quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

.: Dez dicas profissionais para você fotografar seu cão

O mundo pet hoje em dia tem tido cada vez mais espaço e visibilidade. Os cães já fazem parte da nossa vida de forma intensa. Juntamos a isto a onda de selfies e fotos tiradas com celulares e os nossos peludos se tornam nossos modelos preferidos. Conversamos com o fotógrafo especializado em cães, Mardem Reifison e ele nos deu algumas dicas que podemos aplicar no dia a dia ao fotografar nosso cachorro.

1. Tenha paciência. Parece clichê, mas com certeza é algo que se precisa ao se preparar para fotografar um animal. Sabe aquela foto que vc está imaginando, perfeitamente em sua cabeça, já sabe a luz que vai usar e o tipo de pose? Então, deixa eu te dizer, na maioria dos casos essa foto não vai nascer. Simplesmente pelo fato de que o bicho não está nem aí pra sua foto. Ele só quer festa e carinhos. Por isto, paciência para esperar o momento certo e a foto surge.

2. Tenha petiscos. Com certeza isto é um truque barato, mas na hora da brincadeira eles vão querer, com certeza.

3. Água. Isto é fundamental. Não podemos nos esquecer nunca que os bichinhos tem muito mais pelo do que a gente e isto acarreta em sentir mais calor, muitas vezes. Apenas tome cuidado para ele não se molhar e dependendo da raça sujar muito o pelo.

4. Faça o cão sentir que as fotos são uma brincadeira, Ele precisa estar relaxado e tranquilo, assim poderá brincar e ser ele mesmo. As fotos mais bonitas são aquelas feitas em poses naturais e com o animal tranquilo.

5. Ao fazer as fotos procure sempre estar em uma altura que você consiga ver os olhos do animal, é importante estar num mesmo nível que ele, podendo gerar ângulos atraentes.

6. Volte a ter paciência. Com o decorrer do tempo o animal vai ficando cansado e perdendo o interesse nas coisas, deixe-o repousar.

7. Escolha locais onde eles possam ficar sem coleira, correr, brincar. Assim as fotos ficam mais naturais.

8. O horário ideal para fotografar os cães é pela manhã. Quanto mais cedo melhor, assim eles não sentem o calor e podemos pegar fotos com eles de boca fechada sem cansaço.

9. Se for fotografar em casa, use as janelas como fonte de luz, deixe o cão de frente pra elas, assim todo ele será iluminado.

10. Para fotografar ele em movimento a melhor forma é você deitado no chão, com os cotovelos apoiados, pegando na mesma altura dele, assim quando ele passar correndo, você poderá clicar e não ficar com a foto tremida.

Sobre o fotógrafo
Além do seu perfil no Instagram ( @fotografodecaes ), que atualmente conta com mais de 8500 seguidores, o especialista em cães irá dar dicas de fotografia e mostrar muitos filhotinhos fofinhos no seu novo canal do Youtube. Acompanhe: https://www.youtube.com/user/fotografodecaes ou pelo site 
www.fotografodecaes.com.br.

.: Polysom relança três primeiros álbuns do Ira!

Com mais de 30 anos de carreira, o Ira! pode ser considerado peça chave para entender a história do rock nacional. 

A banda, que lançou seu primeiro trabalho, um EP homônimo, na década de 80, segue até hoje como forte representante do estilo, influenciando as gerações seguintes. 

Inclusive, o grupo retomou as atividades em 2014, após sete anos de recesso, e segue em turnê pelo país com shows superlotados. 

O começo dessa história será, de certa forma, trazido novamente às prateleiras, com o lançamento, pela coleção “Clássicos em Vinil” da Polysom, dos três primeiros LPs do grupo. O primeiro deles, “Mudança de Comportamento” (1985), trazia sucessos como a faixa-título, “Tolices”, “Longe de Tudo”, “Núcleo Base”, entre outros. 

No ano seguinte, eles lançavam aquele que, possivelmente, é até hoje o mais importante da carreira, “Vivendo e Aprendendo”. 

Esse trabalho foi responsável pelo reconhecimento nacional do grupo, com faixas como “Flores em Você”, que na época fez parte da abertura da novela global das 20h, "O Outro", de Aguinaldo Silva, além de “Envelheço na Cidade” e “Pobre Paulista”. 

O terceiro que será relançado pela Polysom é “Psicoacústica”, que, assim como o original, vem com óculos 3D para visualizar a capa. O álbum de 1988 era composto por oito faixas, entre elas “Rubro Zorro”, “Advogado do Diabo” e “Pegue Essa Arma”.Os LPs, que chegam às lojas ainda esse mês, serão relançados num formato muito especial: em vinil de 180 gramas.

.: Elena de Avalor, a primeira princesa latina da Disney

A Princesa Elena de Avalor, uma adolescente confiante e generosa de um reino encantado de conto de fadas, inspirado em vários folclores da culturas latina, será apresentada em um episódio especial da famosa série "Princesinha Sofia", do Disney Junior, cuja produção está sendo iniciada para estrear em 2016.  Esse episódio emocionante da história dará início ao lançamento da série de animação "Elena de Avalor", uma produção da Disney Television Animation. O anúncio foi feito por Nancy Kanter, Vice-Presidente Executiva de Programação Original e Gerente Geral do Disney Junior Worldwide.

O personagem da Princesa Elena, é uma adolescente de 16 anos corajosa, afetuosa, engraçada e inteligente, aspirante ao trono do reino de conto de fadas de Avalor. Kanter comentou, "Nossa equipe de criação desenvolveu uma história universal com temas que refletem as esperanças e sonhos da nossa audiência diversificada".  Ela complementou, "O que nos deixou ainda mais animados é a oportunidade de usar animação e design visual diferentes para contar histórias maravilhosas, influenciadas por culturas e tradições conhecidas da população mundial de famílias hispânicas e latinas e reproduzir os interesses e aspirações de todas as crianças por meio de um conto de fadas clássico".

Como em qualquer programa do Disney Junior, as histórias de "Elena de Avalor" serão criadas a partir de um currículo estabelecido que contribua para diversas áreas do desenvolvimento da criança:   física, emocional, social e cognitiva, reflexiva e criativa, além de desenvolver a moral e a ética.  Criada para crianças de dois a sete anos de idade e seus familiares, as histórias são projetadas para transmitir mensagens positivas e lições de vida, que são aplicáveis às crianças menores, sobre liderança, persistência, diversidade, compaixão e a importância da família e das tradições familiares.

A série será exibida em 25 idiomas nos canais Disney Junior e nos blocos de programação diária para crianças de 2 a 7 anos de idade nos Disney Channels, entre outras plataformas, em 154 países ao redor do mundo. Apenas na TV, estima-se que a audiência diária seja acima de 207 milhões de lares.

A jornada da Princesa Elena começou há muito tempo, quando seus pais e o reino foram usurpados pela bruxa malvada, Shuriki.  Elena enfrentou corajosamente a bruxa para proteger sua irmãzinha, a Princesa Isabel, e os avós, mas no processo, seu amuleto mágico a puxou para dentro da sua joia encantada, salvando sua vida, mas ao mesmo tempo, tornando-a prisioneira.  Décadas mais tarde, a Princesa Sofia de Encantia descobriu a verdade sobre o amuleto que usa desde quando passou a fazer parte da família real e decide trazer Elena à sua forma humana, ajudando-a a retornar ao reino de Avalor. 

Embora Elena seja a herdeira legítima do trono, ela só tem 16 anos e poderá governar Avalor com a ajuda de um Grande Conselho composto por seu avô Tito, sua avó Cici e o Conselheiro Real, o Duque Esteban.
Com alguns amigos mágicos ao seu lado, Mateo, um mago em treinamento, e Skylar, uma criatura voadora mágica, as novas aventuras vividas pela Princesa Elena vão levá-la a entender que seu novo papel exige reflexão, persistência e compaixão, as características de todos os verdadeiros grandes líderes.

A produção executiva de "Elena de Avalor" está a cargo de Craig Gerber (da série indicada ao Emmy "Princesinha Sofia").  Silvia Cardenas Olivas ("Moesha", "The Brothers Garcia"), formada como roteirista de TV da National Hispanic Media Coalition é a editora da história e Elliot M. Bour (livro "The Little Engine That Could") é o diretor de supervisão.  Os consultores culturais da série são Doris Sommer, professora da Universidade de Harvard e Diretora de Pós-graduação em Espanhol; e Marcela Davison Aviles, diretora-gerente e produtora executiva de El Camino Project, uma iniciativa internacional de artes latinas.

A série é uma derivação de "Princesinha Sofia" que alcançou, nos EUA, as duas primeiras posições em transmissões mais assistidas de TV paga entre crianças de 2 a 5 anos e as duas maiores transmissões infantis de TV paga no total de telespectadores, adultos de 18 a 40 anos e mulheres de 18 a 49 anos de idade.

O Disney Junior reflete a conexão emocional entre gerações inteiras de consumidores com as histórias e os personagens Disney, tanto clássicos como contemporâneos, ele convida os pais a se juntarem a seus filhos na experiência Disney, com histórias e personagens cheios de magia, música e emoção. 

Ao mesmo tempo, a programação foi criada para ajudar no aprendizado e desenvolvimento das crianças de dois a sete anos de idade. As séries do canal combinam as inigualáveis histórias e personagens da Disney, que as crianças adoram, com aprendizado, incluindo noções de matemática, habilidades de linguagem, alimentação e estilos de vida saudáveis, além de habilidades sociais.  Nos Estados Unidos, o Disney Junior funciona como um bloco diário de programação no Disney Channel e como um canal independente, com 24 horas de transmissão.  Há 34 canais do Disney Junior ao redor do mundo e eles estão disponíveis em 25 idiomas diferentes.

Lista 5: os covers mais incríveis e inusitados de hits do pop

Selecionamos cinco artistas brasileiros que fizeram uma ótima performance para um sucessos do pop. Do funk ao sertanejo, o pop está mais abrangente e os artistas estão cada vez mais ousados em suas performances. Por isso, escolhemos cinco cantores (as) que fizeram um cover de um hit do pop e deram uma nova roupagem para a música. Confira:

Anitta – I Kissed A Girl (Katy Perry)
A famosa “poderosa”, antes da fama, cantava muitos hits de divas do pop em suas apresentações. Uma das versões mais legais é a que a cantora fez para o sucesso de Katy Perry, “I Kissed A Girl”.




Gabi Luthai – Diamonds (Rihanna)
Conhecida por seus famosos covers, Gabi Luthai é a nova carinha do sertanejo universitário. Antes de lançar seu álbum homônimo, Gabi também fez sua versão para “Diamonds”, de Rihanna.





Lu e Robertinho – Royals/Domingo de Manhã (Lorde/Marcos e Belutti)
A dupla inovou ao mesclar hits do pop internacional com músicas da MPB e sertanejas. E deu certo, um de seus covers mais legais são para o buzz single de Lorde, “Royals” – que ainda tem um mashup com “Domingo de Manhã”, faixa da dupla Marcos e Belutti. http://youtu.be/Wpr_4cdb7mw



Tonanni – Viva Forever (Spice Girls)
O cantor brasileiro não só fez um cover do hit das Spice Girls, como lançou um álbum com 10 faixas com suas versões de sucessos do pop eletrônico. Todos ficaram incríveis, mas “Viva Forever” se superou.






Débora Pinheiro – Eu Sou a Diva que Você Quer Copiar (Valesca Popozuda)
A cantora, que vai da MPB ao funk em seu repertório de performances, mostrou que o hit de Valesca Popozuda pode ser chique, ao som de jazz e blues. Débora inovou e abusou do violão em sua versão de “Eu Sou a Diva que Você Quer Copiar “.



.: Como surgiu o samba e o carnaval na cidade de São Paulo?

O Brasil é conhecido mundialmente como o país do samba e do carnaval, porém algumas cidades se destacam no ritmo, como é o caso do Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. 

Na capital paulista, a manifestação do samba está diretamente relacionada à distribuição e desenvolvimento das comunidades negras na cidade. O samba paulistano tem, portanto, uma longa história e tradição.

Nos últimos anos, o carnaval de São Paulo não se resume mais ao Sambódromo do Anhembi. Os blocos de rua vem ganhando cada vez mais espaço. Segundo a Secretaria de Turismo de São Paulo (SPTuris), mais de 300 blocos se inscreveram para o carnaval de 2015. Em dois anos, houve um crescimento de 400%.


Durante três anos, o geógrafo e pesquisador Alessandro Dozena, autor do livro "A Geografia do Samba na Cidade de São Paulo" pesquisou sobre de que maneira o samba evoluiu e se deslocou para as distintas regiões da capital. 

“As escolas de samba foram instituídas a partir da incorporação da organização europeia dos desfiles carnavalescos, representados notadamente pelos corsos. Junto com esta adaptação negociada, deu-se a amplificação do reconhecimento social do samba, que permeou historicamente muitas relações socais”, afirma Alessandro.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

.: Entrevista com Sonia Regina Rocha Rodrigues, escritora e médica

"O texto escrito no papel é melhor, a gente rabisca, coloca flechas, faz uma verdadeira tempestade cerebral cheia de opções nas folhas". 
Sonia Regina Rocha Rodrigues


Por Helder Miranda
Em fevereiro de 2015


Se a máxima "de médico e louco, todo mundo tem um pouco"é correta, não é possível afirmar. Mas se "de médico e escritor, todo mundo tem um pouco", a santista Sonia Regina Rocha Rodrigues é a prova literal disso. Ela lança dois livros de contos em formato digital, acreditando no mercado emergente das plataformas de leitura, como Kobo, tablets e smartphones, que permitem ler com conforto virtual em leves aparelhos portáteis. 

Ela publicou“Coisas de Médicos, Poetas, Doidos e Afins”, que agrupa contos inspirados por episódios interessantes nas duas paixões da autora: a medicina, sua profissão, e a literatura, sua paixão.  O livro está disponível em formato epub, mobi e pdf. "É Suave a Noite", versando sobre temas do cotidiano, já está disponível à venda em papel, e em breve também nos formatos epub e mobi. 

Escritora e médica especializada em Pediatria e Medicina do Trabalho, idealizou o jornal "Um Dedo de Prosa" e foi co-editora da revista literária "Chapéu-de-Sol", que circulou em Santos de 1996 a 2001, com as escritoras Madô Martins, Neiva Pavesi e Mahelen Madureira. É autora do livro de contos "Dias de Verão", publicado em 1998, e  "O Que Você Diz a Seu Filho? – PNL Para Pais e Educadores", de 1999.

Em 1996, participou da fase regional do Mapa Cultural Paulista com o conto "A Auditoria", representando a cidade de Bebedouro. Sua monografia "A Importância da Cultura Para a Formação do Cidadão" foi utilizada pelo prova do Enem em 2011.


RESENHANDO - Você é médica, e também poeta e escritora. O que existe de mais divergente, e mais complementar, nas áreas que você exerce?

SONIA REGINA ROCHA RODRIGUES - O escritor e o médico lidam com o humano, e a comunicação é o eixo das duas profissões. Muitos médicos foram escritores, como Tolstói, Conan Doyle, Somerseth Maugham, Martins Fontes e Afrânio Peixoto. A profissão coloca diante do médico quadros bizarros, confissões e revelações que não acontecem na intimidade, em momentos de vulnerabilidade. A riqueza e a ambivalência da alma humana são um convite à reflexão e às anotações interessantes, pedindo para virar texto.


RESENHANDO - Quando e por que começou a escrever?
S. R. R. R. - Sou filha única e os livros eram meus companheiros de brincadeira. Quando o livro acabava, eu começava a inventar histórias para mim mesma. Sempre fui fascinada por histórias. O escritor era para mim uma espécie de mágico, que criava um mundo do nada, e o dava de presente aos leitores.


RESENHANDO - Existe um ritual que você faz antes de escrever?
S. R. R. R. - Eu me disciplino a escrever, pelo menos, meia hora todos os dias, geralmente de manhã cedo. Não sou uma pessoa de hábitos rígidos, que tem um local certo, um horário estabelecido, um prazo para escrever. Se tenho uma boa ideia, eu anoto, rascunho tudo o que se relaciona com o tema e fico pensando nela enquanto passeio pela praia ou me ocupo de tarefas manuais. A ideia fica amadurecendo, por assim dizer. Quando sinto que está pronta, escrevo. Às vezes acontece de o texto me acordar de madrugada, totalmente pronto. Tenho sempre um bloco de papel e uma caneta ao lado, para esses “partos” noturnos. Deixo o texto na gaveta por uns dias antes de revisar. Todo texto recente parece maravilhoso. É preciso tomar um distanciamento para perceber os pontos fracos, o que pode ser burilado ou mesmo descartado.


RESENHANDO - O que a inspira?
S. R. R. R. - O bizarro, o absurdo. Gosto de ler Poe e todos os mestres do realismo fantástico.  Sinto atração por tudo o que sai do normal. Isso quanto ao tema. Já quanto ao ambiente para escrever, o que me inspira é a natureza. Caminhar pela praia, sentar em frente a um lago, onde houver árvores, plantas e pássaros. Eu gosto de sentar com o meu caderninho e perder-me em contemplação até as idéias fluírem. O texto escrito no papel é melhor, a gente rabisca, coloca flechas, faz uma verdadeira tempestade cerebral cheia de opções nas folhas. Só depois que termino de batalhar com as palavras é que passo para o computador.


RESENHANDO - Você se apodera de muitos assuntos do cotidiano para escrever. Há algum motivo nisso?
S. R. R. R. - O cotidiano é uma rica fonte de motivos artísticos, para quem sabe olhar. Eu me refiro a artistas em geral: pintores, fotógrafos, desenhistas, e não apenas a escritores. O Brasil é privilegiado no gênero crônica. Tivemos e temos ainda excelentes cronistas que não me canso de reler. Aí aparecem ideias paralelas, complementares ou contraditórias. Por outro lado, as pessoas gostam de ler crônicas: são textos curtos, concisos, bem humorados e eventualmente com algum toque filosófico.


RESENHANDO - Quais são os seus autores favoritos?
S. R. R. R. - Os primeiros autores que me impressionaram foram Lobato e Machado de Assis. São dois contistas formidáveis, cada um a seu jeito. Não estou me referindo à obra infantil de (Monteiro) Lobato, e sim a seus livros para adultos, que são fantásticos. Os russos são, em minha opinião, leitura obrigatória. (Liev) Tolstói e (Fiódor) Dostoiévski mergulham fundo nos dramas humanos. O mesmo diga-se de Victor Hugo. Deve-se ler os livros, pois os filmes não fazem justiça à riqueza das obras desses mestres. (Edgar Allan) Poe é um caso à parte. Ele inovou em praticamente todos os gêneros e sabe expressar a dor da perda como nenhum outro. Autores humanitários que me influenciaram: Hermann Hesse e (Antoine de) Saint-Éxupery. Deste último cito "Terra dos Homens" que considero o livro mais importante que já li em minha vida. Atualmente a língua portuguesa está rica de bons autores, entre eles Gonçalo Tavares, Valter Hugo Mãe, (José Eduardo) Agualusa, Ondjaki e Mia Couto. A lista é longa...


RESENHANDO - Você foi membro da APEBS - Associação dos Poetas e Escritores da Baixada Santista. Que lembranças tem daquela época?
S. R. R. R. -  Coisa curiosa, conheci a APEBS fora de Santos. Eu coordenava um jornal literário em Bebedouro e recebi uma cartinha de uma escritora santista. Começamos a nos corresponder e nas férias vim a Santos e fui apresentada ao grupo. Fiquei como sócia correspondente por três anos, até mudar para cá. O grupo chegou a ter uns 140 membros, embora nas reuniões a média nunca passasse de uns 50 participantes. Gente animada, alegre. Fiz boas amizades que conservo até hoje. Havia os concursos internos. A cesta de jornais correspondentes que chegavam de todo canto do país. As antologias lançadas nas festas de final de ano. Os espetáculos de "Poesia Falada", concorridíssimos. Um grupo grande assim é difícil de liderar. Hoje o grupo fragmentou-se em vários movimentos menores e acho que a cidade ganhou com isso. Há gente falando de arte em vários bairros e horários diferentes, com propostas mais focadas, que resultam em um trabalho mais produtivo. Muitos são filhotes da APEBS.


RESENHANDO - Santos é berço de grandes artistas, em todas as áreas. Você considera que há algo nessa cidade que inspira as pessoas?
S. R. R. R. - Eu me inspiro com as garças, com as cigarras, com os prédios antigos. Há quem se inspire no mar, como Vicente de Carvalho. Uma amiga se inspira com a lua na janela. Já encontrei gente escrevendo na areia, acredite ou não. Santos tem um pouco de tudo: mar, serra, boa comida, um clima louco, muita gente de passagem circulando por aí, uma intensa atividade cultural oculta e por isso mesmo cativante. Oculta, porque não é divulgada pela imprensa, e quando é, parece escrito com tinta invisível. Uma pessoa afirmou que lia (o jornal) A Tribuna de cabo a rabo todos os domingos. Quando eu citei os nomes das colunistas Maria José Aranha de Resende e Therezinha Tagé, ela arregalou os olhos. Nunca tinha lido, disse-me.


RESENHANDO - Você vem investindo em publicar seus livros nas plataformas digitais. Há algum motivo específico para isso? Considera uma tendência?
S. R. R. R. - Eu não diria um tendência, diria que é a evolução natural. O computador não é uma tendência, ele chegou e invadiu nossa casa, nosso telefone, ameaça ser anexado ao corpo através de algum chip que projete imagens na pele. Comecei a ler nos tablets por conta de viagens, já tentou carregar vários livros na mochila? Descobri que são práticos, confortáveis, leves e muito versáteis. Você compra um livro digital pela internet e em minutos ele se abre em sua mão. Quer ler no escuro do avião? Basta mudar a cor da tela. O leitor que passou dos 50 aumenta a letra e lê com conforto. Encontrou uma palavra que não conhece? Basta consultar um dicionário online à sua escolha na língua que quiser. Eu sou do tipo que grifa e toma notas. Pois o livro digital tem a sua “caneta” marca texto na cor que o leitor preferir, e sua agenda paralela onde anotar as reflexões e dúvidas que aparecerem durante a leitura. Tem mais. Quer compartilhar com um amigo? Em um clique você envia suas anotações para o outro lado do planeta. Para ficar melhor, configure seu livro digital para virar as páginas imitando livro de papel ao invés de deslizar. A ilusão é perfeita. Só falta aquele cheirinho de traça dos livros velhos da estante de família...Os leitores digitais têm tela fosca, o que é agradável para a vista, são muito fáceis de usar e os preços estão baixando. Sempre existe o recurso de baixar o programa similar no tablete ou computador. Sim, eu aposto nessa ideia.


RESENHANDO - Com os aparatos tecnológicos, a maneira de ler e escrever, mudou. Mudaram, também, os leitores? Você considera isso positivo ou negativo?
S. R. R. R. -  Há espaço e época para tudo, de literatura de cordel e ganhadores de Goncourt. Considero o aparato tecnológico muito positivo. As pessoas não ficam mais atreladas ao que diz o crítico do único jornal nem ao acervo da livraria da cidade. Hoje são centenas de sites comentando, resenhando, analisando e vendendo livros. Leitores comentando e postando suas opiniões e sendo lidos pelos autores quase simultaneamente. Há até quem já escreve online, aguarda os comentários dos leitores e vai ajeitando o texto conforme as sugestões e críticas recebidas. Antes, só se sabia se um livro ia ser um fracasso de vendas depois de pronto, hoje a audiência já sinaliza desde o primeiro capítulo se o livro vai agradar ou não.


RESENHANDO - Você considera isso positivo ou negativo?
S. R. R. R. -  Os leitores estão em suas casas, amadurecendo. Sempre se ganha algo com a leitura. O que não se pode é querer que uma pessoa goste de cara dos escritores dito clássicos. Minha geração começava com "Reinações de Narizinho", a de hoje começa lendo "Harry Potter". Nós líamos "O Tesouro da Juventude", minhas filhas leram "O Diário da Princesa". Houve uma época em que o mais aplaudido escritor de língua portuguesa vivo foi Machado de Assis, hoje parece-me que é Mia Couto. Enfim, há escritores novos para leitores novos. Devemos dar espaço a todos eles. Para um país que já foi campeão de analfabetismo, acho positivo que a maioria dos jovens possa ler ao menos em sites, mesmo que textos curtos, mesmo que reportagens. Importante é que leiam, até que germine neles a semente da sabedoria. Vamos regando...


RESENHANDO - O que o público pode esperar de "É Suave a Noite"? Por que esse título?
S. R. R. R. - O título é o de uma das crônicas do livro. Que, evidentemente, fala da noite. Da noite verdadeira e daquela outra noite, a da alma. Nos momentos mais escuros da vida, há que se manter a esperança. Reuni nesse livro o melhor de tudo quanto escrevi nos últimos 40 anos. É, por assim dizer, uma espécie de antologia. As crônicas “Se essas paredes falassem”, e “Ser santista”, premiadas em 2003  e 2004 no Concurso Mario Covas, estavam aguardando publicação. O melhor prêmio para um escritor é a divulgação de seu texto. No entanto, mesmo nos concursos em que há a confecção de uma revista ou livro com os textos premiados, a tiragem é tão pequena que chega a ser simbólica. Os textos, pedindo para ser publicados, finalmente estão entregues ao mundo.


RESENHANDO - E sobre "Coisas de Médicos, Poetas, Doidos e Afins", o que esperar?
S. R. R. R. - Esse é um livro temático. Escolhi temas interessantes que cruzaram minha vida profissional para transformar em histórias. Como diz o ditado popular, cada um pode aí se identificar em uma ou outra situação. Ou identificar o seu vizinho...


RESENHANDO - Seu primeiro livro de contos foi "Dias de Verão", editado em 1977. De lá para cá, o que mudou na Sônia escritora?
S. R. R. R. - Amadureci a técnica da escrita. Eu sou a mesma, com os mesmos valores, as mesmas prioridades, as mesmas ideias. Bastante mais otimista. Acho que melhorei, não mudei. Sou a mesma criatura ecológica, que acredita que a maneira de melhorar o mundo é educando as crianças, e viver conforme a regra de ouro. Gostaria de terminar citando Saint- Éxupéry: “Ser homem é sentir, colocando a sua pedra, que se contribuiu para construir o mundo”.

.: Cine Roxy exibirá Oscar 2015 ao vivo em noite beneficente

Controverso, polêmico, divertido. O Oscar pode não ser a premiação mais justa do cinema. Mas com certeza é a principal. Aquela em que os holofotes do mundo se voltam para curtir desde as celebridades no tapete vermelho, até as homenagens e entregas da famosa estatueta.

E o Cine Roxy repete a iniciativa dos três anos anteriores. O cinema exibirá ao vivo a cerimônia de entregas das estatuetas, no domingo, dia 22 de fevereiro, a partir das 22h, na sala 3 do Roxy 5. A entrada é franca, mas pede-se a gentileza de um quilo de alimento não perecível em prol da ACAUSA. Haverá mestres de cerimônia à caráter, entre eles o crítico Waldemar Lopes, que comentam as premiações e realizam os sorteios nos intervalos da transmissão. A sala tem 240 lugares. 

Serviço:
Exibição do Oscar 2015
Onde: Roxy 5 (Av. Ana Costa, 443)
Quando: domingo, 22 de fevereiro, a partir das 22h
Entrada: um quilo de alimento não perecível, em prol da A CAUSA - Associação Comunitária de Auxílio Santista ao Portador do HIV/AIDS.

.: Trupe Pé de Histórias traz "Carnaval da Trupe" para crianças

A Trupe Pé de Histórias promete levar muita festa para as crianças durante o carnaval com o baile “No Carnaval Tudo Pode, Pode Tudo!”. Ao todo serão três apresentações entre os dias 14 e 16 de fevereiro. 

Resgatando marchinhas tradicionais e misturando as músicas atuais, a Trupe, que é um pé de histórias, deixa florescer o amor entre um folião e uma boneca que ganha vida. Com muita música, história, confete e serpentina, pais e filhos vão tirar o pé do chão. 

Nos dias 14 e 16 a apresentação ocorre no Sesc Interlagos das 13h às 14h com entrada gratuita. Já no dia 15, domingo de carnaval, o baile começa a partir das 10h e os ingressos custam R$40 para as crianças e R$60 para os adultos. 

A Trupe 
Pé de Histórias é um grupo de teatro e música, que tem como base de criação o jogo direto com a plateia. Misturando linguagens como música, circo, bonecos, sombras e mágica, a Trupe pretende fazer do momento teatral uma deliciosa aventura imaginativa. Para mais informações: http://www.trupepedehistorias.com.

Serviço:
14 e 16 de fevereiro
Horário: 13h - 14h
SESC INTERLAGOS - Avenida Manoel Alves Soares, 1100 – Tel.: 11 5662 9500
Classificação Livre
Grátis 

15 de fevereiro
Horário: 10h – 13h
MAMUSCA - Rua Joaquim Antunes, 778, Pinheiros – Tel.:11 2362 9303
Classificação Livre
Ingresso: R$40 criança e R$60 adulto.

.: Economia Criativa da Literatura mostra a que veio

A Poeme-se, primeira grife poética do Brasil, fechou o ano de 2014 com um crescimento de mais de 100% em relação a 2013. Para Gledson Vinícius e Leonardo Borba, gestores da marca, a alta se deu graças aos investimentos na nova plataforma de e-commerce, área da economia que cresceu 24% em 2014, segundo o E-bit. Além disso, a Poeme-se ampliou sua participação em eventos literários no sudeste do país.

Para 2015, os empresários planejam voos mais altos. A empresa-verso vai participar pela primeira vez da Bienal do Livro, no Rio de Janeiro. Será a estreia de uma marca ligada à moda num dos maiores eventos literários do país. Além disso, eles pretendem continuar investindo no e-commerce para manter o crescimento, ampliar o mix de produtos e diversificar as estampas-literárias.

Entre as novidades, também chega o projeto Poesia 2.0, que Gledson mantém em segredo, mas adianta ser algo que promete movimentar o cenário poético. "Neste ano, que todos os pessimistas da economia atiram maus agouros aos 4 ventos, a Poeme-se quer dobrar seu tamanho novamente. Queremos que o país inteiro se vista de Poesia", finaliza Gledson Vinícius. Mais novidades no site www.poemese.com.

.: Donatella Al Dente: A estreia do novo apartamento

No formato de reality show "Donatella Al Dente", a websérie da boneca Donatella Fisherburg chegou ao 4º episódio e mostrou que a loira ainda pode amar alguém, no caso Auden P!nk. A temperamental e romântica atriz está de casa nova e para tornar o ambiente ainda mais agradável, resolve oferecer uma super festa do pijama para as amigas, mas é surpreendida por uma "visitinha". 

Para os fãs, a cada episódio do reality show "Donatella Al Dente" apresenta uma nova enquete com sugestões do que aconteceu após a última cena exibida. O quarto capítulo do reality que foi ao ar em 2 de fevereiro, mostra que a bela acumula muitas coisas, mas adora somar amizades eternas. Contudo, a enquete da vez lança a seguinte pergunta: "Quem chegou na festa do pijama?" As opções de resposta são: Bárbara Vasconcelos, Constanza Hernandez, Herve Leger, Jane Stewart, Scarllet Brain, Rihana Moss, Teresa Bittencourt e Teresa Herrera. Já conferiu? Divirta-se!

Planeta Sonho: Photonovelas - A criação da jornalista e professora Mary Ellen Miranda, surgiu com o apoio de seu marido, o jornalista Helder Miranda. Juntos, o casal passou a criar situações para que a coleção que apreciam em casa, passasse a ser mais do que um acúmulo de miniaturas, mas um completo entretenimento cultural.

Acompanhe o programa: http://www.photonovelas.com.br/p/donatella-al-dente-reality-show.html
Siga a página do grupo no Facebook: https://www.facebook.com/Photonovelas


.: "118 Dias", com Gael García Bernal, tem trailer divulgado

Baseado no livro best-seller do The New York Times “Then They Came for Me:  A Family’s Story of Love, Captivity, and Survival” ("Então Eles Vieram me Buscar: Uma História Familiar de Amor, de Cativeiro e de Sobrevivência"), escrito pelo iraniano com cidadania canadense Maziar Bahari, 118 Dias (Rosewater, EUA, 2014), que estreia nos cinemas no dia 5 de março, conta a difícil experiência do jornalista durante a cobertura das eleições no Irã em 2009. Na produção, é o ator mexicano Gael García Bernal (No, Cartas para Julieta, Ensaio sobre a Cegueira) quem interpreta Bahari. Confira o trailer oficial legendado no link abaixo.

O jornalista Bahari, que residia em Londres na época, estava esperando seu primeiro filho. Para ajudar no orçamento familiar, ele aceita um trabalho extra para cobrir as eleições de 2009 no Irã para a revista americana “Newsweek” e aproveita para visitar sua mãe. No mês de junho, ele desembarca em seu país e em sua cidade natal, poucos dias antes das eleições, disputadas pelo presidente em exercício, Mahmoud Ahmadinejad, e pelo candidato da oposição, Mir-Hossein Mousavi, cuja popularidade estava em franca ascensão.

Nos dias que antecedem as eleições, ele dá uma entrevista em Teerã para o programa “The Daily Show with Jon Stewart”, em que são feitas sátiras à situação do país, no estilo tradicional do programa, entrevista os representantes dos dois candidatos e se mistura à população para conhecer melhor os anseios das ruas.

No dia das eleições, enquanto os partidários do candidato Mousavi saíam às ruas para protestar contra a declaração de vitória de Ahmadinejad antes mesmo do fechamento das urnas, o jornalista decide assumir um grande risco pessoal ao filmar e enviar a reportagem sobre os distúrbios para a emissora britânica BBC publicar.

Pouco tempo depois, a polícia invade a casa da mãe (Shohreh Aghdashloo, de A Instituição, A Casa do Lago, Casa de Areia e Névoa) de Bahari, onde ele estava hospedado, e sob argumentos questionáveis leva o jornalista para detenção. Na prisão, uma das provas usadas contra Bahari é a entrevista que ele concedeu ao “The Daily Show with Jon Stewart” – seus algozes levaram a sério as brincadeiras que foram ao ar e o acusaram de traição.

Na prisão, o jornalista é submetido à tortura e a incessantes interrogatórios nos longos 118 dias seguintes, conduzidos sempre pelo mesmo homem, que se identificou apenas pelo codinome Rosewater (Kim Bodnia, de "Amor é Tudo o que Você Precisa").

Em outubro de 2009, após a esposa de Bahari liderar uma campanha internacional de Londres pela libertação do marido em todos os canais da mídia ocidental, inclusive no “The Daily Show with Jon Stewart”, as autoridades iranianas finalmente deixaram o jornalista livre, após o pagamento de US$ 300.000 e a promessa de que Bahari atuasse como espião para o governo. O sensível e belíssimo drama "118 Dias" marca a estreia como roteirista, diretor e produtor executivo do apresentador Jon Stewart.


.: Beatles num Céu de Diamantes: Tudo sobre a oficina-montagem

Com oficina-montagem do premiado “Beatles num Céu de Diamantes”, união de produtoras visa trazer o padrão de qualidade obtido no Rio de Janeiro para a capital paulista



Charles Möeller e Claudio Botelho fizeram o primeiro espetáculo juntos em 1990 e a dupla se tornou referência no Teatro Musical brasileiro. Seu trabalho, concentrado no Rio de Janeiro, brindou os palcos paulistanos com passagens curtas de suas principais montagens, sempre com seus elencos cariocas. Esta realidade está para se alterar.

A partir de 2015 a produtora da dupla (M&B) está incrementando a parceria iniciada com a produtora paulista Conteúdo Teatral, com o objetivo de realizar temporadas mais longevas nos palcos de São Paulo, através de um núcleo de produção que trabalhará com elencos paulistas. Desta forma, trará à cidade de São Paulo o melhor de seu repertório no gênero musical, e pensará nas duas praças para as próximas montagens, levando ao público de São Paulo a oportunidade de assistir os musicais da dupla em temporadas mais longas.

“Somos artistas empresários. Não apenas empresários focados no mercado”, afirma o diretor artístico da Conteúdo Teatral, Isser Korik. “Quem ganha é o mercado de produção teatral. A parceria amplia as possibilidades de duração das temporadas e de atração de público para as criações da M&B, aproveitando-se a expertise das duas produtoras para um resultado maior”.

Talentos descobertos: Uma das marcas do processo criativo da M&B é a descoberta e lançamento de jovens talentos no mercado, hoje consagrados, como Malu Rodrigues, André Torquato, Estrela Blanco, André Loddi, Carol Puntel, Cássia Raquel, Renata Ricci, Felipe de Carolis, Leticia Colin, Pedro Sol Blanco, Jules Vandystadt, entre outros. Com a nova parceria, Möeller e Botelho também pretendem atrair e formar talentos na cidade de São Paulo.

“Busco especialmente atores-cantores que consigam usar a canção como se fosse texto teatral, com a personalização daquilo que é cantado, especialmente a transmissão das letras. Além dos predicados básicos de canto e dança, é importante a expressividade do artista e a sua condição de dar voz a personagens”, explica Claudio Botelho.  “Em São Paulo os atores têm a tendência a se especializar mais na parte musical em detrimento da parte de ator. Os musicais paulistanos foram em sua grande maioria dirigidos por diretores estrangeiros, de modo que a compreensão da interpretação muitas vezes ficou em segundo plano”, afirma.

Dando início a essa nova fase, a partir de fevereiro estarão abertas as inscrições para o processo seletivo da oficina-montagem que formará o elenco do musical “Beatles num Céu de Diamantes”, que já realizou turnê nacional e internacional, e que agora está de volta ao Teatro Leblon. A parceria pretende realizar uma temporada à altura da qualidade artística do espetáculo na capital paulista, no Teatro Folha, com estreia em julho. Em São Paulo, a montagem terá Vanessa Gerbelli como estrela convidada. “Não tem nada que eu goste mais de cantar do que Beatles”, diz a atriz. “A primeira vez que senti emoção com uma canção, ainda muito pequena, foi com uma música deles que estava tocando”.

Sobre a oficina: Inicialmente são 30 vagas por turma para a oficina-montagem, que acontecerá no Teatro dos Arcos. As aulas começarão dia 6 de março e serão realizadas às sextas-feiras e aos domingos, das 13h às 19h, com duração de quatro meses e carga horária semanal de 12 horas.

Os alunos selecionados serão orientados por Isser Korik e Fezu Duarte (interpretação), Felipe Pipo Grytz (preparação musical) e Vanessa Guillén (expressão corporal). A supervisão artística será de Claudio Botelho, que acompanhará a oficina, orientará os professores, ministrará algumas das aulas e dará o feedback aos alunos.

Os preparadores esperam dedicação e mergulho artístico na proposta. “Dos candidatos aprovados espero disciplina e concentração. Não somos uma máquina de fazer espetáculos e nem tratamos os artistas como batedores de ponto. Ensaiamos o tempo exato necessário para preparar um musical. Com concentração e alguma disciplina, será tudo muito criativo e agradável. Fazer teatro tem de ser um presente, e não um fardo”, afirma o diretor.

Os alunos terão aulas de canto, onde serão desenvolvidos repertório, arranjos vocais e técnica de canto em teatro; aulas de interpretação, onde serão estudadas as letras das canções, seu conteúdo artístico e emocional, seu contexto e a melhor forma de expressar esse conteúdo; e aulas de expressão corporal, com foco na orientação do corpo para a cena e para a musicalidade, trabalhando repertório de movimentos com base na linguagem do teatro musical e a construção coletiva de partituras coreográficas para a criação do espetáculo.

Ao final da oficina, todos os alunos terão a oportunidade de apresentar o espetáculo uma vez no palco, em sessões que serão destinadas a seus amigos e familiares.

Do total de alunos participantes, nove serão escolhidos ao final do processo de treinamento para formar o elenco da montagem “Beatles num Céu de Diamantes” que entrará em cartaz no Teatro Folha. Os talentos selecionados dividirão o palco com Vanessa Gerbelli.

Trata-se de uma oficina seletiva feita nos mesmos moldes realizados pela Conteúdo Teatral  em 2014, quando escolheu, treinou e lançou atores para o espetáculo “Ivan Lins Em Cena”, que cumpriu temporada nos meses de junho, julho e agosto de 2014, nos teatros Folha e Amil.

Inscrições e seleção: As inscrições para o processo de seleção acontecem a partir do dia 6 de fevereiro e os candidatos podem se inscrever enviando foto e telefone de contato para beatlesdiamantes@outlook.com, até o final do mês, até o preenchimento total das vagas. Os candidatos receberão instruções sobre a seleção por e-mail.
Para participar do processo seletivo é preciso ter idade igual ou superior a 15 anos. Se o selecionado for menor de idade, precisará de autorização dos pais para fazer a oficina. 
A seleção terá avaliação de canto e entrevista. Interesse em teatro musical, capacidade de cantar, boa expressão corporal e aptidão em teatro serão levadas em conta durante as avaliações.

“Sejam bem-vindos a um mundo muito particular, que envolve a música pop mais bem elaborada do mundo, e a experiência do teatro musical”, convida Claudio Botelho.

Sobre Möeller & Botelho: Tendo trabalhado juntos desde 1990 em produções como “Hello Gershwin”, “Os Fantástikos” e “Na Bagunça do Teu Coração”, os diretores Charles Möeller e Claudio Botelho efetivaram sua parceria artística em 1997 e desde então são referência no teatro musical do Brasil. Em quase 25 anos de dupla, a M&B realizou mais de 30 espetáculos, sempre com grande sucesso de público e crítica. Seus musicais foram apresentados nas principais capitais brasileiras e também no exterior, em países como Portugal e França. 

Entre os espetáculos de maior sucesso estão “A Noviça Rebelde”, “Um Violinista no Telhado”, “O Mágico de Oz”, “O Despertar da Primavera”, “Beatles num Céu de Diamantes”, “Ópera do Malandro”, “Avenida Q”, “Gypsy”, “Milton Nascimento – Nada Será Como Antes”, “Hair”, “Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos” e o recente “Os Saltimbancos Trapalhões – O Musical”. Möeller & Botelho trabalham com as maiores estrelas do teatro musical do país, como Marília Pêra, Claudia Raia, Totia Meireles, Alessandra Maestrini, Kiara Sasso, Soraya Ravenle, Claudia Netto, Saulo Vasconcelos, Gottsha, Sabrina Korgut, Adriana Garambone, Fred Silveira, Daniel Boaventura. Também trouxeram aos musicais nomes como José Mayer, Renato Aragão, Maria Clara Gueiros, Lucio Mauro Filho, Luiz Fernando Guimarães, Gregório Duvivier, entre outros. A dupla também investe maciçamente na formação de novos profissionais do meio.

A Möeller & Botelho ganhou os mais importantes prêmios teatrais, como o Shell, o Sharp, Governo do Estado do Rio de Janeiro, APTR, Qualidade Brasil e o da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Foram ainda homenageados com o lançamento, em 2010, do livro “Os Reis dos Musicais”, escrito por Tânia Carvalho para a “Série Aplauso”, da Imprensa Oficial de São Paulo.

Outros trabalhos paralelos foram produzidos pela dupla, como a direção dos números musicais da minissérie de TV Globo “Chiquinha Gonzaga” (1999); o ballet “Uma Noite com Cole Porter” (2003); os números musicais do Cassino da Urca, na minissérie da TV Globo “Dalva & Herivelto – Uma Canção de Amor” (2010). Em maio, a M&B estreia a série “Acredita na Peruca”, com Luiz Fernando Guimarães, para o canal Multishow.

Sobre Isser Korik – orientador de interpretação: Diretor, ator, produtor, tradutor e dramaturgo, coleciona trabalhos marcantes como comediante em quase 30 anos de carreira. Entre eles, “Vacalhau & Binho”, de Zé Fidélis, que permaneceu oito anos em cartaz; “O Dia que Raptaram o Papa”, de João Bethencourt; e, recentemente, “E  o Vento não Levou”, de Ron Hutchinson, e “Toda Donzela Tem um Pai que é uma Fera”, de Gláucio Gill. 

Como diretor se destaca na comédia e no humor. Concebeu “Nunca se Sábado...”, apresentado por quatro temporadas sob sua direção-geral, que marcou a cena paulistana. Dirigiu o sucesso “A Minha Primeira Vez”, de Ken Davenport; a trilogia cômica de Alan Ayckbourn “Enquanto Isso...”; “O Mala”, de Larry Shue; o projeto “Te Amo, São Paulo”, que reuniu grandes nomes da dramaturgia paulista; “Dez Encontros”, de David Hare; além dos infantis “A Pequena Sereia”, de Fábio Brandi Torres; “Grandes Pequeninos”, de Jair Oliveira; “Cinderela”, “O Grande Inimigo” e “Ele é Fogo!”, de sua autocria, tendo recebido por esse último o Prêmio APCA. É diretor artístico da Conteúdo Teatral.

Sobre Felipe Pipo Grytz – direção musical: É cantor, maestro e compositor especializado em trilhas sonoras. Seus trabalhos mais recentes para cinema são músicas para os longas-metragens “Esse Viver Ninguém Me Tira”, de Caco Ciocler, "Família Vende Tudo", de Alan Fresnot, e "O Ano que Meus Pais Saíram de Férias", de Cao Hambúrguer, e para o curta-metragem "TIMING”, de Amir Admoni. Para televisão, elaborou músicas para emissoras brasileiras e estrangeiras como a MTV e Nickelodeon, além de vários comerciais publicitários. No teatro participou da preparação musical do elenco de “Ópera do Malandro”, direção de Iaacov Hilel, e foi responsável pela direção musical e composição da trilha de “Senhor das Flores”, em Lisboa, e “Na Solidão dos Campos de Algodão”, no Rio de Janeiro, ambos dirigidos por Caco Ciocler, e “Sonho de Uma Noite de Verão”, em São Paulo, espetáculo no qual assinou também a direção geral. Dirige gravações com diversas formações instrumentais e desenvolve um intenso trabalho como regente coral. Recebeu várias premiações por seu trabalho como maestro e compositor.

Sobre Fezu Duarte – orientadora de interpretação: Foi diretora artística do Teatro Brasileiro de Comédia de 1998 a 2003. No TBC, criou a Cia. de Repertório e atuou como atriz em “Ópera do Malandro”, com direção de Gabriel Villela. Fundou também a Cia. de Teatro Rock, em que dirigiu os espetáculos “QAP”, “A Borboleta sem Asas” e “Na Cama com Tarantino”. Em 2004, dirigiu “R-Evolução Urbana”, primeiro espetáculo sobre o Legião Urbana. Assinou a direção dos musicais “A Sessão da Tarde ou Você Não Soube Me Amar”, “Lado B – Mudaram as Estações” e “Os Saltimbancos”, que permaneceu por quatro anos entre os dez melhores espetáculos infantis na Veja São Paulo.

Sobre Vanessa Guillén – orientadora de expressão corporal e coreografias: Bailarina, coreógrafa e diretora teatral. Tem sólida formação em ballet clássico e dança contemporânea, através dos melhores profissionais do Brasil e de Cuba. Possui cursos de formação em teatro, direção, expressão corporal e aperfeiçoamento em técnicas corporais. Foi bailarina das companhias: Balé da Cidade de SP, Ballet Stagium, Cia de Danças de Diadema, Siameses e Cia Druw. Participou de tournées pela Alemanha, França, Áustria, Luxemburgo, Espanha, Uruguai e China, e por quase todos os estados brasileiros. Foi assistente de direção, diretora residente e dance captain ao lado de José Possi Neto nos musicais: Crazy For You, Cabaret, New York New York, Emoções Baratas e Bark! Um Latido Musical. Assistente de direção de Rodolfo Garcia Vasquez na peça Roberto Zucco, prêmio APCA de melhor direção 2010 e de José Possi Neto na peça Vidas Privadas. Dirigiu e coreografou “O Homem n´Água”, dança-teatro com Paulo Goulart Filho. Ministra aulas e coreografa grupos há 20 anos. Coreografou o musical “Constellation”, com direção de Jarbas Homem de Mello, atualmente em cartaz no Net Rio.

Vanessa Gerbelli – atriz: Atriz, cantora, compositora, dançarina e pintora. Iniciou a carreira artística aos 15 anos, cantando em bandas de baile. Aos 19 anos estreou no teatro com a peça "Quixote" (1993), produção de Isser Korik.
Na TV Globo estará na próxima novela das 18h, “Sete Vidas”. Atuou em diversas novelas, entre elas “O Cravo e a Rosa” (2000); "Desejos de Mulher" (2002), "Mulheres Apaixonadas" (2003), "Kubanacan" (2003), "Da Cor do Pecado" (2004), "Cabocla" (2004) e “Em Família” (2014). Também atuou na série "Carandiru, Outras Histórias" (2005), de Roberto Guervitz. Na TV Record atuou em "A História de Ester" (2010) e "Vidas em Jogo" (2011). No cinema participou dos filmes "Carandiru" (2003), de Hector Babenco; "Os Desafinados" (2006), de Walter Lima Jr.; "A Hora e a Vez de Augusto Matraga” (2012), de Vinícius Coimbra; e "As Mães de Chico Xavier" (2011), de Glauber Filho e Halder Gomes.

No teatro, após sua estreia com a peça “Quixote”, de C. A. Soffredini, em 1993, Vanessa Gerbelli atuou nos espetáculos “Turandot” (1998), de Bertold Brecht com direção de José Renato; “Pocket Broadway” (1998), com direção de Rodrigo Pitta; “Cazas de Cazuza” (2000), com direção de Rodrigo Pitta; “Eles Não Usam Black Tie” (2001), de Gianfrancesco Guarnieri com direção de Marcus Faustini; “A Luta Secreta de Maria da Encarnação” (2002), de Gianfrancesco Guarnieri com direção de Marcus Faustini; “Tartufo” (2003), de Molière com direção de Tônio Carvalho; “Orlando” (2004), de Virginia Woolf com direção de Bia Lessa; “Um Marido Ideal” (2006), de Oscar Wilde com direção de Victor Garcia Peralta; “As Meninas” (2009), de Maitê Proença e Luis Carlos Góes, com direção de Amir Haddad; “Emilinha e Marlene, as Rainhas do Rádio” (2011), de Thereza Falcão e Júlio Fischer, com direção de Antônio de Bonis; e “Quase Normal” (2012), de Brian Yorkey e Tom Kitt, com direção de Tadeu Aguiar.

FICHA TÉCNICA – Oficina-montagem “Beatles num céu de diamantes”
Direção Musical: Felipe Pipo Grytz
Expressão Corporal: Vanessa Guillén
Interpretação: Isser Korik e Fezu Duarte
Supervisão Artística: Claudio Botelho
Espetáculo de: Charles Möeller e Claudio Botelho

SERVIÇO
Inscrições: As inscrições para as audições podem ser feitas pelo endereço eletrônico beatlesdiamantes@outlook.com. O candidato deve enviar foto e telefone para contato. Trinta vagas por turma. Informações no site www.oficinamontagem.com.br.  
Horários: Às sextas-feiras e aos domingos, das 13h às 19h, totalizando 12 horas semanais, por 16 semanas, mais nove horas de preparação e execução da performance.
Investimento: Matrícula de R$ 1.200,00. Mensalidades em quatro parcelas de R$ 1.200,00. (custo de R$ 30,00 por hora-aula)
Local da oficina: Teatro dos Arcos. Rua Jandaia, 218 – São Paulo, SP. CEP: 01316-100

SOBRE A CONTEÚDO TEATRAL: O grupo empresarial paulista Conteúdo Teatral atua há mais de treze anos em duas vertentes: gestão de salas de espaços e produção de espetáculos. Como gestora é responsável pela operação do Teatro Folha, no Shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo, e do Teatro Amil, no Parque D. Pedro Shopping, em Campinas. Essa frente conta com direção artística de Isser Korik e direção comercial de Léo Steinbruch, programando espetáculos para temporada em regime de coprodução. No período de atuação da empresa, ao todo, as casas somam 2 milhões de espectadores.

Como produtora de espetáculos, viabilizou dezenas de peças para os públicos adulto e infantil, como “Gata Borralheira”, “Cinderela”, “Os Saltimbancos”, “A Pequena Sereia”, “Grandes Pequeninos” e “Branca de Neve e os Sete Anões” para as crianças. Para os adultos foram realizadas, entre outras montagens, “A Minha Primeira Vez”, “Os Sete Gatinhos”, “O Estrangeiro”, “O Dia que Raptaram o Papa”, “Dez Encontros” e a trilogia “Enquanto Isso...”, além de projetos de humor – como “Nunca Se Sábado...” –, e o musical “Um Violinista no Telhado”.
← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial
Tecnologia do Blogger.