domingo, 17 de dezembro de 2023

.: Livro "O Perigo de Estar Lúcida", de Rosa Montero, mostra olhar aguçado


Lançado no Brasil pela editora Todavia, "O Perigo de Estar Lúcida", de Rosa Montero, é um livro fascinante -escrito com inteligência, erudição e enorme empatia - sobre os lanços entre psicologia, criatividade e solidão.

Com base na sua experiência pessoal e na leitura de inúmeros livros sobre psicologia, neurociência, literatura e memórias de grandes escritores, pensadores e artistas, Rosa Montero oferece ao leitor um estudo fascinante sobre as ligações entre criatividade e instabilidade mental. A tradução é de Mariana Sanchez e a capa, de Luciana Facchini.

O leitor descobrirá nestas páginas a teoria da “tempestade perfeita” - aquela que prega que na explosão criativa são postos em cena fatores químicos e situacionais irrepetíveis - e presenciará o processo de surgimento de ideias que a autora, desfrutando de suas vivências, habitou diretamente, e durante anos, um território nas vizinhanças da loucura. Compre o livro "O Perigo de Estar Lúcida", de Rosa Montero, neste link.

A autora
Rosa Montero
nasceu em Madri, em 1951. É jornalista, ficcionista e ensaísta. Dela, a Todavia já publicou "A Ridícula Ideia de Nunca Mais Te Ver", "Nós, Mulheres" e "A Boa Sorte". Garanta o seu exemplar de "O Perigo de Estar Lúcida", escrito por Rosa Montero, neste link.

.: "Roda Viva" recebe, pela primeira vez, cantor e compositor Alceu Valença


Cantor e compositor falará sobre sua carreira e trajetória de vida nesta segunda-feira, dia 18 de dezembro, na TV Cultura. Foto: Beatriz Oliveira


Encerrando a temporada de programas inéditos de 2023, o programa "Roda Viva" recebe, pela primeira vez, o cantor e compositor Alceu Valença. O cantor e compositor pernambucano lança em janeiro o novo álbum "Bicho Maluco Beleza - Carnaval", com gravações de seus sucessos em duetos com outros grandes nomes da música brasileira como Maria Bethania, Ivete Sangalo, Geraldo Azevedo e Lenine.

Os detalhes do novo trabalho e toda a história desse expoente da cultura brasileira estarão no programa que vai ao ar nesta segunda-feira, dia 18 de dezembro, a partir das 22h, na Cultura, no site da emissora, no APP Cultura Play, além de X (antigo Twitter), YouTube, Tik Tok e Facebook.

Com apresentação de Vera Magalhães, o Roda Viva contará com uma bancada formada por Caçapa - músico e pesquisador; Julio Maria - biógrafo e crítico musical; Roberta Martinelli - apresentadora do programa Cultura Livre, da TV Cultura, e da Rádio Eldorado; Sérgio Martins - editor sênior da Revista Billboard Brasil; e Xan Ravelli – comunicadora. Haverá ainda a participação do cartunista Luciano Veronezi.

.: Acervo do fotojornalista Orlando Brito chega ao Instituto Moreira Salles


O acervo é composto por cerca de 400 mil imagens do fotojornalista, (1950-2022), consagrado pelos registros da história política brasileira, além de documentos, equipamentos fotográficos e publicações. Na imagem, um soldado monta guarda no Congresso depois do AI-5. Brasília,1968. Coleção Orlando Brito / Acervo IMS


Com suas lentes, o fotojornalista Orlando Brito (1950-2022) captou, como poucos, os bastidores do poder em Brasília. Em suas imagens, registrou de perto a rotina dos governantes, do período da ditadura militar até a Nova República. Em seis décadas de produção ininterrupta, documentou ainda o universo da cultura e do esporte no Brasil e viajou para mais de 60 países para coberturas jornalísticas.

Reunido ao longo de sua ampla trajetória, o acervo fotográfico de Brito acaba de chegar ao Instituto Moreira Salles. O conjunto é composto por mais de 400 mil fotografias, distribuídas em diferentes suportes, além de equipamentos fotográficos, documentação pessoal e profissional, premiações e publicações.

Brito nasceu em 1950 em Janaúba, Minas Gerais. Em 1957, mudou-se com sua família para Brasília, onde, aos 14 anos, começou a trabalhar no laboratório fotográfico do jornal Última Hora. Em 1968, transferiu-se para O Globo, onde consolidou sua trajetória no fotojornalismo. Trabalhou ainda na revista Veja, no Jornal do Brasil e na revista Caras. Em 1999, fundou sua própria agência de notícias, a ObritoNews, sediada em Brasília, que manteve ativa até seu falecimento. Ganhou o prêmio World Press Photo em 1979 e recebeu ainda 11 prêmios Abril. Ao longo de sua carreira, também publicou diversos livros, entre eles, Senhoras e senhores (1992) e Poder, glória e solidão (2002).

Em seu trabalho cotidiano, acompanhou a rotina de inúmeros presidentes, de Castello Branco a Jair Bolsonaro, sempre em busca dos bastidores do poder e driblando o cerceamento à liberdade de expressão. Entre as imagens emblemáticas que produziu, estão a do fechamento do Congresso Nacional, em 1977, o registro de João Figueiredo, Delfim Netto, Newton Cruz e Golbery do Couto e Silva se preparando para uma reunião, além do famoso retrato de Ulysses Guimarães na rampa do Congresso, feito, por coincidência, dias antes do falecimento do político, em 1992.

O fotógrafo também documentou edições da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos. Clicou ainda manifestações, incluindo o palanque das Diretas Já, além de festas populares e religiosas. Também viajou diversas vezes ao Território Indígena do Xingu, onde registrou a cerimônia do Quarup.

Com a chegada ao IMS, as imagens do fotógrafo serão preservadas, digitalizadas e divulgadas. Seu acervo também se soma ao de outros fotojornalistas essenciais para a história do país, cujas obras estão sob a guarda do IMS, como José Medeiros, Evandro Teixeira e Januário Garcia.

O trabalho de Brito pode ser visto ainda no site Testemunha Ocular, dedicado ao fotojornalismo, lançado pelo IMS em 2022. Durante a idealização do site, Brito inclusive colaborou com o projeto, indicando diversos nomes do fotojornalismo brasileiro que passaram a integrar a plataforma.

Sobre o acervo de fotografia do IMS
O Instituto Moreira Salles possui uma coleção de cerca 2,5 milhões de fotografias, que inclui desde importantes testemunhos do século XIX, como as imagens de Marc Ferrez, até obras que abarcam quase todo o século XX, de nomes como Marcel Gautherot, José Medeiros, Maureen Bisilliat, Thomaz Farkas, Walter Firmo, Evandro Teixeira e Januário Garcia, entre outros. Em 2016, foi adquirida a coleção dos jornais do grupo Diários Associados no Rio de Janeiro, com cerca de 1 milhão de itens. Este amplo conjunto de coleções e obras completas dos artistas credencia o IMS como a mais importante instituição de fotografia do país.

sábado, 16 de dezembro de 2023

.: TUCA: "Misery" volta com Mel Lisboa, Marcello Airoldi e Alexandre Galindo



Sucesso de crítica e de público, vista por mais de 40 mil pessoas, a adaptação teatral dirigida por Eric Lenate para o romance “Misery – Louca Obsessão”, de Stephen King, volta em cartaz em São Paulo para sua 3ª temporada. Estrelado por Mel Lisboa, Marcello Airoldi e Alexandre Galindo, o espetáculo que fez temporadas lotadas no Rio de Janeiro e São Paulo, e já passou em turnê por Belo Horizonte, Uberlândia, Vitória e Porto Alegre, retorna em cartaz no TUCA, de 19 de Janeiro a 31 de Março de 2024, com apresentações sextas às 20h30, sábados às 20h, e aos domingos às 17h.

Traduzida e adaptada para o português por Claudia Souto e Wendell Bendelack e direção de produção de Bruna Dornellas e Wesley Telles, da WB Produções, Misery estreou em 2022 no Teatro Porto (SP) e conquistou o Prêmio Cenym, da ATEB – Academia de Artes no Teatro do Brasil, nas categorias de melhores Sonoplastia e Qualidade Técnica. Além disso, foi indicado ao Prêmio Bibi Ferreira nas categorias Peça, Atriz, Ator, Direção e Cenografia.

A peça conta a história de Paul Sheldon (Marcello Airoldi), um famoso escritor reconhecido pela série de best-sellers protagonizada pela personagem Misery Chastain. Após sofrer um grave acidente de carro, Paul é resgatado pela enfermeira Annie Wilkes (Mel Lisboa). A simpática senhorita é também uma leitora voraz de sua obra e se autointitula principal fã do autor.

"Misery" teve duas outras montagens nacionais para o teatro: a primeira, de 1994, chamava-se Obsessão, foi dirigida por Eric Nielsen e tinha como o casal protagonista Débora Duarte e Edwin Luisi. Em 2005 foi a vez de Marisa Orth e Luís Gustavo sob direção do espanhol Ricard Reguant.

A montagem de Lenate, no entanto, é a primeira adaptação direta do texto de William Goldman. Entre as versões internacionais, destacam-se a montagem da Broadway protagonizada por Bruce Willis e Laurie Metcalf em 2015 (por sua interpretação, Laurie foi nomeada para o Tony Award de Melhor Atriz de Teatro) e a versão mexicana de 2011, que conta com o renomado ator Demián Alcázar e Itatí Cantoral. Ao todo, Misery já foi montado para o teatro em dez países.

No cinema, uma versão de 1990 tornou-se uma das adaptações mais conhecidas a partir da obra de King e consagrou-se como sua terceira maior bilheteria, atrás apenas de The Green Mile e 1408. Kathy Bates ganhou o Globo de Ouro e o Oscar de Melhor Atriz por sua performance. O filme teve direção de Rob Reiner e James Caan interpretou Paul Sheldon.

A montagem: "Misery" já foi adaptado para o teatro a partir do roteiro de Goldman em dez países, entre eles Alemanha, Áustria, Nova Zelândia e Canadá. 

A montagem brasileira traz um olhar contemporâneo para essa obra. “A personagem da enfermeira Annie Wilkes, obcecada pelo escritor Paul Sheldon, sempre foi retratada no teatro e no cinema de forma estereotipada, como louca e histérica, enquanto Paul ocupava sempre o papel de vítima. Procuramos nesta montagem trazer uma Annie mais esférica, olhar para dentro dela e ampliar as possíveis leituras desta obra para além daquela que coloca o gênero feminino no lugar da instabilidade trágica que precisa ser comandada pelo masculino”, comenta o diretor Eric Lenate. 

Lenate, que também assina a arquitetura cênica e os adereços, optou por um cenário circular, que esconde algumas partes sempre que mostra outras, uma transformação cênica que causa uma certa sensação de ilusão de ótica no público, tudo isso com o auxílio do desenho de luz de Aline Santini, figurinos e visagismo de Leopoldo Pacheco e Carol Badra, trilha sonora, sonoplastia e engenharia de som de L. P. Daniel e direção audiovisual de Júlia Rufino.

A direção de produção desta montagem é de Bruna Dornellas e Wesley Telles, da WB Produções, e a assistência de direção é de Mariana Leme.

Sinopse: Após sofrer um grave acidente de carro, o famoso escritor Paul Sheldon, conhecido pela série de best-seller sobre a personagem Misery Chastain, é resgatado pela enfermeira Annie Wilkes. Autointitulada a principal fã do autor, Annie se revolta com o desfecho trágico da personagem Misery descoberto em um manuscrito de Sheldon e o submete a uma série de torturas e ameaças.

WB PRODUÇÕES: Fundada por Bruna Dornellas e Wesley Telles, a WB Produções é uma empresa realizadora de projetos culturais, que tem em seu DNA a missão de produzir experiências transformadoras ao público através da cultura brasileira. Há 16 anos no mercado, a WB realiza projetos originais, e também é responsável por grandes obras premiadas internacionais no Brasil. É a produtora de mais de 20 projetos, dentre eles “Através da Iris”, de Cacau Hygino – homenagem a nova-iorquina Iris Apfel, interpretada por Nathalia Timberg; “Misery” da obra de Stephen King, com Mel Lisboa e Marcello Airoldi; “Três Mulheres Altas” (Three Tall Women) de Edward Albee, com Suely Franco, Deborah Evelyn e Nathalia Dill; “Gargalhada Selvagem” (Laughing Wild) de Christopher Durang, com Alexandra Ritcher e Rodrigo Fagundes, dentre muitos outros. Ao todo, a WB Produções atingiu um público de mais de 1,5 milhão de espectadores em mais de 700 sessões realizadas, envolvendo mais de 500 profissionais entre artistas, técnicos e equipe em seus projetos. Além disso, a WB tem como objetivo proporcionar experiências socioculturais e acessíveis, prezando pela diversidade, sempre unindo o ESG ao setor cultural. As atividades de cada projeto realizado estão unidas e ligadas a ODS’s, fortalecendo o legado social da empresa. 


Ficha Técnica

Texto Original: Stephen King.

Dramaturgia: William Goldman.

Tradução/Adaptação: Claudia Souto e Wendell Bendelack.

Elenco: Mel Lisboa, Marcello Airoldi e Alexandre Galindo.

Direção Artística: Eric Lenate.

Direção De Produção: Bruna Dornellas e Wesley Telles.

Desenho De Luz: Aline Santini.

Arquitetura Cênica e Adereços: Eric Lenate.

Figurinos: Leopoldo Pacheco e Carol Badra.

Visagismo: Leopoldo Pacheco.

Assistente de Figurino e Visagismo: Bruna Recchia.

Trilha Sonora, Sonoplastia e Engenharia De Som: L. P. Daniel.

Direção Audiovisual: Júlia Rufino.

Assistente de Iluminação: Vinicius Andrade

Direção de arte projeções: Sylvain Barré

Fotos: Leekyung Kim.

Criação da Arte: Leticia Andrade.

Assistência de Direção: Mariana Leme.

Direção Cenotécnica: Evas Carretero e Rafael Boesi.

Serralheria: José da Hora.

Produtora Executiva: Aline Gabetto

Mídias Sociais:  Ismara Cardoso.

Gestão de Projetos: Deivid Andrade.

Coordenação Administrativa: Letícia Napole.

Assessoria Jurídica: Maia, Miranda & Benincá Advocacia.

Assessoria Contábil: Leucimar Martins.

Marketing Cultural e Assessoria de Mídia: R+Marketing.

Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes

Co-produção: WB Entretenimento.

Realização: WB Produções. 

Produção original da Broadway produzida pela Warner Bros. Theatre Ventures em associação com Castle Rock Entertainment, Liz Glotzer, Mark Kaufman, Martin Shafer e Raymond Wu. 

Estreia mundial produzida em Bucks County Playhouse, New Hope, PA Jed Bernstein, diretor de produção. 


Serviço

MISERY, a partir do romance de Stephen King

Temporada: 19 de janeiro a 31 de março, sextas às 20h30; sábados às 21h; e aos domingos às 17h

Teatro TUCA - Rua Monte Alegre, 1024 – Perdizes

Ingressos: R$ 120,00 (inteira) e R$ 60,00 (meia entrada)

Vendas: Bilheteria do Teatro de terça a domingo, das 14h às 20h, ou pela internet no site/app da Sympla! (bileto.sympla.com.br/event/88513)

Capacidade: 672 lugares. Classificação:  14 anos. Duração: 120 minutos. Gênero: Suspense. Acessibilidade: Teatro acessível para pessoas com deficiência física e mobilidade reduzida.

Leia+

.: Crítica: "Misery", peça de teatro traz Mel Lisboa deliciosamente diabólica

.: "Misery": texto de Stephen King abre programação teatral do Teatro Porto

.: Bate-papo com elenco e direção do espetáculo "Misery" no Teatro Porto

.: MAM São Paulo anuncia programação de exposições de 2024

A agenda do primeiro semestre traz uma grande retrospectiva do fotógrafo afro-americano George Love, instalações dos artistas Emmanuel Nassar e Rodrigo Sassi, e individuais dos artistas Santídio Pereira e Ângelo Venosa. No segundo semestre, todos os espaços expositivos do MAM serão ocupados pelo 38º Panorama da Arte Brasileira. Fachada do MAM São Paulo. Foto: Ding Musa


O Museu de Arte Moderna de São Paulo apresenta sua programação de exposições de 2024. A agenda de novidades inicia em 29 de fevereiro, com uma grande retrospectiva do fotógrafo afro-americano George Love (1937 - 1995) na sala Milú Villela. Com curadoria de José de Boni, a mostra traz para as vistas do público uma seleção do arquivo deixado pelo fotógrafo - e conservado pelo curador, que também foi seu amigo - e objetos relevantes de sua história.

Nascido em Charlotte, na Carolina do Norte (EUA), George Love veio de uma família simples e culta. Começou ainda jovem na fotografia, morou e estudou em Nova York, onde iniciou uma carreira bem-sucedida na fotografia. Chegou no Brasil na década de 1960 à convite de Claudia Andujar, sua companheira  até 1974 e com quem realizou trabalhos em parceria, como o fotolivro Amazônia (1978), fruto de incursões na região.

George Love, fotografia do livro Amazônia, 1971

A exposição exibida no MAM faz uma linha do tempo da obra de Love, e reúne trabalhos publicitários, editoriais, autorais, registros de suas incursões com Andujar na Amazônia e muito mais.

No mesmo dia da abertura da mostra de George Love, o Museu de Arte Moderna de São Paulo inaugura uma instalação do artista Rodrigo Sassi no Projeto Parede. 

Em 02 de abril, a sala Paulo Figueiredo recebe uma individual do artista Santídio Pereira. Natural de Isaías Coelho, no Piauí, Santídio faz uso da xilogravura e da pintura, em especial, para materializar seu repertório imagético e seus interesses de pesquisa como os biomas brasileiros, a Mata Atlântica, a Caatinga, o Cerrado e a Amazônia.  Na mesma data, o arquivo  da Biblioteca do MAM abre uma ocupação com documentos e Diná Lopes Coelho e Paulo Mendes de Almeida, figuras marcantes na história do museu, será exibido pela primeira vez.

Também em 02 de abril, o MAM inaugura na Sala de Vidro uma exposição do artista paraense Emmanuel Nassar, autor de uma obra que se materializa essencialmente na pintura em suportes diversos, como tela, vidro, chapas metálicas e outros, e traz signos que perpassam desde o universo popular até correntes da arte contemporânea como a pop arte o concretismo.

Fechando a agenda do primeiro semestre, em 13 de junho a sala Milú Villela recebe uma individual do artista Ângelo Venosa (1973 - 2022), um dos mais emblemáticos escultores da chamada Geração 80. Com curadoria de Paulo Venâncio Filho, a mostra é uma itinerância da Casa Roberto Marinho, do Rio de Janeiro, e inclui obras de Venosa que estão na coleção do MAM São Paulo.

No segundo semestre, o museu se prepara para receber em todos os seus espaços expositivos o 38º Panorama da Arte Brasileira, mostra bienal e fundamental na história do MAM, que abre em 3 de outubro. Com curadoria de Germano Dushá e Thiago de Paula Souza,  o projeto intitulado Mil Graus indica o objetivo dos curadores em traçar um horizonte multidimensional da produção artística contemporânea do Brasil, elaborando criticamente a realidade atual do país sob o senso de urgência e a capacidade de transformação do que eles denominam um “calor-limite” - temperatura em que tudo derrete, desmancha e se transmuta.

Segundo Cauê Alves, curador-chefe do MAM São Paulo, "a programação de 2024 do MAM tem uma ênfase na discussão ambiental, em especial nas mostras de George Love e Santídio Pereira. Além disso, o 38º Panorama da Arte Brasileira se aproxima da discussão sobre aquecimento global e crise climática. E por outro lado, a grade de exposições traz uma diversidade étnica-racial fundamental para o mundo contemporâneo".


Serviço:

George Love - o artista essencial

Local: Sala Milú Vilela

Curadoria: José de Boni

Período expositivo: 29 de fevereiro a 12 de maio de 2024


Rodrigo Sassi

Local: Projeto Parede

Curadoria: Cauê Alves

Período expositivo: 29 de fevereiro a 1 de setembro de 2024

Arquivos de Diná Lopes Coelho e Paulo Mendes de Almeida

Local: Biblioteca do MAM

Curadoria: Pedro Nery

Período expositivo: 02 de abril  a 1 de setembro de 2024


Santídio Pereira

Local: Sala Paulo Figueiredo

Curadoria: Cauê Alves

Período expositivo: 02 de abril a 1 de setembro de 2024


Emmanuel Nassar

Local: Sala de Vidro

Curadoria: Cauê Alves

Período expositivo: 2 de abril a 1 de setembro de 2024


Angelo Venosa

Local: Sala Milú Vilela

Curadoria: Paulo Venâncio Filho

Período expositivo: 13 de junho a 1 de setembro de 2024


38º Panorama da Arte Brasileira: Mil Graus

Local: em todos os espaços expositivos do MAM

Curadoria: Germano Dushá e Thiago de Paula Souza

Período expositivo: 3 de outubro de 2024 a 26 de janeiro de 2025


Sobre o MAM São Paulo: Fundado em 1948, o Museu de Arte Moderna de São Paulo é uma sociedade civil de interesse público, sem fins lucrativos. Sua coleção conta com mais de 5 mil obras produzidas pelos mais representativos nomes da arte moderna e contemporânea, principalmente brasileira. Tanto o acervo quanto as exposições privilegiam o experimentalismo, abrindo-se para a pluralidade da produção artística mundial e a diversidade de interesses das sociedades contemporâneas.

O Museu mantém uma ampla grade de atividades que inclui cursos, seminários, palestras, performances, espetáculos musicais, sessões de vídeo e práticas artísticas. O conteúdo das exposições e das atividades é acessível a todos os públicos por meio de visitas mediadas em libras, audiodescrição das obras e videoguias em Libras. O acervo de livros, periódicos, documentos e material audiovisual é formado por 65 mil títulos. O intercâmbio com bibliotecas de museus de vários países mantém o acervo vivo.

Localizado no Parque Ibirapuera, a mais importante área verde de São Paulo, o edifício do MAM foi adaptado por Lina Bo Bardi e conta, além das salas de exposição, com ateliê, biblioteca, auditório, restaurante e uma loja onde os visitantes encontram produtos de design, livros de arte e uma linha de objetos com a marca MAM. Os espaços do Museu se integram visualmente ao Jardim de Esculturas, projetado por Roberto Burle Marx para abrigar obras da coleção. Todas as dependências são acessíveis a visitantes com necessidades especiais.


Museu de Arte Moderna de São Paulo

Endereço: Parque Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº - acesso pelos portões 1 e 3)

Horários: terça a domingo, das 10h às 18h (com a última entrada às 17h30)

Ingressos: R$30,00 inteira e R$15,00 meia-entrada. Aos domingos, a entrada é gratuita e o visitante pode contribuir com o valor que quiser. Para ingressos antecipados, acesse mam.org.br/visite


*Meia-entrada para estudantes, com identificação; jovens de baixa renda e idosos (+60). Gratuidade para crianças menores de 10 anos; pessoas com deficiência e acompanhante; professores e diretores da rede pública estadual e municipal de São Paulo, com identificação; amigos e alunos do MAM; funcionários das empresas parceiras e museus; membros do ICOM, AICA e ABCA, com identificação; funcionários da SPTuris e funcionários da Secretaria Municipal de Cultura.


Telefone: (11) 5085-1300

Acesso para pessoas com deficiência

Restaurante/café

Ar-condicionado

Mais informações:


MAM São Paulo

instagram.com/mamsaopaulo | facebook.com/mamsaopaulo

youtube.com/@mamsaopaulo | twitter.com/mamsaopaulo


.: "Joga Pra Lua": Anitta fecha 2023 com batidão megadançante

Parceria com Pedro Sampaio e Dennis já está disponível


Anitta está prontíssima para o verão! A cantora acaba de lançar seu último single do ano, “Joga pra Lua”, em colaboração com os produtores Pedro Sampaio e Dennis. O funk reúne três expoentes do gênero brasileiro em mais um batidão megadançante.

“Eu me joguei real no funk em 2023. Então, fechar o ano com essa música é muito especial para mim”, comemora a artista. “Tô há meses com esse refrão grudado na minha cabeça… É uma delícia! A cara do verão. Amo! Quem assistiu o TikTok in The Mix já sabe do que estou falando. Dá vontade de sair dançando na hora!”.

Com letra totalmente em português, “Joga Pra Lua” arremessa o ouvinte em um ambiente caloroso e de sedução. Como quem flerta com um pretendente em pleno baile funk, Anitta canta nos primeiros versos: “De longe eu te avistei / Bateu a sintonia / Papo que eu viajei / Querendo essa boquinha”.

“Eu amo colaborar com outros artistas. E acho maravilhoso quando essa sintonia rende uma, duas ou mais parcerias… ‘Joga Pra Lua’ celebra essa minha conexão musical com os meninos. Já fizemos outros trabalhos juntos e foi incrível”, comenta a cantora.

Além de Anitta, Pedro e Dennis, a letra também foi escrita pelos compositores Gabriel Cantini (de colaborações com Kevinho) e Shylton Fernandes (Pabllo Vittar e Zé Felipe). Sonoramente, por sua vez, este single mescla o funk carioca com a música eletrônica. A assinatura desse match perfeito é de Pedro Sampaio e Dennis.

Pedro Sampaio, que já colaborou com a carioca em hits como “No Chão Novinha” e “Dançarina Remix”, ecoa esse sentimento: “Trabalhar com a Anitta e DENNIS é sempre prazeroso. São artistas que admiro e me inspiro demais”, confessa.

DENNIS, por sua vez, é creditado como um dos produtores do disco “Versions of Me” (2022), de Anitta. Além disso, é com ela também o single recente “MONSTRÃO”, disponibilizado em novembro deste ano.

Um visualizer chega na segunda-feira (18), às 11h, ao canal de YouTube da cantora. No audiovisual, essa química entre o trio de artistas também brilha. Ambientado em um cenário que parece referenciar o solo lunar, o vídeo da faixa é marcado pela presença da dança. Ohana Lefundes, conhecida por compor o balé de Anitta, interage com a cantora em uma coreografia moderna e repleta de sensualidade. “Amo o resultado que chegamos. Minha dança com a Ohana tá linda, superartística. Além disso, me diverti muito com Pedro e DENNIS nesse set!”.

Gravado na cidade praiana de Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, o visualizer foi dirigido pela própria cantora, em parceria com o time criativo da GINGA Pictures – que colaborou com ela também em videoclipes como “Funk Rave”, “Boys Don’t Cry” e “El Que Espera”.

Anitta apresentou uma primeira amostra de “Joga Pra Lua” ao mundo no último domingo (10), durante sua apresentação no festival TikTok In The Mix, que aconteceu em Phoenix (capital do Arizona, nos EUA) e foi transmitido globalmente. Na performance, ela ainda incluiu trechos de músicas como “Grip” e “I Wanna F”, ainda inéditas; e “BELLAKEO” – seu recém-lançado dueto com o mexicano Peso Pluma.



.: "Got Back" de Paul McCartney será transmitido ao vivo pelo Disney+


Os Beatlemaníacos podem comemorar! O último show no Brasil da turnê ‘Got Back’ de Paul McCartney será transmitido ao vivo pelo Disney+ diretamente do Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.  McCartney é considerado o baixista mais famoso da história do rock e, junto de Lennon, teve uma das mais influentes e bem-sucedidas parcerias musicais da história, tendo suas composições passadas de gerações em gerações e que continuam fazendo sucesso até hoje.

Além da transmissão no Disney+, os assinantes do Star+ também poderão assistir no mesmo dia e horário.

Para se preparar para esse grande evento, a Disney selecionou produções com o ícone do rock disponíveis em suas plataformas para o público maratonar. Confira!


Now and Then: A Última Música dos Beatles (2023)

Curta-metragem | Disponível com exclusividade no Disney+

Now and Then: A Última Música dos Beatles é um curta-metragem comovente que conta a história por trás da última música dos Beatles, com vídeos exclusivos e comentários de Paul, Ringo, George, Sean Ono Lennon e Peter Jackson. O documentário é escrito e dirigido por Oliver Murray. O clipe da música Now and Then também está disponível na plataforma.


Os Simpsons

Série animada | Disponível com exclusividade no Star+

A primeira aparição de Paul McCartney em Os Simpsons aconteceu no 7º episódio da 5ª temporada, chamado "Lisa, a vegetariana". No episódio que foi ao ar em 1995, o ex-Beatle e sua ex esposa Linda ajudam a personagem Lisa a entender um pouco mais sobre o vegetarianismo, causa que o cantor defende até os dias atuais. Acontece que, para aceitar participar do programa, Paul impôs a condição de que a personagem parasse de comer carne e até os dias atuais, o músico continua em contato com a produção do programa para garantir que seu pedido se mantém em pé. McCartney também fez pequenas participações no 11º episódio da 4ª temporada ("A Vida é uma Droga, depois que você Morre") e no 18º episódio da 16ª temporada ("Homer, o Paparazzi").


Se Estas Paredes Cantassem (2023)

Documentário | Disponível com exclusividade no Disney+

Por mais de 90 anos, o Abbey Road Studios tem estado no coração da indústria musical. Fãs do mundo todo viajam a Londres para tirar uma foto na famosa faixa de pedestres em frente ao local, e aqueles que tem a oportunidade de vivenciar o estúdio hoje se esforçam para seguir os passos de seus heróis que produziram e gravaram músicas icônicas no espaço. Para apresentar mais sobre a história desse local icônico, Mary McCartney, filha do ex-Beatle Paul McCartney, guia o público por nove décadas para ver e experimentar a magia criativa do estúdio mais famoso e mais antigo do mundo.

Do clássico ao pop, das trilhas sonoras de filmes ao hip-hop, a produção explora a magnitude, a diversidade e a engenhosidade do Abbey Road Studios. Entrevistas íntimas - com nomes como Paul McCartney, Ringo Starr, Elton John, Roger Waters, Noel Gallagher, John Williams, Celeste e Sheku Kanneh-Mason, entre outros - revelam como os principais artistas, produtores, compositores e os dedicados funcionários, encontraram sua linguagem e comunidade musical, enquanto vívidas imagens de arquivo e fitas de sessão dão acesso exclusivo a esses famosos estúdios privados.


McCartney 3,2,1 (2021)

Série documental | Disponível com exclusividade no Star+ 

McCartney 3,2,1 é uma minissérie documental estrelada por Paul McCartney e pelo produtor Rick Rubin. A série de seis partes apresenta a dupla discutindo a carreira de McCartney, desde os Beatles e Wings até seu tempo como artista solo. Através de depoimentos, fotos e vídeos, a produção apresenta histórias sobre os relacionamentos pessoais e profissionais do músico, que serviram de inspiração para diversas composições.


The Beatles: Get Back (2021)

Série documental | Disponível com exclusividade no Disney+

Idealizada pelo aclamado diretor Peter Jackson (da trilogia "O Senhor dos Anéis"), The Beatles: Get Back é uma série documental que narra o processo de gravação do 12º e último álbum da banda, "Let It Be", anteriormente conhecido como "Get Back". A produção apresenta um compilado restaurado a partir de mais de 60 horas de imagens inéditas, captadas pelo cineasta Michael Lindsay-Hogg em janeiro de 1969, além de mais de 150 horas de áudio nunca antes ouvidas. Ao contrário do projeto original, Jackson decidiu focar na camaradagem, carinho e respeito que os integrantes do quarteto de Liverpool tinham um pelo outro – apesar dos rumores do mau relacionamento que existia naquele momento. John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr podem ser vistos trabalhando no estúdio e brincando uns com os outros. A série documental também apresenta, pela primeira vez na íntegra, a última apresentação ao vivo dos Beatles como um grupo: o inesquecível show na cobertura da sede da Apple Corps, em Savile Row (Londres).


sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

.: Entrevista: Frejat, entre o som elétrico e o acústico


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto: Leo Aversa

Desenvolvendo carreira solo, Roberto Frejat decidiu realizar um projeto que visava trazer suas canções para arranjos mais acústicos, mas sem se afastar por completo do chamado som elétrico. Unindo forças com o filho Rafael e o músico Maurício Almeida, ele fundou o Frejat Trio Eletroiacústico, com o qual vem se apresentando pelo país. E esse registro ao vivo já pode ser conferido nas plataformas de streaming.. Em entrevista para o Resenhando.com, Frejat conta como foi que surgiu a ideia e fala sobre seus planos para o futuro, incluindo um novo CD autoral. “Era um desejo antigo criar novas texturas musicais”.


Resenhando.com - Por que decidiu apresentar um repertório mais intimista ao invés de uma banda completa?
Frejat -
Eu vejo este show como uma versão aumentada do meu show de voz e violão, que eu vinha fazendo antes da pandemia. O projeto Frejat Trio Eletroacústico surgiu de um desejo antigo que eu tinha de criar novas texturas musicais para algumas das minhas músicas. Então, ele tem composições desses meus 40 anos de carreira, mas foram o Rafael Frejat e o Maurício Almeida que criaram, em grande parte, essas novas possibilidades. A sonoridade é acústica, mas também elétrica, como o nome indica.


Resenhando.com - Com esse projeto do trio, você pretende apresentar algo autoral novo ou apenas recriar canções já existentes?
Frejat - O Frejat Teio já está na estrada com esse repertório, que levamos algum tempo preparando e ensaiando. Já fizemos em várias cidades, mas queremos continuar levando o show Eletroacústico para muitos lugares no formato atual, que tem tido excelente repercussão. Mas nada impede que o repertório ganhe novas canções, futuramente.


Resenhando - Fale sobre a experiência de tocar com o filho. Como tem sido a convivência?
Frejat - Nós desenvolvemos uma relação muito gostosa de tocar com muita concentração, mas com muita alegria, e isso transparece para o público, dá um clima muito gostoso pro show. Rafael é muito talentoso: ele tem uma visão, uma capacidade enorme de prestar atenção em todos os detalhes. O talento do Rafael é indiscutível e as pessoas que assistem ao show percebem tudo isso, explicitamente.


Resenhando.com - Como estão os planos para novas apresentações?
Frejat - O Frejat Trio tem se apresentado em vários teatros: a sonoridade do show foi pensada para esse tipo de local, não para grandes espaços, como acontece com o Frejat ao Vivo, que faço com a minha banda. Esse EP, que já está nas plataformas, traduz muito bem a sonoridade do show.


Resenhando - Você tem planos para lançar mais um CD solo no futuro?
Frejat - Acabei de estrear um novo projeto, que é o Frejat em Blues, no PRIO Blues & Jazz Festival, aqui no Rio. Fizemos apenas uma apresentação do show, que reúne blues de compositores brasileiros: de Luiz Melodia e Angela RoRo a Djavan, passando por parcerias minhas com Cazuza. O próximo passo é levar esse show para outras praças da forma como ele foi feito, com uma super banda, vocais, naipe de metais, etc....



"Segredos"

"Meus Bons Amigos"

"Todo Amor que Houver Nessa Vida"

.: Crítica "A Musa de Bonnard" é delicadeza sobre Bonnard e Marthe

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em dezembro de 2023


A relação do pintor Pierre Bonnard e sua amada, Marthe de Meligny permeada pela arte é o foco em "A Musa de Bonnard". Longa exibido no Cineflix Santos, durante no Festival Varilux de Cinema Francês que soma perfeitas 2h02 de duração, entrega excelente roteiro, edição envolvente, uma fotografia de encher os olhos e um elenco que dá show de interpretação, tendo a dobradinha de Cécile de France ("Ilusões Perdidas") como Marthe de Meligny e Vincent Macaigne ("O Renascimento") em cena.

"A Musa de Bonnard" é um filme delicado que entrega amor, às vezes em excesso, não somente entre o casal de protagonistas -que chega a incluir terceiros e somar traição por uma das partes-, mas também pela arte da pintura que surge na observação de detalhes do cotidiano, estando num espaço bucólico ou na cidade. É encantador ouvir que o célebre Monet está chegando com a esposa para uma confraternização. 

Contudo, a produção distribuída pela California Filmes não deixa de retratar a vida boêmia do pintor e a influência que usufruía para viver de arte, por conta da descendência e das relações de amizades estabelecidas -cabendo aventuras amorosas com amigas. 

Nada sobra ou falta no longa dirigido por Martin Provost sobre o pintor da felicidade e da modelo, esposa e musa do artista. Não só nas reproduções das pinturas, mas as cenas exalam a claridade e a vida cercada pela natureza ou o tumulto da cidade na visão de Bonnard. Enquanto que Marthe de Meligny entrega a observação dos mínimos que a rodeia.

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 

Filme: "A Musa de Bonnard" (Bonnard, Pierre et Marthe)
Diretor: Martin Provost
Gênero: romance, drama
Classificação: 14 anos
Ano de Produção: 2023
Idioma: Francês
Duração: 2h02
Distribuidora: California Filmes
Elenco: Cécile de France, Vincent Macaigne, Stacy Martin
Resumo: A vida do pintor francês Pierre Bonnard (1867-1947) e de sua esposa, Marthe de Méligny (1869-1942), ao longo de cinco décadas. O homem que seu país natal apelidou de “pintor da felicidade” não seria o pintor que todos conhecem sem a enigmática Marthe que sozinha ocupa quase um terço da sua obra…

Trailer de "A Musa de Bonnard"


Leia+

.: Crítica: "Ilusões Perdidas", longa francês adaptado de Honoré de Balzac

.: Crítica: "Crônica de Uma Relação Passageira" é agradável e surpreendente

.: Crítica: "O Renascimento" é imperdível comédia sobre arte e sua feitura

.: Crítica: "Almas Gêmeas" faz refletir sobre as imposições da sociedade

.: Crítica: "Culpa e Desejo" retrata relação insaciável de Anne e Théo

.: Crítica: "As Bestas" é suspense eletrizante que leva o caos ao campo

.: Crítica: "Sob as Estrelas" comove e inspira enquanto enche os olhos

.: Crítica: "Disfarce Divino" é polêmico e lança questionamentos sobre a igreja

.: Crítica: "O Livro da Discórdia" faz gargalhar com a família de Youssef

.: Crítica: "Conduzindo Madeleine" provoca risos e tira lágrimas de emoção

.: Crítica: "O Desafio de Marguerite", o teorema feminino entre matemáticos

.: Crítica: "O Segredo de Madeleine Collins" é um longa formidável

.: Crítica: "Querida Léa" vai além do voyeurismo de "Janela Indiscreta"

.: Crítica: "O Destino de Haffmann" foca no caráter de quem detém o poder

.: "O Mundo Depois de Nós", de Rumaan Alam, livro que inspirou filme da Netflix


Best-seller
do jornal The New York Times e finalista do National Book Award e do Orwell Prize, "O Mundo Depois de Nós", que chega às livrarias pela Intrínseca, é um suspense inteligente e provocativo sobre medos, desejos e tensões contemporâneos. Na obra, Rumaan Alam oferece uma narrativa ágil na qual os personagens vivenciam o que parece ser o fim do mundo como eles o conhecem sem terem real noção do que está acontecendo. A obra inspirou, traduzida no Brasil por Alberto Flaksman, inspirou o aguardado filme da Netflix estrelado por Julia Roberts, Mahershala Ali e Ethan Hawke.

Eleito livro do ano por veículos como The Washington Post, Time, Kirkus e The New Yorker, a obra - escrita antes da crise do coronavírus - parece antever o sentimento de pânico generalizado gerado pelo isolamento. Com um narrador onisciente, que contribui na construção da atmosfera e oferece informações graduais sobre os sinistros acontecimentos, e um humor refinado, toca em temas sensíveis, como desigualdade de classe, racismo e a nossa crescente dependência da tecnologia. 

O enredo tem início com a expectativa de uma típica família de classe média nova-iorquina de curtir uma semana de férias. Amanda e Clay alugam uma casa em um lugar remoto de Long Island e tudo que querem é um descanso da vida agitada que levam na cidade de Nova York. Eles anseiam por um tempo livre com os dois filhos adolescentes e por momentos de deleite na propriedade luxuosa. No entanto, uma batida na porta tarde da noite traz uma mudança inesperada. Eles se deparam com um casal em pânico, Ruth e G. H., que afirmam ser os proprietários. Esses estranhos alegam que um blecaute geral devastou a cidade e, sem outro lugar aonde ir, eles decidiram voltar para a casa de veraneio em busca de abrigo.

Sem sinal de TV, de internet ou rede de telefone, não há como checar a veracidade das informações. Amanda e Clay devem confiar nesse casal - e vice-versa? O que aconteceu em Nova Iorque? A casa de férias, isolada da civilização, é um local realmente seguro para ambas as famílias? E mais importante: eles estão a salvo uns dos outros?

Recomendado por Barack Obama, "O Mundo Depois de Nós" é um suspense psicológico original, narrado com maestria e uma voz envolvente, que traz o leitor para dentro da trama. Com uma visão perspicaz e provocativa, Rumaan Alam levanta questionamentos sobre raça, a obsessão da classe média por dinheiro e conforto, a ideia que fazemos de nós mesmos e a verdadeira conduta moral e ética diante da própria sobrevivência. Compre o livro "O Mundo Depois de Nós", de Rumaan Alam, neste link.


O que disseram sobre o livro
“Simplesmente de tirar o fôlego… Um livro extraordinário, ao mesmo tempo inteligente, envolvente e alucinante.” - The Observer

“O livro de uma era.” - The Independent


Sobre o autor
Rumaan Alam já publicou em veículos como The New Yorker, The New York Review of Books, Bookforum, The New York Times, New York Magazine e The New Republic. Também é autor de Rich and Pretty e That Kind of Mother. Com "O Mundo Depois de Nós", foi finalista do National Book Award e do Orwell Prize. Estudou em Oberlin College e mora no Brooklyn, Nova Iorque. Foto: David A. Land. Garanta o seu exemplar de "O Mundo Depois de Nós", escrito por Rumaan Alam, neste link.

.: Livro "Os Grandes Casos do Disque Denúncia" reúne casos emblemáticos


Experiente na cobertura da segurança pública no estado do Rio de Janeiro, Mauro Ventura acompanhou de perto o nascimento do Disque Denúncia, que desde sua criação, em 1995, recebeu quase 3 milhões de denúncias, que resultaram na prisão de mais de 20 mil bandidos e na apreensão de cerca de 42 mil armas e munições, além de 33 toneladas de entorpecentes. Após três anos de pesquisa minuciosa, o jornalista reúne as ocorrências mais emblemáticas dos 28 anos da política de segurança mais longeva do Rio em "Os Grandes Casos do Disque Denúncia", que chega às livrarias em novembro pelo selo História Real, da Intrínseca.

A obra foi concebida junto com Zeca Borges, amigo de Mauro Ventura e coordenador do serviço desde o início das operações até sua morte, em dezembro de 2021. “Orientado por Zeca, eu estava tranquilo. Ele não só conhecia as histórias de cabeça e tinha todos os contatos necessários como era um grande contador de casos. Lidava com os assuntos mais fúnebres e com o que havia de pior no ser humano, mas nunca se deixava contaminar”, revela Ventura.

Com pleno acesso ao banco de dados e à equipe do Disque Denúncia, Ventura não apenas reconstitui os crimes como também a experiência de quem os vivenciou de perto: atendentes do DD, parentes das vítimas, policiais envolvidos nas investigações e promotores públicos. “Eu sentia falta de um mergulho jornalístico mais profundo nos bastidores do serviço. Uma investigação que mostrasse o modus operandi de um trabalho marcado pelo sigilo, já que o anonimato não envolve somente os denunciantes - os próprios funcionários, por questões de segurança, escondem-se atrás de codinomes”, revela o autor, um dos “jornalistas-clientes” - profissionais da imprensa que recebiam informações em primeira mão.

O livro-reportagem é um relato dramático não só dos crimes e do impacto na vida das vítimas e suas famílias, mas também do cotidiano dos profissionais que trabalham no Disque Denúncia. A tensão, os lances heroicos, as vitórias e derrotas, além da dedicação da equipe do serviço ganham vida na narrativa de Mauro Ventura. Os bastidores de alguns dos casos mais representativos são revelados para o grande público: a maior apreensão de cocaína da história do Rio, a morte bárbara de uma criança de seis anos, uma chacina de inocentes por policiais corruptos, sequestros midiáticos, tentativas de fuga de prisão cinematográficas. Crimes solucionados graças ao DD - e à população, que aprendeu a confiar no serviço que jamais comprometeu o anonimato de um denunciante.

Conforme Ventura percebeu, o DD é visto pela sociedade como um canal de desabafo que pode receber qualquer tipo de assunto, de má prestação de serviço a denúncias de crimes, de protestos por conta de solicitações não resolvidas a confidências sobre depressão, de reclamações de barulho a contravenções em geral. Há uma fidelidade a ele. É como se fosse a última chance de dar certo. Nas palavras do atual coordenador, Renato Almeida, o Disque Denúncia é o “fio de esperança para o cidadão”. Compre o livro "Os Grandes Casos do Disque Denúncia", de Mauro Ventura, neste link.

Sobre o autor
Mauro Ventura começou a carreira como jornalista em 1985. Trabalhou como repórter, repórter especial, editor e colunista em veículos como Isto É, Jornal do Brasil e O Globo, onde assinou, de 2007 a 2018, a coluna “Dois Cafés e a Conta”. Com a reportagem “Tribunal do Tráfico”, venceu os prêmios Esso e Embratel. É autor do livro "O Espetáculo Mais Triste da Terra - O Incêndio do Gran Circo Norte-Americano", vencedor do prêmio Jabuti, e da coletânea de crônicas "PorVentura", além de coautor de "Diário de Uma Angústia - A Força da Escrita na Superação da Doença". É editor do site Testemunha Ocular, do Instituto Moreira Salles, dedicado à difusão e preservação do fotojornalismo brasileiro. Foto: Vantoen Pereira Jr. Garanta o seu exemplar de "Os Grandes Casos do Disque Denúncia", escrito por Mauro Ventura, neste link.

.: Sesc Belenzinho recebe Douglas Mam para show do álbum "Cine Solidão"


O disco é uma homenagem à sétima arte, onde Mam evidencia a tênue fronteira entre a vida real e a ficção, ao interligar suas memórias a obras emblemáticas do cinema. A apresentação tem como convidados especiais a cantora paraense Lívia Mendes e o  cantor e bandolinista sul-mato-grossense Jonavo. Foto: Visconde


"Cine Solidão", segundo disco autoral do cantor e compositor Douglas Mam, será apresentado, pela primeira vez em São Paulo, no teatro do Sesc Belenzinho, nesta sábado, dia 16 de dezembro, às 21h. Mam retorna ao palco da unidade quatro anos após lançar, no mesmo local, seu primeiro álbum, Fahrenheit – trabalho que trazia uma interlocução entre a música e a literatura. Agora, em "Cine Solidão", Mam apresenta um diálogo entre a música e o cinema, conectando suas canções a filmes icônicos que traduzem emoções e sentimentos vivenciados pelo artista. 

Na apresentação, o artista conduz o público a vivenciar a ambiência criada no disco. Para isso, entremeia as canções com samplers de citações de filmes icônicos como “São Paulo  Sociedade Anônima”, “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, “O Bandido da Luz Vermelha”, “Que Horas Ela Volta?”, nas vozes de artistas da cena paulistana que participaram do disco. São eles: Tatá Aeroplano, Mário Bortolotto, Mauro Schames, Daniel Perroni Ratto, Keila Ribeiro e Paulo César de Carvalho.  

No show, Mam ainda recebe as participações especiais da paraense Lívia Mendes (voz) e o sul-mato-grossense Jonavo (bandolim e voz), dois artistas que transitam entre o folk e o pop e que representam a música brasileira atual feita por representantes de outros estados fora do eixo Rio-São Paulo. Por fim, Mam reserva algumas surpresas de sua autoria como bônus no show. 


"Cine Solidão": um disco em três atos
O álbum foi concebido em meio ao distanciamento social imposto pelo contexto pandêmico, quando Mam experienciou reviravoltas e marcos pessoais importantes. O momento de ruptura, descobertas e recomeços, levou o artista a percorrer toda sua produção musical autoral, enquanto, paralelamente, revisitou filmes do cinema nacional e internacional, que o tocavam ou despertavam memórias. Tal processo o levou a identificar pontos de conexão entre suas músicas e o cinema, arte pela qual tem profunda reverência. 

Em um segundo momento, sentindo a necessidade de compartilhar esse processo criativo, convidou Lucas Gonçalves, Victor José, João Rocchetti e Rodrigo Cambará, para realizar a co-produção musical do álbum. Juntos com Mam testaram sonoridades, misturando estilos sonoros como o rock, o folk e o MPB. O resultado foi um disco em 3 atos, com nuances autobiográficas: nascimento, vida e morte - que alterna momentos de solidão, melancolia, esperança, exaustão, acolhimento e solitude. 

Douglas Mam ainda propôs um eco de vozes para ressoar os sentimentos experimentados pelo artista ao ter contato com cada obra cinematográfica abordada no disco. Assim, convidou artistas de diferentes linguagens artísticas (música, teatro, cinema e literatura) para declamar citações de trechos de filmes clássicos, que de algum modo traduziam partes da biografia do artista. O resultado foi um álbum dividido em três atos, que simboliza a trajetória recorrente às biografias humanas: infância, maturidade e a velhice.

O primeiro bloco de canções - "Monte Olimpo", "Amalgamar de Rosas" e "Trem de Papel" - tem um tom alusivo à infância e adolescência. “O tom às vezes onírico, outras lúdico, traz referências arquetípicas. É o material que molda e forma o ser humano: as primeiras experiências e descobertas, o olhar e atitude inocente, a imaginação, o primeiro amor, o novo, o espanto... O pano de fundo é bucólico e nostálgico. O passado em tons de sépia, como em uma fotografia antiga”. Explica, Douglas Mam. 

"Holerite", "Mão com Mão" e "Ventríloquo" compõem o segundo ato, para tratar de temas da vida adulta, como o trabalho, os relacionamentos amorosos, as rupturas, as escolhas, a reconstrução e o recomeço. Os impasses da maturidade também ficam explícitos, como é o caso da música "Ventríloquo", que apresenta dois momentos antagônicos: a citação do filme "O Curioso Caso de Benjamin Button" - “Você pode ficar revoltado com destino, pode xingar os deuses! Mas quando chegar hora, você tem que aceitar" - e o verso criado por Mam: “Se apaixone pelo destino.” 

No terceiro e último ato, o disco remete à velhice e aos movimentos que, normalmente, são inerentes a esse momento. A revisão da vida vivida, a consciência da finitude, o legado, a solidão e a busca pela solitude aparecem nas canções Tivemos um Talvez, Cine Solidão e É algo. Essa última traz uma citação pinçada por Mam do filme "O Bandido da Luz Vermelha" e que remonta seu próprio entendimento sobre a vida: “Sozinho a Gente Não Vale Nada”. 


Douglas Mam
O cantor, compositor, arranjador e poeta paulistano, lançou, em 2019, Fahrenheit, seu primeiro disco solo, que convergia literatura e poesia para sua obra musical e teve produção musical de Juliano Gauche. Antes disso, o músico, compositor, arranjador e poeta passou por diversas bandas da capital, como "Os Babilaques", "Dondoka Junkie", "Os Pilotos", entre outras. Ainda em 2019 criou o festival "Era Uma Vez no Oeste". 

Além de idealizador, atuou como curador e diretor de produção do evento, que tinha o objetivo de celebrar aqueles que pavimentaram o folk nacional e, ao mesmo tempo, ser uma lente de aumento para a cena independente do estilo – mais de 30 artistas se apresentaram em suas 9 edições. Entre 2020 e 2022, com o advento da pandemia, Mam passou por um período introspectivo onde revisitou composições de seus 20 anos como músico. Esse processo culminou em seu segundo disco "Cine Solidão", que homenageia o cinema e será lançado em 2023. 


Ficha técnica do show 
"Cine Solidão". Douglas Mam (voz e violão). João Rocchetti (teclados). Victor José (guitarra). Klaus Sena (baixo). Guib Silva (bateria). Ivan Marcio (gaita). Participações especiais: Jonavo(bandolim e voz) e Lívia Mendes (voz). 

Serviço
Show “Cine Solidão”, de Douglas Mam (Participações especiais Lívia Mendes e Jonavo). Dia 16 de dezembro de 2023. Sábado, às 21h. Local: Teatro (374 lugares). Ingressos: R$ 50,00 (inteira); 25,00 (aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor da escola pública com comprovante) e R$ 15,00 (credencial plena do Sesc - trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciado no Sesc e dependentes. Ingressos disponíveis pelo portal Sesc SP (www.sescsp.org.br) a partir de 05 de dezembro, às 17h e nas bilheterias das unidades do Sesc a partir de 06 de julho, às 17h.  Recomendação etária: 12 anos. Duração: 90 minutos. Sesc Belenzinho. Rua Padre Adelino, 1000. Belenzinho / São Paulo. Telefone: (11) 2076-9700. www.sescsp.org.br/belenzinhoEstacionamento. De terça a sábado, das 9h às 21h. Domingos e feriados, das 9h às 18h. Valores: Credenciados plenos do Sesc: R$ 5,50 a primeira hora e R$ 2,00 por hora adicional. Não credenciados no Sesc: R$ 12,00 a primeira hora e R$ 3,00 por hora adicional. Transporte Público. Metro Belém (550m) | Estação Tatuapé (1400m). 

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial
Tecnologia do Blogger.