quinta-feira, 3 de novembro de 2016

.: "Dr. Estranho" é muito mais do que um filme de herói que veste capa

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em novembro de 2016



"Dr. Estranho" vai além do habitual filme de super-herói que precisa abandonar a vida "normal" para salvar o mundo. Não que o doutor, que não aceita ser chamado de mestre ou mago, escape dessa sina heroica, mas o longa metragem traz lições: Valorize aquele que te respeita e sempre está ao seu lado, nunca pense ter o rei na barriga e querer resolver tudo com dinheiro e, por fim, tenha fé em você.

Como nada em nossa vida passa sem deixar marcas, Stephen Vincent Strange (Benedict Cumberbatch), afortunado, arrogante e cheio de si, sofre um acidente de carro e perde a firmeza nas mãos. Quer maldição maior do que essa para um médico do "nível" dele? Contudo, o doutor se empenha em diversos tratamentos que não surtem efeitos. No entanto, o raro caso de um "ex-deficiente" o leva até Kamar-Taj, situado em Kathmandu, no Nepal. Lá, ele conhece, a Suprema (Tilda Swinton) e toda a equipe. É preciso trabalhar o pensamento!

Talvez por não ter um protagonista adolescente, mas um homem, que, no caso, é médico, toda a narrativa de "Dr. Estranho" é madura. Já no início há um alerta em diálogo: ele é um homem inteligente, embora seja uma enciclopédia ambulante de cultura inútil. Eis outro diferencial de Stephen, um estudioso que curte besteiras. 

O longa é dramático? De modo algum. A trama provoca reflexões, dá vários sustos -embora esteja longe de ser um filme de terror-, mas alivia, e muito, a tensão com piadas e cenas hilárias. A narrativa não é enfadonha ou cheia de explicações mirabolantes. Tudo é muitíssimo equilibrado.



Segura a atenção de qualquer um na sala de cinema. As carinhas de brava ou surpresa de Rachel McAdams na pele da também médica Christine Palmer são um quesito à parte. Christine e Strange brilham em cena, seja numa briga ou numa "luta conjunta".

Diante de "O Olho de Agamotto" e das primeiras aparições do grande vilão da história, é quase impossível não lincar com o olho de Sauron, de "O Senhor dos Anéis". Seja a quantidade de portais, os Sanctums, que são três, assim como os aneis do poder ou a vestimenta e cabelos de Legolas usado pelo rival de Dr. Estranho, Kaecilius (Mads Mikkelsen). Com ricas aproximações criativas, a jornada para salvar os reles mortais indefesos, é cumprida com louvor pelos poderosos da Marvel.

Em tempo, os efeitos especiais são incríveis e fortalecem o enredo do herói que se descobre aos poucos. Ok! Em algumas raras sequências, fica evidente o chroma key. Péssimo? De modo algum! Trata-se de um filme de herói. De fato, o 3D deixa claro que "Dr. Estranho" foi feito para ser visto com tal tecnologia. A realidade espelhada é de causar vertigem ou até um leve incômodo de tão perfeita que é.

A participação de Stan Lee é mais uma vez memorável. Como não amar aquele senhorzinho no trem fazendo um comentário que condiz com a luta entre o eterno, bem e mal? Vale lembrar aos mais desatentos, como toda produção Marvel, ao fim, continue ligado na telona enquanto os créditos passam, pois uma cena bombástica espera pelos fãs dos super-herois. Promete ser uma surpresa das boas!!




Sinopse: Doutor Estranho, é um super-herói, baseado no personagem de mesmo nome da Marvel Comics. Em Kathmandu, no Nepal, o feiticeiro Kaecilius e seus seguidores invadem o composto secreto Kamar-Taj e assassinam o guardião de textos antigos e místicos, para roubar o ritual de um livro proibido. Stephen Strange, aclamado neurocirurgião, perde o uso das mãos em um acidente de carro. Embora a ex-amante e colega de trabalho Christine Palmer tente ajudá-lo, após meses tentando cirurgias experimentais e esgotando os recursos financeiros, nada resolve o problema. Strange procura Jonathan Pangborn, paraplégico que misteriosamente voltou a andar. Ao chegar em Kamar-Taj, o Ancião mostra à Strange o poder no plano astral e outras dimensões, como a Dimensão do Espelho. Inteligente, Strange avança nos estudos, secretamente, lê textos proibidos e aprende a dobrar o tempo com o olho místico de Agamotto.


Filme: Dr. Estranho (Doctor Strange, EUA)
Ano: 2016
Direção: Scott Derrickson
Roteiro: Scott Derrickson, C. Robert Cargill
Produção: Marvel Studios 
Distribuição: Walt Disney Studios Motion Pictures
Elenco: Benedict Cumberbatch, Chiwetel Ejiofor, Rachel McAdams, Benedict Wong, Michael Stuhlbarg, Benjamin Bratt, Scott Adkins, Mads Mikkelsen e Tilda Swinton.


*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm





Trailer do filme

.: 6x8: #AHSRoanoke segue estilo de "O Albergue" e "Jogos Vorazes"

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em novembro de 2016


CONTÉM SPOILERS!



No oitavo capítulo de "American Horror Story: Roanoke", declarações para as câmeras, suicídio, assassinato e entrega de vítima ao Piggy Man. Contudo, a trama começa com a casa de Roanoke cercada, tochas de fogo iluminam a parte externa, durante a noite, enquanto que Dominic e Shelby estão em pânico. Claro! Correria dos dois até que novas "atividades paranormais" aconteçam diante dos olhos deles. 

Efeitos da lua sangrenta, enquanto que a surpresa para o casal vem do teto e chega a vez de Piggy Man brilhar também, com direito a lustre caindo do teto e tudo. Com as câmeras nervosas no estilo de "A Bruxa de Blair", infelizmente, Shelby (Lily Rabe) joga a toalha e não acredita que sairá viva da casa. Triste surpresa para Dominic (Cuba Gooding Jr). É meu amigo, de nada adianta ser da primeira classe, se está na casa de Roanoke.

O sofrimento de Lee (Adina Porter) é estendido até surgir espaço para uma súplica: "Pessoas não comem pessoas". No casebre em que o trio Audrey (Sarah Paulson), Lee e Monet (Angela Bassett) são mantidas, Lee, separada das outras duas, é filmada por um lunático. O desejo dele é usado pela ex-policial na tentativa de se salvar, ela promete beijá-lo na Tv. Resumo: As cenas de Lee são mais contextualizadas e tornam a trama um pouco arrastada.

A diferença entre a experiência de atuar e viver é explicada por Audrey e Monet, mas cada um acredita no que quer. Não é? Diante da necessidade de dentes, a chuva assombrosa presenciada por Shelby, ganha explicação! Por outro lado, a dúvida sobre os acontecimentos na casa durante a ausência de Lee e Audrey colocam Dominic em maus lençóis. A câmera escondida registra tudo. Que dó!

Embora as filmagens desta temporada de AHS tenham a pegada de "A Bruxa de Blair", a segunda parte da trama seguiu o formato de "O Albergue" com uma "pitada" de "Jogos Vorazes". Que vença -sobreviva- o melhor!!. Tortura atrás de tortura, marteladas, amputamento, muito sangue jorrando e gritos de puro desespero. Em contrapartida, o finalzinho deste episódio pode colocar tudo a perder ou melhorar ainda mais a trama. Que venha o nono episódio para sabermos qual das opções será!!


Seriado: American Horror Story: Roanoke
Temporada: 6
Episódio: 8 - "Capítulo 8"
Exibido em: 2 de novembro de 2016, EUA.
Elenco: Lagy Gaga, Sarah Paulson, Wes Bentley, Denis O'Hare, Matt Bomer, Evan Petters, Kathy Bates, Angela Bassett, Cuba Gooding Jr., Adina Porter, Leslie Jordan 


.: "Receita Para a Felicidade..." abre o 1º Santos Film Fest nesta quinta


Realizada com sucesso em 2014 e 2015, a Mostra Cine Brasil Cidadania passa a se chamar Santos Film Fest – Festival de Filmes de Santos. O projeto acontecerá de 3 a 7 de novembro, em cinco espaços da cidade, com programação completamente gratuita. 

O objetivo é manter o caráter reflexivo e transformador do cinema, exibindo filmes, especialmente longas brasileiros contemporâneos, que abordem questões relativas à cidadania. Mas agora, o projeto passa a abrir espaço para produções estrangeiras e clássicos do cinema nacional. Busca instigar a produção de longas-metragens na Baixada Santista, bem como propiciar ao público produções independentes realizadas em gêneros diferentes, no Brasil e no exterior.

Confira a programação de quinta-feira, 3 de novembro
Para dar início à celebração cinematográfica, o evento terá em sua abertura a avant-première nacional do filme "Receita Para a Felicidade: O Homem, O Cão e o Salto", de Delson Matos Gomes (première nacional), às 21h30, no Cine Roxy 4 do Shopping Pátio Iporanga. Após, bate-papo com o diretor do filme e entrevistados. 

Com 72 minutos de duração, a trama, acompanha “voluntários de terapias alternativas que deixam suas vidas convencionais por algumas horas para ajudar quem precisa e acabam percebendo que a felicidade é muito mais simples do que imaginam”. O longa é dirigido pelo jovem santista Delson Matos Gomes. Junto ao lançamento do filme, será anunciado o aplicativo “Quero Ajudar”. Ambos os produtos se complementam e trazem informações sobre o benefício da ajuda ao próximo. O aplicativo une quem precisa de ajuda com quem pode ajudar. Antes da exibição, haverá uma intervenção com artistas da ONG S.O.S. Sorriso. A entrada é gratuita, por ordem de chegada. 


Endereço:
Cine Roxy 4 Pátio Iporanga – Av. Ana Costa, 465, Gonzaga - Santos/SP

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

.: "Pitanga"é o melhor filme na 40ª Mostra Internacional de Cinema

Filmando encontros e reencontros de Antonio Pitanga com amigos, família, ex-namoradas, cineastas, músicos e outros companheiros de vida e profissão, Beto Brant e Camila Pitanga fazem o trajeto de retorno ao tempo e revisitam a obra do ator, investigando o seu percurso estético, político e existencial, que foi destaque no momento de maior inquietação artística do cinema brasileiro, o Cinema Novo. Através de suas interpretações históricas, Antonio Pitanga construiu uma narrativa mitológica própria.  

Pitanga contribuiu com o vigor de sua interpretação em mais de 60 filmes. Sua atuação sempre foi física: ele é um ator de expressão corporal particular, espontânea, urgente, cujas performances manifestam a necessidade de intervir na realidade de um mundo efervescente. No exato momento histórico em que o homem se recolocava no mundo de forma mais atuante, politicamente contestador e participativo, Antônio Pitanga realizou filmes com diretores emblemáticos e definitivos para a história do cinema brasileiro – Glauber Rocha, Cacá Diegues, Walter Lima Jr.

"Pitanga" homenageia o homem e o ator. Destaca a importância de seu testemunho para a arte brasileira e conta a história de 75 anos de vida dedicados ao conhecimento e à construção de um homem em diálogo profundo com seu tempo.

Renato Ciasca e Beto Brant assinam a produção do documentário, que foi realizado pela Drama Filmes, Gangazumba Produções e Paraguassu Produções, com coprodução da Globo Filmes, GloboNews e Dot. No roteiro,  Beto Brant, Camila Pitanga, José Carlos Avellar, Juliana Munhoz, Marçal Aquino e Xarlô, este também assina a direção de arte. A fotografia é de Leleco Maestrelli, a música original é de Ilú Obá de Mim e a trilha sonora, do Instituto. A distribuição é da Elo Company.

Sobre o diretor Beto Brant
Beto Brant, nascido em Jundiaí, dirigiu os filmes "Os Matadores" (1997) e "Ação Entre Amigos" (1998), dando início à parceria com o escritor e roteirista Marçal Aquino e o diretor e produtor Renato Ciasca. Sócio da empresa Drama Filmes, produziu e dirigiu os filmes "O Invasor" (2002), "Crime Delicado" (2005), "Cão Sem Dono" (2007), "O Amor Segundo B. Schianberg" (2009) e "Eu Receberia As Piores Notícias Dos Seus Lindos Lábios" (2012). Em 2013, estreou o filme "Mundo Invisível", produzido pela Gullane em associação com a Mostra Internacional de SP, do qual toma parte como diretor do episódio Kreuko. Em 2002, venceu o prêmio de melhor filme latino-americano no Sundance Film Festival.

Sobre a diretora Camila Pitanga
Graduada em Artes Cênicas pela Unirio - Universidade Federal do Rio de Janeiro, com habilitação em Teoria Teatral, a atriz Camila Pitanga iniciou a carreira no teatro, passando pelo Tablado e integrando o grupo do dramaturgo Hamilton Vaz Pereira, onde atuou em vários épicos. Filha do ator Antônio Pitanga e da atriz e modelo Vera Manhães, herdou do pai não apenas o sobrenome artístico, mas o gosto pela política e uma aguda consciência do papel social do artista. Em 1993, estreou na TV Globo, onde participou de inúmeras novelas como  "A Próxima Vítima", "Paraíso Tropical",  "Lado a Lado", "Babilônia" e "Velho Chico". O interesse pelo cinema a levou a imprimir a marca de seu talento em filmes como  "O Signo do Caos", de Rogerio Sganzerla, "Bendito Fruto", de Sérgio Goldenberg, "Redentor", de Claudio Torres, "Noel – Poeta da Vila", de Ricardo Van Steen, "Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios", de Beto Brant e Renato Ciasca, e "Uma História de Amor e Fúria", de Luiz Bolognesi. Pitanga marca sua estreia na direção.  

Sobre o produtor Renato Ciasca
Diretor, produtor e roteirista, formou-se pela Faculdade de Cinema da FAAP, onde começou parceria com Beto Brant há 30 anos. Participou de "Os Matadores", filmado em 1995, produziu e atuou como co-roteirista em "Ação Entre Amigos" (1998) e "O Invasor" (2001). Em 2005, produziu "Crime Delicado". Renato Ciasca escreveu e dirigiu "Cão Sem Dono" em codireção com Beto Brant, em 2007, e "Eu Receberia As Piores Notícias Dos Seus Lindos Lábios", em 2012. Entre esses filmes, produziu "O Amor Segundo B. Schianberg"  (2009), dirigido por Beto Brant, e "A Nave - Uma Viagem Com A Jazz Sinfônica De SP" (2013), dirigido por Luiz O. de Santi. Em 2015, produziu e lançou "Sangue Azul de Lírio Ferreira".

terça-feira, 1 de novembro de 2016

.: Exposição "Favelagrafia: Talento que Transpõe Barreiras"


O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM) abre as portas para o talento das comunidades cariocas. Entre os dias 5 de novembro e 4 de dezembro, o museu recebe a exposição “Favelagrafia”, resultado do projeto de mesmo nome, criado pela NBS Rio+Rio com o objetivo de trazer um novo olhar sobre as favelas, através de seus moradores.

O projeto selecionou nove fotógrafos, de nove favelas diferentes, que desde julho estão fotografando suas comunidades, usando um iPhone e muito talento. Nas mais de 180 fotos que compõem a mostra, o Morro do Borel, Santa Marta, Morro da Mineira, Complexo do Alemão, Providência, Cantagalo, Babilônia, Rocinha e Morro dos Prazeres são eternizados em diferentes momentos, contando as histórias de seus moradores, suas belezas e paisagens.

Cada fotógrafo terá em torno de 20 imagens selecionadas, dispostas em vielas fotográficas, que compõem a exposição no MAM. As obras foram escolhidas pelos próprios fotógrafos junto ao curador da mostra, André Havt, Diretor de Arte da NBS e um dos idealizadores do projeto, respeitando o conjunto da linguagem e a linha de trabalho de cada fotógrafo.

“O mais interessante durante este processo é ter a certeza que estes nove fotógrafos são artistas em potencial que estão se credenciando para serem olhados pelo mundo. Tem sido fantástico poder acompanhar e contribuir para a evolução do olhar deles. Como também tem sido igualmente fantástico aprender a desconstruir meu olhar com cada um deles”, celebra Havt.

Para a diretora da NBS Rio+Rio, Aline Pimenta, o sucesso do projeto é fruto da dedicação e competência de cada um dos participantes. “Os nove fotógrafos selecionados para o Favelagrafia representam perfeitamente o potencial e o talento das favelas. A exposição no MAM coloca holofotes nestes talentos, desconstruindo a imagem estereotipada que a sociedade tem sobre a favela”.

Para Carlos Alberto Chateaubriand, presidente do MAM, é extremamente gratificante participar de um projeto dessa importância. “Os clicks dos fotógrafos, ainda amadores, nos revelam uma sensibilidade e um olhar impressionantes. A força da mensagem emocional, que transcende o perfeccionismo técnico e as leis da composição”, afirma.

Durante o período da exposição, serão apresentados também um livro e um site documentando o projeto, trazendo o perfil dos fotógrafos e seus dados para contato. Algumas das fotografias a serem expostas também já estão disponíveis no Instagram @favelagrafia, que compartilha alguns momentos do projeto.

O projeto Favelagrafia é incentivado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, através da Secretaria Municipal de Cultura, idealizado pela NBS Rio+Rio, com realização da ISL Produções e patrocínio do Consórcio Linha 4 Sul.






.: Tudo sobre a novela "Ezel", diretamente da Turquia para a Band


A Band leva ao ar a partir do dia 7 de novembro a novela "Ezel". Sucesso em dezenas de países, a produção turca será exibida de segunda a sábado, às 20h20, logo após o "Jornal da Band".

A nova novela conta a história do jovem Omer. Alguns dias depois de retornar do serviço militar, ele é surpreendido pela acusação de ter cometido um assassinato e de roubar um cassino. Prestes a casar com a mulher de seus sonhos, Omer vê sua vida desmoronar: ele é condenado à prisão perpétua. 

Depois de 12 anos cumprindo pena, ela simula sua própria morte e consegue escapar da cadeia. Omer muda seu rosto e ressurge como Ezel, um exímio jogador de pôquer. Seu único objetivo é se vingar daqueles que o traíram e destruíram sua vida: seus melhores amigos Ali e Cengiz, além de sua noiva Eysan, interpretada pela atriz Cansu Dere, protagonista de "Sila – Prisioneira do Amor".

Nas primeiras semanas, a Band exibirá duas novelas na mesma faixa horária. "Ezel" irá ao ar primeiro e, em seguida, a emissora apresenta as emoções dos últimos capítulos de "Sila – Prisioneira do Amor", que chega ao fim no dia 19 de novembro.

A aposta da emissora em investir nas produções turcas mostrou-se certeira. Desde a estreia de "Mil e Uma Noites", em março de 2015, a Band viu sua audiência triplicar no horário. O bom resultado foi mantido com as exibições de "Fatmagül – A Força do Amor" e "Sila – Prisioneira do Amor".

Conheça os principais personagens:

Omer / Ezel (Kenan Imirzalioglu)
Depois de fugir da cadeia, Omer tem sede de vingança e assume a identidade de Ezel após diversas cirurgias plásticas. Traído por sua noiva e seus dois melhores amigos, ele quer se vingar daqueles que destruíram sua vida.






Eysan (Cansu Dere)
Eysan era noiva de Omer quando ele foi acusado de ter roubado um cassino. Ameaçada por seu pai, ela vai contra seus sentimentos e acaba participando do plano de Ali e Cengiz - melhores amigos de Omer - para incriminar seu noivo.






Cengiz (Yiğit Özşener)
Um dos melhores amigos de Omer. Agora ele é casado com Eysan, ex-noiva do amigo, e dono do cassino que causou a prisão de Omer. Apaixonado pela esposa, ele sabe que não é correspondido.







Ali (Barış Falay)
Aliado de Cengiz e Eysan no plano de incriminar Omer, agora ele é o chefe de segurança do Cassino. Frio e violento, ele tem uma maneira bastante particular de conseguir o que quer.





Ramiz (Tuncel Kurtiz)
Principal chefe da máfia, Ramiz cumpre pena na mesma prisão que Ezel e torna-se o mentor dele. Ramiz ensina tudo sobre o mundo da cadeia ao jovem.

Saiba mais sobre a novela no site www.band.com.br/ezel e siga a trama nas redes sociais: Instagram @NovelaEzel; Twitter @NovelaEzel e www.facebook.com/NovelaEzel. Conheça a programação completa da Band em http://www.band.uol.com.br/tv/.

.: Especialista oferece treinamentos gratuitos sobre Bolsa de Valores

Por Mayra Silva
Em novembro de 2016

Os internautas estão cada dia mais dependentes da internet para realizar suas atividades e buscar seus interesses, um dos motivos pelos quais milhares de pessoas decidem apostar ainda mais nesse recurso, oferecendo até treinamentos on-line. Através das plataformas digitais, é possível aproveitar as mídias como fonte de informação, tanto para receber quanto para compartilhar assuntos relacionados aos seus negócios, como tem feito educador financeiro, Uesley Lima. Só no Brasil, 74% dos consumidores pesquisam na internet os produtos que desejam comprar. Ou seja, estar na internet é essencial, local onde Lima tem alcançado pessoas interessadas em conhecer mais sobre investimentos. 

O especialista em Educação Financeira Uesley Lima, que é trader da Bolsa de Valores, ofereceu um treinamento online e gratuito para pessoas que têm interesse em saber mais sobre o mercado de ações. Mais de 800 pessoas do Brasil e outros países puderam acompanhar o treinamento, e o número de acessos a essa aula continua crescendo, pois o vídeo ainda está disponível para quem deseja assistir. 

O site www.operanabolsa.com.br foi criado com o objetivo de disponibilizar o programa de treinamento intensivo e gratuito “Bolsa Para Todos”, que dá dicas de investimentos para operar na Bolsa de Valores através de vídeos diários no Facebook, materiais didáticos e aulas ao vivo. Através desse treinamento, o educador financeiro Lima mostra que qualquer pessoa pode investir, começando com qualquer valor; que trabalhar com seu dinheiro é fácil e pode render muito lucro; e que a Bolsa de Valores é a maior oportunidade de investimentos para quem deseja ganhar dinheiro. “Estude mais sobre o assunto e se esforce, porque a Bolsa de Valores pode, sim, te dar muito dinheiro”, assegura Lima.

Mas o treinamento não parou por aí. Nos dias 5 e 6 de novembro, Lima estará oferecendo uma aula gratuita do Curso Trainee, idealizado para quem busca uma introdução ao mundo do mercado financeiro e um entendimento mais apurado sobre como investir em ações. Quem tiver interesse pode assistir à aula presencial ou on-line, mas antes precisa garantir o seu lugar em http://omelhorinvestidor.com.br/aula1cursotrainee.  

O investimento em Poupança ainda é o preferido dos brasileiros. Mas quem tem conta bancária, por exemplo, já deve ter ouvido falar a respeito dos Certificados de Depósito Bancário (CDBs) e, até mesmo, que eles podem ser uma boa opção de investimento e de que esse meio pode render mais lucro do que na Poupança. Este é apenas um exemplo de outras opções lucrativas de investimento. Uma pesquisa encomendada pela BM&FBovespa há três anos aponta que a Poupança é mais arriscada do que a Bolsa. “Para mim, Bolsa de Valores é perspectiva, é possibilidade”, complementa Lima.

Confira mais algumas vantagens que o Instituto BM&FBOVESPA considera sobre investir na Bolsa de Valores: 

  • Potencial de boa rentabilidade no longo prazo;
  • Você recebe dividendos periodicamente;
  • Não é preciso muito dinheiro para começar;
  • Você pode comprar ou vender suas ações no momento em que quiser;
  • É possível alugar suas ações e ganhar um rendimento extra;
  • Você pode acompanhar seus investimentos on-line, a qualquer tempo;
  • Eficiência Tributária. 

 Para quem deseja ficar por dentro sobre os treinamentos e outros cursos que o educador financeiro Uesley Lima oferece, além de outras informações gratuitas que ele compartilha, acompanhe o especialista em suas redes sociais: Facebook e YouTube: Grupo The One / Periscope: Uesley Carvalho Lima/ Instagram: @uesleylima/@GrupoTheOne1 

O Grupo The One é um projeto criado com o objetivo de capacitar e treinar qualquer pessoa a operar na Bolsa de Valores de forma profissional e conhecer opções em Renda Fixa, com cursos e treinamentos desenvolvidos de acordo com o mercado financeiro atual.

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

.: Arte, sexo, religião e outras práticas sociais na Idade Média

"Estudos Culturais da Idade Média - Arte, Sexo, Religião e Outras Práticas Sociais", organizado por Paulina T. Nólibos. Os problemas sociais que este volume aborda são de crucial importância na constituição da história da cultura, especialmente a ocidental, da qual somos herdeiros e participantes: arte, sexo e religião. 

Três grandes blocos de práticas e saberes onde, de maneira didática, foram agrupados os 15 artigos que compõem este volume. A observação e análise das representações imaginárias nas praticas sociais tomam graves proporções quando nos voltamos à Idade Média. Vários dos artigos se referem direta ou indiretamente ao papel da mulher na sociedade medieval, a sua delicada presença na literatura ou nos registras de fato, como personagem real, como o caso de Joana D’ Arc, e à educação religiosa das mulheres enquanto a dos homens era direcionada para a guerra. 

Outros abordam a religiosidade e o crescente controle da instituição Igreja sobre a Europa, a questão judaica, as figuras da morte e do mal, intensos fantasmas ligados ao pecado e à salvação, e a criação da Inquisição, inegáveis pontos de tensão dentro o corpo medieval. A arte é um tema sedutor sob vários aspectos, portanto muitos foram os artigos na área, de história da arte à arte culinária e práticas de alimentação. 

As narrativas literárias medievais, com sua riqueza de detalhes e variantes, também permitiram um rico estudo do imaginário medieval: apresentamos as análises de um documento épico escandinavo, "Beowulf", e de uma personagem do mito artúrico, "A Dama de Schalott", narrada pela sensual poesia trovadoresca, e\rocada novamente no romantismo inglês. A arte gótica e a moda feminina são igualmente fenômenos próprios deste período, que se desenvolveram e sustentaram uma certa estrutura de poder, marcadores do status feudal. 

Assim, percorrendo sendas variadas, o livro tem o objetivo de encantar o leitor com a cultura medieval, rica e complexa, e abrir portas a novas discussões sobre assuntos de relevância histórica, muitos deles apenas recentemente elevados à objeto de estudo acadêmico. Enfim, o produto final, um livro de artigos, é um esforço intelectual compartilhado por 16 colaboradores para reordenar o conjunto das fibras do tecido ocidental, imensa tarefa, que já estavam visivelmente presentes mais de mil anos atrás.

.: Terrorismo e Contraterrorismo nas Histórias em Quadrinhos

O atentado terrorista celebrizado com o nome 11 de Setembro gerou várias manifestações nas artes, inspiradas nesse episódio e em suas consequências políticas — a mais complexa e talvez mais importante, por causa de seus desdobramentos, foi a série de revistas em quadrinhos lançadas pela editora Marvel, com o nome coletivo Guerra Civil

Planejada para ser um crossover que misturasse na trama todos os principais super-heróis e supervilões da editora, a série Guerra Civil foi lançada em 7 edições principais, escrita por Mark Millar e desenhada por Steve McNiven; a ela, seguiram 11 números de Guerra Civil: Frontline, com texto de Paul Jenkins e arte de Ramon Bachs. Guerra Civil trata de uma situação limite em que os personagens formaram dois blocos beligerantes e que lutaram entre si; Guerra Civil: Frontline foca no papel da imprensa, representada por um casal de repórteres, e fornece a perspectiva das pessoas comuns sobre o evento que dividiu a comunidade de superseres, repercutindo os ecos da opinião pública.

Contudo, o mítico Universo Marvel não saiu incólume dessa guerra, os fatos publicados na série foram ecoar em mais de uma centena de revistas em quadrinhos da editora, que serviram de base de pesquisa para que o autor escrevesse sua obra; além delas, mais centenas de outras revistas que antecederam e sucederam a série Guerra Civil também foram consultadas, com o objetivo de permitir uma melhor contextualização do que estava acontecendo com cada um dos personagens envolvidos.

A trajetória histórica da Marvel Comics no decorrer do século XX é detalhada na primeira parte do livro, destacando o posicionamento da editora diante de alguns dos principais eventos políticos e de ordem pública ocorridos nesse período.

Nenhuma obra publicada foi tão profunda na análise de uma série de quadrinhos e sua inter-relação profunda com os reais casos políticos, dramáticos, bélicos, como os ocorridos antes e após o atentado ao World Trade Center.


Livro: Guerra Civil – Terrorismo e Contraterrorismo nas HQs
Criativo Mercado Editorial
1ª edição – 2016
Autor: Victor Callari
Formato: 17 x 24 cm
Número de páginas: 272

domingo, 30 de outubro de 2016

.: Canadá: Museu da Pessoa comemora 25 anos de existência

Mostra Resiliência, do Museu da Pessoa, em exposição no Museu da Civilização do Canadá


Primeiro museu virtual do mundo, com um acervo de 17 mil histórias de vida e 60 mil fotos e documentos que narram a história da vida privada no Brasil nos seculos XX e XXI, o Museu da Pessoa apresenta no Museu da Civilização do Canadá, em Quebec, a mostra Resiliência. 

Feita a convite do museu canadense, em virtude das Olimpíadas no Brasil, Resiliência apresenta 40 depoimentos de personagens de diferentes áreas e regiões do país, compondo um registro humanístico e histórico do Brasil dos séculos 20 e 21 para além dos seus ícones tradicionais, trazendo histórias e personalidades singulares. A seleção das histórias foi feita pela historiadora Karen Worcman, fundadora e diretora do Museu da Pessoa, junto da equipe do museu e da Cartola Filmes, que realizou os documentários apresentados na mostra e teve assistência de Luis Ludmer, mestre em Cinema pela Universidade de Vancouver. 

A mostra fica em cartaz até o final de 2017. 

A exposição
Resiliência é dividida em cinco nichos, que apresentam recortes sobre os seguintes temas: 
Identité (Identidade) – apresenta culturas indígenas, africanas, quilombolas e outras que representam os saberes e fazeres que compõem a identidade brasileira;
Tensions (Tensões) – focada na dura realidade social do país, esse nicho apresenta histórias e personagens marcadas pela violência, exploração do trabalho, preconceitos raciais e sexuais, pelo analfabetismo, trabalho infantil e por histórias dos sem-terra e sem-teto;
Initiatives (Iniciativas)- traz histórias de pessoas e comunidades que implementam projetos para melhorar a realidade em que vivem;
Urbanité (Urbanidade) – o rápido processo de urbanização fez com que, em menos de 100 anos, mais de 80% da população rural se estabelecesse nas cidades brasileiras, dando origem a uma sociedade diversa e cosmopolita.
Créativité (Criatividade) – traz depoimentos das trajetórias de vida e processos criativos de poetas, escritores e jornalistas brasileiros. 

“O fato de termos sido convidados a apresentar o Brasil no Musée de La Civilization em uma exposição sem objetos e totalmente composta por narrativas de pessoas é um marco em nossa história. Significa a oportunidade de compartilhar nosso sonho em fazer com que as histórias de vida de pessoas comuns sejam reconhecidas como um patrimônio em nossas sociedades”, afirma Karen Worcman, curadora e fundadora do Museu da Pessoa. 

"Os seres humanos, independentemente de sua tribo, de sua cultura, compartilham uma memória. Imaginem um grande rio, onde águas de vários lugares, a água da chuva, a água dos igarapés, a água das nascentes, a água dele mesmo, dos lagos vai se integrando, vai rolando, vai fazendo fluxo. Esse rio de memória, ele é tão poderoso, que ele permite que a gente se entenda nesse instante. Não é nem no futuro, nem no passado, entende? Não é nem no futuro, nem no passado, não é alguma coisa pro futuro, não é alguma coisa pro passado, é uma possibilidade da gente se reconhecer, de comunicar um ao outro." (Ailton Krenak)

Sobre o Museu da Pessoa: Existe há 25 anos e tem a missão de tornar a história de vida de toda e qualquer pessoa parte do patrimônio intangível de nossa sociedade. Outorgou-se o nome de Museu na medida em que entendeu que a aquisição, preservação e disseminação de seu objeto de acervo – as histórias de vida – eram a essência de seu existir. Optou-se pelo acervo virtual – antes mesmo da Internet – porque o grande valor das narrativas de vida estava em seu conteúdo e era, portanto, imaterial. Definiu-se como colaborativo na medida em que integrou o público em todas as formas de participação, ou seja, dando a toda e qualquer pessoa a possibilidade de tornar-se, ela própria, acervo do museu; ou a possibilidade de assumir o papel de curador da memória. 

A causa do Museu da Pessoa é a valorização da pessoa, em seu existir. Valorizar toda e qualquer pessoa como parte do patrimônio da sociedade é trabalhar para reconhecer que, independentemente da categoria social, cultural ou econômica de cada um, somos pessoas. Basta existir para ter seu valor reconhecido como portador de saber. 

As histórias também são disseminadas por meio de produtos culturais como livros, exposições, documentários, sites, etc, e utilizado posteriormente em projetos socioculturais, colaborando com a transformação da cultura e dos valores, promovendo o diálogo e contribuindo na difusão das memórias individuais e coletivas. 

Em 25 anos de atuação, o Museu da Pessoa inspirou a criação de três outros museus em Portugal, Canadá e EUA. Hoje conta com um acervo de 17 mil depoimentos de histórias de vida e 60 mil documentos e imagens que contam a história de instituições, cidades e de grupos sociais diversos. São mais de 260 projetos nas áreas de educação, comunicação, memória institucional e desenvolvimento social. 

Sobre o Museu da Civilização de Quebéc: O Museu da Civilização (Musée de La Civilisation), sediado em Quebec, foi criado em 1984 e inclui o Musée de l'Amérique francophone, o Musée de la Place-Royale, a Maison historique Chevalier e o Centre national de conservation et d'études des collections.

Objetivos: Tornar conhecida a história e as diferentes culturas que fazem a nossa civilização, especialmente nos aspectos socais e materais dos diferentes povos que ocupam o território de Quebec – nativos e colonizadores – e os povos que contribuíram para o enriquecimento da cultura universial;
Garantir a preservação e o desenvolvimento de sua coleção etnográfica e de coleções representativas da civilização;
Garantir a participação de Quebec no mapa internacional dos museus, por meio de aquisições, exibições e atividades culturais.

Hoje um complexo museológico, o museu é reconhecido como um dos mais importantes e criativos museus do mundo.

Serviço:
Exposição: Resiliência.
www.mcq.org/fr/exposition?id=445632
Realização: Musée de la civilisation (Canadá) e Museu da Pessoa (Brasil).
Período: 21 de setembro de 2016 a 27 de outubro de 2017
Museu da Pessoa: www.museudapessoa.net

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

.: David Crosby e o lirismo de sempre em "Lighthouse"


Por Luiz Gomes Otero
Em outubro de 2016

De tempos em tempos, David Crosby presenteia seus fãs com lançamentos de sua carreira solo. "Lighthouse", divulgado recentemente, traz uma forte carga de emoção e lirismo nas suas canções autorais, sempre com a marca de um dos vocais harmônicos mais famosos do rock e do pop.

Para quem não se lembra, Crosby integrou o grupo The Byrds  nos anos 60 e, mais tarde, fundaria o quarteto Crosby, Stills, Nash & Young, que ajudou a projetá-lo ainda mais na história do rock. 

"Lighthouse" reúne canções tocadas em arranjos predominantemente acústicos. O violão, aliás, é um companheiro inseparável de Crosby desde os primórdios. Nas baladas, Crsoby se mostra um compositor e intérprete inspirado nas faixas "Things We Do for Love", "The Us Below", "By The Light Of Common Day" e "Look in Their Eyes". E mostra competência ao entrar de forma delicada no arranjo mais pop em "The City". Em todas as faixas o violão acústico está sempre em primeiro plano, evidenciando de onde veio a origem das canções.

Nas composições autorais, Crosby demonstra suas habituais influências, das quais se destaca mais Bob Dylan, que sempre norteou a sua carreira de uma certa forma. As canções revelam um compositor em uma fase madura, capaz de produzir algo que emociona o público. "Lighthouse" mostra um trabalho que está longe de ter um cunho saudosista. São canções que mostram Crosby por inteiro e cantando como sempre cantou: com competência.

"The City"

"Things We Do for Love"

"By The Light Of Common Day"




Sobre o autor
Luiz Gomes Otero é jornalista formado em 1987 pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Trabalhou no jornal A Tribuna de 1996 a 2011 e atualmente é assessor de imprensa e colaborador dos sites Juicy SantosLérias e Lixos e Resenhando.com. Recentemente, criou a página Musicalidades, que agrega os textos escritos por ele.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

.: "De Férias Com o Ex Brasil" é uma avalanche de falta de respeito

Por Helder Miranda
Em outubro de 2016

CONTÉM SPOILERS 


Junte uma série de gente disposta a tudo para aparecer da maneira mais chocante possível. Acrescente a esse ingrediente a característica de que eles são muito apegados com a aparência física, mas totalmente desprendidos com a imagem de "bom mocismo" que podem passar para quem estiver assistindo. Esse é o "De Férias Com o Ex Brasil" e não há nesse texto nenhuma crítica, o programa é entretenimento puro e, se quiser cultura, leia uma resenha daqui - tem várias neste link - ou vá assistir alguma TV educativa.

De qualquer maneira, o que se vê nesse programa é uma avalanche de falta de respeito mútuo na maneira com que todos que convivem na casa se tratam - para quem gosta de baixaria, é um prato cheio. A nova "ex", que chegou como oferenda no mar, chegou para "causar" e já reinou absoluta na internet. 


"Eu trabalho com reciprocidade. Se você for legal comigo, eu também serei. Mas, se não for, eu vou ser o capeta", disse ela, para delírio da moçada. Gabi Prado, linda, morena, desbocada e com personalidade ardida chegou com tudo. Em comum com a xará, a "Brandt", o histórico de ser ex-do André que odeia, enquanto a outra é "brother" do rapaz que, por sua vez, é ex-"Are You The One Brasil" e está levando muito a sério a profissão de "ex-participante" de realities, já que também ficou confinado na "Casa de Vidro" do "Big Brother Brasil". 


Como o "Tablet do Terror" ordenou que a novata dormisse no quarto com André, ela pediu a companhia de Iure, veterano em criar confusão com o sexo feminino. Desta vez, porque Gabi Prado disse que ele estava "viadando" ao não querer dormir com ela. A frase foi extremamente preconceituosa da parte dela e foi recebida com truculência. "Vai me dar, quer meter gostoso?", reagiu o rapaz. Ela justificou que não quis chamá-lo de "viado", mas que só disse isso assim porque ele "estava com frescura" (o que, na cabeça dela, é próprio de homossexuais) para dormir com ela. 



Iure, por sua vez, reagiu como se ser chamado de "gay" fosse "a pior ofensa do mundo". Ninguém está certo. Ambos exteriorizaram preconceitos em rede nacional sobre sexualidade em pleno século XXI, quando isso não deveria mais ser uma questão. "Ela está querendo causar ou fazer papel de retardada", disse Iure que, no primeiro programa, chamou a participante Ana de "mongolóide". Definitivamente, esse rapaz precisa urgentemente de umas orientações sobre o que não dizer, principalmente, na TV.

Por falar em sexualidade, Gabrielli, que prometia bem mais nas chamadas do programa e até então andava bem apagadinha, finalmente conseguiu se sobressair perante um elenco tão desinibido quando assumiu a bissexualidade diante de caras babacas que têm fetiche de "ver mulheres transando e querem participar" e garotas "pagando de moderninhas" que fingiram não ter preconceito algum. Mas, no final, sem dramas, acabou aplaudida.

Alex, até então par da garota, ainda não sabia. "Pode apavorar", disse ele ao ver Gabrielli conversando no quarto com outro rapaz, como se ela não tivesse vontade própria e fosse só o rapaz querer. Diante da indignação de Gabrielli, o "bezerrão", como é apelidado no programa, confessou: "Primeira vez que meu pau ficou duro por causa dela, vou ter que galar". Menosprezo é pouco, tomara que ela se dê conta disso a tempo.




"As meninas ficam me agarrando me abraçando, eu adoro!", confessou Gabrielli, que contou na mesa ter ficado com quatro mulheres ao mesmo tempo. Há gente "shipando" ela com outra queridinha da audiência, Michelle. Depois, numa brincadeira sem-graça de Gui, Gabi Brandt, outra musa do programa, fingiu que queria terminar para ir a uma festa solteiro. Gabi ficou "puta" da cara e rendeu um meme: "Raphaela, dá uma segurada", disse à moça que vem desempenhando o papel de leva-e-traz e estava se metendo na conversa do casal. Pelo visto, ainda há muito para acontecer e tudo isso, que mais parece um roteiro trash, pelo menos rende boas risadas.


Sobre o autor
Helder Miranda é editor do Resenhando.com há 12 anos. É formado em Comunicação Social - Jornalismo e licenciado em Letras pela UniSantos-Universidade Católica de Santos, e pós-graduado em Mídia, Informação e Cultura pela USP. Atuou como repórter em vários veículos de comunicação. Lançou, aos 17 anos, o livro independente de poemas "Fuga", que teve duas tiragens esgotadas.

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