sábado, 21 de janeiro de 2017

.: "Estudo Para Missa Para Clarice", com Eduardo Wotzik, no CCBB-SP

A peça teatral "Estudo Para Missa Para Clarice - Um Espetáculo Sobre o Homem e Seu Deus", em cartaz no CCBB SP tem sessão extra na próxima quinta-feira, 26 de janeiro, às 17h. 

O espetáculo de Eduardo Wotzik reúne textos da obra da escritora Clarice Lispector sobre Deus e o Sagrado. A temporada segue até 1º de fevereiro, com sessões de quarta a sexta-feira, sempre às 20h, com ingressos a R$20.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

.: Elis Regina - 35 anos de saudade, por Luiz Gomes Otero


Por Luiz Gomes Otero
Em janeiro de 2017

No último dia 19 completaram-se 35 anos da morte da cantora Elis Regina, uma das maiores intérpretes que o país já produziu. A nossa eterna "Pimentinha" deve ser lembrada sempre pela força de sua arte, que era a interpretação única, inigualável. Vamos aqui relembrar alguns desses momentos mágicos que ela proporcionou.

"Madalena" - Composição de Ivan Lins feita no início dos anos 70 e lançada com enorme sucesso por Elis. Grade momento da cantora na época.

"Maria Maria" - Canção de Milton Nascimento e Fernando Brant, gravada por Elis no disco Saudade do Brasil. Essas canções de Milton sempre rendiam momentos mágicos na voz de Elis.
 
"Como Nossos Pais" - Canção de Belchor gravada nos anos 70. A versão definitiva é esta na voz de Elis.

"Alô, Alô, Marciano" - Mais uma do álbum Saudade do Brasil. Canção da amiga Rita Lee. Versão definitiva na voz de Elis.

"As Curvas da Estradas de Santos" - Canção de Roberto Carlos gravada nos anos 70 por Elis. Uma fse influenciada pela soul music.

"O Bêbado e a Equilibrista" - Canção de João Bosco e Aldir Blanc, no final dos anos 70, que se tornou símbolo do fim do período do Governo Militar e o início da fase da abertura. Está no disco "Essa Mulher". 

"Quero" - Canção do disco e do show "Falso Brilhante". Um dos momentos mágicos desse disco. 


"Me Deixas Louca" - Versão em português de uma canção romântica de Armando Manzanero. Última gravação deixada por Elis. Um registro fantástico de interpretação. 


Sobre o autor
Luiz Gomes Otero é jornalista formado em 1987 pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Trabalhou no jornal A Tribuna de 1996 a 2011 e atualmente é assessor de imprensa e colaborador dos sites Juicy Santos, Lérias e Lixos e Resenhando.com. Criou a página "Musicalidades", que agrega os textos escritos por ele.




 

.: "Rocky Horror Show": Faça a dobra do tempo, no Teatro Porto Seguro

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em janeiro de 2017


Como classificar uma produção que explode em sentimentos diversos enquanto acontece com muita precisão diante dos nossos olhos? Missão difícil. "Rocky Horror Show", de Richard O´Brien que ganhou nova versão brasileira pela dupla Charles Möeller e Claudio Botelho, no Teatro Porto Seguro, é fiel à obra original, mantendo a envolvente qualidade que é inesquecível para quem tem o prazer de participar desse espetáculo.



A maravilha em "simplesmente ser, sem temer" é pautada em Frank N´Furter (Marcelo Medici) que brilha com propriedade no palco, empoderando ainda mais a adaptação do fim das amarras sexuais impostas pela padronização ditada pela sociedade. 

É inegável que o alienígena "criador" do sexo sem mistérios, interpretado pelo talentoso Medici, impressiona e não decepciona em nenhum momento. Não! Não é demais dizer que esse é o papel da vida dele. Aqui, ele é o cara, ainda que esteja muito bem posicionado em grandes saltos e vestindo um belíssimo e brilhante corpete!

Entretanto, cabe a Gottsha, como a bilheteira -e também é Magenta-, apresentar um pouco do que virá e prender o público. Objetivo alcançado com total êxito! Definitivamente, o talento vocal da atriz domina todo o teatro. Ah! Os irmãos e amantes Magenta e Riff Raff também estão perfeitos, além de dois fantasmas que dão um toque especial para a continuidade da narrativa.

O abandono da inocência bem representada em Janet (Bruna Guerin) e Brad (Felipe de Carolis) é a pimenta que aperfeiçoa as cenas impagáveis de Furter. Claro que há muito de Tim Curry -intérprete do alienígena na versão cinematográfica da obra (1975)- em Medici. A cantoria e o vigor nas coreografias são fortes e marcantes, o que emociona muito, sendo fã fervoroso da produção ou apenas um curioso interessado. 

Contudo, a produção não é somente pautada em um grande personagem, embora seja fácil perceber que seus olhos, fatalmente, irão procurar por Medici no palco, sempre. No musical, ele é um imã ocular. Como resistir a entrada triunfal de Edy ou a correria insana da criatura Rocky? Assim, cada um dos presentes no teatro pode fazer a dobra no tempo. Detalhe: No encerramento, aos mais livres e que se caraterizam tal qual personagens da trama, um convite perfeito: Dançar no palco com o elenco.




Caso se pegue cantando "meia-noite, no cinema, é um show" ou "eu sou o seu travesti, da transexual Transilvânia", lembre-se de que é preciso "Be just and fear not". Portanto, querer rever o musical,  no Teatro Porto Seguro, não será uma opção descartada. Diante de tantas emoções, infalivelmente, o desejo de rever "Rocky Horror Picture Show" (filme dirigido por Jim Sharman) por diversas e diversas vezes, é algo certeiro. 

Programe-se, pois "Rocky Horror Show", volta ao Teatro Porto Seguro, em 10 de fevereiro. Sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 19h. O Teatro fica na Alameda Barão de Piracicaba, 740, Campos Elíseos, São Paulo. Para quem vai de transporte público, basta aguardar na Estação da Luz, pertinho da entrada do Museu da Língua Portuguesa, há uma van da própria empresa que leva até o Teatro Porto Seguro, sem qualquer cobrança de transporte.



História de "Rocky Horror Show": Uma sessão de cinema à meia-noite que apresenta uma trama pra lá de insana protagonizada por um alienígena chegado em corselet e aventuras sexuais sem amarras. Não há como negar que "Rocky Horror Show" é a perfeita representação da cultura popular dos filmes de ficção científica que sobreviveu ao longo dos anos por meio do carinho dos fãs e diversas adaptações. Todavia, a história da criação de Richard O´Brien não é tão glamourosa, pois após a produção estrear e fazer sucesso num pequeno teatro londrino, em 1973, ao chegar nas salas de cinema, no ano seguinte, com os famosos Barry Bostwick, Susan Sarandon e o pouco conhecido Tim Curry, a recepção não foi a mesma. Assim, o filme foi tirado de circulação. 

Entretanto, as sessões especiais da meia-noite, que faziam sucesso, em 1976, mudaram de vez a história da película da FOX. Sim! A força passou a estar com "Rocky Horror Picture Show" -nome dado ao longa metragem. Desta forma, a produção conseguiu provar que mesmo diante de uma massa torcendo o nariz, por não se permitir entender uma história cheia de "recadinhos", no dia certo, só é preciso encontrar o público certo e a mágica será feita. 



FICHA TÉCNICA
Autor: Richard O'Brien 
Um espetáculo de Charles Möeller & Claudio Botelho
Elenco: Marcelo Medici, Bruna Guerin, Felipe de Carolis, Gottsha, Thiago Machado, Jana Amorim, Nicola Lama, Felipe Mafra, Marcel Octavio, Vanessa Costa e Thiago Garça. 
Texto, Música e Letras: Richard O`Brien 
Versão Brasileira: Claudio Botelho 
Direção: Charles Möeller 
Coreografia: Alonso Barros 
Cenografia: Rogério Falcão 
Direção Musical: Jorge de Godoy 
Iluminação: Rogério Wiltgen 
Visagismo: Beto Carramanhos 
Design de som: Ademir de Moraes Jr. 
Coordenação Artística: Tina Salles 
Direção de Produção: Beatriz Braga 
Produção Executiva: Edson Lopes 
Assistente de Direção: Gustavo Barchilon 
Assistente de Coordenação Artística: Lorena Morais 
Assistente de Coreografia: Vanessa Costa 
Pianista ensaiador: Marcelo Farias 
Assistente de Produção: Bruno Avellar 
Assessoria de Imprensa: Factoria Comunicação 
Mídias Sociais: Leo Ladeira 
Realização: Möeller & Botelho 

SERVIÇO
ESTREIA 10/02/2017
Sextas e sábados, às 21h
Domingos, às 19h
Duração: 90 minutos de duração + 15 minutos de intervalo
Gênero: Teatro Musical
Classificação Etária: 14 anos


*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm




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quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

.: Crônica: A visita das três patetas em um dia chuvoso

Por: Donatella Fisherburg
Em janeiro de 2016



As três patetas que representam distintas gerações: filha, mãe e avó. A mais nova passa como um cavalo doido, ignorando a única pessoa no ambiente. Apenas lança o olhar quando a tal pessoa lhe dá boa tarde. Sem resposta. 

Na sequência, a mãe entra com o celular em mãos e segue sem tirar os olhos do aparelho, embora também tenha ganhado um boa tarde. A atitude sem educação da filha se repete. Por fim, a avó entra e pergunta se a neta encontrou o que procurava. Então, a mãe, mais do que depressa, dispara: - Não! Ela só veio olhar.

Caberia a mim, em bom e alto som sentenciar: Desta forma, retirem-se imediatamente, pois aqui não é museu ou ponto turístico. Não! Infelizmente, guardei mais essa para fechar o dia, embora vontade de usar essas palavras não me tenha faltado.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

.: Exposição “Califórnia Brasileira” homenageará geração rock santista

Exposição “Califórnia Brasileira” homenageará geração rock santista dos anos 90. Evento ainda terá pocket show com banda formada por membros do movimento punk-hardcore da época na cidade.


Aproveitando as pesquisas para o filme "Califórnia Brasileira", será realizada uma exposição com alguns dos cartazes, flyers e objetos que compõem o período de pesquisa do filme, programado para estrear entre março e abril, em Santos.

Para a abertura do evento, nada mais emblemático do que o dia do aniversário da cidade, 26 de janeiro, uma quinta-feira. Na ocasião, haverá a vernissage da mostra, no primeiro piso do Shopping Pátio Iporanga, 19h. A curadoria é do jornalista e cineasta Wladimyr Cruz. O material ficará exposto por duas semanas, gratuitamente, sempre no período em que o shopping estiver em funcionamento.

Depois, 20h, na Praça de Alimentação do local, acontece show acústico com a Savantes, banda formada por integrantes e ex-integrantes de grupos que participaram ativamente da época tratada no filme. No set list, músicas do trabalho autoral da formação e clássicos do punk e do hardcore dos anos 90.

"California Brasileira - A Expo" é uma iniciativa independente de seus realizadores, em parceria com o CineZen Cultural, Santos Film Fest e Shopping Pátio Iporanga.

Nos anos 90, Santos foi uma das cidades com maior atividade no cenário punk/hardcore brasileiro. Bandas como Garage Fuzz, Safari Hamburgers, The Bombers, Sonic Sex Panic, Sociedade Armada e muitas outras, além de espaços como Chopp Chopp, London London, Banana Grogue, Bar do 3 e Ilha de Conveniência fizeram o município ganhar a alcunha de Califórnia Brasileira, em alusão ao estado dos EUA onde surgiram, na mesma década, Offspring, Green Day, No Doubt, Sublime, e muitas outras bandas clássicas do gênero. Apoios de Sound of Fish e Bolshoi Supermercado.

Serviço:
"Califórnia Brasileira - A Expo"
Shopping Pátio Iporanga (Avenida Ana Costa, 465) - Santos/SP
Abertura: 26 de janeiro, às 19h
Exposição permanente de 26 de janeiro a 8 de fevereiro - das 10h às 22h (domingo a partir do meio-dia). 

Entrada gratuita

.: Dançarinos se apresentarão em Santos para promover "La La Land"

Recordista na história do Globo de Ouro, com sete prêmios nas sete categorias em que concorria, e favorito ao Oscar “La La Land – Cantando Estações” tem sido considerado um dos melhores filmes dos últimos anos.

O musical, que no Brasil é distribuído pela Paris Filmes, estreia oficialmente na próxima quinta-feira, 19 de janeiro (já teve sessões de pré-estreia desde o dia 12).

Nesse dia, antes da sessão de 21h45,  por volta de 21h15, o Cine Roxy e o Shopping Pátio Iporanga prepararam uma ação especial que possibilitará ao público o gostinho de ver um pouco, ao vivo, do que é mostrado no filme.

Dançarinos da escola Aerodança se apresentarão no terceiro piso do shopping, próximo à sala 4 (onde será exibido o longa).

Serão executadas três músicas da trilha sonora, com os artistas evocando - nas coreografias e figurinos - a obra cinematográfica dirigida por Damien Chazelle. Essa apresentação é gratuita.

Os ingressos para essa sessão e as demais estão à venda no site do Roxy (www.cineroxy.com.br). Alguns ingressos exclusivamente para a exibição de 21h45 do dia 19 serão sorteados nas páginas do cinema (www.facebook.com/cineroxyoficial) e do Pátio Iporanga (www.facebook.com/shoppingpatioiporangasantos) no Facebook. Mais informações sobre a Aerodança: http://www.aerodanca.com/quem-somos/.

Sobre o filme:
Com roteiro e direção do indicado ao Oscar Damien Chazelle (de “Whiplash – Em Busca da Perfeição”, de 2014), “La La Land” retrata a história de Mia (Emma Stone), uma aspirante a atriz, e Sebastian (Ryan Gosling), talentoso músico de jazz que está se dedicando a carreira e se encontram em uma cidade conhecida por destruir esperanças e quebrar os corações. Ambientado na moderna Los Angeles, este musical original sobre o cotidano explora a graça e a dor de perseguir os seus sonhos.

O filme já recebeu mais de 120 prêmios e 180 indicações pelo mundo. No Globo de Ouro, foi indicado e premiado nas categorias Filme Comédia/Musical, Diretor, Roteiro, Canção Original (“City of Stars”), Ator (Ryan Gosling), Atriz (Emma Stone) e Trilha Sonora. Stone também recebeu o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Veneza do ano passado.

Duração: 2h08minutos.
Elenco: Ryan Gosling, Callie Hernandez, Emma Stone, John Legend, Rosemarie DeWitt, Finn Wittrock.
Outras informações e horários: http://cineroxy.com.br/filme/la-la-land-cantando-estacoes

Trailer: 


Serviço:
Intervenção artística com dançarinos da escola Aerodança para promover o filme “La La Land”
Quinta-feira, 19 de janeiro, 21h15
3º piso do Shopping Pátio Iporanga – Avenida Dona Ana Costa, 465, Gonzaga. 
Apresentação gratuita. 
Sessão do filme 21h45 e demais horários – Ingressos à venda no site www.cineroxy.com.br. 
Alguns ingressos para essa sessão especificamente das 21h45 de 19/01 serão sorteados no Facebook. 

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

.: Globo Livros lança "O Livro do Cinema", novo volume da série

"O Livro do Cinema", lançamento da Globo Livros e décimo volume da série "As Grandes Ideias de Todos os Tempos", revela aos cinéfilos e aos amantes da sétima arte os  detalhes dos principais filmes já produzidos desde o começo do século XX, como "Viagem À Lua", do francês Méliès. A edição explora mais de 100 filmes, incluindo obras atuais, como "Gravidade" e "Boyhood", e nacionais, como "Deus e o Diabo na Terra do Sol", "Central do Brasil" e "Cidade de Deus".

Escrito por especialistas em cinema, o livro constrói uma narrativa histórica do cinema e conta com informações sobres personagens, diretores, roteiros, temas-chave e indicação de filmes relacionados. Cada capítulo mostra como um filme surgiu, quais foram suas inspirações e como foi realizado. Com linguagem simples e projeto gráfico sofisticado, a publicação é recheada de imagens icônicas, pôsteres e infográficos.

Para a seleção das obras incluídas no livro, foram consideradas produções que tiveram alguma relevância do ponto de vista da crítica e do público, e também aquelas não consagradas em sua época, mas que foram tomadas como obras-primas décadas depois. 

Ao longo das páginas, filmes de ação convivem com os de faroeste, os românticos com os de neorrealismo e os musicais com os de suspense em uma lista que contempla diversas nacionalidades e línguas. O livro do cinema é uma verdadeira coletânea de símbolos.

Outros livros da coleção publicados pela Globo Livros:
"O Livro da Filosofia", "O Livro da Psicologia", "O Livro da Política", "O Livro da Ciência", "O Livro das Religiões", "O Livro da Economia", "O Livro dos Negócios", "O Livro da Sociologia" e
"O Livro da Literatura".

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

.: Crônica: A geleca que não temos e nem teremos

Por: Mary Ellen Farias dos Santos*
Em janeiro de 2017



- Quanto está a geleca?

Logo de cara, não entendi a busca de um item como aquele, ainda mais que o questionamento saiu da boca de uma menininha extremamente tímida, mas muito linda.

Embora tenha estranhado a pergunta, rapidamente, fiz um esforço. 

- Como?

A menina encolheu os braços, repetiu a pergunta bem baixinho e ela mesma respondeu, dizendo que não tinha, enquanto deu as costas em ágil saída.

De fato, até seria uma boa trabalhar com esse produto caso os planos não fossem outros. 


*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm

sábado, 14 de janeiro de 2017

.: “Collision Course”: Far From Alaska e Ego Kill Talent divulgam nova faixa

Antes de viajar para os EUA para gravar o segundo disco de inéditas da carreira, a banda de rock Far From Alaska se juntou com os caras do Ego Kill Talent para lançar a faixa colaborativa “Collision Course”. 

A canção, feita em parceria pelos dois grupos, já está disponível em todas as plataformas digitais, via Elemess e com um clipe lançando também hoje no You Tube. O vídeo inclui cenas de shows das duas bandas e dos dias em estúdio durante a produção da faixa.

Clipe de “Collision Course”

Gravado no Family Mob Studios, em São Paulo, o single tem uma sonoridade pesada e furiosa, calcada num stoner rock de arranjo moderno. “A faixa nasceu de uma jam entre as duas bandas, a partir de ideias prontas que cada uma trouxe consigo”, explica Raphael Miranda, baterista do Ego Kill Talent, sobre o processo de criação da música. O grupo lança na semana que vem, no dia 20 de janeiro, seu primeiro disco cheio, Ego Kill Talent.

“Collision Course” traz uma letra que evoca modos de fuga e libertação dos pensamentos nocivos. “A faixa mostra uma discussão entre um casal, uma briga que vai gerando uma explosão. No final, as duas partes percebem que perderam muito tempo brigando e que isso não valeu a pena”, comenta a vocalista Emmily Barreto, da Far From Alaska.


Formada por Emmily Barreto (vocais), Cris Botarelli (Steel Guitar, Sintetizador e vocais), Rafael Brasil (guitarra), Edu Filgueira (baixo) e Lauro Kirsch (bateria), a Far From Alaska é uma banda brasileira de rock formada em Natal (RN) no ano de 2012. Com riffs pesados, fortes elementos eletrônicos e o vocal feminino de Emmily, a FFA se coloca hoje como um dos nomes mais promissores da atual cena do rock brasileiro. O primeiro disco, modeHuman (2014), foi eleito um dos "10 Melhores Álbuns do Ano" pela revista Rolling Stone Brasil. Em 2016, a banda se apresentou em relevantes festivais brasileiros, como o DoSol, João Rock, Maximus Festival e Porão do Rock. A FFA também marcou presença em festivais internacionais, como o norte-americano SXSW (South by Southwest) em Austin, Texas e na feira francesa Midem, onde conquistou o prêmio “We Are the Future” (banda revelação) no Midem Awards.

Formada em 2014, a Ego Kill Talent é uma banda brasileira de rock formada por músicos experientes na cena nacional do gênero, vindos de bandas como Reação em Cadeia, Diesel/Udora e Sepultura. Os integrantes, Jean Dolabella (guitarra), Jonathan Correa (vocal), Raphael Miranda (bateria) e Theo Van Der Loo (guitarra e baixo) já possuem dois EPs lançados: Sublimated (2015) e Still Here (2016). O nome da banda é uma abreviação do ditado “too much ego will kill your talent” [muito ego pode matar seu talento], que também explica a preferência da banda para criações feitas em coletivo. Mesmo com pouco tempo de estrada, a Ego Kill Talent já se apresentou em palcos importantes na cena nacional, entres eles o do festival Lollapalooza Brasil 2016. 


sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

.: Crítica de “Morte Acidental de Um Anarquista”

Por Helder Miranda
 Em janeiro de 2017


“Morte Acidental de Um Anarquista” – que teve a última temporada abrigada com sucesso e lotação esgotada no Teatro Folha e reestreia nesta sexta-feira, 13 de janeiro, no Teatro Tuca – é sobre as máscaras sociais que colocamos durante o longo do percurso. O texto do italiano Dario Fo, Prêmio Nobel de Literatura, falecido em outubro do ano passado, ganha vida, e força, com as interpretações de Dan Stulbach, Henrique Stroeter, Riba Carlovich, Maíra Chasseraux, Marcelo Castro e Rodrigo Bella Dona, além da música ao vivo de Rodrigo Geribello, que é um personagem à parte e, direta ou indiretamente, está presente em todas as cenas.

Assistimos a última apresentação do ano passado no Teatro Folha, esse aconchegante reduto, e o que pudemos ver foi uma explosão de arte. Desde os atores à respiração do público, tudo conspira a favor da história real de um crime que aconteceu, com toques de ficção. Dan Stulbach é um homem que assume diversas personalidades e tipos, um prato cheio para que ele mostre, mais uma vez, que é, indiscutivelmente um bom ator.

Há, nesse espetáculo, a combinação entre talento, bom texto e crítica social salpicada de um humor que abraça. No palco e na plateia, personagens e espectadores que, em um certo momento, deixam de ser público para se tornarem parte da história que está sendo contada.

Cada olhar atento, cada pausa, cada gesto constrói uma espécie de atmosfera que pode ser vista, embora invisível, e poucas vezes vi isso dentro de um espetáculo – talvez até o próprio espaço do Teatro Folha, tão doce, tão aconchegante, tão lindo, tenha contribuído para isso. Dário Fo falou sobre a loucura nossa de cada dia. Dan Stulbach e elenco, por sua vez, brincam com a sanidade, de maneira em que tornam comum o que seria considerado loucura. O texto, os atores, o público, o privado e o espaço, naquele momento, conspiram a favor do teatro: a quarta parede foi quebrada.

História real
A comédia “Morte Acidental de Um Anarquista”, que já foi apresentada em duas temporadas de sucesso em horário alternativo, volta ao palco agora aos finais de semana. A montagem do texto de Dario Fo, prêmio Nobel de Literatura em 1997 e um dos dramaturgos mais importantes da atualidade.

O espetáculo é sobre um louco, cuja doença é interpretar pessoas reais, que é detido por falsa identidade. Na delegacia, se passa por um falso juiz na investigação do misterioso caso do anarquista. A polícia afirma que ele teria se jogado pela janela do quarto andar. A imprensa e a população acreditam que foi jogado. O que teria acontecido realmente? O louco vai enganando um a um, assumindo várias identidades e brincando com o que é ou não é real.

O autor Dario Fo partiu de um caso verídico, o “suicídio” de um anarquista em Milão em dezembro de 1969. Sua engenhosidade, sua capacidade de escrever diálogos cortantes, de criar tipos diversos dentro de uma mesma peça, representados por um mesmo ator, aliado a um profundo senso cômico, dão dimensão universal ao texto. É sua peça mais conhecida, montada no mundo inteiro. Recentemente em Londres, foi encenada com referências ao caso Jean Charles de Menezes.

26ª edição do Festival de Férias Até dia 29 de janeiro, o Teatro Folha realizará a 26ª edição do Festival de Férias. Considerando a qualidade e diversidade de estilos e linguagens, a programação tem sete peças para as crianças e, pela primeira vez, duas montagens destinadas ao público jovem (“O Alvo Parte 1 – Ser ou Não Ser o Centro das Atenções” e “O Alvo Parte 2 – Hateclub”).

Para o público a partir de 3 anos de idade, o Festival de Férias traz as peças “Os Saltimbancos”, a saga de quatro bichos que formam um grupo musical; “Pluft, o Fantasminha”, um clássico do teatro infantil  brasileiro escrito por Maria Clara Machado; “João e Maria”, encenação da Cia. Le Plat du Jour; e “Branca de Neve”, com trilha sonora reunindo músicas dos Beatles. Também para esta faixa etária haverá a montagem “Os Três Porquinhos”, com direção de Pitty Webo, que fará a estreia no festival e continuará em cartaz até o final de março.

O Festival de Férias também terá duas montagens para crianças na faixa etária a partir de 6 anos de idade: “Watchatchá, Um Viagem Pela Ciência”, produção da Mad Science; e “O Imprevisível Circo da Lua”, um freak show da Cia Paraladosanjos que faz uma homenagem aos primeiros circos da Terra. O Teatro Folha fica no Shopping Pátio Higienópolis - Av. Higienópolis, 618 / Terraço / tel.: (11) 3823-2323 - Televendas: (11) / 3823 2423 / 3823 2737 / 3823 2323.

Sobre o crítico
Helder Miranda é editor do portal Resenhando há 12 anos. É formado em Comunicação Social - Jornalismo e licenciado em Letras pela UniSantos -Universidade Católica de Santos, e pós-graduado em Mídia, Informação e Cultura pela USP. Atuou como repórter em vários veículos de comunicação. Lançou, aos 17 anos, o livro independente de poemas "Fuga", que teve duas tiragens esgotadas.

.: Isabella Taviani viaja no som dos Carpenters

Por Luiz Gomes Otero
Em janeiro de 2017
 
Homenagens na música tendem a ter uma certa carga emocional. Isso porque quem presta o tributo já se emocionou em algum momento ao ouvir a voz ou as canções interpretadas pelo artista homenageado. Este é o caso do disco de Isabella Taviani, "Carpenters Avenue", no qual recria de forma delicada e competente as canções do duo de irmãos Carpenters, que predominou durante a década de 70 até o início dos anos 80.

Para quem não conhece, os Carpenters eram basicamente o duo de irmãos Karen e Richard, sendo dele a autoria dos arranjos e de boa parte das canções. Karen tocava bateria inicialmente, mas logo passou para a frente do palco ao soltar a bela voz que tinha. A dupla encerrou as atividades em 1983, depois da morte repentina de Karen nos Estados Unidos.

Isabella Taviani procurou respeitar os arranjos originais. E tem um timbre próximo do de Karen. Mas não pense que o disco parece uma cópia da gravação original. Taviani tem brilho próprio e sabe bem como conduzir uma canção e agradar ouvinte.

O disco tem participação de Dionne Warwick na faixa "Close To You". E a escolha teve um significado especial, pois Dionne era amiga dos irmãos homenageados. Há ainda a participação de Monica Mancini na delicada canção "Sometimes".

Em "For All We Know", Isabela mostra bem como a melodia da canção pode ser reciclada com algumas pequenas nuances no arranjo. Ficou sensacional. "Rainy Days And Mondays", outro hit emblemático do duo, ganhou uma interpretação bonita, assim como a releitura de "Please Mr. Postman", que ficou com toques quase jazzísticos em alguns momentos. O repertório seleto inclui ainda hits como "Only Yesterday", "We´ve Only Just Begun" e "Can´t Smile Without You", entre outras pérolas redescobertas pela brasileira.

O resultado do trabalho ficou muito bom e deve ter orgulhado Richard Carpenter, com certeza. E para nós, só resta agradecer Isabella Taviani por este belo presente. Que venham novos trabalhos de bom gosto para o futuro.

"Close To You"

"Please Mr. Postman"
 
"We´ve Only Just Begun"

"Only Yesterday"

Sobre o autor

Luiz Gomes Otero é jornalista formado em 1987 pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Trabalhou no jornal A Tribuna de 1996 a 2011 e atualmente é assessor de imprensa e colaborador dos sites Juicy Santos, Lérias e Lixos e Resenhando.com. Recentemente, criou a página "Musicalidades", que agrega os textos escritos por ele.



 

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

.: Estação da Cidadania recebe lançamento do livro "Cracolândia..."

A Estação da Cidadania, em Santos, recebe neste sábado, 14 de janeiro, das 17h às 19h, o lançamento do livro-reportagem "Cracolândia: Território do Abraço", do jornalista Lincoln Spada, com entrada gratuita. O trabalho tem parceria com a Associação de Desenvolvimento Econômico e Social às Famílias (Adesaf) e a editora Imaginário Coletivo.

A obra, de 192 páginas e baseada em pesquisas acadêmicas, mostra histórias de superação ocorridas na cracolândia paulistana, localizada no bairro Campos Elíseos, onde um rapaz alfabetizado virtualmente reencontra o e-mail da irmã, um idoso refaz suas memórias ao esboçar quadros e uma mãe sai do caminho das pedras por meio da confecção de roupas.

Serviço
Lançamento do livro ‘Cracolândia: Território do Abraço’
Sábado, 14 de janeiro, das 17h às 19h
Estação da Cidadania - Av. Ana Costa, 340, Santos
Entrada gratuita

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