quarta-feira, 4 de março de 2009

.: Resenha crítica de "Encurralados" com Gerard Butler

Suspense de tirar o fôlego
Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em março de 2009


História bem elaborada e cheia de reviravoltas consegue tirar o fôlego. Saiba mais de Encurralados!


No longa "Encurralados" tudo começa com uma belíssima família (perfeita, encantadora, amável, realizada, unida...) em um dia normal. Em contraponto, nem tudo é tão normal assim, pois é aniversário da mãe e esposa Abby (Maria Bello). Nas primeiras cenas nota-se que a família "de comercial de margarina" caminha na maior perfeição e harmonia.

É claro que por tratar-se de um filme de suspense, tentamos imaginar o que poderá haver de errado neste trio tão unido: Neil, o pai (Gerard Butler), Abby, a mãe e a filha, Sophie. No entanto, é no ambiente de trabalho que Neil mostra a sua verdadeira face, e assim, o espectador descobre que ele é a maçã podre da família. Logo, qualquer problema que surgir na história, ele será o culpado.

Com aniversário comemorado, é no dia seguinte que o inesperado acontece. Após deixarem a filha em casa, com uma babá, Abby e Neil são surpreendidos por um homem (Pierce Brosnan) que já estava dentro de seu automóvel. Diante deste homem ensandecido e armado os dois fazem de tudo, chegam no limite para proteger a integridade de sua filha, que está em perigo nas mãos de uma mulher, que supostamente não era uma babá. 

Quando toda a agitação do longa começa? Exatamente em 15 minutos de película. Toda a correria segue até o final? Exatamente. Muitas cenas de arrepiar explodem na tela, o que aumenta a expectativa em relação ao desfecho deste thriller. Sem contar que há uma pergunta que atormenta a todo tempo: Porque este homem "desconhecido" está fazendo todo este "circo"?

De fato, a resposta para esta pergunta é dada no melhor dos momentos deste suspense. Até porque quando tudo parece ter sido resolvido à moda de Neil, ou seja, à base de mentiras cabeludas, a maior de todas as revelações cai como uma bomba para o espectador. Vale a pena conferir!

DVD Duplo: Este contém uma versão do título no formato MP4. Esse formato permite ao consumidor assistir ao filme não só no aparelho comum do DVD, mas também reproduzi-lo em aparelhos MP4. Ex.: Ipod, Iphone, Walkman ou outros aparelhos com suporte ao formato. Para utilizar essa função, é preciso transferir o arquivo com extensão ".mp4" do DVD para seu computador e então transferir o arquivo para seu aparelho MP4, da mesma maneira como executa a transferência de uma música, por exemplo. Aproveite essa nova forma de levar a "Magia do Cinema" com você.

Filme: Encurralados (Butterfly on a Wheel/Shattered, Inglaterra/Canadá)
Ano: 2006
Gênero: Suspense
Duração: 95 minutos
Direção: Mike Barker
Roteiro: William Morrissey
Elenco: Pierce Brosnan, Maria Bello, Gerard Butler, Emma Karwandy, Claudette Mink, Desiree Zurowski


.: Resenha crítica do filme "Vida de Casado"

A questão do amor para os casados
Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em março de 2009


A comédia da vida privada no passado. Saiba mais de Vida de Casado!


"Vida de Casado" é introduzido por meio de uma animação no estilo do seriado Donas de Casa Desesperadas, seja pelo colorido dos desenhos ou pela música de fundo. Sob a ótica de um narrador personagem, Richard Langley, (Pierce Brosnan) que pensa que o casamento é uma virose passageira, (como catapora ou gripe, a qual era inume), embarcamos na vida (bastante agitada) do casal Harry (Chris Cooper) e Pat (Patricia Clarkson).

No entanto, Harry está apaixonado por Kay Nesbitt (Rachel McAdams), uma jovem viúva, que perdeu o marido na 2ª Guerra Mundial. Mantendo esse relacionamento às escondidas, Harry decide abrir o jogo com seu amigo Richard. Eis que o solteirão metido à garanhão também cai de amores pela bela loira, porém nada revela ao amigo.

Enquanto isso, Harry busca formas de separar-se da esposa. Até porque, para ele, Kay é a mulher que sempre sonhou em ter ao seu lado, isto é, Kay é a mulher que o ama de verdade, não é somente sexo, como é o amor de Pat, sua esposa, por ele. Após pensar em tantos meios de encerrar o casamento sem machucá-la, ele decide agir de modo direto: matá-la.

Cômico e dramático. Vida de Casado tem todo o cenário dos Estados Unidos no pós-2ª Guerra Mundial. No longa dirigido por Ira Sachs, os protagonistas e antagonistas estão esbanjando comicidade e drama. A disputa entre Richard e Harry, mesmo que às escuras, torna-se engraçada e intrigante, embora não deixe dúvidas sobre quem será o escolhido pela bela moça, Kay.

É inevitável cair nas graças neste retrato do cotidiano tão comum à sociedade moderna. Afinal, é curioso ver em cena um casal nada feliz com o enlace matrimonial, embora já sejam avós, um mulherengo nato e (quase) irremediável e uma viúva triste e solitária. Não deixe de conferir o sarcástico "Ricardão" em ação e com toda irreverência, em Vida de Casado!

Filme: Vida de Casado (Married Life, EUA/Canadá)
Ano: 2007
Gênero: Drama/Comédia
Duração: 90 minutos
Direção: Ira Sachs 
Roteiro: Oren Moverman e Ira Sachs, baseado em livro de John Bingham
Elenco: Chris Cooper (Harry Allen), Pierce Brosnan (Richard Langley), Patricia Clarkson (Pat Allen), Rachel McAdams (Kay), David Richmond-Peck (Tom), Erin Boyes (Becky), Timothy Webber (Alvin), Pauline Crawford (Enfermeira)

.: A responsabilidade ambiental e as novas produções

Em março de 2009


O envolvimento com o meio ambiente da empresa Disney para diminuir a agressão à natureza e as novas produções dos estúdios Disney e Pixar



MEIO AMBIENTE - Parece que a ideia (e medo) de vivermos em um universo no estilo da animação Wall-E, entranhou na empresa Disney. Neste mês (09/03/2009), a Walt Disney anunciou seus planos para reduzir pela metade suas emissões de carbono provenientes de combustíveis. Contudo, a Disney pretende chegar ao índice zero de emissões diretas de gases causadores do efeito estufa, como os seus complexos de escritórios e varejo, parques temáticos e linhas de cruzeiros.

Outra meta é zerar as quase 300 mil toneladas de dejetos sólidos que envia aos lixões, boa parte oriunda de construções. Para isso, parte desse lixo será enviado a centros de reciclagem e serão comprados mais materiais reciclados. Embarcando na preservação ambiental, a empresa assumiu o compromisso de reduzir o consumo de água, as emissões de gases e o lixo associados com a manufatura, transporte, uso e descarte de seus produtos dentro do relatório de "responsabilidade corporativa".

A Walt Disney disse ter trabalhado com a organização Conservation International para medir seu consumo de eletricidade e suas emissões de carbono reais em 2006. O plano para até 2013  pretende reduzir seu consumo de eletricidade em 10%. "As conclusões científicas atuais indicam que são necessárias reduções urgentes nas emissões de gases causadores do efeito estufa para evitar as mudanças climáticas aceleradas", disse o relatório da empresa. 

NOVIDADES - Os estúdios Disney e a Pixar estão produzindo animações para até 2012, desde cinema à DVD, incluindo o relançamento em 3-D dos primeiros Toy Story. A continuação de Carros, irá somar aos clássicos Disney.  Confira abaixo a lista completa, com datas de lançamento nos EUA e elenco de dubladores em inglês.

Up (29/05/2009)
Pixar
Direção: Pete Docter
Co-direção: Bob Peterson
Roteiro: Bob Peterson
Dubladores: Ed Asner, Christopher Plummer, John Ratzenberger, Jordan Nagai

Toy Story em 3-D (02/10/2009)
Pixar
Direção: John Lasseter
Dubladores: Tom Hanks, Tim Allen, Don Rickles, Jim Varney, Wallace Shawn, John Ratzenberger

The Princess and the Frog (Natal de 2009)
Disney
Direção: John Musker, Ron Clements
Producer: Peter Del Vecho
Composer: Randy Newman
Dubladores: Anika Noni Rose, Keith David, Jenifer Lewis, John Goodman

Tinker Bell North of Neverland - título provisório (DVD e Blu-ray, 2009)
DisneyToon Studios
Direção: Klay Hall
Producer: Sean Lurie

Toy Story 2 em 3-D (12/02/2010)
Pixar
Direção: John Lasseter
Co-direção: Lee Unkrich, Ash Brannon
Dubladores: Tom Hanks, Tim Allen, Joan Cusack, Kelsey Grammer, Don Rickles, Estelle Harris, Jim Varney, Wallace Shawn, John Ratzenberger

Toy Story 3 (18/06/2010)
Pixar
Direção: Lee Unkrich
Roteiro: Michael Arndt
Dubladores: Tom Hanks, Tim Allen, Joan Cusack, Don Rickles, Wallace Shawn, Estelle Harris, John Ratzenberger, Ned Beatty

Rapunzel (Natal de 2010)
Disney
Direção: Glen Keane, Dean Wellins

Tinker Bell A Midsummer Storm - título provisório (DVD e Blu-ray, 2010)
DisneyToon Studios
Direção: Carolyn Gair

Tinker Bell A Winter Story - título provisório (DVD e Blu-ray, 2011)
DisneyToon Studios

Newt (Metade de 2011)
Pixar
Direção: Gary Rydstrom
Roteiro: Gary Rydstrom, Leslie Caveny
Sinopse: O que acontece quando o último lagartixa-de-pé-azul macho e a última lagartixa-de-pé-azul fêmea do planeta, que se odeiam, são forçados a reproduzir para salvar todas as espécies do planeta? Newt e Brooke, o conflituoso casal, embarcam em uma aventura imprevisível e descobrem que encontrar um parceiro nem sempre é algo que se planeja - mesmo quando a opção é uma só.

The Bear and the Bow (Natal de 2011)
Pixar
Direção: Brenda Chapman
Dubladores: Reese Witherspoon, Billy Connolly, Emma Thompson
Sinopse: A mítica Escócia é o cenário da aventura de ação. A impetuosa Merida, embora filha da nobreza, preferiria entrar para a história como uma arqueira de sucesso. Confrontando os desejos de sua mãe, a princesa toma uma atitude impensada, que coloca em perigo o reino e a vida de sua família. Agora ela precisa lutar contra as forças da natureza, da magia e de uma maldição sombria para consertar seu erro.

Carros 2 (Metade de 2012)
Pixar
Direção: Brad Lewis
Sinopse: Lightning McQueen retorna à ação com seu melhor amigo Mater a reboque - e desta vez precisam levar seus passaportes, em um mundo de intrigas, ação e comédia ao redor do mundo

King of the Elves (Natal de 2012)
Disney
Direção: Aaron Blaise, Robert Walker
Sinopse: O conto de Phillip K. Dick serve de base para esta fábula sobre um homem normal do delta do Mississippi que ajuda um grupo de elfos desesperados e acaba nomeado rei dos seres fantásticos. Ao lado dos elfos, contra um malvado e ameaçador troll, o inusitado líder entra numa jornada por inimagináveis perigos - que podem dar sentido à sua vida.

terça-feira, 3 de março de 2009

.: Resenha crítica de "Quem quer ser um Milionário?"

A busca incansável pelo verdadeiro amor
Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em março de 2009


Uma história de amor que tem como pano de fundo a miséria e a violência na Índia. Saiba mais de Quem quer ser um Milionário?!


O título -aqui no Brasil- não é convidativo e parece não combinar muito com um drama. No entanto, "Quem quer ser um milionário?" (Slumdog milionaire) é um filme perfeito, do início ao fim. Tudo acontece de modo tão ágil que, já nas primeiras cenas, fisga o público com total propriedade (incluindo os mais sonolentos que por ventura estejam na sala de cinema). 

No estilo do brasileiro Cidade de Deus o longa de Danny Boyle é forte e arrebatador ao retratar a cruel realidade dos indianos. Tudo é a favor do longa, seja a edição encadeada, a trilha sonora 100% adequada (que de tão perfeita, faz o coração acelerar e/ou a pele arrepiar), o enredo fascinante e um elenco de qualidade inquestionável. Não há como negar. Todos estes pontos positivos explicam as sete estatuetas abocanhadas no Oscar 2009.

Com muito dinamismo, o longa mostra Jamal (Dev Patel) no palco (como protagonista) do programa Quem quer ser um milionário?. É então que o apresentador com toda a sua prepotência e soberba questiona como um menino da favela, assistente de call center, ou seja, serve chá, conseguiu chegar ao topo do jogo. Porque, até então, nem as pessoas com formação superior conseguiram tal feito, ou pelo menos passaram das 16 mil rúpias. 

A pergunta é lançada, mas quando as quatro alternativas saltam na tela, vemos Jamal sendo torturado. Além de buscar a resposta para a pergunta do programa, o público quer saber o que de fato, está acontecendo com o protagonista. No decorrer da história, descobrimos a cabeça doentia do apresentador do programa: ele pensa que o rapaz estava trapaceando no jogo.

É então que descobrimos: não é atrás do dinheiro que o rapaz está. Ora, se Jamal não está interessado no prêmio, por que ele está participando deste programa? É assim, buscando as respostas das várias perguntas que o público não tem outra chance a não ser torcer pela felicidade de Jamal. Mesmo porque, enquanto o moço explica aos policiais, como sabia as respostas, conhecemos, em detalhes, a outra a realidade das crianças indianas. 

Enquanto que Jamal está em busca de Latika, seu grande amor, acompanhamos o crescimento daquele que também viveu na violência e miséria, o irmão do protagonista, Salim. Este personagem ajudante e vilão, é quem faz a história tomar rumos inesperados. No entanto, é aos 18 anos que a felicidade chega até Jamal, enquanto participa de um jogo televisivo. Inevitável! Não dá para perder uma história de amor que tem como pano de fundo a miséria e a violência da Índia. Não deixe de conferir!

Filme: Quem Quer Ser Um Milionário? (Slumdog Millionaire, Reino Unido / EUA)
Ano: 2008
Gênero: Drama
Duração: 120 minutos
Direção: Danny Boyle
Roteiro: Simon Beaufoy
Elenco: Dev Patel, Irrfan Khan, Anil Kapoor, Madhur Mittal, Freida Pinto

segunda-feira, 2 de março de 2009

.: Resenha crítica de "Entre a Vida e a Morte", com Paul Walker

Uma segunda chance para acertar a vida
Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em março de 2009


Outra chance na vida de um ex-condenado. Saiba mais de Entre a Vida e a Morte!


Uma família linda e feliz. Para denotar tal harmonia, a primeira fala é de Katie, uma garotinha: "Papai, qual foi a melhor coisa que já viu?". Bom, é claro que por tratar-se de um filme de drama e suspense, não há muito com o que se surpreender, principalmente quando os problemas desta família começam a "pipocar" na tela. 

No entanto, "Entre a Vida e Morte", tem o seu mérito, não só por trazer Paul Walker na pele do protagonista Ben, mas por ser envolvente a tal ponto de mexer com os nervos e as emoções do espectador. O longa desenrola-se igual a um novelo de lã enquanto é laçado, perfeitamente, por uma agulha de crochê. O filme de John Glenn não perde a laçada e muito menos o ritmo.

Nesta família composta, por pai, mãe (Lisa) e filha, é após uma visita do irmão de Ben, Ricky que toda a calmaria do trio vai por água abaixo. Ao ajudar o irmão em um assalto Ben passa de um ex-condenado, atual homem livre para um sentenciado à morte. Contudo, após tomar uma injeção letal, Ben começa a trabalhar numa pequena cidade do interior. 

Na tentativa de levar uma vida normal, trabalha como jardineiro em uma instituição para doentes mentais. Com o passar do tempo, flashes de sua "vida passada" (é claro que ele somente lembra da filha e esposa) insistem dominar seus pensamentos, embora tenha que seguir o conselho de Ezra, o responsável por Monte Angel: esquecer tudo o que viveu antes. Até porque, somente desta forma, ele poderá desfrutar desta segunda chance de Deus e aproveitar sua nova vida.

É nesta corrida entre gato e rato que uma dúvida paira no ar: Será que Ben realmente morreu? Em um filme surpreendente, a importância da família é a que vence todo e os mais variados tipos de dificuldades. Não deixe de conferir Entre a Vida e a Morte com o ator que emplacou sucessos como Mergulho Radical, A Morte e a Vida de Bobby Z, No Rastro da Bala e Linha do Tempo!


Filme: Entre a vida e a morte (The Project, EUA)
Ano: 2008
Gênero: Drama/Suspense
Duração: 99 minutos
Direção: John Glenn 
Elenco: Paul Walker

.: Resenha crítica do pretensioso "Watchmen - O Filme"

Longa pretensioso caminha entre o "cabeça" e o "alienado"
Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em março de 2009


Um filme alienado com super-heróis engajados. Saiba mais de Watchmen - O Filme!


Um filme cheio de pretensão que desanda de cena em cena, ao longo das suas quase três horas de duração. Muito alarde, efeitos especiais mil e qualidade baixa. No trailer "Watchmen - O Filme" arrasa e planta a semente da curiosidade no espectador. A história que tem como ponto central a iminência de uma guerra nuclear em larga escala entre os Estados Unidos e a União Soviética não convence, principalmente nas cenas finais. 

No entanto, a longuíssima e maçante duração do filme acaba banalizando todo o contexto (pois tudo parece repetitivo) e prova que suas quase três horas são totalmente desnecessárias. É visível que a equipe de edição (de sequências) não foi inteligente a ponto de conseguir prender o público e deixar aquela vontade de rever o filme. Até porque, convenhamos, Watchmen - O Filme é um longa comercial e tem (sim) como objetivo agradar o público. 

Contudo, o excesso de cenas vazias, o nu frontal do Dr. Manhattan (Billy Crudup) e a cena de sexo (quase explícito) entre Espectral (Malin Akerman) e Coruja (Patrick Wilson) somente aumentam o descrédito da obra de Zack Snyder. Sendo assim, a fala de Alan Moore comprova-se: "Watchmen, como todo quadrinho, tem coisas que só funcionam no papel. Há certos quadros que Dave Gibbons desenhou na revista que ficarão constrangedores numa tela imensa".

O longa não consegue garantir o seu espaço entre as grandes adaptações de HQs (todas adaptações dos X-Men, o primeiro Homem-Aranha ou Homem de Ferro). Ok. De início o filme parece prometer, porém tudo fica somente no excesso de efeitos especiais, nas lutas incríveis e uma história que não se decide entre o "cabeça" e o "alienado". Definitivamente um filme sem noção.

HQ: Publicada em 12 edições entre 1986 e 1987, Watchmen (ou se preferir Vigilantes) mostra um mundo em que Richard Nixon venceu a Guerra do Vietnã e escapou de Watergate, e os super-heróis foram obrigados a se registrar como funcionários públicos. A maioria dos vigilantes mascarados se aposentou do combate. Quem ficou na ativa é controlado pelo governo, exceto o rebelde Rorschach, quem decide investigar a morte de Edward Blake, o herói Comediante. Na busca pela verdade, Rorschach encontra seus "companheiros de trabalho", e assim, descobrem uma conspiração envolvendo o poderoso Dr. Manhattan, o único herói cheio de poderes.


Filme: Watchmen - O Filme (Watchmen, EUA)
Ano: 2009
Gênero: Ação / Drama / Ficção científica
Duração: 156 minutos
Direção: Zack Snyder
Roteiro: Alex Tse, David Hayter
Elenco: Jackie Earle Haley, Patrick Wilson, Billy Crudup, Jeffrey Dean Morgan, Malin Akerman, Matthew Goode, Carla Gugino, Matt Frewer, Stephen McHattie, Laura Mennell, Robert Wisden

.: Resenha crítica de "Spirit - O Filme", de Frank Miller

O tom afinado de Miller na telona
Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em março de 2009


Nem morto. Nem vivo. Ele é Spirit e sente a vibração daquela que sempre será sua companheira: a cidade. Saiba mais de Spirit - O Filme!



Pela segunda vez, o estilo "milleriano" está em cartaz nas telonas em uma apresentação impregnada de sagacidade e ironia. Eis que na película há a predominância do preto, do branco e do vermelho, os responsáveis pela interação com o público. Uma vez envolvidos pelo mistério das poucas cores e o que de fato aconteceu com o policial Denny Colt (Gabriel Macht), o espectador está fisgado e passa a "viver" a intrigante história de Central City.

"The Spirit - O Filme" segue a fórmula de "Sin City - A Cidade do Pecado". Ok. Devo confessar que a nova produção de Frank Miller não é tão avassaladora quanto a sua primeira (e suntuosa) filmagem, porém The Spirit - O Filme tem lá os seus méritos. Diante de trailers e cartazes com tantas personagens sensuais pode-se ter uma ideia do que Miller colocará na telona. Também pudera, Denny Colt/The Spirit, o policial (que partiu dessa para melhor) é um incorrigível garanhão.

E, justamente, neste clima de belos rostos e seios fartos disputando este alguém que é somente um "espírito" (que vaga pela cidade), que conhecemos a história do protagonista. Já de cara temos a "bela morte" tentando agarrá-lo por toda a eternidade. No entanto, a investida de Colt é tão perfeita que consegue enganar a "bela" e retorna ao coração de seu eterna amada: a Central City.

Na sequência, debaixo de uma água (suspeita) temos o vilão Octopus (Samuel L. Jackson) e Sand (Eva Mendes) disputando (numa luta nada aquática) dois baús, cada um com o seu tesouro específico: um baú traz o sangue de Héracles e o outro o tesouro dos Argonautas. Enquanto que Octopus deseja a vida eterna, a bela, gamada em jóias, quer o tesouro milenar.

Para gerar o conflito, cada um tem em mãos o baú desejado pelo outro. E assim, é firmada a rixa entre Octopus, Sand e The Spirit. Por que The Spirit está envolvido nesta confusão? Simples o guardião eterno da cidade tem como inimigo número um o vilão esquizofrênico, Octopus. Onde e quando entra Scarlett Johansson? É a ajudante do vilão, e, sinceramente, está no papel mais inexpressivo de sua carreira. Já a ex-namorada do Motoqueiro Fantasma mergulhou de cabeça na ideia de Miller e conseguiu agradar.

Embora o enredo não seja forte e convincente, as imagens contrastantes, os poucos elementos ao redor das personagens que criam um ambiente perturbador e provocante são suficientes para agarrar o espectador. The Spirit - O Filme pode não ser tão brilhante e inovador, mas dá conta do recado. Vale a pena conferir!

Filme: The Spirit - O Filme (The Spirit, EUA)
Ano: 2008
Gênero: Ação
Duração: 103 minutos
Direção: Frank Miller
Roteiro: Frank Miller
Elenco: Gabriel Macht, Eva Mendes, Scarlett Johansson, Samuel L. Jackson

.: Entrevista com Pedro Vieira, escritor, autor de "Nerdquest"

"...eu tomei a pílula vermelha (na verdade não tive muita escolha), e a literatura é um hobby de luxo". -  Pedro Vieira

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em março de 2009


Um autor moderno que retrata a geração da era digital. Confira a entrevista de Pedro Vieira!



Pedro Vieira, o jovem autor de Nerdquest e dono de uma escrita impregnada de cultura pop é o entrevistado do mês de março do R.G.. Conheça um pouco mais deste carioca que é irrecuperavelmente viciado em jogos de RPG, histórias em quadrinhos e ficção científica. Confira!


RESENHANDO – Comente um pouco sobre “Nerdquest”. Como surgiu a idéia de escrever algo tão criativo e bem elaborado?
PEDRO VIEIRA - Na verdade, a “inspiração” surgiu de um período crítico (não por coincidência, exatamente como o que passam os personagens do livro), no qual eu me encontrava recém-formado, desempregado e, consequentemente, vegetando em casa. Como eu já havia feito inúmeras tentativas (frustradas) de escrever algo, pensei “por que não?”. Tudo no livro é completamente espontâneo, não planejado e, às vezes, inconsequente (risos). Eu até planejei começar a escrever no formato de roteiro (de cinema, HQ, qualquer coisa), mas nada que eu planejo dura muito, e logo abandonei a idéia (embora o começo do livro, com mais diálogos e menos texto corrido, tenha ficado com um formato bem parecido com o de roteiro). 


RESENHANDO – Fale sobre as suas influências que geraram o irreverente "Nerdquest"?
PEDRO VIEIRA - Bom, as minhas maiores influências são HQs (e pelo livro isso fica bem claro). risos. Os meus escritores preferidos são Neil Gaiman, Warren Ellis, Grant Morrison e Alan Moore. E, na literatura: Ian McEwan, Sallinger, Bukowski, Paul Auster e vários outros.



RESENHANDO - "Nerdquest" apresenta um retrato bem particular de uma geração nascida e criada em plena era digital. Por que "mergulhar" no univero jovem? 
PEDRO VIEIRA - Não teve exatamente um porquê planejado. Foi bastante natural compor esse “retrato” baseado em um momento pelo qual eu mesmo estava passando. Todas as referências amplamente citadas no livro e que compõe o pano de fundo do dia-a-dia dessa “geração digital” também são minhas referências e também foi natural que estivessem presente.


RESENHANDO – Pode falar sobre sua infância? Lia muito? O que lia quando criança?
P.V. - Sim, sempre gostei muito de ler. Provavelmente mais do que o resto das crianças saudáveis. E sim, eu também era o último a ser escolhido quando sorteavam time no futebol (e em todos os demais esportes, sem preferência especial). risos. Eu lia muito quadrinhos (e ainda leio), especialmente da Marvel: X-Men, Vingadores, Capitão América etc. E, além dos calhamaços de regras de RPG, lia bastante ficção científica e fantasia (que também ainda leio, claro), creio que, além do óbvio O Senhor dos Anéis, entre os livros que marcaram minha infância posso citar Campo de Batalha Terra (do L. Ron Hubbard), Eu Robô (Asimov), As Brumas de Avalon (Zimmer Bradley) e o clássico Viagem a Trevaterra (do Luiz Roberto Mee).


RESENHANDO - Hoje, após ter um livro publicado, o que a literatura representa para você?
P.V. - Caso a gente vivesse em algum mundo ideal, onde fosse possível sobreviver fazendo o que se gosta da vida, eu aproveitaria essa resposta para fazer declarações de amor à literatura (ou algo do gênero, meio afetado, eu sei). Porém, eu tomei a pílula vermelha (na verdade não tive muita escolha), e a literatura é um hobby de luxo. Eu continuo estudando e trabalhando (às vezes demais) e me dedico sempre que posso a escrever, porque é, obviamente, o que eu mais gosto nessa vida (junto com cerveja, dinossauros, zumbis e suicide girls). 


RESENHANDO - Entre tantos livros nacionais publicados e circulando em livrarias, qual é a sua recomendação de leitura? Por que?
P.V. - Dos que eu li recentemente: Putas Assassinas, do chileno Roberto Bolaño, que é definitivamente o melhor livro de contos que eu li em anos.



RESENHANDO - Na hora da leitura, qual o seu estilo preferido? 
P.V. - Depende. Ultimamente quase só tenho lido textos para a faculdade, mas eu tento ler de tudo mesmo. De Machado de Assis a quadrinhos do Conan, sem preconceitos. 


RESENHANDO - Se pudesse escolher em um armário cheio de talentos variados. Qual talento gostaria de ter?
P.V. - O do Dr. Manhattan: ENORME E AZUL. Ok, piadas sobre Watchmen à parte, eu gostaria mesmo era de controlar uma manada de velociraptors psiônicos. Se viessem com raios laser, melhor ainda. 


RESENHANDO - Quais seus planos? Já tem algum projeto literário? Comente. 
P.V. - Tenho um livro de contos ainda em processo de gestação e várias vozes na cabeça me pentelhando com novas idéias, especialmente quando eu menos espero e quando não tenho perspectiva nenhuma de como vou arranjar tempo hábil para executá-las. De qualquer maneira, vamos ver onde isso vai dar.


PING-PONG:
Escrevo por: que não sei desenhar e nem tocar guitarra
Meu(s) escritor(es) favorito(s) é(são): Neil Gaiman, Ian McEwan, Paul Auster, George R. R. Martin etc.
Nerdquest é: uma horda de quinhentos poodles zumbis ensandecidos destroçando um filhote de brontossauro ao som de Def Leppard (Love Bites, claro)
Mensagem para o público: não me levem a sério.


*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

.: Resenha crítica de "Um Segredo Entre Nós"

Uma família em turbulências
Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em fevereiro de 2009


Um drama centrado na complexidade dos relacionamentos familiares. Saiba mais de Um Segredo Entre Nós!


Fireflies in the Garden
By Robert Frost

"Here come real stars to fill the upper skies,
And here on earth come emulating flies,
That though they never equal stars in size,
(And the were never really stars at heart)
Achieve at times a very star-like start.
Only, of course, they can´t sustain the part"


Os conflitos (já velhos conhecidos dos dramalhões) entre familiares. Traições guardadas à sete mil chaves. Mentiras que se tornam verdadeiras. Uma direção meia boca. O tempo do enredo descompassado como um relógio sem cordas. Um elenco de primeira não muito bem aproveitado. "Um Segredo Entre Nós", dirigido por Dennis Lee é um drama semi-autobiográfico centrado na complexidade dos relacionamentos, especialmente depois que a família Waechter enfrenta uma inesperada tragédia: a morte de Lisa Waechter (Julia Roberts).

Charles (Willem Dafoe), pai de Michael (Ryan Reynolds) e esposo de Lisa, sempre autoritário e intransigente, é quem dá o ponta pé inicial na história e desenrola todos os problemas de sua família (sempre) despedaçada. Toda a reviravolta acontece, dentro do carro, quando marido e mulher iniciam uma discussão. À caminho da formatura da esposa na faculdade, um tanto que tardia, ambos colidem em uma árvore. Ele sobrevive, ela morte tem fatal.

Eis que se faz necessária a volta do escritor Michael à casa de sua tumultuada infância. Enquanto que não há mais nada a se comemorar, mas somente à se lamentar, todos os segredos começam a ser revelados, inclusive os mais inimagináveis. Em meio a novos acontecimentos, como a descoberta da infidelidade da mãe com o jovem professor Addison (Ioan Gruffudd), Michael mergulha nas lembranças do passado e por fim, decide se, de fato, deseja publicar seu livro "Fireflies in the Garden" (título original do filme).

É ao tomar tal decisão que as memórias de sua infância amarga e sofrida podem ganhar conhecimento público ou, simplesmente, podem ser revisitadas e enterradas para sempre, e, talvez, promover a reconciliação entre pai e filho.

Em meio a cenas cheias de mensagens implícitas muitas questões ficam no ar e acabam distanciando o expectador e tirando o pouco interesse que pode lhe restar. Sem contar que o grande elenco formado por Julia Roberts, Ryan Reynolds, Willem Defoe, Emily Watson, Carrie-Anne Moss, Hayden Panettiere, Ioan Gruffudd e Cayden Boyd tem a árdua missão de conectar uma história cheia de falhas e 100% trivial. 

De fato, nem só de um grande elenco é feito um grande filme. Se alguém, da equipe falha, por menor que seja a participação, tudo pode naufragar como o magnífico e luxuoso navio, Titanic! (refiro-me unicamente ao navio). Talvez a falta de empenho na elaboração do longa possa ser esclarecida nas curiosidades do longa:

* Julia Roberts estava realmente grávida durante as filmagens.
* Danny Moder, marido de Julia Roberts, assina a fotografia do filme
* O lançamento aconteceu durante o 58º Festival de Cinema de Berlim.

Será que Dennis Lee pensou que ter o nome da atriz mais desejada pelos estúdios nos anos 90 e alguns famosos da atualidade já seria suficiente para contar algo desconexo? Quem sabe, Lee tenha feito uma cama de gato e convidou o marido de Roberts para fazer a fotografia, fazendo com que instintivamente, Roberts participasse de seu longa? Ou ainda, quem sabe Julia "emprestou" um pouco de sua imagem para encaixar o marido na fotografia de Um Segredo Entre Nós? São muitas dúvidas para tentar solucionar o que não tem uma explicação definida.


"A imperfeição de uma família cheia de turbulências". - Resenhando.com


Filme: Um Segredo Entre Nós (Fireflies in the Garden, EUA)
Ano: 2008
Gênero: Drama
Duração: 99 minutos
Direção: Dennis Lee
Roteiro: Dennis Lee
Elenco: Julia Roberts, Ryan Reynolds, Willem Defoe, Emily Watson, Carrie-Anne Moss, Hayden Panettiere, Ioan Gruffudd, Cayden Boyd
Distribuidora: Focus Filmes

.: Resenha crítica de "As aventuras de Molière"

O grande professor da valorização da vida
Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em fevereiro de 2009


Um grande artista que encontra o amor e no teatro faz rir e pensar. Saiba mais de As aventuras de Molière!


Em cartaz a verdade íntima do ser humano face às contradições da moral. Por meio do riso, Jean-Baptiste Poquelin (1622-1673) fazia pensar. O longa metragem de Laurent Tiard, "As aventuras de Molière", faz um recorte na vida do maior comediógrafo francês de todos os tempos.

Em uma narrativa não-linear, as primeiras imagens do filme começam na sutil beleza de tecidos finos, partindo para uma carruagem misturada à névoa do local e por fim, um pequeno, porém requintado, teatro. É no desejo desesperado de produzir uma tragédia que o inesperado acontece e uma moça faz o pedido de sua mãe acamada: receber uma visita do escritor. 

Ao voltar treze anos da vida do ator, empresário e autor, encontramos Molière sendo preso por oficiais de justiça de Paris por dever ao vendedor de velas a quantia de 142 libras. Eis que "cruza" o seu caminho, o Monsieur Jourdain, disposto a pagar os débitos do artista, desde que este o ajude a cortejar a bela Célimène.

No entanto, o curioso de tudo é que o interessado na bela é um empresário casado e pai de duas filhas. Resultado: a conquista de Célimène deve ser mantida em segredo. Para que a entrada de Molière não seja rejeitada pela esposa, senhor Jourdain hospeda o jovem ator em casa como sendo um religioso.

Na tentativa de derrubar a muralha das tentações, o sedutor terá de escapar das várias distrações que podem atrapalhar a sua carreira. É na turbulência de sentimentos do protagonista que se descobre a importância do companheirismo entre marido e mulher e compreensão dos pais em relação aos desejos dos filhos.

"As aventuras de Molière" conta com um enredo bem elaborado e atrativo. Não deixando nada a desejar à essência de Molière que tinha ritmo nas cenas e encadeamento nos diálogos. E com uma fotografia belíssima, o longa caminha de modo mágico no retrato de uma época cheia de regras para serem obedecidas e quebradas. Não deixe de conferir!


"As peripécias de um artista magnífico em um enredo bem elaborado e atrativo". - Resenhando.com


Filme: As aventuras de Moliére (Moliére, França)
Ano: 2007
Gênero: Comédia romântica
Duração: 127 minutos
Direção: Laurent Tiard (Mensonges et Trahisons et Plus si Affinités)
Roteiro: Laurent Tiard 
Elenco: Romain Duris, Fabrice Luchini, Laura Morante, Edouard Baer, Ludivine Sagnier
Distribuidora: Focus Filmes


.: Em cartaz os seis musicais românticos de todos os tempos

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em outubro de 2009


Eleitos os seis filmes do gênero musical que marcaram a história do cinema. Saiba mais desta seleção imperdível que inclui Grease - Nos Tempos da Brilhantina, Dirty Dancing - Ritmo Quente, entre outros!


Uma história de amor bem interpretada na telona é um presente perfeito aos românticos de plantão. No entanto, quando esta linda história amorosa é embalada por muitas canções, tudo fica ainda mais perfeito! Pensando nisso, para comemorar os seis anos do Resenhando.com nós elencamos os seis longas musicais que marcaram época e, apesar da idade, continuam conquistando fãs e marcando com propriedade o seu espaço no meio cinematográfico.


Não é de hoje que as telonas representam os sucessos musicais da Broadway. O maior de todos continua fazendo sucesso e somando fãs por todo o mundo. O musical "Grease - Nos Tempos da Brilhantina" foi parar na telona, protagonizado por John Travolta e Olivia Newton-John em 1978 e, até os dias modernos, faz crescer o cofrinho de vários tipos de empresas, pois já recebeu várias edições comemorativas em DVD e até a boneca Barbie não deixou por menos e resolveu vestir-se de Sandy, Rizzo e até Frenchy. 

"Grease - Nos Tempos da Brilhantina" conta a história de Danny (John Travolta) e Sandy (Olivia Newton-John), dois jovens apaixonados dos anos 50 que enfrentam os problemas típicos dos adolescentes. Enquanto a mocinha e o mocinho (nem tão bonzinho!) tentam ajeitar a relação, é o rock'n'roll que dita os passos de toda a turma de estudantes, e assim, retrata-se na película o comportamento dos jovens da época. O longa dirigido por Randal Kleiser (A Lagoa Azul) recebeu uma indicação ao Oscar.


O segundo musical envolvente da lista do Resenhando.com conta a história de uma garota em férias que se apaixona pelo instrutor de dança do hotel em que está hospedada com a família. "Dirty Dancing - Ritmo Quente" (1987) é ambientado no ano de 1963, quando Frances Houseman (Jennifer Grey), ainda era chamada carinhosamente pela família de "Baby". 


A mocinha da história acaba entediada ao tentar distrair os hóspedes mais velhos do hotel. Entretanto, a sorte dela é lançada quando entra numa festa "não aberta ao público"  e dança (mesmo sem gingado) com Johnny Castle (Patrick Swayze). A jovem se apaixona pelo professor de dança, porém vários problemas não deixarão de surgir para atrapalhar o amor dos pombinhos que pertencem a classes sociais diferentes.


Outro casal importante na história dos musicais é composto por Satine (Nicole Kidman) e Christian (Ewan McGregor). "Moulin Rouge: O Amor em Vermelho", longa brilhantemente produzido por Baz Luhrmann (Romeu e Julieta, com Leonardo Di Caprio) conta a história de um jovem escritor que enfrenta seu rigoroso pai, segue na luta pelo seu dom da poesia e muda-se para o bairro boêmio de Montmartre, em Paris. Tendo uma visão fabulosa do amor, ele ganha o apoio de Henri de Toulouse-Latrec (John Leguizamo) para participar da vida social e cultural da região: no Moulin Rouge, boate que vive de sexo, drogas, adrenalina e Can-Can. Entretanto, o jovem sonhador acaba apaixonando-se pela mais bela cortesã da Paris efervescente, Satine, estrela maior do Moulin Rouge.

"Hairspray - Em Busca da Fama", longa musical produzido em 2007, soube unir com inteligência uma história de amor diferente (um galã e uma gordinha e de um negro e uma branca), músicas animadas e passos de dança contagiantes. A história que acontece em 1962 começa a partir do desejo adolescente de aparecer no "The Corny Collins Show", o programa de dança mais famoso da TV. A jovem Tracy Turnblad (Nikki Blonsky), mesmo gordinha, consegue superar todos os obstáculos para realizar o seu sonho e cair nos braços de Link (Zac Efron).


Outro musical recente que encantou, literalmente, o público foi elaborado (e muito bem) pelos Estúdios Disney. Não me refiro à franquia "High School Musical" (que colocou na trilha do sucesso tantos nomes), mas ao delicado "Encantada", que brinca com o mundo mágico dos contos de fadas e a cruel realidade. Nesta história de amor embalada por muitas canções e coreografias emocionantes (principalmente na música Como Vai Saber), tudo começa, em um desenho nos moldes das princesas clássicas, quando estes ganham uma vida de carne e osso. Em traços definidos e bastante coloridos conhecemos Gisele, uma princesa que é maldosamente retirada do mundo do faz de conta para a agitada Manhattan. Humana, ela descobre que pode sentir raiva e até amar alguém de um mundo. Recebeu 3 indicações ao Oscar.


E por fim, mas não menos importante há o inigualável "Flashdance". O romance musical de 1983, já não agrada a tantas pessoas, embora a música What a Feeling... sempre esteja na mente de todos nós ou, até, nos nossos aparelhos de música. O longa produzido por Jerry Bruckheimer e Don Simpson, quando lançado, ficou na terceira posição dos filmes mais assistidos, além de ganhar fama na década de 1980, por meio de várias homenagens em outras produções. O sucesso dos anos 80 conta a história de uma jovem (Jennifer Beals) que não mede esforços para se tornar uma bailarina, trabalhando como operária durante o dia e soltando o seu corpo no ritmo alucinante das discotecas noturnas. Entretanto, a moça encontra tempo de sobra para viver uma história de amor arrebatadora. Vencedor do Oscar de Melhor Canção Original. 

.: Entrevista com Carmo Dalla Vecchia, ator de "A Favorita"

"Quando você faz uma cena de amor, você faz o máximo possível para as pessoas acreditarem que você está amando". -  Carmo Dalla Vecchia


Por: Helder Miranda
Em fevereiro de 2009


O Favorito: Entrevistamos Carmo Dalla Vecchia, o homem do momento. Confira a entrevista!



Educado e atencioso, Carmo Dalla Vecchia é o galã do momento. No auge de sua carreira, com o término das gravações como o jornalista Zé Bob de A Favorita (último sucesso em horário nobre), personagem que o colocou no patamar das estrelas de primeira grandeza na Rede Globo, o ator respondeu a todas as perguntas com extrema franqueza e sensibilidade. Ao todo, são dez novelas, três minisséries e dois filmes. Com o término da novela em que era protagonista, em apenas três horas teve de se despedir da personagem e incorporar Martim Afonso na 27ª Encenação da Fundação da Vila de São Vicente. Nesta entrevista, ele fala sobre sua carreira e sobre os beijos que dava em Claudia Raia na novela. Confira!


RESENHANDO – Você tem consciência de que hoje é o homem mais cobiçado da TV?
CARMO DALLA VECCHIA – (risos) Não tenho essa consciência, não! Tem muita gente boa por aí. Não sou o mais cobiçado, não... Tem muita gente boa. Em A Favorita, mesmo, já tiveram várias pessoas geniais. E no Brasil existem pessoas maravilhosas. 


RESENHANDO - A que você atribui o sucesso de A Favorita, que começou patinando no ibope e terminou como um fenômeno de audiência?
C. D. V. - Uma grande ousadia do texto, uma direção de qualidade. Acredito que o grande mérito, sempre, de uma boa história, é o que está sendo contado. Então, se eu fosse citar uma única pessoa, eu destacaria quem escreveu a história.



RESENHANDO – Qual a sua avaliação sobre esse trabalho?
C. D. V. - Foi uma trama que surpreendeu a todos. Quando iniciou A Favorita, as pessoas não estavam acostumadas com uma mocinha que parece bandida, e uma bandida que parece mocinha, né? É a própria dificuldade que as pessoas têm de enxergar o real, que está ao nosso lado. Porque o bandido nem sempre vem com uma arma na mão, nem sempre está dessa forma. Às vezes, está sob o disfarce de uma menina linda de olhos claros. Acho que esta novela teve essa ousadia de mostrar a realidade de uma forma muito mais concreta. 


RESENHANDO - O Zé Bob foi sua consagração na TV? 
C. D. V. - Não acho que ele seja minha consagração, porque já fiz vários personagens, e por mais que ele tenha o maior ibope de todos, eu só cheguei a ele pelo trabalho que foi executado até aqui.


RESENHANDO – Cláudia Raia já interpretou sua mãe, na minissérie Engraçadinha (1995). Os beijos nela em A Favorita eram técnicos?
C. D. V. - (risos) As pessoas criam uma lenda em torno disso... Beijo é beijo, só que a partir do momento em que o diretor diz: ‘corta’, é corta e acabou! Então, não tem muita fantasia. Quando você faz uma cena em que você está com raiva, você tenta sentir a raiva. Quando você faz uma cena de amor, você faz o máximo possível para as pessoas acreditarem que você está amando. Só que existe um ‘corta’ depois da cena e, a partir daquele ‘corta’, é ‘corta’! Essa é a realidade do beijo técnico.


RESENHANDO - Como o Zé Bob, você encarnou o estereótipo do jornalista que povoa o imaginário popular: engajado, que está sempre na hora e no lugar certo, escreve artigos, faz reportagens, tira fotos e ainda enfrenta político. O que pensa sobre isso?
C. D. V. - Depende do jornalismo que a gente for falar, porque o Zé Bob era um jornalista político. Eu tive a chance, no Rio de Janeiro, de conhecer algumas pessoas parecidas com o Zé Bob... Mas isso, infelizmente, é uma pena, cada vez parece menor. Pessoas mais engajadas, pessoas com uma ética muito forte, né? O Zé Bob, em termos de conduta, caráter, ética, eu acho que ele é um exemplo a ser seguido.


RESENHANDO - Depois dele, como é virar Martim Afonso a céu aberto?
C. D. V. - Para mim, é uma honra muito grande justamente por poder contar um pouco da história da qual fazemos parte, justamente para que as pessoas possam questionar o seu presente. Só por meio da consciência do seu passado, e das coisas que aconteceram ao seu redor, é que você pode entender um pouco melhor esse amalgama que nos cerca hoje, essa realidade que é formada e que nos faz ser o que somos hoje.


RESENHANDO - Quanto tempo de você teve para sair de um personagem televisivo para o maior espetáculo em areia de praia do mundo?
C. D. V. - Gravei as últimas cenas de A Favorita, e já entrei nessa personagem. Na transição de uma personagem para outra, foram apenas três horas, que foi o que consegui dormir, mas tudo bem. 



RESENHANDO - Como foi isso?
C. D. V. - Três horas de sono e, ao mesmo tempo, uma alegria muito grande de poder contribuir para contar a história do nosso povo. Fazer justamente com que as pessoas questionem isso. Só sabendo a sua história, sabendo de onde você veio, que você consegue analisar o seu presente. Fico muito feliz por ser chamado para fazer este “Zé Bob de época”, porque assim como o Zé Bob este homem (Martim Afonso) tinha um espírito batalhador , gostava da verdade, tentava marcar territórios e veio para lutar.


RESENHANDO - Como foi para você encenar na areia, nesse espetáculo que bate recordes no mundo?
C. D. V. - Uma emoção muito grande. São muitas pessoas assistindo você, às vezes chove e as pessoas não arredam pé... Enfim, uma alegria grande. A gente tem essa troca com o público, né? Uma ligação completamente diferente de quem está acostumado a fazer televisão. Quer dizer, eu fiz muito teatro, mas gravei A Favorita por mais ou menos dez meses e, apesar de ser o mesmo ofício, são duas realidades completamente diferentes. É uma outra emoção, é um outro prazer, é uma outra alegria. Fico contente de já ter tido esta oportunidade, depois de um trabalho que me trouxe tanta realização como A Favorita. 


RESENHANDO - O que é mais gratificante para você, fazendo a encenação?
C. D. V. - Ficou muito feliz em ser chamado para fazer esse ‘Zé Bob de época’. Porque assim como o Zé Bob, Martim Afonso tinha um espírito batalhador Eu quero agradecer essa credibilidade que deram para o meu trabalho. Tem uma coisa que eu acho super-importante também, que é a oportunidade de trabalhar com profissionais locais. Isso eu acho muito enriquecedor: você contracenar com mil e tantas pessoas, na areia, e conhecer outros artistas também... É um prazer, uma alegria e uma troca muito grande, que a gente pode fazer. 


RESENHANDO - Você já interpretou Jesus em A Paixão de Cristo. Qual a diferença ao interpretar Martim Afonso, na encenação da Fundação da Vila de São Vicente?
C. D. V. - A diferença é que não tem o caráter histórico que acho de extrema importância. Esse que é o grande barato: você poder entender a sua história e, a partir daí, conseguir enxergar o que está acontecendo hoje. Foi exatamente a nossa história que contamos na encenação, onde tudo começou. Então esse caráter histórico foi uma das coisas que mais me encantou nesse projeto. Achei genial que cada ano se renova. Ou seja, cada dia um show diferente e cada dia um espetáculo grandioso, pra oito, nove mil pessoas. Espero ter feito jus a esse convite.


Atuação na televisão - Telenovelas
2008 - A Favorita .... Zé Bob (José Roberto Duarte) 
2006 - Cobras & Lagartos .... Luciano Botelho 
2006 - JK .... Carlos Vasconcelos 
2005 - Sob Nova Direção .... Aldo 
2004 - Começar de Novo .... Tenório 
2004 - Linha Direta .... Alberto Jorge Bandeira 
2004 - Seus Olhos .... Sérgio 
2003 - A casa das Sete Mulheres .... Batista 
2001 - Pícara Sonhadora .... Inácio 
2000 - Chiquititas Brasil .... Rian 
1998 - Serras Azuis .... Silvaninho 
1997 - Canoa do Bagre .... João 
1996 - Perdidos de Amor .... Dalton 
1995 - Cara e Coroa .... Fabinho 
1995 - Engraçadinha... Seus Amores e Seus Pecados .... Durval 

Atuação no cinema
2008 - Onde Andará Dulce Veiga? - Rauderio (filme) 
2000 - Cronicamente inviável (filme) 
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