quarta-feira, 3 de novembro de 2021

.: Documentário "Meus 18 Anos" inspirou história de "Um Lugar ao Sol"


"Todo mundo tem sonho. A coisa que o ser humano sabe bem é sonhar. Tem sonhos que você fala: ‘Eu vou batalhar o máximo pra conseguir’. E tem aqueles que você deixa meio que no bolso, que você gostaria de levar adiante, mas não dá’.
(Depoimento de Christofer Francis – Documentário "Meus 18 Anos")

Impactada com o depoimento deste e de outros jovens que, ao completarem a maioridade, tiveram de deixar o abrigo para menores onde foram criados, a autora Lícia Manzo, ao assistir ao documentário "Meus 18 anos", da GloboNews, começou a tecer o novelo central de "Um Lugar ao Sol". "Ao perceber na maioria daqueles jovens a esperança preservada de estudar e ter um futuro, uma pergunta me veio de imediato: no Brasil de hoje, com apenas 14% dos adultos com curso superior, cerca de 13 milhões de desempregados, e um quarto da população vivendo em situação de pobreza – serão seus sonhos realizáveis?", reflete Lícia. 

Assim nasceu a história dos gêmeos Christian e Christofer, separados na primeira infância. Enquanto Christian cresce em um abrigo em Goiânia, Christofer é adotado por uma família abastada do Rio de Janeiro, passando a se chamar Renato. No início da trama, aos 18 anos, Christian acaba de deixar o abrigo para menores onde foi criado e se vê sozinho no mundo. Subempregado e sem perspectivas, viverá um dilema ético e moral quando a vida lhe apresentar a seguinte equação: livrar-se do que o oprime tomando para si o lugar e a identidade de outra pessoa.

"Se fosse possível trocar sua vida, carente e desvalida, pela de outra pessoa, rica e privilegiada – o que você faria? Se para você as portas estivessem todas fechadas e subitamente uma se abrisse, sob a única condição de deixar sua identidade para trás – você iria adiante?", indaga a autora. Além da trajetória dos irmãos precocemente separados, "Um Lugar ao Sol" aborda temas contemporâneos diversos, destacando as relações humanas em torno deles - uma marca de Lícia Manzo. Entre os assuntos abordados na trama estão gordofobia, preconceito social e racial, abuso emocional, os dilemas da mulher moderna após os 50 anos, gravidez na adolescência, liderança feminina, entre outros. 

"Um Lugar ao Sol" é uma novela criada e escrita por Lícia Manzo, com direção artística de Maurício Farias e com direção geral de André Câmara e Maurício Farias. Estreia dia 8 de novembro. A obra é escrita com Leonardo Moreira e Rodrigo Castilho, com colaboração Carla Madeira, Cecília Giannetti, Dora Castellar e Marta Goés. A direção geral é de André Câmara e direção de Vicente Barcellos, Clara Kutner, João Gomez, Pedro Freire e Maria Clara Abreu. A produção é de Andrea Kelly e a direção de gênero de José Luiz Villamarim.


.: De Pablo Manzi, peça-filme "Onde Vivem os Bárbaros" estreia


Coletivo Labirinto estreia a peça-filme "Onde Vivem os Bárbaros", do chileno Pablo Manzi, pelos canais do Youtube dos Teatros da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. Foto: Mayra Azzi


Desde sua fundação em 2013, o Coletivo Labirinto tem como pesquisa o olhar para as relações do sujeito com o seu panorama social através da dramaturgia latino-americana contemporânea. "Onde Vivem os Bárbaros", de Pablo Manzi, é a terceira montagem do grupo e estreia de forma online e gravada no dia 4 de novembro de 2021. A direção e tradução são de Wallyson Mota, que também integra o elenco ao lado de Abel Xavier, Carol Vidotti, Ernani Sanchez e Ton Ribeiro.

Após estudos e passagens do grupo pela dramaturgia argentina e uruguaia, a peça escrita no Chile  apresenta uma ampla base de reflexão para traços determinantes de nosso percurso social, tais como a normalização e a validação da violência dentro de contextos supostamente democráticos. O texto traz ainda uma oportuna reflexão sobre o arquétipo do bárbaro – o ser que está sempre fora da sociedade “civilizada”, excluído de seu epicentro político e social.  

A obra conta a história de três primos que, depois de vários anos sem se ver, decidem se encontrar no Chile, em 2015. O anfitrião, diretor de uma ONG reconhecida por realizar ações de estabelecimento da democracia em zonas de conflito, se vê envolvido no estranho homicídio de uma jovem ligada a movimentos neonazistas. Este fato desencadeia atitudes inesperadas das personagens e um extenso debate sobre a ideia que cada um constrói sobre o outro, que culmina na deflagração das diferentes formas de violência entre os convidados. 

"Onde Vivem os Bárbaros" apresenta uma sociedade que busca respostas rápidas para assuntos complexos, mesmo que para isso se arrisque pelo terreno das injustiças e se expresse por gestos inequívocos de silenciamento do que lhe é diferente – entendido então como um inimigo.  

Qualquer semelhança com o que vivemos não é mera coincidência. Ao conhecer essa dramaturgia, de diálogos ágeis e sinuosos, o Coletivo Labirinto pôde novamente (assim como tinha lhe parecido com o Argumento Contra a Existência de Vida Inteligente no Cone Sul, seu espetáculo anterior) deparar-se com um material que trata diretamente e de maneira vertical dos desdobramentos de nosso percurso social, estabelecendo assim uma ponte de interlocução com a realidade chilena – comum e ao mesmo tempo diversa a nós.


Sobre o coletivo
O Coletivo Labirinto nasceu em 2013, no ano das emblemáticas manifestações políticas pelo preço do transporte público (e que logo em seguida se pasteurizam em reivindicações genéricas e pouco objetivas), e acompanhou a transformação dos processos sociais no Brasil que culminaram na deposição da ex-presidenta Dilma Rousseff em 2016, no avanço das pautas neoliberais e na discussão um tanto incerta sobre os rumos políticos do país. 

O grupo pôde, com isso, perceber semelhanças entre essa trajetória e a de seus países vizinhos – com disputas políticas igualmente polarizadas, avanço de medidas econômicas similares e o crescimento de um pensamento conservador também assentado na moral. Dessas observações e vivências - no cotidiano e nas suas ações criativas -, conseguiu amadurecer a necessidade de entender-se como brasileiro e latino-americano, não uma coisa pela outra. 

A dramaturgia de Pablo Manzi, autor e diretor chileno que tem conseguido gerar interesse pelas suas discussões em seu país e fora dele (com participações frequentes em Mostras e Festivais Internacionais de Teatro), ofereceu ao Coletivo Labirinto uma ampla base de reflexão para as questões ditas acima, tanto pelos assuntos que trata e quanto pela maneira como os provoca.  


Palavras do diretor 
A pesquisa e montagem de "Onde Vivem os Bárbaros" tem sua origem em 2019, quando estávamos em cartaz com o nosso espetáculo presencial anterior. Ali, pudemos perceber de maneira muito viva a necessidade de retratarmos em cena o avanço de uma lógica de raciocínio imediatista, sentenciador e moralista em nossa sociedade. Mais ainda, de trazermos a público as diferentes vias de discursos políticos, a fim de que possam gerar debate e fricção entre nós, desvelando as controvérsias sobre o delicado momento histórico que vivemos. Nos últimos anos, pudemos observar o aumento das desigualdades concomitante ao desenvolvimento de uma conduta moral que visa um comportamento "puro" entre as pessoas, numa espécie de lógica neofascista. Expor essa situação e colocá-la para discussão nos pareceu fundamental. 

Esta obra discute, portanto, que ideias temos hoje sobre civilização e barbárie. O que seria uma sociedade civilizada e o que seria uma sociedade bárbara? A quem interessaria estabelecer essas definições, essas fronteiras entre uma coisa e outra? Quem são os cidadãos dessa sociedade e quem são os seus selvagens? E mais, quem pode ocupar esses espaços – de uma pressuposta cidadania? 

Apesar de tocar em discussões complexas e nada pacíficas, o espetáculo as apresenta através de uma dramaturgia fluida e ágil, apoiada em uma situação ficcional bastante reconhecível: um encontro familiar entre três primos que há muito tempo não se veem. Cada um levou a sua vida de maneira distinta, tem histórias e experiências diferentes e ao se reencontrarem percebem o quão diferentes são. E o quanto essas diferenças, no modo de vida contemporâneo, podem representar uma ameaça; a ideia de que o outro (o diverso) é um inimigo a ser eliminado. 

Esta obra integra o projeto “Histórias de Nossa América”, do Coletivo Labirinto, contemplado pela 35ª. edição da Lei de Fomento ao Teatro Para a Cidade de São Paulo. Este projeto foi elaborado antes da pandemia da covid-19 mas viabilizado em 2020 – já com os teatros fechados e as medidas de distanciamento social em nossas vidas. Nele, o Coletivo tem promovido um amplo passeio pela dramaturgia latino-americana contemporânea através de leituras encenadas, laboratórios de pesquisa e agora a criação desta peça-filme. 

Os encontros, ensaios e processos de criação com toda a equipe de “Onde Vivem os Bárbaros” tiveram início de fato em julho deste ano – com o leve arrefecimento da segunda onda do vírus sobre o país e certo avanço da vacinação. Então pensamos esta peça-filme como o anúncio de uma volta nossa ao teatro dentro dos limites de segurança sanitária que enxergávamos no período. Sendo assim, projetamos uma obra que fosse criada e ensaiada totalmente à distância (em vídeo chamadas e ligações), sem encontros presenciais entre os artistas envolvidos. Elenco, figurinista, iluminador, músico, todos criando de suas casas. Ao fim dessas nove semanas de trabalho criativo remoto, nos juntamos para uma semana de trabalho presencial e imersivo dentro de um teatro. Juntos novamente no palco.

A peça-filme é, portanto, uma espécie de ficção-documental que traz toda a narrativa original de “Onde Vivem os Bárbaros”, mas também um olhar sobre como foi colocar em pé essa obra nesses dias ali, juntos e imersos em apenas uma semana depois de tanto tempo criando à distância. Wallyson Mota


Sinopse do espetáculo
Depois de anos sem se ver, três primos se reencontram. O anfitrião, diretor de uma ONG reconhecida, revela estar envolvido em um estranho assassinato, fato que desencadeia manifestações de violência entre os convidados. Este encontro aparentemente familiar torna-se cada vez mais terrível com o aparecimento de personagens que vão agravar as ideias que cada um construiu sobre o outro, sobre o inimigo.


Ficha técnica de "Onde Vivem os Bárbaros":
Direção:
Wallyson Mota
Dramaturgia: Pablo Manzi
Tradução: Wallyson Mota
Elenco: Abel Xavier, Carol Vidotti, Ernani Sanchez, Ton Ribeiro e Wallyson Mota
Assistente de direção: Carolina Fabri
Direção defotografia: Raphael B. Gomes
Som direto: Tomás Franco
Montagem (edição): Laíza Dantas
Cenografia e figurino: Lu Bueno
Iluminação: Matheus Brant
Concepção sonora: Gregory Slivar
Cenotécnico: Armando Júnior
Aderecista: Jésus Seda
Visagismo: Fábia Mirassos
Técnico de luz: Guilherme Soares
Designer gráfico: Alexandre Caetano – Oré Design
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Fotos: Mayra Azzi
Assistente de produção: Luiza Moreira Salles
Produção: Carol Vidotti
Realização: Coletivo Labirinto


Serviço de "Onde Vivem os Bárbaros":
4 de novembro a 5 de dezembro de 2021
Gratuito
Transmissão pelos canais do Youtube dos Teatros da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo
Duração: 75 minutos
Classificação indicativa: 14 anos


Teatro João Caetano - Link
Datas: 4, 5, 6 e 7 de novembro de 2021.
Horário: Quinta, Sexta e Sábado às 21h e domingo, às 19h.
Valor do ingresso: gratuito (evento online).

Teatro Paulo Eiró - Link
Datas: 12, 13 e 14 de novembro de 2021.
Horário: sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 19h.
Valor do ingresso: gratuito (evento online).

Teatro Alfredo Mesquita - Link
Datas: 19, 20 e 21 de novembro de 2021.
Horário: sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 19h.
Valor do ingresso: gratuito (evento online).

Teatro Cacilda Becker - Link
Datas: 26, 27 e 28 de novembro de 2021.
Horário: sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 19h.
Valor do ingresso: gratuito (evento online).

Teatro Arthur Azevedo - Link
Datas:
 3, 4 e 5 de dezembro de 2021.
Horário: sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 19h.
Valor do ingresso: gratuito (evento online).

Toda quinta-feira (exceto dia 4 de novembro) vão ter lives pelo Instagram do @coletivo.labirinto e do teatro da semana. 

terça-feira, 2 de novembro de 2021

.: 5x6: "9-1-1" traz história mirabolante com "Ghost Stories"

 


Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em novembro de 2021

O sexto episódio, da quinta temporada de "9-1-1", após uma semana de hiatus, leva o público até uma prisão americana. Para ambientar melhor a trama, um guarda chega para um dia de trabalho e vai passando por vários parceiros. Ele será responsável por abrir a porta da cela de um prisioneiro para o banho de Sol. E, os fãs de "Supernatural" sacam na hora de quem se trata, o ator intérprete de "Lúcifer" (Mark Pellegrino). Aqui ele é Mitchel. Logo, uma confusão começa, assim como fogo e caos instaurados ali. Esse é o início de "Ghost Stories"!

A equipe do 118 é convocada para controlar o fogo. Prisioneiros tentam fugir, até que dois deles colocam um plano em ação. Sequência de fazer grudar os olhos na tela uma vez que há feridos em resgate também. Sim! Contudo, uma surpresa desagradável, uma dupla de prisioneiros está no caminhão dos bombeiros com Buck (Oliver Stark) e Eddie (Ryan Guzman). 

Enquanto Buck está sob a mira de uma arma, uma rápida volta ao passado para detalhar exatamente como que os dois prisioneiros conseguiram pegar as roupas e armas dos guardas. Ainda na prisão, Bobby Nash (Peter Krause), fica alerta sobre o perigo que todos ali correm, uma vez que para os prisioneiros não existe segurança máxima suficiente. Uma verdade! 

Longe, Athena (Angela Basset) busca informações sobre Mitchel e puxa todo o histórico de crimes dele, até que esbarra num nome importante e que envolve um dos prisioneiros fugitivos: Savannah Richards. Trancafiados numa sala com o médico da prisão, parte da equipe 118 segue atendendo uma das vítimas dos fugitivos, um dos guardas que foram agredidos pelos criminosos que tentam colocar o plano em prática.

Com o carro de resgate, Mitchel e seu parceiro de fuga, chegam ao hospital tendo ao lado Buck e Eddie. Enquanto Mitchel permanece no veículo com Eddie, Buck leva uma vítima para atendimento tendo o outro criminoso junto a ele. O lugar está totalmente vazio, o que faz Buck desconfiar, mas tudo  acontece muito rápido, pois policiais partem para cima dos dois. Sim! Buck chega a ser algemando.

Eis que o verdadeiro deseja de Mitchel de ir ao hospital é detalhado nos pormenores: ele quer doar o coração ao filho, Nolan, que espera por um há mais de um ano. Não é que o criminoso de lista extensa tem bom coração?! Enquanto Bob busca pelo armário com cilindros de gás, Hen permanece na sala com o médico da prisão que está com uma das mãos machucadas. Resultado: é Hen quem faz um procedimento na vítima sendo guiada pelo médico. Modesta, Hen recebe os parabéns como sendo uma doutora, mas logo responde a ele que ainda não é. Eis que no fim desse episódio temos mais informações sobre isso.

Por meio do sistema de tubulação da prisão, o gás é espalhado deixando os prisioneiros inconscientes -e até alegrinhos. E toda a história de Mitchel ganha mais informações. Ele quer ser morto pelo Estado para poder doar o coração ao filho. "Preso" no veículo dos bombeiros com ele, Eddie tenta negociar com o pai desesperado e ponto de convencê-lo que irá buscar um coração para o filho dele. Em tempo, durante a conversa, Mitchel diz "Family Bussiness"?! É uma fala tão de "Supernatural". Sensacional!

Uma nova sequência de fazer cair o queixo acontece. Eddie desce do carro de resgate, seguido por Mitchel. Por um momento, Mitchel ergue a arma e parece que irá atirar em Eddie, mas na sequência entendemos o que, de fato, aconteceu. Eddie dá o melhor para manter o coração de Mitchel funcionando. Assim, o plano final de Mitchel é concretizado. 

Buck, ferido no rosto, volta para casa e reeencontra a namorada. Ela que é jornalista, quer mais detalhes sobre o ocorrido, uma vez que ele esteve envolvido numa história policial e tanto. Abraços mostram que ter a oportunidade de estar mais uma vez com quem se ama é uma grande chance da vida. Para tanto, Eddie vai até o filho e faz o episódio terminar com uma cena bem fofa. Que venha o episódio "Cell Block 9-1-1", por favor!!


Seriado: 9-1-1
Temporada: 5
Episódio: 6 
Exibição: 1 de novembro de 2021
Emissora original: Fox Broadcasting Company
Criadores: Ryan Murphy, Brad Falchuk, Tim Minear
Produtores executivos: Ryan Murphy, Brad Falchuk, Tim Minear, Alexis Martin Woodall, Bradley Buecker
Elenco: 
Angela Bassett (Athena Grant), Peter Krause (Bobby Nash), Jennifer Love Hewitt (Maddie Buckley), Oliver Stark (Evan "Buck" Buckley), Aisha Hinds (Henrietta "Hen" Wilson), Kenneth Choi (Howie "Chimney" Han), Noah Bean (Jeffrey Hudson) Marcanthonee Reis (Harry Grant), Ryan Guzman, Rockmond Dunbar.

*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


.: Romulo Estrela entrega spoillers dos próximos capítulos de "VS II"


Mais dez capítulos chegam na plataforma nesta quarta-feira, dia 3 de novembro, e o ator fez questão de contar mais sobre a nova leva de episódios. Foto: Pedro Pinho

A segunda parte da novela Original Globoplay "Verdades Secretas II", novela de Walcyr Carrasco, chega ao catálogo na próxima quarta-feira, dia 3, e Cristiano (Romulo Estrela) segue dividido entre razão e emoção. Ele está cada vez mais envolvido com Angel (Camila Queiroz), enquanto continua investigando a modelo a mando de Giovanna (Agatha Moreira). Nesta sequência de capítulos inéditos, ele será uma peça fundamental para a nova façanha da empresária: colocar Angel atrás das grades.

O intérprete do personagem, Romulo Estrela, adianta um pouco da trama que vem pela frente. “O segundo bloco é onde a situação fica mais difícil ainda para o Cristiano porque a Angel descobre que ele é um investigador e ela tenta entender o que ele está fazendo na vida dela, o que dificulta muito a relação deles dois. Ao mesmo tempo que se intensifica a relação do Cristiano com a Giovanna. O público pode esperar esse triangulo mais forte ainda entre esses personagens”, o ator adianta.

Desde que os primeiros capítulos foram liberados, um item do visual de Cristiano tem chamado atenção do público: a body chain. “A ideia do body chain era brincar com esse jogo de revelar e esconder. Com o Cristiano vestido, ele parece apenas um colar. Quando tira a roupa, revela uma joia mais ousada e que mostra que ele não é um cara só do jeans e camiseta. Aos poucos essa 'ousadia' vai aparecer no restante da roupa dele também”, explica a figurinista Mariana Sued.

“A body chain foi uma grande surpresa. Eu não imaginava que esse acessório fosse cair no gosto do público tão rápido. É muito legal ver quando as pessoas se identificam com algo assim, um cordão, um anel ou a própria body chain. É algo estético, mas tem também o fator inusitado que a Mari Sued, nossa figurinista gênia, trouxe: quebrar o básico do personagem. O Cristiano usa muito camiseta, jeans e bota. Quando ele tira a camisa é que você reconhece que ele não é tão básico assim.  Fiquei muito feliz com esse elemento que dá uma estranheza e coloca o personagem em outro lugar”, Romulo comenta. 

“O retorno do público em relação ao primeiro bloco de capítulos para mim foi uma surpresa. Achei que fossem ver o Cristiano como um cara cheio de conflitos, com dualidades e difícil compreensão. Mas acho que as pessoas se apegam ao sentimento honesto e verdadeiro que é o amor pela Angel. Isso já vem latente no primeiro encontro deles na passarela. E fico feliz porque era o que eu queria e foi a leitura que o público fez. Tenho recebido um retorno muito carinhoso em relação aos primeiros capítulos. E isso é só combustível pra gente seguir firme e forte”, finaliza o ator.


.: Todos os contos de Lygia Fagundes Telles reunidos em um único livro


Os contos completos da grande escritora Lygia Fagundes Telles são reunidos pela primeira vez em um único volume.

Considerada pela crítica uma das maiores escritoras brasileiras de todos os tempos e, sobretudo, uma contista extraordinária, Lygia Fagundes Telles lançou pela Companhia das Letras o livro "Os Contos". Pela primeira vez, o leitor tem acesso à mais completa antologia de contos da escritora, em uma edição especial que inclui, além de suas principais coletâneas, diversos escritos esparsos, há tempos fora de catálogo. 

Dos primeiros contos, concebidos na juventude, até a produção mais madura, Lygia exibe sua maestria na narrativa curta, sempre com sensibilidade e sutileza, em textos impecáveis e narrativas repletas de sensibilidade e sutileza. "Lygia Fagundes Telles sempre teve o alto mérito de obter, no romance e no conto, a limpidez adequada a uma visão que penetra e revela, sem recurso a qualquer truque ou traço carregado, na linguagem ou na caracterização", revela o crítico literário Antonio Candido.

"Essas pequenas obras-primas, de tão fremente inquietação íntima e que exalam um desespero tão profundo, ganham a clássica serenidade das formas de arte definitivas", disse Paulo Rónai, tradutor, revisor, crítico e professor húngaro naturalizado brasileiro. “Os Contos”, publicado pela Companhia das Letras, reúne pela primeira vez os principais livros e outras tantas histórias esparsas desta que é uma das maiores escritoras da literatura brasileira contemporânea. 

Esta edição especial em capa dura é a mais completa antologia de contos da autora, incluindo contos esparsos e os livros “Antes do Baile Verde” (1970), “Seminário dos Ratos” (1977), “A Estrutura da Bolha de Sabão” (1991), “A Noite Escura e Mais Eu” (1995), “Invenção e Memória” (2000) e “Um Coração Ardente” (2012), além de posfácio de Walnice Nogueira Galvão.

Você pode comprar o livro neste link.

Sobre a autora
Lygia Fagundes Telles nasceu e vive em São Paulo. Considerada pela crítica uma das mais importantes escritoras brasileiras, publicou ainda na adolescência o seu primeiro livro de contos, "Porão e Sobrado" (1938). Estudou direito e educação física antes de se dedicar exclusivamente à literatura. Foi eleita para a Academia Brasileira de Letras em 1985 e em 2005 recebeu o Prêmio Camões, o mais importante da literatura de língua portuguesa.

Livro: "Os Contos"
Páginas: 752
Formato: 16.00 X 23.00 cm
Peso: 1.354 kg
Acabamento: Livro capa dura
Editora: Companhia das Letras




.: Livro estimula a usar cérebro, mente e corpo para a cura do trauma


Na lista de mais vendidos do jornal The New York Times há 145 semanas, o livro "O Corpo Guarda as Marcas: Cérebro, Mente e Corpo na Cura do Trauma" é escrito por Bessel van der Kolk e traduzido por Donaldson M. Garschagen. Na obra, um pesquisador pioneiro transforma nossa compreensão sobre o traume e oferece um novo e ousado paradigma para a cura em um livro raro que tem conquistado leitores em dezenas de países e já vendeu mais de um milhão de exemplares.

"Com a escrita convincente de um bom romancista, van der Kolk revisita sua fascinante jornada que desafiou a sabedoria estabelecida na psiquiatria. Este é um livro divisor de águas que será lembrado como um salto da psiquiatria para o reconhecimento do preço que eventos traumáticos cobram de todos nós", afirmou Richard Schwartz, autor de "Terapia dos Sistemas Familiares Internos".

O trauma é um dos grandes problemas de saúde pública atual, afetando não apenas sobreviventes de guerras e desastres naturais, como vítimas de violência doméstica, crimes urbanos, agressões, maus-tratos, abuso sexual, abandono e negligência. Um dos principais especialistas no assunto, o Dr. Van Der Kolk mostra como o trauma reformula o funcionamento do corpo e do cérebro, comprometendo a capacidade das vítimas de ter prazer, de criar laços saudáveis, confiar nos outros e se sentirem seguras.

Com base em recentes descobertas científicas e em mais de trinta anos de trabalho clínico, ele apresenta tratamentos inovadores que oferecem novos caminhos para a recuperação de adultos e crianças ativando a neuroplasticidade natural do cérebro. Pontuado por impressionantes casos de coragem e superação, este livro expõe o tremendo poder de nossos relacionamentos tanto para ferir quanto para curar, e oferece uma nova esperança para recuperar vidas. Você pode comprar o livro neste link.


Livro: "O Corpo Guarda as Marcas: Cérebro, Mente e Corpo na Cura do Trauma"
Título original: "The Body Keeps the Score"
Encadernação: brochura
Formato: 16 x 23 x 2,5
Páginas: 480
Ano de edição: 2020
Edição: 1ª
Autor: Bessel Van Der Kolk
Tradutor: Donaldson M. Garschagen


segunda-feira, 1 de novembro de 2021

.: Lista: 14 motivos para ler "'Duna", clássico da ficção científica


O tão esperado filme "Duna" chegou às telas do cinema. A saga escrita por Frank Herbert é um clássico de ficção científica e no Brasil foi lançado pela Editora Aleph.


1. O livro de ficção mais vendido de todos os tempos. Você não pode deixar de ler "Duna" (no original em inglês "Dune") é um romance de ficção científica do escritor americano Frank Herbert (1920-1986), publicado originalmente pela editora Chilton Books nos Estados Unidos em 1965. Vencedor do prêmio Hugo de 1966, "Duna" é considerado o livro de ficção científica mais vendido de todos os tempos. 


2. Livro é um dos pilares da ficção científica moderna. Independentemente do sucesso comercial, "Duna"  é continuadamente apontada como uma das mais renomadas obras de ficção e fantasia já lançadas, e um dos pilares da ficção científica moderna. 


3. Saga teve continuações escritas pelo filho do autor. 
Consistindo no início da série "Duna", a história contida no livro é expandida em outros cinco livros e um conto, todos escritos por Frank Herbert, além de mais de uma dúzia de outros livros, escritos pelo filho do autor, Brian Herbert, em parceria com o também escritor americano Kevin J. Anderson (todos eles desenvolvidos e publicados posteriormente a morte de Frank Herbert).


4. Livro trata de política de uma maneira lúdica.
"Duna" se passa em um futuro distante no meio de um império intergaláctico feudal em expansão, onde feudos planetários são controlados por casas nobres que devem aliança à casta imperial da Casa Corrino. O livro conta a história do jovem Paul Atreides, herdeiro do Duque Leto Atreides e da respectiva Casa Atreides, na ocasião da transferência de sua família para o planeta Arrakis, a única fonte no universo da especiaria melange. 


5. Obra mistura interações entre política, religião, ecologia, tecnologia e escolhas e consequências em alicerce às emoções humana.
Em "Duna", a história explora as complexas interações entre política, religião, ecologia, tecnologia e escolhas e consequências em alicerce às emoções humanas. No livro, o destino de Paul, da família dele, um novo planeta e habitantes nativos - os subestimados fremen -, assim como o destino do Imperador Padishah, da poderosa Corporação Espacial a seu serviço e da misteriosa ordem feminina das Bene Gesserit. Tudo isso acaba sendo interligado em um confronto que mudará o curso da humanidade.


6. Livro utiliza citações e elementos que não eram usados na literatura.
Frank Herbert fez uma grande inovação em "Duna" ao rechear o romance de citações/elementos que remetem a paradoxos filosóficos, religiosos e psicológicos, e que até então nunca haviam sido usados na literatura de ficção em geral. Além desses temas, "Duna" trata também de aspectos importantes da ecologia e da biologia. O ambiente de "Duna" é notável por não possuir computadores, já que a religião do Império proíbe o uso de máquinas pensantes, temendo que estas possam destruir a humanidade. Todo o trabalho de cálculos complicados é feito pelos Mentats, homens treinados desde a infância para usarem suas mentes como computadores.


7. Um mundo 24.600 anos depois do agora e um duelo de três famílias. 
O livro indica, em uma leitura atenta, que o tempo de Paul Atreides está situado em cerca de 24.600 anos após o presente, no qual a Terra não é mais habitada e muito da sua história já foi esquecida, enquanto algumas tradições históricas e religiosas se mantêm. O conflito principal que dirige a narrativa de "Duna" é o duelo político entre três famílias nobres: a Casa Imperial Corrino e outras duas Grandes Casas, a Casa Atreides e a Casa Harkonnen.


8. A ambientação diferente da space opera convencional.
Certamente uma das características mais marcantes da série "Duna" é a ambientação diferente de uma space opera convencional. O universo de "Duna" é feudal, e as casas nobres governam cada sistema estelar (os feudos). Não há robôs, nem computadores, como podem ser facilmente identificados em narrativas assim. 


9. Valorização da figura humana e da parte social da política.
Em "Duna", toda tecnologia existente é analógica ou biológica. Há, na obra de Frank Herbert, uma valorização da figura humana e da parte social e política. O jogo de intrigas e a reputação norteiam a tomada de decisões dos personagens.


10. A moeda água em um ambiente que mistura fanáticos religiosos
Os Fremen, nativos do planeta Arrakis, são fanáticos religiosos que vêem os gigantescos vermes de areia como deuses. A moeda do planeta é a água. Na parte militar há ainda outra particularidade: a invenção dos escudos de força pessoais fez com que todas as armas de longa distância (incluindo lasers) perdessem a efetividade. Por isso o combate em "Duna" é corpo-a-corpo, as únicas armas efetivas são facas e espadas. Isso exige que os exércitos sejam muito bem treinados.


11. As continuações de "Duna".
"Duna" foi um grande sucesso e por isso rendeu uma série de mais cinco livros. São eles: "O Messias de Duna" (no original, "Dune Messiah", lançado em 1969), "Os Filhos de Duna"(no original, "Children of Dune", lançado em 1976), "O Imperador-Deus de Duna", (no original, "God Emperor of Dune", lançado em 1981), "Os Hereges de Duna", (no original,  "Heretics of Dune", lançado em 1984) r "As Herdeiras de Duna", (no original,  "Chapterhouse: Dune", lançado em 1985).


12. A série expandida escrita por Brian Herbert
Filho de Frank Herbert, o escritor Brian Herbert (1947-), que também se tornou autor de livros, dono do espólio de seu pai, em parceria com também escritor americano Kevin J. Anderson, começou a produzir e lançar novos livros da série "Duna". Esse era um desejo de Frank Herbert, isto é, que o filho continuasse a expandir o universo da série. 

Para tal, Brian se baseou, ao longo dos anos, não só em anotações, manuscritos e rascunhos deixados pelo próprio Frank Herbert ao longo das décadas de 60, 70 e 80 para direcionar a série e explicar lacunas deixadas pela coleção de livros original, como também, segundo ele, a partir de elementos que ele próprio desenvolvia (tomando certa liberdade criativa) para dar prosseguimento a esse projeto. 

Fãs da série original criticaram severamente a nova "safra" de histórias do universo de "Duna", alegando que Brian estaria não só deturpando os planos de seu pai, como produzindo muitos dos livros apenas objetivando retorno financeiro pela baixa qualidade de alguns volumes lançados nos anos 2000. Nenhum desses livros teve tradução para a língua portuguesa, quer no Brasil ou em Portugal. São eles:

"Dune: House Atreides" (1999), "Dune: House Harkonnen" (2000), "Dune: House Corrino" (2001), "Dune: The Butlerian Jihad" (2002), "Dune: The Machine Crusade" (2003), "Dune: The Battle of Corrin" (2004), "Hunters of Dune" (2006), "Sandworms of Dune" (2007), "Paul of Dune" (2008), "The Winds of Dune" (2009), "Sisterhood of Dune" (2012) e "Mentats of Dune" (2014)


13. Música em homenagem ao livro.
A famosa banda de heavy metal Iron Maiden fez uma música inspirada no livro, intitulada "To Tame a Land", do álbum Piece of Mind, lançado em 1983. Uma curiosidade, é que a música era pra levar o nome do livro, porém Frank Herbert proibiu. Apesar disso, na Itália e no Canadá a música saiu com o nome de "Dune". A banda Blind Guardian também aborda a história na canção Traveler in Time do álbum Tales from the Twilight World. A cantora eletrônica Grimes fez um álbum inspirado no livro, com o nome "Geidi Primes".


14. Adaptações para o cinema
Filme estadunidense de 1984, o filme "Duna" do gênero ficção científica, dirigido por David Lynch, teve recepção negativas por parte crítica e dos fãs do universo da obra. No ano de 10191, a humanidade se espalhou pelo universo mas, politicamente regrediu para um regime feudal. A moeda do universo é a chamada especiaria, um produto com capacidade de aumentar a expectativa de vida e os poderes de presciência de alguns usuários. Neste universo cheio de intrigas e batalhas, no planeta Arrakis, único lugar onde a especiaria pode ser colhida, entram em conflito os interesses de diversas casas nobres pelo controle da produção da Especiaria Melange, logo controlando todo poder do Universo.

Uma segunda adaptação foi lançada em 21 de outubro (Brasil) de 2021, e foi dirigida por Denis Villeneuve (diretor de "Blade Runner 2049" e "A Chegada"). O elenco conta com Timothée Chalamet, Rebecca Ferguson, Dave Bautista, Stellan Skarsgård, Charlotte Rampling, Oscar Isaac, Zendaya, Javier Bardem, Josh Brolin e Jason Momoa.

Você pode comprar o primeiro livro da saga "Duna" neste link.


.: "De Folhas que Resistem", a obra inédita de Raïssa Lettiere


Obra de estreia da autora reúne contos potentes e contemporâneos, além de texto de orelha de João Anzanello Carrascoza e prefácio de José Castello.

A editora Biblioteca Azul lança "De Folhas que Resistem", obra de estreia de Raïssa Lettiére. Formada em Letras e Literatura e editora de livros, a autora reúne na publicação 21 contos que abordam temas contemporâneos como memória, desejo e conflito familiar e se desdobram no embate entre a intimidade e a vida social de suas personagens. "São contos que trazem essas pessoas que resistem diante dos sofrimentos e das angústias humanas que encontramos sempre a nossa volta", declara a autora.

Um enigma na curva de uma estrada e os quatro braços de uma cruz. Um homem que vê a mãe perder a sanidade aos poucos. Outro que confere o obituário de jornais em busca de um nome conhecido. Uma refeição que evoca todas as últimas ceias. Uma amizade de infância, em meio a empurrões e quedas, leva a uma decisão irreversível. São narrativas que operam como fotografias instantâneas - e muito nítidas - de paisagens internas diversas.

"De Folhas que Resistem" traz contos com aroma e cor, para que os leitores possam experimentá-los com todos os sentidos de que puderem lançar mão e misturá-los de forma sinestésica no embate com o texto. Ao privilegiar as dimensões subjetivas das personagens, bem como seus achados epifânicos e existenciais, Raïssa compõe uma proposta literária potente, em harmonia com o que há de melhor na produção literária contemporânea. Você pode comprar o livro neste link.


O que disseram sobre o livro

"Nestas "folhas que resistem", Raïssa Lettiére apresenta uma nova paisagem no descampado da nossa literatura - não um bosque coberto por relva delicada, mas uma mata voraz e misteriosa, o que é tanto um fato inesperado quanto uma realidade artística a ser celebrada." - João Anzanello Carrascoza


"Raïssa cultiva um conto que eu diria ligado às melhores vertentes narrativas não instantâneas, isto é, seu conto conta uma história, não se resume ao flash. Considero-me encantado. Foi uma alegria intelectual e sensível ler De folhas que resistem."
- Luiz Antonio de Assis Brasil

"A resistência - que Raïssa sintetiza em delicadas folhas - é a chave para entender nosso mundo." - José Castello

Sobre a autora:
Raïssa Lettiére
nasceu em Piraju, São Paulo. Formada em Letras e Literatura pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, atua como editora de livros. Inventou a história de começar a inventar histórias e assim surgiu "De Folhas que Resistem", seu primeiro livro.


Livro: "De Folhas que Resistem"
Autora: Raïssa Lettiére
Páginas: 144
Formato: 14x21cm


.: "Sou Um Rio": Maurício de Sousa revisita memórias e fala de preservação


Em obra sensível e poética, Mauricio de Sousa convida o público infantil a refletir sobre as ameaças que enfrentam hoje os nossos recursos hídricos.

Celebrado mundialmente como desenhista e criador da Turma da Mônica, Mauricio de Sousa lançou o livro "Sou Um Rio". É uma obra em prosa voltada ao público infantil e sua família. Nela, o grande autor conta a história de um rio, desde o seu nascimento. Enquanto vai crescendo e ganhando corpo, o curso d’água atravessa cidades e se vê ameaçado por produtos químicos, esgotos clandestinos, lixo e outros venenos.

Com uma linguagem poética e tocante, "Sou Um Rio" fala às crianças sobre a beleza das nossas águas, sobre a importância dos nossos recursos naturais e sobre a urgência de preservá-los. A obra tem edição em capa dura e conta com as delicadas ilustrações de Mauro Souza, editor de arte da Mauricio de Sousa Produções.  

Ao escrever o livro, Mauricio revisitou memórias de sua infância, lembrando-se da época em que vivia em Mogi das Cruzes e brincava às margens de um Tietê ainda limpo. “O que aconteceu com o Tietê aconteceu também com muitos outros rios Brasil afora. O livro retrata todos os rios do mundo”, ressalta. “Eu sou amigo do rio e quero ajudar na manutenção de sua transparência”.

No prefácio que preparou para a edição, Gabriela Yamaguchi, diretora do WWF-Brasil (Fundo Mundial para a Natureza), convida os pequenos leitores a se encantarem com as palavras de Mauricio e se conectarem com o imenso corpo d’água do Planeta Terra. “Cuidar dos rios é cuidar de nós mesmos, e juntos podemos reaprender que é possível viver de um jeito diferente.” O lançamento é da editora Nova Fronteira com a Mauricio de Sousa Editora. Você pode comprar o livro neste link.


Sobre o autor
Mauricio de Sousa
 iniciou sua carreira de ilustrador na região de Mogi das Cruzes, perto de Santa Isabel, onde nasceu. Aos 19 anos, mudou-se para São Paulo e, durante cinco anos, trabalhou no jornal Folha da Manhã (atual Folha de S.Paulo), escrevendo reportagens policiais. Em 1959, criou seu primeiro personagem, o cãozinho Bidu.

A partir daí, vieram Cebolinha, Cascão, Mônica e tantos outros. Em 1970, lançou a revista Mônica. Na edição de revistas em quadrinhos, depois de passar pela Editora Abril e pela Editora Globo, assinou contrato com a italiana Panini. Cerca de 150 empresas nacionais e internacionais são licenciadas para produzir mais de três mil itens com os personagens de Mauricio de Sousa. Suas criações chegam a cerca de 30 países. Foto: Caio Gallucci.

Livro: "Sou Um Rio"
De Mauricio de Sousa
Ilustrações: Mauro Souza
36 páginas
Editora Nova Fronteira e Mauricio de Sousa Editora



.: Festa do Livro da USP começa no dia 8, será virtual e terá descontos de 50%


Público já pode acessar site do evento e conhecer catálogos de boa parte das 225 editoras antes da abertura das vendas.

A 23ª edição da tradicional Festa do Livro da USP (Universidade de São Paulo) será entre os dias 8 e 15 de novembro, mas o público já pode fazer um tipo de "passeio virtual" pelos estandes das livrarias, para conhecer as promoções de no mínimo 50% e escolher as publicações que desejam. Com a pandemia de Covid-19, esta será a segunda vez em que o acesso será totalmente online e boa parte das 225 editoras disponibilizaram com antecedência o catálogo de títulos, com valores, por meio do site da Festa do Livro.

Organizada anualmente pela Edusp desde 1999, a Festa do Livro da USP busca aproximar leitores de editoras, ao oferecer livros de qualidade a um preço especial. A única exigência é de um desconto mínimo de 50% no preço de capa. O evento permite ao leitor o contato com editoras que têm pouco espaço no mercado editorial normalmente, ao apresentar muitas editoras de pequeno porte. Assim, o número de expositores aumentou de 181 na também virtual edição de 2020 para 225 neste ano

O próprio nome do evento busca essa pluralidade. Segundo a Edusp, em uma festa os leitores e editoras são convidados a participar, diferentemente de uma feira. Já a lista de obras em catálogo pode ser mostrada na íntegra, o que não acontece nas livrarias de rua ou shopping por falta de espaço diante de tantos lançamentos. Isso significa mais vendas e a possibilidade de girar o estoque e ganhar capital de giro, em um momento econômico complicado para todo o setor e todo o país.

"O passeio virtual não substituirá o contato com os amigos e a chance de sentir o cheiro dos livros, mas cria oportunidades diferentes para as editoras e evita que os visitantes carreguem aquelas sacolas pesadas. As vendas são feitas diretamente pelas lojas virtuais de cada livraria, com endereços eletrônicos já disponibilizados no site da festa. No entanto, somente a partir das 9 horas do dia 8 é que as promoções estarão disponíveis", afirma Márcio Pelozio, da Edusp.


Lançamentos
A Festa do Livro também é uma oportunidade de os leitores conhecerem os lançamentos das editoras no ano. A Edusp tem cerca de mil títulos em catálogo e traz novidades como "Erosão: Dos Solos às Civilizações", de David R. Montgomery. O livro de divulgação científica aborda as dinâmicas naturais dos solos e da natureza, entre as quais o fenômeno do "dust", que são as nuvens de poeira gigantes e destruidoras que ficaram mais comuns e assustaram moradores de cidades nas últimas semanas, no centro-oeste e no sudeste do país.

Outro título de 2021 é "Um Americano na Metrópole Latino-americana: Richard Morse e a Formação de São Paulo", de Ana Claudia Veiga de Castro. O livro traz a obra de Morse e mostra como a estada dele no Brasil e o contato com a rede de intelectuais brasileiros modificou o trabalho dele e contribuiu para que retratasse a evolução da capital paulista.

Uma terceira novidade é "Uma História da Hungria", de László Kontler, professor da Central European University. O livro oferece um panorama da história do país, desde os primeiros assentamentos humanos, passando pelas disputas em um estado multiétnico, até as relações com o socialismo e a transição para o pós-1989.


História
A primeira edição da Festa do Livro da USP foi em 1999, no pátio da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Foram 31 editoras participantes, com publicações voltadas aos interesses dos acadêmicos.

Ao longo dos anos, o público se diversificou e houve grande aumento no número de editoras, principalmente com as editoras universitárias e também aquelas com títulos infanto-juvenis, hoje um dos destaques do evento. A festa cresceu, mudou algumas vezes de lugar e foi realizada até 2019 na Travessa C da Av. Prof. Mello Moraes, próximo ao CEPEUSP e ao Crusp.

Em 2020 foi necessária uma nova mudança de local, desta vez para um endereço virtual, como forma de prevenção à Covid-19. A vantagem principal foi estender o acesso às publicações a pessoas que não tinham a chance de visitar o evento ao vivo.


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