segunda-feira, 23 de março de 2015

.: Artigo de Bertelli: Professores descontentes

Por: Luiz Gonzaga Bertelli*


A melhoria na qualidade de ensino da rede pública passa pela necessidade de qualificação dos professores e apoio para que enfrentem a dura realidade do cotidiano nas escolas. Essa foi a principal constatação de uma pesquisa realizada pela Fundação Lemann com docentes de todo o país sobre o ensino no Brasil. Os professores relatam problemas como indisciplina, falta de acompanhamento psicológico para alunos e atraso na compreensão do conteúdo como os maiores empecilhos para a educação. Também foram citadas a remuneração inadequada, a falta de condições para a inclusão de alunos com deficiência e a sobrecarga de tarefas como itens que atrapalham o desempenho do professor durante as aulas. 

Quando os docentes apontam a ausência de apoio psicológico para os alunos como o item mais citado na pesquisa (21% deles) e, logo em seguida, a indisciplina (14%), demonstram a necessidade de uma reestruturação urgente do ensino, com vistas atender às demandas sociais e não só as da sala de aula. Nos casos em que o professor precisa se multiplicar para resolver tais pendências extra-aula, o impacto negativo para a qualidade do ensino é grande, pois o olhar tem de ser desviado do quadro-negro. Estudantes da rede pública, boa parte provenientes de famílias carentes que vivem em moradias sem condições para o estudo, trazem, para as escolas, suas dificuldades, desviando o foco do conteúdo programático. O apoio psicológico de um profissional qualificado pode, além de liberar o professor para tratar apenas de assuntos didáticos, ajudar com mais eficiência e conhecimento os alunos com problemas.

Outro fator, que ficou claro na pesquisa, é a desvalorização da carreira docente. Uma profissão que é a base para o desenvolvimento da educação vem perdendo o reconhecimento da sociedade. Diferentemente de anos atrás, poucos são os bons alunos que rumam para os cursos técnicos de magistério ou às aulas de licenciatura, com intenção de seguir a carreira de professor, principalmente na rede pública. Enquanto não houver uma mudança estrutural que dê conta dessas demandas, corremos o risco de perder uma oportunidade ímpar de crescimento neste mundo globalizado em que a educação é o pilar para o desenvolvimento.

* Luiz Gonzaga Bertelli é presidente executivo do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), da Academia Paulista de História (APH) e diretor da Fiesp.

.: Com personagens da literatura, Cláudio Marzo incentivou a leitura

Por Helder Miranda
Em março de 2015

É possível dizer que Cláudio Marzo, que morreu no último domingo, influenciou a literatura ao longo de sua carreira, seja vivendo personagens clássicos de nossa literatura, seja participando de tramas diretamente ligadas a eles. Um feito em tanto para um ator inserido em um país que não gosta de ler, e que parou de estudar aos 17 anos, o que era comum na época de juventude da geração de 40. 


Sendo menos pessimista, Cláudio Marzo envelheceu em um país viciado em redes sociais, que lê e escreve o tempo todo na internet e, de vez em quando, é arrebatado pelo best-seller do momento. Talvez tenha sido isto, este tempo, que ele presenciou antes de morrer, já que estava internado desde o dia 4 de março, com pneumonia, e morreu aos 74 anos, às 5h39 do domingo de 22 de janeiro, na Clínica São Vicente, na Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro.

Antes de morrer, Cláudio Marzo passou por outras duas internações. No ano passado, em 28 de dezembro, ele foi internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) com arritmia cardíaca e pneumonia. Recebeu alta no dia 31 e passou o réveillon em casa. Dia 8 de fevereiro voltou a ser internado, desta vez por um quadro infeccioso associado à insuficiência renal e, também, a um enfisema descompensado. Ele deixa a atriz Alexandra Marzo, fruto do seu casamento com a atriz Betty Faria, o filho Diogo, com a atriz Denise Dumont, e Bento, fruto do seu casamento com a atriz Xuxa Lopes.

Nascido em 26 de setembro de 1940, em São Paulo, filho de um metalúrgico e de uma dona de casa e descendente de italianos. Abandonou os estudos aos 17 anos para trabalhar como figurante na TV Paulista. Depois, foi contratado pela TV Tupi.

Tinha 25 anos quando recebeu o convite para trabalhar na emissora e, nesta época, atuava como dublador da série americana “Mr. Novac”, fazia parte do Grupo Oficina, e morava em São Paulo. Precisou se mudar para o Rio de Janeiro e assinou contrato, integrando o primeiro grupo de atores globais contratados da emissora, que inaugurou em 26 de abril de 1965. Durante muitos anos foi considerado ator do primeiro escalão da Rede Globo.

Nesta emissora, fez diversos personagens da literatura brasileira. E, como estava dublando filmes comprados pela Globo, foi escalado para uma das primeiras novelas da emissora, no horário das 19h. Era “A Moreninha”, de autoria e direção de Otávio Graça Mello, que durou 35 capítulos e foi exibida de 25 de outubro a 10 de dezembro de 1965. Na produção, uma adaptação do folhetim de mais sucesso no Brasil, assinado por João Manuel de Macedo, ele era Augusto, que se apaixonava por Carolina, interpretada por Marília Pêra. A produção se esmerou na reconstituição de época e ainda adequou diálogos à trilha sonora.

Também foi o jornalista Fernando Seixas, que abandona Aurélia (Norma Blum), uma moça pobre, para se casar com Adelaide (Fátima Freire) por causa do dote dela. O personagem é do romance “Senhora”, um sucesso de José de Alencar, assinada por Gilberto Braga, entre 30 de junho a 17 de outubro de 1975, em 80 capítulos.
 

Em 1987, Marzo protagoniza a novela "Bambolê", no horário das 18h, exibida entre 7 de setembro de 1987 a 25 de março de 1988, em 172 capítulos. Escrita por Daniel Más, com colaboração de Ana Maria Moretzsohn e direção-geral de Wolf Maya, a obra foi baseada no romance de Carolina Nabuco, "Chama e Cinzas". 

O retorno à TV Globo, em 1993, foi marcado pelo coveiro Orestes Fronteira, em "Fera Ferida", de Aguinaldo Silva, Ricardo Linhares e Ana Maria Moretzsohn, com a colaboração de Márcia Prates e Flávio de Campos. A obra foi inspirada na obra de Lima Barreto, mais especificamente nos romances "Clara dos Anjos", "Recordações do Escrivão Isaías Caminha", "Triste Fim de Policarpo Quaresma", "Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá" e em personagens dos contos "Nova Califórnia" e "O Homem que Sabia Javanês". 

Em 1995, participou do remake de "Irmãos Coragem", vivendo o poderoso coronel Pedro Barros, o vilão que perseguia a família Coragem. Em 2007, fez parte do elenco da novela "Desejo Proibido", de Walther Negrão, e da minissérie "Amazônia - De Galvez a Chico Mendes", de Gloria Perez, interpretando o ex-governador do Acre Ramalho Jr. Em 2009, o último trabalho na Globo foi o seriado "Guerra e Paz", de Carlos Lombardi, interpretando o capitão Guerra. Ao todo, foram 38 novelas e seis minisséries. 

No cinema, Marzo fez 35 filmes, entre eles "O Homem Nu", dirigido por Hugo Carvana, com roteiro de Fernando Sabino, lançado em 1997. E até no cinema a literatura o persegue. "O Homem Nu" é uma comédia nacional dirigida por Hugo Carvana, com roteiro de Fernando Sabino, baseado em crônica do livro "O Homem Nu". Uma refilmagem do filme homônimo de 1968, dirigido por Roberto Santos e com Paulo José no papel principal. Na história, o escritor Sílvio Proença precisa embarcar para São Paulo, para divulgar seu novo livro. No aeroporto, encontra um grupo de velhos companheiros. 

Com o embarque cancelado devido à uma forte tempestade, o grupo segue para o apartamento de Marialva, sobrinha de um dos amigos de Proença. Seduzido pela música e pelos encantos de Marialva, Proença passa a noite ali mesmo, onde desperta no dia seguinte, completamente nu. Ainda zonzo da ressaca, vai apanhar o pão deixado à porta do apartamento; é quando o vento fecha a porta e deixa-o nu do lado de fora. Mas engana-se quem pensa que Cláudio Marzo ficou o tempo todo nu para fazer o filme. Para estas cenas, foi usado um dublê de corpo: o agrônomo Elder Aragão, na época, com 33 anos. Cláudio ficou nu apenas para fazer cenas de interiores. Mas, como o personagem passa 98% do filme em plena maratona física, foi usado um dublê para não desgastar o ator.

Fotos: Memória Globo

Cláudio Marzo e Marília Pêra em "A Moreninha", adaptação do folhetim de João Manuel de Macedo
Marzo como Fernando Seixas, ao lado de Aurélia (Norma Blum): "Senhora", de José de Alencar, adaptada por Gilberto Braga
Marzo em "Fera Ferida", novela inspirada em obras de Lima Barreto: retorno à emissora que o consagrou

.: Mötley Crüe no Palco Mundo do Rock in Rio 2015

O grupo, que está em sua última turnê, se apresenta no dia 19 de setembro, mesma noite do Metallica; Esta será a primeira e única apresentação da banda na América do Sul


Mötley Crüe está confirmado para a edição brasileira do Rock in Rio, em setembro, na Cidade do Rock. O grupo, criado em Los Angeles, que mistura estilos como punk rock e hard rock, que anunciou sua última turnê em 2014, se apresenta no Palco Mundo no dia 19, na mesma noite do Metallica. Esta será a primeira e única apresentação da banda na América do Sul, que está em sua última turnê.

Formado em 1981, o quarteto - Vince Neil (vocal), Mick Mars (guitarra), Nikki Sixx (baixo) e Tommy Lee (bateria) - lançou hits como Girls Girls Girls, Kickstart My Heart, Shout at the Devil e Home Sweet Home e vendeu mais de 100 milhões de álbuns em todo o mundo, conquistando sete discos de platina ou multiplatina. Ficou em 22º no Top 40 entre os hits mais tocados, e possui estrela na Hollywood Walf of Fame, possui três indicações ao Grammy,

Seus singles já foram trilha de filmes como "A Ressaca" e "Um Diabo Diferente". Em 2014, a banda anunciou a sua última turnê, Final Tour, que vai percorrer os continentes até o final de 2015 e será encerrada em Los Angeles, no Staples Center.

A edição brasileira do Rock in Rio está confirmada para 18, 19, 20, 24, 25, 26 e 27 de setembro de 2015, na Cidade do Rock, no Rio de Janeiro (Parque dos Atletas - Av. Salvador Allende, sem número), em uma área com mais de 150 mil metros quadrados. As atrações iniciais incluem Katy Perry, System Of A Down, A-Ha, Queens of the Stone Age, Faith no More, Hollywood Vampires, Metallica, Queen + Adam Lambert, De La Tierra e Mastodon, que se apresentam no Palco Mundo, e John Legend, músico confirmado para o Palco Sunset.

Sobre o Rock in Rio

Com 30 anos de história, o Rock in Rio é o maior evento de música e entretenimento do mundo por uma série de razões. Das quatorze edições anteriores, cinco ocorreram no Brasil (1985, 1991, 2001, 2011 e 2013), seis em Portugal (2004, 2006, 2008, 2010, 2012 e 2014) e três na Espanha (2008, 2010 e 2012). Em 2015, o Rock in Rio acontecerá em Las Vegas, EUA, em maio, pela primeira vez. Em setembro, a sexta edição no Brasil acontecerá na Cidade do Rock.

Combinando todas as edições já realizadas, mais de 7,5 milhões de pessoas já participaram do evento. Outro número que não para de crescer é o das redes sociais, nas quais o Rock in Rio está quebrando recordes com mais de 11 milhões de seguidores. Em termos de atrações, somando-se as edições brasileiras, portuguesas e espanholas, mais de 1.274 atrações musicais se apresentaram nos palcos do Rock in Rio, com um total de 1.200 horas de música, com transmissão para mais de 1 bilhão de telespectadores em todo o mundo, pela TV e Internet.

Ao longo dos anos, mais de US$ 530 milhões foram investidos na marca. Além disso, mais de US$ 23,2 milhões foram investidos em projetos sociais e ambientais. Mais do que os índices de audiência e de investimentos significativos, o Rock in Rio tem ajudado na economia dos lugares visitados: mais de 148 mil postos de trabalho foram gerados ao longo dos últimos 29 anos. Na Espanha, o festival é top of mind, superando a concorrência da Fórmula 1. Na edição de 2013, 46% da plateia do Rock in Rio era de fora do estado do Rio de Janeiro. O impacto econômico da edição de 2013 na cidade, publicado pela Riotur, foi de R$ 1 bilhão, e as taxas de ocupação de hotéis eram de cerca de 90% no período.

.: Não foi culpa de ninguém, apenas tinha que ser

Por: Mary Ellen Farias dos Santos*
Em março de 2015


Tudo estava fora dos conformes. Nada se enquadrava no final de semana dos sonhos de Chapeuzinho Vermelho. A pequena aguardou muito por aquele sábado e domingo. Já tinha planejado brincar o máximo que pudesse.

No entanto, o dia já estava programado por seus familiares. A chuvinha caindo -aquela de dar sono só de ouvir- enquanto o friozinho começava a arrepiar. 

Não, ela não poderia ficar em casa. 

Como eu já disse, tudo fugia do que Chapeuzinho havia planejado, que era ficar em casa com suas bonecas amadas. Ela tinha que visitar a vozinha que morava muito longe. A pequena deveria cuidar da sua mãe de coração, aquela que a tratava com muitos mimos, mas estava adoentada.

Ao chegar na casa, chamou:


- Vovó! Vovó! 

Silêncio total. Pensou e considerou melhor. Colocou pé ante pé, sem fazer ruídos. Abriu a porta do quarto e encontrou a vozinha dormindo em sono profundo.


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm 

.: Exposição "O Caiçara" começa nesta segunda, em Santos

Painéis com fotos antigas e textos referentes à cultura na região integram a exposição "O Caiçara", a ser aberta na segunda-feira, 16, às 9h, na Casa da Frontaria Azulejada (R. do Comércio, 96, Centro Histórico, em Santos).

A exposição, realizada pela Fundação Arquivo e Memória de Santos (FAMS), integra a 2ª Semana da Cultura Caiçara e segue até o dia 27, sempre das 9h às 16h.

A proposta é uma viagem no tempo e tem como objetivo apresentar os costumes e história do homem caiçara. Com imagens raras do acervo da FAMS, a exposiçãoi mostra curiosidades, como por exemplo uma foto da Ponta da Praia ocupada por moradias de pescadores.

História"Caiçara" é uma palavra de origem tupi, que se referia aos habitantes das zonas litorâneas. As comunidades caiçaras surgiram a partir do seculo XVI, com a mistura de brancos e índios. A característica marcante dessas pessoas é seu modo de vida, vivendo da pesca, caça e agricultura.

.: Roda Viva entrevista líder do movimento Vem Pra Rua

Rogerio Chequer fala da repercussão gerada pelas manifestações no último dia 15, em todo o Brasil


No último dia 15, grupos de protesto como o liderado por Rogerio Chequer, o Vem Pra Rua, reuniram na Avenida Paulista, em São Paulo, segundo a Polícia Militar, mais de 1 milhão de brasileiros descontentes com a corrupção no País e com o Governo da presidente Dilma Rousseff.

No Roda Viva da próxima segunda-feira (23/3), o porta-voz do movimento fala da repercussão do ato, dá sua opinião sobre a crise política brasileira e explica como nasceu e quais as intenções do projeto. Apresentado pelo jornalista Augusto Nunes, o programa vai ao ar às 22h, ao vivo, na TV Cultura.

Rogerio Chequer é empresário e um dos fundadores do Vem Pra Rua. Considerado o mais moderado dos que foram às ruas no dia 15, o movimento se auto-intitula como espontâneo, composto por integrantes da sociedade civil, suprapartidário e que pretende trazer para a rua todas as pessoas que estão indignadas com a corrupção no país.

Na última terça-feira (17/3), o Vem Pra Rua divulgou uma carta aberta de repúdio à reação do governo federal após as manifestações do dia 15. Com o título "Eles não entenderam nada", o texto diz que a resposta do governo foi orquestrada, estabanada, ofensiva e mal intencionada.

O Roda Viva conta com uma bancada de entrevistadores formada por Mauro Paulino (sociólogo e diretor-geral do Instituto de Pesquisa Datafolha), Glenda Mezarobba (cientista política), Gabriel Manzano Filho (repórter do jornal O Estado de S. Paulo), Carla Jimenez (editora-chefe do jornal El País no Brasil) e Daniela Lima (repórter de política do jornal Folha de S. Paulo). O cartunista Paulo Caruso tem presença fixa e é responsável por desenhar caricaturas do convidado.

.: Entrevista com a atriz Chloë Grace Moretz

 A atriz Chloë Grace Moretz, de apenas 18 aninhos, já tem uma lista extensa de participações em filmes, provando que talento não tem idade. Na filmografia da loirinha estão os remakes de "Horror em Amityville" e "Carrie", além do recente "Se eu ficar", adaptado de um best-seller para as telonas. 

Nós do Resenhando.com aproveitamos a conversa da atriz com a autora da história, Gayle Forman, publicada no livro "Se eu ficar", da Novo Conceito Editora para que você aproveite e conheça melhor a atriz Chloë Moretz e a prodigiosa musicista Mia Hall, protagonista do longa "Se eu ficar". Confira a entrevista com a atriz e não deixe de ler a resenha do filme, aqui: Resenha crítica do filme "Se eu ficar"!


GAYLE FORMAN: Você disse que se identificou com a Mia logo que começou a ler o livro e o roteiro de "Se eu ficar". Por qual motivo?
CHLOË GRACE MORETZ: A Mia lembra a garota que eu sou - por trás da atriz e de tudo o mais, ela sou eu... essa garota entusiasmada, a jovem que quer viver a vida, mas que ao mesmo tempo é muito determinada. Ela sabe exatamente o que quer e como chegar até lá. Mia tinha cinco ou seis anos quando comecei a atuar. Sempre me senti muito próxima dela nesse sentido.


G.F.: Muito tempo atrás, você me mandou uma mensagem na qual escreveu: "Não vejo a hora de aprender a tocar violoncelo. Ele é tão parte da Mia que é como uma obrigação, tenho de aprender a tocá-lo para retratá-la." E você estudou mesmo o violoncelo. Como é que isso a conectou com a personagem?
C.G.M.: O violoncelo realmente é uma parte essencial da Mia, de quem ela é. É quase como a consciência dela. Quando ela o toca, tudo aquilo que ela quer dizer e não pode, tudo que está sentindo bem lá no fundo e não pode colocar para fora, vem à tona. Quando está chateada com os pais, ela toca melhor do que nunca. É no momento mais intenso do seu relacionamento com o Adam que ela toca ainda melhor do que já havia tocado. Nesse sentido, para mim, acontece o mesmo quando estou atuando. Foi por isso que eu quis incorporar de verdade a violoncelista. O violoncelo é um instrumento muito pessoal para muitos dos violoncelistas clássicos que conheci. Eles praticamente respiram com o instrumento. Quando o arco faz o movimento para baixo, eles expiram; quando faz o movimento pra cima, inspiram. Tem uma fluidez maravilhosa que eles não percebem que está acontecendo até que alguém comente...



G.F.: Isso faz sentido. O violoncelo é um instrumento extremamente sensível. Quando o ouvimos, parece que ele traduz os sentimentos da pessoa que está tocando ou compondo. Esse lance de respiração... É quase como se você estivesse se derramando sobre ele enquanto toca.
C.G.M.: Acho que é um dos instrumentos mais profundos, sensíveis e realistas que existem. A viola até arrisca alguns passos nessa profundidade, mas mantém o mesmo tom. O mais interessante no violoncelo é que, se ele for tocado da maneira certa, pode soar como um violino. Pode até se transformar num baixo. E, quando tocado de certo modo, pode soar até como uma guitarra. São muitos instrumentos reunidos em um só.


G.F.: Tornei-me fã de música clássica depois que a Mia brotou na minha cabeça, totalmente formada, um violoncelista. Mas você gostou de música clássica, não é?
C.G.M.: Ah, com certeza. Sempre fui fã, desde criancinha. Sempre ouço música clássica, sempre quis aprender a tocar um instrumento, mas nunca tive tempo. Consegui fazer isso durante a produção de um filme... Achei muito legal aprender - ou começar a aprender- a tocar um instrumento clássico.


GF.: O filme, como o livro, é dividido em duas partes: o tempo presente, que acompanha a Mia depois do acidente, quando na maior parte do tempo ela está fora do próprio corpo, e as cenas de flashback, que mostram a Mia como musicista, amiga, filha e, claro, namorada, que é quando ela se apaixona pelo Adam. Você sentiu como se estivesse interpretando dois papéis completamente diferentes?
C.G.M.: Totalmente. A Mia que vemos nos flashbacks é a garota que está experimentando o amor pela primeira vez e o sucesso no mundo da música clássica. Está se transformando numa mulher. A Mia que vemos no hospital é uma carapuça de quem a Mia costumava ser. Não é uma pessoa, propriamente. Ela é como um pensamento, digamos, é a personificação de um anjo.


G.F.: O que tornou o trabalho mais desafiador: o fantasma da Mia no tempo presente ou a Mia de antes, que se transformou numa pessoa vulnerável, especialmente ao se apaixonar pelo Adam?
C.G.M.: Como o Jamie Blackley é um cara muito legal, foi muito fácil lidar com tudo isso. Muito simples. Mireille Enos é uma pessoa fantástica. Para ela, foi fácil interpretar a minha mãe. Josh Leonard estava ótimo e Jakob Davies fez a melhor criança de todas. Tudo fluiu muito naturalmente. O mais difícil de tudo, sem dúvida, foi incorporar o sentimento de perdê-los. Esse nível de solidão é extremamente profundo e real. É como uma devastação. Acho que foi muito interessante retratar isso. E difícil, sinceramente - muito, muito difícil -, de fazer.


G.F.: Estive lá só para ver o primeiro dia das filmagens das cenas que são gravadas dentro do hospital, e aquilo por si, já foi o bastante para mim. Pareceu muito intenso.
C.G.M.: Foram noites extensas naquele hospital insano. [As cenas do hospital foram gravadas em um hospital psiquiátrico.] Essas foram uma das últimas cenas que gravamos, então eu já conhecia todo o elenco muito bem. Foi um golpe duro. Todos morrem. Todos esse fatos juntos foi algo muito pesado.


G.F.: Como atriz, você teve papéis de certa forma romântico, mas esse é o primeiro filme no qual você atua que a história de amor é um tema central?
C.G.M.: Com toda certeza. Esse é o meu primeiro filme romântico. O que é muito legal.


G.F.: Qual cena foi a mais comovente?
C.G.M.: Descobrir que o Teddy estava morto. Isso foi muito, muito complicado. Adorei o Jakob, e foi muito difícil para eu pensar naquela possibilidade... muito sinistro. Saio correndo pelo corredor, caio sobre os meus joelhos e começo a gritar. A Mia desiste naquele momento. Ela não só descobre que o Teddy está morto como também exclama: "Para o inferno tudo isso! Já chega!"


G.F.: Qual cena foi a mais engraçada?
C.G.M.: Por algum motivo, amei fazer a cena em que eu e a Liana estamos na cafeteria, conversando. É uma cena rápida, mas nos divertimos muito naquele dia. Foi realmente um dos dias mais engraçados. Não sei por quê. Só sei que foi muito, muito divertido mesmo.


Transcrição de trechos da conversa da atriz com a autora publicados, como anexo, no livro "Se eu ficar", de Gayle Forman, publicado pela Novo Conceito Editora.

.: Resenha de "O grande Ivan", de Katherine Applegate

Um gigante numa jaula apertada
Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em março de 2015


Meu nome é Ivan.
Eu sou um gorila.
Não é tão fácil quanto parece...



"O grande Ivan", de Katherine Applegate, é um livro com uma narrativa inspirada no caso verídico do Gorila que morava em um shopping, de Washington. De capa dura, a publicação da Novo Conceito Editora, pelo selo #irado, é voltada ao público infanto-juvenilPor meio de uma escrita leve e envolvente da autora foi premiada com a Medalha Newbery Honor de Melhor Livro Infantil de 2013.

O livro de Katherine Applegate idealizado após a autora ler uma notícia sobre o "Macaco da Saída 8"-um dos apelidos do animal-, apresenta a saga de Ivan – um gorila que viveu boa parte da vida em uma jaula apertada e exposta em um shopping. Na leitura de “O grande Ivan” é possível compreender os sentimentos e pensamentos do animal enquanto era obrigado a permanecer enjaulado. 

Sem ter o que fazer, o animal tem suas angústias, dúvidas e reflexões, além de variados aprontos. Com uma narrativa em primeira pessoa, surge a aproximação do leitor com o protagonista, permitindo que se compadeça -e deixe a emoção fluir- diante de toda a situação que o animal, condenado pela mão humana, a viver, sem ter escolha.

Enfim, “O grande Ivan” é o retrato da eterna disputa de poder entre o homem e a natureza que sempre ignora as necessidades das espécies. Embora aborde um tema profundo e consiga mexer com a emoção, é um livro de leitura rápida e descontraída. Leitura imperdível... Não somente para os jovens leitores, também os adultos.


Baixe um trecho do livro: http://www.ncirado.com.br/livros/conta-download/658/


Livro: O grande Ivan
Autor: Katherine Applegate
286 páginas
Editora: Novo Conceito Editora
Selo: #irado

.: Poema: "Setembro", de Helenice Moraes Miranda


Vem chegando a Primavera
Em breve, brotam as flores
Cheiro de terra no ar
Cheiro de mar, de amores...


Como eu te amo, SETEMBRO!!!

Setembro me toca fundo
Penetra meu pensamento
Descortina outro mundo,
mundo de encantamento.

Quando a vida me fustiga,
Setembro lembra infância,
Setembro lembra cantiga,
Setembro lembra criança.

Tudo em mim é Setembro,
Que os males fazem esquecer.
Setembro! Eu amo Setembro!
Setembro lembra você...

.: Rosana Jatobá escreve livros que estimulam ecoalfabetização

Vencedora do Prêmio Comunique-se de melhor jornalista de sustentabilidade, Rosana Jatobá, juntou o vasto conhecimento adquirido nas coberturas de questões sustentáveis com a recente experiência de ser mãe para escrever, em conjunto com a pesquisadora Arminda Jardim, a “Coleção Jatobá”.

A obra é composta por sete livros infantis (de sete a oito anos) que abordam temas fundamentais para a criança desenvolver uma consciência sustentável em relação ao ambiente em que está inserida e aos recursos naturais de que dispõe. O objetivo é realmente proporcionar aprendizado baseado no conceito de ecoalfabetização.

Inspirada no dia a dia com dois filhos pequenos, a autora criou histórias baseadas nas descobertas de um casal de irmãos curiosos, sempre questionando como as coisas funcionam e significam. Com este argumento, as narrativas abordam temas como a natureza, a água, o consumismo, a mobilidade urbana, a alimentação e o lixo. No capítulo final, estimula os hábitos sustentáveis e a iniciativa de influenciar os outros a agirem da mesma maneira.

Todos os livros ainda contêm passagens das crianças nas escolas, com conteúdo que serve de exemplo para professores desenvolverem atividades que despertem a noção de sustentabilidade nos alunos.


Esse viés educacional, aliás, é uma das principais características do Grupo Plano B, editora responsável pela obra, que tem uma divisão exclusiva para a área. Sua atuação é orientada por seu PADI (Programa de Aprimoramento Didático) exclusivo que busca a construção de práticas que valorizem o magistério e preparem o professor para as novas questões que se apresentam cotidianamente à escola e aos sistemas de ensino.

As histórias também são ilustradas por meio de uma técnica rara em bricolagem onde se produz fotos e então ilustrações a partir das imagens resultantes, desenvolvida pela bióloga pela USP, ceramista, pintora, artista plástica, escultora e naturalista Isabel Galvanese.

Para completar, a curadoria de Gabriel Galvanese, mestre em Sustentabilidade pela Universidade da Suécia, deu o tom e o olhar comprometido em despertar para sustentabilidade a atenção de cada pequeno leitor.

A Coleção Jatobá será lançada nesta segunda-feira, 23 de março, às 19h, no Shopping Iguatemi, em São Paulo. Em seguida haverá lançamentos nas principais capitais do país.


Trecho do livro “De Lá Pra Cá”, que trata sobre mobilidade
“No final de um mês, tinham testado três jeitos diferentes de ir à escola: de ônibus, de metrô e de carona. Benjamin, apesar de adorar a bicicleta, gosta mais de ir à escola de metrô, apesar de cheio. Ele acha engraçado ver toda aquela gente apressada. Também gosta de poder andar um pouco a pé pelas ruas até chegar à escola. Assim, pode ver e fazer contato com outras pessoas no caminho”.

Autora
Rosana Jatobá é mestre em Gestão e Tecnologias Ambientais pela Universidade de São Paulo (USP). Foi vencedora do Prêmio Comunique-se como melhor jornalista de sustentabilidade em 2013. Rosana, jornalista e defensora das boas práticas em favor da Sustentabilidade, torna possível à criança por meio desta Coleção, a sua formação e sensibilidade para uma vida equilibrada e saudável.

Coautora
Arminda Jardim é bacharel em letras pela Universidade Federal de Pernambuco, pesquisadora e atuante nas áreas socioambiental e de desenvolvimento sustentável.

Editora
O Grupo Plano B Editorial é dirigido por profissionais que atuam há 30 anos no mercado editorial/educacional, com foco em livros e soluções didáticas e paradidáticas.
www.grupoplanob.com.br

Temas e títulos dos livros:

  • "Água no Brasil e no Mundo - (“Água por Todo o Lado”)
  • "Consumo Consciente" - (“Será que Eu Compro?”)
  • "Alimentação Saudável" - (“Comer Bem e se Mexer”)
  • "O Lixo" - (“Nada de Lixo”)
  • "Mobilidade" - (“De Lá Pra Cá”)
  • "Sustentabilidade" - (“Viva Natureza Viva”)
  • "Exercício Para Um Mundo Melhor" - (“Fazer Para Mudar”)

Lançamento
Local: Livraria Cultura - Shopping Iguatemi. Piso 3
Endereço: Av. Brig. Faria Lima, 2.232 - Jardim Paulistano - Oeste.

domingo, 22 de março de 2015

.: 8º "Are You the One" tem resultado inesperado em desafio de força

Resultado inesperado em desafio de força pode virar o jogo no 8º episódio do reality “Are You the One?” Br, que vai ao ar neste domingo, às 19h30, na MTV



Dupla desacreditada vence desafio em mar aberto e vai para a cabine da verdade. Os participantes, até então desanimados com o resultado da última cerimônia, se empenham para virar o jogo. A nova estratégia – mais matemática – dos homens envolve a formação de casais inéditos, o que desagrada muitas das mulheres que priorizam decisões por afinidade. O apresentador Felipe Titto também se surpreende com as novas combinações. Será que dará certo? 

A MTV no Brasil tem como público-alvo os jovens Millennials, principalmente na faixa entre 15 e 30 anos. O canal traz uma programação variada e multiconectada, assim como o perfil de seus espectadores. Fazem parte de sua grade produções locais (como “Coletivation” e “Papito in Love”), reality shows, séries, programas de esporte e animações, entre outros. A MTV também apresenta sucessos do portfólio da Viacom Internacional, como “Catfish” e “Pranked”, além do melhor do conteúdo global do canal, dublado em português (“Young &Married” e “Awkward”) e com opções legendadas. Proporcionar experiências relevantes aos jovens, trazendo para o Brasil grandes eventos que a marca faz em outros países, é um dos objetivos da MTV.

.: Dia Mundial da Água - Dúvidas sobre a qualidade da água?

Mais de 14 milhões de pessoas da região metropolitana de São Paulo e de municípios do interior dependem do abastecimento de água do Sistema Cantareira. Desde meados do ano passado, no entanto, o nível baixo do reservatório fez com que o sistema precisasse recorrer ao chamado volume morto – reserva abaixo do nível de captação da represa.

Essa situação, todavia, não é vivenciada somente pela população de São Paulo. No Rio de Janeiro, por exemplo, o nível reservatório de Paraibuna, principal sistema que abastece o Estado, alcançou ao volume morto neste mês.

Fatores como crescimento populacional, desmatamento, urbanização descontrolada, esgoto, uso indiscriminado de agrotóxicos, emissão de poluentes, entre outros alteraram o ciclo natural da água, causando as secas e as enchentes e modificando a sua composição, o que constitui grande risco à saúde.

Neste cenário preocupante, uma ampla parcela de consumidores possui receio quanto ao consumo da água e dos riscos que pode gerar para a saúde. Uma das saídas para quem não quer mudar os hábitos de consumo e, ao mesmo tempo, sentir confiança ao beber a água da torneira é adquirir um purificador.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Brasil, cerca de 50% dos lares possuem algum tipo de filtro de água seja de um simples filtro de barro até purificadores mais modernos. Neste sentido, o Grupo Hoken se destaca por possuir uma linha completa de purificadores de água para as mais diversas aplicações e usos.

Por meio de purificadores que atendem as certificações do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e a norma NBR 14908:2004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), os produtos da marca deixam a água livre de impurezas sólidas e químicas, sem gosto e odor.

O processo de filtragem e purificação da água dos produtos Hoken garante o fornecimento de água de qualidade não só para beber, mas para lavar alimentos e principalmente cozinhar garantindo assim saúde e qualidade de vida.

O consumo de água contaminada pode levar a dois tipos de sintomas de doenças.
Doença clínica: o sintoma é imediato e perceptível como vômito, diarréia, infecções intestinais etc.
Doença subclínica: não provoca sintomas imediatos e as consequências aparecem ao longo dos anos. É algo que afeta pouco a pouco a resistência do organismo e quando se manifesta, o faz de forma aguda. Exemplos: cálculos renais, câncer na bexiga e no intestino (originado pelo consumo do Trialometano), etc.

Sobre o Grupo Hoken
Com a missão de levar saúde e prosperidade a todas as pessoas e nações, o Grupo Hoken, formado pelas empresas Hoken International Company, Brasil Service e Hai Franchising, já vendeu mais de 2 milhões de purificadores de água desde a sua fundação, em 1997.

Sediado em São José do Rio Preto (SP), gera mais de 100 empregos diretos e 200 indiretos. A marca foi uma das pioneiras no ingresso ao mercado de franquias, quando em 1999 seus gestores decidiram expandir a rede por meio dessa modalidade de negócios.  Hoje possui 150 franquias no Brasil.

O Grupo Hoken é uma das empresas mais conceituadas em sua área de atuação, com franquias em todo território nacional, América Latina, Europa e África. Um dos mais sólidos grupos econômicos do país, ocupa posição de destaque nas áreas de pesquisa e desenvolvimento de aparelhos e acessórios para tratamento de água, franchising, vendas diretas e treinamento.

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