terça-feira, 25 de março de 2025

.: Série "Território em Fluxo" debate resistência e identidades da Cracolândia

Foto: Iolanda Depizzol


A série documental “Território em Fluxo”, produção que investiga e registra a complexidade da região conhecida como “Cracolândia”, no centro da capital, tem lançamento marcado para a quarta-feira, dia 26 de março, às 18h, no teatro do Sesc Bom Retiro, em exibição gratuita. A abertura conta com apresentação musical de MC Docinho e segue com debate que reúne diferentes perspectivas sobre as transformações e desafios do território. A conversa contará com Francieli Silva, redutora de danos no Teto, Trampo e Tratamento (TTT); Veronika Verão, do Coletivo Tem Sentimento, e Giordano Magri, pesquisador de políticas públicas e direitos humanos. A mediação será conduzida por Iolanda Depizzol, diretora da série, realizada pelo Centro Popular de Mídias (CPMídias), o Jornal Brasil de Fato, e pela Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. A ação integra o Festival Direitos Humanos para Todas as Pessoas e contará também com intervenções culturais.

Além do lançamento do documentário, o Sesc Bom Retiro realiza nos dias 21, 25 e 26 de março, às 15h, uma programação integrada mediada pelo Coletivo Paulestinos, com oficinas de lambe-lambe e bate-papo com especialistas e coletivos que atuam na região, na Praça de Convivência da unidade e aberto ao público em geral.

A série documental é resultado de um extenso trabalho de apuração que contou com mais de 30 entrevistas realizadas ao longo de nove meses com moradores, comerciantes, artistas, pesquisadores, defensores públicos, educadores sociais e redutores de danos que atuam no território. A produção busca ir além das narrativas estigmatizadas, trazendo um olhar plural sobre a Cracolândia, partindo da perspectiva de quem vive a região no dia a dia até as análises de especialistas que acompanham as transformações do local e as políticas públicas implementadas.

A diretora da série, Iolanda Depizzol, ressalta que dar visibilidade às experiências das pessoas que vivem na região é essencial para compreender a complexidade do território. “Nesse momento, a escuta dessas pessoas é fundamental, algo que não tem sido feito pelo poder público – daí a relevância do papel da mídia. É preciso que elas próprias [pessoas que vivem no território] relatem sua realidade e apontem caminhos possíveis para os desafios existentes. A série busca exatamente isso: aprofundar a compreensão da região, mostrando que as questões envolvidas vão muito além do uso excessivo de drogas, abordando temas como moradia, renda, acesso à cultura e dignidade humana".

A proposta da série “Território em Fluxo” é trazer uma perspectiva sensível e aprofundada sobre o território, que considere as pessoas em sua totalidade e dignidade humana. Ao ecoar as vozes daqueles que historicamente foram estigmatizados, o projeto busca construir narrativas que rompam com os estigmas e simplificações sobre a Cracolândia, oferecendo uma visão mais ampla sobre as vivências e resistências que acontecem na região.


SERVIÇO

Lançamento da série documental “Território em Fluxo”

Dia 26 de março. Quarta-feira, às 18h.

Local: teatro (291 lugares). 10 anos. Grátis. 


Programação: 

Abertura musical com MC Docinho 

Bate-papo: 

Francieli Silva – Redutora de danos no Teto, Trampo e Tratamento (TTT)

Veronika Verão – Coletivo Tem Sentimento

Giordano Magri – Pesquisador de políticas públicas e direitos humanos

Mediação: Iolanda Depizzol, diretora do documentário


Vivência artística “Territórios que nos habitam”, com Coletivo Paulestinos 

Dias 21, 25 e 26 de março, sexta, terça e quarta, 15h.

Local: Praça de Convivência. Livre. Grátis.


ESTACIONAMENTO DO SESC BOM RETIRO - (Vagas Limitadas)

O estacionamento do Sesc oferece espaço para pessoas com necessidades especiais e bicicletário. A capacidade do estacionamento é limitada. Os valores são cobrados igualmente para carros e motos. Entrada: Alameda Cleveland, 529.

Valores: R$8 a primeira hora e R$3 por hora adicional (Credencial Plena). R$17 a primeira hora e R$4 por hora adicional (Outros). Valores para o público de espetáculos: R$ 11,00 (Credencial Plena). R$ 21,00 (Outros).

Horários: Terça a sexta: 9h às 20h. Sábado: 10h às 20h. Domingo: 10h às 18h. IMPORTANTE: Em dias de evento à noite no teatro, o estacionamento funciona até o término da apresentação.


TRANSPORTE GRATUITO

O Sesc Bom Retiro oferece transporte gratuito circular partindo da Estação da Luz. O embarque e desembarque ocorre na saída CPTM/José Paulino/Praça da Luz.


Consulte os horários disponíveis de acordo com a programação no link https://tinyurl.com/3drft9v8


Sesc Bom Retiro

Alameda Nothmann, 185. CEP 01216-000.

Campos Elíseos, São Paulo – SP. Telefone: (11) 3332-3600

Siga o @sescbomretiro nas redes sociais:

Facebook, Instagram, Youtube /sescbomretiro


Fique atento se for utilizar aplicativos de transporte particular para vir ao Sesc Bom Retiro! É preciso escrever o endereço completo no destino, Alameda Nothmann, 185, caso contrário o aplicativo informará outra rota/destino.

segunda-feira, 24 de março de 2025

.: Espetáculo "Copo Vazio" com direção de Bruno Perillo faz nova temporada


Adaptação teatral do livro da escritora Natália Timerman tem direção de Bruno Perillo e dramaturgia de Angela Ribeiro; peça reflete sobre responsabilidade afetiva nos relacionamentos contemporâneos. Foto: Lígia Jardim

Em 2021, a psiquiatra e escritora brasileira Natalia Timerman lançou o livro "Copo Vazio" pela editora Todavia. É um romance dedicado a falar sobre uma experiência de abandono a partir de uma perspectiva contemporânea. Criada a partir da própria experiência da autora com um ghosting (termo atualmente usado para designar o término repentino de um relacionamento com uma pessoa sem quaisquer explicações ou aviso), a obra é uma ficção e ganha sua primeira adaptação teatral homônima. A nova temporada acontece no Teatro Itália entre os dias 1º e 30 de abril, com sessões às terças e quartas-feiras, às 20h00 Nos dias 29 e 30 de abril haverá bate-papo após a sessão com a escritora Natalia Timerman e elenco.

Com idealização de Carolina Haddad e direção de Bruno Perillo, o espetáculo reflete sobre a necessidade de se desenvolver a responsabilidade afetiva. Para trazer o livro para o universo do teatro, a dramaturgia de Angela Ribeiro coloca em cena uma atriz e um ator, que tentam reconstruir a trajetória de Mirela e Pedro, personagens do romance que viveram um intenso relacionamento por três meses até um deles sumir de maneira repentina.   

A narrativa explora o ponto de vista de Mirela, uma mulher inteligente e bem-sucedida que acaba submergida em afetos perturbadores quando se apaixona por Pedro, que a abandona. “Pedro desaparece de sua vida sem nenhum motivo aparente e Mirela precisa lidar com esse sentimento que é pior do que uma simples rejeição. Vemos uma mulher angustiada, buscando nas suas memórias algum sinal de que ela cometeu algum erro durante a relação. A vida dela vai acontecendo e ela está sempre às voltas com esse fantasma”, conta Carolina.  

Enquanto o livro está focado na vulnerabilidade da protagonista, na peça, os atores vão tentando recriar essa história, levantando questionamentos sobre os personagens do livro. Dessa forma, a peça convoca a uma discussão coletiva sobre a superficialidade dos relacionamentos contemporâneos. O trabalho suscita uma série de questionamentos, entre eles: será que o medo de sofrer está impedindo as pessoas de apostarem no amor? Ou o fato de o ser humano estar, de uma certa forma, refém do mundo virtual, está deixando-o ainda mais solitário? Fato é que a peça não se propõe a trazer respostas exatas, já que amar é se colocar em risco e  não simplesmente uma teoria. 

“Nosso foco é mostrar para as pessoas que ter responsabilidade afetiva é o básico para qualquer relacionamento. Somos seres dotados de sentimentos e não podemos perder a empatia. Afinal, as pessoas podem estar lidando com situações que nem imaginamos e simplesmente sumir da vida de alguém, como acontece na história, pode disparar gatilhos bem ruins”, defende Carolina.   


Sobre a encenação
Do ponto de vista narrativo, a peça é estruturada sem uma ordem cronológica, assim como no romance. Presente, passado e futuro se misturam a todo o momento, conduzindo a plateia a um labirinto de sensações vertiginosas, como se Mirela de fato tivesse sido lançada num abismo.

Para dar conta de toda essa complexidade, os intérpretes Carolina Haddad e Jorge Guerreiro alternam-se em momentos em que são atriz e ator discutindo sobre os personagens, e em que são os personagens vivendo a história. E, algumas vezes, seus corpos estão em um tempo e suas vozes em outro.  

O espetáculo é metalinguístico e faz uso de recursos como vídeo-projeções mapeadas, trilha sonora, canto, dança, elementos cenográficos e iluminação para multiplicar os planos de percepção do público. “Quisemos transportar o tom da prosa poética  da narrativa original para os palcos”, diz Perillo. 


Sinopse
A partir da obra homônima de Natalia Timerman, a peça "Copo Vazio" coloca em cena uma atriz e um ator ensaiando e refletindo sobre seus personagens, Mirela e Pedro. O tema que perpassa a obra é a responsabilidade afetiva nos relacionamentos contemporâneos, pois Pedro desaparece da vida da Mirela após três meses de intenso relacionamento, num fenômeno caracterizado nos dias atuais como "ghosting".


Ficha técnica
Espetáculo "Copo Vazio"
Dramaturgia: Angela Ribeiro (livremente inspirada no livro Copo Vazio da autora Natalia Timerman, Ed. Todavia)
Elenco: Carolina Haddad e Jorge Guerreiro
Direção: Bruno Perillo
Direção de movimento: Marina Caron
Cenografia: Chris Aizner
Cenotecnia: Casa Malagueta
Desenho de luz: Gabriele Souza
Operação de luz: Letícia Rocha
Trilha sonora: Pedro Semeghini
Operação de som: Pedro Semeghini
Direção de imagem e videomapping: André Grynwask e Pri Argoud (Um Cafofo)
Operação de vídeo: Rodrigo Chueri
Figurinista: Anne Cerutti
Assistente de figurino: Luiza Spolti
Fotos: Bruna Massarelli, Caio Oviedo, Kim Leekyung e Ligia Jardim
Redes sociais: Madu Arakaki, Livia Gioia, Gabriela de Sá
Produção: CM Haddad Produções e Corpo Rastreado – Letícia Alves
Assistência de produção: Madu Arakaki
Assessoria de imprensa: Canal Aberto - Márcia Marques, Flávia Fontes e Daniele Valério
Idealização: Carolina Haddad


Serviço
Espetáculo "Copo Vazio"
Teatro Itália - Av. Ipiranga, 344 - República, São Paulo - SP, CEP 01046-010
De 1º a 30 de abril de 2025
Terças e quartas, às 20h00
Sessões com libras dias 8 e 23 de abril
Sessão com bate papo com a escritora Natalia Timerman e elenco dias 29 e 30 de Abril
Ingressos: Inteira: R$ 100,00 | Meia: R$ 50,00
Vendas pela Sympla: bileto.sympla.com.br/event/102109
Classificação etária: 16 anos
Duração: 80 minutos

sábado, 22 de março de 2025

.: Companhia das Letras publicará livro de Gisèle Pelicot em janeiro de 2026

Em 2024, Gisèle Pelicot inspirou e comoveu milhões de pessoas com sua coragem e dignidade ao escolher renunciar ao direito de anonimato durante o processo que envolvia seu marido e cinquenta homens acusados ​​de crimes sexuais contra ela. Seu apelo para que a vergonha mudasse de lado e recaísse sobre os agressores, e não sobre as vítimas, teve ampla repercussão e a transformou em ícone global.

Agora, Pelicot narra a própria história em uma autobiografia que oferecerá consolo e esperança e contribuirá para o mudar o debate público sobre vergonha. O livro será publicado no Brasil em 27 de janeiro de 2026 pela Companhia das Letras, em lançamento simultâneo em mais de vinte idiomas.

“Sou imensamente grata pelo apoio extraordinário que recebi desde o início do julgamento. Agora quero contar minha história com minhas próprias palavras. Por meio deste livro, espero compartilhar uma mensagem de força e coragem a todas as pessoas que são submetidas às mais penosas provações. Que elas nunca sintam vergonha. E, com o tempo, que aprendam a aproveitar a vida novamente e encontrem paz”, disse Pelicot.

Ofuscando líderes mundiais, Pelicot foi eleita a pessoa mais notável de 2024 em uma pesquisa de opinião na França, além de homenageada pela revista Time. No Dia Internacional da Mulher, o The Independent a considerou a mulher mais influente de 2025.

.: Quando o silêncio grita: descubra a obra que está impactando a literatura


Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com.

A literatura tem o dom de transformar experiências individuais em algo universal e pode tocar o leitor de maneira íntima e profunda. Em "De Repente Nenhum Som", o escritor Bruno Inácio utiliza esse poder para explorar um tema que, paradoxalmente, costuma passar despercebido: o silêncio. Mas no livro não há apenas ausência de som, mas também o elemento narrativo que revela medos, angústias e até momentos de beleza inesperada. O autor constrói histórias em que o que não é dito pesa tanto quanto as palavras colocadas para fora e, a partir daí, cria uma experiência de leitura única.

"De Repente Nenhum Som" não é apenas uma coletânea de contos; é um mergulho na solidão, nas pausas da vida e nos ecos deixados por tudo aquilo que as pessoas evitam dizer. Com uma escrita precisa e suave, Bruno desenha cenários e personagens que parecem pertencer ao cotidiano – vizinhos, parentes, amigos ou até fragmentos do homem comum. Mas, com uma linguagem econômica, e ao mesmo tempo intensa, ele faz enxergar o vazio, a espera e o desencontro de forma precisa.

Ler "De Repente Nenhum Som" chega a ser perigoso, pois o leitor passa a enxergar o que pode não querer ver. Não é apenas passar os olhos por palavras impressas – é mergulhar em um universo de sensações, ausências e verdades que não foram sequer pronunciadas. É um convite para enxergar a força do silêncio e perceber que, muitas vezes, ele carrega mais significados do que qualquer palavra. Listamos os dez motivos pelos quais você precisa ler o livro urgentemente. Compre "De Repente Nenhum Som" neste link.


1. Um olhar inovador sobre o silêncio
O silêncio é frequentemente visto como ausência – de som, de fala, de movimento. No entanto, Bruno Inácio o apresenta como um protagonista em todas as narrativas de "De Repente Nenhum Som". Cada conto oferece uma interpretação diferente do silêncio: ora como refúgio, ora como prisão, ora como eloquência pura. Esse jogo narrativo desafia o leitor a repensar a própria relação com a quietude e com os vazios que a vida impõe.

2. Narrativas curtas, mas impactantes
A coletânea "De Repente Nenhum Som" é composta por 12 contos que não desperdiçam palavras. São histórias curtas, diretas, mas que, carregadas de significados, deixam uma marca profunda na memória do leitor. Não há espaço para o supérfluo: cada frase tem peso, cada pausa é intencional. Assim, mesmo em poucas páginas, cada conto provoca reflexões e sentimentos duradouros.

3. Escrita elegante e precisa
Bruno Inácio domina a arte de dizer muito em uma escrita econômica. Cada frase é minimalista, pois é rara, e cada palavra é escolhida cuidadosamente para criar uma atmosfera densa e envolvente. A estrutura da pontuação, a cadência das frases e os silêncios narrativos fazem parte da construção do texto, tornando a leitura uma experiência tanto emocional quanto sensorial.

4. Personagens humanos e complexos
Os protagonistas dos contos de "De Repente Nenhum Som" são figuras comuns que apresentam complexidade. Não são heróis, nem vilões – são pessoas tentando lidar com os próprios vazios. Há um homem que se enclausura por medo do mundo exterior, uma mulher que se vê forçada a encarar a fragilidade da velhice, indivíduos que lidam com perdas, mudanças e momentos de ruptura. São personagens que ecoam em outros, e até nos leitores, porque têm dilemas profundamente humanos que podem acontecer com qualquer um.

5. Reflexões profundas sobre a solidão
A solidão é um tema recorrente na literatura, mas raramente é abordada com tamanha profundidade e delicadeza. Em "De Repente Nenhum Som", a solidão é manifestada de diferentes formas: a autoimposta, a que é consequência das circunstâncias, e também outras, como a que fortalece e a que sufoca. Ao longo dos contos, o leitor percebe como o isolamento pode ser tanto uma escolha quanto uma sentença.

6. Influência de experiências reais
As melhores narrativas, muitas vezes, nascem de experiências pessoais. Um dos contos mais marcantes da coletânea, "Céu de Ninguém", tem origem em um evento real vivido pelo autor: a queda da avó no quintal de casa. Esse episódio serviu como ponto de partida para explorar a vulnerabilidade do corpo e a solidão da velhice. Essa fusão entre realidade e ficção confere autenticidade à obra e amplia seu impacto emocional.

7. Alternância entre brutalidade e delicadeza
O equilíbrio entre dureza e sensibilidade é um dos pontos fortes da escrita de Bruno Inácio. Há contos que expõem a violência do mundo com crueza, enquanto outros se desenvolvem em camadas sutis, deixando espaço para que o leitor interprete o que não está explícito. Essa dualidade confere ritmo e profundidade ao livro, fazendo com que cada história tenha um tom próprio.


8. Elogios de grandes nomes da literatura brasileira
Obras literárias ganham ainda mais valor quando são reconhecidas por aqueles que entendem profundamente a arte da escrita. De repente nenhum som recebeu elogios entusiasmados de importantes escritores contemporâneos, como Monique Malcher, Marcela Dantés e Ronaldo Cagiano. Esse reconhecimento reforça a qualidade do livro e a relevância do autor no cenário literário nacional.


9. Uma experiência literária envolvente e reflexiva
Não é apenas um livro para ser lido - é um livro para ser sentido. A maneira como Bruno Inácio constrói suas histórias permite que o leitor se aproxime das dores e inquietações dos personagens. A estrutura dos contos, a escolha das palavras e o ritmo da narrativa criam uma imersão profunda, convidando o leitor a preencher as lacunas deixadas pelo silêncio e a refletir sobre o que não é dito


10. Um autor em ascensão na literatura brasileira
Bruno Inácio já possui dois livros publicados e colabora com veículos literários importantes, como Jornal Rascunho e São Paulo Review. "De Repente Nenhum Som" som consolida sua trajetória e evidencia o talento do autor como um dos autores mais promissores da nova literatura brasileira. Acompanhá-lo desde já é um privilégio para quem valoriza literatura de qualidade e escrita refinada. Garanta o seu exemplar de "De Repente Nenhum Som" neste link.

sexta-feira, 21 de março de 2025

.: Resenha: "Branca de Neve" traz o colorido Disney para versão de clássico

Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em março de 2025


A nova versão Disney da clássica história da princesa "Branca de Neve" imprime o colorido vibrante do famoso estúdio, porém num live-action nitidamente voltado ao público infantil. Com protagonismo da atriz Rachel Zegler, o longa é um musical, o que justifica completamente a escalação da Maria de "West Side Story (Amor Sublime Amor)" de 2021. Embora não se enquadre na beleza padrão ou da esperada por muitos, considerando a figura da animação Disney que domina o imaginário mundial. Zegler entrega muito no filme.

A produção que acontece de modo rápido somando 1 hora e 52 minutos de duração, começa no vilarejo em que os pais de Branca de Neve são rei e rainha. No estilo da animação "Wish: O Poder dos Desejos" a sequência musical também remete às canções da produção que celebrou os 100 anos dos estúdios Disney. Pode-se até dizer também que há na nova Branca de Neve, um lado Asha (protagonista de "Wish").

Seguindo a essência do conto de fadas, a felicidade da garota acaba quando seu pai a deixa órfã e ela cai nas mãos da madrasta, a Rainha Má (Gal Gadot, "Mulher Maravilha"), uma vilã gananciosa obsessiva por ser a mais bela. Encastelada, Branca de Neve esbarra em Jonathan (Andrew Burnap, live-action "A Pequena Sereia"), um mão leve, tal qual o Flynn Ryder da animação "Enrolados". Assim, a jovem conhece um pouquinho da realidade daquele povo igual acontece com Jasmine em "Aladdin".

Com novos personagens e sem anões -embora tenham atores por trás, visualmente, todos são criados em efeitos especiais-, após a polêmica com ator Peter Dinklage que questionou a representação de atores com nanismo no filme, "Branca de Neve" é claramente apoiado no talento vocal da protagonista. 

Os trabalhadores de uma mina repleta de pedras preciosas em versão humanizada, a partir da animação de 1938, são a chave de provocar emoção diante do filme. Seja quando os sete homenzinhos surgem entoando a clássica versão dublada de "Eu vou!", em inglês é "Heigh-Ho!". Ou quando Branca de Neve é encontrada ocupando algumas camas e até ao convocá-los para limpar a casa. São momentos lindos no filme.

Tentando flertar com a introdução de "Encantada", que é nitidamente inspirada na da animação "Branca de Neve e os Sete Anões", o novo filme tem alguns segundos animados após o livro "Branca de Neve" ser aberto quando um ouriço sai de cima deleapós tirar um cochilo. Visualmente, o filme é encantador, assim como a voz de Rachel Zegler, mas apresenta um problema curioso. Quando a jovem está sendo velada na floresta, a posição, inicialmente, com os pés virados para um rio, em outros momentos, muda, ainda que ela esteja em cima de uma pedra.

O longa voltado ao público infantil, cumpre seu papel nas tramas de fantasia e está em cartaz nas telonas Cineflix Cinemas sendo uma excelente opção de entretenimento para toda a família. Vale muito a pena conferir nos cinemas, pois a Cineflix Cinemas está com um balde de pipoca belíssimo e colecionável!

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN



"Branca de Neve" (Snow White). Ingressos on-line neste linkGênero: infantil, aventuraClassificação: 10 anos. Duração: 1h52. Direção: Mark Webb. Roteiro: Greta Gerwig, Erin Cressida Wilson. Elenco: Rachel Zegler, Gal Gadot, Andrew Burnap. Sinopse: A rainha malvada morre de ciúmes da beleza de Branca de Neve e manda mata-la. Logo, descobre que a jovem não morreu e está morando na floresta com sete amiguinhos. A princesa então é envenenada pela rainha e só o beijo de um príncipe pode salvá-la. Confira os horários: neste link

Trailer "Branca de Neve"




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.: Valderilio Feijó Azevedo, "Entre a Medicina e a a Música", por Otero

Valderilio Feijó Azevedo. Foto: Divulgação

Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. 


Um dos profissionais mais respeitados na área de Reumatologia no País, o médico Valderilio Feijó Azevedo consegue dividir seu tempo com uma outra paixão: a música. Ele está divulgando o lançamento do seu primeiro EP, "Maria Helena", em todas as plataformas digitais. Um trabalho que une sensibilidade e profundidade em quatro faixas autorais, o projeto reflete sua paixão pela música e sua conexão com temas universais, apresentando composições que transitam entre a suavidade poética e a força emocional das melodias.

A capa do novo EP, criada pelo artista, resgata uma memória especial da infância do músico. A imagem é uma composição baseada em uma foto tirada quando ele tinha apenas 7 anos, em 1970, segurando uma mini-guitarra elétrica. Ao fundo, um cenário cósmico simboliza um desejo que atravessa o tempo: que a ciência e a arte nos ajudem a compreender melhor os mistérios da vida e do universo.

O músico e instrumentista define sua música como MPB, mas confessa sua paixão pelo rock clássico dos anos 60 e 70. Considerado beatlemaníaco, Valderilio foi membro da  banda Os Metralhas, grupo que interpretava covers dos Beatles e participou de várias edições da International Beatle Week em Liverpool, na Inglaterra.

No trabalho de Valderilio também se nota a influência do rock progressivo dos anos 70, especialmente nos arranjos das canções.

No ano de 2022, Valderilio realizou um emocionante projeto audiovisual em parceria com a Humanitas, a Igreja Católica e a iniciativa United24, dedicada à reconstrução da Ucrânia e às crianças da zona de guerra. O vídeo "Christmas in Kyiv" traz uma composição inédita do artista, com arranjos de cordas assinados pelo maestro Alberto Heller, de Santa Catarina.

Em 2023, Valderilio compôs a canção Primavera de Curitiba em homenagem aos 330 anos da cidade. A convite das autoridades locais, o cantor apresentou a música em celebração à data.

Além da carreira musical, Valderilio acaba de ser eleito como o novo presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR). O reumatologista tem uma trajetória dedicada ao avanço da Medicina e foi presidente da Sociedade Paranaense de Reumatologia. E  é professor associado em reumatologia na Universidade Federal do Paraná (UFPR), tendo sido coordenador da Comissão de Artrite Psoriásica e biotecnologia da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) e segundo secretário da entidade.


Relva


Bato a porta do Universo


Nova Era


quinta-feira, 20 de março de 2025

.: Resenha: "O Bom Professor" expõe o privado em julgamento público

Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em março de 2025


O drama "O Bom Professor", dirigido por Teddy Lussi-Modeste, apresenta a história do professor de ensino médio, Julien (François Civil, "Molière") que se vê diante de uma grande injustiça ao ser apontado como assediador, após acusação da aluna Leslie (Toscane Duquesne). Enquanto segue com as aulas de literatura, o jovem tenta limpar o nome manchado por um escândalo infundado. Lutando para não expor a vida íntima.

Contudo, ao ser ameaçado pelo irmão mais velho da garota e receber a desconfiança dos outros alunos, Julien acaba tendo seu segredo pessoal revelado quando o vídeo de uma festa particular é vazado no ambiente de trabalho. Todavia, o apoio entre os colegas e superiores também acaba sendo abalado diante de tamanho conflito, fazendo com que o silêncio impere acima da verdade dos fatos.

Em "O Bom Professor"produção de 1 hora e 31 minutos, tudo acontece rapidamente tal qual seria num cotidiano, em meio a tantos problemas paralelos, não permitindo até mesmo ao público tempo de elaborar grandes reflexões diante do ataque que é inflado a cada minuto. Com sabedoria e delicadeza, o filme levanta debates sobre julgamento público e reputação.

Entretanto, o longa evidencia a versatilidade do ator François Civil que sai da pele do D'Artagnan dos recentes filmes franceses "Os Três Mosqueteiros" ao interpretar um professor de literatura que mantém com discrição seu relacionamento com Walid (Shaïn Boumedine, "Em Nome da Honra").

Exibido durante o 15º Festival Varilux de Cinema Francês"O Bom Professor", uma coprodução entre a França e a Bélgica, apresenta a história real vivida pelo diretor do filme Teddy Lussi-Modeste que roteirizou a produção em parceria com Audrey Diwan. Vale muito a pena conferir!

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN


"O Bom Professor" (Pas de Vagues). Ingressos on-line neste linkGênero: dramaClassificação: livre. Duração: 1h31. Ano: 2024. Distribuidora: Bonfilm. Direção: Teddy Lussi-ModesteRoteiro: Teddy Lussi-Modeste, Audrey Diwany. Elenco: Francis Civil, Shaïn Boumedine, Toscana Duquesne, Mallory Wanecque, Kebe de padaria, Marianne Ehouman Luna, Ho Poumey, Emma Boumali, Estevan Marchenoir, Atik Mandíbula, Mohamed Fadiga, Agnès Hurstel, Myriam Djeljeli, Armindo Alves, Francisco Leplay, Emilie Incerti-Formentini, Walid Afkir, Mustafá Abourachid, Fadily Camara. Sinopse: Um jovem professor de literatura do ensino médio que é injustamente acusado de assédio sexual por uma de suas alunas, uma adolescente, e deve lutar para limpar seu nome enquanto enfrenta pressões do irmão mais velho da garota e de seus colegas de classe. Julien busca apoio entre seus colegas e superiores, mas diante do conflito, o silêncio reina. Ao mesmo tempo, Julien está escondendo sua homossexualidade de seus alunos e colegas, até que um vídeo íntimo que revela seu segredo vaza e começa a circular na escola, o que acaba amplificando a espiral de violência contra ele.

Trailer "O Bom Professor" 




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.: Casas estranhas: obra de estreia de autor misterioso da literatura japonesa

Em maio, a Intrínseca promete intrigar os leitores brasileiros com o lançamento de "Casas estranhas". O livro de estreia do enigmático autor Uketsu, que também reúne milhões de inscritos em seu canal no YouTube, já se encontra em pré-venda. Fenômeno do mercado editorial japonês, o misterioso escritor, conhecido por sua máscara de papel machê e sua voz distorcida, já vendeu mais de três milhões de exemplares no país e teve sua obra adaptada para mangá e filme. Na trama, Uketsu nos apresenta os segredos macabros de uma residência no subúrbio de Tóquio.

Prestes a ter seu primeiro filho, um casal encontra aquela que parece ser a casa perfeita para abrigar a família em crescimento. No entanto, um detalhe intrigante faz com que hesitem: no térreo há um espaço secreto. Em busca de explicações, os potenciais compradores entram em contato com um escritor fascinado por ocultismo. Auxiliado por um especialista em arquitetura, ele se debruça sobre a planta baixa do local e logo descobre que, na verdade, a casa esconde outros pontos bizarros — portas duplas, quartos sem janelas, cômodos com disposições estranhas — que os fazem perceber que a situação é mais aterrorizante do que eles imaginavam.

O que será esse espaço misterioso, e por que ele existe? Quem seriam os antigos donos da casa, que desapareceram de forma tão repentina? Que coisas horríveis teriam acontecido ali? E seria realmente possível descobrir o segredo por trás de tudo? Os improváveis investigadores não conseguem resistir ao desafio de ir atrás dessas respostas… Mas mal sabem que podem acabar se deparando com uma realidade arrepiante.

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Uketsu é um autor e youtuber conhecido por suas histórias de mistério e terror e por seus vídeos enigmáticos, em que aparece sempre de máscara branca e roupas pretas e usa um efeito para distorcer a voz. Um dos maiores nomes da literatura de horror do Japão, mantém em segredo sua verdadeira identidade.


Casas estranhas, de Uketsu

Tradução: Jefferson José Teixeira

176 páginas

Editora: Intrínseca

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