muito pressionado por conta do julgamento do Sapato e da Amanda em cima desse episódio do Alface. Lá dentro a sensação que a gente tem quando toca uma música nossa é que as pessoas estão tendo um carinho com a gente, e sempre emociona. Acho que esses momentos foram cruciais na casa.
 

O episódio em que você utilizou o argumento da peruca para dar bomba para a Tina gerou muitos memes. Imaginava que isso iria viralizar aqui fora? 
Cezar Black - Não imaginava. No momento eu até ri, achei engraçado porque para mim usar peruca para fazer zoeira era uma coisa comum no meu cotidiano. Eu ia até tentar continuar com as coisas que eu iria falar para a Tina naquele momento, mas a galera riu, ela respondeu, e parou na peruca. Eu não imaginava que teria essa repercussão aqui fora.
 

Seu lado emotivo também ficou bastante evidente. Você chegou a questionar se estaria sendo malvisto pelo público por conta disso. Essa é uma característica sua mesmo fora do jogo ou algo lá dentro despertou esse seu lado? 
Cezar Black - Não é uma característica minha, eu não lembro a última vez que eu chorei copiosamente aqui fora. Na verdade, a última vez que eu chorei mesmo foi assistindo àquele filme “Sempre ao Seu Lado”, que tem o cachorro. Eu sou pisciano, então sou mais sensível, mas não sou de chorar. Eu acho que o meu maior medo ali dentro era o das pessoas de fora, porque eu tinha um julgamento de várias pessoas sempre, que viam os meus erros. Eu sempre falava a questão de existirem “dois pesos e duas medidas”. As pessoas sempre viam meus erros, falavam sobre eles de uma forma muito mais firme do que sobre os erros de outras pessoas, que eram iguais ou parecidos. Eu sempre me senti muito julgado e, a partir desse julgamento que era sobre questões que extrapolavam o jogo, eu senti que poderia haver um julgamento igual das pessoas de fora, e que isso me levaria a envergonhar minha família e as pessoas que eu amo. Isso realmente me deixava num ponto de desespero por muitas vezes.
 

Durante o show da Ivete Sangalo, na festa da última quarta-feira, você também se emocionou. O que sentiu naquele momento? 
Cezar Black - Eu sou baiano, soteropolitano. A minha raiz baiana aflorou muito dentro do programa. Acho que todo mundo percebeu o quanto eu amo o axé, o tanto que eu sou carnaval, respiro aquele clima de folia, aquela agonia. Eu tenho isso muito enraizado em mim, então sempre que tocava axé nas festas eu ficava feliz, dava risada, dançava, curtia. Ver um show de Ivete para apenas oito pessoas na casa, ela cantando as músicas que eu amo, que fazem parte da minha vida e da minha história, foi muito emocionante. Na casa a gente estava achando muito que poderia ser ela, porque algumas vezes tocou músicas de Ivete na hora do despertador, então eu até brincava: “Cadê você, Ivetinha? Venha aqui logo!”. Então, para mim foi muito emocionante. Na hora do show, quando ela começou a cantar, eu achei muito especial, foi a realização de um sonho: estar no "Big Brother" com a referência do axé. Não sei se perceberam, mas acabou que virou uma bandeira minha sair em defesa do axé, porque hoje as pessoas veem como “cult”. Eu sou muito “axezeiro”, defendo e amo muito o axé. Fiquei muito emocionado por isso, foi um dos dias mais especiais.
 

Como você classifica a sua relação com o Ricardo, com quem discutiu e fez as pazes diversas vezes? Por que ele virou um alvo seu? 
Cezar Black - O Ricardo virou alvo no início por conta da reação dele comigo no jogo da discórdia. Eu o levei algumas vezes como “dono da casa”, por exemplo, porque ele queria comer o arroz todo da Xepa. Teve também um outro jogo da discórdia em que eu o levei novamente e, a partir disso, ele encarou que eu o tinha como alvo mais fácil para não me indispor com outras pessoas - o que não era verdade. A partir daquilo, ele me encarou como um inimigo no jogo e, quando ele veio para mim no jogo da discórdia com aquele jeito mais intimidador, eu reagi da forma como reagi, e logo na sequência ganhei líder. Ele, por sua vez, ganhou o anjo e me tirou. Ali nossa rivalidade ficou escancarada e se estendeu por algumas semanas até o momento em que a gente conversou. Em outro jogo da discórdia, eu falei: “E aí, Alface, vai ficar me trazendo aqui pelo mesmo motivo para sempre?”. Ali ele entendeu e buscou novos alvos. Ficamos numa boa até por algumas semanas e a gente até ameaçou jogar juntos quando ele foi para o quarto Fundo do Mar. Mas no momento em que a Amanda levou ele no jogo da discórdia e a resposta dele foi envolvendo uma jogada minha, a gente brigou novamente. E essa briga ia com certeza até o final.
 

Analisando agora, a troca de quarto foi uma escolha acertada? 
Cezar Black - Não foi uma escolha acertada porque eu fui muito impulsivo ali, fiquei muito chateado com a situação ocorrida no quarto Fundo do Mar, quando ninguém se dispôs a me imunizar e, por conta da emoção, eu acabei saindo de lá e indo para o quarto das pessoas em quem eu votava. Eu acabei indo dormir com o inimigo e, a partir do momento em que você vai dormir com o inimigo, você está disposto a tomar bomba a todo tempo. Pensei em voltar logo depois que eu ganhei o anjo e indiquei as duas, só que eu pensei também que não iria arregar, abaixar a cabeça e voltar atrás. Então, eu realmente banquei minha permanência ali até o dia em que fui forçado pelo fechamento do quarto. Eu acho que eu potencializei muito o alvo nas minhas costas e acredito que foi um dos motivos pelos quais eu posso ter saído agora, porque eu fiquei perseguido pelas meninas depois daquele episódio.
 

A Bruna Griphao te criticou muitas vezes durante o confinamento. E você, como avalia o desempenho de Bruna no "BBB"? 
Cezar Black - A Bruna é muito boa em provas, então acho que ele merece um reconhecimento e teve o mérito por isso. Só que eu não consigo vê-la como uma boa estrategista, eu acho ela muito impulsiva; no momento da raiva, ela fala coisas sem pensar que machucam, que magoam, que ofendem. Quando a Larissa saiu, a Bruna se perdeu completamente, ficou sozinha, porque ela não tinha uma relação tão estreita com a Amanda e com a Aline, e foi procurar uma aliança com o Gabriel, chegando a pensar em colocá-lo no Top 3 dela. Eu não consigo imaginar que ela iria tão longe sem uma aliança forte como a Larissa, que a impulsiona em muitos momentos.
 

Quem é o participante mais forte do "BBB" e por quê? 
Cezar Black - Amanda. Pelas informações externas que já tive, eu acho que a Amanda é uma pessoa que está realmente muito forte por conta da torcida dela, que é muito engajada a levá-la a uma vitória. Se eu ainda tivesse uma visão de dentro da casa, eu apostaria muito na Domitila, porque ela voltou de seis paredões e retornou com muita propriedade. Foram paredões de respeito, principalmente o que ela foi com o Fred Bruno, que foi muito apertado e o Fred também tinha uma torcida muito forte. Então, eu apostaria muito na Domitila para ser campeã. 
 

É para ela que você torce? 
Cezar Black - Eu torço para a Domi. Mesmo com as nossas idas e vindas, altos e baixos, acho que é uma pessoa que merece muito levar esse prêmio.
 

Quais são seus planos daqui para frente? 
Cezar Black - Ainda não consegui pensar sobre isso. 

Pretende seguir atuando na enfermagem ou quer se dedicar a outras áreas? 
Cezar Black - A enfermagem é o que eu amo e sei fazer, é o que eu dediquei a minha vida e minha carreira inteira. Sou muito grato por tudo o que a Enfermagem fez por mim. Mas eu penso muito em ter outras oportunidades, em fazer carreira de alguma outra forma – não faço ideia ainda do que. Penso em ampliar meu leque de opções para viver outras coisas. Estou aberto e esperando propostas (risos). Vou ouvir com carinho e desejo que seja algo bom para a minha vida.

.: Pensamentos de Carl Sagan, Bertolt Brecht e Daniel Bensaïd no teatro


Inspirada em obras de Carl Sagan, Bertolt Brecht e Daniel Bensaïd, peça usa a linguagem do teatro documentário para discutir o método científico, os obscurantismos e o projeto universalista. Na imagem, cena do espetáculo. Fotos: Lienio Medeiros


"Universo", do Coletivo Comum, está em cartaz no Sesc Belenzinho. A temporada estará em cartaz até 7 de maio, na Sala de Espetáculos I da unidade -  sextas e sábados, às 21h30, e aos domingos e feriados, às 18h30. A peça aborda questões científicas e sociais contemporâneas, como a emergência climática, o especismo e as fake news. A direção é de Fernando Kinas.  

O espetáculo é inspirado em obras de Carl Sagan, Bertolt Brecht e Daniel Bensaïd, e usa a linguagem do teatro documentário. Beatriz Calló e Fernanda Azevedo interpretam um Demiurgo irritado (com direito à túnica branca, barba branca e sandálias) e uma cientista-artista-filósofa e em um tratado cênico, elas utilizam e também refletem sobre o método científico, os obscurantismos e o projeto universalista. 

Com o objetivo de investigar formas de indagação da realidade e as possibilidades de emancipação social, e assim estimular uma reflexão a respeito do nosso futuro como civilização, o Coletivo Comum estreia o espetáculo "Universo". A peça aborda questões científicas e sociais contemporâneas, como a emergência climática, o especismo e as fake news, e segue em temporada até 7 de maio na Sala Espetáculos I do Sesc Belenzinho, com sessões às sextas e sábados, às 21h30, e aos domingos e feriados, às 18h30.

Há quase três décadas, o Coletivo Comum pesquisa estratégias cênicas e dramatúrgicas documentais e não psicológicas, neste trabalho partiu de textos considerados não teatrais, especialmente uma conferência proferida em 1994 pelo físico, astrônomo e astrofísico Carl Sagan (1934-1996). No processo criativo, o coletivo estabeleceu relações entre os temas tratados por esse material com obras como "A Vida de Galileu", peça escrita e reescrita por Bertolt Brecht entre os anos 1930 e 1950, e "Os Irredutíveis", do filósofo e ativista político Daniel Bensaïd, publicada em 2008.  

"Galileu, embora atravessado por contradições - vários dos seus biógrafos e o próprio Brecht salientaram suas ambiguidades e fraquezas muito humanas - é um representante da luta contra a intolerância e a perseguição ao conhecimento livre. Ele, assim como Carl Sagan, três séculos e meio depois, são melhor compreendidos a partir do embate com a igreja e com outras tentativas de domesticação do pensamento. Já Bensaïd, filósofo e militante internacionalista, profundo conhecedor do Brasil, onde esteve por diversas vezes, é uma referência do movimento socialista desde sua participação nos eventos de maio de 1968, na França", comenta o diretor Fernando Kinas.  

Coube a Kinas olhar para todas essas contribuições e desenvolver o roteiro de "Universo". A ideia nunca foi fazer uma biografia de figuras historicamente relevantes, mas apresentar processos sociais decantados em experiências concretas. O espetáculo se tornou um tratado cênico que utiliza e também reflete sobre o método científico, os obscurantismos e o projeto universalista. Para isso, justapõe, com bastante ironia, um Demiurgo irritado (com direito à túnica branca, barba branca e sandálias) e uma cientista-artista-filósofa.

Para o Coletivo Comum, é urgente mostrar as conexões entre a ciência e a vida cotidiana, procurando evitar a confusão entre opinião (doxa) e conhecimento (episteme), bem como a disseminação de informações do que Sagan chama de "pensamentos imperfeitos". Em tempos de negacionismo sobre o Holocausto, a escravidão, o aquecimento global e a eficácia das vacinas, e de circulação massiva de teorias conspiratórias, isso é ainda mais importante. 

"Usando um belo exemplo sobre os !Kung do deserto do Kalahari, mostramos como, em praticamente cada momento da vida das pessoas, a ciência está presente. A observação dos astros, por exemplo, é algo que existe desde as primeiras civilizações. É um exemplo de deslumbramento com o desconhecido, mas também de estudo sobre as estações do ano, com implicações diretas sobre a sobrevivência", explica a atriz Fernanda Azevedo.


Sobre a encenação
Em cena, Fernanda Azevedo e Beatriz Calló – que também assina a pesquisa dramatúrgica e a assistência de direção – expõem e contrapõem argumentos sobre a necessidade do debate baseado em fatos e valores para a construção de conhecimentos mais sólidos sobre a realidade.

Para reforçar o caráter documental do trabalho, o público entra em contato com projeções de documentos históricos e imagens ficcionais, além de fotografias recentes produzidas por satélites e sondas espaciais. Artistas audiovisuais como Luiz Cruz (na primeira etapa de pesquisas) e Gabriela Miranda estão na origem destas propostas.

Outra grande referência para a composição imagética da peça é o cineasta Harun Farocki (1944-2014). Ao retratar o mundo do trabalho e suas consequências na organização da sociedade, o diretor questiona em que medida as máquinas são responsáveis pelo controle dos corpos e o cerceamento da imaginação. 

Por todos esses elementos, o cenário de "Universo" apresenta um ambiente curiosamente neutro. Pode ser a superfície de Marte, mas também o ateliê de um mundo ainda em construção. Julio Dojcsar, cenógrafo e artista urbano, usou como referência o filme "Stalker" (1979), mas subverteu o mundo onírico de Andrei Tarkovski.  

Já a iluminação assinada por Clébio Ferreira mescla o tom farsesco, com o de um show de variedades, com a sobriedade de um laboratório de ciências. O figurino é concebido por Madalena Machado, que tem vasta experiência com vestimentas para a dança contemporânea.  


Por que levar o Carl Sagan para o teatro?
Dedicado a divulgar a ciência para um público não especializado, ultrapassando os muros das universidades Harvard e Cornell, onde trabalhava, Carl Sagan contribuiu - e muito - para a popularização do conhecimento. Ao longo da carreira, investigou temas relevantes, como o efeito estufa e a existência de vida extraterrestre.

Nesse sentido, um de seus mais notáveis trabalhos foi a série de TV "Cosmos: Uma Viagem Pessoal", veiculada em 1980 em vista em 60 países. O astrofísico usava poesia e humor para expressar suas ideias, estimulando reflexões sobre nossa responsabilidade para com o planeta Terra e nossa insignificância diante do Universo. Sua clareza e despojamento fizeram o programa ser assistido por 1 bilhão de pessoas.

"Muito antes do período de emergência climática em que vivemos, questões envolvendo aquecimento climático, escalada nuclear, perda da biodiversidade e poluição química, já faziam parte das preocupações de Sagan", conta Fernando Kinas. Para Sagan, a combinação entre poder econômico e ignorância científica representava um dos maiores riscos para a sobrevivência do planeta - tópico ainda mais relevante em um momento de disseminação de informações falsas e oligopólio das mídias tradicionais. Por isso, o cientista empreendia uma intensa luta contra os "pensamentos descuidados", os charlatanismos e os auto enganos. 

"No nosso dia a dia, somos esmagados pela precariedade do trabalho, pela ignorância, pela violência e por uma série de outras questões que nos impedem de pensar sobre nós mesmos. Por isso, convidamos os espectadores a usar o espaço do teatro como um local de aprendizado. Não queremos apresentar para eles uma verdade absoluta, mas oferecer um momento ao público para que ele possa pensar sobre coisas que ainda não foram bem pensadas, e que, embora influenciem suas vidas, talvez não estejam no centro das suas preocupações", afirma Fernanda. 


Sinopse
Inspirado nas obras de Carl SaganBertolt Brecht e Daniel Bensaïd, e com uma ampla pesquisa de imagens, "Universo" aborda temas como o método científico, os obscurantismos e o projeto universalista. O resultado é uma experiência teatral que investiga nossa maneira de indagar o mundo e de pensarmos sobre nós mesmos e nosso futuro como sociedade. Neste trabalho, proposto pelo Coletivo Comum, estão em cena Beatriz Calló e Fernanda Azevedo (Prêmio Shell de 2013), com direção de Fernando Kinas.


Ficha técnica
Roteiro e direção: Fernando Kinas. Texto livremente inspirado na obra de Carl Sagan, Bertolt Brecht e Daniel Bensaïd. Assistência de direção e pesquisa dramatúrgica: Beatriz Calló. Elenco: Beatriz Calló e Fernanda Azevedo. Produção: Patricia Borin. Iluminação: Clébio Ferreira (Dedê). Pesquisa de imagens e vídeo (primeira fase): Luiz Cruz. Vídeo final: Fernando Kinas e Gabriela Miranda. Cenário: Julio Dojcsar. Figurino: Madalena Machado. Programação visual: Camila Lisboa (Casa 36). Assessoria de imprensa: Canal Aberto Comunicação | Márcia Marques. Realização: Coletivo Comum.


Serviço
"Universo". Até dia 7 de maio de 2023, às sextas e sábados, às 21h30, e, aos domingos e feriados, às 18h30. Local:  Sesc Belenzinho - Sala Espetáculos I - Rua Padre Adelino, 1000 – Belenzinho - São Paulo - SP. Ingressos: R$ 30 (inteira), R$ 15 (aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor da escola pública com comprovante) e R$ 10 (trabalhador do comércio de bens, serviço e turismo credenciado no Sesc e dependentes). Duração: 90 minutos. Classificação: 14 anos.

.: "Nosso Universo", de Jo Dunkley: os mistérios e as respostas do cosmo


Jo Dunkley
, renomada astrofísica e professora universitária, é a nossa guia no livro "Nosso Universo", lançado pela editora Todavia. Nessa viagem abrangente e fascinante através dos séculos de estudo da astronomia, nos apresentando ao surgimento dessa ciência e ao trabalho de amadores e pesquisadores, com especial enfoque na participação das mulheres nesse campo, como Williamina Fleming, Vera C. Rubin e Jocelyn Bell Burnell. A tradução é de Alexandre Bruno Tinelli.

Em texto a um só tempo simples e aprofundado, o livro desbrava os mistérios, as perguntas e as respostas do cosmo. A curiosidade pelo céu e sua observação fazem parte da vida dos seres humanos há milênios, com registros astronômicos que datam de mais de 20 mil anos. 

Com o passar do tempo e com as novas tecnologias, nos tornamos capazes de enxergar além daqueles pontos brilhantes visíveis a olho nu - a Lua, os planetas mais luminosos de nosso sistema solar, as constelações e os cometas - e passamos a compreender o espaço mais a fundo, nos familiarizando com satélites de outros corpos celestes, astros menos brilhantes e nuvens de gás, onde nascem as estrelas.

Nas últimas décadas, como nos conta a autora e astrônoma Jo Dunkley, graças aos avanços tecnológicos e à cooperação científica nos mais diversos cantos do planeta, novas descobertas nos trouxeram ao nosso estágio de conhecimento atual, em que “vimos tudo até o limite do universo observável, encontramos milhões de galáxias além da nossa e possuímos uma descrição coerente de como nosso próprio sistema solar, em nossa galáxia, a Via Láctea, chegou até aqui”.

Todavia, esses avanços extraordinários nos levaram a mistérios ainda maiores. O que aconteceu logo após o big bang? O que é a estranha “matéria escura”? E o que ocorre naquelas partes do universo onde as condições são tão intensas que as leis da física talvez não se apliquem?

Com linguagem acessível e se valendo de exemplos diversos para explicar conceitos que podem parecer complicados à primeira vista, Nosso universo é um livro indispensável para todos aqueles que desejam compreender melhor o funcionamento do cosmo e se aprofundar nas histórias e teorias de como viemos parar aqui. Compre o livro "Nosso Universo" neste link.


Sobre a autora
Jo Dunkley
é professora de física e ciências astrofísicas na Universidade Princeton. Já recebeu prêmios da Royal Astronomical Society, do Institute of Physics e da Royal Society por suas contribuições ao estudo das origens e da evolução do cosmo. "Nosso Universo" é seu primeiro livro. Você pode comprar o livro "Nosso Universo" neste link.


Trecho do livro
Apesar da riqueza dessa nova coleção de planetas, somente arranhamos a superfície de tudo o que existe lá fora. Até o momento, só é possível encontrar planetas na órbita de estrelas no interior da Via Láctea, pois as galáxias para além da nossa estão muito distantes. Presumimos que existem muitos planetas em outras galáxias. O conjunto de sistemas solares já localizados se constitui também, por natureza, dos mais prováveis de serem encontrados com os métodos de que dispomos. Sem dúvida, muitos outros estão apenas à espera de ser descobertos.

Um dos objetivos primordiais dessas buscas é descobrir quão provável é que um planeta habitável como a Terra tenha se formado ao redor de outra estrela - e, o que seria ainda melhor, encontrá-lo. Chamamos de zona habitável a área em volta de uma estrela onde os planetas têm chances reais de possuir água em estado líquido na superfície. Ela é conhecida como zona de Cachinhos Dourados. As condições devem ser perfeitas para isso: nem tão quentes, nem tão frias, e com uma superfície sólida. Em nosso sistema solar, Marte se encontraria nessa zona, assim como a Terra, é claro. 

Outras dezenas de planetas já foram encontrados na zona habitável de suas estrelas, e hoje acreditamos que existem centenas de milhões de planetas do tamanho da Terra capazes de estar nessas zonas apenas no interior da Via Láctea. O mais próximo já localizado se encontra a apenas dez anos-luz de distância de nós, na Vizinhança Solar, e há evidências de haver outro em torno da nossa estrela menos distante, Proxima Centauri. Motivo de grande euforia foi a descoberta, em 2015, do sistema solar Trappist-1, em órbita ao redor de uma estrela a quarenta anos-luz de distância daqui. 

Ele possuiu sete planetas, todos comparáveis à Terra em tamanho, e se espera que ao menos dois possam estar dentro da zona habitável. Todos orbitam sua estrela a uma distância muito menor que a da órbita de Mercúrio ao redor do Sol, o que lhes dá anos que variam de apenas dois a dezenove dias terrestres, e ao menos um deles possui um oceano de água em estado líquido. Esse sistema solar, tão perto do nosso e com tal riqueza de planetas, sem dúvida será o centro das atenções de estudos significativos no futuro.

Não basta que o planeta esteja na zona habitável para que seja de fato habitável. Suas condições também precisam ser favoráveis, sobretudo as de sua atmosfera. Uma atmosfera cheia de ácido sulfúrico como a de Vênus, por exemplo, provavelmente seria tóxica a qualquer forma de vida. Estamos agora começando a examinar a atmosfera de planetas semelhantes a Júpiter e a descobrir se ela teria os elementos que acreditamos ser necessários para a vida e que podem dar indícios de já possuírem vida. Há uma série de novos satélites e telescópios preparados para levar essa busca adiante nas próximas décadas, como o Telescópio

Europeu Extremamente Grande e o Telescópio Espacial James Webb. Existe a possibilidade emocionante de, num futuro próximo, encontrarmos uma irmã da Terra. Mais especificamente, buscaremos por elementos como oxigênio, ozônio e metano na atmosfera de um exoplaneta rochoso. A luz da estrela hospedeira ou reações químicas com rochas na superfície do planeta normalmente diminuiriam a quantidade desses elementos, de modo que encontrá-los seria um indício de vida já existente. Na Terra, são as árvores e as algas que repõem o oxigênio da atmosfera. O sistema Trappist-1 certamente estará incluído nessa busca.

Além de procurar responder a questões fundamentais sobre a singularidade da Terra enquanto hospedeira da vida, a descoberta de novos sistemas solares está nos ajudando a entender melhor como nosso próprio sistema solar foi criado e como pode ter mudado ao longo do tempo. A ideia corrente de que nossos planetas migraram dentro do sistema solar foi parcialmente inspirada pela observação de como outros planetas se comportavam ao redor de outras estrelas. Expandir os horizontes nos permitiu ver nosso próprio lar sob uma nova luz. E foi apenas por meio da ampliação dos horizontes sociais na própria astronomia - permitindo a participação de mulheres e encorajando movimentos e colaborações
internacionais, por exemplo - que demos saltos tão incríveis e ultrapassamos

.: Entrevista: Larissa Luz, a abelha rainha do "The Masked Singer"


A baiana já viveu Elza Soares no teatro e também fez parte do time do "Saia Justa" no GNT. Foto: Globo/Maurício Fidalgo


A grande final do "The Masked Singer Brasil" aconteceu no último domingo, dia 9 de abril, e consagrou a DJ Vitória-Régia como campeã da temporada. Por trás da máscara estava a ex-"BBB" e cantora Flay. Em segundo lugar ficou a Abelha-Rainha, que ganhou vida com a cantora e atriz Larissa Luz. A baiana já viveu Elza Soares no teatro e também fez parte do time do "Saia Justa" no GNT. Na final do "The Masked Singer Brasil", cantou "Natural Woman" de Aretha Franklin e "Mulher do Fim do Mundo" de Elza Soares. 

"Eu me diverti muito, realmente entrei na brincadeira. É um universo lúdico, me remeteu a minha infância, tudo meu era de abelha (risos). Eu fui muito bem recebida e acolhida. E achei bem diferente de tudo que eu já fiz na música, mas, ao mesmo tempo, achei que o processo foi muito engrandecedor quanto artista. Lembrei do processo de criar um personagem. De criar um corpo. E de estar na fantasia... Então, ao mesmo tempo em que era uma brincadeira ,eu me deparei com questões bem profundas. Quando fui ver, eu estava em um processo imersivo. Foi um grande processo de transformação pessoal". Confira a entrevista com Larissa Luz.

Como foi a experiência de participar do programa?
Larissa Luz - 
Eu me diverti muito, realmente entrei na brincadeira. É um universo lúdico, me remeteu a minha infância, tudo meu era de abelha (risos). Eu fui muito bem recebida e acolhida. E achei bem diferente de tudo que já fiz na música, mas, ao mesmo tempo, eu achei que o processo foi muito engrandecedor quanto artista. Lembrei do processo de criar um personagem. De criar um corpo. E de estar na fantasia... Então, ao mesmo tempo em que era uma brincadeira ,eu me deparei com questões bem profundas. Quando fui ver, eu estava em processo imersivo. Foi um grande processo de transformação pessoal.


Como foi ser desmascarada e ver a reação dos jurados?
Larissa Luz - 
Aquele momento foi doido (risos). Eu achei que alguns já sabiam. Mas ver a reação de cada um, vê-los sem a máscara, e ver o cenário sem a máscara parecia um filme, uma outra realidade, um metaverso. Eu passei a temporada inteira os vendo pelo filtro da fantasia, e a gente estava há um tempão sem se ver. Então, foi bem como uma brincadeira de criança em que a gente tira a venda e fala: "achou!". É essa a sensação daquele momento, de euforia como uma brincadeira de criança.
 

Como foi receber o convite para participar do programa?
Larissa Luz - 
Eu fiquei muito feliz quando soube, porque acho muito massa o programa. Em todas as edições, eu vi que foram pessoas incríveis, artistas grandes, então me senti honrada por estar no elenco. Eu fiquei muito feliz por estar perto de Veveta, e dos artistas que admiro tanto pessoalmente. Pensei que ia ser massa participar depois de cantar, dançar e usar coisas dos teatros. Fiquei motivada.
 

Você esperava ir tão longe na competição?
Larissa Luz - 
Não esperava. Principalmente no primeiro dia eu fiquei muito assustada com o quanto era difícil fazer. Primeiro, achei que não ia dar conta, que os concorrentes eram muito bons, e que eu não ia chegar. Mas eu estava levando de forma tão leve e para curtir o momento, que não dei muito foco para a coisa de ser uma competição. É claro que eu queria ficar mais tempo, mas para mim não teve o peso da competição, então eu não esperava. Curti cada dia, sempre pensando que eu poderia sair. Não é pra ser pesado, a gente está ali pra curtir o momento.

sexta-feira, 14 de abril de 2023

.: MPB: Cynara Faria, do Quarteto em Cy, e o voo do sabiá


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Cynara Faria, uma das fundadoras do Quarteto em Cy, referência em grupos vocais na nossa MPB, nos deixou no início da semana, no Rio de Janeiro. Uma perda irreparável para a nossa música autenticamente popular, aquela que se preocupava com as mensagens das canções, com letras e poesias realmente inspiradas e não artificiais.

Cynara tinha 78 anos. E uma trajetória incrivelmente rica e inspiradora para quem é músico. Foi em 1964, por sugestão do poeta Vinícius de Morais, que fundou o Quarteto em Cy com as irmãs Cyva, Cybele e Cylene. Defendeu com a irmã Cybele a canção "Sabiá", de Chico Buarque e Tom Jobim, na segunda edição do Festival Internacional da Canção (FIC), em 1968. E enfrentou injustamente a ira do público, que vaiou a apresentação do início ao fim, por causa da preferência para a canção de Geraldo Vandré, "Caminhando".

Ao longo dos anos, o Quarteto em Cy, teve algumas alterações na formação. Mas Cynara se manteve ativa como uma espécie de fator motivacional do grupo. Ela respondia pelos arranjos vocais e servia sempre como porta-voz do grupo, que sempre prezou pela boa qualidade de seus trabalhos.

Fica difícil até apontar álbuns do Quarteto, pois todos tinham uma qualidade indiscutível. Poderia citar as duas antologias do samba-canção e o Querelas do Brasil como pontos altos de sua produção. Mas teve ainda os discos com canções de Chico Buarque, Vinícius de Morais e o dos clássicos da Bossa Nova. O que poderia sair desses discos? Somente canções com qualidade atemporal, é claro.

A jornalista Inahiá Castro escreveu o livro "As Meninas em CY", contando a história do grupo desde o início, quando elas saíram da Bahia para ir no Rio de Janeiro em busca da conquista de  seu espaço na música. Juntamente com o MPB-4, elevou o patamar de qualidade da música interpretada por grupos vocais e serviu de fonte de inspiração para muitos artistas que vieram nas décadas seguintes.

Ficamos próximos por meio da rede social, onde passei a acompanhar as atividades do grupo. E passei a admirar ainda mais a Cynara e sua vontade de sempre seguir em frente, sem se preocupar em olhar para trás. Não se tratava de esquecer o passado, mas sim de viver intensamente o presente e suas amplas possibilidades em direção ao futuro.

Seus filhos João e Chico Faria também seguem carreira na música, buscando conquistar seu espaço. João é um exímio baixista e compõe canções, enquanto Chico herdou dos pais  (Cynara foi casada com Ruy Faria, do MPB-4) o dom de interpretar composições. Ele já gravou um disco com canções do Chico Buarque, só para citar um exemplo.

Sua irmã Cybele faleceu em 2014. E agora foi a vez de Cynara, o sabiá, partir para encontrá-la, assim como outras figuras queridas como Tom Jobim e Vinícius de Morais. Certamente veremos brilhar mais uma estrela no céu.

Sapato Velho


Salve o Verde

Sabiá


.: Entrevista: Fred Nicácio entra para a história do "Big Brother Brasil"


"Faltava eu colocar alguns pingos nos 'is'”, afirma o médico. Foto: Globo/João Cotta

Esta é a segunda vez que Fred Nicácio é eliminado do "BBB 23". Depois de ganhar uma chance de voltar ao jogo na dinâmica de repescagem, o médico usou as informações externas que levava consigo de uma maneira diferente da que optou quando voltou do quarto secreto para o confinamento, no início da temporada. Desta vez, preferiu potencializar aliados no lugar de desestabilizar adversários, e esta foi uma decisão de que se orgulha.

Apesar de ter perdido novamente a corrida pelo prêmio milionário, ele acredita que finalmente cumpriu com seu propósito no programa. “Faltava eu colocar alguns pingos nos ‘is’, falar algumas coisas para algumas pessoas, inclusive na Casa do Reencontro, por mais desconfortável que tenha sido para mim. Saio com a sensação de que fechei com chave de ouro aquilo que me propus a fazer. Talvez eu não tenha sido o melhor jogador, diante das expectativas que criaram sobre mim, mas com certeza fui o melhor missionário, cumpri a minha missão”, descreve em uma análise da própria trajetória. 

Fred também fala, na entrevista a seguir, sobre o jogo de Ricardo, detalha a construção de afeto com a adversária Larissa e comenta a acusação de ter feito um jogo confortável em sua segunda passagem pelo reality show.  


Você foi o único participante que teve duas chances de retornar ao jogo na mesma edição do ‘Big Brother Brasil’. Acha que fez o melhor uso das informações externas que tinha quando voltou mais recentemente à casa ou teria feito algo diferente?
Fred Nicácio -
Eu usei as informações para o meu conforto. Eu preferi esse lugar mais zeloso, sobretudo comigo mesmo. Usei as informações para motivar, incentivar e potencializar pessoas, alertar outras, e não para criar novos embates ou alfinetar ninguém; não era esse o meu objetivo. Então, acho que fiz um uso excelente diante daquilo que eu havia proposto para mim mesmo. 


Você contou aos brothers que foi um protagonista da temporada até a sua eliminação. Acha que isso mudou na sua segunda fase no "BBB 23"?
Fred Nicácio - 
Acho que é como o Tadeu falou ontem no meu discurso de eliminação: “O Fred é como o sol: mesmo sem fazer nada, tudo gira em torno dele”. Isso já diz muita coisa. Mesmo eu não buscando treta, ela chega até mim (risos). Acho que eu fiz o que eu tinha que fazer, que era continuar em um lugar de protagonista. Só que tudo tem que ter um começo, um meio e um final.

 
O que te impediu de chegar à final desta vez?
Fred Nicácio - 
O que me impediu foi que as pessoas criaram uma expectativa em cima de mim que frustrou a elas mesmas. Foram expectativas frustradas, não a minha verdade, a minha realidade. Como quem vota é quem está aqui fora, essas expectativas frustradas podem ter me feito sair do jogo.

 
Ricardo e Bruna Griphao mencionaram que, depois do seu retorno, você passou a fazer um jogo confortável no "BBB" e até te chamaram de “planta”. Como enxerga esse apontamento?
Fred Nicácio - 
Acho que eles estão certos porque se eles estavam esperando um Fred como o da minha segunda temporada, eles realmente não encontraram. Isso porque é uma outra casa, outras pessoas e também um outro Fred. Então, é um outro jogo. Eu não sou caça-treta. Não tenho como ter embates com pessoas com quem eu não tenho embates. É um jogo de relacionamentos, estava lá para me relacionar. Se dentro dessas relações acontecem algumas situações de estresse, que a gente precisa brigar, ok. Agora, se elas não acontecem naturalmente, forçar isso não é, para mim, uma boa estratégia, não. 


A indicação do Ricardo ao paredão te pegou de surpresa? Como foi lidar com a berlinda depois de já ter sido eliminado uma vez?
Fred Nicácio - 
Não me surpreendeu porque é uma pessoa que eu já não confiava no jogo. Mas eu decidi baixar a guarda porque a Domitila me pedia muito; ela solicitou que eu desse uma chance para a aproximação dele. Mesmo sentindo que não era para eu fazer isso, eu decidi ceder esse lugar, baixar a guarda e permitir que o Ricardo se aproximasse de mim. Mas, como eu sempre falo, informação é poder. Nesse momento em que eu baixo a guarda, ele começa a conseguir informações sobre mim que, antes, ele não conseguia. É como ele falava: “Eu tenho medo de você, Fred. Você aqui faz com que eu me veja cada vez mais longe do Top 3”. Então eu sei que a minha presença e a minha existência naquele lugar, por mais que eu fosse “planta”, incomodava ele e muito. Imagina se eu não fosse, né? (risos). E quanto a encarar o paredão, no dia da eliminação eu estava tranquilo. Mas, no dia anterior, eu me permiti ter medo, eu quis ter medo. Tem uma frase de uma música da Liniker que fala em “descascar o medo para caber coragem”. Eu sempre fiz isso, nesse jogo e na vida também. Mas, na segunda-feira, eu decidi não descascar o medo; decidi ter medo, ter a coragem de sentir medo, de acolher esse medo. Foi gostoso poder sentir medo dentro do BBB, uma coisa que eu não havia sentido lá dentro antes porque eu sempre fui o “Fredão, grandão e sem medo” (risos). Na segunda-feira vivi o lugar de acolher esse medo, chorar com medo, e depois eu fiz as pazes com outros sentimentos, como a gratidão e a tranquilidade de ter feito uma trajetória de que eu me orgulho e, não, que fosse bonita para os olhos dos outros.
 

Quando a berlinda se formou, você prometeu que as coisas iriam esquentar caso permanecesse na casa. O que teria feito, se tivesse a chance?
Fred Nicácio - 
Ia começar o cão caçando o gato: eu tentando botar o Ricardo no paredão e ele tentando me colocar. Ele tinha acabado de ganhar um novo embate direto, então ia ser assim, e a Sarah no meio desse tiroteio (risos). As coisas iriam esquentar muito porque eu iria colocar esse cara para fora da casa; se ele não me colocasse, o próximo seria ele. Depois que saí, pelo que conversei com as pessoas, isso pegou supermal para ele. Eu sabia que essa indicação minha, caso eu não saísse, seria a queda dele. Ele tinha que ter dado um tiro certeiro, e que bom para ele que ele deu (risos).
 

Você criou uma conexão com a Larissa na Casa do Reencontro e evitou votar nela quando voltaram à disputa. Qual foi a importância da Larissa naquele momento para você e como enxerga o jogo dela nesta segunda etapa do game?
Fred Nicácio - 
Larissa e eu tivemos um encontro muito legal na Casa do Reencontro. Depois da primeira discussão, em que eu falei tantas coisas para o Brasil e para pessoas que estavam lá, a Lari aproveitou o bonde e falou algumas coisas que ela tinha entaladas. Logo depois, ela olhou para mim e disse: “Vou embora”. Como lá não tinha muito lugar para ir, catei ela, levei para o banheiro, e falei para ela: “Não desiste. Se você não entrar na casa, não vai ser por isso e, sim, porque o Brasil não quer. Você não precisa fazer isso. Você lutou para estar aqui e, agora, é mais uma chance”. Então, ela saiu daquele buraco, ficou bem e, na quinta-feira, quem queria ir embora era eu (risos). E foi ela que fez esse mesmo gesto por mim. Ela falou: “Aquilo que você me disse ontem era a mais pura verdade, olha como estou hoje, mais forte. Já me reergui. Agora é a sua vez de se levantar também”. Então, teve essa troca, esse afeto. Até comentamos juntos que essa coisa de quarto era ruim porque eu super andaria com ela e ela comigo. A gente se entendeu nesse lugar e, depois, já na casa, ela me disse que conheceu um Fred amigo, acolhedor, que não havia conhecido na primeira vez. A gente se respeitou e se protegeu nesse lugar. A gente sabia que não ia jogar junto, mas também sabia que nossa conexão tinha sido real e verdadeira. Quanto ao jogo dela, a Lari entrou na pegada de botar fogo no parquinho, fazer e acontecer. Mas, acho que é muito sobre a expectativa das pessoas em cima da gente, que voltou. Acham que a gente voltou com superpoderes e isso não é uma verdade. Dentro do jogo, toda informação acaba se diluindo e a gente vai virando mais um participante como qualquer outro. Essa expectativa de que a gente volte, faça e aconteça, é uma expectativa externa, não é a nossa, pelo menos não era a minha. E ela pode acabar metendo os pés pelas mãos por estar nesse lugar. Mas, espero que ela encontre um jogo em que ela se sinta ela mesma e, não, o que esperam que ela seja.


Depois que vocês voltaram ao "BBB", houve uma nova rixa entre os dois quartos. Por que acha que isso aconteceu? 
Fred Nicácio - 
Porque voltaram duas pessoas de grupos opostos. Se voltassem duas do mesmo grupo, acho que isso também iria acontecer, mas seria menos visível porque só um grupo teria informações realmente valiosas. Como entrou uma de cada lado, cada grupo tinha informações que o outro não sabia. Acho que pegou mais fogo por causa disso. 


Em contrapartida, o Ricardo permaneceu dizendo que jogava sozinho e, mesmo estando no quarto Fundo do Mar, votou em você. Como avalia o jogo dele?
Fred Nicácio - 
Eu vejo o jogo do Ricardo como um jogo duplo. Ele diz que joga sozinho, mas se beneficia dos grupos e vai para o lado da canoa que não está afundando. Se afunda o Deserto, ele está no Fundo do Mar. Se afunda o Fundo do Mar, ele está no Deserto. Assim ele cria uma camada de proteção onde ele não é alvo de ninguém. E acho que isso é mérito dele. Não é um jogo que eu consigo jogar nem que acho bonito, mas é uma forma de jogar. Se ele se sente confortável e tem sucesso nesse lugar, que bom, né?
 

Nos últimos dias, você afirmou que não tinha como proteger mais o Cezar no jogo. De que forma definiu suas prioridades naquele momento? 
Fred Nicácio - O Cezar vinha demonstrando atitudes de não fechar com o grupo. Eu havia falado para ele algumas vezes que isso acabaria colocando-o em situações que a gente não conseguiria mais alcançar, que as pessoas deixariam de vê-lo como prioridade. Mas eu jamais iria soltar a mão dele, de maneira nenhuma, em questão de afeto, de estar ali para ele no que eu pudesse oferecer, como sempre ofereci. Agora, em questão de prioridade, todo mundo da casa sempre soube que a Domi (Domitila Barros) era meu pódio. Isso não era novidade para ninguém, não foi algo que eu defini depois. Foi uma história de amor que começou na minha primeira temporada; essa já era a terceira temporada do Doutor Fred no "BBB" (risos). Então, nada de novo em Paris. 

Que balanço faz desses 20 dias em que permaneceu no programa após a repescagem?
Fred Nicácio - 
Meu balanço é de missão cumprida. Faltava eu colocar alguns pingos nos “is”, falar algumas coisas para algumas pessoas, inclusive na Casa do Reencontro. São pautas pouco faladas e que precisam ser escrachadas. Então, quando eu volto, eu volto com esse gás de finalizar a missão que eu havia começado na minha primeira temporada. Saio com a sensação de missão cumprida, de que fechei com chave de ouro aquilo que me propus a fazer. Talvez eu não tenha sido o melhor jogador, diante das expectativas que criaram sobre mim, mas com certeza fui o melhor missionário, cumpri a minha missão.
 

Quem você acha que tem mais chances de vencer o "BBB 23"?
Fred Nicácio - 
A Domitila porque ela é símbolo de coragem, resiliência, inteligência e jogo estratégico. E a Sarah Aline também. Acho que as duas são grandes potenciais para estar nesse Top 3 e eu estou torcendo por isso.


E quem você quer que ganhe a temporada?
Fred Nicácio - 
Torço pela Domi, primeiramente, e depois pela Sarah. Mas as duas estando na final, eu já fico extremamente feliz. Ah, e o Black (Cezar)! Ele é incrível. E seria incrível ver um pódio preto, sim, porque isso é reparação histórica e quem não entendeu, que vá estudar. Se pudesse, gostaria, sim, de Domi, Sarah e Black na final. Seria uma realização pessoal ver um pódio desse.

.: Entrevista: Xamã, o galo malvadão do "The Masked Singer Brasil"


O cantor do hit "Malvadão 3" se apresentou na final com as músicas "Paparico" e "Samba Diferente" do grupo Molejo.Foto: Globo/Maurício Fidalgo

A grande final do "The Masked Singer Brasil" aconteceu no último domingo, dia 9 de abril, e consagrou a DJ Vitória-Régia como campeã da temporada. Por trás da máscara estava a ex-"BBB" e cantora Flay. O Galo ficou em terceiro lugar e surpreendeu ao revelar a identidade do rapper carioca Xamã. O cantor do hit "Malvadão 3" se apresentou na final com as músicas "Paparico" e "Samba Diferente" do grupo Molejo"Foi um prazer participar do 'The Masked Singer'. Foi uma experiência maravilhosa. Eu pude cantar outras músicas que não eram do meu repertório. E pude fazer amizades nos bastidores, o clima era muito bacana. Eu estou muito feliz com o que o Galo me proporcionou". Confira a entrevista com Xamã.


Como foi a experiência de participar do programa?
Xamã - Foi um prazer participar do "The Masked Singer". Foi uma experiência maravilhosa. Eu pude cantar outras músicas que não eram do meu repertório. E pude fazer amizades nos bastidores, o clima era muito bacana. Eu estou muito feliz com o que o Galo me proporcionou.
 

Como foi receber o convite para participar do programa?
Xamã - Quando recebi o convite, eu estava em um show, e de cara já aceitei porque era uma coisa nova. Eu venho tentando trabalhar com dança, com balé... Eu achei que seria uma coisa nova para a minha carreira e gosto de sair um pouco da minha zona de conforto. 
 

Como foi feita a escolha das músicas?
Xamã - A ideia foi descaracterizar completamente o sotaque carioca. Nós escolhemos músicas que eu curto e que fizeram parte da minha vida. Eu queria tirar ao máximo o foco do rapper carioca.
 

Qual a parte mais difícil deste desafio?
Xamã - O mais difícil pra mim foi guardar o segredo. Durante as gravações das músicas, às vezes eu queria falar algo, ou dar uma ideia, e não podia (risos).

 
Você esperava ir tão longe na competição?
Xamã - Eu sou muito competitivo, tudo que eu faço é pra ganhar e ser o melhor. Eu tento contagiar as pessoas ao meu redor para acreditarem e torcerem junto. Então, não sou só eu que estou ganhando, é a "Tropa do Galo" (risos).

quinta-feira, 13 de abril de 2023

.: "Peitos e Ovos", de Mieko Kawakami: alegrias e pressões vividas por mulheres


Os leitores brasileiros poderão conhecer o trabalho da prestigiada autora japonesa Mieko Kawakami com o lançamento de "Peitos e Ovos", romance eleito como um dos dez melhores livros de 2020 pela revista Time e escolhido como um livro notável pelo jornal The New York Times. A trama, que se passa no Japão, aborda a relação de três mulheres com o corpo, questões relativas ao gênero feminino e aspectos da maternidade. A tradução desta edição, lançada pela editora Intrínseca, é de Eunice Suenaga.

Em um dia sufocante de verão, Makiko viaja de Osaka a Tóquio para visitar a irmã mais nova, Natsu, e a surpreende com a informação de que gostaria de aproveitar a oportunidade para fazer uma cirurgia de aumento dos seios. Acompanhada pela filha, Midoriko, uma adolescente que há alguns meses só se comunica com a mãe por escrito, Makiko compartilha com a irmã a frustração que sente pelo comportamento da garota, desconhecendo o sofrimento pelo qual ela passa ao ser incapaz de verbalizar as pressões avassaladoras da puberdade. 

Sob o ponto de vista de Natsu, uma aspirante a escritora de 30 anos assombrada pelas dificuldades sofridas na juventude, desenrola-se a história dessas três mulheres reunidas em um bairro pobre de Tóquio. Ao longo dos poucos dias que passam juntas, o silêncio de Midoriko será um catalisador para que cada uma delas enfrente os próprios medos e dissabores.

Oito anos após a visita de Makiko e Midoriko, em mais um dia de verão intenso, Natsu - agora finalmente estabelecida como escritora e tendo desenvolvido algumas poucas amizades - faz o caminho inverso ao da primeira parte do livro e viaja de volta à cidade natal. Imersa em dúvidas e confrontando a ansiedade de envelhecer sozinha e sem filhos, em meio às opressões sociais que cercam a vida das mulheres no Japão, ela precisa tomar uma decisão sobre os rumos da própria vida.

Mieko Kawakami já foi agraciada com os prêmios Akutagawa, Tanizaki e o Murasaki Shikibu, e seus livros foram traduzidos para mais de 30 idiomas. De forma honesta, potente e bem-humorada, a autora traça um retrato sensível das alegrias e pressões vividas por mulheres, e também de sua busca pelo controle do próprio futuro. Compre o livro "Peitos e Ovos" neste link.


O que disseram sobre o livro

“Kawakami escreve sobre o corpo com uma precisão desconcertante.” - The New York Times

 “Um livro de tirar o fôlego.” - Haruki Murakami


Sobre a autora

Nascida em Osaka, no Japão, Mieko Kawakami fez sua estreia literária como poeta e publicou sua primeira novela, "My Ego, My Teeth, and the World", em 2007. Seus livros, traduzidos para mais de 30 idiomas, são conhecidos por suas qualidades poéticas e reflexões sobre o corpo feminino, a ética e a sociedade moderna.

Os prêmios literários de Kawakami incluem o Akutagawa, o Tanizaki e o Murasaki Shikibu. Heaven, traduzido por Sam Bett e David Boyd, foi finalista do International Booker Prize de 2022. Seu romance mais recente traduzido para o inglês é "All the Lovers in the Night" e foi indicado para o National Book Critics Circle Awards em 2023. Ela mora em Tóquio. Foto: Yuto Kudo. Garanta o seu exemplar de "Peitos e Ovos" neste link.

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