domingo, 12 de março de 2023

.: Crônica: "Grease, o Musical" resgata nos palcos clássico sobre os anos 50

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em março de 2023


"Grease é o caminho", destaca o refrão da música clássica do trio Bee Gees que dá nome ao teatro musical da produtora 4Act Entretenimento, "Grease, o Musical", que encerrou as apresentações em 6 de março com muita energia e emoção. Eu que tenho "Grease: Nos Tempos da Brilhantina" no posto de filme favorito, ali, no Teatro Claro, já nos primeiros minutos fui levada pela emoção. Arrepios e lágrimas externaram o misto de sensações. 

A jovialidade do elenco, em coreografias e figurinos impecáveis reforçaram a engrenagem do musical sobre a história de amor de Danny e Sandy, que acontece durante o verão dos anos 50, nas praias da Califórnia. Com a volta às aulas, eles se reencontram de modo inesperado, afinal, ele não é tão doce como se mostrou, Danny lidera a gangue do Burguer Palace Boys. 

Enquanto que a mocinha certinha vai se enturmando com as Pink Ladies, Danny tenta seu lado de atleta -sem sucesso. O enredo condizente a uma época ultrapassada, reflete quando as mocinhas deveriam seguir certas condutas para evitar que fossem rotuladas da pior forma. De fato, "Grease" é o retrato da liberdade feminina que começava a se desenhar.

Voltar ao teatro em pleno 2023 para assistir tal montagem teve um gostinho diferente. Afinal, há 20 anos, assisti "Grease, o Musical" no Teatro Sérgio Cardoso e saí maravilhada com Afonso Nigro, Amanda Acosta, Paula Capovilla, Jarbas Homem de Mello, Laila Garin e tantos outros talentos dos palcos brasileiros, como Carol Bezerra. Por sorte, pouco tempo depois, revi a mesma produção no Teatro Sesc Santos. 

Reviver uma emoção tão grande e significativa foi marcante, agora com as vozes de Tiago Prado, Luli, Alice Zamur, Nathan Leitão, Sofie Orleans, Carol Pita, Camila Brandão, Pedro Nasser, Rafa Diverse e outros. Não há como negar que rever no teatro em nova montagem do meu filme favorito, após tantos anos, foi extremamente emocionante. 


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm

.: Morre ator Antônio Pedro, o Tremedeira de "Caça Talentos"

Antônio Pedro. Foto: divulgação


Morreu neste domingo, aos 82 anos, o ator, diretor, roteirista e produtor Antônio Pedro, em decorrência de insuficiências renal e cardíaca. Ele estava internado em um hospital no Rio de janeiro. O velório está sendo realizado na capela 2 do Crematório e Cemitério da Penitência e, às 15h30, o ator será cremado. 

Nascido em 11 de novembro de 1940, no Rio de Janeiro, Antônio Pedro Borges de Oliveira levou uma vida dedicada às artes. Começou a carreira na década de 1960, fez cursos e especializações em Paris, e desde então atuou como diretor, roteirista, humorista e produtor em dezenas de filmes, peças e obras na televisão. 

Sua atuação na TV sempre foi intensa. Estreou na TV Tupi em 1969, em “Super Plá”. Em 1972, fez sua estreia na TV Globo, na novela "O Bofe". Tem no currículo novelas, humorísticos, infantis e séries como "Sassaricando" (1987), "Bebê a Bordo" (1988), "Escolinha do Professor Raimundo" (1990/92/94), "Caça Talentos" (1996), "Explode Coração" (1996), "Sítio do Picapau Amarelo" (2002), "A Diarista" (2006), "Malhação" (2007/2009) e "Zorra" (2015-2017). Os últimos trabalhos em que atuou na TV Globo foram "Bom Sucesso" (2019), "Shippados" (2019) e "Filhas de Eva" (2021).

Esteve presente em clássicos do cinema nacional como “Gabriela, cravo e canela” (1983), “Dias Melhores Virão” (1989), “O que é isso Companheiro” (1997) e também na maioria dos filmes de Hugo Carvana. Entre seus últimos em filmes, estão o infantil “DPA 2” (2018) e a comédia “Meu Passado me Condena 2” (2015).

Além da carreira nos palcos, Antônio Pedro também foi atuante no cenário político. Na década de 1980, foi nomeado diretor de teatros da FUNARJ (Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro) e Secretário Municipal de Cultura do Rio de Janeiro. Na década seguinte, como coordenador do projeto Teatro na UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), criou, produziu e encenou 17 espetáculos, vídeos e palestras.

Antônio Pedro deixa três filhos: as atrizes Alice Borges e Ana Baird e Fabio Borges, de seu relacionamento atual com Andrea Bordadagua.

.: "Emancipação": piada de Chris Rock sobre Will Smith é tão problemática?

Em especial da Netflix, humorista disse que assistiu a filme “Emancipação” só para ver Smith sendo “chicoteado” e veículos de imprensa contestaram sua fala. Foto: divulgação do filme "Emancipação"


Will Smith fez recentemente seu primeiro discurso de premiação desde sua bofetada no Oscar 2022. Enquanto isso, Chris Rock, por sua vez, lançou após um ano do ocorrido seu primeiro material humorístico sobre o incidente, um especial que já está disponível desde sábado (4) na Netflix. Apesar de já terem se passado quase um ano desde que Smith causou uma reação sísmica ao atingir Rock com um soco por fazer uma piada sobre a queda de cabelo de Jada Pinkett Smith, as duas estrelas continuam ligadas à premiação como super-cola, ainda mais depois do lançamento Selective Outrage (Indignação Seletiva em português).

No episódio disponível na plataforma de streaming, o comediante de 58 anos , entre outras coisas, criticou a vitimização, dizendo que apesar de ter sido “vítima” jamais se colocaria nesse lugar. "Nunca me vão ver nos programas da Oprah ou da Gayle a chorar. Nunca vai acontecer. Levei aquele murro como o Pacquiao", fazendo uma referência ao ex-pugilista Manny Pacquiao.

Na metade final do espetáculo, Chris Rock comentou ainda mais sobre o caso do ano passado, ressaltando que "quem diz que as palavras não magoam nunca levou um soco na cara". "Todos sabem. Sim, aconteceu, há um ano, levei um murro na porcaria do Oscar", mencionou. "As pessoas perguntam, 'Doeu?'Ainda dói! Tenho o Summertime a zumbir nos ouvidos." Summertime trata-se do single lançado por Will Smith em 1991.

Por fim, quase ao final da apresentação, o comediante faz a piada mais polêmica. O humorista se dirige à plateia e diz que torceu por Will Smith a vida inteira, dando uma quebra de expectativa ao público e conclui de forma surpreendente, mencionando que viu Emancipação [filme em que Smith encarna um escravo] só para o vê-lo sendo chicoteado". Na imprensa nacional, diversas matérias foram veiculadas trazendo como se fossem absurdas as piadas realizadas por Chris Rock durante o show. Por outro lado, o comediante Bruno Romano, conhecido por expor o lado obscuro dos RHs com doses de humor, enxerga a situação de uma outra forma.

“Primeiro ponto que é preciso entender se trata do fato de, assim como qualquer outro tipo de expressão artística, a piada tem o direito de expressar um sentimento. O pintor pode pintar um quadro quando ocorre uma acontecimento, o cantor pode fazer uma música sobre isso, mas o comediante é privado desse direito. Sempre soa como falta de respeito, como se fosse uma chacota, algo negativo", enfatiza Bruno Romano, posicionando-se a favor do humorista norte americano.

Além disso, Bruno acredita que a sociedade tem que se posicionar e colocar a “piada em seu devido lugar”, não levando a ferro e fogo as situações neles inseridas. Ainda segundo ele, Chris Rock obviamente não é escravista e nem a favor de agressões ou linchamento e suas palavras fazem referência a apenas uma situação isolada e vivenciada por ele mesmo. “Ele está fazendo graça de si mesmo ao meu ver. Não podemos generalizar o cenário. A piada é mais sobre ele do que qualquer outra coisa. Depois de ter uma carreira consolidada com trabalhos que fizeram as pessoas refletirem e muito sobre racismo estrutural e velado, ele ser acusado como sendo a favor da escravidão me parece desmedido e desrespeitoso”, apontou Bruno Romano.

.: "Caravana das Drags", com Xuxa, libera primeiras imagens do reality


Fotos mostram um pouco da competição vibrante entre dez artistas drags viajando pelo país em busca do título de “Drag Soberana”, com apresentação de Xuxa Meneghel e Ikaro Kadoshi. Fotos: Prime Video


O Prime Video já tem as primeiras imagens do novo reality show brasileiro Original Amazon "Caravana das Drags". As fotos mostram a atmosfera divertida e acirrada da competição apresentada por Xuxa Meneghel e Ikaro Kadoshi em que dez artistas drags viajam por oito cidades brasileiras a bordo de um ônibus extravagante. Com desafios únicos e performances inesquecíveis, Chandelly Kidman, DesiRée Beck, Enme, Frimes, Gaia do Brasil, Hellena Borgys, Morgante, Ravena Creole, Robytt Moon e Slovakia vão competir pelo título de “Drag Soberana” do reality show. Caravana das Drags terá oito episódios de 45 minutos, além de um episódio especial com a reunião das participantes. A série estreia exclusivamente no Prime Video em 14 de abril, em mais de 240 países e territórios.

Partindo do Rio de Janeiro (RJ), a caravana fez paradas em Goiânia (GO), Diamantina (MG), Salvador (BA), Recife (PE), Fortaleza (CE), São Luís (MA) e Belém (PA). Em cada local, a criatividade e adaptação das competidoras são postas à prova ao enfrentarem desafios inspirados em diferentes tradições regionais brasileiras. Suas performances são avaliadas por um grupo de jurados composto pelas apresentadoras e por convidados especiais, representantes da cultura do nosso país. A cada episódio, uma participante será eliminada, até que restem as finalistas.

O formato de Caravana das Drags foi criado e desenvolvido exclusivamente para o Prime Video e estará disponível no serviço em mais de 240 países e territórios em todo o mundo. O reality show é produzido pela Producing Partners, foi criado pelos showrunners Tatiana Issa e Guto Barra e é dirigido por Bettina Hanna.

sábado, 11 de março de 2023

.: Teatro Vivo: Mel Lisboa estreia solo "Madame Blavatsky - Amores Ocultos"

Com dramaturgia de Claudia Barral e direção de Marcio Macena, monólogo apresenta ao público a misteriosa figura de Helena Petrovna Blavátskaya, escritora russa responsável pela sistematização da teosofia. Foto: João Caldas


A emblemática trajetória da escritora russa Helena Petrovna Blavátskaya (1831-1891), cofundadora da Sociedade Teosófica, inspirou a criação do solo "Madame – Blavatsky – Amores Ocultos", estrelado pela atriz Mel Lisboa, que estreia no Teatro Vivo no dia 15 de março.

O monólogo tem dramaturgia de Claudia Barral e surgiu a partir do contato da autora com a peça “Madame Blavatsky”, de Plínio Marcos. Já a direção é assinada por Marcio Macena. A dramaturgia brinca com os limites da ficção, investigando convenções da representação teatral e simulando, através do texto, uma incorporação mediúnica. Trata-se de uma não-peça, já que propõe ao espectador uma espécie de experiência mística. 

Em cena, o espírito de Helena Blavatsky exige retornar ao teatro, utilizando-se do corpo de uma atriz, para colocar a sua controversa trajetória em pratos limpos. Como toda história tem várias versões, Helena é interrompida por outros espíritos, que também querem dividir com o público as suas impressões.

A ideia é apresentar ao público essa figura complexa, dinâmica e independente, que foi responsável pela sistematização da moderna Teosofia (que, de maneira reducionista e simples, pode ser definida como o conjunto de doutrinas filosóficas, esotéricas e ocultistas que buscam o conhecimento direto dos mistérios da vida, da natureza e da divindade).

Blavatsky surgiu em um momento histórico em que a religião estava sendo rapidamente desacreditada pelo avanço da ciência e da tecnologia. Helena, então, tornou-se cofundadora da Sociedade Teosófica, que pregava a junção de todos os credos, incentivando a pesquisa científica, o pensamento independente e a crítica da fé cega através da razão.

Assim, ela viveu em busca de conhecimento filosófico, espiritual e esotérico, para desenvolver seus poderes paranormais de forma controlada, a fim de que pudesse servi-los como instrumento para a instrução do mundo ocidental. Lutou contra todas as formas de intolerância e preconceito, atacou o materialismo e o ceticismo arrogante da ciência, e pregou a fraternidade universal.

“Essa personagem única influenciou milhares de pessoas em todo o mundo desde que apareceu, da população comum a estadistas, líderes religiosos, literatos e artistas, e deve mais do que nunca ser conhecida do público. Ela abalou e desafiou de tal modo as correntes ortodoxas da religião, da ciência, da filosofia e da psicologia, que é impossível ficar ignorada. Foi uma verdadeira iconoclasta - ao rasgar e fazer em pedaços os véus que encobriam a realidade”, conta o diretor Marcio Macena.

Blavatsky também se tornou o alvo de ataques e injúrias, pela coragem e ousadia de trazer à luz do dia aquilo que era blasfêmia revelar. Lentamente, os anos se encarregaram de fazer-lhe justiça. Apesar das invectivas, considerava-se feliz por trabalhar "a serviço da humanidade", e deu provas de sabedoria ao deixar que as futuras gerações julgassem a sua magnífica obra.

Sinopse: "Madame Blavatsky - Amores Ocultos" brinca com os limites da ficção, investigando convenções da representação teatral e simulando, através do texto, uma incorporação mediúnica. Em cena, o espírito de Helena Blavatsky, fundadora da Sociedade Teosófica, exige retornar a um teatro, utilizando-se do corpo de uma atriz, para colocar a sua controversa história em pratos limpos. Como toda história tem várias versões, Helena é interrompida por outros espíritos, que também querem dividir com o público as suas impressões.


Ficha Técnica

Elenco: Mel Lisboa

Texto: Cláudia Barral

Direção: Marcio Macena 

Designer de Luz: Ligia Chaim

Designer de som: Bruno Pinho

Figurino: João Pimenta 

Cenário: Márcio Macena 

Produtora Executiva: Dani D' Agostino

Fotos Assessoria: João Caldas

Fotos Divulgação:  Hudson Senna

Designer gráfico: Valentina Namur 

Assessoria de Imprensa: Pombo Correio

Direção de Produção: Morena Carvalho 

Realização: Lisboa Produções


Serviço

Madame Blavatsky - Amores Ocultos 

Temporada: 15 de março a 31 de maio de 2023, às terças e quartas 20h

*Não haverá sessão nos dias 21 de março e no dia 3 de maio.

Teatro Vivo - Av. Chucri Zaidan, 2460 - Morumbi 

Ingressos: R$80 (inteira) e R$40 (meia-entrada)

Vendas online em site.bileto.sympla.com.br/teatrovivo 

Bilheteria: (11) 3279-1520 - Horário de funcionamento da bilheteria: 2h antes da apresentação.

Estacionamento no local - Entrada pela Av. Roque Petroni Jr, 1464

Funcionamento 2h antes da apresentação e até 30 minutos após a sessão.

Duração: 60 minutos

Classificação: 12 anos

Acessibilidade: Sala acessível para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.


.: Claudia Schapira e Cibele Forjaz juntas em espetáculo no Sesc Ipiranga


Espetáculo "Só Riso - O Arame, o Palhaço e Uma Certa Morte" discute papel da arte e do artista como espelho da realidade. Com dramaturgia de Claudia Schapira e dramaturgia cênica de Cibele Forjaz, peça é encontro entre teatro, circo e musical. Tragicomédia usa da metalinguagem para contar a história do Palhaço Augusto e refletir sobre a efemeridade do teatro. Estreia no Teatro Sesc Ipiranga dia 17 de março. Foto: Manoela Rabinovitch


A história do espetáculo "Só Riso - O Arame, o Palhaço e Uma Certa Morte" é marcada por encontros: entre o grupo de artistas criadores; entre os textos "O Sorriso ao Pé da Escada", de Henry Miller, e "O Funâmbulo", de Jean Genet; entre o real e o virtual; e entre o teatro, o circo e o musical. Todos eles formam uma história forte, que parte da discussão sobre o papel da arte e do artista como potente espelho da sociedade.

Com dramaturgia e direção de Claudia Schapira, a peça estreia em 17 de março, sexta-feira, às 21h, no Teatro Sesc Ipiranga, onde segue até 16 abril, com sessões de sexta a domingo. Trata-se de uma tragicomédia musicada protagonizada pelos atores Sergio Siviero e Gui Calzavara, com dramaturgia cênica de Cibele Forjaz e direção de produção de Danielle Cabral (DCARTE).

A peça conta a história do palhaço Augusto (personagem do texto Sorriso) e seu magistral número para a lua. Junto de Augusto (Sergio Siviero), está o homem-banda (Gui Calzavara) que faz as vezes ora de antagonista, ora de inspiração, ora de duplo do próprio Augusto, com quem o personagem está conectado nesta jornada. Ao longo dessa história, Augusto vai sendo atravessado por frestas que refletem pensamentos sobre a atualidade.

A música tem um papel importante no espetáculo, com letras compostas por Schapira, musicadas pelos diretores musicais Demian Pinto e Gui Calzavara, e cantadas e coreografadas em cena, principalmente nos números de picadeiro. Além disso, há a presença do homem-banda, que vai tocando e sampleando ao vivo no palco.

O trabalho diário de preparação corporal e direção de movimento conduzido por Luaa Gabanini  teve uma participação estrutural e  fundante na construção das figuras que se desdobram no espetáculo transitando entre os diferentes planos.

O espetáculo acontece em vários planos de atuação, conta Forjaz, como uma metalinguagem do próprio fazer artístico. “Tem o plano dos atores que acontece no meio do público, numa espécie de avanço do palco para a plateia e que será transmitido ao vivo pelo Instagram, como uma conversa ao pé do ouvido.  Tem uma rampa que é uma espécie de fronteira entre o palco e a plateia; o proscênio, onde fica a banda e acontecem as cenas mais épicas, que se comunicam diretamente com a plateia; e, por fim, dentro do palco, onde fica o 'picadeiro', a cena dentro da cena, que começa vazia e vai se montando ao longo do espetáculo.  Então, são muitos planos diferentes de realidade e a encenação transita entre eles de modo explicitamente teatral. Em cada um desses planos, uma forma de atuação diferente, uma relação com a plateia, uma linguagem de luz, figurino, cenografia, etc. A encenação acontece nesse trânsito entre planos e linguagens”, explica a responsável pela dramaturgia cênica.

A peça apresenta a transformação de indivíduos em atores, de atores em palhaços fora de cena, até encarnar o palhaço no picadeiro, com suas máscaras características. “A história aborda questões sobre a função do artista e o papel da arte, em tempos tão duros e desafiadores. De certa forma, todo mundo está refletindo sobre o próprio papel e a maneira de participar na construção destes novos tempos”,   diz a diretora Claudia Schapira.

Sergio Siviero, Claudia Schapira e Danielle Cabral trabalharam juntos por dois anos se debruçando sobre os textos de Miller e Genet e nas pesquisas realizadas por Siviero sobre o ator e a ideia do suicidado da sociedade. O contexto de pandemia - que paralisou tudo - lançou luz sobre a necessidade de perceber as urgências e o questionamento do nosso lugar no mundo.

A dramaturgia quer provocar o espectador a se reconhecer na história, se ver diante das questões trazidas à luz da cena pelo palhaço. Se enxergar em sentimentos muitas vezes rechaçados socialmente. “A maneira como a gente conta essa história está implicada com a realidade.  Colocamos a narrativa na voz desses palhaços, desses bufões que falam do nosso ridículo, que falam da nossa vergonha, daquele lugar que às vezes evitamos explicitar. O palhaço é uma máscara que tem a licença de dizer verdades, deflagrar disfarces camuflados pela cordialidade”, pontua a diretora.

O grupo nomeia o espetáculo de tragicomédia musicada justamente por fazer um trânsito entre linguagens artísticas, que busca a cumplicidade e a empatia da plateia. “O público ri e se emociona, embarca no lirismo dos palhaços e ao mesmo tempo reflete junto com os atores sobre a realidade e as dificuldades específicas de nosso momento histórico, pós-pandemia. Venham ver a peça, é dessas que dá para rir e chorar ao mesmo tempo”, complementa Forjaz.

Sinopse
Dois atores conectados, contam e encenam a história do Palhaço Augusto e seu magistral número para a lua. Uma livre inspiração do cruzo entre os textos “O Sorriso ao Pé da Escada”, de Henry Miller, e "O Funâmbulo", de Jean Genet, com dramaturgia e direção de Claudia Schapira.

Ficha técnica:
Dramaturgia inédita de Claudia Schapira, livremente inspirada nos textos:
 "O Sorriso ao Pé Da Escada" (Henry Miller) e "Funâmbulo" (Jean Genet). Dramaturgia cênica: Cibele Forjaz. Direção geral: Claudia Schapira. Com Gui Calzavara e Sergio Siviero. Direção de movimento e preparação corporal: Luaa Gabanini. Vídeoarte: Vic Von Poser. Cenografia: Marisa Bentivegna. Direção musical: Demian Pinto e Gui Calzavara. Luz: Cibele Forjaz. Figurino: Claudia Schapira. Consultoria de palhaço: Cristiane-Paoli Quito. Desenho e treinamento de spoken word: Roberta Estrela D'alva. Projeto gráfico: Daniel Minchoni. Visagismo: Leopoldo Pacheco. Fotos: Manoela Rabinovitch. Produção musical: Gabriel Hernandes. Assistente de cenografia: Cezar Renzi. Costureira: Cleuza Amaro da Silva Barbosa. Aderecistas (maquete do circo): Samara Pavlova e Nathalia Campos. Cenotécnicos: Edilson Quina (Urso), Cíntia Matos, Edson Quina e Paulo Miguel Filho. Assistente de Produção: Giovana Carneiro. Produtor de campo: José Renato Forner. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Direção de produção e coordenação de projetos: Danielle Cabral. Produção geral: DCARTE. Administração e gestão: EXEDRA. Apoio: Casa Livre. Idealização: Sergio Siviero e Claudia Schapira. Realização: Sesc SP.


Serviço:
Espetáculo "Só Riso - O Arame, o Palhaço e Uma Certa Morte" estreia dia 17 de março de 2023 no Sesc Ipiranga. Temporada: de 17 de março a 16 de abril (exceto dia 7 de abril). Sessão com tradução em libras no dia 2 de abril. Horários: sextas e sábados, às 21h. Domingos, às 18h. Tragicomédia musicada. Duração: 70 minutos. Classificação etária: 12 anos. Ingressos: R$ 40 (inteira), R$ 20 (meia-entrada) e R$ 12 (credencial plena) https://www.sescsp.org.br/programacao/so-riso-o-arame-o-palhaco-e-uma-certa-morte/


Sesc Ipiranga - Rua Bom Pastor, 822, Ipiranga
Horário de Funcionamento:
terça a sexta, das 7h às 21h30. Aos sábados, das 10h às 21h30. Domingos e feriados, das 10h às 18h30. Capacidade: 198 lugares. Informações: (11) 3340-2035. Vendas pelo site sescsp.org.br/ipiranga e nas unidades do Sesc.

.: "Provoca": Marcelo Tas entrevista o médico do Sono Caio Bonadio

Foto: Giovanna Carvalho


Nesta terça-feira (14/3), Marcelo Tas entrevista o psiquiatra e médico do Sono Caio Bonadio. No bate-papo, eles falam sobre sono, sonho, a falta de médicos especialistas no assunto, como a pandemia afetou o dormir, a importância de rever as questões regulatórias das drogas, e muito mais. Vai ao ar na TV Cultura, a partir das 22h.

Tas pergunta na edição se Bonadio acha que faltam médicos que falem sobre sono. “A gente tem um pouco mais de mil médicos no Brasil com essa especialidade. É muito pouco em um universo de 70 milhões de pessoas com insônia, isso é uma estimativa da Associação Brasileira do Sono, e um terço da população com apneia (...) o sono tem que ser mais democratizado, estar mais na graduação, só que isso é um processo”, explica o psiquiatra.

Ele comenta em outro momento do programa que os adolescentes foram os que mais sofreram durante a pandemia. “É uma fase que você já é mais noturno e aí fica em casa, isolado, sem aula, sem atividades, sem contato (...) e o relógio biológico precisa dessas pistas ambientais para ficar bem sincronizado”, diz Caio.

O psiquiatra esclarece ainda sobre o que são as drogas de prescrição e a importância de rever as questões regulatórias. “A dependência de drogas de prescrição não é um problema novo (...) é preciso rever questões regulatórias. Por exemplo, por que o Zolpidem até hoje não tem um controle maior de receita como os benzodiazepínicos? (...) Tarja preta é uma questão regulatória, são substâncias que tem potencial de abuso e dependência e o Zolpidem também tem esse potencial”, afirma Bonadio.

Sobre Caio Bonadio: Formado pela Faculdade de Medicina do ABC, Bonadio depois de se formar, serviu à Marinha do Brasil como tenente-médico. Ingressou na residência de Psiquiatria da Santa Casa de São Paulo e logo após fez outra residência, Medicina do Sono, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

A partir daí, percebeu que tratar insônia é muito mais complexo do que parece e descobriu que bilhões de pessoas no mundo tem apneia do sono e sequer têm conhecimento deste diagnóstico. Ficou mais um ano na USP e se especializou em distúrbios respiratórios do sono no Instituto do Coração. Fez MBA em Gestão de Saúde no Insper e trabalhou nos principais serviços de saúde mental de São Paulo. Atualmente, dedica-se ao seu consultório particular e é empreendedor na área de educação médica.

.: “Poliana Moça”, do SBT: Resumos dos capítulos 256 ao 260

“Poliana Moça”

Resumos dos capítulos 256 ao 260 (13.03 a 17.03)


Capítulo 256, segunda-feira, 13 de março


Raquel e Brenda questionam Luca na “Luc4Tech” (Foto: Rogério Pallatta/SBT) 


Perdidos na rua, Pedro e Chloe tentam localizar o caminho até a “Luc4Tech”. Pinóquio também caminha em busca da empresa. Luísa pergunta para Otto sobre a suposta nova namorada; Otto afirma que não tem outra pessoa. Um ladrão tenta assaltar Pedro e Chloe, Pinóquio aparece e surpreende o bandido. Eugênia e Davi ficam preocupados com os filhos; Helena se sente culpada por não vigiar os irmãos. Pedro e Chloe questionam LUC1 (Pinóquio) se ele não era para estar na “Luc4Tech”; o androide responde que aquele outro robô do evento não é ele e que seu nome verdadeiro não é LUC1 e sim Pinóquio. Jeff conta a Raquel e Brenda que o LUC1 verdadeiro está na casa do Otto e que aquele [LUC2] apresentado no “Encontro de Fãs”  é o clone. Otto invade o sistema de Pinóquio para levá-lo de volta para sua mansão. Benício fica feliz com o carinho dos fãs, mas ainda sente vontade de ler e responder comentários dos haters. Nanci faz café da manhã para agradar a Valdinéia. Glória diz ao filho Otto que visitou Roger na prisão e que ele precisava contar algo importante, mas que não deu tempo. Na frente de todos os funcionários da “Luc4Tech”, Raquel pergunta ao chefe Luca o motivo dela e da Brenda ficarem de fora na campanha do androide, já que elas têm muito mais a oferecer que Celeste. Escondendo sobre ser informante da polícia, Gleyce diz aos colegas do CLL que não foi à delegacia e que seria melhor aceitar os termos do Cobra. Através do reconhecimento facial, Sara identifica Tânia no evento da “Luc4Tech”. Chloe aguarda a professora substituta Edite Pinheiros chegar na escola.


Capítulo 257, terça-feira, 14 de março

Chloe acredita que a professora Edite é sua mãe (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


Os colegas de Gleyce ficam decepcionados com ela por falta de coragem perante ameaças do Cobra. Otto mostra ao delegado suposta foto de Tânia no evento da "Luc4Tech" e pede para o profissional investigar o Luca Tuber. Chloe avista e fala rapidamente com Edite, Pedro e Yuna não acreditam que ela seja a mãe verdadeira, mas Chloe aposta que sim. Éric fala para Luigi parar de se humilhar por Song e seguir a vida. Claudia contrata uma psicóloga para ajudar Benício com a fama e o vício nas redes sociais. Um oficial de justiça chega na “Luc4Tech” com uma intimação para Luca. O delegado pergunta para Luca como ele fez um outro androide se não tem toda tecnologia e afirma que o modelo do androide é de Otto; Luca explica que o modelo é do Otto, mas que o jovem tem os direitos de imagem. Valdinéia abusa de Nanci com as tarefas domésticas.  Glória fala para Otto que Luísa está gostando dele. Poliana diz a Glória que João vai relançar o livro do pai dele. Song diz a Helena que acabou de ver o Luigi com uma garota na escola; Helena afirma que ela tem que estar feliz pelo Luigi depois de toda humilhação. A informação que Cobra mantém o CLL circula pela comunidade; Gleyce diz aos amigos que não vai fazer nada a respeito.


Capítulo 258, quarta-feira, 15 de março

Luca grita com Raquel e Brenda (Foto: Rogério Pallatta/SBT)


Com poses e comportamentos estranhos, LUC2 tira fotos para divulgação. Luca pede aos funcionários que descansem a imagem do androide por enquanto. Celeste chama Luca de canto e pergunta o que está acontecendo, já que ele tem um trato com Tânia. Vídeos do LUC2 tratando mal os fãs rodam pela internet. Éric aconselha Luigi continuar conversando com outras meninas, porque Song está ficando com ciúmes. Dona Branca diz a Gleyce que se ela aceitou as condições do Cobra é porque ela tem plano por trás. João convida os amigos para o lançamento do livro do pai. A Polícia Civil aguarda na frente da “Luc4Tech”. Brenda e Raquel questionam o motivo da polícia estar na porta da empresa e Luca grita com as jovens. Na roda de amigos de Poliana, Mario avisa que leu uma reportagem que Otto está ruim financeiramente. Davi e Eugênia decidem se afastar do CLL, já que a imagem da instituição está atrelada ao Cobra; moradores também evitam o local. Poliana alerta João que tia Luísa descobriu sobre o plano dele, que consistia em falar que Otto estava com nova namorada para provocar ciúmes nela. Luísa chega em casa, se depara com Poliana e João e pergunta ao jovem o motivo dele mentir. Luísa declara à sobrinha e ao amigo que eles estão preocupados em assumir o romance na vida dos outros enquanto na verdade deveriam fazer isso na vida deles. O plano de Nanci de se aproximar de Valdinéia e ganhar confiança começa dar certo. LUC2 tira fotos com o “Magabelo” e uma outra somente com Lorena; Mario fica com ciúmes. Através das redes sociais, Pinóquio (LUC1) visualiza foto de LUC2 com Lorena e fica furioso. Raquel diz ao amigo Luca que ele pode contar com ela, já que eles se conhecem há anos; Raquel aproveita e convida Luca para uma festa na casa dela. Poliana pergunta para Luísa se é verdade que Otto passa por uma situação financeiramente delicada.


Capítulo 259, quinta-feira, 16 de março

Chloe sai chorando da sala e Pedro e Yuna tentam acalmá-la  (Foto: Lourival Ribeiro/ SBT)


Otto explica a situação monetária para Poliana. Gleyce acha que fez a escolha errada em ser informante, já que não consegue nem ajudar a polícia e nem a comunidade. Nanci diz a Valdinéia que a comida da casa está acabando e que em breve eles precisam comprar mais. Claudia madruga preparando o TCC da faculdade. Pinóquio pede para Poliana contar a Lorena que ele é o verdadeiro androide; Poliana diz que ninguém pode saber que ele está em sua residência. Nanci entrega uma lista de compras para Valdinéia e Waldisney sugere ir ao mercado no lugar da mãe. Durval fica chateado que Joana dispensou o bolo dele para o recasamento e encomendou de outro lugar. Luigi fala para Éric que Song está respondendo as mensagens dele e que ainda vai reconquistá-la. Na sala da turma mais velha, Chloe tenta assistir a aula da professora Edite, mas a educadora manda ela se retirar; Chloe sai chorando da sala de aula. Valdinéia entrega a chave do carro para Waldisney. Nanci foge com Waldisney.


Capítulo 260, sexta-feira, 17 de março

Amigos em festa na casa da Raquel e Brenda (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


Pedro e Yuna abrem os olhos da Chloe e afirmam que a professora Edite não é a mãe biológica dela. Waldisney e Nanci tem um acordo: eles voltam para casa e ele se entrega à polícia. Na estrada, Nanci dorme e Waldisney muda de rota, indo para Minas Gerais. Luigi continua pedindo dicas de flerte e autoestima para Éric; o amigo aconselha Luigi a postar foto no recasamento dos pais mostrando que ele está ótimo. Helena diz a Song que ouviu uma conversa dos pais em que a Gleyce estaria envolvida com o Cobra, chefe da comunidade. Sérgio e Joana cancelam a encomenda do outro bolo e pedem para Durval preparar. Dentro do carro, Nanci acorda e fica brava com Waldisney que mudou de rota e desistiu de se entregar. O delegado diz a Gleyce que suspeita de Tânia ser a Cobra e pede para ela seguir atenta como informante, sugerindo até um encontro entre elas. Luca grava uma entrevista com uma jornalista, mas fica incomodado com as perguntas e para a gravação, mandando a equipe ir embora do local. Raquel e Brenda dão início a festa havaiana que promete surpresa aos convidados. Waldisney decide sobre seu destino final.


Sábado, 18 de março


Resumo dos capítulos da semana


A novela “Poliana Moça” vai ao ar de segunda a sábado, às 20h30, no SBT


 

sexta-feira, 10 de março de 2023

.: O voo musical de Natascha Falcão, por Luiz Gomes Otero

Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

“Ave Mulher” é o título do álbum que a pernambucana Natascha Falcão lançou pela gravadora Biscoito Fino. Nesse trabalho ela investe em uma sonoridade com forte influência dos ritmos musicais do Nordeste, que se mesclam com sons da MPB e da música pop internacional.

Nascida em Recife, Natascha fez sua estreia na carreira artística como atriz, em 2006. Em 2015 integrou uma banda, experiência que lhe abriu novos horizontes: “Apesar de sempre ter cantado, foi ali que a música entrou mais forte na minha vida, nesse lugar de performance e expressão”, pontua a artista.

“Ave Mulher” revela ainda a faceta compositora de Natascha Falcão em quatro faixas: “Banho de flor (com Marina Duarte); “Mastigar estrelas” (com Rafael Duarte); “Feito vento” (com Marina Duarte) e “Mapa da alegria” (com Beto Lemos e Marco Axé).

Foto: divulgação

A música pernambucana faz parte da influência de Natascha, como o coco, maracatu, frevo, ciranda, forró e o mangue beat.  Mas como sempre ouviu muita MPB e música internacional, ela acabou incorporando esses sons também em seu trabalho.

Canção que dá nome ao álbum, “Ave mulher” é inspirada em uma lenda do agreste pernambucano, na qual a ave em questão simboliza abundância, entrega e alegria.  Com produção musical de Beto Lemos e Carlos do Complexo, o álbum cria uma narrativa que mistura fantasia e realidade para expressar um arquétipo feminino contemporâneo. Através da poesia e do conceito visual que o amarra, o álbum fala de mistério, liberdade, vulnerabilidade e força.

No repertório do álbum está “Por que”, uma bela canção composta por Otto, outro músico pernambucano que contribuiu para abrir espaço para novos músicos nordestinos.

O trabalho como atriz também acaba de ganhar novo impulso. Depois de participar de oficinas para atores da Rede Globo, Natascha foi convidada para participar de duas produções. Em “Mar do Sertão”, novela das 18 horas, cantou no casamento dos personagens Candoca e Zé Paulino, a convite do diretor Allan Fiterman. Em “Vai na Fé”, da faixa das 19 horas, Natascha vive Carmem, affair do personagem de José Loretto, em participação especial.

Como cantora e artista da música, brilhou na edição de 2021 do Festival Mimo, em uma performance arrebatadora que amplificou a curiosidade sobre o seu trabalho.

O álbum “Ave Mulher” pode ser ouvido nas plataformas de música. Ao mesmo tempo raiz e renovação, a música de Natascha Falcão pode ser classificada como pós mangue beat. “Ser nordestina é uma parte muito importante da minha identidade e construção, mas é engraçado como a gente se sente mais do Nordeste quando sai de lá”, conclui a artista, radicada no Rio de Janeiro há 10 anos. 

Foto: divulgação

Ouça o álbum: https://orcd.co/avemulher_nataschafalcao 


Ave Mulher


Banho de flor




.: "A era imoral", de Deepti Kapoor: livro épico sobre prazer, dinheiro e vingança

Aguardado épico sobre prazer, dinheiro e vingança chega ao Brasil em março


Repleto de traições, vinganças e relações controversas, "A era imoral" chega em março às livrarias como um dos lançamentos de ficção mais aguardados do ano. Neste romance épico de Deepti Kapoor, os leitores serão tragados para dentro de um mundo de luxo, violência e poder, comandado pela amada e igualmente temida família Wadia.

O ponto de partida da trama é um terrível acidente, no qual cinco pessoas são mortas por uma Mercedes em alta velocidade. O carro pertence a um homem rico, mas, assim que a poeira baixa, quem é visto ao volante é seu jovem funcionário. Em estado de choque, ele é incapaz de explicar a série de eventos que culminou no crime que acaba de acontecer — ou de prever a trama sombria que está prestes a se desenrolar.

À sombra de luxuosas propriedades, entre festas extravagantes, negociações comerciais predatórias e uma influência política calculada com frieza, três vidas se entrelaçam perigosamente na esteira do trágico evento. A do suposto autor do crime, Ajay, diligente funcionário nascido na extrema pobreza que alça seu posto como “homem dos Wadia”; a de seu patrão, Sunny Wadia, jovem herdeiro e playboy que, embora careça da fibra implacável do pai, ainda assim deseja destroná-lo; e, por último, a de Neda, uma curiosa jornalista que se vê presa entre o tédio das restritas ambições da classe média, uma paixão e a possibilidade de corromper os valores morais que sempre conheceu. Em meio às reviravoltas e tragédias, a conexão entre os três pode tanto forjar uma rota de fuga quanto provocar uma destruição irremediável.

Vendido para mais de 20 países, o livro teve seus direitos autorais adquiridos pela FX e Fox 21. Com uma trama perfeita para os fãs de grandes sagas familiares, A era imoral é um épico veloz e impactante, que não fala apenas da Índia contemporânea, mas dos elementos básicos de desejo do mundo em que vivemos: riqueza, prazer e poder.

 

“Um thriller suntuoso, ambientado em Nova Déli, que transita entre ficção comercial e literária com muita habilidade. É fácil entender por que tem chamado tanta atenção. Kapoor é uma contadora de histórias nata.”

The New York Times

 

“O leitor logo se prende à família Wadia e seus parceiros nesse drama à la O Poderoso Chefão. Diversão garantida.”

Kirkus Reviews


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Deepti Kapoor nasceu no norte da Índia e trabalhou por muitos anos como jornalista em Nova Déli. Também autora de "A Bad Character". Kapoor hoje vive em Portugal com o marido.


Livro: "A era imoral"

Autora: Deepti Kapoor 

Tradução: Marcello Lino

560 páginas

Editora: Intrínseca

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.: 60 anos: Xuxa Meneghel ganha um "Altas Horas" em homenagem

Xuxa e Serginho Groisman. Foto: TV Globo

A infância de inúmeros brasileiros foi marcada por ela, que diariamente descia de sua nave, vinda diretamente do Planeta Xuxa, e, por meio da tela da TV, divertia os amigos a quem carinhosamente chamava de “baixinhos”. Os “baixinhos” cresceram; ela amadureceu. Xuxa Meneghel completa, no próximo dia 27, 60 anos de idade, e ganha um programa especial no "Altas Horas", que irá ao ar neste sábado, dia 11. Serginho Groisman recebe Xuxa no palco, e a surpreende com parte da plateia formada por uma série de personalidades que fazem parte da vida da homenageada, ou que foram influenciados por ela.

A frase “tudo pode ser, o que quiser será, sonhos sempre vêm para quem sonhar”, da música “Lua de Cristal”, fez muitas crianças acreditarem na realização de seus sonhos. Xuxa foi, ainda, uma representação de empoderamento, inspirando a manifestação singular de personalidade, e, por isso, muitas pessoas têm nela uma referência. É o caso dos convidados da plateia especial, entre eles, Glória Groove. “Falo por todas as drags queens quando digo que, sem a Xuxa, não faríamos metade do que fizemos. Sem contar que não teríamos inúmeras referências de moda, arte, música. Gratidão eterna”, diz Glória.

“Você não tem ideia da influência que tem sobre eu ser cantora. Era você que eu ouvia dizendo ‘acredite no seu sonho’. Ela falava aquelas frases no final do programa e, sem saber, foi ela quem me educou, me criou, e fez parte da decisão definitiva de que eu queria ser cantora, depois de ‘Lua de Cristal’”, revela Wanessa Camargo. Glória e Wanessa estão entre as participantes que complementam suas homenagens cantando para Xuxa, e apresentam, respectivamente, “Planeta Xuxa” e “Tindolelê”. Os demais são: Daniel, com “Lua de Cristal”; Lexa, com “Marquei um X”; Tiago Abravanel, com “Ilariê”; Silvero Pereira e Jennifer Nascimento, com “Arco-Íris; Fabiana Karla, Malu Rodrigues e Erika Januza, que se vestem de paquitas e mostram “Fada Madrinha”; e Junno, com “Doce Mel”.

Xuxa e Serginho Groisman. Foto: TV Globo

Completam o time de convidados, que expõem a importância de Xuxa em suas vidas, algumas ex-paquitas, como Tatiana Maranhão, Andrezza Cruz, Juliana Baroni e Andréia Veiga; Adriana Bombom; Carol Marra; Kleber Toledo; Luiza Brunet e Tati Machado. A filha de Xuxa, Sasha Meneghel, também marca presença.

Xuxa, que se emociona durante todo o programa, agradece: "Estar hoje aqui, chegar aos 60 anos e dizer 'caramba, não precisei morrer para receber essa homenagem' é muito emocionante. É filme saindo, é documentário, é tanta coisa acontecendo que eu olho pra cima e digo 'eu não sei se eu mereço'. Essas histórias que vocês me falaram, e que me envolvem, essas histórias me ajudam a escrever a minha história. Se vocês acham minha história bonita, é porque ela é contada através de vocês".

O "Altas Horas" têm apresentação de Serginho Groisman, direção geral de Serginho Groisman e Adriano Ricco, e vai ao ar aos sábados depois de ‘BBB 23’.


.: "POP": temporada gratuita de infantojuvenil no Arthur de Azevedo

Cia. Noz de Teatro, Dança e Animação faz temporada gratuita do infantojuvenil POP no Teatro Arthur de Azevedo, a partir de março. Com direção de Anie Welter, espetáculo apresenta para a criançada o universo colorido, vibrante e político da Pop Art. Foto: Fellipe Oliveira


Popularizada nos anos de 1960 nos Estados Unidos, a Pop Art ficou conhecida por propor uma reflexão sobre o consumo da sociedade norte-americana. E a Cia. Noz de Teatro, Dança e Animação evoca o universo presente nesse movimento artístico no espetáculo infantojuvenil POP, que tem uma temporada gratuita no Teatro Athur de Azevedo, entre os dias 11 de março e 2 de abril.

O espetáculo tem direção de Anie Welter e traz no elenco Jota Rafaelli, Laís Trovarelli / Vanessa Balsalobre, Luciana Venancio/ Maiara Roquetti e Rafael Bolacha / Valcrez da Silva Siqueira   

Além de apresentar a estética toda colorida da Pop Art para os pequenos, a peça convida o público mirim a repensar nos próprios hábitos de consumo a partir de situações rotineiras da vida infantil, como acompanhar os pais no supermercado e assistir à televisão. 

“A Pop Art agrada o público infantil até hoje por oferecer elementos com cores fortes, personagens animados, músicas e objetos característicos. Todo o cenário busca aproximar-se do universo juvenil e criticar com bom humor a massificação da sociedade, ressaltando sua influência no comportamento humano atual”, reflete a diretora Anie Welter.

Com uma mistura de dança, música, artes plásticas, animação de objetos e bonecos, o espetáculo retrata de forma divertida o cotidiano de uma dona de casa que assiste à TV e é impactada por um apresentador de programa de auditório que narra e intervém de forma divertida na vida dela.

A proposta é mostrar como a TV, tão presente na vida das pessoas, influencia o hábito de consumo da sociedade. Em cena, os simples atos de ir ao mercado, adquirir uma roupa ou assistir TV se transformam em situações divertidas, nas quais personagens, produtos e embalagens dialogam com o mundo da publicidade e da moda.

No cenário, cubos mágicos como quebra cabeças brincam de montar imagens que aparecem e desaparecem num jogo divertido, no qual surgem personagens e situações inspirados em garotos propaganda, histórias em quadrinhos, anúncios coloridos e letreiros comerciais que fazem referência à cultura pop.

A fantasia é elemento marcante nesta encenação, e surge por meio de figurinos coloridos, belas coreografias e na transformação de embalagens de produtos alimentares em bonecos dançantes e performáticos que interagem com a protagonista da história rompendo a barreira do real.

A música (vencedora do Prêmio FEMSA de Teatro Infantil e Jovem – Música Originalmente Composta) é um corpo que compõe o trabalho, acompanha e delineia com suas notas e tons os caminhos proporcionando diálogos entre os personagens animados, dando lhes vida, ritmo e personalidades.

A proposta estética permite que o espetáculo POP transite por temas contemporâneos e pertinentes à vida de crianças e adultos sem ser panfletário, garantindo diversão de qualidade para toda família.


Outras atividades

POP é possível graças a um projeto da Cia Noz de Teatro, Dança e Animação  contemplado pela 15ª edição do Prêmio Zé Renato de Teatro para a Cidade de São Paulo, da Secretaria Municipal de Cultura.

Além da peça, o grupo promove um Workshop de Formas Animadas no dia 25 de abril, às 17h, no próprio Teatro Arthur de Azevedo. A atividade visa adentrar de forma lúdica o universo da manipulação de bonecos e objetos, vivenciando jogos corporais, de voz, manipulação e dramaturgia. 

O projeto também prevê a realização de 30 apresentações agendadas em escolas da rede pública de ensino, centros culturais e CEUs; 10 mediações artísticas destinadas às crianças; uma nova temporada e um curta-documentário a ser postado no canal do youtube da Cia Noz.

Sinopse: O espetáculo inventa e reinventa a POP ART dentro do universo infantil, envolve as técnicas de dança, música, artes plásticas e animação de objetos e bonecos.

No POP o cotidiano da vida de uma dona de casa, um simples ato de ir ao mercado, adquirir uma roupa ou assistir TV se transforma em situações divertidas onde personagens, produtos e embalagens dialogam com o mundo da publicidade e da moda. No cenário, cubos mágicos e quebra cabeças brincam de montar imagens que aparecem e desaparecem num jogo divertido, nesse jogo surgem personagens e situações inspirados em garotos propaganda, histórias em quadrinhos, anúncios coloridos e letreiros comerciais que fazem referência à cultura pop.


Ficha Técnica

Coordenação e Direção Geral: Anie Welter

Criação: Anie Welter, Cida Sena, Paulo Henrique Alves, Rafael Petri, Renata Andrade e Sheyla Coelho  

Trilha Sonora:  Morris Picciotto

Produção Musical: Yvo Ursini

Luz e Designer Gráfico: Rafael Petri

Cenários, figurinos, adereços e bonecos: Renata Andrade e Anie Welter

Elenco: Jota Rafaelli, Laís Trovarelli / Vanessa Balsalobre, Luciana Venancio/ Maiara Roquetti e Rafael Bolacha / Valcrez da Silva Siqueira   

Produção Geral e Executiva: Luciana Venancio (Movicena Produções)

Assistente de Produção: Amanda Chaptiska

Mídias Sociais: Carla Mercado, Laís Trovarelli e Luciana Venancio

Assessoria de Imprensa: Pombo Correio

Orientação de Workshop: Anie Welter e Laís Trovarelli

Orientação de Mediação Artística:  Jota Rafaelli, Laís Trovarelli, Maiara Roquetti, Rafael Bolacha e Vanessa Balsalobre

Este projeto foi contemplado pela 15° Edição do Prêmio Zé Renato de Teatro para a Cidade de São Paulo - Secretaria Municipal de Cultura


Serviço

POP, da Cia Noz de Teatro, Dança e Animação

Temporada: 11 de março a 2 de abril, aos sábados e domingos, às 16h

Teatro Arthur de Azevedo - Av. Paes de Barros, 955, Alto da Mooca

Ingressos: gratuitos, distribuídos uma hora antes de cada apresentação

Duração: 45 minutos

Classificação: Livre 

Capacidade: 349 lugares

4 poltronas para obesos; 8 lugares para cadeirantes.


Workshop de Formas Animadas

Descrição: a atividade visa adentrar de forma lúdica o universo da manipulação de bonecos e objetos, vivenciando jogos corporais, de voz, manipulação e dramaturgia. O workshop será focado na relação corporal do intérprete com os objetos e bonecos, transformação e ressignificação de materiais do cotidiano, suas possibilidades cênicas e criação de cenas através de improvisações.

Data: 25 de abril, a partir das 17h

Duração: 3 horas.

Público-alvo: Estudantes, artistas e interessados em geral.


Leia+

.: Crítica: espetáculo "POP" é um soco colorido no estômago da alienação

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