quarta-feira, 27 de agosto de 2014

.: “São Paulo Sociedade Anônima”, com Ewa Wilma e Walmor Chagas, é destaque de Mostra

Nesta quinta, começa o segundo ciclo da "Mostra de Cinema Latino-americano" com debates no Memorial da América Latina. O destaque desta quinta-feira, dia 28, é o filme brasileiro “São Paulo Sociedade Anônima”, de 1965, que conta a história de Carlos, um jovem da classe média paulistana que vive em plena década desenvolvimentista. Para debater  sobre a temática do filme estará o crítico do jornal "Folha de S.Paulo" e coordenador do Núcleo de História e Crítica Inspiratorium, Sergio Alpendre. O filme será exibido às 16h.

O crítico e professor da Faculdade de Cinema da Universidade de São Paulo (USP), Rubens Machado Junior, irá debater sobre o documentário “Soy Cuba, o Mamute Siberiano” (Brasil, 2005) que remonta a passagem do diretor soviético Mikhail Kalatozov em 1965 para fazer um filme sobre a  Revolução Cubana.

“A dinâmica da exibição seguida por um debate convida o espectador a uma experiência mais profunda dos filmes apresentados, propondo a discussão das relações existentes entre os aspectos políticos e sociais e as teorias e estéticas desenvolvidas na história do Cinema na América Latina”, esclarece a realizadora do evento Daniela Gillone.

O Ciclo está estruturado em doze encontros, sendo cada um deles dedicado a um filme, que será exibido e posteriormente comentado e debatido com a participação de um convidado. Durante os encontros serão abordadas as vertentes clássica, moderna e contemporânea do Cinema Latino-americano em um trajeto permeado pelas teorias e projetos revolucionários desenvolvidos por cineastas latino-americanos.

Por meio de análises dos filmes e dos debates, será possível refletir sobre os aspectos históricos que repercutiram na configuração destas obras cinematográficas e sobre a forma como elas produzem e articulam visões sobre o passado e/ou o presente. No encerramento do Ciclo será lançado o livro documento do evento que reúne artigos  dos participantes dos debates.  A distribuição do livro é gratuita.

Programação
Dia 28
16h – "São Paulo Sociedade Anônima" (Luis Sérgio Person, Brasil, 11min., 1965). Inserido em um contexto importante da história do cinema brasileiro, o filme aborda o espaço urbano e o homem da cidade como temas centrais. Traça a trajetória de Carlos, um jovem da classe média paulistana em plena década desenvolvimentista do país.
Debate com Sérgio Alpendre - Crítico colaborador da Folha de S.Paulo desde 2008. Coordenador do Núcleo de História e Crítica da Escola Inspiratorium.
19h – "Soy Cuba, o Mamute Siberiano" (Vicente Ferraz, Brasil, 90 min. 2005) Na década de 1960, o diretor soviético Mikhail Kalatozov e sua equipe estiveram em Cuba para realizar um filme sobre a Revolução Cubana. A produção e recuperação deste filme é contada por este documentário que constrói parte da história do cinema.
Debate com Rubens Machado Jr. - Pesquisador, crítico e Prof. Dr. de cinema na Escola de Comunicações e Artes da USP.

Dia 29 
16h – "Cobrador" (Paul Leduc, Argentina/Brasil/Espanha/México/Reino Unido, 96min., 2004), Baseado na obra homônima de Rubem Fonseca, o filme trata de várias histórias de violência que se cruzam a partir de um personagem que se transforma em um matador para se vingar da sociedade. O longa-metragem propõe uma crítica ao mundo globalizado.
Debate com Sérgio Rizzo - Jornalista, pesquisador e professor na pós-graduação da FAAP e da PUC-SP, no MIS e na Academia Internacional de Cinema.
19h - "De Jueves a Domingo" ("Dominga Sotomayor", Chile/Holanda, 96min., 2012). Entre os dias de quinta-feira e domingo, um casal e seus dois filhos viajam de Santiago até o Norte do Chile para uma visita familiar. Na estrada, os problemas de um casamento em crise passam a fazer parte do trajeto.
Debate com Cléber Eduardo - Professor do curso de Audiovisual do Centro Universitário Senac e curador da Mostra de Cinema de Tiradentes desde 2007.

Dia 30
16h – "Pelo Malo" (Mariana Rondón, Venezuela, 93min., 2012). Em um cortiço localizado em Caracas, vive Júnior, um garoto de nove anos que luta para alisar seu cabelo encaracolado. Seu intuito é parecer-se com um cantor de sucesso. Mais que a história de um garoto, a trama toca em temas polêmicos como o machismo e o racismo.
Debate com Cecília Mello -  Professora Dra. de cinema na Escola de Comunicações e Artes da USP e pesquisadora FAPESP na Unifesp.
19h – Entre Vales (Philippe Barcinski, Brasil, 90min., 2012). Vicente é um economista que realiza análises de aterros sanitários. Vive com sua esposa Marina e seu filho Caio. O casamento está em declínio e suas motivações consistem na companhia do garoto e em uma nova proposta de um aterro. Um acidente com seu filho muda o rumo de sua vida.
Debate com Philippe Barcinski - Diretor, roteirista, produtor e professor. Dirigiu os filmes Entre vales (2012), Não por Acaso (2001), entre outros.

Serviço
Data:  28/, 29 e 30/8
Horário: 16h e 19h
Local: Avenida Auro Soares de Moura Andrade, 664. Portão 4 ou 8.  Na Biblioteca Latino-Americana Victor Civita, próxima ao Metrô Barra Funda.
Entrada Franca

.: Música: Banda Querô, de Santos para a Europa

Formada na oficina de percussão, a Banda Querô é o primeiro produto cultural do Instituto Arte no Dique. Com uma batida própria que mistura ritmo e harmonia, o grupo criado em 2003 já realizou dezenas de apresentações pelo Brasil e várias no exterior. Em setembro, a banda parte para uma nova turnê pela Europa. 

Na agenda, estão participações no Lavagem de Madeleine, Festival Cultural Brasileiro que ocorre anualmente em Paris; Festival de Músicas da América Latina (FesMAL), onde farão um workshop de percussão também na capital francesa, e no Festival Dia de Brasil em Barcelona, maior evento de cultura brasileira na Catalunha (Espanha).

Com forte influência do samba reggae, a formação santista vem ganhando notoriedade nos últimos anos, após o lançamento do CD de estreia “A Arte no Dique”, em 2007, que rendeu três participações na maior festa a céu aberto do mundo, o carnaval de Salvador.

O nome "Querô" é uma homenagem ao personagem principal de “Querô, Uma Reportagem Maldita”, do dramaturgo santista Plínio Marcos. O coordenador cultural do projeto, José Virgílio Leal de Figueiredo, avalia que a banda representa o objetivo do Arte no Dique de formar mão de obra para a arte, a cultura e o entretenimento. "Por meio da música, esses jovens têm a chance de conhecer outras realidades, idiomas, costumes e culturas. Por exemplo, essas turnês por outros países, estados e cidades”, explica.

Agenda da Turnê

França


5 ou 6 de setembro:
Show de 50 minutos na Lavagem da Madeleine - 
Festival Cultural Brasileiro que acontece cada ano em Paris. Esse ano acontecerá de dia 2 a 7 de setembro com uma programação cultural brasileira diversificada (show, apresentações de dança, exposições, feira artesanal e culinária). No último dia do festival acontece a Lavage de Madeleine: um grande cortejo para a Paz  acompanhado de batucada e importantes artistas brasileiros. No final do cortejo as baianas fazem a lavagem simbólica da igreja Madalena. Esse ano a artista convidada é a Daniela Mercury. 

6 de setembro: 
Workshop de percussão no Festival de Músicas da América Latina (FesMAL) em Paris.

7 de setembro:
Participação no show do músico Rodrigo de Oliveira, no espaço Studio de l'Ermitage, em Paris.


Espanha
14 de setembro: Show no Festival Dia de Brasil em Barcelona. Maior evento de cultura brasileira em Barcelona.

Ano de Conquistas
2014 tem sido um ano de importantes conquistas para o Arte no Dique. Em 1º de agosto, foi lançada a filial do Instituto em Salvador, no bairro Cazajeiras, onde vivem 100 mil pessoas. Um dos objetivos dessa nova unidade é a realização de um intercâmbio entre agentes culturais e artistas da capital baiana e Santos. Já no último dia 15, o presidente do Instituto, José Virgílio Leal de Figueiredo, recebeu na Câmara Municipal de Santos o título de Cidadão Santista.


Sobre o Instituto
O Instituto Arte no Dique, organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, desenvolve atualmente trabalho sóciocultural com a população do Dique da Vila Gilda na Zona Noroeste de Santos, numa das regiões com maiores índices de vulnerabilidade social da cidade, com uma população de 22 mil habitantes vivendo em condições precárias, em palafitas à beira do mangue, sobre o Rio Bugre.

Tem como proposta a realização de ações, oficinas e cursos profissionalizantes, regidas pelos princípios da inclusão social, pesquisa e valorização da cultura local, aquisição de conhecimentos específicos do mundo da arte e cultura que possibilitam a ampliação do universo cultural. Busca desenvolver talentos, saberes e habilidades pessoais que podem ser direcionadas à formação profissional com qualidade, abrindo também perspectivas de sonhar e transformar projetos de vida na direção de um futuro promissor em contraponto à realidade vivida com altos índices de miséria, evasão escolar, desemprego, criminalidade, drogas e violência.

Hoje, os alunos do instituto têm a chance de estudar, por exemplo, balé com Renata Pacheco, coordenadora do Balé Municipal de Santos, um dos mais premiados e respeitados na América Latina; teatro com o diretor Renato di Renzo, de atuação reconhecida nacionalmente, e tem a banda Querô como seu primeiro produto artístico-cultural.

Filme
Em novembro de 2013 foi lançado em São Paulo e em Santos o filme “Caranguejo do Mangue: Do Dique do Itororó ao Dique da Vila Gilda”. Com direção de André Prati e Guilherme Escobar Nori, o longa de 88 minutos mescla documentário e momentos de ficção, que mostram tanto a trajetória da instituição bem como a realidade da comunidade. Uma história que expõe a dinâmica social desta região onde o Instituto está localizado, com cenas criadas a partir da realidade física e lúdica desta jornada.

.: Fábio Porchat vai para o "Observatório da Imprensa"

O jornalista Alberto Dines recebe o humorista Fábio Porchat para um animado bate-papo no último episódio da série “A Voz dos Ouvidores” que o programa "Observatório da Imprensa", da TV Brasil, exibe nesta quinta-feira (28) às 23h30.

No oitavo especial sobre o papel do ombudsman, profissional que deve ouvir e defender os interesses do leitor na redação, Dines e Porchat conversam sobre os desafios do jornalismo contemporâneo. Atualmente, o jovem roteirista apresenta, ao lado da atriz Tatá Werneck, o programa “Tudo Pela Audiência” em que critica o sensacionalismo das atrações da televisão.


“Onde a gente vai parar? Não tem fim. As pessoas fazem, de fato, tudo pela audiência, qualquer coisa, não importa o que seja. Em geral, elas não têm um tipo de análise, de autocrítica. É a possibilidade total e irrestrita. É irrefreável, é um caminhão descendo a ladeira em ponto morto”, observa sobre as tentativas de obter os "quinze minutos de fama". O artista é um dos criadores do "Porta dos Fundos", o canal de humor mais visto no YouTube e que está sendo disputado por várias emissoras de televisão.

Com bom humor e inteligência, Fábio Porchat critica o exercício da profissão de jornalista e comenta as sátiras que realiza. Para ele, é importante rir de si mesmo e não se levar tão a sério. Na entrevista com Alberto Dines na TV Brasil, o convidado ainda reflete sobre realização pessoal, opinião e os roteiros que redige.

“O problema é quando você está escrevendo para as pessoas gostarem, verem, lerem, mas você não quer escrever aquilo. Como qualquer arte, no jornalismo, você tem que escrever para você, fazer o que acredita. Se é contra todo o mundo, ninguém mandou você ter essa opinião. Se é a sua opinião, acredite nela”, sugere Porchat.

Série debate o papel do ombudsman, cargo que existe há 25 anos no país
Na série especial “A Voz dos Ouvidores”, o programa "Observatório da Imprensa" discutiu a função do ombudsman, cargo que alcança a marca de 25 anos no Brasil em 2014. O apresentador Alberto Dines dialogou com profissionais experientes como o jornalista Caio Tulio Costa, o primeiro ombudsman da imprensa brasileira, o escritor Mário Magalhães, o biógrafo Lira Neto e o cineasta Jorge Furtado que recentemente lançou o filme “O Mercado de Notícias”, documentário sobre o tema.

“A série analisa a função do representante do leitor e a evolução que o jornalismo sofreu neste quarto de século. Mostramos as características e debatemos o cargo, criado nos Estados Unidos e que chegou ao Brasil em setembro de 1989”, explica o experiente jornalista Alberto Dines.

Ao todo, foram convidados, dez ombudsman que trabalham ou já trabalharam no jornal Folha de S. Paulo, primeiro jornal a adotar a função no país. Além desses profissionais, Alberto Dines conversou também com dois ombudsman do jornal O Povo, de Fortaleza (CE), que mantém a função há 20 anos.

.: Sucesso de público, “Um Mestre Brasileiro” retorna

Entre os dias 29 de agosto e 28 de setembro, a 2ª temporada do espetáculo musical “Um Mestre Brasileiro - A vida e obra de Mestre Irineu Serra”, do diretor Márcio Araújo, estará em cartaz no teatro Alfredo Mesquita, em São Paulo. A peça esteve em cartaz no 1º semestre deste ano, no mesmo palco, com casa lotada todos os dias  foi convidada para retornar para mais 15 apresentações.


O espetáculo popular, que usa as técnicas do teatro de rua, conta a vida de um dos tantos heróis anônimos brasileiros, neste caso, o Mestre Raimundo Irineu Serra, um negro maranhense que viveu no Acre e criou uma nova realidade, bem mais digna, aos negros maltratados que morriam na seringa. Foi Irineu Serra quem fundou a doutrina do Santo Daime, hoje com adeptos em todo o mundo. A peça não tem a intenção de ser doutrinária, e sim de mostrar a força deste homem que modificou seu meio e a sua relevância para o Brasil.


O espetáculo conta com um elenco de quase 20 pessoas, entre atores e músicos, alguns com grande experiência no teatro de rua, outros vindos de trabalhos anteriores do diretor, e que somam uma grande diversidade de talentos e sonoridades, tanto vocais quanto instrumentais. Chama a atenção ainda, a riqueza de detalhes nos mais de 50 adereços, 39 chapéus e figurinos, todos feitos artesanalmente, que enchem os olhos dos espectadores e encantam por onde a peça passa.


Sobre o diretor e dramaturgo Márcio Araújo
O premiado diretor Márcio Araújo, ganhador do Prêmio Contigo! 2010 de Melhor Musical Nacional pelo espetáculo “Nara”, sobre a vida da cantora Nara Leão, criou este novo espetáculo-biografia, desta vez sobre um líder popular que mudou toda vida de seu povo. Este líder também era compositor e deixou mais de 130 hinos, que Márcio usou como base musical e sonora da peça, numa reinvenção nos arranjos, contextualizados à vida do protagonista. Como é de praxe em seus espetáculos, o envolvimento do diretor vai além da dramaturgia e direção e cria todo o conceito artístico. Neste caso, ele também assina a direção de arte, a maquiagem, os figurinos e cenário.

Serviço
“Um Mestre Brasileiro – A vida e obra de Mestre Irineu Serra”

Gênero: musical
Direção: Márcio Araújo
Direção Musical: Cristiano Meirelles e Xico Leite
Duração: 75 minutos
Classificação: livre
Texto: Márcio Araújo
Fotos: Alberto Lefreve

Elenco
Atores: 
Adriana Salcedo
Beatriz Campus
Cristiano Meirelles
Daniela Carmona
Fernando Antonio
Leandro Borgo
Márcio Maracajá
Nara Prem
Pamela Wendy
Sandra Lessa
Valéria Pontes

Músicos: Aline Ferreira (voz)
Cláudia Vargas (voz)
Francisco Leite (violão de aço)
Jacqueline Sandes (voz)
Karen Neoral (Voz)
Laura Labaki (percussão)
Maurício Maas (sanfona e xilofone)
Paulo Cunha (violão de nylon)
Ricardo Marcondes (percussão)
Ronaldo di Castro (Sax, flauta e cavaquinho)

Temporada no Teatro Alfredo Mesquita
De 29/8 a 28/9
Sextas e sábados – 21h
Domingos – 19h30
R$ 10
Av. Santos Dumont, 1770 - Santana.
Tel.: (11) 2221-3657
Capacidade: 198 lugares

.: O último clássico de Ernest Hemingway

"As Ilhas da Corrente" não é apenas a melhor obra póstuma de Ernest Hemingway, mas um de seus grandes livros. Publicado pela primeira vez em 1970, nove anos após a morte do autor, narra as aventuras e as tragédias presentes em momentos cruciais da vida do pintor Thomas Hudson – um evidente alter ego hemingwayniano.

“Uma história cheia de amor, de solidão, com o mesmo senso de humor e qualidade de tudo que escreveu”, disse a jornalista Mary Hemingway, que foi esposa do autor. Dividida em três partes, a obra pode ser vista tanto como uma reunião de novelas interligadas quanto como um romance fragmentado. De ambas as formas, é um trabalho que mostra um dos mais influentes escritores do século XX no ápice de sua maturidade literária.

A primeira parte, “Bimini”, é ambientada em uma paradisíaca ilha do Caribe onde Hudson – divorciado e beberrão – leva uma vida idílica. “Cuba”, o segundo segmento, tem ares mais sombrios: o personagem é um homem atormentado que perde o filho em um acidente. 

Ao mesmo tempo, reencontra a primeira esposa e revive o final infeliz da grande história de amor de sua vida. A última parte, por sua vez, é um drama de guerra que contém elementos que lembram outras obras de Hemingway como Por quem os sinos dobram e O velho e o mar. Batizada de “No mar”, mostra Hudson como um caçador de submarinos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

"As Ilhas da Corrente" é um retrato brilhante da vida de um homem complexo e intrigante. Nestas páginas, Hemingway alcança o seu zênite de maturidade literária.


"As Ilhas da Corrente"
("Islands in the Stream")
Ernest Hemingway
Tradução: Milton Persson
Literatura estrangeira
Editora: Bertrand Brasil
616 páginas
R$ 65,00

Próximo relançamento: "Contos – Volume 1".
Ernest Hemingway é um dos pilares da literatura contemporânea mundial. Nascido em 1899, começou a escrever aos 18 anos para um jornal. Quando os Estados Unidos entraram na Primeira Guerra Mundial, alistou-se como voluntário, tornando-se motorista de ambulância para o Exército da Itália. Após ser ferido, recebeu uma condecoração do governo italiano. Ao voltar para os Estados Unidos, trabalhou como repórter para jornais americanos e canadenses, e então voltou para a Europa, cobrindo eventos como a Revolução Grega. Durante os anos 1920, tornou-se membro do grupo de expatriados americanos em Paris, o qual ele descreveu em seu primeiro livro, O sol também se levanta (1926). Ernest Hemingway foi agraciado com o Nobel de Literatura em 1954 e faleceu em 1961.

.: Você já viu música?

Como seriam os riffs da guitarra invertida de Jimi Hendrix e o som grave do surdo da música Crazy Train do Black Sabbath, se pudéssemos vê-los? E os agudos do mestre Freddy Mercury, como se mostrariam aos nossos olhos? A fotógrafa gaúcha Andrea Laybauer, conhecida por seus “splashes” e por imagens refletidas dentro de gotas de água, apresenta uma nova série de fotografias: "Esculturas de Som", que responde a estes questionamentos.

A onda sonora é invisível, mas se for traduzida em vibração, amplitude e freqüência, pode ser “manipulada” de forma a dar origem a um elemento escultórico. Vago, pouco palpável? Pois bem, gotas de tinta são colocadas sobre uma caixa de som no volume máximo e “dançam” conforme as vibrações sonoras emitidas, que se tornam visíveis através do movimento das gotas. Com uma câmera fotográfica e flashes de alta velocidade, é possível congelar cada momento e, assim, adicionar à música o que ela não tem: visibilidade.

Assim faz a fotógrafa gaúcha Andrea Laybauer. Famosa por seus “splashes” e por imagens refletidas dentro de gotas de água, a artista apresenta uma nova série de fotografias: “Esculturas de Som”. Sem fugir da ideia inicial, que é registrar eventos que acontecem no nosso cotidiano, mas que não os percebemos através dos nossos cinco sentidos por serem muito pequenos ou muito rápidos, Andrea torna visível esse universo de imagens e formas líquidas e acústicas que podem nos surpreender.

A beleza desse trabalho também reside no seu caráter efêmero e na impossibilidade de ser recriado de forma exatamente igual. A singularidade é sua marca registrada. Andrea vai fazer uma exposição na Amsterdam Whitney Gallery, em Nova Iorque, em outubro desse ano, impulsionada pelas premiações recebidas na Itália em 2012.

O trabalho dela pode ser conferido no site www.andrealaybauer.com e o portfólio completo está disponível no Flickr da fotógrafa: www.flickr.com/photos/andrea_laybauer.

.: O que está entre os saltos da mulher nos dias atuais?

O Coletivo PI exibe pela primeira vez o documentário "Entre Saltos" nesta sexta-feira, dia 29, às 20h, no Sesc Campinas. Vencedor do Prêmio Funarte Mulheres nas Artes Visuais 2013, o filme percorreu quatro cidades do Brasil com a seguinte indagação: "O que está entre os saltos da mulher nos dias atuais?". A proposta era discutir, por meio da arte, sobre as forças e formas que moldam a feminilidade na atualidade.

Mulheres e homens de diversas idades, profissões e culturas participaram da performance urbana "Entre Saltos" em Campinas (SP), São Paulo (SP), Porto Alegre (RS) e Salvador (BA). Eles formaram um coro feminino que atravessa as ruas da cidade com um salto no pé e outro na mão, com roupas em tons de vermelho e rosa.  Ao final do trajeto, todos os sapatos utilizados na caminhada compõem uma instalação na cidade.

O documentário "Entre Saltos" apresenta um panorama geral das quatro ações realizadas entre fevereiro e maio de 2014, com cerca de 150 pessoas. A produção do Coletivo PI entrevistou participantes da Oficina de Intervenção Urbana e da Performance e parceiros das ações, como a representante da Associação das Mulheres Guerreiras de Campinas, Denise Martins, que luta para que a prostituição de mulheres, homens e travestis seja regulamentada, e a artista plástica mexicana Ana Tereza Fernández, convidada especial para conceber as instalações dos sapatos ao final da performance.

Os discursos expostos no vídeo vão além da cobertura documental do projeto. As provocações dos entrevistadores e as reflexões das participantes evocam questionamentos sobre a condição da mulher na sociedade e na arte: medos, preconceitos, desafios, alegrias, o lugar da mulher na atualidade.


Segundo Pâmella Cruz, diretora do Coletivo PI, “Entre Saltos vai além da ideia da bio-mulher, nos faz refletir sobre as questões do gênero feminino, mostra os desejos e a luta para SER em uma sociedade ainda pautada no preconceito e em uma violência velada. O vídeo nos provoca a pensar em quem somos e que sociedade buscamos. Para mim, o Entre Saltos dialoga com seguinte pensamento de Simone de Beauvoir: ‘Que nada nos limite. Que nada nos defina. Que nada nos sujeite. Que a liberdade seja nossa própria substância, já que viver é ser livre’.”O Sesc Campinas apoiou a realização da performance no bairro Jardim Itatinga, em Campinas. 

Documentário Entre Saltos
Duração: 48 minutos
Indicação: livre
Estreia: 29 de agosto (sexta-feira)
Local: Teatro do Sesc Campinas
Endereço: Rua Dom José I, 270 - Bonfim - Campinas - SP
Horário: 20h
Entrada Gratuita

.: Matéi Visniec é o primeiro nome estrangeiro confirmado pela Flica

Considerado pela crítica internacional como um sucessor de Eugène Ionesco, o dramaturgo, poeta e jornalista romeno Matéi Visniec, confirmou sua presença na 4ª edição da Flica - Festa Literária Internacional de Cachoeira. Ele vem ao Brasil especialmente para participar da Festa, que acontece de 29 de outubro a 2 de novembro na cidade de Cachoeira, Bahia, para discutir sobre os seus textos de teatro do absurdo e a relação com a linguagem literária clássica. 

Ele agora vive em Paris, na França – país o qual se refugiou politicamente após ter seus textos censurados pelo sistema comunista na Romênia por dez anos, até que, em 1987, resolveu largar seu país de origem e não mais voltou. O convite partiu da curadoria do evento visando a importância de sua obra: literatura e dramaturgia de ficção instigantes. Considerado pela crítica internacional como um sucessor de Eugène Ionesco – dramaturgo francês do teatro do absurdo – a popularidade internacional de Visniec se expandiu em 1992, com as peças "Les Chevaux à La Fênetre" ("Os Cavalos na Janela") e "Petit boulot pour Vieux Clown" ("Velho Palhaço Precisa-se"), encenadas na França, Alemanha, Estados Unidos, Dinamarca, Áustria, Polônia, Finlândia, Itália, Turquia, Romênia, Moldávia, Geórgia e em algumas cidades brasileiras. Mas já em 1977, ele começou a formular seus primeiros textos geniais, depois de estudar história e filosofia na Universidade de Bucharest, onde desenvolveu afinidade por temas relacionados à política.

Dos textos traduzidos para o português e publicados em livro destaca-se "A História do Comunismo Contada aos Doentes Mentais", na qual um escritor é convidado a contar a relação entre Lênin, Stálin e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) aos doentes do hospício, como forma de cura e retorno à lucidez. No hospital psiquiátrico, ele encontra diversos perfis que compartilham discursos revolucionários e aficionados pela política comunista. Entre outros, estão "O Último Godot", "Três Noites com Madox" e "A Palavra Progresso na Boca de Minha Mãe Soava Terrivelmente Falsa", publicados no Brasil pela editora É Realizações.

O público pode esperar para a participação desse na Flica uma conversa intrigante, incluindo sua decisão de não retornar à Romênia mesmo após a queda do comunismo, em 1989, e depois de tornar-se um dos dramaturgos mais reproduzidos do país, com mais de 30 peças exibidas em Bucharest e outras cidades. Em 1996, por exemplo, o Teatro Nacional de Timisoara organizou um Festival que levava o seu nome, no qual 12 companhias diferentes de teatro apresentavam suas peças em uma programação totalmente dedicada às suas obras.

Sobre o Autor
Nascido na Romênia em 1956, Matéi Visniec vive e trabalha na França desde 1987, onde foi refugiado político. Suas peças são hoje editadas, traduzidas em várias línguas e montadas em mais de vinte países, sobretudo na França e na Romênia.

Links
Festa Literária Internacional de Cachoeira – Flica 
www.flica.com.br
www.facebook.com/FlicaOficial
https://twitter.com/flicaoficial
https://www.youtube.com/user/FlicaTV

.: Cinemark participa da 1ª Expocine

A Rede Cinemark, que representa cerca de 30% do mercado exibidor brasileiro, confirmou sua participação na Expocine, maior evento de negócios da América Latina voltado ao mercado cinematográfico e que será realizado nos dias 10 e 11 de novembro no Centro de Convenções do Shopping Frei Caneca (São Paulo – SP).

Segundo Bettina Boklis, diretora de Marketing da Rede, estão confirmados profissionais não só do Marketing, mas também dos departamentos de Programação e Operações, além dos supervisores e dos gerentes dos cinemas. Além disso, a Rede patrocina a realização da Expocine por meio da marca XD.

“É com grande satisfação que a Cinemark apoia a realização da Expocine. Ao patrocinar este grande evento,  a Rede tem o objetivo de estimular o diálogo e a troca entre diferentes setores da indústria cinematográfica. Como líder de mercado, a Cinemark não poderia deixar de participar desta ação, que reunirá fornecedores, distribuidores e exibidores de todo país”, afirma Bettina Boklis, diretora de Marketing da Rede.

“O evento quer se consolidar como um verdadeiro ponto de troca de informações, conhecimento e principalmente novas negociações. Ter esses profissionais é extremamente importante, não só para os expositores, mas também para os exibidores que fortalecem sua equipe e os atualizam sobre as novidades e tendências do mercado”, diz Marcelo J. L. de Lima, idealizador do projeto Expocine e CEO da Tonks, co-realizadora do evento ao lado da JKPG.

A Cinemark tem hoje 540 salas de cinema distribuídas em 69 complexos em 16 estados: Distrito Federal: Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, São Paulo, Sergipe, Goiás, Santa Catarina, Espírito Santo, Bahia, Amazonas, Tocantins e Pernambuco.

Acompanhe as novidades da Expocine: www.expocine.com.br.

.: Viagem Literária levará escritores para 80 cidades do interior e litoral de SP

Programa gratuito acontecerá nas bibliotecas municipais e levará diversos autores como Carolina Munhóz, Carla Caruso, Alonso Alvares, Heloisa Prieto entre outros.


Em setembro, começa a segunda parte do Viagem Literária, programa da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo,  que percorrerá 80 cidades paulistas, levando autores para palestras e bate-papos, realizados gratuitamente nas bibliotecas locais. Sucesso entre as crianças de todas as idades, diversas obras literárias são apresentadas pelo seu próprio autor transformando a relação das crianças e adolescente com os livros. 

O segundo módulo do programa, voltado para o público infantojuvenil, acontecerá entre os dias 1º de setembro a 01 de outubro e reunirá 16 escritores, que realização workshops em 80 cidades do interior e do litoral.  Os escritores convidados são: Alonso Alvarez, Caio Riter, Carla Caruso, Carolina Munhóz, Clóvis Bulcão, Edson Gabriel Garcia, Heloisa Prieto, Ilan Brenman, Índigo, Jonas Ribeiro, José Roberto Torero, Leandro Narloch, Luiz Puntel, Luiz Roberto Guedes, Raphael Draccon e Ricardo Ramos Filho. 

A terceira etapa, destinada aos leitores adultos, será realizada em outubro. A programação será definida e divulgada em breve. 

Números 2013: 
Em 2013, o programa Viagem Literária percorreu 70 cidades, atingindo um público total de aproximadamente 28 mil pessoas. “A cada ano o programa abrange mais cidades, pois o histórico mostra que após a ação, a comunidade se aproxima mais das bibliotecas, aumentando a frequência e a retirada de livros”, afirma a coordenadora do Viagem Literária na SP Leituras, Ana Carolina Nogueira. 

A programação apresenta diversos autores brasileiros como Monteiro Lobato, Assis Lima, André Neves, Ricardo Azevedo, Ruth Rocha, Ronaldo Brito, Regina Chamlian, Helena Alexandrino, entre outros. Mas a literatura estrangeira também tem espaço, com obras de Hans Christian Andersen (autor de a Pequena Sereia), Irmãos Grimm e James Matthew Barrie (autor de Peter Pan), entre outros. “Permitir que as crianças toquem e folheiem os livros é muito importante para que elas possam criar um contato mais íntimo com as obras. É a partir desse momento que os livros começam a se tornar interessantes, parte do cotidiano e adquirem gosto pela leitura. Tudo o que procuramos proporcionar no programa Viagem Literária é esse despertar e essa paixão pela literatura, que não aparecem de repente, têm que ser incentivados”, afirma a coordenadora da Unidade de Biblioteca e Leitura, Adriana Ferrari. 

Cidades participantes do Viagem Literária 2014:
Águas de Lindóia, Araraquara, Anhumas, Apiaí, Araçariguama, Arujá, Auriflama, Bady Bassitt, Bastos, Batatais, Boituva, Buritama, Cananéia, Catanduva, Cedral, Cruz das Posses, Diadema, 
Fartura, Fernandópolis, Ferraz de Vasconcelos, Franca, Garça, Gastão Vidigal, Guapiaçu, Guararema, Ilha Comprida, Itanhaém, Ilhabela, Itapuí, Itapeva, Jundiaí, Lins Limeira, Leme, Lençóis Paulista, Lourdes, Macatuba, Mauá, Miguelópolis, Mirante do Paranapanema, Mirassol, Mococa, Monte Mor, Monte Aprazível, Monteiro Lobato, Neves Paulista, Pacaembu, Palmital, Praia Grande, Pederneiras, Penápolis, Piedade, Pontal, Potirendaba, Pratânia, Presidente Venceslau, Promissão, Pompéia, Rancharia, Ribeirão Corrente, Rubinéia, Santana de Parnaíba, Santa Barbara D’ Oeste, São Bento do Sapucaí, São Caetano do Sul, Santo André, São João das Duas Pontes, São Roque, São José do Rio Preto, Sorocaba, Socorro, Sumaré, Suzano, Taguaí, Três Fronteiras, Valinhos, Vargem Grande do Sul, Vargem Grande Paulista, Várzea Paulista. 

Bibliotecas e Leitura:
O Viagem Literária é um dos programas da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo dedicados à valorização das bibliotecas públicas e ao estímulo à leitura. A Secretaria mantém, por meio da coordenação do Sistema de Bibliotecas Públicas e Comunitárias (SisEB), ações contínuas de atualização profissional e renovação de acervos, a exemplo de cursos de capacitação, periódicos e do Seminário Internacional de Bibliotecas, que acontece em novembro. A Secretaria também mantém, na Capital, a Biblioteca de São Paulo, modelo do conceito de “biblioteca viva”, que busca propagar por meio do SisEB. Além dos museus relacionados à palavra escrita – Museu da Língua Portuguesa, Casa das Rosas e Casa Guilherme de Almeida – realiza também o Prêmio São Paulo de Literatura, que anualmente reconhece e premia os melhores romances publicados em língua portuguesa em todo o País.
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