segunda-feira, 31 de outubro de 2016

.: Arte, sexo, religião e outras práticas sociais na Idade Média

"Estudos Culturais da Idade Média - Arte, Sexo, Religião e Outras Práticas Sociais", organizado por Paulina T. Nólibos. Os problemas sociais que este volume aborda são de crucial importância na constituição da história da cultura, especialmente a ocidental, da qual somos herdeiros e participantes: arte, sexo e religião. 

Três grandes blocos de práticas e saberes onde, de maneira didática, foram agrupados os 15 artigos que compõem este volume. A observação e análise das representações imaginárias nas praticas sociais tomam graves proporções quando nos voltamos à Idade Média. Vários dos artigos se referem direta ou indiretamente ao papel da mulher na sociedade medieval, a sua delicada presença na literatura ou nos registras de fato, como personagem real, como o caso de Joana D’ Arc, e à educação religiosa das mulheres enquanto a dos homens era direcionada para a guerra. 

Outros abordam a religiosidade e o crescente controle da instituição Igreja sobre a Europa, a questão judaica, as figuras da morte e do mal, intensos fantasmas ligados ao pecado e à salvação, e a criação da Inquisição, inegáveis pontos de tensão dentro o corpo medieval. A arte é um tema sedutor sob vários aspectos, portanto muitos foram os artigos na área, de história da arte à arte culinária e práticas de alimentação. 

As narrativas literárias medievais, com sua riqueza de detalhes e variantes, também permitiram um rico estudo do imaginário medieval: apresentamos as análises de um documento épico escandinavo, "Beowulf", e de uma personagem do mito artúrico, "A Dama de Schalott", narrada pela sensual poesia trovadoresca, e\rocada novamente no romantismo inglês. A arte gótica e a moda feminina são igualmente fenômenos próprios deste período, que se desenvolveram e sustentaram uma certa estrutura de poder, marcadores do status feudal. 

Assim, percorrendo sendas variadas, o livro tem o objetivo de encantar o leitor com a cultura medieval, rica e complexa, e abrir portas a novas discussões sobre assuntos de relevância histórica, muitos deles apenas recentemente elevados à objeto de estudo acadêmico. Enfim, o produto final, um livro de artigos, é um esforço intelectual compartilhado por 16 colaboradores para reordenar o conjunto das fibras do tecido ocidental, imensa tarefa, que já estavam visivelmente presentes mais de mil anos atrás.

.: Terrorismo e Contraterrorismo nas Histórias em Quadrinhos

O atentado terrorista celebrizado com o nome 11 de Setembro gerou várias manifestações nas artes, inspiradas nesse episódio e em suas consequências políticas — a mais complexa e talvez mais importante, por causa de seus desdobramentos, foi a série de revistas em quadrinhos lançadas pela editora Marvel, com o nome coletivo Guerra Civil

Planejada para ser um crossover que misturasse na trama todos os principais super-heróis e supervilões da editora, a série Guerra Civil foi lançada em 7 edições principais, escrita por Mark Millar e desenhada por Steve McNiven; a ela, seguiram 11 números de Guerra Civil: Frontline, com texto de Paul Jenkins e arte de Ramon Bachs. Guerra Civil trata de uma situação limite em que os personagens formaram dois blocos beligerantes e que lutaram entre si; Guerra Civil: Frontline foca no papel da imprensa, representada por um casal de repórteres, e fornece a perspectiva das pessoas comuns sobre o evento que dividiu a comunidade de superseres, repercutindo os ecos da opinião pública.

Contudo, o mítico Universo Marvel não saiu incólume dessa guerra, os fatos publicados na série foram ecoar em mais de uma centena de revistas em quadrinhos da editora, que serviram de base de pesquisa para que o autor escrevesse sua obra; além delas, mais centenas de outras revistas que antecederam e sucederam a série Guerra Civil também foram consultadas, com o objetivo de permitir uma melhor contextualização do que estava acontecendo com cada um dos personagens envolvidos.

A trajetória histórica da Marvel Comics no decorrer do século XX é detalhada na primeira parte do livro, destacando o posicionamento da editora diante de alguns dos principais eventos políticos e de ordem pública ocorridos nesse período.

Nenhuma obra publicada foi tão profunda na análise de uma série de quadrinhos e sua inter-relação profunda com os reais casos políticos, dramáticos, bélicos, como os ocorridos antes e após o atentado ao World Trade Center.


Livro: Guerra Civil – Terrorismo e Contraterrorismo nas HQs
Criativo Mercado Editorial
1ª edição – 2016
Autor: Victor Callari
Formato: 17 x 24 cm
Número de páginas: 272

domingo, 30 de outubro de 2016

.: Canadá: Museu da Pessoa comemora 25 anos de existência

Mostra Resiliência, do Museu da Pessoa, em exposição no Museu da Civilização do Canadá


Primeiro museu virtual do mundo, com um acervo de 17 mil histórias de vida e 60 mil fotos e documentos que narram a história da vida privada no Brasil nos seculos XX e XXI, o Museu da Pessoa apresenta no Museu da Civilização do Canadá, em Quebec, a mostra Resiliência. 

Feita a convite do museu canadense, em virtude das Olimpíadas no Brasil, Resiliência apresenta 40 depoimentos de personagens de diferentes áreas e regiões do país, compondo um registro humanístico e histórico do Brasil dos séculos 20 e 21 para além dos seus ícones tradicionais, trazendo histórias e personalidades singulares. A seleção das histórias foi feita pela historiadora Karen Worcman, fundadora e diretora do Museu da Pessoa, junto da equipe do museu e da Cartola Filmes, que realizou os documentários apresentados na mostra e teve assistência de Luis Ludmer, mestre em Cinema pela Universidade de Vancouver. 

A mostra fica em cartaz até o final de 2017. 

A exposição
Resiliência é dividida em cinco nichos, que apresentam recortes sobre os seguintes temas: 
Identité (Identidade) – apresenta culturas indígenas, africanas, quilombolas e outras que representam os saberes e fazeres que compõem a identidade brasileira;
Tensions (Tensões) – focada na dura realidade social do país, esse nicho apresenta histórias e personagens marcadas pela violência, exploração do trabalho, preconceitos raciais e sexuais, pelo analfabetismo, trabalho infantil e por histórias dos sem-terra e sem-teto;
Initiatives (Iniciativas)- traz histórias de pessoas e comunidades que implementam projetos para melhorar a realidade em que vivem;
Urbanité (Urbanidade) – o rápido processo de urbanização fez com que, em menos de 100 anos, mais de 80% da população rural se estabelecesse nas cidades brasileiras, dando origem a uma sociedade diversa e cosmopolita.
Créativité (Criatividade) – traz depoimentos das trajetórias de vida e processos criativos de poetas, escritores e jornalistas brasileiros. 

“O fato de termos sido convidados a apresentar o Brasil no Musée de La Civilization em uma exposição sem objetos e totalmente composta por narrativas de pessoas é um marco em nossa história. Significa a oportunidade de compartilhar nosso sonho em fazer com que as histórias de vida de pessoas comuns sejam reconhecidas como um patrimônio em nossas sociedades”, afirma Karen Worcman, curadora e fundadora do Museu da Pessoa. 

"Os seres humanos, independentemente de sua tribo, de sua cultura, compartilham uma memória. Imaginem um grande rio, onde águas de vários lugares, a água da chuva, a água dos igarapés, a água das nascentes, a água dele mesmo, dos lagos vai se integrando, vai rolando, vai fazendo fluxo. Esse rio de memória, ele é tão poderoso, que ele permite que a gente se entenda nesse instante. Não é nem no futuro, nem no passado, entende? Não é nem no futuro, nem no passado, não é alguma coisa pro futuro, não é alguma coisa pro passado, é uma possibilidade da gente se reconhecer, de comunicar um ao outro." (Ailton Krenak)

Sobre o Museu da Pessoa: Existe há 25 anos e tem a missão de tornar a história de vida de toda e qualquer pessoa parte do patrimônio intangível de nossa sociedade. Outorgou-se o nome de Museu na medida em que entendeu que a aquisição, preservação e disseminação de seu objeto de acervo – as histórias de vida – eram a essência de seu existir. Optou-se pelo acervo virtual – antes mesmo da Internet – porque o grande valor das narrativas de vida estava em seu conteúdo e era, portanto, imaterial. Definiu-se como colaborativo na medida em que integrou o público em todas as formas de participação, ou seja, dando a toda e qualquer pessoa a possibilidade de tornar-se, ela própria, acervo do museu; ou a possibilidade de assumir o papel de curador da memória. 

A causa do Museu da Pessoa é a valorização da pessoa, em seu existir. Valorizar toda e qualquer pessoa como parte do patrimônio da sociedade é trabalhar para reconhecer que, independentemente da categoria social, cultural ou econômica de cada um, somos pessoas. Basta existir para ter seu valor reconhecido como portador de saber. 

As histórias também são disseminadas por meio de produtos culturais como livros, exposições, documentários, sites, etc, e utilizado posteriormente em projetos socioculturais, colaborando com a transformação da cultura e dos valores, promovendo o diálogo e contribuindo na difusão das memórias individuais e coletivas. 

Em 25 anos de atuação, o Museu da Pessoa inspirou a criação de três outros museus em Portugal, Canadá e EUA. Hoje conta com um acervo de 17 mil depoimentos de histórias de vida e 60 mil documentos e imagens que contam a história de instituições, cidades e de grupos sociais diversos. São mais de 260 projetos nas áreas de educação, comunicação, memória institucional e desenvolvimento social. 

Sobre o Museu da Civilização de Quebéc: O Museu da Civilização (Musée de La Civilisation), sediado em Quebec, foi criado em 1984 e inclui o Musée de l'Amérique francophone, o Musée de la Place-Royale, a Maison historique Chevalier e o Centre national de conservation et d'études des collections.

Objetivos: Tornar conhecida a história e as diferentes culturas que fazem a nossa civilização, especialmente nos aspectos socais e materais dos diferentes povos que ocupam o território de Quebec – nativos e colonizadores – e os povos que contribuíram para o enriquecimento da cultura universial;
Garantir a preservação e o desenvolvimento de sua coleção etnográfica e de coleções representativas da civilização;
Garantir a participação de Quebec no mapa internacional dos museus, por meio de aquisições, exibições e atividades culturais.

Hoje um complexo museológico, o museu é reconhecido como um dos mais importantes e criativos museus do mundo.

Serviço:
Exposição: Resiliência.
www.mcq.org/fr/exposition?id=445632
Realização: Musée de la civilisation (Canadá) e Museu da Pessoa (Brasil).
Período: 21 de setembro de 2016 a 27 de outubro de 2017
Museu da Pessoa: www.museudapessoa.net

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

.: David Crosby e o lirismo de sempre em "Lighthouse"


Por Luiz Gomes Otero
Em outubro de 2016

De tempos em tempos, David Crosby presenteia seus fãs com lançamentos de sua carreira solo. "Lighthouse", divulgado recentemente, traz uma forte carga de emoção e lirismo nas suas canções autorais, sempre com a marca de um dos vocais harmônicos mais famosos do rock e do pop.

Para quem não se lembra, Crosby integrou o grupo The Byrds  nos anos 60 e, mais tarde, fundaria o quarteto Crosby, Stills, Nash & Young, que ajudou a projetá-lo ainda mais na história do rock. 

"Lighthouse" reúne canções tocadas em arranjos predominantemente acústicos. O violão, aliás, é um companheiro inseparável de Crosby desde os primórdios. Nas baladas, Crsoby se mostra um compositor e intérprete inspirado nas faixas "Things We Do for Love", "The Us Below", "By The Light Of Common Day" e "Look in Their Eyes". E mostra competência ao entrar de forma delicada no arranjo mais pop em "The City". Em todas as faixas o violão acústico está sempre em primeiro plano, evidenciando de onde veio a origem das canções.

Nas composições autorais, Crosby demonstra suas habituais influências, das quais se destaca mais Bob Dylan, que sempre norteou a sua carreira de uma certa forma. As canções revelam um compositor em uma fase madura, capaz de produzir algo que emociona o público. "Lighthouse" mostra um trabalho que está longe de ter um cunho saudosista. São canções que mostram Crosby por inteiro e cantando como sempre cantou: com competência.

"The City"

"Things We Do for Love"

"By The Light Of Common Day"




Sobre o autor
Luiz Gomes Otero é jornalista formado em 1987 pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Trabalhou no jornal A Tribuna de 1996 a 2011 e atualmente é assessor de imprensa e colaborador dos sites Juicy SantosLérias e Lixos e Resenhando.com. Recentemente, criou a página Musicalidades, que agrega os textos escritos por ele.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

.: "De Férias Com o Ex Brasil" é uma avalanche de falta de respeito

Por Helder Miranda
Em outubro de 2016

CONTÉM SPOILERS 


Junte uma série de gente disposta a tudo para aparecer da maneira mais chocante possível. Acrescente a esse ingrediente a característica de que eles são muito apegados com a aparência física, mas totalmente desprendidos com a imagem de "bom mocismo" que podem passar para quem estiver assistindo. Esse é o "De Férias Com o Ex Brasil" e não há nesse texto nenhuma crítica, o programa é entretenimento puro e, se quiser cultura, leia uma resenha daqui - tem várias neste link - ou vá assistir alguma TV educativa.

De qualquer maneira, o que se vê nesse programa é uma avalanche de falta de respeito mútuo na maneira com que todos que convivem na casa se tratam - para quem gosta de baixaria, é um prato cheio. A nova "ex", que chegou como oferenda no mar, chegou para "causar" e já reinou absoluta na internet. 


"Eu trabalho com reciprocidade. Se você for legal comigo, eu também serei. Mas, se não for, eu vou ser o capeta", disse ela, para delírio da moçada. Gabi Prado, linda, morena, desbocada e com personalidade ardida chegou com tudo. Em comum com a xará, a "Brandt", o histórico de ser ex-do André que odeia, enquanto a outra é "brother" do rapaz que, por sua vez, é ex-"Are You The One Brasil" e está levando muito a sério a profissão de "ex-participante" de realities, já que também ficou confinado na "Casa de Vidro" do "Big Brother Brasil". 


Como o "Tablet do Terror" ordenou que a novata dormisse no quarto com André, ela pediu a companhia de Iure, veterano em criar confusão com o sexo feminino. Desta vez, porque Gabi Prado disse que ele estava "viadando" ao não querer dormir com ela. A frase foi extremamente preconceituosa da parte dela e foi recebida com truculência. "Vai me dar, quer meter gostoso?", reagiu o rapaz. Ela justificou que não quis chamá-lo de "viado", mas que só disse isso assim porque ele "estava com frescura" (o que, na cabeça dela, é próprio de homossexuais) para dormir com ela. 



Iure, por sua vez, reagiu como se ser chamado de "gay" fosse "a pior ofensa do mundo". Ninguém está certo. Ambos exteriorizaram preconceitos em rede nacional sobre sexualidade em pleno século XXI, quando isso não deveria mais ser uma questão. "Ela está querendo causar ou fazer papel de retardada", disse Iure que, no primeiro programa, chamou a participante Ana de "mongolóide". Definitivamente, esse rapaz precisa urgentemente de umas orientações sobre o que não dizer, principalmente, na TV.

Por falar em sexualidade, Gabrielli, que prometia bem mais nas chamadas do programa e até então andava bem apagadinha, finalmente conseguiu se sobressair perante um elenco tão desinibido quando assumiu a bissexualidade diante de caras babacas que têm fetiche de "ver mulheres transando e querem participar" e garotas "pagando de moderninhas" que fingiram não ter preconceito algum. Mas, no final, sem dramas, acabou aplaudida.

Alex, até então par da garota, ainda não sabia. "Pode apavorar", disse ele ao ver Gabrielli conversando no quarto com outro rapaz, como se ela não tivesse vontade própria e fosse só o rapaz querer. Diante da indignação de Gabrielli, o "bezerrão", como é apelidado no programa, confessou: "Primeira vez que meu pau ficou duro por causa dela, vou ter que galar". Menosprezo é pouco, tomara que ela se dê conta disso a tempo.




"As meninas ficam me agarrando me abraçando, eu adoro!", confessou Gabrielli, que contou na mesa ter ficado com quatro mulheres ao mesmo tempo. Há gente "shipando" ela com outra queridinha da audiência, Michelle. Depois, numa brincadeira sem-graça de Gui, Gabi Brandt, outra musa do programa, fingiu que queria terminar para ir a uma festa solteiro. Gabi ficou "puta" da cara e rendeu um meme: "Raphaela, dá uma segurada", disse à moça que vem desempenhando o papel de leva-e-traz e estava se metendo na conversa do casal. Pelo visto, ainda há muito para acontecer e tudo isso, que mais parece um roteiro trash, pelo menos rende boas risadas.


Sobre o autor
Helder Miranda é editor do Resenhando.com há 12 anos. É formado em Comunicação Social - Jornalismo e licenciado em Letras pela UniSantos-Universidade Católica de Santos, e pós-graduado em Mídia, Informação e Cultura pela USP. Atuou como repórter em vários veículos de comunicação. Lançou, aos 17 anos, o livro independente de poemas "Fuga", que teve duas tiragens esgotadas.

.: Troca de livros neste sábado, no espaço Photonovelas, em Santos


Ler é uma ação prazerosa, além de fazer uma incrível massagem na alma. Pensando em reforçar esse deleite de conhecimento e sabedoria, neste sábado, dia 29 de outubro, a partir das 16h, a bomboniere Photonovelas, em Santos, no Gonzaga, vai realizar uma troca de livros entre amigos e fãs de literatura. 

A empresária Mary Ellen Miranda percebeu a necessidade de interação entre os que praticam a leitura como entretenimento. "Iniciamos o projeto 'Troca de Livros' com o intuito de que cada um traga um livro e troque por outro. A ideia é de que os amantes da literatura tenham um encontro proveitoso", comenta.

"O objetivo é espalhar a literatura", salienta o empresário e um dos idealizadores do evento, Helder Miranda. "Foram os frequentadores do espaço Photonovelas que sugeriram um dia para a troca de livros e até gibis. Aqui na loja, que é também uma bomboniere decorada com brinquedos, há um pequeno espaço em que comercializamos livros que já lemos, pelo preço simbólico de R$ 5", completa.

Evento: Troca de livros no Espaço Photonovelas / Gonzaga - Santos
Data: sábado, 29 de outubro de 2016
Local: Espaço Photonovelas
Endereço: Galeria Queiroz Ferreira. Rua: Galeão Carvalhal, 51, loja 15 / Gonzaga - Santos/SP
Horário da troca: das 16h às 20h

.: "Escola de Princesas" em debate na TV Cultura


Nesta sexta-feira, 28 de outubro, o programa "JC Debate" aborda um tema que repercutiu nas redes sociais: a "Escola de Princesas". Com a apresentação de Andresa Boni, o programa conta com a presença de Nathalia de Mesquita, idealizadora do projeto, e de Illan Brenman, educador e escritor de literatura infantil, e autor do livro "Até as Princesas Soltam Pum". Vai ao ar às 12h30, na TV Cultura.

A "Escola de Princesas", que começou a funcionar em 2013, acaba de chegar a São Paulo, no bairro de Moema, após abrir outras unidades nas cidades mineiras de Uberlândia, Uberaba e Belo Horizonte, impulsionada por um sonho da psicopedagoga Nathalia de Mesquita. Em um curso de três meses, meninas de quatro a 15 anos aprendem desde “os valores de uma princesa - como humildade, solidariedade e bondade –, como arrumar o cabelo e se maquiar, até regras de etiqueta, de culinária e como organizar a casa”. As aulas são ministradas por profissionais diversos, entre os quais cabeleireiros, cozinheiras, nutricionistas e psicólogos.

Será que são esses ensinamentos que tornam a mulher preparada para os desafios da vida adulta? Por que as princesas são modelo para tantas meninas? O "JC Debate" explana o assunto a partir de uma conversa entre Nathalia, que terá a oportunidade de explicar seu sonho de formar meninas que vivam como princesas, e o educador Illan Brenman, crítico dessa ideia.

.: Crônica: Os pais são os problemas das atuais gerações

Em setembro de 2016


“Não tem o que você quer”, sentenciou a mãe para a filha que queria um chup-chup. Esgueirou-se e adentrou no espaço que estava todo decorado de modo mágico e cheio de doces variados. Muitos tipos e sabores. A cada passo dado pela pequena, algo ia parar nas mãos dela.

E a cada item que segurava, a mãe, rapidamente, repetia: “Não tem o que você quer!”

Após a explicação da dona do estabelecimento, sobre o espaço que mãe e filha visitavam pela primeira vez, a mãe fez cara de interessada, enquanto que as mãozinhas da pequena não paravam. Contudo, de nada adianta tentar se comunicar com quem não está aberto a receber qualquer informação.

Seja a repreensão da mãe com a filha em que tudo mexia ou a responsável pela loja mostrando o ambiente. Quando os ouvidos estão tampados, de nada adianta falar.

Para encerrar a visita, a pergunta clássica: “As bonecas não estão à venda, né?”

Com a cara fechada e sem paciência, a dona respondeu um simples: "Não!".

Na saída, não satisfeita, a menina mexeu na geladeira. Ela, de fato, queria algo refrescante. Eis que a mãe tornou a repetir:

“Não tem o que você quer!”


Enfim, as gerações são os reflexos dos seus e nada mais. 


*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm

.: "Pequeno Segredo", que tenta vaga no Oscar, em pré-estreia beneficente


"Pequeno Segredo", filme brasileiro que tentará vaga no Oscar, terá pré-estreia beneficente em Santos. A ação é em prol das entidades ajudadas pela Asfar – Associação das Famílias dos Rotarianos de Santos.

Escolhido pelo Brasil para representar o país na tentativa de vaga entre os indicados para o Oscar 2017 de Filme em Língua Estrangeira, “Pequeno Segredo” tem estreia nacional em 10 de novembro. Mas quem, de Santos e região, desejar assisti-lo em primeira mão terá oportunidade na pré-estreia beneficente que o Cine Roxy e a Diamond Films Brasil promovem dois dias antes, em prol das entidades ajudadas pela Asfar – Associação das Famílias dos Rotarianos de Santos. A sessão ocorrerá às 20h, na sala 5 do Roxy 5 (Av. Dona Ana Costa, 443, Gonzaga). O ingresso custa R$ 20 e pode ser adquirido com as colaboradoras da instituição (13 3284-9022).

O filme:
Baseado em uma história real, ”Pequeno Segredo” conta a emocionante história de uma menina e três mulheres que compartilham um segredo que mudará suas vidas. A pequena Kat sobreviveu à maior das tragédias em sua infância, a perda dos pais. Após sua adoção inicia um surpreendente caminho de aventuras. 

Já na adolescência, Kat busca se encaixar à uma vida normal. Heloisa, a guardiã do segredo, é uma mãe dedicada que luta para manter a integridade e união de sua família, mas ela sabe que o futuro é imprevisível. A jovem amazonense Jeanne descobre em seu amor por Robert, um estrangeiro, que as possibilidades são infinitas, mas não conta como destino, que tem seus próprios planos. Barbara, uma senhora que se tornou fria e solitária, é capaz de tudo para conseguir o que quer. Um dia o passado bate em sua porta e ela embarca em uma jornada para redescobrir o amor. Histórias de amor, família, felicidade e frustração são interligadas por um único e “Pequeno Segredo”. Um filme surpreendente e inspirador que fará você mudar a maneira de ver a vida. O filme, dirigido por David Schurman, irmão de Kat na vida real, foi ovacionado no Festival do Rio.

O elenco é formado por Julia Lemmertz (“Amor?”, “Meu Nome não é Johnny”), como Heloísa Schurmann; Marcello Antony (“O Xangô de Baker Street”, “A Partilha”), como Vilfredo Schurmann; e Maria Flor (“Xingu”, “360”), como Jeanne; a irlandesa Fionnula Flanagan (“Os Outros”, “Sim Senho”, “Divinos Segredos”), como Barbara; e o neozelandês Erroll Shand (“Meu Monstro de Estimação”, “Slow West”, “Law & Order”, “Lost”), como Robert. “Pequeno Segredo” conta ainda com a estreia de Mariana Goulart, no papel de Kat Schurmann.

Já a equipe de produção traz os premiados Antonio Pinto (que assinou a trilha do filme vencedor do Oscar em 2016, “Amy”, além das produções “Serra Pelada”, “Colateral” e “O Senhor das Armas”), na trilha sonora; Brigitte Broch (“Babel”, “21 Gramas”, vencedora do Oscar por seu trabalho em “Moulin Rouge – Amor em Vermelho”), na direção de arte; e na direção de fotografia, Inti Briones (vencedor do Festival de Veneza por “Las Niñas Quispe”, responsável pela fotografia de “To Kill a Man” – grande prêmio do Júri em Sundance – e apontado pela Variety como um dos dez profissionais do setor que merecem atenção mundial).

Duração: 1h49minutos
Classificação indicativa: 10 anos


Trailer de "Pequeno Segredo": 

Sobre a Asfar:
A Associação é constituída de 212 sócias pagantes, esposas de rotarianos e colaboradores e sete voluntárias. As reuniões de companheirismo e trabalho acontecem todas as segundas no período da tarde, onde as equipes de costura e artesanato confeccionam peças de roupas infantis, de idosos e enxovais para bebê e também peças que são comercializadas nos bazares de Natal. Entre os projetos desenvolvidos na ASFAR estão: 

  • Projeto permanente de próteses de mama para mulheres carentes, atendidas no Hospital Estadual Guilherme Álvaro.
  • Fornecimento de enxovais para crianças e idosos carentes.
  • Arrecadação de recursos para as entidades.
  • Para obter recursos para compra de brinquedos, alimentos, material de costura, ortopédico, de construção para reforma das entidades e pedidos de doações diversas, promovemos eventos como:
  • Feijoada
  • Festas: Italiana, Portuguesa, Árabe,
  • Bazares
  • Bazar Natal com espaço Gourmet, 
  • Campanhas ligadas ao Fundo Social de Solidariedade e às escolas.

Serviço:
Pré-estreia beneficente “Pequeno Segredo”
Terça-feira, 8 de novembro, 20h
Cine Roxy 5 – Av. Dona Ana Costa, 443, Gonzaga - Santos/SP
Ingressos: R$ 20 – com as colaboradoras da Asfar – (13) 3284-9022



.: 6x7: #AHSRoanoke jorra sangue e diminui a dose de suspense

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em outubro de 2016



CONTÉM SPOILERS!



Retornar à casa de Roanoke não é fácil e muito menos para os envolvidos no pesadelo que foi retratado no documentário exibido nos cinco primeiros episódios, sejam os moradores da casa do mal ou os atores. Agora, em "American Horror Story: Roanoke", que, pela segunda vez, promete três dias no inferno. O sangue jorra sem dó. Sim! É do início ao fim mesmo. Mortes e mais mortes pipocam na tela.

Embora Lisa, uma ajudante de Sidney, queria saber por onde anda Diana, a parceira dele. Sidney deixa claro que se importa. Contudo, ele e outros dois que trabalhavam num trailer, assistindo o que acontecia na casa, terminam por provar toda a malvadeza de "The Butcher". 

Momento tenso! Já na casa do terror, Audrey (Sarah Paulson) procura por Rory (Evan Peters) e chega no grupo reunido na cozinha. Juntos, apesar das diferenças, seguem a procura pelo jovem. No entanto, eles não contam com uma visitante que é uma maluca de pedra. 

Sim! O surto de Agnes Mary (Kathy Bates) é medonho e causa uma gigante reviravolta na trama. Arrependimento? Sim! A atriz chega a chorar, mas "era o destino dela". Conforme ela, "os fãs querem mais!". Só não é mais louca por ser uma só, até que o feitiço alá "Bruxa de Blair" a pega de jeito.


Dominic (Cuba Gooding Jr.), o cara mau da trama, que diz ter feito a lição de casa, cerca Shelby. Eis que Matt vê tudo e interpreta do modo pior. Para tornar a situação mais tenebrosa, Dominic começa a usar uma micro-câmera. Nesse episódio o uso de câmeras malucas, desfocadas, caídas, tortas é o que reina. 

Luzes cortadas e com Shelby ferida, o medo toma conta do grupo. Na tentativa de resolverem os problemas por conta, Audrey, Lee e Monet transitam em locais que não deveriam, mas chegam na floresta. Lá o jeito é seguir o clássico: Corram! Que traz cenas incríveis com o trio ao encontrar a "morte". Dá-lhe, Lee! Então, é feito um depoimento no estilo "A Bruxa de Blair", com direito a lágrimas, ranho e sangue no rosto.

Surpreendentemente, Matt confessa o verdadeiro motivo de retornar à casa, mas é Shelby quem enlouquece diante do fato. Cena de deixar qualquer um boquiaberto por bons segundos. Em contrapartida, as cenas horríveis de se ver não ficam no porão da casa. Bem longe, sob o poder de lunáticos, o trio sofre, chora, enquanto o uso de drogas rola solto, assim como o canibalismo. Por fim, Agnes encontra a verdadeira carniceira e o fim é de péssimo gosto. Muita violência! E o suspense ficou em que parte, Ryan Murphy?
Seriado: American Horror Story: Roanoke
Temporada: 6
Episódio: 7 - "Capítulo 7"
Exibido em: 26 de outubro de 2016, EUA.
Elenco: Lagy Gaga, Sarah Paulson, Wes Bentley, Denis O'Hare, Matt Bomer, Evan Petters, Kathy Bates, Angela Bassett, Cuba Gooding Jr., Adina Porter, Leslie Jordan 


*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


.: 1x5: "O Exorcista" dá pausa e deixa público com provocações

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em outubro de 2016



CONTÉM SPOILERS!



Muita calma nesse momento tão delicado e perturbador para quem acompanha a série "O Exorcista", ainda mais que após a exibição do quinto episódio, "Through my most grievous fault", haverá uma pausa de duas semanas para o próximo. Também pudera, após digerir cada informação simplesmente confirmada ao longo do último episódio, é preciso de tempo mesmo. Embora as revelações não sejam somente protagonizadas por Angela (Geena Davis) e Padre Tomas (Alfonso Herrera), já em cinco minutos de série o olhar de Henry (Alan Ruck) para a esposa entrega muito do que será acontecerá. 

Assim, qualquer um fica em polvorosa, pois as cenas de Henry e Angela são de arrepiar de tão provocantes. Entretanto, é o exorcismo tão esperado que deixa qualquer um sem fala e de queixo totalmente caído. O estado de Casey (Hannah Kasulka) durante todo o processo é deprimente. O rostinho angelical sumiu por completo e uma força descomunal a assume. Medo!!

Embora a atitude impensada e típica de adolescente de Kat, a irmã mais velha, seja a geradora de uma dor de cabeça, é possível entender o "descontrole" da jovem. Para ela está claro que ter a lei ao lado e não mais ver a irmãzinha sofrendo é a melhor saída. A juventude sempre bate na falta de experiência! Claro que tudo sai do jeito mais contrário possível, seja para os pais, padres e a própria Casey. Como a jovem sofre com o coisa ruim! Peninha!!

A fragilidade de Angela diante de lembranças do passado, como por exemplo, fotos de família, deixam visíveis a necessidade da personagem em se apegar ao que representa a perfeição. Até porque as fotos são, quase sempre, registros de momentos felizes, não é? Enquanto ela se engana, a família se despedaça ainda mais. E como diz Kat: "Quando as pessoas ficam obcecadas com o passado, é porque elas têm medo do futuro".

Por outro lado, a pulguinha atrás da orelha pula muito mais quando Henry quer saber se Angela acredita em Deus. Qual é a resposta? Ela foge pela tangente de todas as formas e nada diz a respeito. Diante da evasiva, Henry faz uma nova pergunta: Você já mentiu para mim? Angela desconversa mais uma vez! No entanto, esse não é o melhor caminho. As respostas encontram Henry! 


No entanto, nesse episódio não é somente Angela quem tem a máscara arremessada ao chão, padre Tomas segue no mesmo barquinho. Afinal, o que ele realmente quer na vida? Ser padre ou viver com Jéssica? A tentação é mais forte que um humano que não ama, de fato, a escolha de vida. Nesse jogo, até Padre Marcus "reencontra" a mãe e ouve terríveis verdades. Que dó!

Enfim, as referências ao filme de 1974 que originou toda a trama da série é utilizada diversas vezes, principalmente, o cartaz. Como não reconhecer a emblemática luminária diante de uma casa similar toda no escuro? E a chegada de Chris MacNeil, completa ainda mais o resgate do poster do filme, o que é de arrepiar. Agora, só nos resta esperar 2 semanas. Amém!


Seriado: The Exorcist
Temporada: 1
Episódio: 5 - "Through my most grievous fault"
Exibido em: 21 de outubro de 2016, EUA.
Elenco: Alfonso Herrera (Padre Tomas Ortega), Ben Daniels (Padre Marcus Lang), Hannah Kasulka (Casey Rance), Brianne Howey (Katherine Rance), Alan Ruck (Henry Rance), Geena Davis (Angela Rance)


quarta-feira, 26 de outubro de 2016

.: Novo livro de Harry Potter já é o mais vendido de todos os tempos

Na véspera do Dia das Bruxas, lançamento da edição em português terá muitas atividades, com entrada gratuita.

Neste domingo, 30 de outubro, véspera do Dia das Bruxas, a partir das 20h, as lojas Fnac Paulista (São Paulo) e Fnac Belo Horizonte (BHShopping) serão invadidas por legiões de fãs de Harry Potter. Tudo para celebrar a abertura das caixas da edição em português do novo livro Harry Potter e a Criança Amaldiçoada – Partes I e II (Rocco, brochura de R$ 49,50 por R$ 39,60 e capa dura de R$ 64,50 por R$ 51,60 na Fnac).

As caixas serão abertas pontualmente à meia-noite, quando serão entregues os livros comprados no dia e em pré-venda, aberta em 16 de agosto no www.fnac.com.br. Segundo Adão Paz, diretor de Produtos Editoriais da Fnac Brasil, “depois do recorde obtido com o lançamento da edição em inglês, agora registramos um novo marco: a edição em português do novo livro da série Harry Potter é o maior resultado em pré-venda de todos os tempos na Fnac”

A edição em português já vendeu, em pré-venda nas lojas Fnac, cinco vezes mais do que a edição em inglês. O novo livro traz o roteiro da peça de teatro de mesmo nome, que estreou no dia 30 de julho, na Inglaterra, 19 anos depois lançamento do primeiro livro da série: Harry Potter e a Pedra Filosofal.

Muitas atividades e brincadeiras terão a participação de centenas de fãs da série, a partir das 20h do domingo até o momento da abertura das caixas, à meia-noite. As brincadeiras tomarão conta das lojas, com áreas dedicadas ao Chapéu Seletor e ao jornal Profeta Diário, contação de histórias para crianças, aulas de poções e cerveja amanteigada, oficina de varinhas, sessão de leitura de mãos, quiz, concurso de cosplay e sorteio de brindes. O que promete ser o mais disputado de todos os brindes é o conjunto de ilustrações imantadas dos personagens, criação de Helder Oliveira, vencedor do Prêmio Fnac Novos Talentos em Ilustração Digital, em 2016.

Avenida Paulista tem passagem secreta para Hogwarts
A entrada da Fnac Paulista será transformada na Plataforma 9¾ de embarque nos trens rumo a Hogwarts. Todo o clima mágico da estação de trens estará ali, em plena calçada da avenida Paulista, cheia de estações de metrô. 

Detalhes, como as paredes de tijolos ingleses, as bagagens de Harry e a coruja Edwiges, chamam atenção e fazem da área um ponto perfeito para fotos e selfies. Na Fnac Paulista, haverá também uma incrível instalação Lego sobre o tema e uma viagem a Hogwarts em realidade aumentada com os óculos Gear da Samsung. Uma inédita versão do jogo Escape, realizada pelas equipes do Escape Hotel, desafia duplas a desvendar pistas para ajudar Harry Potter a fugir de uma sala. A participação em todas estas atividades será gratuita, de acordo com a ordem de chegada.

Nas lojas Fnac Morumbi (MorumbiShopping, São Paulo), Fnac Barra (BarraShopping, Rio de Janeiro) e Fnac Ribeirão Preto (RibeirãoShopping), as atividades, como quiz, concurso de cosplay e sorteio de brindes, acontecerão na segunda, 31 de outubro, a partir das 18h.

.: O dia em que Marcelo fez Jacquin, Paola e a audiência chorarem

Por Helder Miranda
Em outubro de 2016

CONTÉM SPOILERS 

Uma pessoa que entra no "MasterChef Profissionais" e não sabe levantar uma batedeira. Outro que, ao saber de uma prova, diz que está "fodido" - e que depois reclama: "ferrou, como é que eu vou montar esse troço?". Alguém que diz que tem que se sair bem na prova de eliminação já que "foi esculachado" pelos jurados. O que impressiona nesta edição do "MasterChef" brasileiro, que gira em torno de gente que já trabalha em cozinha, é a falta de compostura diante de todo o Brasil.

O programa com o desafio de transformar sobras em alta gastronomia, na "Caixa Misteriosa". A primeira prova começou com Ana Paula Padrão repetindo a mesma ladainha dos prêmios que o vencedor irá ganhar, algo que não deveria passar pela edição depois de tantos anos. O telespectador sabe, não interessa a ele, e não serve nem para dar o clima do que será o programa, apenas deixa tudo um pouco mais maçante.
A tarefa com as sobras quis mostrar que o "MasterChef" não é só sobre criatividade e decisões básicas. É de superação e mostrar o talento com as referências que cada um têm até aquele momento. O que os levou até ali, que histórias transformaram a sua vida, por que eles se dedicam à gastronomia que, entre as principais atribuições, trata de servir o próximo?

Pessoas pobres lidam com a "xepa" diariamente e, sem reclamar, precisam fazer milagres para que todos de uma família consigam comer. Levar, para a mesa do pobre, alguma satisfação gastronômica não é nenhum desafio, eles sabem que cozinham bem e, sem problematizar, entregam comida gostosa e é o que vale. Quem não fez bem, não sabe lidar com a alma dos pratos brasileiros. A "xepa" é o reflexo de nossa diversidade, da riqueza e da pobreza de nossa gastronomia. Grande parte da população desse país consome com alegria porque tem algo de comer, muitos já passaram fome, e a maioria dos "chefs", afetados e fora da realidade em suas praças de restaurantes profissionais, não têm ideia de que isso acontece. 

A afetação veio por parte da maioria. "Dayse" foi uma delas mas, embora tenha se saído entre as melhores, perdeu alguns pontos ao tentar "fazer a humorista" nos depoimentos, como de costume. Até rende na edição, mas, algumas vezes, não soa bem. Outros participantes, como Priscylla, disseram: "Não sei nem o que fazer". A apresentadora, Ana Paula Padrão declarou: "Não conseguiria fazer absolutamente nada!" - mas ela, que não é cozinheira, não tem essa obrigação.

A prova da "xepa" era sobre construir sabores e o excesso de autoconfiança herdado da prova do programa anterior prejudicou Marcelo, que havia se mostrando um competidor forte e abusou de uma confiança que o fez criar uma gororoba no programa seguinte. Desde o purê de repolho caramelizado, em que foi chamado de idiota pelas costas por Priscylla, ele havia se levantado, para cair outra vez no programa seguinte. Talvez ter-se saído bem-sucedido foi a fagulha que faltava para colocar em prática a sua mente criativa mas, desta vez, não deu certo. Como o "MasterChef" é também sobre reinvenção, ele foi o melhor na prova de eliminação e fez o bolo "Operá", embora mais feio, mais saboroso. Quando revelou que era com o pai, falecido há quatro anos, com quem falava enquanto estava cozinhando, arrancou lágrimas dos jurados Erick Jacquin e Paola Carosella - sendo que tudo isso derrocou na queda de um dos participantes mais queridos. 

Priscylla, que chamou Marcelo de idiota, como chef deveria respeitar os colegas de profissão. Talvez por "charminho", não cansava de repetir que "estava em pânico", na primeira prova e na prova seguinte, o que qualquer um teria vergonha de dizer se fosse um cozinheiro profissional. Em que mundo esse pessoal vive? Protegidos, dentro da casca de seus restaurantes? 

Dário, o santista que sempre acredita que vai mal nas tarefas mas geralmente se sai bem, entendeu a prova e declarou, algum tempo antes, que a tarefa era muito bonita. João, o professor de culinária, reclamou de não estar entre os comente os melhores da primeira prova e acusou injustiça, assim como Ivo, o vilão em potencial que, do alto de seus 25 anos de experiência, não soube utilizar o tempo de profissão a seu favor - e achei justo que ele saísse, pois deveria entender minimamente o que deveria ter feito nesse tipo de prova. 

Fádia é muito parecida com a escritora Fernanda Young, o que não tem nada a ver com o comentário de que ela usou as referências de sua família árabe e contou uma história linda. Diferente da "venenosa" do primeiro programa, que se mantenha assim. Priscylla, que dividiu o veneno com Fádia nos comentários em relação aos participantes no primeiro episódio, foi para o outro extremo na prova de confeitaria. 

A pergunta que não quer calar é: como alguém é selecionado e entra no "MasterChef Profissionais" e não sabe fazer doce? Se foi prejudicada pela edição, ou não, os próximos programas irão responder. Mas, entre todos esses, saiu Rodrigo, o preferido da audiência, superestimado pela beleza, para desespero da audiência, que chorou. Mas "MasterChef" não é um concurso de misses. Além de pratos bonitos que abram o apetite, o que os espectadores querem ver são histórias de superação tendo como pano de fundo a comida. E na arte de contar alguma história, o programa já tem o seu possível vencedor: Marcelo.

Sobre o autor
Helder Miranda é editor do Resenhando.com há 12 anos. É formado em Comunicação Social - Jornalismo e licenciado em Letras pela UniSantos-Universidade Católica de Santos, e pós-graduado em Mídia, Informação e Cultura pela USP. Atuou como repórter em vários veículos de comunicação. Lançou, aos 17 anos, o livro independente de poemas "Fuga", que teve duas tiragens esgotadas.

.: Apresentação gratuita de Daniela Mercury, intimista, no Sesc Santana


Dias 3 e 4 de novembro, quinta e sexta, às 20h, o Sesc Santana em parceria com a Prefeitura de Guarulhos realiza duas apresentações do espetáculo "Daniela Mercury, a Voz e o Violão", no Teatro do Centro Municipal de Educação Adamastor, em Guarulhos. Neste show, a artista sobe ao palco sem sua banda completa, apenas ela e o instrumento.

Pautado na simplicidade e na sofisticação, o show traz grandes sucessos da cantora, músicas que ela gostaria de regravar, clássicos da MPB e canções inéditas do seu próximo álbum. Repertório que permite expressar a alegria e o lamento, típicos do samba e presentes no Axé da intérprete.

Comparada às grandes cantoras de jazz do mundo, Daniela Mercury é ainda bailarina, atriz, diretora, coreógrafa, cenógrafa e estilista. Durante sua carreira conquistou um Grammy Latino, seis prêmios da música brasileira, três prêmios Multishow entre outros. Foi apontada, por um canal de TV norte americano, como a Carmem Miranda dos novos tempos.

Serviço: 
"Daniela Mercury, a Voz e o Violão"
Quinta e sexta-feira, 3 e 4 de novembro, às 20h.
Teatro do Centro Municipal de Educação Adamastor
Av. Monteiro Lobato, 734 – Macedo – Guarulhos/SP
Grátis. Retirada de ingressos no local, com duas horas de antecedência (dois ingressos por pessoa). Capacidade: 600 lugares.
Recomendação etária: livre. Duração: 90 min.
Para informações sobre outras programações ligue 0800-118220 ou acesse o portal www.sescsp.org.br

terça-feira, 25 de outubro de 2016

.: Após vazamento de edição não-publicada, PLAYBOY intensifica luta

"...o que aconteceu na última sexta, vai além de pirataria, estamos falando de vazamento de informação confidencial",
Guilherme Henn, advogado

Na última sexta-feira, 21 de outubro, a revista PLAYBOY foi vítima de um vazamento de informação confidencial. No final da tarde, alguns grupos do Facebook, começaram a receber fotos do ensaio principal da revista, que só chegou nas bancas nesta terça-feira, dia 25. 

Ter as imagens vazadas antes mesmo de chegar as bancas é um crime grave: não se trata apenas de pirataria, o que já não é pouco, trata-se de violação de direitos autorais e informação confidencial, tanto da editora, quanto da estrela de capa, Nyvi Estephan.

Abaixo você confere entrevista concedida pelo advogado Guilherme Henn, do escritório Zucolotto Sociedade de Advogados, responsáveis pelo departamento jurídico da marca.

O que aconteceu com a edição da Nyvi?
Na última sexta-feira nos deparamos com as imagens do ensaio dela na internet. Isso chocou muito a empresa porque a revista estava saindo para a distribuidora. Ela só chegará as bancas a partir de terça-feira. Isso é violação de direitos autorais, um crime grave.

Mas é fato que as fotos da PLAYBOY sempre param na internet. Qual a diferença de isso ter acontecido poucos dias antes?
Quando as fotos vão parar na internet, trata-se de um crime também, que inclusive prejudica imensamente nosso negócio. A pirataria hoje é tão recorrente que muitos esquecem, mas trata-se de um ato ilegal. No entanto, o que aconteceu na última sexta, vai além de pirataria, estamos falando de vazamento de informação confidencial. As fotos não poderiam ser vazadas dessa forma. Elas são de direito autoral da editora e da garota de capa.

Muitas fotos, vídeos e áudios são vazadas e ficam por isso mesmo. Vocês pretendem tomar alguma atitude?
Não nos indignar com isso, e "deixar quieto" é corroborar com pessoas que não valorizam e não respeitam a mulher e isso é inadmissível para a PLAYBOY. Desde que mudou de editora, a marca vem lutando para que o respeito à mulher vigore, independentemente de suas decisões. Não podemos nos calar. Não é porque a Nyvi está nua na revista que ela pode ter sua nudez violada, roubada e exibida. A Nyvi está nua em um trabalho artístico, que ela optou fazer, e pelo qual ela ganha com a venda. Ter suas imagens vazadas é um crime contra os seus direitos.

Quais os próximos passos da PLAYBOY?
Neste momento estamos apurando e levantando todas as informações sobre o ocorrido, com o intuito de punir os culpados pelo vazamento das informações para garantir que responsáveis sejam punidos. Além disso, isso nos dá força para botar de pé um projeto que estamos elaborando há três meses. Queremos levar ao Congresso um pedido que regulamente os direitos que a mulher tem sobre as imagens de seu próprio corpo. Nesta edição da revista tem uma extensa matéria falando sobre a covardia dos que vazam nudes como forma de vingança. Queremos ser um braço amigo e apoiador das mulheres nessa luta e vamos usar nossa força para que o Congresso dê a atenção que esta causa merece. As mulheres podem sim se fotografar nuas e enviar para quem elas quiserem, o crime está no fato dessas pessoas compartilharem imagens que não lhes pertencem.

.: Inscrições abertas para o "Desafio Unimonte das Profissões"


Gincana é voltada para alunos do 3º ano do Ensino Médio das redes pública e particular de ensino.

Até o próximo dia 11, estudantes do 3º ano do Ensino Médio das redes pública e particular de ensino podem se inscrever para o Desafio Unimonte das Profissões, uma gincana inédita que visa aproximar o vestibulando da rotina prática da sua futura profissão. Além disso, a equipe vencedora ganha bolsas de estudo de 60% de desconto durante todo o curso mais uma premiação em dinheiro.

Para participar é preciso  formar grupos de três ou quatro integrantes. Todos devem ser da mesma escola, centro de aprendizagem ou curso pré-vestibular. O site para a inscrição é unimonte.br/desafio.

A equipe participante poderá escolher entre seis atividades disponíveis: Comunicação, Direito, Gastronomia, Gestão, Engenharias & Arquitetura e Veterinária. A atividade escolhida pode ser diferente da opção de curso do Vestibular.

A primeira etapa do desafio será no dia 19 de novembro, às 14h, com a prova online, composta por 30 questões de conhecimentos gerais e duração de 90 minutos. A prova será feita pela Plataforma APP Prova, a qual o participante tem acesso gratuito durante a inscrição.

Os melhores colocados desta fase passam para a grande final prática no dia 3 de dezembro, quando o participante será testado na atividade escolhida por sua equipe. Na área de Comunicação, será feita uma produção; no Direito, haverá um júri simulado; na Gastronomia, as equipes desenvolverão uma receita surpresa; e na Gestão, vão gerenciar uma empresa simulada. Nas Engenharias & Arquitetura, o desafio será a construção de pontes de palitos e na Veterinária exercer atividades de um médico veterinário por um dia. Tudo sob a coordenação de professores das áreas.
  
Premiações
As equipes finalistas de todas as atividades ganharão prêmios. A primeira colocada receberá R$ 2,5 mil e bolsa de estudos de 60% de desconto na Unimonte para todos os integrantes da equipe, para qualquer curso disponível em 2017. A segunda ganhará R$ 1 mil e bolsa de estudos de 50% de desconto. A terceira terá bolsa de estudos de 40%. As demais equipes finalistas receberão certificado de participação e bolsas de 20% de desconto. Todas as bolsas são válidas para o curso inteiro. Mais informações no unimonte.br/desafio.

.: 1x2: Chegada de amigos no mundo encantado de Westworld

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em outubro de 2016



CONTÉM SPOILERS!



O segundo episódio do seriado da HBO, "Westworld", intitulado "Chestnut" traz para o cenário do mundo -encantado até a página 2- William e um amigo. Assim como acontece no filme original, "Westworld - Onde Ninguém Tem Alma", que inspirou a série dirigida por Jonathan Nolan e Lisa Joy, o segundo, o amigo de William -vestido todo de preto- já visitou o parque, enquanto que aquele que tem tudo para ser o mocinho, ainda está entendendo o processo de chegada e como deverá agir para aproveitar tudo o que há de maravilhoso no lugar.

Nesse caminho, a dúvida entre o humano e o robótico perturbam a mente do novato William. Contudo, ao responder um questionário de check-in, ele brinca "ter medo de palhaços". Humor do bom é sempre bem-vindo, não é? Ok! Assim, ao escolher as vestimentas para ingressar no parque, o tom claro já o define como o mocinho da história, isto é, o da trama humana, enquanto que Teddy Flood (James Marsden) é o bonzinho dos robôs. E a mocinha? Só temos a incrível Dolores (Evan Rachel Wood) criação de pura inteligência artificial. 

De fato, a pergunta que assombra os visitantes é: "Quem é você realmente?" Aos fãs da série, só nos cabe aguardar que cada personagem mostre esse outro lado para estabelecer todas as conexões necessárias e entender a fabulosa trama de "Westworld". Enquanto que o amigo de preto mostra a William -e ao público- que cada robô tem uma função roteirizada a seguir: "Todos querem levá-lo a uma grande aventura."

O que há de melhor em "Westworld"? Descobrir até que ponto os robôs conseguem ser humanos, além da aparência. As panes causadas por lembranças de vivências anteriores, iniciada em Abernathy, deixa claro que a pontinha do iceberg ainda nem começou a ser mostrada. Até Maeve (Thandie Newton) está em risco! Que sequência emocionante dessa robô em "curto". A revelação estampada nos olhos dela comovem imensamente! 

Detalhe: A matança nesse episódio é de deixar qualquer um boquiaberto. Quem é o autor? The Man in Black (Ed Harris). Por outro lado, as rusgas entre os humanos ficam mais visíveis, até porque as substituições e desativação de robôs desagrada mais Bernard (Jeffrey Wright) do que Dr. Robert Ford (Anthony Hopkins), a mente criadora do parque. Como entender e solucionar tamanho problema que está mexendo com a emoção de humanos e robôs? 


Seriado: Westworld
HBO Series
Temporada: 1
Episódio: 1 - "Chestnut"
Exibido em: 8 de outubro de 2016, EUA.
Elenco: Anthony Hopkins, Ed Harris, Evan Rachel Wood, James Marsden, Jeffrey Wright, Thandie Newton, Tessa Thompson, Sidse Babett Knudsen, Jimmi Simpson, Rodrigo Santoro, Shannon Woodward, Ingrid Bolsø Berdal, Ben Barnes, Simon Quarterman, Angela Sarafyan, Luke Hemsworth e Clifton Collins, Jr
Site: http://www.hbo.com/westworld
Direção: Jonathan Nolan, Lisa Joy
Gênero: Drama, Ficção científica, thriller, ação, aventura


*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


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