sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

.: Entrevista: Gil do Vigor fala sobre o documentário "Gil na Califórnia"


Documentário embarca com Gil do Vigor para a Califórnia. Fotos: Globo/Divulgação

Autor da autobiografia "Tem que Vigorar!: Como me Aceitei, Venci na Vida e Realizei Meus Sonhos", o economista Gilberto Nogueira, que virou paixão nacional após ter participado da última edição do reality show "Big Brother Brasil" e ficou conhecido como Gil do Vigor, também estrela a seríe documental "Gil na Califórnia".

Com direção geral de Patricia Carvalho e direção de Patricia Cupello, "Gil na Califórnia" já está no catálogo do Globoplay.  Em cinco episódios, a série documental mostra a mudança do economista e ex-"BBB’, para realizar o sonho de estudar fora do país. O seriado conta com uma captação documental íntima e ágil, que mostra a rotina e os destinos que Gil percorre no norte do estado da Califórnia. 

Ainda no Brasil, parte da equipe acompanhou o economista nos preparativos para a viagem, e foi buscar um pouco de seu passado em Pernambuco. Na terra natal de Gil do Vigor, foram captados depoimentos de pessoas próximas, como familiares, professores e amigos, que ajudaram a contar a história dele antes de ser conhecido pelo público. 

Quando Gil do Vigor chegou aos Estados Unidos - onde foi gravada a maior parte da série -, uma produtora local o esperava para dar início aos registros desta nova fase. Durante as três semanas que precederam o início das aulas do PhD, os profissionais estiveram juntos do ex-"BBB", acompanhando sua instalação no país, os passeios e descobertas, a conexão com brasileiros, estrangeiros e americanos que encontrou. 

Em seus primeiros dias na Califórnia, Gilberto Nogueira esteve em cidades como São Francisco, Napa Valley, Sacramento, Sonoma, Benicia e Davis (onde mora). Nos passeios turísticos, Gil do Vigor fez mais do que simplesmente visitar os lugares. Ele também encontrou, em cada canto conexões com sua identidade, que o fizeram refletir sobre sua jornada até ali. Pelo caminho, descobriu, por exemplo, a história do movimento gay na Califórnia.

Além de desbravar destinos emblemáticos da Califórnia - desde o bairro de Castro, em São Francisco, até as vinícolas de Napa Valley - ao longo dos episódios, o documentário mostra que Gil se vê cercado por novos sentimentos que a distância de casa traz. A adaptação ao país e ao idioma também pesam em determinados momentos. Por isso, o medo e a insegurança o acompanham nessa nova fase, mas a ajuda de amigos, a fé e o foco no objetivo de estudar se mostram essenciais para a continuidade de seu maior sonho de vida: conquistar o título de PhD em Economia. 

"Gil na Califórnia" é um documentário original Globoplay, realizado pelo núcleo que produz documentários e especiais de Mariano Boni, diretor de gênero de Variedades da Globo. A obra tem direção executiva de Rafael Dragaud, direção geral de Patrícia Carvalho, direção de Patricia Cupello e roteiro de Washington Calegari. Na entrevista a seguir, Gil do Vigor fala sobre a nova fase.

Algum dia imaginou ter um documentário sobre sua vida?
Gil do Vigor -
Naqueles meus sonhos, planos e nas minhas loucuras, eu sonhei, sim. Mas acho que nunca acreditei realmente que fosse acontecer. Eu me permitia sonhar e acreditar e, dentro desses meus sonhos e crenças, eu imaginava como seria ter um filme ou documentário contando um pouco da minha história. É muito doido, é aquele tipo de coisa que a gente sonha, pensa e imagina. Mas, quando a gente volta para “o mundo real”, a gente fala: "isso não vai acontecer nunca".


Como foi ser acompanhado pela equipe?
Gil do Vigor - 
A equipe foi maravilhosa, a gente virou uma família realmente. Foi uma experiência muito incrível, bem parecida com o "Big Brother" porque tem uma câmera sempre, e diferente porque não estava gravando sempre. Quando eles começavam a gravar, eu sabia que eles estariam comigo o tempo todo ali com a câmera e o microfone ligados. De alguma forma, por incrível que pareça, matava um pouquinho da saudade do programa.
 

Você acha que, no documentário, o público vai conhecer um Gil diferente daquele do "BBB"? Teremos a oportunidade de ver o Gil da matemática?
Gil do Vigor - 
Acho que vão ver um Gil um pouquinho diferente, mas também um Gil da cachorrada, do regozijo. Eu quero muito que vejam o Gil da matemática também.


Você agora inicia uma nova fase da sua vida. O que vai mudar daqui para frente?
Gil do Vigor - 
Vai mudar muita coisa e eu acho que já estou conseguindo sentir a mudança. Eu acho que já estou conseguindo respeitar mais o espaço do outro, entender um pouco mais da cultura, entender o valor do meu país, da minha comida, do meu povo. Isso não tem preço. Automaticamente, entender o valor da segurança, do respeito. Eu acho que tudo tem os seus prós e contras. Agora, eu sou um acadêmico, estou lendo aqui e estudando inglês. O idioma progrediu muito também. Daqui para frente é um Gil que vai abrir a mente a novas oportunidades, novas culturas, novas pessoas. Eu não gostava de julgar, mas acabava julgando. Acho que a gente tem esse impulso de julgar à primeira vista, mas a gente tem que aprender a fazer isso cada vez menos, porque não temos direito de julgar ninguém. Está sendo um aprendizado muito grande viver essa nova fase. Espero que as pessoas gostem. A minha mensagem para todo mundo é: a gente só consegue viver uma vez. Então, fazer essa uma vez valer a pena é muito importante. Eu quero muito fazer valer a pena.


.: Rock in Rio 2022: 9 de setembro com Green Day de headliner no Palco Mundo

Banda americana premiada com o GRAMMY® estreia no festival, que também contará na mesma noite com Fall Out Boy, Billy Idol e Capital Inicial. No Palco Sunset, uma das atrações mais pedidas pelos fãs, cantora canadense Avril Lavigne faz seu primeiro show no festival


O Rock in Rio acaba de anunciar o último headliner do Palco Mundo para a edição de 2022 e mais uma atração principal do Palco Sunset. Os membros do Rock and Roll Hall of Fame, Green Day, serão os responsáveis por fechar a noite do dia 9 de setembro, que também contará com a banda de rock renome global Fall Out Boy, o icônico Billy Idol e os brasileiros do Capital Inicial no line-up do espaço. No mesmo dia, no Palco Sunset, a cantora canadense Avril Lavigne vai agitar o público com os seus clássicos hits que marcaram toda uma geração. Agendado para os dias nos dias 2, 3, 4, 8, 9, 10 e 11 de setembro de 2022, o festival acontece no Parque Olímpico, no Rio de Janeiro.

Pisando pela primeira vez no palco do maior festival de música e entretenimento do mundo, o Green Day vai entregar um show recheado de hits multiplatina como "American Idiot", "Boulevard Of Broken Dreams", "Wake Me Up When September Ends" e "21 Guns", além de músicas inéditas. O trio formado por Billie Joe Armstrong (guitarrista e vocalista), Mike Dirnt (baixista e vocalista) e Tré Cool (baterista) é conhecido por embalar a plateia em seus shows e acabaram de concluir a turnê Hella Mega Tour, que percorreu 20 estádios na América do Norte.

Após um show memorável em 2017, o Fall Out Boy retorna ao Rock in Rio na edição de 2022. A banda de pop punk formada por Patrick Stump (vocal e guitarra), Pete Wentz (baixo), Andy Hurley (bateria) e Joe Trohman (guitarra) subirá ao Palco Mundo onde cantará seus sucessos como "Centuries", "Sugar, We’re Goin Down", "Thnks fr th Mmrs"e "My Songs Know What You Did In The Dark".

Já o lendário rockeiro Billy Idol, que esteve no Rock in Rio em 1991 e estava confirmado na edição de 2017, mas precisou cancelar a apresentação, volta ao Brasil após 31 anos de sua primeira e única passagem no país para uma performance inesquecível e repleta de sucessos. No setlist, os fãs da Cidade do Rock podem esperar por clássicos como "Rebel Yell", "White Wedding", "Eyes Without a Face" e "Dancing With Myself".

Uma das bandas brasileiras mais queridas pelo público também foi confirmada para a próxima edição do Rock in Rio. O Capital Inicial será o responsável por abrir a noite e colocar a Cidade do Rock para tremer no dia 9 de setembro. Hits como "Natasha", "Primeiros Erros", "À sua Maneira", "Fogo" e "Tudo Que Vai" não faltarão no setlist da banda.

Agora, falando em Palco Sunset, a princesa do rock também estará na Cidade do Rock no dia 9 de setembro. Avril Lavigne faz sua estreia no Rock in Rio e será a headliner do espaço queridinho do público e da crítica. Umas das atrações mais solicitadas pelo público, a cantora canadense vai animar e emocionar o público com seus sucessos que marcaram toda uma geração de rockeiros dos anos 2000. No repertório as canções lendárias "Sk8er Boi", "Complicated", "Girlfriend", "When You’re Gone", "My Happy Ending", entre outras, estarão presentes.

Para alavancar doações para o Natal Sem Fome, Rock in Rio, em parceria com Ação da Cidadania, sorteia 250 pares de ingressos para a edição de 2022

O Rock in Rio preparou uma ação especial neste fim de ano que vai impulsionar ainda mais o combate a fome no país. Em uma parceria com a ONG Ação da Cidadania, o festival promove a campanha do Natal Sem Fome com o intuito de incentivar uma maior arrecadação de doações que vão levar alimentos a diversas famílias brasileiras. Entre os dias 7 e 25 de dezembro, aqueles que realizarem doações a partir de R﹩ 20 para a campanha estarão concorrendo a um par de ingressos de gramado para a próxima edição do Rock in Rio, em setembro de 2022. Ao todo, a promoção vai premiar 250 pares de ingressos. Também para que mais pessoas possam se engajar nesta causa, a campanha estará presente para todo o país nas plataformas digitais do evento e ganhará as ruas do Rio de Janeiro pelas mídias out-of-home (OHH).

As doações para a ONG Ação da Cidadania em parceria com o Rock in Rio são feitas por meio do Natal Sem Fome, pelo site . Desde o início da pandemia, em março de 2020, a entidade arrecadou cerca de 32 mil toneladas de alimentos que foram destinados a mais de 12,5 milhões de pessoas em todo o país.

Sobre Green Day: Formada em Berkley e cinco vezes vencedora do Grammy, a banda de rock Green Day é uma das bandas mais vendidas de todos os tempos com mais de 70 milhões de discos vendidos em todo o mundo e 10 bilhões de transmissões audiovisuais acumuladas. Seu álbum "Dookie", que vendeu mais de 10 milhões de cópias e alcançou o status de diamante, é amplamente creditado por popularizar e reviver o interesse pelo punk rock, catapultando uma longa carreira de singles de sucessos que atingiram os primeiros lugares nos rankings. O lançamento do icônico "American Idiot" pelo Green Day chamou a atenção dos Estados Unidos, vendendo mais de 7 milhões de cópias apenas nos EUA, levando para casa o prêmio Grammy de Melhor Álbum de Rock, além de ganhar uma adaptação aclamada pela crítica para o palco da Broadway. Lançado em 7 de fevereiro de 2020, o décimo terceiro álbum de estúdio do Green Day, "Father Of All Motherfuckers", estreou em primeiro lugar na parada de vendas de álbuns da Billboard e em primeiro lugar no Reino Unido e na Austrália. O site americano Pitchfork declarou: "As canções mais atraentes e juvenis do Green Day em anos. O trio parece revigorado, mais como recém-chegados famintos reivindicando seu direito."

Sobre Fall Out Boy: Fall Out Boy consolidou sua posição como uma das bandas mais bem sucedidas do rock. Seu sétimo álbum de estúdio "M A N I A" estreou em # 1 na Billboard 200 em janeiro de 2018 e recebeu uma indicação ao GRAMMY de Melhor Álbum de Rock. O álbum é o terceiro consecutivo e o quarto álbum # 1 geral da banda, respectivamente, e apresenta as faixas de sucesso "The Last of the Real Ones", "Champion" e "HOLD ME TIGHT OR DON’T". Em 2021, o Fall Out Boy marcou presença em estádios americanos no THE HELLA MEGA TOUR ao lado do Green Day & Weezer, que foi saudado como "o melhor line up de uma turnê de rock em 2021" (USA Today) e "serviu um buffet de sucessos na frente de uma das maiores plateias dos Estados Unidos" (Billboard). A turnê continuará pela Europa e Reino Unido em 2022, e está atualmente nomeada para a Principal Turnê do Ano e Melhor Turnê de Rock no 33º prêmio anual da Pollstar.

Em 2015, Fall Out Boy lançou seu sexto álbum de estúdio de platina "AMERICAN BEAUTY/ AMERICAN PSYCHO", que estreou em # 1 na Billboard 200 e alcançou a posição # 1 no iTunes em mais de 22 países no seu lançamento em janeiro de 2015. Os dois primeiros singles do álbum "Centuries" e "Uma Thurman" foram certificados pela RIAA 4x e 2x platina, respectivamente. "AMERICAN BEAUTY/AMERICAN PSYCHO" seguiu "SAVE ROCK AND ROLL", álbum de ouro indicado ao GRAMMY, que estreou em # 1 na Billboard 200 e # 1 no iTunes em 27 países no seu lançamento em abril de 2012 e traz o hit multiplatina "My Songs Know What You Did In The Dark (Light Em Up)" e o hit "Alone Together". "SAVE ROCK AND ROLL" foi a segunda estreia # 1 da banda; o disco de platina "Infinity On High" liderou as paradas em 2007, após o álbum multi-platina "From Under The Cork Tree" lançado em 2005.

Eles foram recentemente nomeados para o MTV Video Music Award 2019 de BEST ROCK VIDEO ("Bishops Knife Trick") e ganharam ARTISTA FAVORITO: ALTERNATIVE ROCK no American Music Awards 2015, BEST ROCK VIDEO no MTV Video Music Awards 2015 e MELHOR BANDA ALTERNATIVA no People's Choice Awards de 2014. Fall Out Boy também escreveu a canção "Immortals", apresentada no filme de sucesso da Disney Big Hero 6, que liderou as bilheterias em seu lançamento em novembro de 2014 e foi indicado ao Oscar, e já ultrapassou ﹩ 222 milhões nas bilheterias dos EUA e ﹩ 650 milhões globalmente.

Sobre Billy Idol: Por quarenta e cinco anos, Billy Idol tem sido um dos rostos e vozes do rock'n'roll, com um currículo artístico extenso. Primeiro artista consagrado como o fotogênico frontman da Geração X, entre 1977 e 1981, Billy emergiu com três álbuns que tornaram positividade, profundidade emocional e alto pop sinônimos de punk rock. Em 1982, Billy embarcou em uma notável carreira solo que transcendeu gêneros e continentes e integrou o pulsar do clubland, a profundidade e o drama da tela larga, o desespero do rockabilly, as linhas ousadas e simples do punk e a decadência do rock'n'roll.

Décadas depois de seu início de carreira, Billy Idol ainda faz músicas deslizantes, agitadas e cinematográficas sobre o pecado, a redenção e o amor pelo rock'n'roll. É isso que o público encontrará em "The Roadside", o primeiro lançamento de material original de Billy Idol em sete anos. Produzido por Butch Walker (Green Day, Weezer, entre muitos outros), "The Roadside" leva Billy Idol a águas novas, mas familiares, cheias de cor, poder, atmosfera, atitude e mistério.

On The Roadside Billy Idol é acompanhado por seu amigo e colaborador desde 1981, o guitarrista e co-compositor Steve Stevens. Por 40 anos - 40 anos! ¬- Steve foi o assassino sônico de Billy Idol e mestre misturador de tons e texturas, o triturador do homem pensante e o triturador de Picasso.

Sobre Capital Inicial: Em seus quase 40 anos de carreira o Capital Inicial conseguiu fazer o cross-over e entrar no lar dos brasileiros devido a sua relevância e a seu extenso repertório de hits - um feito bastante raro quando se trata de uma banda de rock. Por isso, talvez seja hoje a maior banda de rock nacional em atividade, gozando de respeitabilidade no meio musical, e sendo uma referência para o mercado.

O Capital Inicial foi formado pelos irmãos Fê e Flávio Lemos, em 1982, em Brasília, logo após o fim do Aborto Elétrico. Atualmente é formada por Dinho Ouro Preto (vocal), Yves Passarell (guitarra), Fê Lemos (bateria) e Flávio Lemos (baixo).

Entre os grandes sucessos da banda estão "Primeiros Erros", "Natasha", "A Sua Maneira", "Não Olhe Prá Trás", "Todas as Noites", "Eu Vou Estar" e muitas outras que fizeram a banda ser umas das recordistas de vendas do rock nacional e somar mais de 10 milhões de fãs entre as cinco principais redes sociais e plataformas de streaming.

Sobre Avril Lavigne: Considerada um dos principais nomes que contribuíram para o desenvolvimento da música pop influenciada pelo punk, Avril Lavigne abriu espaço para a ascensão de mulheres nesse cenário. Precedido pelo single de sucesso "Complicated", o seu primeiro álbum de estúdio, chamaso "Let Go" foi um sucesso se tornando um dos discos mais vendidos da década. Os álbuns seguintes, "Under My Skin", de 2004, e "The Best Damn Thing", de 2007 deram continuidade a seu sucesso internacional da cantora, sendo que o último gerou a canção com maior número de vendas digitais em 2007, com "Girlfriend". A artista também compôs "Alice" como tema para a adaptação cinematográfica de Alice no País das Maravilhas, lançado em 2010. Posteriormente a cantor também lançou os álbuns "Goodbye Lullaby", de 2011, "Avril Lavigne", de 2013, e "Head Above Water", de 2019. Seu recém-lançado single "Bite Me", é a primeira música divulgada do seu novo álbum de estúdio, que ainda não teve seu título revelado.

Sobre o Rock in Rio: O Rock in Rio foi criado para dar voz a uma geração e promover experiências únicas e inovadoras. Em 1985, o evento foi responsável por colocar o Brasil na rota de shows internacionais. Batendo recordes de público a cada edição e gerando impactos positivos nos países onde é realizado, se consagrou como o maior festival de música e entretenimento do mundo. Consciente do poder disseminador da marca, hoje o Rock in Rio pauta-se por ser um evento com o propósito de construir um mundo melhor para pessoas mais felizes, confiantes e empáticas num planeta mais saudável.

A internacionalização da marca começou por Portugal, Lisboa, em 2004, onde o evento acontece até hoje, seguido por Espanha (Madri) e pelos Estados Unidos (Las Vegas). No Rock in Rio, os números não param de crescer. Pelas Cidades do Rock já passaram mais de 10 milhões de visitantes nestas 20 edições. Em 35 anos, o festival ganhou o mundo e tornou-se um verdadeiro parque de experiências, mas muito além disso, cresceu e ampliou a sua atuação, sempre com o olhar no futuro.

Adotando e incentivando práticas que apoiam o coletivo, o Rock in Rio preza pela construção de um mundo melhor e se une a empresas que possuem este mesmo olhar e diretriz. Em 2013, foi reconhecido por seu poder realizador ao receber a certificação da norma ISO 20121 - Eventos Sustentáveis. Desde a primeira edição, já gerou 237 mil empregos diretos e indiretos e investiu, junto com seus parceiros, mais de R﹩ 110 milhões em diferentes projetos, passando por temas como sustentabilidade, educação, música, florestas, entre outros.

.: Peça-filme "A Idade da Peste" aborda o racismo e disseca a branquitude


Com exibições presenciais e on-line, solo audiovisual com atuação e direção de Cácia Goulart a partir de texto de Reni Adriano estreia na Oficina Cultural Oswald de Andrade e é seguido de debates com Allan da Rosa, Fabiana Moares, Rudinei Borges e Valmir Santos. Na imagem, a atriz Cácia Goulart. Foto: Nelson Kao

O que aconteceria se uma mulher branca de classe média alta realmente se descobrisse branca? A que custo isso se daria, e qual o discurso possível dessa constatação? Foi a partir dessa provocação que o dramaturgo Reni Adriano e a atriz Cácia Goulart conceberam o solo em formato audiovisual "A Idade da Peste", que estreia dia 17 de dezembro de 2021 (até 30 de dezembro) com exibições presenciais na Oficina Cultural Oswald de Andrade (Rua Três Rios, nº 363, Bom Retiro, São Paulo) e on-line pelos canais das Oficinas Culturais do Estado de São Paulo e também no da atriz Cácia Goulart (veja datas e locais no final do texto).

Em cena, Senhora C. assiste ao assassinato do filho da empregada, encurralado pela polícia, dentro da sua casa de classe média alta. O episódio desencadeia um profundo exame de consciência em que os desejos inconfessados da branquitude emergem como um marcador racial aterrorizante, questionando a própria possibilidade de justiça em um mundo feito à imagem e semelhança dos brancos.

Mas engana-se quem espera da atuação de Cácia Goulart uma personagem branca se autoelogiando como "antirracista" ou performando mea culpa e comiseração. "Senhora C. não tem esse complexo de Princesa Isabel; não pretende ser reconhecida como a ‘branca redentora’ da causa. Pelo contrário: ela é consciente da infâmia do lugar racial que ocupa, sabe que esse lugar é indefensável", reflete Cácia, que também assina a direção da peça. Para ela, o risco da abordagem pelo viés escolhido seria a tentação de redimir a personagem, ou cobri-la de elogios por sua consciência racial. "Mas a desgraça dela é saber que não basta ter consciência: ela está, como branca, submersa na indignidade, uma vez que reconhece seu lugar na branquitude, mas é incapaz de desocupar esse lugar privilegiado", conclui.

Para o dramaturgo Reni Adriano, esse assunto costuma ser violentamente rechaçado por pessoas brancas, porque instintivamente reconhecem que subjaz a esse tema-tabu uma dose dolorosa de vergonha e infâmia. "Mas o status da branquitude se perpetua e se atualiza justamente nesse silenciamento", pondera. Além disso, o autor, que é negro, ironiza que escrever para uma atriz branca funcionaria como uma espécie de mascaramento para que brancos possam ouvi-lo de boa vontade. "O fato de sermos um país em que negros não têm um dia sequer de descanso só é possível ao preço de que os brancos tenham uma dignidade muito frágil. Eu quero questionar essa dignidade frouxa dos brancos. Debater racismo com negros é fácil; o que eu quero é racializar os brancos em cena e situá-los no lugar de suas responsabilidades", crava.

Escrita por um dramaturgo negro, portanto, para atuação de uma atriz branca, a peça mobiliza e tensiona os marcadores identitários raciais de modo a evidenciar que, antes de ser um "problema de negros", o racismo é um flagelo de brancos. O exercício de franqueza de uma mulher branca sobre a perversão de seu próprio status identitário torna A idade da peste uma assombrosa reflexão em que pensar o racismo é um debate sobre o mal.

E para aprofundar o debate na urgência exigida pelo tema, a estreia conta com quatro convidados especiais. A exibição presencial do dia 17 de dezembro será seguida de uma conversa com o poeta e dramaturgo Rudinei Borges e o jornalista e crítico Valmir Santos, do Teatrojornal. Já a exibição on-line do dia 20 de dezembro contará com as apreciações do escritor e dramaturgo Allan da Rosa e da jornalista e colunista do The Intercept Brasil Fabiana Moraes. O projeto foi contemplado pelo edital ProAC Expresso Lab 47/2020


Sinopse
Uma mulher branca assiste ao assassinato do filho da empregada, acossado pela polícia, dentro da sua casa de classe média alta. O episódio desencadeia um profundo exame de consciência em que os desejos inconfessados da branquitude emergem como um marcador racial aterrorizante, questionando a própria possibilidade de justiça em um mundo feito à imagem e semelhança dos brancos.

Escrito por um dramaturgo negro para atuação de uma atriz branca, a peça mobiliza e tensiona os marcadores identitários raciais de modo a evidenciar que, antes de ser um "problema de negros", o racismo é um flagelo de brancos. O exercício de franqueza de uma mulher branca sobre a perversão de seu próprio status identitário torna A idade da peste uma assombrosa reflexão em que pensar o racismo é um debate sobre o mal.


Cácia Goulart
Representante do Núcleo Caixa Preta da Cooperativa Paulista de Teatro, fundado em 1999 em parceria com Joaquim Goulart e Edmilson Cordeiro. Atriz, diretora e produtora cultural, três vezes indicada ao prêmio Shell na categoria Melhor Atriz, pelos espetáculos "Navalha na Carne", "Bartleby" e "A Morte de Ivan Ilitch", e duas vezes indicada ao Prêmio Aplauso Brasil - Melhor Direção, pelo espetáculo "De Volta a Reims", e Melhor Atriz e Melhor trabalho de Grupo, pelo espetáculo "Hilda" .


Reni Adriano
Graduado em Filosofia pela PUC/SP, é autor do espetáculo "De Volta a Reims" (2019), inspirado em relato autobiográfico do filósofo francês Didier Eribon. Pelo romance "Lugar" (editora Tinta Negra), recebeu os Prêmios Governo de Minas Gerais de Literatura 2009, na categoria ficção, e o Machado de Assis de Melhor Romance, da Fundação Biblioteca Nacional, em 2010, sendo ainda finalista do Prêmio São Paulo de Literatura 2011.


Allan da Rosa
Escritor, poeta, dramaturgo, historiador e angoleiro. Mestre e doutor em Educação pela USP, é pesquisador em estética e políticas negras. Pela Rádio USP FM, produziu e apresentou os programas "À Beira da Palavra" e "Nas Ruas da Literatura". Como editor, é criador do clássico selo Edições Toró, no princípio do Movimento de Literatura Periférica de SP. É autor dos livros "Pedagoginga, Autonomia e Mocambagem" (editora Pólen/Jandaíra, 2019) e "Águas de Homens Pretos: Imaginário, Cisma e Cotidiano Ancestral" (editora Veneta, 2021), dentre outros.

Fabiana Moraes
Jornalista, professora e pesquisadora do Núcleo de Design e Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco (NDC/UFPE). Três vezes finalista do Prêmio Jabuti, é autora do livro "O Nascimento de Joicy" (editora Arquipélago, 2015), dentre outros. Diversas vezes premiada como jornalista e repórter (Prêmios Esso de Jornalismo e Reportagem, Prêmio Petrobrás de Jornalismo, Prêmio Embratel de Cultura e Cristina Tavares), é colunista do The Intercept Brasil.

Rudinei Borges
Doutorando e mestre em Educação pela USP. Poeta e dramaturgo, é diretor artístico do Núcleo Macabéa, da Cooperativa Paulista de Teatro. Os livros "O Grão e a Palha na Eira" (poemas), "Oratório no Deserto de Sal" (dramaturgia) e "Campo do Oleiro" (prosa), também traduzidos para o espanhol, reúnem mais de duas décadas de dedicação do autor à literatura e ao teatro. Dramaturgo prolífico, com mais de 15 peças encenadas em Angola e no Brasil, é autor, dentre outros trabalhos, de "Medea Mina Jeje e Dezuó: Breviário das Águas", pelo qual foi indicado ao Prêmio Shell na categoria Dramaturgia, em 2016.


Valmir Santos
Jornalista e crítico fundador do site Teatrojornal - Leituras de Cena, em 2010. Escreveu em publicações como Folha de S.Paulo, Valor Econômico, Bravo! e O Diário, de Mogi das Cruzes. Autor de livros e capítulos no campo teatral, colabora em curadorias e consultorias para mostras, festivais e enciclopédias. Doutorando em Artes Cênicas pela USP, onde cursou mestrado na mesma área.

Ficha técnica
Peça-filme "A Idade da Peste"
Texto:
Reni Adriano
Direção e atuação: Cácia Goulart
Voz off (Senhor R.): Samuel de Assis
Assistente de direção: Edmilson Cordeiro
Preparadora de ator e colaboradora: Inês Aranha
Direção de arte: Cácia Goulart
Produção musical - Sound design: Marcelo Pellegrini
Design banheira: Joaquim Goulart
Captação de imagem e direção de fotografia: Nelson Kao
Edição: FVFilmes
Direção de produção: Cácia Goulart
Assistente de produção/Gravação: Edmilson Cordeiro
Realização: Núcleo Caixa Preta da Cooperativa Paulista de Teatro


Serviço
Peça-filme "A Idade da Peste"
Duração: 75 minutos | Classificação etária: 16 anos | Gratuito

Exibições presenciais:
Cineclube da Oficina Cultural Oswald de Andrade
Endereço:
Rua Três Rios, 363 - Bom Retiro - São Paulo/SP

• Dia 17 de dezembro, às 19h - seguida de debate com os convidados Rudinei Borges e Valmir Santos
• Dia 18 de dezembro, às 18h.

30 lugares (retirada dos ingressos com uma hora de antecedência). Entrada permitida somente com o uso de máscara cobrindo nariz e boca. Durante a permanência no local, siga os protocolos sanitários para prevenção da covid-19.


Exibições On-line - Parte 1:
No YouTube das Oficinas Culturais do Estado de São Paulo
• Dia 20 de dezembro, às 20h - seguida de debate com os convidados Allan da Rosa e Fabiana Moraes
• Dias 21 e 22 de dezembro, às 20h

Exibições On-line - Parte 2:
YouTube Cacia Goulart
• De 23 a 30 de dezembro de 2021, às 16h e às 20h.


quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

.: "Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa" é filmaço de memória afetiva


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em dezembro de 2021


"Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa" começa com o miranha de Tom Holland tentando lidar com as consequências de sua verdadeira identidade ter sido revelada pelo vilão Mysterio (Jake Gyllenhaal), ilustrando o retrato perfeito da fama instantânea que somente traz prejuízo, inclusive o da reprovação para a maior Universidade dos nerds: MIT. E não é que há conexão com a realidade confusa em que vivemos? O herói da vizinhança ganha haters e o vilão, morto -em "Homem-Aranha Longe de Casa"-, é considerado vítima e, claro, herói. 

Mesmo sendo apedrejado, Parker mantém o apoio do grande amigo, aquele da cadeira, o Ned (Jacob Batalon) e a namorada, a MJ, Michele Jones (Zendaya). Ao perceber ter feito mal aos melhores amigos e, claro, para a tia May (Marisa Tomei), o jovem aranha tem a brilhante ideia de procurar o Dr. Estranho (Benedict Cumberbatch) para dar um jeitinho de fazer magia e mudar o que lhe convém. É muito rico testemunhar esses reencontros de personagens que marcaram a nossa vida enquanto fãs de filmes de heróis! 

Contudo, Parker sempre deixa claro que, apesar de tudo o que vivenciou com "Os Vingadores", continua sendo adolescente. Assim, segue metendo os pés pelas mãos e, muitas vezes, em nome de ideiais que são somente utópicos -e incentivados por tia May. E, como visto no trailer, ele atrapalha o feitiço do Dr. Estranho e libera a passagem de vilões do multiverso. Assim, reencontramos Dr. Octopus (Alfred Molina), Lagarto (Rhys Ifans), Electro (Jamie Foxx), Homem-Areia (Thomas Haden Church) e, claro, o vilão mais demoníaco de todos: o Duende Verde (Willem Dafoe). E ele brilha mais uma vez, além de  fazer um estrago na vida do Parker de Tom Holland.

Não há como negar que é emocionante reencontrar todos os rivais do Homem-Aranha num só filme, ainda que não apareça o Venom de Topher Grace (That´ 70s Show). Contudo, há uma esperança de um possível revival, ainda mais se considerarmos a segunda cena pós-créditos. Nada mais é impossível para o Universo Marvel que ao longo de tantos anos somente agrega. Sem contar que, indiscutivelmente, "Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa" ultrapassou todas as barreiras sonhadas por todo fã do miranha.

MENSAGEM DE TOM HOLLAND: Antes do início do filme o ator agradece a presença do público no dia da estreia e pede que não espalhem spoilers. Legal, mas algo engraçado de se ouvir, uma vez que o próprio é um disparador ambulante de spoiler, não é mesmo?! No decorrer do filme essa fala tem todo sentido. 


[CONTÉM SPOILERS]

As 2h28 de duração de "Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa" são pura memória afetiva. Sim! Temos Andrew Garfield e Tobey Maguire na pele do amigo da vizinhança e a entrada de cada um é de arrepiar. Contudo, a passagem de Tobey pelo portal, ainda que sem seu clássico uniforme, faz a emoção sair do controle. Aos que foram marcamos pelo herói lá em 2002, segurar as lágrimas é, definitivamente, uma missão impossível. Talvez alguns soluços escapem. É um sentimento incontrolável imbuído do pensamento de "não acredito que estou vendo isso" com um agradecimento interno de tamanho presente -ainda mais que estamos em época de Natal.

O filme é totalmente coerente, do início ao fim. Cheio de sacadas engraçadas e sem deixar de encenar e adaptar o meme do Homem-Aranha em que um aponta para seu outro eu. Aqui são três donos do sentido aranha. A produção do diretor Jon Watts vem com direito até a uma reunião estilo "A.A.", mas como são heróis, os três miranhas desabafam e trocam incentivos. Em outro ponto do filme, comentam sobre seus mais cruéis vilões. E assim dizemos por vezes, "valeu" para a dona Sony Pictures!

O novo filme é uma homenagem aos atores que fizeram história nas tramas do aracnídeo, mas também celebra os quase 20 anos de sucesso do cabeça de teia que é, defendido brilhantemente por Tom Holland. Embora, seja bom lembrar que, num momento do embate com o trio em ação, numa discussão breve, fica determinado que o Aranha o de Holland é o 1, do Tobey é o número 2, e o de Garfield, fica no posto de Homem-Aranha 3. Pois é! 

"Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa" é o filmaço indicado aos preparados para fortes emoções e que amam o dono do sentido aranha, seja ele interpretado por Tobey Maguire, Andrew Garfield ou Tom Holland. Esse é sem dúvida o tipo de filme para ver e rever na telona do cinema. E, como sou da velha-guarda, darei o meu melhor para ter um exemplar em DVD e não deixar a minha coleção desfalcada, claro! Filme imperdível!!

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


Filme: Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa (Spiderman: No Way Home)

Direção: Jon Watts

Roteiro: Chris McKenna; Erik Sommers

Produção: Kevin Feige; Amy Pascal

Elenco: Tom Holland, Zendaya, Jamie Foxx, Alfred Molina, Willem Dafoe, Thomas Haden Church, Marisa Tomei, Jacob Batalon, J. K. Simmons, Benedict Cumberbatch, Benedict Wong

Data de lançamento: 16 de dezembro de 2021 (Brasil)


.: Tudo sobre "Homem-Aranha: Sem Volta Pra Casa", estreia com surpresas


Marque no relógio, coloque um alarme ou cole um papel na geladeira: o filme mais aguardado do ano estreia oficialmente nesta quinta-feira, dia 16 de dezembro, nos Cineflix Cinemas em todo o Brasil. A expectativa está enorme para os fãs em todo o mundo, mas a espera está bem perto de acabar. 
Em “Homem-Aranha: Sem Volta Pra Casa”, o público vai poder acompanhar os desafios que Peter Parker (Tom Holland) precisará enfrentar depois de ter sua identidade revelada por uma reportagem do Clarim Diário. 

Incapaz de separar sua vida normal das aventuras de ser um super-herói, Parker pede ao Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) para que todos esqueçam sua verdadeira identidade. O plano dá errado e ele vai precisar se esforçar para colocar o mundo de volta nos eixos e descobrir o que realmente significa ser o Homem-Aranha.

A identidade revelada e as tramas do novo filme
Pela primeira vez na história cinematográfica do Homem-Aranha, a identidade do herói amigão da vizinhança é revelada, colocando suas responsabilidades de super-herói em conflito com sua vida normal e colocando em risco aqueles com quem ele se preocupa. Quando ele pede a ajuda do Doutor Estranho para restaurar seu segredo, o feitiço abre um buraco em seu mundo, liberando os vilões mais poderosos que já lutaram contra um Homem-Aranha em qualquer universo. Agora, Peter terá que superar seu maior desafio, que não apenas alterará para sempre seu próprio futuro, mas também o futuro do Multiverso.

Em “Homem-Aranha: Sem Volta Pra Casa”, Peter Parker (Tom Holland) precisará lidar com as consequências da sua identidade como o herói mais querido do mundo após ter sido revelada pela reportagem do Clarim Diário, com uma gravação feita por Mysterio (Jake Gyllenhaal) no filme anterior. Incapaz de separar sua vida normal das aventuras de ser um super-herói, além de ter sua reputação arruinada por acharem que foi ele quem matou Mysterio e pondo em risco seus entes mais queridos, Parker pede ao Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) para que todos esqueçam sua verdadeira identidade. 

Entretanto, o feitiço não sai como planejado e a situação torna-se ainda mais perigosa quando vilões de outras versões de Homem-Aranha de outro universos acabam indo para seu mundo. Agora, Peter não só deter vilões de suas outras versões e fazer com que eles voltem para seu universo original, mas também aprender que, com grandes poderes vem grandes responsabilidades como herói.


Fenômeno no Brasil e no mundo
Um dos setores mais afetados pela pandemia, o mercado exibidor tem visto, filme após filme, a retomada gradual do público e o aumento das vendas. Mas o que não se poderia prever era que esse retorno calmo seria chacoalhado pelo "Homem-Aranha". O terceiro longa da nova geração do herói, que estreia no dia 16 de dezembro, se tornou nesta segunda-feira (29) o indicativo de que o retorno ao normal está cada vez mais próximo. Com recorde de vendas, fãs aflitos para garantir um lugar nas salas e muita expectativa, “Homem-Aranha: Sem Volta Pra Casa” é o maior fenômeno do pós-pandemia. 


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.

.: Diário de uma boneca de plástico: 16 de dezembro de 2021



Querido diário,

Na noite de ontem, assisti no Cineflix o tão esperando "Homem-Aranha Sem Volta Para Casa", claro que foi emoção pura. Imagine só ver o meu herói favorito numa nova história e reviver algo que aconteceu lá nos anos 2000, quando o primeiro longa do miranha estreou com Tobey Maguire. Na época, as cadeiras dos cinemas não eram numeradas, assim, eu e maridão, ainda namoradinhos, ficamos na fila do gargarejo. Sim! A sala de cinema estava lotadaça. Assistimos bem na cara. E não é que a história se repetiu?! Ontem ocupamos as cadeiras A6 e A7.

Poster do artista Julien Rico Jr

Mas, diário, quero registrar algo que deixei passar. É que vivi duas semanas insanas tentando assistir todos os filmes franceses do Festival Varilux -e não consegui, infelizmente. Daí bateu o cansaço e parei de contar as minhas peripécias por aqui. Foi mal, diário! Bom, posso dizer que todos os filmes que assistimos são incríveis. Super recomedo! Aqui ó: resenhando.com/search/label/Resenhas%20de%20filmes

No entanto, um outro filme mexeu e muito comigo. Diário, desde quando assisti, não parei de pensar em "Não Olhe Para Cima". É um filmaço que faz muitas e consistentes críticas, seja pela forma que vivemos desrespeitando a natureza, a obsessão com as redes sociais, a idolatria de artistas vazios e sem nada a acrescentar, a desvalorização da família, a sociedade escanteando as mulheres e rotulando-as como loucas e, claro, a forma que a humanidade prioriza o dinheiro acima de tudo. Contudo, algo muito bem apontado é o fato de os governantes colocarem em risco a vida de todos sempre visando qualquer chance de embolsar uma grana. 

"Não Olhe Para Cima" é um super filme que usa uma história com fundo de ficção científica, mas deita e rola para mostrar os abusos que acontecem descaradamente no meio político. A ideia de encher o bolso às custas das vidas dos outros é evidenciada. E não há como deixar de estabelecer conexões entre as consequências vividas nos E.U.A. e no Brasil.

A nós, o nada digno e atual presidente do Brasil, na tentativa de lamber as botas de Trump -que no filme é uma presidente interpretada brilhantemente por Meryl Streep-, conseguiu cegar o povo. Quem fez questão de lutar por centavos no aumento da condução, agora, é roubado de todas as formas, inclusive perdendo direitos trabalhistas duramente conquistados ao longo de tantos anos, mantendo  discurso negacionista. 

Só não vê, quem não quer... Mas aí que está "Não Olhe Para Cima", pois o cometa está vindo e não haverá para onde correr.

Beijinhos pink cintilantes e até amanhã,

Donatella Fisherburg


.: "As Mulheres dos Cabelos Prateados" ganha temporada on-line


Após apresentações presenciais no Centro Cultural Vila Itororó, a peça será transmitida no YouTube da Caboclas Produções no período de 16 a 23 de dezembro. Foto: Letícia Godoy


Com texto inédito de Ave Terrena - que também assina a direção junto com Georgette Fadel -, a peça traz à cena histórias de mulheres perseguidas durante a ditadura militar no Brasil, muitas delas sem nenhum tipo de envolvimento com a luta armada, o que demonstra a generalizada e gratuita violência de Estado do período

Após uma temporada presencial curta, mas muito concorrida, o espetáculo "As Mulheres dos Cabelos Prateados" chega ao formato digital e ganha exibições no Youtube da Caboclas Produções entre 16 e 23 de dezembro de 2021, às 21h. Nos dias 17, 18 e 19 de dezembro, haverá sessões extras, às 19h.

A peça, escrita por Ave Terrena, colocou as atrizes Camilla Flores, Carlota Joaquina, Gabrielle Araújo, Silmara Deon e Thais Dias nas escadas e escombros do Centro Cultural Vila Itororó, importante patrimônio histórico paulistano, para recuperar histórias de mulheres que não tinham envolvimento com a luta armada, mas que sofreram violência de Estado no período ditatorial. A montagem tem direção de Georgette Fadel e Ave Terrena e trilha sonora de Evelyn Cristina (DJ).

Contada a partir de uma perspectiva feminina, a peça mostra que a repressão militar, geralmente associada à figura de homens, também foi direcionada às mulheres. O espetáculo aprofunda a humanidade dessas mulheres, sem ignorar o contexto de opressão, e traz à tona a força, a resistência e a potência de quem sobreviveu e conseguiu reconstruir a vida após a prisão, mas com um contorno muito particular, devido a questões de gênero. A premissa de "As Mulheres dos Cabelos Prateados" é livremente inspirada no livro "As Mulheres dos Cabelos de Metal", da escritora brasileira Cassandra Rios (a mais censurada durante a ditadura).

A construção em versos é a maior marca de linguagem do espetáculo, que parte do olhar de estranhamento causado pelo absurdo do terror de Estado, passa pela perplexidade diante da ideia de país construída sobre o Brasil na ditadura e chega ao compromisso de solidariedade e consumação do desejo através da luta. Os acontecimentos relatados são recriados com inspiração nas formas do chamado realismo fantástico, com referência no romance "O Parque das Irmãs Magníficas", da escritora argentina Camila Sosa Villada, que, assim como Ave, também é travesti. Tudo sob o ponto de vista de uma alienígena: Zarka.


Sobre a dramaturgia de "As Mulheres dos Cabelos Prateados"
Com a expansão espacial na década de 1970, os seres humanos aterrissam em lugares nunca antes alcançados no Universo. Temendo uma guerra, as mulheres Zurk - alienígenas de cabelos prateados, habitantes das crateras do planeta Vurk (Lua) - decidem fazer uma investigação. Encaminham relatoras para pesquisar a humanidade e decidir se ela deve ou não ser desintegrada. Entre elas, está Zarka, locutora da rádio Zurk Brasil, pela qual transmite notícias sobre a situação do país. Disfarçada de humana, vive como uma mulher comum, usando seu poder de ler a mente das pessoas para desvendar suas memórias e sentimentos.

Quando se depara com um ato de mulheres dançando em praça pública para reivindicar o direito de enterrar seus mortos, vítimas da ditadura, há anos desaparecidos, Zarka inicia uma busca incessante pelas histórias dessas mulheres, reveladas uma a uma: Nilze, Jacira, Dilinda e Márcie. Abismada com o terror incompreensível que rege as relações e dissemina a injustiça no Brasil, Zarka decide não retornar ao seu planeta para lutar ao lado das humanas, pedindo às suas irmãs Zurk que não desintegrem a humanidade. Ao reconhecer-se nas mulheres cujas histórias relatou, a alienígena percebe que elas também são mulheres de cabelos prateados.


Ficha técnica
Dramaturgia: Ave Terrena | Direção: Ave Terrena e Georgette Fadel | Assistente de direção: Sarah Lessa | Elenco: Camilla Flores (Márcie), Carlota Joaquina (Dilinda), Gabrielle Araújo (Nilze), Silmara Deon (Zarka) e Thais Dias (Jacira) | Trilha sonora: DJ Evelyn Cristina | Direção de produção: Gabrielle Araújo | Produção executiva: Monica Vasconcellos | Figurinos: Helena Casal de Rey e Su Martins| Cenografia: Cesar Rezende [Basquiat] | Cenotécnico: Fernando Baiano | Iluminação: Carol Autran | Visagismo: Paulette Pink | Fotos: Letícia Godoy | Arte: Viviane Lamana | Redes sociais: Vox Baccai | Assessoria de imprensa: Canal Aberto | Idealização: Carlota Joaquina, Gabrielle Araújo e Silmara Deon | Produção: Caboclas Produções

O espetáculo "As Mulheres dos Cabelos Prateados" é realizado pela Caboclas Produções, contemplada no edital PROAC Expresso LAB nº 47/2020 - Prêmio por Histórico de Realização em Teatro - Modalidade C - Produção - Pessoas Jurídicas, com recursos da Lei Aldir Blanc, através do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura, Governo do Estado de São Paulo por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.


Serviço
Espetáculo "As Mulheres dos Cabelos Prateados"
Temporada on-line
De 16 a 23 de dezembro, às 21h
Dias 17, 18 e 19 de dezembro: sessões extras, às 19h
Onde: YouTube Caboclas Produções
Gratuito | 60 minutos | 12 anos

.: Alejandro Sanz apresenta o álbum "Sanz", que celebra 30 anos de carreira


Chega  em todas as plataformas digitais o álbum “Sanz”, mais novo trabalho do cantor espanhol Alejandro Sanz, uma coleção de dez faixas na qual ele recupera sua essência e olha para trás para redescobrir suas origens. Alejandro mostra nas novas músicas os detalhes de como foi esse tempo de pandemia, quando o trabalho foi composto. O disco ainda traz a primeira participação de Paco de Lucía.

Embora seja o 19º trabalho de sua carreira, o cantor afirma sentir-se um tanto nervoso, como acontece com cada um dos álbuns que lançou. Celebrando 30 anos de carreira, o músico faz um retorno às suas origens e esta fase de reflexão começou quando ele decidiu trocar Miami por Madri, sua cidade natal.

 "A canção é um produto artesanal, o resultado da transformação e manipulação de materiais essenciais, comuns a qualquer partitura. A letra e a melodia são as partículas elementares de qualquer canção. Elas interagem umas com as outras, se irradiando para o ouvinte em um processo intangível, que está ligado à magia. Quem quer que aspire dominar o ofício de compor deve conhecer a natureza dessas partículas. Aprender a combiná-las em uma rigorosa disciplina de tentativa e erro. Assumir a tarefa de um aprendizado sem fim, o desafio que aguarda no próximo verso e na próxima roda de acordes”, explica.

Alejandro Sanz tem escrito músicas durante toda sua vida. Ele estudou a fundo sua anatomia, aprofundou sua genealogia, experimentou as múltiplas permutações da somatória de melodia + letra. Em seu novo álbum, a partir desses materiais essenciais, ele constrói um trabalho que surpreende por sua consistência e também por seu dinamismo e variedade de registros. Dez canções que pulsam com uma batida flamenca sutil, nas quais coexistem o acústico e o eletrônico, ritmos ancestrais simples e arranjos orquestrais ambiciosos.

Com uma abordagem minimalista - as palavras certas, a melodia cativante - ele conquista um território de máximas artísticas. Cada peça sobre "Sanz" - produzida por Alfonso Pérez com Alejandro Sanz e Javier Limón - tem sua própria entidade, mas vale a pena prestar atenção ao todo para apreciar o trabalho como ele merece. Em tempos de atomização e dispersão, de singles órfãos de continuidade e faixa sem fixação conceitual, o músico madrileño aposta em um álbum que enriquece sua linguagem característica.

Assim que se pressiona o play, "Bio" vem à tona, uma inesperada composição de palavras faladas temperada com acústica, piano e breves notas de cordas. Sanz recapitula em um corajoso exercício de memória que se conecta com o presente e serve para nos colocar na situação. A viagem promete, é claro. E continuando a ouvir o álbum, esses votos se concretizarão. Sanz nos surpreenderá refinando seu próprio padrão em canções irresistíveis como "Mares De Miel", "Yo No Quiero Suerte" ou "Si Yo Quisiera Y Tu Pudieras", nas quais ele emprega recursos magistrais: meias oitavas supersônicas, harmonias vocais e arranjos em progressão que tendem ao infinito. Há também incursões no território da melhor música negra que podemos imaginar - "No sé qué me pasas" -, ambrosia analógico-digital de sensualidade imprevisível - "Geometría" - e confissões tocantes a um ritmo downtempo, como "Iba".

Além disso, "Sanz" promove um reencontro emocionante com seu saudoso amigo Paco de Lucía em "La Rosa", estabelecendo uma conexão temporal com o valioso legado dos Nuevos Flamencos. E ele conclui com um encontro no  ápice da canção popular espanhola graças a "Ya ya te quería", composta especialmente pelo maestro Manuel Alejandro, uma confirmação incontestável da tese que propusemos no início: “quando a letra certa e a melodia certa andam de mãos dadas, a canção decola. E não haverá ninguém para impedir".


Sobre Alejandro Sanz
Desde sua estreia, em 1991, com “Viviendo Deprisa”, Alejandro Sanz se estabeleceu como um dos artistas mais conhecidos e influentes do mundo, com mais de 25 milhões de álbuns vendidos. Todos os seus álbuns conquistaram Certificados de Platina na Espanha, América Latina e nos Estados Unidos.

Ele também é o artista espanhol com mais prêmios Grammy® da história, com um total de 4 e 25 prêmios Latin GRAMMY®. Em 2017, ele foi homenageado pela Academia de Grabación Latina (Academia Latina de Gravação) como “Pessoa do Ano”, em reconhecimento à sua carreira e às suas significativas contribuições filantrópicas. 

Ao longo de sua carreira, Sanz colaborou com artistas renomados de todo o mundo, incluindo Alicia Keys, Shakira, Destiny's Child, Laura Pausini, The Corrs, Ivete Sangalo, Emeli Sandé, Juanes, Juan Luis Guerra, Marc Anthony, Alejandro Fernández, Camila Cabello, Nicky Jam e o lendário Tony Bennett.

Alejandro Sanz foi escolhido como representante da Europa na abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 para apresentar uma versão emocional do clássico “Imagine” (obra imortal que John Lennon gravou em 1971), arranjada por Hans Zimmer, juntamente com outras quatro figuras do mundo da música: John Legend, representando o continente americano; Keith Urban a Oceania, Angelique Kidjo a África, e as vozes do Coro infantil Suginami do Japão, representando a Ásia. O artista madrileno ganhou recentemente sua própria estrela na famosa Calçada da Fama de Hollywood. Ouça e baixe aqui: https://umusicbrazil.lnk.to/SanzPR.


quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

.: Crítica: "Não Olhe Para Cima", comédia faz público rir da própria desgraça


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em dezembro de 2021


A produção cinematográfica dirigida por Adam McKay "Não Olhe Para Cima" pode ser encarada como uma comédia de ficção científica. Contudo, a impressão fica somente nos primeiros minutos, pois logo que a trama consegue deixar claro a que veio, nota-se facilmente que tem como forte propósito criticar a forma de vida que adotamos para um planeta saturado dos variados excessos. Na telona, tudo isso está aliado a um elenco de primeira que inclui Leonardo DiCaprioJennifer LawrenceMeryl StreepCate Blanchett e Timothée Chalamet.  

O longa-metragem de 2h25m tem como pontapé inicial a descoberta da cientista Kate Dibiasky (Jennifer Lawrence): um cometa que está em rota de colisão direta com a Terra. Tal fato é confirmado pelo parceiro de trabalho da astrônoma, Randall Mindy (Leonardo DiCaprio). Cientes de tamanha responsabilidade, eles embarcam numa aventura cheia de boas intenções para salvar a humanidade. Logo, ganham o apoio do Dr. Teddy Oglethorpe (Rob Morgan) quando precisam explicar a situação para o símbolo máximo do poder: a presidente do Estados Unidos Janie Orlean (Meryl Streep).

Antes disso, conhecemos um general corrupto interpretado por Paul Guilfoyle. É justamente nesse ponto que o filme começa a crescer, talvez pela atuação debochada da vencedora de três Oscars, Meryl Streep, ritmando mais a trama. Como não se chocar com Janie fazendo questão de que os cientistas encurtem as falas que ela não entende -e nem faz questão de entender- ou dando a mínima importância sobre o fim da vida na Terra? 

Impressionante?! Sim. Contudo, sabemos bem que tal encenação é apenas o retrato do que acontece nos "salões" frequentados por cabeças ocas que só pensam em quanto irão roubar, embora continuem ocupando cargos de grande responsabilidade. Assim entra em pauta a situação vivida nos E.U.A. e, consequentemente o Brasil, durante a pandemia de Covid-19: presidentes enchendo seus bolsos e ignorando solenemente a única chance de salvar a população de tamanho impacto. 

Apesar de ignorante, Janie põe em prática uma missão para dar fim ao cometa, mas muda tudo de última hora. Aliás, durante o trajeto para a destruição do cometa. Típico, não é?! Assim, a presidente fecha negócio em seu favor financeiro, em parceria com o ricaço Peter Isherwell (Mark Rylance). Ao assumir o risco do que está prestes a colocar em prática, a representante dos Estados Unidos, exclui países como China e Rússia que, paralelamente, tentam concretizar a missão de salvar a Terra, mas nem tudo acontece como o esperado. 

Em "Não Olhe Para Cima" a vacina não está na temática, mas o resultado, no desfecho é bastante similar. O longa não esquece nem mesmo dos negacionistas, aliás, o lema deles é o gerador do título do filme. Enquanto os cientístas tentam conscientizar a todos sobre o que está prestes a acontecer, lançando a campanha "Look Up" (Olhe Para Cima), do outro lado um grupo se reúne com a presidente e invade as redes sociais com gritos histéricos de "Don´t Look Up" (Não Olhe Para Cima).

"Não Olhe Para Cima" é pura mímese, o que não deixa o público perceber o tempo passar. Tudo acontece muito rápido, desde as situações esdrúxulas que em 2020 e 2021 acabamos nos habituando a ser testemunhas a até a necessidade de escolher heróis, no caso, aqueles totalmente inaptos a tal posto. Até Randall Mindy (Leonardo DiCaprio) deixa o papel de astrônomo e assume o de símbolo sexual colhendo os frutos, inclusive. O que faz o público lamentar por June (Melanie Lynskey, a Rose de "Two and a Half Man").

Aliás, o filme deixa claro o egocentrismo imensurável, ao ponto de nem a vida dos filhos terem qualquer peso. Jason (Jonah Hill) acaba sendo esquecido por Janie -o que não surpreedente. Evidenciando que esse tipo de gente só pensa em si e em mais ninguém. "Não Olhe Para Cima" ainda consegue mostrar como as redes sociais são prejudiciais, além de destacar a futilidade dos artistas que se engajam em campanhas com as quais pouco se importam.

O longa da Netflix, que apresenta o logo sem o famoso som de "tudum", vai tão a fundo que mostra o quarto poder em seu estado mais frágil e totalmente voltado ao entretenimento. É assim que conhecemos os apresentadores Brie Evantee (Cate Blanchett) e Jack Bremmer (Tyler Perry) entrevistadores, tanto da cantora Riley Bina (Ariana Grande) quanto dos cientistas Kate Dibiasky (Jennifer Lawrence) e Randall Mindy (Leonardo DiCaprio). 

Outro mérito do filme é o de fazer o público rir da própria desgraça, reforçando que se dependermos dos governantes eleitos, todos vamos morrer. "Não Olhe Para Cima" ainda leva os personagens endinheirados ao paraíso e garante ao público a visão das nádegas nuas de Mery Streep com a tatuagem de uma borboleta (corpo de dublê). Tal cena desagradou Leonardo Di Caprio que a vê como a "rainha do cinema", mas o diretor respondeu a ele que ali "é a Presidente Orlean, não é a Meryl Streep"Estão no elenco também Chris Evans, Himesh Patel, Matthew Perry, Ariana Grande, Ron Perlamn, Mark Rylance, Melanie Lynskey e mais. Imperdível!

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


Filme: Não Olhe para Cima (Don´t Look Up)

Direção: Adam McKay

Roteiro: Adam McKay

Gênero: Comédia/Catástrofe 

Duração: 2h 25m

Elenco: Leonardo DiCaprio, Jennifer Lawrence, Meryl Streep, Cate Blanchett, Rob Morgan, Jonah Hill, Mark Rylance, Tyler Perry, Timothée Chalamet, Ariana Grande, Scott Mescudi, Michael Chiklis, Melanie Lynskey, Himesh Patel, Tomer Sisley, Paul Guilfoyle, Robert Joy



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