sábado, 5 de fevereiro de 2022

.: Livro "Na Estrada com o Ex" mistura humor e sensibilidade em road trip


Novo romance de Beth O’Leary. a autora de "Teto Para Dois" e "A Troca", apresenta uma trama com humor e sensibilidade ambientada em uma road trip que tem tudo para dar errado.

Aguardado novo romance de Beth O’Leary, o livro "Na Estrada com o Ex" foi a sensação literária do verão nos Estados Unidos e na Europa em 2021. Com o clássico estilo “ela disse, ele disse”, a comédia romântica promete repetir esse sucesso por aqui, com o lançamento da edição brasileira em fevereiro pela Intrínseca. A trama sobre fins e recomeços é ambientada em uma conturbada viagem de carro que tem tudo para sair dos trilhos ao reunir dois ex-namorados.

Na história, Dylan e Addie se apaixonaram há alguns verões sob o sol da Provença, na França, porém o relacionamento acabou e eles se afastaram. Pela primeira vez em quase dois anos, o ex-casal se reencontra em uma situação nada convencional: a caminho do casamento de uma amiga em comum, o carro onde está Dylan e seu amigo colide no que Addie está com a irmã e um sujeito que pediu para ir junto. Sentindo-se sem escolha, Addie se vê obrigada a oferecer carona ao cara que partiu seu coração e seu amigo “mala”. Espremidos no carrinho, os cinco retomam a viagem.

Com quase 600 quilômetros pela frente e vários imprevistos, Dylan e Addie são forçados a confrontar as escolhas do passado. Alternando a história de amor dos dois com a louca viagem de carro, o terceiro livro de Beth O’Leary permite que o leitor sinta a tensão do presente e o frio na barriga do início da paixão, enquanto tenta descobrir o que estremeceu a relação dos protagonistas. Uma trama engraçada, emocionante e com personagens memoráveis, perfeita para refletir se o fim da estrada pode ser um recomeço.

Em dezembro de 2021, uma edição em capa dura exclusiva da obra foi enviada aos assinantes do intrínsecos – o clube do livro da editora. Os best-sellers de Beth O’Leary, "Teto Para Dois""A Troca", ambos publicados pela Intrínseca, já venderam 270 mil exemplares no Brasil e seguem nas listas de mais vendidos do país.

Seguindo os passos de Jojo Moyes, outra escritora de sucesso com livros publicados pela Intrínseca, Beth O’Leary também vai ter um de seus romances, "A Troca", adaptado para o cinema. A obra contará com a atriz Rachel Brosnahan - vencedora do Emmy e do Globo de Ouro por sua atuação na comédia The Marvelous Mrs. Maisel - como protagonista, além de produtora executiva ao lado da autora. Você pode comprar o livro "Na Estrada com o Ex", de Beth O’Leary, neste link.


O que foi dito sobre o livro
“Assim como no sucesso 'Teto Para Dois', Beth O’Leary equilibra magistralmente personalidade e humor. Os leitores não vão querer que essa viagem chegue ao fim.” - Publishers Weekly

Sobre a autora
Beth O’Leary é autora best-seller e já teve seus títulos traduzidos para mais de trinta idiomas. Vive no interior da Inglaterra e escreve em tempo integral, sempre acompanhada por um golden retriever brincalhão. Seus dois livros anteriores, os sucessos "Teto Para Dois" e "A Troca", também foram publicados pela Intrínseca. Foto: Tom Medwell


.: Crônica: teorizadores do achismo espalham aleatoridades como verdades

Ilustraçao de Banksy

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em fevereiro de 2022


Quem me conhece, sabe o quanto eu detesto o Facebook. Ao meu ver, é uma rede social que foi transformada da pior forma. Aliás, já começou mal. Até implicou no encerrado do Orkut. Sei que o zap é, indiscutivelmente, o meio mais usado para disseminar ideias aleatórias e infundadas. Contudo, a rede social do tio Zuck, não fica tão atrás. Para tanto, aproveito o espaço para refletir a respeito de uma das "Teorias Facebookianas".

Lembro-me de que na época da rede social em que era preciso ser convidado para entrar, existiam comunidades em que se discutiam teorias. De todos os tipos. Com discussões e exposições de ideias. Tudo com respeito. Uma comunidade muito movimentada, era justamente sobre a das teorias do seriado "Lost", sucesso do momento. Embora fossem suposições somente para a história de um seriado, havia uma preocupação em se ter fundamento para convencer os membros participantes. 

No entanto, após tantos anos, tudo o que se vê exposto e defendido, como verdade absoluta, muito disso no Facebook, são insanidades tiradas de delírios. Assim, ideias medíocres, sem sentido, são livremente disseminadas. Hoje em dia, o que mais temos na internet são os achadores do nada.

Lembro de quando estava numa conversa e desconhecia o assunto a fundo, simplesmente me calava. Era hábito procurar saber e não ostentar a falta de conhecimento. Para tanto, logo se pesquisava sobre em livros ou ainda se esperava dar meia-noite para plugar o fio do telefone no computador e tentar encontrar mais informações em sites confiáveis. 

Hoje em dia, ser ignorante, nas mais variadas leituras do termo é sinônimo de lacre puro. Assim, os que nada sabem bradam verdades próprias, sem conhecimento de causa e buscam sempre coro. De fato, uma mentira muitas vezes repetida torna-se uma verdade, ao menos para os de mente fraca. 

Eis que vi entre os comentários de uma notícia, no Facebook, sobre a pandemia um achismo curioso. Segundo o achista, pessoas com sangue do tipo O não se infectavam ao dizer que conhecia alguém que tinha tido contato com o vírus e não havia se contaminado. Abaixo, surgiram diversos apoiadores, enquanto que outros deram exemplos de que aquela teoria era furada. 

Como era sabido, a pessoa que levantou a teoria fundamentada no achismo puro, simplesmente partiu para a ignorância com os que exemplificaram os casos em que pessoas de sangue O foram infectadas, até mesmo ficaram em estado grande ou dos que faleceram. Claro! A pequena amostra de uma pessoa não infectada, para a achista da vida, tinha mais valor do que todos aqueles casos relatados. 

Enfim, o meme "corram para as colinas" faz cada vez mais sentido, embora estejamos em 2022.


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm



.: Scalene aborda o caos como elemento de transformação em "Discórdia"


Single que antecede próximo álbum. Faixa vai ganhar music visualizer no canal do grupo no YouTube na próxima semana. Na imagem, Lucas Furtado, Gustavo Bertoni e Tomás Bertoni. Foto: Wilmore Oliveira.


Apresentando o caos como ferramenta possível para mudanças pragmáticas, o Scalene conceitua o novo single intitulado “Discórdia”. A faixa, disponível nas plataformas de streaming pelo slap, selo da Som Livre, teve seu rascunho iniciado ainda durante a confecção do último trabalho de estúdio da banda - o álbum "Respiro" (2019). Como uma característica inerente ao trio formado por Gustavo Bertoni (vocal), Tomás Bertoni (guitarra) e Lucas Furtado (baixo), o processo criativo é uma constante busca por referências plurais e por diferentes elementos em seu som.

Quem iniciou a composição do single foi Gustavo Bertoni. A letra estabelece um tripé temático entre tecnologia, solidão e alienação. “A tecnologia faz a gente se conectar com bastante informação e pessoas, só que isso acaba não suprindo as necessidades e, sim, gerando solidão. Então, essas bolhas nas quais a gente vive são reflexo da alienação criada pelos algoritmos, tudo fomentado pela tecnologia”, discorre Tomás Bertoni sobre a letra que também contou com uma associação feita por Lucas Furtado, conectando a ideia ao discordianismo, religião que cultua a Deusa Éris e propõe a discórdia como forma de questionar dogmas. “Usamos essa referência como uma camada extra de profundidade dentro da letra”, explica o baixista.

Para amarrar toda a narrativa, o Scalene também utiliza artifícios visuais que buscam refletir sobre o presente distópico vivido, como na capa do single. Já, musicalmente, o hip hop foi uma das fontes de referência, mesclado com traços de stoner rock, subgênero já explorado pelo grupo em trabalhos anteriores, além de retomar o uso de sintetizadores.

“Às vezes, resgatamos certos elementos ou exploramos novas características sonoras - nosso próximo álbum é um ótimo equilíbrio entre isso. Tratamos mais de falar sobre se sustentar nessa eterna ponte do que sobre chegar ao outro lado”, pontua Gustavo sobre a nova fase do Scalene, que pretende dar mergulhos mais profundos, sem necessariamente propor conclusões. Até o momento, já foram apresentados o som explosivo de “Febril”, seguido do single duplo “Nevoa” e “Tantra”, que integram a tracklist do quinto disco de estúdio, com lançamento previsto para o primeiro semestre.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

.: Crítica: "Pânico 5" resgata personagens e esfaqueia boa lembrança

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em fevereiro de 2022


"Pânico" volta aos cinemas do Brasil para mais uma vez brincar sobre como se faz um filme de terror dentro de outro. O novo longa, "Pânico 5", traz rostinhos do momento como Jenna Ortega, Dylan Minnette e Jack Quaid e ainda resgata personagens importantes para dar fôlego a sequência. Para tanto, retornam para a trama, após 25 anos, Sidney (Neve Campbell), Gale (Courteney Cox) e Dewey (David Arquette). Até Billy (Skeet Ulrich) reaparece em "Pânico 5".

Em Woodsboro, a tranquilidade pairava, até que a jovem Tara Carpenter (Jenna Ortega, de "Você" e "Jane, a Virgem") sofre um ataque brutal em casa, bem no estilo da primeira ação do Ghostface quando mata Casey Becker (Drew Barrymore). Aliás, todo o longa é um revival da produção originária que gerou quatro sequências e duas séries. Tanto é que, ao fim, é rendida uma homenagem para Wes Craven, diretor falecido em 2015. 

Sem esconder, a produção de 2022, tem como objetivo resgatar a essência do terror de Craven. Para tanto, o ataque a Tara Carpenter é iniciado por telefone. Com direito a respostas para perguntas sobre filmes de terror com o objetivo de salvar a vida da amiga Amber. Contudo, ao errar uma resposta, é Tara quem fica na mira do mascarado Ghostface -ao menos da faca dele. 

Bem, ao menos Tara consegue sobreviver das diversas facadas, mas atrai o assassino para o seu grupo de amigos: Wes (Dylan Minnette), Amber (Mikey Madison), Chad Meeks-Martin(Mason) e Mindy Meeks-Martin (Jasmin Savoy Brown), assim como para a irmã Sam (Melissa Barrera) e o namorado Kirsch (Jack Quaid). É quando surge a dúvida: qual deles ali é o assassino serial?!

Com novos personagens e antigos, seguindo a fórmula que faz a essência de sucesso de "Pânico", o longa acontece na telona. No entanto, aos fãs dos personagens antigos fica um sabor de desgosto e muita raiva por detonar boas lembranças. O que dizer sobre o que foi feito com o xerife Dewey Riley?! No entanto, é divertido ver Sidney e Gale bem ao ladinho das novas "final girls".

E fica o registro de que haverá “Pânico 6”.  A produção foi aprovada pela Paramount e Spyglass, por conta do sucesso do longa que está sendo exibido atualmente nos cinemas. As gravações estão programadas para serem iniciadas no verão. Vamos aguardar!

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm

Filme: Pânico 5 (Scream)

Diretores: Matt Bettinelli-Olpin, Tyler Gillet

Data de lançamento: 13 de janeiro de 2022 (Brasil)

Elenco: Tara Carpenter (Jenna Ortega), Sam (Melissa Barrera), Sidney (Neve Campbell), Gale (Courteney Cox), Dewey (David Arquette), Kirsch (Jack Quaid), Wes (Dylan Minnette), Amber (Mikey Madison), Chad Meeks-Martin(Mason) e Mindy Meeks-Martin (Jasmin Savoy Brown)


.: Crítica musical: Autoramas apresenta o álbum "Autointitulado"


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico musical.

O novo álbum da banda de rock Autoramas já chegou em todas as plataformas digitais. Com produção musical dividida por Gabriel Thomaz, Alê Zastrás e Jairo Fajersztajn, o grupo continua mostrando aquele som característico de banda de garagem com um caldeirão de influências musicais.

A banda de rock foi criada em 1998 e atualmente tem na formação, Gabriel Thomaz (voz e guitarra), Érika Martins (voz, miniguitarra, órgão, percussão e theremin óptico), Fábio Lima (bateria) e Jairo Fajersztain (baixo). 

O lançamento estava previsto para 2020, mas não pôde nem ser gravado por conta da pandemia da covid-19. O baixista Jairo, diante dos protocolos de saúde e de funcionamento do mundo da música tomou uma atitude e montou na sua casa em Itatiba, interior de São Paulo, um estúdio para a gravação do álbum, batizado agora de Estúdio Vegetal.  

Em 2021 a banda lançou seu primeiro single “A Cara do Brasil”. A faixa que traz parceria com Rodrigo Lima, do Dead Fish, também ganhou videoclipe no youtube. Na sequência foram lançados a balada “Eu Tive Uma Visão”, uma parceria entre Gabriel e Érika Martins, “Sem Tempo” também com participação do Rodrigo Lima (Dead Fish), “Dia da Marmota” e “Nóias Normais”.

O som da banda mantém o pique dos oito discos anteriores. É um rock com cara de som de banda de garagem com muitas influências musicais, especialmente do punk e das bandas de rock dos anos 60. E vale a pena ser conferido. Mais informações sobre a banda no site oficial www.autoramasrock.com.br.

"Eu tive Uma Visão"

"No Dope"

"Noias Normais"



.: Entrevista: Bruno Cabrerizo comenta virada em "Quanto Mais Vida, Melhor"


Personagem procura um banco de sêmen para se tornar doador e começa a flertar com a médica. Ator também fala sobre "Ouro Verde", novela portuguesa vencedora do Emmy Internacional que entrou para o catálogo do Globoplay. Foto: 
Globo/Fabio Rocha

Marcelo, personagem de Bruno Cabrerizo em "Quanto Mais Vida, Melhor!", é um sujeito de caráter duvidoso. Vice-presidente da Cosméticos Terrare, foi amante de Paula (Giovanna Antonelli) e Carmem (Julia Lemmertz) ao mesmo tempo. E, depois que a primeira se apaixonou por Neném (Vladimir Brichta), com orgulho ferido, ajudou a concorrente a sabotar o lançamento da própria empresa em que trabalha, por achar que pode ter seu cargo mantido caso ela seja comprada pela Cosméticos Wollinger.

Novos acontecimentos vão transformar a vida de Marcelo. A obsessão por ser pai vai levá-lo a se apaixonar por Joana (Mariana Nunes). Depois de terem se esbarrado numa clínica de inseminação artificial,  a médica vai atendê-lo em uma emergência. Ele vai se lembrar de tê-la visto, a conversa dará início a um flerte, que termina com uma proposta cretina da parte dele: economizarem o dinheiro da inseminação e fazerem um filho à moda antiga. Proposta prontamente recusada por Joana, que vai levar adiante o seu projeto de uma gravidez solo, mas tendo agora Marcelo como um teimoso e insistente candidato ao posto de pai do filho dela.

Ele também é um dos destaques de "Ouro Verde", primeira novela portuguesa no catálogo do Globoplay. Ganhadora do Emmy Internacional de melhor novela, e exibida originalmente em Portugal em 2017, a trama conta com atores brasileiros no elenco, como Zezé Motta, Silvia Pfeifer, Gracindo Júnior e próprio Cabrerizo – no ar hoje na TV Globo em "Quanto Mais Vida, Melhor". 


Como está sendo a repercussão de "Quanto Mais Vida, Melhor"?
Bruno Cabrerizo -
Acompanho as cenas, consigo ver o que eu faço, vejo cena dos colegas, eu gosto muito da novela. Eu acho que o Allan Fiterman, que é o nosso condutor, nosso diretor artístico, é muito bom. Ele conseguiu nos guiar durante esse ano difícil e presenteou o público com esse produto maravilhoso. Então, eu sou suspeito, gosto muito da novela e do meu personagem.


Como foi sua preparação para viver essa fase do seu personagem? Você chegou a conhecer ou conversar com alguém que fez essa opção na vida real?
Bruno Cabrerizo - 
Não, a minha preparação não teve nada específico. Não cheguei a conversar com ninguém, eu procurei entender a lógica dentro da cabeça do Marcelo. Ele é um cara muito sozinho, egocêntrico, vaidoso e que, de repente, começa a sentir essa mudança interna. E por achar que realmente todo mundo chama ele de “pastel de vento” e essa situação começa a mexer com a autoestima dele, então ele quer deixar um legado. Eu procurei entender essa parte do Marcelo, essa psicologia dele, até que depois ele vai se apaixonar pela primeira vez verdadeiramente e vai pagar todos os pecados dele.


Como vê essa virada da personagem? Marcelo é um homem de caráter duvidoso, e, do nada, resolve se tornar doador? 
Bruno Cabrerizo - Sim, ele é um cara de caráter duvidoso, ele rema para onde está a maré, só vê o lado dele, mas essa situação de ir ao banco de sêmen vai levá-lo a conhecer uma pessoa e ele realmente vai se apaixonar e querer ser pai, não só por deixar um legado por vaidade, mas sim, por começar a sentir aquele espírito paternal e de poder criar uma família que ele não tem, com alguém que ele ama e que é verdadeiro.


Mexeu com sua cabeça de alguma forma ser identificado como o número 427? 
Bruno Cabrerizo - 
Sobre o número 427, não. Era da maneira como ele se expressava, era a maneira como ele tinha até mesmo para tentar algo com a Joana a partir do momento que ele a conhece e começa a sentir algo por ela, claro que ele usava o número até mesmo de maneira cafona e grosseira às vezes, mas é o jeito dele, não é por mal. Não mexeu com a minha cabeça até porque quem se identificava com o número era o Marcelo, não o Bruno.


Você é pai de dois, mas essa trama de alguma forma te fez refletir sobre paternidade?
Bruno Cabrerizo - 
O fato de eu ser pai, claro que o fato de eu ter dois filhos já me ajuda naquela coisa do cara que começa a ter a vontade de ser pai, eu sei o que é isso porque eu tive isso com o nascimento dos meus filhos e da minha filha, principalmente, que é a minha primogênita. Então, esse sentimento, essa vontade de ser pai, de ter uma criança que seja do seu sangue ou adotada, eu sei o que é isso e eu levei isso para o Marcelo, foi o que eu pude emprestar de mim para ele, sobre essa situação específica.


O público vai poder acreditar nos sentimentos dele em relação a Joana?
Bruno Cabrerizo - 
O público tem que acreditar nos sentimentos dele pela Joana porque são verdadeiros. Ela vai trazer paz a ele, ela é o oposto dele completamente, mas trará paz, um prumo que ele até então nunca teve, essa vontade de se aquietar, de parar de ciscar de um lado para o outro e, principalmente, de ser uma pessoa melhor, correta, respeitosa, porque ela é assim e ele vê nela o que ele gostaria de ser nessa nova fase.


"Ouro Verde" foi vencedora do Emmy Internacional. Para você, como parte do elenco, o que esse feito significou? 
Bruno Cabrerizo - 
"Ouro Verde" foi importante porque pude trabalhar pela primeira vez com atores brasileiros. Até então eu só tinha trabalhado com atores italianos e portugueses, e eu tive oportunidade de contracenar com Zezé Motta, Gracindo Júnior, Sílvia Pfeifer, e foi uma ótima experiência. Claro, fazer parte do elenco de uma novela que ganhou Emmy sempre é bom. Aliás, eu posso dizer que, apesar de eu não ter uma carreira longa com muitas novelas nas costas, como tantos outros colegas, eu faço parte do elenco de duas novelas que ganharam Emmy, "Ouro Verde" e "Órfãos da Terra".

 
Qual a importância, em sua opinião, de o Globoplay ter agora em seu catálogo tramas portuguesas, começando por "Ouro Verde"?
Bruno Cabrerizo - 
Eu acho que a estratégia do Globoplay de colocar novelas portuguesas no catálogo é ótima, até porque Portugal sempre consumiu e continua consumindo produtos do audiovisual brasileiro, as novelas, as séries, mas, principalmente, novelas. Então, ter novelas portuguesas no catálogo é também uma maneira de mostrar que o produto português também é muito bom. É uma troca entre culturas diferentes, porém muito parecidas em vários aspectos.


Pode contar um pouco sobre o seu personagem na história, Laurentino?
Bruno Cabrerizo - 
Laurentino da Silva é um rapaz trabalhador, muito leal a seu chefe que ele considera como um pai, o pai que ele não teve. Foi a pessoa que o acolheu, deu trabalho, carinho, afeto, até que surge na história o personagem do Diogo Morgado que faz o protagonista Zé Maria/ Jorge. Com a chegada dele, Laurentino se transforma, enxerga no personagem do Diogo um rival que vai tomar o lugar dele, principalmente na herança que supostamente seria somente do Laurentino. Ele vira uma pessoa completamente diferente pela ganância, pelo dinheiro e pelo amor do chefe que ele considerava como pai, o personagem do Gracindo Júnior.

 
Você também está no ar em "Quanto Mais Vida, Melhor". Como está sendo a repercussão da novela?
Bruno Cabrerizo - 
Agora eu estou no ar em "Quanto Mais Vida, Melhor" com o personagem Marcelo, estou feliz, foi uma novela que demoramos um ano para terminar. Eu acompanho as cenas, consigo ver o que eu faço, vejo cenas dos colegas, eu gosto muito da novela. O Allan Fiterman, que é o nosso condutor, nosso diretor artístico, é muito bom. Eu sou suspeito (risos), gosto muito de "Quanto Mais Vida, Melhor" e do Marcelo, que é o meu personagem.


.: Edith Wharton expõe mazelas da alta sociedade nova-iorquina do século XIX


A partir de personagens marcantes, gestadas no auge de seu processo criativo, as novelas "A Solteirona", "Dia de Ano-Novo", "Falso Amanhecer" e "A Faísca" dão cor e forma ao realismo na literatura norte-americana do qual Wharton foi expoente.


Embora, quando jovem, a estadunidense Edith Wharton já se inclinasse ao universo literário - publicou seu primeiro livro de poesia aos 16 anos -, foi só em torno dos 40 anos que passou a se dedicar consistentemente à escrita, como forma de desanuviar as tensões do matrimônio que se dissolvia.

A obra resultante é notável: mais de duas dúzias de romances, centenas de narrativas curtas, relatos de viagens e poemas, que a levaram, inclusive, a ser cotada ao Nobel de Literatura em mais de uma ocasião – foi a primeira mulher a vencer o Prêmio Pulitzer, em 1921. Deste vasto universo, a editora Unesp traz a lume "A Velha Nova York", obra que congrega quatro novelas da autora e integra a Coleção Clássicos da Literatura Unesp.

A produção de Edith Wharton se notabilizou por duas características principais. A primeira: a capacidade de desenvolver personagens femininas atípicas, que não se eximem de marcar posição, desconstruindo convenções sociais. A segunda: o interesse, sempre renovado a cada obra, em decifrar os mecanismos que faziam girar a roda da alta sociedade norte-americana, em particular a nova-iorquina, na transição entre os séculos XIX e XX.

Com o passar do tempo, “A Solteirona” tornou-se entre os leitores a mais popular de suas histórias, muito em decorrência da forma como a autora elabora seu drama a partir de uma trindade feminina. A personagem-título é uma mãe solteira, Charlotte, que se vê forçada pelas circunstâncias a renunciar sua filha, Tina, adotada pela amiga Delia. As três conduzem suas vidas em águas aparentemente calmas, até que, com a chegada do casamento da garota, as duas mães - biológica e adotiva - precisarão acertar suas contas. 

Outra personagem feminina protagoniza “Dia de Ano-Novo”, Lizzie Hazeldean. Mulher casada, na noite de réveillon, na evacuação de um hotel que pegou fogo na Fifth Avenue, é vista em meio aos atordoados hóspedes em companhia do bem-apessoado Henry Prest - o que é suficiente para desencadear as mais indiscretas maledicências.

O volume é completado por “Falso Amanhecer”, que acompanha um conflito entre pai e filho, e “A Faísca”, sobre o relacionamento, não muito convencional, do casal formado pelos personagens Hayley Delane e Leila Gracy.

Edith Wharton teve suas virtudes literárias reconhecidas em vida. Gênios das letras norte-americanas contemporâneos dela, como Ernest Hemingway, Scott Fitzgerald e, em particular, Henry James, não se cansaram de manifestar apreço pelo trabalho da autora. Ela foi o baluarte de um realismo na literatura de língua inglesa que sepultava a tradição de um romantismo de tintas mais açucaradas, de renomadas escritoras como Jane Austen e as irmãs Brontë.

E o realismo de Wharton não foi meramente literário; nascida em família abastada, manteve-se, no entanto, com pés bem fincados na realidade mais dura, sempre com um olhar lúcido e atento às mazelas e disputas sociais. Você pode comprar "A Velha Nova York", de Edith Wharton, neste link.


Livro: "A Velha Nova York"
Autora: Edith Wharton
Tradução: Roberta Fabbri Viscardi
Número de páginas: 272
Formato: 13,5 x 20 cm
Editora: Unesp



.: "The Masked Singer Brasil": Nicolas Prattes retorna ao palco do programa

Primeiro grupo de mascarados volta ao reality neste domingo. Foto: TV Globo


O primeiro grupo de mascarados volta ao palco do 'The Masked Singer Brasil', no próximo domingo (6), após The Voice +. A Coxinha, o Abacaxi, a Ursa, a Motoqueira, a Borboleta e a dupla Lampião e Maria Bonita já estão preparados para mais um programa de muito mistério e diversão, e prontos para confundirem, ainda mais, a cabeça dos jurados: Taís Araújo, Tatá Werneck, Eduardo Sterblitch e Rodrigo Lombardi. Além disso, quem também está de volta ao palco do reality, desta vez como jurado, é o querido Monstro da primeira temporada: Nicolas Prattes.

Abrindo o programa ao lado da apresentadora Ivete Sangalo, Nicolas diz que foi um grande desafio conhecer o outro lado do 'The Masked Singer Brasil'. “Era muito mais fácil e divertido ninguém saber quem eu era. Para ser jurado, você precisa estudar, pesquisar as dicas e ficar muito concentrado. Mas nesse programa eu me sinto em casa e já falei que sempre que me chamarem eu vou. Foi uma sensação gostosa me divertir um pouco com quem conviveu comigo durante o tempo do Monstro. E me apresentar com a Ivete e poder olhar nos olhos dela, foi incrível”, declara.

O 'The Masked Singer Brasil’ é uma coprodução TV Globo e Endemol Shine Brasil, baseado no formato sul-coreano criado pela Mun Hwa Broadcasting Corp, tem supervisão artística de Adriano Ricco (TV Globo) e direção de Marcelo Amiky (Endemol Shine Brasil). O reality vai ao ar no domingo após 'The Voice +'.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

.: Crítica: "O Beco do Pesadelo" tem pinta de clássico e trama riquíssima

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em fevereiro de 2022


"O Beco do Pesadelo" tem história perfeita e muito bem apresentada numa fotografia digna de Oscar. Com um elenco de peso defendendo com unhas e dentes, personagens cheios de nuances que geram reviravoltas, a nova produção dirigida por Guillermo Del Toro, em cartaz no Cineflix, é um espetáculo completo, mesmo sendo ambientada num circo itinerante.

O longa fisga o público com a grande jogada de trabalhar a narrativa, ou seja, apresenta pontos importantes da trama no início enquanto segue lançando provocações ao longo de 2h20min a respeito do rumo que a história irá tomar. É como um jogo bem elaborado em que cada situação, quando permite um novo passo a ser dado, fatalmente esbarra em um novo caos. Por outro lado, ao fim, percebe-se que tudo estava claro, ali, diante dos olhos do público, mas que nada percebeu.

No clima de mistério, a adaptação do clássico "Nightmare Alley" é focada no homem com pinta de "Indiana Jones" e carismático, Stanton Carlisle (Bradley Cooper). De boa aparência, ele desce de um ônibus, chega ao circo -que parece um "circo de horrores"-, assiste a um show extra sem pagar. Apesar disso, Stanton se torna querido para a vidente Zeena e o seu marido mentalista Pete. 

Bradly Cooper é Stanton

Numa pegada do seriado "American Horror Story: Freak Show", as ambições de Stanton são apresentadas e um show visual acontece diante dos olhos do público. Assim, o homem com estilo "Indiana Jones", conquista Molly (Rooney Mara, de "A Rede Social" e "A Nightmare on Elm Street"), com quem abandona a vida de circo e passa a se vestir com garbo e elegância encenando espetáculos de adivinhações.

Contudo, "O Beco do Pesadelo" é sobre a ganância desmedida. Portanto, embora tenha dinheiro e o amor de Molly, Stanton quer mais. Assim, ele chega a um magnata perigoso e conta com o apoio da psiquiatra Lilith Ritter (Cate Blanchett). Sabendo detalhes do passado, Stanton cria toda uma narrativa a fim de arrancar uma fortuna do ricaço. No entanto, é sabido que "quem tudo quer, nada tem", o que garante uma revelação surpreendente ao final do longa.


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


Filme: O Beco do Pesadelo (Nightmare Alley)

Diretor: Guillermo Del Toro

Adaptação de: Nightmare Alley

Duração: 2h 20m


Data de lançamento: 27 de janeiro de 2022 (Brasil)


Trailer

.: "As Maravilhas", de Elena Medel: afetos, responsabilidades e expectativas


Um romance poderoso sobre as mulheres, o trabalho e o dinheiro. Um épico sobre a vida feminina.


Neste celebrado romance de Elena Medel há duas mulheres: María, que no final dos anos 1960 deixa sua pacata cidade de província para trabalhar em Madri; e Alicia, que faz o mesmo caminho trinta anos mais tarde, por razões bem diferentes. "As Maravilhas", lançamento da editora Todavia, é um romance sobre o dinheiro, ou melhor, sobre como a falta de dinheiro pode determinar uma vida inteira de precariedade e matar, um a um, todos os sonhos de alguém.

E, também, uma jornada sobre o passado recente da Espanha, do final da ditadura franquista até a explosão do feminismo, contada por duas mulheres que tampouco podem ir às manifestações lutar pelos seus direitos porque têm, claro, de trabalhar para garantir o seu sustento.Você pode comprar o livro "As Maravilhas", de Elena Medel, neste link.


O que estão falando sobre o livro
“Elena Medel traz à vida várias gerações de mulheres trabalhadoras: é um romance sereno e ímpio que coloca classe, feminismo e a complexidade eterna dos laços familiares frente a frente.” — Mariana Enriquez

“Brava e terna, inteligentíssima e surpreendente, a sua escrita é a mais pura lucidez poética.” — Valter Hugo Mãe

“Uma leitura hipnotizante.” — Avni Doshi

“'As Maravilhas' é um romance que olha para as pessoas e para a história com uma nitidez avassaladora. Entre o que há de melhor na literatura contemporânea.” — José Luís Peixoto


Sobre a autora
Elena Medel
nasceu em Córdoba, 1985, e atualmente vive em Madrid. É autora de vários livros de poemas e também é ensaísta. Fundou e dirige a editora de poesia La Bella Varsovia. Entre outros prêmios, recebeu o XXVI Prêmio Lowe para Jovens Criadores e o Prêmio da Fundação Princesa de Girona 2016 na categoria Artes e Letras.


Livro: "As Maravilhas"
Autora: Elena Medel
Gênero: ficção estrangeira
Tradução: Rubia Goldoni
Capa: Violaine Cadinot
Formato: 20,8 x 13,5 x 1,1 cm
Páginas: 192
Peso: 0,260 kg
Ano de lançamento: 2022
Editora: Todavia


.: "Virando Viking" inspira leitores a correrem para a era bárbara


Primeiro livro de ficção da jornalista Helen Russell, o romance "Virando Viking" é lançado no Brasil pela editora Leya Brasil. Desde a sua obra de estreia, "O Segredo da Dinamarca" (best-seller internacional publicado no Brasil pela LeYa), a autora tem se debruçado sobre o modo de vida dinamarquês e sobre qual é, de fato, a chave para a felicidade, além da maneira como lidamos com nossos sentimentos. Com uma escrita ágil e bem-humorada, esse livro vai arrancar boas risadas – e nos fazer refletir no meio do caminho.

O livro é uma comédia romântica que gira em torno de Alice Ray que, aos 37 anos, não vive exatamente em um conto de fadas. Entre longas jornadas na clínica odontológica onde trabalha e idas a congressos tediosos, ela precisa lidar com dois filhos pequenos, obrigações domésticas - e um casamento que já viveu dias melhores. Mas tudo muda quando a sua irmã caçula, Melissa, a leva para um lugar nada comum: um acampamento viking. Sim, em pleno século 21.

A contragosto, Alice vai parar no meio de uma floresta na Dinamarca, onde vai aprender desde caçar a própria comida a forjar uma espada. Tudo para encontrar o seu "guerreiro interior" e se tornar uma viking moderna - seja lá o que isso quer dizer. Em meio à natureza (e longe das preocupações de rotina), ela vai embarcar em uma jornada de autodescoberta - e refletir sobre as coisas realmente importantes da vida. E nós, leitores, vamos nos divertir muito com essa viagem. Você pode comprar "Virando Viking", de Helen Russell, neste link.


Sobre o autor
Helen Russell é jornalista, escritora e palestrante. Já escreveu para diversas publicações, como The Guardian, National Geographic e The Wall Street Journal, além de ter sido editora-chefe da Marie Claire on-line na Inglaterra. O seu primeiro livro, "O Segredo da Dinamarca" (publicado no Brasil pela LeYa Brasil) é uma investigação sobre como se alcançar a felicidade com base no modo de vida dinamarquês. Hoje, ela mora por lá, na Dinamarca, ao lado do marido, dos três filhos e de um cachorro muito levado. "Virando Viking" é a estreia dela na ficção.

Livro: "Virando Viking"
Formato (LAP): 155 x 225 x 17
Páginas: 336
Acabamento: brochura
Gênero: romance (ficção)
Peso: 446 gramas
Editora: Leya Brasil






.: Marcos Mion e Tatá Werneck: “Pela 1ª vez na vida fiquei sem respostas”

Marcos Mion é o entrevistado de Tatá Werneck. Foto: TV Globo


Marcos Mion é o entrevistado de Tatá Werneck no "Lady Night" desta quinta, dia 03, na TV Globo, que será exibido após o ‘BBB 22’. O apresentador relembra que aquela era a primeira vez que entrava nos Estúdios Globo. “Foi a minha primeira gravação na Globo. Então, para mim, será sempre muito especial. Além de ser muito fã da Tatá, participar do programa me lembrará esse momento inesquecível”, conta. 

Além da emoção da estreia, Mion conta também que sentiu um certo nervosismo. “Foi frio na barriga 100% do tempo! Tatá é uma máquina, uma metralhadora de genialidade inconsequente. Tenho que assumir que, pela primeira vez na vida, eu fiquei totalmente sem respostas, rindo incontrolavelmente”, fala, rindo mais uma vez.

"Lady Night" vai ao ar após o ‘BBB 22’ e tem apresentação de Tatá Werneck, roteiro de Caíto Mainier e João Marcos Rodrigues, redação final de Tatá Werneck e direção geral de Lilian Amarante.


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