sábado, 4 de maio de 2024

.: "Star Wars Day": fã da franquia, Sérgio Cantú relembra dublagem de Kylo Ren


Emprestando a voz para o vilão Kylo Ren da última trilogia, o ator e dublador compartilha histórias dos bastidores e sua paixão pelo universo de Star Wars enquanto celebra o dia especial para os fãs da saga


A data de 4 de maio ganhou um significado especial para os fãs de cultura pop e de uma das maiores franquias da Disney. O Star Wars Day é celebrado não apenas pelos fãs da franquia, mas também por todos os profissionais que de alguma forma contribuíram com os filmes, incluindo o time de dublagem. A data em questão surgiu do trocadilho e com a semelhança sonora em inglês entre as frases "May The Force Be With You" (“Que a Força Esteja com Você!”) e "May The 4th Be With You" (“Que o 4 de maio esteja com você!”).

Fã de cinema, HQs e todo o universo de cultura pop, o ator e dublador Sérgio Cantú conta que a data de 4 de maio ficou ainda mais especial a partir do momento em que passou a emprestar sua voz para Kylo Ren, conhecido por ser o vilão dos últimos três filmes da franquia - "Episódio VII", "Episódio VIII" e "Episódio IX". Por conta da celebração da data, Sérgio relembra com carinho o personagem. “'Star Wars' é uma franquia pela qual tenho grande interesse, talvez devido a todas as informações e referências nerds presentes nas produções, além do apego sentimental de ser uma franquia apreciada pelos meus pais”, comenta o dublador.

Assim como muitos outros fãs, "Star Wars" está na vida de Sérgio Cantú desde antes de nascer. “Na época que meus pais namoravam, eles foram assistir 'O Império Contra-Ataca' no cinema, em 1980. Hoje, brincamos que eu posso ter sido concebido neste dia”, expõe em tom de brincadeira. Cantú acrescenta que assistia aos filmes da franquia desde a infância, muitas vezes na companhia do pai, que também compartilhava desse gosto especial pelo universo. Mas mesmo com o carinho pelos filmes, Cantú também relembra que nem sempre aproveitou ao máximo as sessões. “Quando mais novo, apesar de já gostar, algumas cenas, principalmente as com Vader, me causavam um pouco de medo”.

Contato profissional com a franquia - Cantú é conhecido por ser um dos dubladores e diretores de dublagem mais apaixonados por cultura pop. Fã assumido da Marvel e com um longo currículo de trabalhos para a Disney, de fato não foi a dublagem de Kylo que o tornou membro da equipe de Star Wars. Quando anunciadas as redublagens dos episódios I, II, III, IV, V e VI, Cantú comemorou ter sido a escolha para conduzir a direção, mas mesmo assim, não vislumbrava dar voz a um personagem da saga.

Com a chegada de Kylo Ren à franquia, Cantú acabou sendo escolhido para dublar o personagem após um pedido extra de testes para a voz. “Foi até muito por acaso, pois eu não tinha me colocado para fazer o teste, pois nunca tinha dublado o Adam Driver em nenhuma produção anterior. Quando a bateria inicial de testes foi recusada, acabei enviando um teste meu apenas para completar o pedido do cliente, isto porque havia ficado faltando uma das três vozes que deveria mandar para o teste. Acabei sendo surpreendido pela escolha da Disney que me aprovou e que me rendeu a realização de um projeto muito especial. Inicialmente, estava receoso, pois Kylo Ren é um personagem que carrega, de certa forma, o mesmo peso de Vader, mas no final deu tudo certo”, complementa Sérgio Cantú.

Ainda sobre o processo de dublagem, Cantú relembra que uma das curiosidades das produções de "Star Wars" é o sigilo com o qual os filmes chegavam ao estúdio de dublagem, muitas vezes repletos de tarjas apenas com a nítida visualização da boca do ator para permitir a sincronia. Próximo à estreia, ele recebeu um convite da Lucasfilm para assistir à primeira sessão do filme com os diretores em Los Angeles. Sérgio Cantú, após atuar na direção de redublagem, atuou na direção de dublagem de outros filmes da franquia, como o "Episódio VII", "Episódio VIII" e "Episódio IX". Entre os spin-offs, Sérgio também atuou na direção de dublagem e tradução de Rogue One, além de ter repetido o trabalho na live-action Obi-Wan Kenobi.

Sobre Sérgio Cantú
Com uma carreira de mais de 30 anos, além de tradutor e diretor de dublagem, Sérgio Cantú é apaixonado por cultura pop e responsável por ser a voz no Brasil de personagens como  Sheldon em "The Big Bang Theory", Andrew Garfield  em "O Espetacular Homem-Aranha", o personagem L em "Death Note", além de inúmeras dublagens como voz de Zac Efron, Shia Labeouf, Elijah Wood, Jesse Eisenberg, além de muitos outros. Dirigiu a dublagem da maioria das produções da Marvel Studios desde "Capitão América – O Soldado Invernal", passando por "Vingadores: Ultimato" e "Wandavision" até chegar em "Guardiões da Galáxia Vol. 3". Embora esteja no mercado da dublagem desde criança, também seguiu carreira no meio científico e tem Mestrado e Doutorado em Bioquímica pela UFRJ. É nerd de carteirinha e adora séries, RPG e boardgames.


Assista na Cineflix
Filmes de sucesso como "Garfield - Fora de Casa" ("The Garfield Movie") são exibidos na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.

sexta-feira, 3 de maio de 2024

.: Música: há 50 anos, calava-se a voz maravilhosa de Mama Cass


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. 

Há 50 anos, Cass Elliot, mais conhecida como “Mama Cass” do grupo The Mamas & The Papas, saia de cena deste mundo. Tinha apenas 32 anos e uma curta carreira em grupo vocal e como artista solo. Mas deixou um inegável legado com o talento de sua voz e ao quebrar tabus e preconceitos na sociedade da sua época.

Feminista pioneira e ícone da cultura pop, ela foi uma das maiores cantoras de sua geração e a voz poderosa por trás de hits como “California Dreamin'”, “Monday Monday” e “Dream a Little Dream of Me” - canções essas que marcaram uma era musical, misturando os gêneros folk, rock e pop.

Nascida Ellen Naomi Cohen em 19 de setembro de 1941, Cass Elliot desenvolveu uma intuição para a boa música. Encontrando seu caminho na cena folk-rock dos anos 60, Cass se tornaria uma das vozes definidoras do movimento da contracultura e, mais tarde, uma presença querida na televisão americana.

Pessoas que a conheceram descrevem o magnetismo que ela gerava em torno de si, uma força de autodeterminação, humor e carisma que a acompanhou ao longo de sua breve carreira no show business. Ainda por cima era uma “casamenteira” nata, pois foi pelo menos parcialmente responsável pelas uniões do trio Crosby, Stills & Nash e do grupo The Lovin’ Spoonful.

No início, Cass teve uma experiência no teatro. Mas a partir de 1962, ela encontrou seu lugar na música, no caso, na música folk com o grupo The Big 3 e depois com o The Mugwumps, em paralelo com o auge da Beatlemania nos Estados Unidos.

Em 1965 ela se juntou com Denny Doherty, ex-colega de banda do The Mugwumps, que já havia feito parceria com John e Michelle Phillips do The New Journeymen. Estava formado o quarteto original que se chamaria The Mamas and Papas.

O grupo vocal obteve um rápido sucesso comercial após o lançamento de “California Dreamin'”, seu primeiro single, no final de 1965. A música terminou em primeiro lugar no Cash Box Year End Hot 100 e em décimo lugar no single Hot 100 de final de ano da Billboard de 1966. Outros sucessos como “Monday, Monday”, “Creeque Alley” e “Dedicated to the One I Love” atingiriam em cheiio as paradas americanas. Seu primeiro show foi realizado no mítico Hollywood Bowl e a banda encerrou o icônico festival pop internacional de Monterey em 1967, ao lado de artistas como Jefferson Airplane, The Who, Grateful Dead e Jimi Hendrix.

O grupo se separou em 1968 após gravar quatro álbuns. Enquanto isso, Cass escolheu conscientemente a maternidade solteira, e sua filha Owen Vanessa nasceu durante o último ano de Cass na banda. Além de enfrentar o então tabu social de ser mãe solteira, Cass decidiu seguir com sua tão esperada carreira solo.

No final dos anos 60, ela participava regularmente de programas noturnos populares de televisão americana, chegando a apresentar dois especiais de televisão no horário nobre em 1969 e 1973. A inteligência e a determinação de Cass valeram a pena; ela lançaria cinco álbuns solo e um single top 40, “Make Your Own Kind of Music”, antes de seu falecimento repentino em 1974, aos 32 anos de idade.

Cass Elliot faleceu em julho de 1974, após realizar um show em Londres, na Inglaterra, onde foi aplaudida por um numeroso público. Morreu dormindo no quarto de um hotel, vítima de insuficiência cardíaca devido a degeneração miocárdica provocada pela obesidade.

Por coincidência, quatro anos depois, nesse mesmo quarto de hotel, o baterista da banda The Who, Keith Moon, morreu em função de uma overdose de medicamentos para controlar o alcoolismo. O fato de ser obesa, fora dos padrões estéticos do show business, não impediu que ela brilhasse intensamente na música. Ela não só quebrou os tabus como ainda abriu caminhos para a presença feminina na música.

Sua obra musical permanece incrivelmente atual. Com sua interpretação singular, baseada na música dos anos 40 e 50 e na folk music, acabou se tornando referência para outras gerações. A cantora britânica Adele, por exemplo, mostra algumas influências da eterna Mama Cass. Se estivesse viva, talvez unisse forças com outros músicos de gerações mais recentes. Não é difícil imaginar, por exemplo, o duo Pet Shop Boys chamando Mama Cass para gravar alguma canção dançante bem ao estilo techno-pop.

Coube a filha de Cass, Owen Vanessa, manter vivo o legado da mãe, por meio de um site oficial (www.casselliot.com) e a representando por exemplo na indicação do Mamas & Papas no Hall of Fame do Rock. Recentemente Cass Elliot ganhou postumamente uma estrela na famosa Calçada da Fama de Hollywood, em solenidade com participação de Owen.

"It´s Getting Better"

"Dream a Little Dream Of Me"

"Make Your Own Kind of Music"

.: Critica: "Aumenta Que é Rock´n´roll" é filme brasileiro que empolga e orgulha

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em maio de 2024


O longa nacional "Aumenta Que é Rock´n´roll", dirigido por Tomás Portella ("Desculpe o Transtorno"), surpreende da melhor forma possível. Não por somente contar a aventura do novato radialista Luiz Antônio (Johnny Massaro), mas por levar para as telonas, junto a esse relato verídico, parte da história do rock brasileiro e também de como a essência do primeiro Rock in Rio se deu.

O longa que soma 112 minutos de duração, por vezes, faz remeter à melhor fase do canal televisivo MTV Brasil, embora tudo aconteça muito antes, nos anos 80. O toque mágico de puxar o público para embarcar na trama vem pela interpretação do talentoso elenco, tendo total destaque para o protagonista de Johnny Massaro ("O Pastor e o Guerrilheiro"). Solo ou em dupla, entrega cenas incríveis, principalmente ao lado de George Sauma ("Meu Nome é Gal") e Marina Provenzzano ("Bom Dia, Verônica"). O resultado é um filme que empolga e, com propriedade, entra na lista dos melhores filmes brasileiros, o que é um completo orgulho.

Em "Aumenta Que é Rock´n´roll" Luiz Antônio leva a paixão pelo rock'n'roll para a Fluminense FM  - popularmente conhecida como "A Maldita"-, uma rádio prestes a falir. Todavia, Luiz tem um sonho a concretizar. Assim, ele se vê coordenando uma equipe muito louca e com regras a serem discutidas -com direito a LP quebrando- como a de "tocou hoje, só toca amanhã". Ao criar uma das rádios mais emblemáticas da história do rock brasileiro, Luiz aprende a lidar com o amor do público e a dificuldade que uma relação amorosa pode reservar.

A produção com roteiro de L.G. Bayão entrega uma trilha sonora impecável e contagiante, com direito a ida ao primeiro Rock in Rio e, de quebra, uma cena de filme romântico. No elenco também estão João Vitor Silva, Adriano Garib, Orã Figueiredo, Felipe Rocha, Silvio, Guindane, Flora Diegues. Filmaço brasileiro imperdível!


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 


"Aumenta Que é Rock´n´roll" ("nacional"). Ingressos on-line neste linkGênero: dramaClassificação: 16 anos. Duração: 1h52. Ano: 2023. Distribuidora: H2O Films. Direção: Tomás Portella. Roteiro: L.G. Bayão. Elenco: Johnny Massaro, George Sauma, João Vitor SilvaSinopse: Na década de 1980, Luiz Antônio é um atrapalhado radialista que inesperadamente se vê no comando de uma estação de rádio falida e caindo aos pedaços.


.: Bebê a Bordo na Cineflix Cinemas tem "Garfield: Fora de Casa"

Da Redação do Resenhando.com


Sexta-feira, dia 3 de maio tem sessão "Bebê a Bordo", na Cineflix Cinemas para a animação do gato mais preguiçoso e comilão, conhecido universalmente, "Garfield: Fora de Casa". Portanto, os ingressos da exibição que acontecerá às 14h00, podem ser comprados com antecipação por aqui: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

Em 1h41, a comédia infantil do rabugento guloso parte numa aventura com o verdadeiro pai, assim, aquele o mundialmente famoso gato de interior que odeia segundas-feiras e adora lasanha, embarca numa aventura selvagem ao ar livre. Contudo, Garfield, junto de seu amigo canino Odie, deixam a vida perfeitamente mimada para se juntarem a Vic em um assalto hilariante e de alto risco.

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


"Garfield: Fora de Casa" ("Garfield The Movie"). Ingressos on-line neste linkGênero: infantil, comédiaClassificação: livre. Duração: 1h41. Ano: 2024. Distribuidora: Sony Pictures Motion Picture Group. Direção: Mark Dindal. Roteiro: David Reynolds, Paul A. Kaplan, Mark Torgove. Dublagem original: Chris Pratt, Nicholas Hoult, Hannah Waddingham, Brett Goldstein, Cecily Strong, Bowen Yang e Luke Cinque-WhiteSinopse: Garfield tem um reencontro inesperado com seu pai, que estava há muito tempo desaparecido - um gato de rua todo desengonçado que atrai o filho para um assalto de alto risco.

Sala 2 (dublado) - Dia 1 de maio: 15h50 
Sala 3 (dublado) - Dia 1 de maio: 18h00
Sala 3 (dublado) - Dia 3 de maio: 14h00 - Bebê a Bordo
Sala 3 (dublado) - De 2 a 8 de maio: 15h00
Sala 4 (dublado) - De 2 a 8 de maio: 15h45 - 18h05 - 20h30



.: A edição especial de "S. Bernardo", de Graciliano Ramos, relançada pela Global


Mais do que apenas um romance, "S. Bernardo" é uma imersão profunda na alma do Brasil rural do século XX, uma obra que figura entre os grandes tesouros da literatura em língua portuguesa. Nesta obra-prima literária de Graciliano Ramos, agora relançada pela Global Editora, somos transportados para o intrincado universo de Paulo Honório, um homem de origens modestas que ascende ao status de poderoso fazendeiro em meio às vastas terras áridas do nordeste brasileiro.

Em sua jornada, o autor não apenas desvenda os infortúnios e as conquistas de Honório, mas também revela os meandros do mandonismo político que moldou a região nas primeiras décadas do século XX. “Em 'S. Bernardo', Graciliano Ramos atinge o auge de sua maestria estilística, revelando um escritor no auge de seus recursos", destaca o crítico literário Antonio Candido. Esta é uma história onde cada página é carregada com reflexões profundas sobre identidade, memória e o sentido da vida.

Esta edição especial da Global Editora, garante o tratamento cuidadoso merecido por esta obra singular. A capa é adornada com uma xilogravura do renomado artista pernambucano J. Borges. O volume também traz uma cronologia da vida e da obra de Graciliano Ramos e reproduções de páginas de um exemplar do livro com anotações do próprio autor, indicando alterações e correções a serem feitas em futuras edições.

Já o posfácio é composto por um estudo crítico assinado pela professora, pesquisadora e escritora Regina Zilberman. Regina oferece uma análise envolvente ao relacionar "Dom Casmurro", de Machado de Assis, com "S. Bernardo". Explore os segredos do poder, da paixão e da redenção nesta narrativa que transcende o tempo e o espaço, marcada pela genialidade única de Graciliano Ramos. Compre o livro "S. Bernardo", de Graciliano Ramos, neste link.


Sobre o autor
Graciliano Ramos (1892-1953) tornou-se um dos mais renomados escritores brasileiros do século XX. Nascido em Alagoas, destacou-se por sua prosa seca e realista. Além de escritor, foi prefeito de Palmeira dos Índios e teve uma trajetória política marcada pelo engajamento social. Sua contribuição à literatura brasileira continua a influenciar gerações de novos escritores e a formar mais e mais leitores. Garanta o seu exemplar de "S. Bernardo", escrito por Graciliano Ramos, neste link.


.: "Mundo Suassuna" viaja pelo sertão encantado do grande escritor brasileiro


Inspirado na obra de Ariano Suassuna, a encenação tem Marcelo Romagnoli na direção e dramaturgia. Em cena, os atores Fabio Espósito, Guryva Portela e Henrique Stroeter.

Em uma cruzada cheia de desatinos, reviravoltas e encontros extraordinários, um cavaleiro errante enfrenta enigmas, caveiras e uma onça malhada pelas estradas pedregosas do Império Consagrado do Sertão, em busca de uma coroa perdida. Este é o mote do espetáculo infantojuvenil "Mundo Suassuna" que faz duas apresentações no palco do Teatro Flávio Império, nos dias 4 e 5 de maio, sábado e domingo, às16h, com ingressos gratuitos.

Inspirado no universo literário do mestre das letras Ariano Suassuna (1927-2014), a montagem tem direção e dramaturgia assinadas por Marcelo Romagnoli e interpretação dos atores Fabio Espósito, Guryva Portela e Henrique Stroeter. A ficha técnica traz ainda o filho do escritor, Manuel Dantas Suassuna (criação de arte e pinturas exclusivas), a cantora e rabequeira Renata Rosa (trilha sonora original e voz em off), Silvana Marcondes (figurinos), Zé Valdir (cenografia) e Rodrigo Bella Dona (iluminação).

"Mundo Suassuna" é a primeira montagem destinada ao público infantojuvenil com aprovação da Família Suassuna. O texto, inédito, reúne motivações, imagens e personagens da obra do renomado escritor paraibano. Estão presentes referências e temas fundamentais da criação de "Suassuna: o Romance da Pedra do Reino", o impacto do circo, a guiança divina, os aspectos armoriais, as influências ibéricas e, principalmente, as inspirações de seu último romance, o monumental Dom Pantero.

A encenação explora a linguagem circense para trazer o humor, a poesia popular e o imaginário épico de Suassuna para as novas gerações por meio de uma aventura de cavalaria. São 12 personagens interpretados pelos três atores que revelam-se em pícaros, trovadores, galhofeiros, figuras do mamulengo e palhaços, com a total liberdade poética para acessar a espetacularidade da fantasia e da magia sertaneja do nosso povo tapuio-ibérico e reverenciar a obra genial de Ariano.

"Mundo Suassuna" oferece um tabuleiro de histórias no qual a mítica do sertão nordestino é o fio condutor, celebrando a força encantada do Brasil profundo. Montado em seu cavalo Pantero (referência ao Cavalo Marinho, brincadeira nordestina com origens ibéricas), esse príncipe sem rei (um Suassuna órfão de pai), carrega seu caderno e anota a vida, representando o viajante imaginário que precisa reencontrar a cultura popular. Em sua jornada o Cavaleiro atravessa a Cidade e o Sertão, enfrenta a Morte, decifra enigmas e é guiado pela Santa Compadecida. Sua aventura é escrita e documentada e o livro é sua obra, que será coroada na Festa do Meio-Dia.

Nesse passeio pelo universo de Suassuna, reverenciando seu “castelo” (obra), a encenação é repleta de signos e referências, como as figuras do mamulengo, bonecos e outros elementos da cultura popular, além de desenhos e gravuras que aparecem no cenário e no figurino. A música também vibra na estética da cultura ibérica-nordestina aos sons da rabeca, da viola e das percussões. O texto assemelha-se à literatura de cordel - com seu humor, suas rimas, seus versos dodecassílabos - para trazer o poeta, o palhaço e o profeta que vivem no “herói” Suassuna.

Ariano Suassuna e suas personagens farsescas são fundamentais à compreensão dos tributos fundantes do povo brasileiro, da gente real e do imaginário nacional. Paraibano, é um dos mais importantes escritores brasileiros e dono de uma escrita única. Autor de obras monumentais como Romance d'a Pedra do Reino e Auto da Compadecida, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. Em 1970, criou e dirigiu o Movimento Armorial, com o objetivo de valorizar os aspectos da cultura do Nordeste brasileiro, como a literatura de cordel, a música, a dança e o teatro, entre outros.


Sinopse de "Mundo Suuassuna"

Espetáculo inédito inspirado no universo literário do escritor Ariano Suassuna, que mostra os desatinos de um príncipe em seu cavalo, durante uma viagem pelas estradas pedregosas do Sertão, em busca de um reino perdido. Por meio do humor, da linguagem circense e da poesia popular, o imaginário épico do escritor paraibano é apresentado às novas gerações numa aventura de cavalaria cheia de mistérios, reviravoltas e encontros notáveis. 

Ficha técnica
Espetáculo "Mundo Suasuna". Direção e dramaturgia: Marcelo Romagnoli. Elenco: Fabio Espósito, Guryva Portela e Henrique Stroeter. Criação de arte e pinturas: Manuel Dantas Suassuna. Música original e voz em off: Renata Rosa. Figurinos: Silvana Marcondes. Costureiras: Celma Souza Aguiar, Dany Day e Roxana Jimenez. Adereços: Vinícios Debs e Silvana Marcondes. Produção cenográfica e adereços: Zé Valdir Albuquerque. Desenho de luz e operação: Rodrigo Bella Dona. Direção de arte: Equipe do Projeto. Ilustrações do kamishibai: André Kitagawa. Programação visual: Andrea Pedro. Assistência de produção: Madu Arakaki e Gabriela de Sá. Fotos: Erik Almeida. Design gráfico: Andrea Pedro. Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação. Produção: Beijo Produções Artísticas. Projeto: Mundo Suassuna - Contemplado pelo Edital nº 06/2023, do ProAC Expresso, Programa de Ação Cultural, da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo.


Serviço
Espetáculo "Mundo Suasuna".
Ingressos: Gratuitos – Retirar 1h antes das sessões.
Duração: 60 min. Classificação: Livre (indicado para crianças a partir de 5 anos).
Dias 4 e 5 de maio – Sábado e domingo, às16h
Teatro Flávio Império
Rua Professor Alves Pedroso, 600, Cangaíba - São Paulo/SP
A 300 m da estação Eng Goulart da CPTM.
Telefone: (11) 2621-2719. Acessibilidade: Sim.
Capacidade: 206 lugares. Na rede: @teatroflavioimperio

.: Raphael Rossatto dá voz ao famoso gato laranja em "Garfield: Fora de Casa"


O gato laranja mais famoso do entretenimento está de volta! “Garfield: Fora de Casa”, o novo filme animado do personagem, chegou aos cinemas brasileiros no feriado do dia 1º de maio. A produção, que conta com roteiro de David Reynolds, de "Procurando Nemo" (2003), e direção de Mark Dindal, de "O Galinho Chicken Little" (2005), marca o retorno do personagem às telonas após uma longa espera dos fãs. Com a voz original de Chris Pratt, e um extenso currículo em dublagens, incluindo "Guardiões da Galáxia", Raphael Rossatto recebeu mais uma vez a missão de emprestar sua voz ao ator, agora dublando um dos gatos mais amados do cinema e da televisão. 

No longa, Garfield (dublado por Chris Pratt), o gato de estimação famoso por odiar segundas-feiras e amar lasanha, está prestes a ter uma aventura selvagem ao ar livre. Após um reencontro inesperado com seu pai há muito perdido, o maltrapilho gato de rua Vic (dublado por Samuel L. Jackson), Garfield e seu amigo canino Odie são forçados a sair de suas vidas perfeitamente mimadas para se juntarem a Vic em um hilariante e arriscado assalto.

Raphael Rossatto comenta que estava ansioso para poder revelar o trabalho. “Acho que já há uma expectativa do público quando há um trabalho com voz do Pratt e realmente recebi muitas perguntas se estaria na dublagem do personagem.  Mas como em qualquer outro trabalho, tive que conter a ansiedade para revelar”, brinca Rossatto.  O ator e dublador também comenta que “Garfield - Fora de Casa” também rendeu momentos especiais principalmente por colocar pai e filho trabalhando lado a lado. “Adoro realizar dublagem de animações e em Garfield foi ainda mais especial pois tive meu pai  dublando o Vic, que é  o pai do Garfield” comenta.   


Bastidores
Raphael Rossatto já soma mais de 24 produções como voz de Chris Pratt. “O desafio para fugir da voz do Peter Quill e de outros trabalhos dublando o Chris Pratt foi deixar a voz um pouco mais arranhada e mais preguiçosa, pois o Garfield é conhecido por ser um gato muito preguiçoso e por isso tentei brincar com essas nuances de voz”, finaliza. 

Sobre Raphael Rossatto
Nascido em uma família com origem circense, Raphael Rossatto começou cedo sua carreira artística, com passagens marcantes pelo circo e pelo teatro. Aos sete anos, ele já brilhava no espetáculo “Confissões Infantis”. Raphael se formou em dublagem em 2010, com mentoria dos dubladores Cláudio Galvan e Mabel Cezar. Nesse mesmo ano, iniciou sua trajetória na dublagem, rapidamente ganhando destaque ao emprestar sua voz para Flynn Rider nas canções do filme "Enrolados" da Disney. Além disso, Rossatto é conhecido por dublar Kristoff em "Frozen", Peter Quill (Chris Pratt) em "Guardiões da Galáxia", e Cisco Ramón em "The Flash". Recentemente, ele dublou o personagem Mario nos cinemas, reforçando a dublagem de Chris Pratt, e é o dublador de voz e canções do personagem Jaskier na série "The Witcher" e agora também a voz de Garfield. Celebrando seus 14 anos de carreira, Raphael também integra neste mês a Orquestra Petrobras Sinfônica.


Assista na Cineflix
Filmes de sucesso como "Rivais" ("Challengers") são exibidos na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.

quinta-feira, 2 de maio de 2024

.: Resenha: "O Dublê" é repleto de ação para homenagear quem se arrisca

 

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em abril de 2024


Muita ação e explosões com trilha sonora escolhida a dedo para brindar o trabalho dos dublês. Eis o novo longa dirigido por David Leitch, quem também é coordenador de dublês e comandou títulos de sucesso como "Trem-Bala""Deadpool 2", "Velozes & Furiosos: Hobbs & Shaw" e creditado como co-diretor do primeiro filme de "John Wick": a ação e comédia, "O Dublê".
 
A estreia das telonas Cineflix Cinemas entrega o combo perfeito dos filmes que agradam o público de imediato enquanto reviravoltas surgem na trama. Assim, o romance mesclado com um pingo de drama e muita, muita ação empolgam, pois toda a adrenalina permite que a história de amor aconteça e se tenha o tão aguardado beijo de amor dos protagonistas.

Baseado na série "Duro na Queda", sucesso dos anos 80, "O Dublê", apresenta a história do cara do tombo -o que perto do fim do longa ganha uma revelação pra lá de vilanesca. Para tanto, Colt Seavers (Ryan Gosling, "Barbie" e "Diário de Uma Paixão"), um dublê de Hollywood, precisa abandonar -por meses- a vida de acrobacias perigosas após sofrer um grave acidente. 

A provocação ao público começa no nome do personagem, uma vez que Colt é também o de uma fabricante de armas de fogo de 1836. Contudo, na série que teve 5 temporadas, o protagonista de mesmo nome e sobrenome, interpretado por Lee Majors, era um dublê que ganhava dinheiro extra trabalhando como caçador de recompensas. Parceiro de profissão de Jody Banks (Heather Thomas) e Howie "Kid" Munson (Douglas Barr), Colt tentava conciliar o emprego formal em sets de filmagens  enquanto rastreava criminosos fugitivos.

Agora, o Colt de Ryan Gosling, longe dos bastidores cinematográficos, trabalhando como valet e dando o seu melhor para ganhar uns trocados -e até gorjetas-, volta a ser procurado pela agente do grande astro Tom Ryder (Aaron Taylor-Johnson, "Trem-Bala" e "Kick-Ass - Quebrando Tudo"), Gale (Hannah Waddingham, "Os Miseráveis"). Assim, ele é convidado a atuar em um filme dirigido por sua ex, Jody Moreno (Emily Blunt, "Um Lugar Silencioso" e "O Retorno de Mary Poppins"), para cobrir a ausência misteriosa de Ryder.


Esperançoso ao reencontrar seu amor do passado, Colt realiza as cenas mais intensas de ação no lugar do protagonista. De quebra, tenta concluir uma atividade paralela para Gale e garante sequências que dão mais ritmo para a trama. Assim, ele se vê mergulhado até a ponta de cada fio de cabelo, numa morte misteriosa que pode tirar a vida dele desta vez.

"O Dublê" entrega um saladão que homenageia produções de ações, por vezes citadas pelos personagens, enquanto enaltece o trabalho dos profissionais que sobrevivem ao se colocarem em risco. Com uma trilha sonora incrível, garante uma cena que muito remete a de "Deadpool 2". Neste, ao som de "Against all odds", de Phill Collins, ora na voz de Emily Blunt, num karaokê, Colt enfrenta vilões com muita pancadaria. Tudo sem o sangue jorrando, como também visto em "Noite Infeliz", por exemplo, em que Leitch foi produtor.

A nova produção que não chega a ser gigante para superar a genialidade de "Trem-Bala", consegue agradar a quem busca um bom filme de ação no estilo clássico. Com direito a lutas cheias de acrobacias e armas cenográficas ou ainda com o mocinho amarrado a uma cadeira, enquanto é cercado por bandidos que querem acabar com a vida dele.

O longa de 2h05 entretém, faz o público roer as unhas, gargalhar e torcer pela história de amor que tem tudo para ser simples e perfeita, mas é tão difícil de ser concretizada. A propósito, em nenhum momento do longa toca a clássica canção de Bon Jovi, "You Give Love a Bad Name", como no trailer do filme. Por outro lado, pergunta sobre ser time Britney Spears ou Christina Aguilera. Em tempo, a equipe do longa demonstra ser time Xtina, pois insere no karaokê "Genie in a Bottle", deixando a princesinha do pop ser apenas citada na brincadeira. Vale a pena conferir "O Dublê" na telona do cinema!



Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 



"O Dublê" ("The Fall Guy"). Ingressos on-line neste linkGênero: ação, comédia, dramaClassificação: 14 anos. Duração: 2h05. Ano: 2024. Distribuidora: Universal Studios. Direção: David Leitch. Roteiro: Drew Pearce. Elenco: Ryan Gosling, Emily Blunt, Aaron Taylor-JohnsonSinopse: O dublê Colt Seavers volta à ação quando uma estrela de cinema desaparece de repente. À medida que o mistério se aprofunda, Colt se envolve em uma trama sinistra que o leva à beira de uma queda mais perigosa do que qualquer uma de suas acrobacias.

Trailer de "O Dublê"

Leia+

.: Revista serrote, do IMS, celebra 15 anos com nova edição e festival


A revista serrote 46 traz textos de Alejandro Zambra, Djaimilia Pereira de Almeida e Hilton Als. Já o festival organizado pela revista acontece em 3 e 4 de maio, no IMS Paulista, reunindo artistas e intelectuais para debates e atividades gratuitas. Dedicada a difundir o gênero do ensaio como exercício de experimentação e debate intelectual, a revista serrote completa 15 anos em 2024.

Nesse período, a publicação do Instituto Moreira Salles apostou na pluralidade de ideias, trazendo tanto autores consagrados quanto novos nomes, nacionais e estrangeiros. Em celebração ao aniversário da revista, o IMS lança a serrote #46, já disponível nas livrarias, e promove a 7ª edição do Festival Serrote, nos dias 3 e 4 de maio.


Sobre o Festival
Sediado no IMS Paulista, o Festival Serrote reunirá escritores, artistas e ativistas para dois dias de atividades gratuitas, em 3 e 4 de maio. A programação inclui debates e a já tradicional serrote ao vivo, apresentação que une performances, leituras e música. Entre os participantes confirmados, estão o escritor chileno Alejandro Zambra, que publica ensaio na serrote #46 e lança seu novo livro, "Literatura Infantil", pela Companhia das Letras, o pesquisador Mário Augusto Medeiros da Silva, autor de "A Descoberta do Insólito: literatura Negra e Literatura Periférica no Brasil".

Também estão entre os convidados, a escritora, roteirista e ativista Triscila Oliveira, o artista Thiago Rocha Pitta e a escritora Bianca Santana, a crítica literária e tradutora Fernanda Silva e Sousa e a jornalista e ensaísta Thaís Regina. O evento reunirá escritores, pesquisadores, jornalistas e artistas para apresentações e debates sobre temas como as literaturas periféricas e as narrativas de experiências negras. Todos os eventos são gratuitos, abertos ao público e contam com interpretação em Libras.


Sobre a serrote #46
Já disponível nas livrarias, o novo número da revista traz textos de autores como Alejandro Zambra, Hilton Als, Djaimilia Pereira de Almeida e Roland Barthes. Destaque desta edição, “Conto de Natal” é um relato entre a ficção, a memória e o ensaio, no qual Alejandro Zambra (1975) narra, de forma bem-humorada, a relação de amizade com o seu editor. “Agora sei que um editor é uma espécie de irmão mais velho, que nos educa, protege e reprime, ou talvez, propriamente, um segundo pai, que nunca deixamos de querer bem, respeitar e temer, mesmo que depois o desafiemos”, escreve o autor chileno.

A serrote #46 publica ainda um ensaio do filósofo francês Roland Barthes (1915-1980), sobre a obra de Saul Steinberg (1914-1999). No texto, intitulado “All except you”, o autor analisa aspectos da produção do artista, como o papel da representação e a presença de elementos constantes, como as máscaras e os gatos. Escrito em 1976, “All Except You” só viria à luz em 1983, publicado pela galeria Maeght, então representante de Steinberg na França. A tradução publicada na serrote é a primeira a restituir o formato original, com os desenhos de Steinberg.

A publicação traz também o ensaio “Minha Pinup”, do crítico norte-americano Hilton Als (1960), autor de "Garotas Brancas". O escritor revisita a carreira e a obra de Prince para refletir sobre gênero, negritude, poder e indústria cultural, temas frequentes em sua produção. Inédito no Brasil, o texto foi publicado em livro em 2022 pela editora New Directions.

Autora de "Esse Cabelo e Luanda, Lisboa, Paraíso", a escritora Djaimilia Pereira de Almeida (1982), nascida em Angola e hoje radicada nos Estados Unidos, assina o ensaio “A Condição Sem Nome”. A autora analisa os usos e significados do termo “mulata”. “Estará o problema não na palavra ‘mulata’, que abomino, mas no facto de que não há lugar no mundo para a (minha) raça ambígua? [...] Que fazer, se nem uns nem outros me aceitam como parte da tribo — branca não serei nunca, negra a sério muito menos?”, indaga a autora.

A linguagem também está no centro do ensaio “´Pretagogias”, da artista visual e professora Andréa Hygino (1992). A partir de memórias da infância, da convivência com a mãe, professora no subúrbio do Rio de Janeiro, e da experiência de uma residência artística em Joanesburgo, Hygino reflete sobre o papel da linguagem e dos sistemas de ensino como forma de dominação, mas também sobre as possibilidades de levante e valorização de novos saberes, no contexto dos movimentos estudantis e das culturas afrodiaspóricas. 

Em “Desapropriação para Principiantes”, a mexicana Cristina Rivera Garza (1964) investiga os processos de escrita e as tensões entre experiência individual e coletiva. “A figura solitária do autor, com suas práticas de devorador e seu estatuto de consumidor genial, encobriu a série de relações complexas de intercâmbio e compartência, a partir das quais são geradas as diferentes formas de escrita que, depois, ele assina como suas”, escreve.

A edição também publica dois textos que conquistaram menção honrosa na última edição do Concurso de Ensaísmo serrote. Em “Apontamentos para Costurar Mortalhas”, Douglas Santana Ariston Sacramento (1993), doutorando na Universidade Federal da Bahia, reflete sobre as representações da morte e o papel da literatura negra em criar espaços dignos de luto, “dando conta de tantos corpos que tombam diariamente em solo brasileiro”. Já o pesquisador, dramaturgo e escritor cearense kulumym-açu (1995), assina o texto “Era Possível Anoitecer como Velhim e Acordar como Curumim”, no qual une a arte da contação de histórias com reflexões sobre os resquícios da dominação colonial e a potência dos saberes ancestrais.

A escritora e pesquisadora Elvia Bezerra (1947), por sua vez, parte de memórias pessoais, da lembrança de um namorado de infância até uma ida recente ao médico, para refletir sobre como a experiência da surdez intriga pensadores e artistas. Esta edição traz ainda o ensaio visual “O Suplício de Cabral”, do artista Thiago Rocha Pitta, além de trabalhos de Lidia Lisbôa, Rodrigo Cass, Vivian Caccuri e Alisson Damasceno, que assina a capa da revista.


Sobre a revista
Lançada pelo Instituto Moreira Salles em 2009, a serrote é uma revista dedicada ao gênero do ensaio, publicada três vezes ao ano, em edição impressa. Nesses 15 anos, a revista apresentou textos inéditos em português de alguns dos principais nomes do ensaio mundial e publicou autores brasileiros consagrados e iniciantes. Também realiza, desde 2011, o Concurso de Ensaísmo serrote, que premia novas vozes. Já foram contemplados com o prêmio nomes como Djaimilia Pereira de Almeida, Francesco Perrotta-Bosch e Rodrigo Nunes. Em 2018, lançou a antologia Doze ensaios sobre o ensaio e promoveu a 1a edição do Festival Serrote, que reúne artistas, ativistas e intelectuais para debates, no IMS Paulista, e chega agora à sua sétima edição.

Entrada gratuita, com distribuição de senhas. Para o dia 3 de maio, sexta | Distribuição de senhas 1 hora antes do evento, com limite de 1 senha por pessoa. Para o dia 4 de maio, sábado | Distribuição de senhas para qualquer uma das mesas a partir das 12h. Limite de 1 senha por mesa para cada pessoa. Evento com interpretação em Libras,


IMS Paulista
Avenida Paulista, 2424
São Paulo
Tel.: 11 2842-9120


Programação completa

Sexta-feira, dia 3 de maio
20h00 - serrote ao vivo
Alejandro Zambra + Hurtmold + Padmateo + Thiago Rocha Pitta + Triscila Oliveira + Vivian Caccuri & Thiago Lanis + Yasmin Santos

4 de maio (sábado)
15h00 - Mesa 1: Reescrevendo histórias negras
Fernanda Silva e Sousa e Thaís Regina. Mediação: Bianca Santana

17h00 - Mesa 2: As periferias e os livros
Mário Augusto Medeiros da Silva e Triscila Oliveira. Mediação: Juliana Borges

19h00 - Mesa 3: Encontro com Alejandro Zambra
Alejandro Zambra. Mediação: Ana Lima Cecilio
Evento com tradução simultânea


Sobre os participantes
Alejandro Zambra
(1975) é romancista, ensaísta e poeta chileno radicado na Cidade do México. É autor de Bonsai, Poeta chileno e Literatura infantil, todos publicados no Brasil pela Companhia das Letras. A serrote 46, lançada no festival, apresenta seu texto “Um conto de Natal”, escrito em diálogo com o editor Andrés Braithwaite. De Zambra a revista também já publicou os ensaios “Caderno, arquivo, livro” (#15) e “À procura de Pavese” (#22).

Ana Lima Cecilio (1978) é editora e curadora da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip).

Bianca Santana (1984) é jornalista e escritora, professora na FAAP e na FGV, e diretora-executiva da Casa Sueli Carneiro, que compõe a Coalizão Negra por Direitos. É autora de Arruda e guiné: resistência negra no Brasil contemporâneo (Fósforo, 2022), Continuo preta: a vida de Sueli Carneiro (Companhia das Letras, 2021) e Quando me descobri negra (Fósforo, 2022). Foi uma das juradas do Concurso de Ensaísmo serrote 2023.

Fernanda Silva e Sousa (1993) é nascida e criada no Itaim Paulista, extremo leste da cidade de São Paulo. É doutora em teoria literária e literatura comparada pela Universidade de São Paulo (USP), tradutora, crítica e professora. Seu texto “Dos pés escuros que são amados” ficou em primeiro lugar no Concurso de Ensaísmo serrote 2023 e foi publicado na edição #45 da revista.

Hurtmold é uma das principais bandas do cenário alternativo e instrumental no país, com influências do rock e diversos gêneros. Presente desde a primeira edição da serrote ao vivo, em 2018, o grupo atualmente é formado por Fernando Cappi (guitarra e rabeca), Guilherme Granado (teclado/sinth e vibrafone), Marcos Gerez (baixo e sampler), Mário Cappi (guitarra e flauta), Richard Ribeiro (bateria) e Rogério Martins (percussão e clarone).

Juliana Borges (1983) é escritora, estuda segurança pública e é conselheira da Iniciativa Negra por uma Nova Política sobre Droga e da Plataforma Brasileira de Política de Drogas. Feminista antipunitivista e antiproibicionista, é autora dos livros Encarceramento em massa (Pólen) e Prisões: espelhos de nós (Todavia). Na serrote, publicou "A quem interessa lotar as prisões?" (#33) e "A vida pulsante das periferias" (#35-36).

Mário Augusto Medeiros da Silva é professor do Departamento de Sociologia da Unicamp e diretor do Arquivo Edgar Leuenroth. É autor de volumes de contos e do livro A descoberta do insólito: literatura negra e literatura periférica no Brasil (1960-2020), publicado em edição ampliada pelo Sesc em 2023.

Padmateo (1999) vive e trabalha entre Salvador e Jequié (BA), onde nasceu. É artista transdisciplinar e crítica de arte, bacharelanda em artes visuais pela UFBA e em arquitetura e urbanismo pela Unifacs. Em sua pesquisa, estuda as fantasmagorias e o invisível como método de emancipação do gênero e de trânsitos não binários. Ficou em terceiro lugar no Concurso de Ensaísmo serrote 2023 com “Pepper´s Ghost”, publicado na edição #45.

Thaís Regina (1996) nasceu em São Paulo, é repórter e ensaísta. Já colaborou com veículos como Time, Agência Pública, Elle Brasil e Uol. Formada em jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero, atualmente estuda a relação entre prisões, poder e resistência. “Severinos, o Brasil é uma guerra nossa”, publicado na serrote 45, ficou em segundo lugar no Concurso de Ensaísmo serrote 2023.

Thiago Lanis (1983) é artista, DJ e músico e nasceu no Rio de Janeiro.

Thiago Rocha Pitta (1980) nasceu em Tiradentes (MG) e vive entre o Rio de Janeiro e Petrópolis (RJ). Artista multimídia, explora linguagens de vídeo, fotografia, escultura, intervenções públicas e aquarela. Na serrote 46, publica o ensaio visual “O suplício de Cabral”.

Triscila Oliveira (1985) vive em Niterói (RJ) e é escritora, roteirista e ativista dedicada a pautas de gênero, raça e classe. Com o desenhista Leandro Assis, publica charges na Folha de S.Paulo e lançou os livros de quadrinhos Confinada (2021) e Os santos (2023). Este último narra as histórias cruzadas de uma família periférica e uma família branca rica da Zona Sul carioca. 

Vivian Caccuri (1986), nascida em São Paulo e radicada no Rio de Janeiro, propõe experimentos com o som em trabalhos que abarcam dimensões visual, corpórea e tecnológica. Seu trabalho está publicado na serrote 46. 

Yasmin Santos (1998) é jornalista e escritora e vive no Rio de Janeiro. Colaborou com veículos como piauí, Quatro Cinco Um, Folha de S.Paulo, Nexo, The Intercept Brasil, Uol, GQ e Elle Brasil. É editora do selo Companhia das Letras. “Ladainha da sobrevivência”, menção honrosa no 4o Concurso de Ensaísmo serrote, em 2021, foi publicado no número 40 da revista.


serrote #46
224 páginas
R$ 48,50
Festival serrote
3 e 4 de maio (sexta e sábado)
IMS Paulista (Av. Paulista, 2424, São Paulo)
Entrada gratuita

.: Roteirista de "Malhação" e "Sessão de Terapia" lança romance infantojuvenil


Jacqueline Vargas é roteirista vencedora do Emmy Awards, conhecida pelo trabalho na televisão em obras como "Malhação - Viva a Diferença", "Sessão de Terapia" e "Floribella". Também psicanalista, ela publica agora "A Arte de Cancelar a Si Mesmo", livro no qual entrelaça suas pesquisas sobre Psicanálise em uma ficção para o público infantojuvenil.

Esta obra é o retrato da Geração Alpha, uma juventude que teve a individualidade moldada por números na internet. A protagonista é Majô, uma influenciadora digital mirim que vê sua vida desandar após ser alvo de uma denúncia anônima on-line. O livro é o primeiro de uma trilogia que reflete sobre o impacto da tecnologia na primeira geração completamente exposta às redes sociais.

O cancelamento
No livro "A Arte de Cancelar a Si Mesmo", a adolescente Majô tem uma vida perfeita, assim como todos os influenciadores digitais aparentam. É bonita, carismática, está sempre nas manchetes de sites de fofoca e seu engajamento das redes sociais é enorme. A adolescente começou a fazer vídeos quando era criança, e agora um “publi” lucra mais do que ganharia se seguisse uma carreira tradicional. Porém, depois de uma denúncia anônima, seu canal do YouTube fica à berlinda, e ela desaparece da casa dos pais. Esse enredo marca novo livro infantojuvenil de Jacqueline Vargas, roteirista vencedora do Emmy Awards, principal premiação para programas de televisão do mundo.

A arte de cancelar a si mesmo é o retrato dos conflitos de uma juventude que teve a individualidade moldada por números na internet. Aos 15 anos, a famosa mirim já precisa lidar com a ideia de sustentar toda a família, sofre com as dores de ter uma mãe narcisista e, por causa da profissão, não consegue manter amizades próximas. Entretanto, uma decisão muda a vida dela: enquanto todo o Brasil se pergunta o que teria acontecido à jovem, Majô está escondida na casa da vizinha Kauane – adolescente com um perfil completamente diferente da protagonista.

A garota que mora na casa ao lado é introvertida, sarcástica, neurótica e com uma tendência a reclusão social. Porém, quando encontra a influenciadora na edícula do lar, surge uma amizade improvável. A partir disso, as duas revisitam as memórias de infância, compartilham frustrações sobre o futuro, ponderam sobre o peso das redes sociais na vida delas, experienciam primeiros amores e tentam encontrar formas de existir sem se prenderem às amarras do engajamento no mundo virtual.

Nesta obra, a escritora entrelaça pesquisas sobre psicanálise em uma ficção para o público infantojuvenil. Entre as páginas, reflete sobre como a subjetividade dos jovens está conectada às redes sociais, pondera acerca das consequências do excesso de informações no cotidiano e questiona os limites entre o esquecimento e a necessidade de registrar as memórias na internet.

A autora atravessa esses temas em uma narrativa fluida e multimídia: com uma linguagem similar à da juventude contemporânea, utiliza as redes sociais como recurso extra para acrescentar detalhes no enredo. Na história, Majô tem um “dix”, uma espécie de perfil no Instagram para pessoas próximas. Sob o nome @rouxinoulazul, a menina publica poemas e desenhos em aquarela, e esse usuário existe de verdade com os posts que a protagonista teria divulgado.

"A Arte de Cancelar a Si Mesmo" - é o canto do rouxinol azul é o primeiro livro de uma trilogia, que terá as continuações “No Playground de Vênus - O Amor É de Brincadeira” e “Existe Vida Dentro do Meu Quarto - Quando Eu Era Feliz Antes de Ser Feliz”. As obras contarão com os mesmos personagens, mas haverá protagonismos diferentes. “Estamos diante de uma primeira geração exposta desta forma às redes sociais. Como será sua vida madura? Este livro fala de temas que outros até falam, mas não tão a fundo. E é um equívoco achar que o jovem não quer ir a fundo nos seus questionamentos”, afirma a escritora. Compre o livro "A Arte de Cancelar a Si Mesmo", de Jacqueline Vargas, neste link.


Trecho do livro
“Trabalho”, a palavra voltou como um bumerangue. Tantos anos de trabalho. Quando foi mesmo que ela parou de falar dos animais? Quando foi mesmo que o canal virou um diário da sua vida apimentado com provações diárias de coragem e superação? O que tinha a vida dela de tão interessante assim? Ir para o Twitch a apavorava imensamente. E essa era a última novidade dos pais. Fez o teste e ficou quase dez horas “live”. A possibilidade de repetir a experiência a apavorava. (A arte de cancelar a si mesmo, pg. 125)


Sobre a autora
Jacqueline Vargas é roteirista com 20 anos de experiência. Adaptou as duas primeiras temporadas da série “Sessão de Terapia” e criou mais três temporadas originais. Trabalhou como consultora dramatúrgica de diversos projetos audiovisuais, como “No Mundo da Luna”. Ainda contribuiu para o roteiro de novelas como “Floribella”, “Malhação - Viva a Diferença” e “Terra Prometida”. Assinou os longas-metragens “Querida Mamãe”, “TPM - meu amor”, “Alguém como eu” e “As Polacas”. No mercado literário, lançou “Aquela que Não É Mãe”, “Valentina - A Herdeira da Magia” e agora publica a obra infantojuvenil "A Arte de Cancelar a Si Mesmo". Em paralelo, formou-se em Psicanálise, com foco na abordagem para a adolescência e tem pós-graduação em Filosofia, Psicanálise e Cultura, além de integrar o grupo de analistas “Escutamiga”. Garanta o seu exemplar de "A Arte de Cancelar a Si Mesmo", escrito por Jacqueline Vargas, neste link.

.: Belchior e luto são assuntos de HQ da Conrad Editora e da Revista O Grito!


Uma parceria entre os selos HQ para Todos e HQ de Fato, da Conrad Editora e Revista O Grito!! respectivamente, o quadrinho traz duas histórias dedicadas ao Jornalismo em Quadrinhos e publicadas originalmente de forma digital no site da revista, que chegam agora em versão impressa: "O Luto É Um Lugar que Não se Vê" e "O Novo Sempre Vem".

A história "O Luto É Um Lugar que Não se Vê" oferece uma perspectiva diferente sobre o luto. A autora Gabriela Güllich realiza uma reportagem sensível e envolvente sobre diversos aspectos relacionados ao tema, como os rituais de despedida e a arquitetura dos cemitérios, em especial o cemitério da Consolação, abordando a simbologia única para quem infelizmente já teve que passar por esse momento.

Já em "O Novo Sempre Vem", os leitores vão encontrar um novo olhar sobre a relevância e o impacto cultural de Belchior, um dos maiores artistas da música brasileira. A autora, Carol Ito, conta um pouco da trajetória do artista através da perspectiva da filha do cantor, Ali Vannick. Para os fãs da boa música brasileira, Ali Vannick mostra como foi seguir os passos do pai na música para manter viva a poética única criada por ele.

A edição de HQ de Fato, em poucas páginas, contempla duas temáticas distintas de forma bastante detalhada e sensível, combinando o trabalho e o talento de duas autoras e jornalistas brasileiras de destaque. O quadrinho foi lançado pela Conrad em 20 de março e está disponível nas edições física, por apenas R$ 14,90 na Amazon, e digital, de forma gratuita tanto na Amazon quanto no site oficial da Revista O Grito!. Compre os livros "O Luto É Um Lugar que Não se Vê" e "O Novo Sempre Vem", escritos por Gabriela Güllich e Carol Ito , neste link.


Sobre o livro
"O Luto É Um Lugar que Não se Vê" | "O Novo Sempre Vem"
Autoras: Gabriela Güllich e Carolina Ito
Páginas: 32
Preço: R$ 14,90 (versão impressa) / gratuita (versão digital)


Sobre as autoras
Gabriela Güllich
é jornalista, quadrinista e os dois ao mesmo tempo. Atua nas áreas de direitos humanos e meio ambiente, com foco nas dinâmicas do jornalismo visual. Venceu o Troféu HQMix com São Francisco, HQ-reportagem publicada no formato digital pela Conrad Editora. É autora da coluna Entre Quadros, projeto de entrevistas ilustradas no site Mina de HQ. Suas colaborações incluem Revista O Grito!, SOLRAD Mag, Latinográficas, ((o))eco e Embaixada da França no Brasil.

Carol Ito é jornalista, quadrinista e ilustradora que ama contar histórias usando narrativas gráficas. Trabalha com HQs desde 2014 e é especialista em jornalismo em quadrinhos, colaborando com veículos como Revista Piauí, Agência Pública, Revista Trip, Revista Morel, entre outras, com destaque para temas envolvendo direitos humanos e direitos das mulheres. Ela também entrou na lista da Forbes under 30 de 2022 e ganhou o prêmio Vladimir Herzog. Garanta o seu exemplar de "O Luto É Um Lugar que Não se Vê" e "O Novo Sempre Vem", escritos por Gabriela Güllich e Carol Ito , neste link.

.: Cartilha "O Caminho a Seguir" mostra como interagir corretamente


Livro essencial para compreender as possibilidades de inclusão em empresas e escolas e como lidar com uma PCD, "O Caminho a seguir - Como Agir Frente a Uma Pessoa com Deficiência", coordenado por Eliana Aparecida Conquista, e publicado pela editora O Artífice, preenche uma lacuna no campo editorial e nas relações sociais ao explicitar a terminologia mais assertiva ao se referir a uma Pessoa com Deficiência (PCD), os diversos tipos existentes, suas causas, bem como dicas de recursos facilitadores para quem possui algum tipo de deficiência, física, auditiva, intelectual ou visual.

A chamada "deficiência" está mais do que presente e deve ser olhada de frente e não de lado. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), há mais de um bilhão de pessoas com diferentes deficiências no planeta! No Brasil, são 18,6 milhões de pessoas, o que representa quase 8,9% da população total, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE, 2022).

Por isso, Eliana Aparecida Conquista trata do tema com ciência e consciência. Ciência dos dados e consciência, pois tem uma luxação congênita (desencaixe da cabeça do fêmur com o quadril) e é uma Pessoa com Deficiência (PCD) física, integrando as estatísticas e conhecendo todas as dificuldades que podem existir.

Esta cartilha traz a integração de PCDs na escola e nas empresas, com ênfase em temas como acessibilidade, cotas, estatuto e dicas de interação, inclusive com crianças, uma quebra de paradigmas para rachar o preconceito existente. Nela, você pode aprender sobre possíveis "micos". Pessoa com Deficiência (PCD) é a mais atualizada terminologia. E há um porquê. Já ouviu a utilização de diversos termos, né? Especiais, mas não somos todos especiais de algum modo? Ou excepcional: a mesma explicação anterior é válida.

Pessoa com necessidades especiais: todo indivíduo tem alguma especificidade: precisa de sapatos de determinado tipo ou evita algum alimento devido a reações alérgicas ou intolerância. E deficiente? Nem todos possuem as mesmas habilidades e é deficiente em alguma área; acerta em humanas, mas erra na matemática, por exemplo, e não se pode definir quem tem alguma deficiência como deficiente em sua totalidade.

E pessoa "portadora" de deficiência? Bem, quando portamos algo, podemos deixar de portá-lo, uma carteira que se deixa em casa, um passaporte, mas as PCDs não podem tirar sua deficiência. Por isso, quando se fala 'Pessoa com Deficiência', coloca-se a pessoa antes da deficiência e se define que essa é apenas uma das suas características e não toda ela.

Essa clareza de propósitos, conceitos e dicas é o que você encontrará neste livro, essencial para trabalhar a inclusão, dirimir dúvidas, superar preconceitos e construir um mundo diverso e com equidade. Leia e indique! Compre o livro "O Caminho a seguir - Como Agir Frente a Uma Pessoa com Deficiência", escrito por Eliana Aparecida Conquista, neste link.


Sobre o livro
"O Caminho a seguir - Como Agir Frente a Uma Pessoa com Deficiência". Eliana Aparecida Conquista. Com o apoio e pesquisa de Ana Paula Aquilino, Maria do Carmo Braga do Amaral Tirado, Flávia Aquilino Marcondes Cezar. Ilustração: Raquel Boari. Gênero: educação inclusiva; desenvolvimento pessoal. Formato: 18x25 cm, colorido, 70 pág., ISBN 978-65-87788-06-7. São Paulo: editora O Artífice, 2023. R$ 50,00. Palavras-chave: pessoa com deficiência; acessibilidade; inclusão social; educação inclusiva.


Sobre a autora
Eliana Aparecida Conquista, coordenadora da cartilha, é psicóloga clínica, da linha Junguiana, especialista no Teste de Rorschach e Grafologia; graduada em Letras. É autora do livro autobiográfico Escolhi Ser Feliz. Palestrante, integra projetos voltados às Mães de Filhos com Deficiência, O Caminho a Seguir, sobre inclusão de PCDs em empresas, instituições e escolas, e grupos de adolescentes e idosos. O livro conta com a coautoria de Ana Paula Aquilino, Maria do Carmo B. A. Tirado e Flávia Aquilino, da Conquistah Consultoria Psicológica. Garanta o seu exemplar de "O Caminho a seguir - Como Agir Frente a Uma Pessoa com Deficiência", escrito por Eliana Aparecida Conquista, neste link.

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