quinta-feira, 31 de março de 2022

.: Crítica: "Red: Crescer é Uma Fera" é sobre não fingir ser o que não se é


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em março de 2022


Se você tem mais de 30 anos, não espere ouvir em "Red: Crescer é Uma Fera" (Turning Red) as canções usadas nos trailers como "Larger Than Life", dos Backsteet Boys e "It´s Gonna Be Me", do N´Sync. Por outro lado, a essência do que é amar uma boy band está presente quando o assunto é o quinteto do 4 Town, que, na animação, teve músicas próprias escritas por Billie Eilish e Finneas. Canções chicletes -típicas- sendo que as amigas entregam a Meilin uma cópia exclusiva em CD, do tipo caseira. Atitude tão comum para a época -que simbolizava um gesto de carinho-, detalhes como esse que tornam inevitável não se identificar com a protagonista e sua paixonite pela boy band do momento.

"Red: Crescer é Uma Fera", ambientado em 2002, volta 20 anos na história da humanidade e leva o público para a Chinatown, lá está Ming Lee, ou melhor, Mei Mei, como é chamada pela mãe. Menina que é boa aluna e se vê como independente. No entanto, segue fielmente os ideais e preceitos da família. Mas tudo muda de lugar quando, ao fazer 13, a garotinha se transforma numa panda vermelha, animal que representa conexão com a sabedoria oriental, além de ser o símbolo máximo da família de Mei Mei.

Na escola, é amiga de outras três meninas e, claro, em algum momento, elas se juntam para fazer as dancinhas da banda favorita delas: 4 Town. "Red" é o retrato perfeito de como era ser adolescente nos anos 2000, desde gravar um CD super especial -quando acontecia a multiplicação de CDs de shows, alguns até de VHS- a aprender coreografias por videoclipes dos Backsteet Boys, N´Sync, 5ive, Westlife, Britney Spears e Spice GirlsVendo na animação nota-se que foi uma fase incrível.


"Red" é estupendo e tocante, pois além de resgatar essa fase moderna em que não se vivia com a cara enfiada nos celulares, destaca a importância da família -a base de quem somos- aliada a amizade -de uma asiática com outras meninas de costumes diferentes. "Red" é muito mais do que o retrato do comportamento juvenil de uma época, pois ensina que não é preciso fingir ser o que não se é, mas é preciso ser você, com qualidades e defeitos. Tanto para a sua família, quanto para seus amigos. Por fim, é lamentável que a Disney tenha deixado de lançar nos cinemas, uma produção tão rica, que trata de adolescência e mudanças físicas, ao lado de família e legado. Imperdível!

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


Filme: "Red: Crescer é Uma Fera" (Turning Red)

Gênero: Animação, Fantasia

Duração: 1h 40m

Data de lançamento: 10 de março de 2021 (Brasil)

Diretora: Domee Shi

No Brasil: Red: Crescer é uma Fera

Em Portugal: Turning Red: Estranhamente Vermelho

Trailer







.: Gregório Duvivier apresenta "Sísifo" no Teatro Sérgio Cardoso


Espetáculo conecta a mitologia ao caótico mundo hiperconectado e ao Brasil dos memes. São 60 cenas curtas interpretadas pelo ator, que também assina o texto com o diretor Vinicius Calderoni. Foto: Elisa Mendes 

Após temporadas em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Portugal, o monólogo "Sísifo", de Gregório Duvivier e Vinicius Calderoni, reestreia presencialmente no Teatro Sérgio Cardoso, equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerido pela Amigos da Arte, para temporada de 1º a 17 de abril de 2022. A produção é de Andréa Alves, da Sarau Cultura Brasileira, responsável pela idealização de espetáculos como "Elza", "Suassuna - O Auto do Reino do Sol" e o recente "A Hora da Estrela ou o Canto de Macabéa".

A travessia talvez seja a grande protagonista de "Sísifo". Inspirado no mito grego - do homem que carrega diariamente sua pedra morro acima para vê-la rolar ladeira abaixo e começar tudo de novo -, o texto conecta a mitologia ao caótico mundo hiperconectado e ao Brasil dos memes. Tal panorama aparece em 60 cenas curtas, assinadas por Gregório e Vinicius neste trabalho que marca o início da parceria destes dois artistas multifacetados.

“'Sísifo' é o gif fundador da mitologia histórica, com essa ideia de eterno retorno. Percebemos como isso dava combustível para falar do momento histórico brasileiro, ao mesmo tempo em que falamos sobre travessia, sobre um trajeto que é preciso seguir. Não se chega a um novo Brasil sem passar por um Brasil distópico. Não se chega a um lugar sem passar por outro”, analisa Calderoni, autor das premiadas "Ãrrã","Elza" e "Os Arqueólogos", que também assina a direção do trabalho.

Em cena, Gregório Duvivier repete o mesmo movimento constantemente: caminha de um ponto a outro do palco. A cada início de uma nova cena, ele retorna ao ponto inicial, como em um gif, formato de imagem altamente difundido no universo digital. A investigação cênica neste formato deu origem ao trabalho, que incorporou outras características das novas formas de comunicação.

Se os memes e gifs são capazes de resumir uma situação às vezes complexa em apenas uma imagem, a ideia em "Sísifo" é de poder falar sobre temas bem diversos em uma única cena, ou em uma das travessias que Gregório faz pela rampa que ocupa o palco, elemento central da cenografia de André Cortez - indicado ao Prêmio Cesgranrio por este trabalho. 

Desta forma, as cenas apresentam um vasto panorama do caótico mundo contemporâneo, com todo o seu excesso de informação e tecnologia. Entre os muitos temas pelos quais o texto passa, entram em pauta os influenciadores digitais, alguns absurdos nas transmissões ao vivo pelas redes sociais, o complexo momento político brasileiro e até mesmo as desilusões pessoais em um mundo hiperconectado. A produção ainda tem figurino de Fause Haten, iluminação de Wagner Antônio, direção musical de Mariá Portugal e direção de movimento de Fabrício Licursi.


Sobre o encontro entre os artistas
A estreia deste trabalho aconteceu em 2019 e selou o encontro entre dois representantes de uma geração que cresceu no ambiente virtual e cujo talento artístico se manifesta nas mais diversas frentes. Cria do Tablado, a tradicional escola teatral carioca, Gregório Duvivier despontou para o sucesso em espetáculos de improvisação (o precursor "Z.E. - Zenas Emprovisadas") e seguiu carreira como ator e também escritor de poesia, crônica e roteiros para a televisão, cinema e para os vídeos do fenômeno Porta dos Fundos, canal do qual é um dos fundadores.

Do outro lado da ponte-aérea, Vinicius Calderoni dava seus passos no teatro e na música. Após lançar seu primeiro disco em 2007, ele passou a integrar o grupo 5 a Seco, que atualmente roda o país em uma turnê comemorativa por uma década de trabalho. Em 2010, ele fundou o Empório de Teatro Sortido, companhia de teatro quem mantém com Rafael Gomes. O saldo positivo da empreitada é imenso e inclui o Prêmio Shell de Melhor Autor por "Ãrrã" (2015), o APCA por "Os Arqueólogos" (2016) e "Elza" (2018) e o Reverência por "Elza" (2018). As afinidades artísticas os uniram no final de 2018 para a criação de um trabalho inédito. Com o mote inicial do projeto decidido, eles iniciaram o processo de produção do texto em conjunto. Você pode comprar o livro da peça "Sísifo", escrita por Gregório Duvivier e Vinícius Caldeironi, neste link.


Sinopse de "Sísifo"
Não se chega a um lugar sem passar por outro. Com este ponto de partida, Gregório Duvivier protagoniza 60 cenas curtas que compõem um vasto panorama do mundo contemporâneo. O solo mescla os universos do mito grego de Sísifo – homem que carrega diariamente sua pedra morro acima para vê-la rolar ladeira abaixo e começar de novo – e do Brasil hiperconectado na era dos memes e gifs.


Sobre a Amigos da Arte
A Amigos da Arte, Organização Social de Cultura responsável pela gestão dos teatros Sérgio Cardoso e de Araras e diversos programas de difusão cultural e economia criativa, trabalha em parceria com o Governo do Estado de São Paulo e iniciativa privada desde 2004. Música, literatura, dança, teatro, circo e atividades de artes integradas fazem parte da atuação da Amigos da Arte, que tem como objetivo difundir a produção cultural por meio de festivais, programas continuados e da gestão de equipamentos culturais públicos. Em seus 17 anos, a entidade desenvolveu 12 mil ações culturais, atingindo mais de 25 milhões de pessoas.


Sobre o Teatro Sérgio Cardoso
Localizado no boêmio bairro paulistano do Bixiga, o Teatro Sérgio Cardoso foi inaugurado em 13 de outubro de 1980, com uma homenagem ao ator. Na ocasião, foi encenado um espetáculo com roteiro dele próprio, intitulado “Sérgio Cardoso em Prosa e Verso”. No elenco, a ex-esposa Nydia Licia, Umberto Magnani, Emílio di Biasi e Rubens de Falco, sob a direção de Gianni Rato. A peça “Rasga Coração”, de Oduvaldo Viana Filho, protagonizada pelo ator Raul Cortez e dirigida por José Renato, cumpriu a primeira temporada do teatro.

Ficha técnica
Espetáculo:
 "Sísifo"
Elenco: Gregório Duvivier
Texto: Vinicius Calderoni e Gregório Duvivier
Direção: Vinicius Calderoni
Direção de produção: Andréa Alves
Cenografia: André Cortez
Iluminação: Wagner Antônio
Figurino: Fause Haten
Direção musical: Mariá Portugal
Direção de movimento: Fabrício Licursi
Coordenação de produção: Rafael Lydio
Produção executiva: Felipe Valle e Flávia Primo
Produtor assistente: Matheus Castro
Assistente de direção: Mayara Constantino
Projeto gráfico: Beto Martins
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Fotografia: Daniel Barboza, Elisa Mendes e Pedro Benevides
Realização: Sarau Cultura Brasileira


Serviço
"Sísifo", de Gregório Duvivier e Vinicius Calderoni
Temporada: de 1º a 17 de abril, às sextas e aos sábados, às 21h; e aos domingos, às 17h
Local: Teatro Sérgio Cardoso - Sala Nydia Licia
Endereço: Rua Rui Barbosa, 153 - Bela Vista - São Paulo
Duração: 60 minutos
Classificação: 16 anos
Capacidade: 827 lugares

Preços:
R$ 120/R$ 60 - Plateia VIP
R$ 100/R$ 50 - Plateia
R$ 50/R$ 25 – Balcão


.: Porque você precisa ouvir o podcast "Identidade Musical - Renato Russo"


Com reflexões profundas e áudio inéditos, programa de quatro episódios mostra porque o artista, ícone na Legião Urbana, viveu "em todos os tempos" e revela  faces de trovador político, poeta existencialista, romântico incurável e artista sem paralelos.

Por Kélita Myra / Paiol Music Hub, em março de 2022.

Afirmar que Renato Russo é um dos maiores poetas e artistas brasileiros pode mesmo parecer démodé; porém entender como ele deixou de ser mais um jovem filho da classe média brasileira nos anos 80 para se tornar um divisor de águas no comportamento e na arte para várias gerações é simplesmente necessário. A música, os questionamentos, as crenças e vivências deste artista são apresentados e esmiuçados no novo e rico podcast “Identidade Musical – Renato Russo”, um original Universal Music realizado pela Milk Podcasts.

Concebido e sob produção executiva de Josy Ane Siqueira, o programa foi muito assertivo na escolha dos convidados que recontam a vida e descortinam a influência de Renato no cenário musical e social 25 anos após sua morte. Seu legado é sentido intrinsecamente na vida e na memória de milhares de fãs e se reflete em artistas do novo milênio, que se inspiram na integridade e verdade artística do ex-líder da Legião Urbana. Não à toa, o podcast traz participações enternecidas de jovens como Helio Flanders (Vanguart) e Duda Brack.

Gravado em duas mesas de conversas comandadas pela apresentadora Adriana Penna, o podcast também recebeu depoimentos adicionais e reúne nomes que conviveram com Renato Russo, como os artistas Paulo Ricardo, Dinho Ouro Preto e Bruno Gouveia, o amigo Luiz Fernando Borges (coprodutor do filme “Somos Tão Jovens”), seu produtor musical Carlos Trilha e a assessora de imprensa Gilda Mattoso.

O programa traz ainda depoimentos de profissionais que tiveram suas trajetórias entrelaçadas à dele, como o apresentador Zeca Camargo, para quem Renato concedeu a célebre entrevista à MTV Brasil, em 1993, a cantora Leila Pinheiro, parceira e intérprete do artista, e o biógrafo Carlos Marcelo (autor de “Renato Russo - O Filho da Revolução”).

Profissionais que tiveram suas vidas impactadas por Renato Russo e hoje colaboram na perpetuação de sua memória também são convidados-chaves no podcast, como René Sampaio (diretor dos filmes “Faroeste Caboclo” e o sucesso recente dos cinemas “Eduardo e Monica”), a pesquisadora Fabiana Ribeiro, curadora da exposição sobre o artista no Museu da Imagem e do Som de São Paulo (2017/2018), o ator Bruce Gomlevsky (protagonista de “Renato Russo - O Musical” há 15 anos) e a produtora cinematográfica Bianca de Felipees, que teve acesso a milhares de itens pessoais do cantor e lançará em breve um documentário sobre a vida do artista.

O podcast “Identidade Musical – Renato Russo”, com roteiro e direção de Rafael Teixeira, vem acompanhado de uma playlist especial com a íntegra de todas as músicas exibidas nos programas. Ao finalizar a audição dos episódios - “Só Há Música Urbana”, “Aprendendo a Viver”, “É Só o Amor” e “Agora Chegou Nossa Vez” -, fica claro que o artista é, de fato, um criador atemporal, que tinha noção exata do que estava plantando, mesmo sem ter certeza de onde iria chegar. Sua influência na formação de toda uma geração de jovens é gritante. Como disse Charles Gavin, “Renato encarava a vida como ela é; falava sobre tudo abertamente, sem concessões (...). Todo mundo acreditava no que ele dizia”. E é com essa força que ele continua a influenciar a juventude, sempre com muita sabedoria, empatia e transformação.


Porque você não pode perder um episódio sequer

Episódio 1 – “Só há música urbana” - O programa de estreia dá um panorama sobre o conhecimento, as criações musicais e as influências de Renato Russo, o reflexo de sua obra na formação social e política da geração anos 80, a importância das discussões ideológicas que levantava e a militância na defesa de causas de minorias.

Porque você não pode perder:
Para ouvir o áudio inédito de Renato Russo falando com um ar professoral e irônico sobre as diferenças e evoluções das cenas musicais dos anos 60, 70 e 80 no Brasil e no mundo. Conhecer histórias espirituosas de sua época de estudante de comunicação entrevistando as pessoas nas ruas. Para entender o poder de transformação através do conhecimento das artes - literatura, cinema, música - na formação de um artista único: romântico e revolucionário ao mesmo tempo.

Perceber seu papel de grande amigo e irmão mais velho na vida de artistas como Paulo Ricardo, Dinho Ouro Preto e Letícia Novaes (Letrux). Para atestar como Renato Russo transformava dores coletivas em música urbana e como tinha consciência da expressão de sua arte como olhar político.

Convidados do episódio:
Paulo Ricardo, Charles Gavin, Dinho Ouro Preto, Leila Pinheiro, Fabiana Ribeiro, Bruno Gouveia, Leticia Novaes (Letrux), Carlos Marcelo, Helio Flanders (Vanguart), Luiz Fernando Borges, Teago Oliveira e Carlos Trilha. Músicas: "Música Urbana 2", "Índios", "Tempo Perdido", "Monte Castelo" e "Nada Por Mim".


Episódio 2 - “Aprendendo a viver” – Seguindo um mergulho inspirador na vida de Renato, seu fluxo criativo através das memórias de seu acervo, a maneira como enfrentava suas batalhas pessoais e como se construiu seu caráter revolucionário, que buscava transformações emocionais e sociais com a mesma intensidade.

Porque você não pode perder:
Para entender como Renato Russo enxergava a cena musical de Brasília dos anos 80 (a Turma da Colina) como um coletivo, um movimento, que depois viria a se tornar uma “Legião”. Ouvir um áudio inédito e libertador dele em inglês, à la Martin Luther King, analisando sua vida após a recuperação da doença que o deixou quase paralisado fisicamente na adolescência.

Conhecer sua busca pela espiritualidade e as histórias de Gilda Mattoso sobre as descobertas do artista em uma viagem à Itália em busca de suas raízes. Para compreender como ele enfrentou, com coragem e resiliência, já soropositivo, a finitude da vida e como usou a arte como motor propulsor até sua partida, em 1996.

Para ouvir a compreensão de Helio Flanders sobre a partida de Renato: “Ele deixou tudo arrumado para ser um fim bonito. Não é à toa que ‘A Tempestade’ é o nome da última peça de Shakespeare. Por mais que seja um disco triste, ele carrega uma redenção para mim. Quando Renato fala (...) ‘Estamos vivendo e o que disserem os nossos dias, serão para sempre’.

Convidados: Carlos Marcelo, Fabiana Ribeiro, René Sampaio, Dinho Ouro Preto, Nicolas Behr, Bruce Gomlevsky, Ana Cañas, Carlos Trilha, Gilda Mattoso, Luiz Fernando Borges, Zeca Camargo e Helio Flanders. Músicas: "Wave/Come Fa Un'onda", "Que País É Este", "Renato Apresenta", "Vinte e Nove", "1º de Julho" e "Hoje".


Episódio 3 - “É Só o Amor” -
Romântico incurável, Renato Russo incorporava qualquer tipo de amor: Meninos, meninas, si próprio, amigos, o mundo. Os relacionamentos eram motores para suas obras e os amigos são unânimes: A companhia de Renato, sempre cortês e com um humor único, era o maior barato!

Porque você não pode perder:
Para conhecer a relação de carinho de Renato com os amigos, como mostra o recado gravado na secretária eletrônica de Carlos Trilha. “(...) Tô ligando só para dizer alô, contar as novidades lá do estúdio, saber detalhes da vida de Jô e essas coisas da ‘vida Davene’”, rindo, em menção ao comercial do hidratante.

Para mergulhar na sua fase trovador solitário, menestrel do amor e dos sentimentos mais profundos, com um áudio inédito de Renato falando sobre as influências dos anos 70, e o idealismo romântico dos anos 60, como no ídolo Bob Dylan. São desta época sucessos posteriores da Legião Urbana, como “Eduardo e Mônica” e “Tempo Perdido”.

Para entender como foi construído o recital beneficente que virou o álbum “The Stonewall Celebration Concert”, de 1994, em homenagem aos Direitos Humanos de mulheres, crianças e homossexuais. Uma ousadia mesmo nos anos 90. Para conferir o humor do artista, como quando dizia que os únicos gays do mundo eram ele e Clodovil; ou quando criava o personagem “Judy Bogarde”, ele mesmo, filho de seus atores preferidos Dirk Bogarde e Judy Garland.

Convidados: Zeca Camargo, Pupillo, Duda Brack, Carlos Marcelo, Teago Oliveira, Rafa Martins, Alice Braga, Charles Gavin, Carlos Trilha, Paulo Ricardo e Bruno Gouveia. Músicas: "Tédio com um T Bem Grande pra Você", "Boomerang Blues", "Eduardo e Mônica", "Por Enquanto", "Paper of Pins" e "A Cruz e a Espada".

Episodio 4 - “Agora Chegou Nossa Vez” - No último episódio, o podcast contextualiza o legado social e político de Renato Russo com as profundas transformações do Brasil nas últimas décadas. Com a clareza que “O mundo não é perfeito e nem todas as pessoas são felizes”, observamos os paradigmas quebrados pela Legião Urbana, seus discursos atemporais e a influência direta dos pensamentos de Renato Russo sobre as dores e os prazeres da existência humana nos artistas das novas gerações.


Porque você não pode perder:
 “O Brasil é o País do Futuro”. Para entender o contexto social e político do Brasil, há 50 anos, através da música popular e o que tirar suas próprias conclusões sobre as duas realidades. Para ouvir o áudio inédito de Renato analisando a política cultural brasileira nos anos 80, com alfinetadas em temas como a precariedade na estrutura de direitos autorais e a inexistência de um viés comportamental roqueiro na mídia brasileira.

Para perceber a importância de músicas como “Faroeste Caboclo”, que se tornara “A Voz do Brasil” ao parar o país para ouvir quase dez minutos de música nos rádios todos os dias. Para incorporar ainda mais a certeza de que somos afetados e empoderados pelo conhecimento, arte e legado de Renato Russo e confirmar que sua mensagem deve ser levada adiante para as próximas gerações.

Convidados: Charles Gavin, Pupillo, Carlos Marcelo, Bianca de Felippes, René Sampaio, Alice Braga, Leila Pinheiro, Bruce Gomlevsky, Carlos Trilha, Luiz Fernando Borges, Mahmundi, Helio Flanders, Rafa Martins e Paulo Ricardo. Músicas: "Geração Coca-Cola", "Faroeste Caboclo", "Mais Uma Vez", "Profecia de Renato", "Fábrica" e "Eu Sei".

Todos os convidados nos quatro episódios: Ana Cañas, Bianca de Felippes (produtora cinematográfica), Bruce Gomlevsky (ator), Bruno Gouveia, Carlos Marcelo (biógrafo), Carlos Trilha (produtor musical), Charles Gavin, Dinho Ouro Preto,  Duda Brack, Fabiana Ribeiro (curadora), Gilda Mattoso (assessora de imprensa), Helio Flanders, Leila Pinheiro, Leticia Novaes (Letrux), Luiz Fernando Borges (amigo pessoal), Mahmundi, Nicolas Behr (poeta e contemporâneo), Paulo Ricardo, Pupillo, Rafa Martins (Selvagens à Procura de Lei), René Sampaio (diretor de cinema), Teago Oliveira, Zeca Camargo.


Mesas gravadas:
Conversa 1: Foco em produção musical:
Carlos Trilha, Charles Gavin, Leila Pinheiro, Pupillo.
Conversa 2: Foco em biografia: Gilda Mattoso, Zeca Camargo, Luiz Fernando Borges, Carlos Marcelo.

Depoimentos e interpretações gravadas: Ana Cañas, Bianca de Felippes, Bruce Gomlevsky, Bruno Gouveia, Dinho Ouro Preto, Duda Brack, Fabiana Ribeiro, Helio Flanders, Leticia Novaes (Letrux), Mahmundi, Nicolas Behr, Paulo Ricardo, Rafa Martins (Selvagens à Procura de Lei), René Sampaio, Teago Oliveira.


Ficha técnica
“Identidade Musical - Renato Russo”
Podcast original Universal Music realizado por Milk Podcasts
Concepção e produção executiva: Josy Ane Siqueira
Apresentação: Adriana Penna
Direção: Rafael Teixeira
Pesquisa e Roteiro: Nathália Pandeló e Rafael Teixeira
Produção: Natália Salvador
Edição e mixagem: Diego Frank
Colaboração: Tenho Mais Discos que Amigos
Gravado por: Duda Suliano no Milk Studios
Músicas utilizadas gentilmente cedidas por Universal Music

.: Entrevista: Lucas Bissoli, o Barão da Piscadinha e do "BBB 22"


Barão da Piscadinha, Barão da Roubadinha, Barão da Devolvidinha, Barão da Puxadinha, Barão da Lariquinha... Esses foram alguns dos vários codinomes bem-humorados atribuídos a Lucas Bissoli durante a passagem dele pelo "Big Brother Brasil 22". Foto: Globo/João Cotta


Na 22ª edição do "Big Brother Brasil"Lucas Bissoli se movimentou por toda a casa e arrancou boas risadas com o apelido de Barão e gestual característicos - a famosa piscadinha que o deixou conhecido na rede social TikTok - que levou para dentro do confinamento. Mesmo optando por um jogo solo, engatou em um relacionamento logo no início da temporada, fez o que chamou de “alianças temporárias” com integrantes de grupos opostos no jogo e sobreviveu a dez semanas do reality, antes de ser eliminado no seu primeiro paredão, em que disputou com Paulo André e Pedro Scooby e recebeu 77,54% dos votos do púbico.

Na entrevista a seguir, ele revela o motivo de não ter conseguido jogar com Lina, Jessilane e Natália, mesmo tendo grande afinidade com elas, fala sobre a importância que as provas tinham em sua estratégia de sobrevivência na casa e desvenda o mistério por trás da coleção de produtos do "BBB" que pretendia trazer na mala - todos devolvidos antes de sua eliminação, ele garante.
 

Como você avalia a sua participação no "BBB 22"?
Lucas Bissoli -
A única coisa que eu não queria era que meus valores mudassem, no "BBB", porque eu tenho muito orgulho de quem eu sou, da criação que eu tive. Pelo que minha mãe falou - e tudo bem que é mãe, não é, gente? - eu tive erros, como qualquer ser humano, mas eu consegui mostrar quem eu sou. Eu sou brincalhão, educado, gentil. Detesto julgar, e a gente chega ao confinamento e precisa julgar as pessoas... Mas eu tenho muito orgulho do meu percurso e acho que saí na décima semana porque tinha que ser assim. Eu teria ficado muito feliz se tivesse continuado no game, chegado ao top 10. Já estou com saudade da casa, da Eslô. Mas foi o meu momento e eu quero aproveitar bastante isso aqui também.


Qual era sua estratégia para chegar o mais longe possível na disputa?
Lucas Bissoli - 
Eu sou muito coração. O Rodrigo, por exemplo, já era muito jogador. Eu tentei entender o lado dele, mas logo vi que ali era todo mundo coração. Com o tempo, a gente ia se tornando jogador. E eu fui tentando ser um jogador de fato, mas todas as decisões que eu tomei dentro do confessionário foram vindas do coração. Se eu tivesse sido muito estrategista e colocado o jogo sempre acima das relações, eu com certeza ainda estaria lá dentro. Mas eu coloquei a relação na frente do jogo para poder chegar na minha cama, colocar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilamente. Acabei votando em pessoas que foram saindo e isso facilitou meu jogo. Tentei jogar esse game da forma mais coerente comigo e com o meu coração e eu acho que consegui fazer isso. Estou muito feliz.
 

Nos últimos dias, você comentou que estava no seu limite e ficou triste. O fato de estar no paredão pesou?
Lucas Bissoli - 
Com o tempo, as coisas vão se acumulando. Eu ficava mais junto com a Eslô, Lina, Nat e Jessi, com os meninos não conseguia me conectar tanto. Às vezes, quando eles estavam separados, eu conseguia chegar para trocar ideia. Mas quando estavam todos juntos, não. De fato eu sou mais quieto. Quando estamos eu e uma pessoa, consigo conversar. Quando tem um grupo, tenho mais dificuldade. Outra coisa é que aqui fora eu sou bem ativo, tenho uma alimentação regrada, acordo às cinco horas da manhã para nadar, à noite malho, tenho uma rotina de sono. No "BBB" era o contrário, eu não sabia ser era dia ou noite, tinha a Xepa e, enquanto aqui fora eu como 20 ovos por dia, lá só comia um. Tem também a tensão de ter que julgar as pessoas no jogo da discórdia e na formação do paredão... Foi difícil, de domingo para segunda, por exemplo, digerir os seis votos da casa. Principalmente porque alguns deles vieram de pessoas que eu não esperava, como os votos do Arthur, Douglas e Gustavo. Juntou isso tudo. Mas eu nunca iria apertar o botão, pedir para sair. No máximo ficaria mais na minha e junto com a Eslô. As pessoas lá dentro falam que é importante ir ao paredão, mas é importante se você já foi! Se você não foi, você não quer ir (risos). Eu saí de cabeça erguida, orgulhoso, porque em nenhum momento fui contra os meus princípios. Estou satisfeito.
 

Você se dedicava bastante às provas de líder, anjo e imunidade; ganhou algumas delas. O que as provas significavam para você?
Lucas Bissoli - 
Sempre achei que, por ter um jogo solitário, a todo momento eu corria um risco. Então, nas provas eu me doava muito. Sabia que se eu perdesse uma prova dessas eu poderia ser indicado ao paredão, deixar de ganhar uma imunidade. E, além disso, quando você ganha uma prova, tem o poder se de posicionar. Como eu jogava sozinho, as pessoas podiam achar que eu era planta, por isso eu achava muito fundamental eu ganhar as provas. Quando eu indiquei a Brunna ao paredão, por exemplo, as pessoas não imaginavam. Era uma menina nota mil, de quem eu gostaria de me aproximar, se ela tivesse ficado. Assim como aconteceu com a Lina, que votou em mim na primeira semana e depois ficamos muito próximos.
  

Você imaginava que poderia formar um casal no "BBB"? 
Lucas Bissoli - 
Não imaginava, e até achava uma estratégia não muito boa porque quando você forma um casal pode acabar se escondendo, ficando só no relacionamento, e o jogo acontecendo em paralelo. Eu resisti um pouco, só que aconteceu o inevitável, a gente acabou ficando (risos).


Acredita que o relacionamento interferiu no seu jogo? 
Lucas Bissoli - 
Temos uma conexão super bacana. Mas o mais engraçado é que era como “Sr. & Sra. Smith”, a gente estava em lados opostos o game todo. Por isso eu acho que o relacionamento não interferiu no meu jogo. Logo depois que ficamos, conversamos sobre cada um ter a sua trajetória e sobre colocar a relação ao lado do jogo. Eu nunca interferi no jogo da Eslô e acredito que ela também não interferiu em nenhum movimento meu. Agora que a gente ia começar a jogar junto, o Brasil mandou eu vir piscar aqui fora (risos).

Pretende manter o namoro com a Eslovênia fora do "BBB"?
Lucas Bissoli - 
Com certeza! Falta um mês de "BBB", mas até se faltasse mais eu teria essa posição. Estou com muita saudade da minha rotina. Eu não sou tanto de festa, mas percebi que ela gosta muito. Então eu vou esperar por ela e vamos conversar para tentar adequar a rotina de um a do outro, e acho que é super valido tentar. Com certeza vou esperar por ela.


O apelido “Barão da piscadinha” virou uma marca registrada sua, dentro e fora do "BBB". Depois ele deu origem também a alguns memes que divertiram o público, como o “Barão da Roubadinha” e “Barão da Devolvidinha”, em referência aos produtos do "BBB" que você pretendia levar para casa. Qual foi sua reação ao saber dessas brincadeiras?
Lucas Bissoli - 
Eu fico muito feliz por ter podido levar um pouco de alegria para a galera que assiste ao "BBB". A gente vive em um mundo com tanta tristeza, tanta coisa ruim, e quando a gente consegue rir de uma coisa tão simples, uma piscada, e consegue levar graça para isso, eu acho o máximo. Não me importo nem um pouco com as brincadeiras.
 

O que você pensava em fazer com aquela quantidade de produtos? Era uma recordação ou pretendia doar, vender, dar como lembrança a amigos...?
Lucas Bissoli - 
A galera falou que eu queria montar uma farmácia! (risos) É que, como eu falei, no jogo a minha trajetória foi bem solitária. Eu até tentei fazer algumas alianças temporárias, até porque eu nunca abriria mão das meninas que estavam ao meu lado desde o início (Lina, Natália, Jessilane). Como eu me sentia sempre na zona de risco, eu pensava: “Vou sair essa semana, vou pegar um protetorzinho de recordação”. Na semana seguinte, eu pensava: “Não, agora eu saio”, e pegava mais um. Quando a Jade ganhou a terceira e a quarta liderança, lascou. E eu só ia jogando produto na mala, sem abrir para conferir. Quando eu abri, vi que tinha realmente muita coisa. Nem eu tinha me dado conta. Mas eu devolvi tudo, não fiquei com nada! Não tive nem coragem de pegar unzinho agora no final e colocar na bolsa (risos).
 

Na sua visão, quais são os participantes mais fortes do jogo?
Lucas Bissoli - 
Eu acho que a Eslovênia, a Lina, a Natália e a Jessilane. Vou defender meu time! (risos)
 

Você levou algum tempo para declarar um “lado” no game e, quando fez isso, escolheu ficar no lado oposto ao dos meninos do quarto grunge. O que te motivou a tomar essa decisão?
Lucas Bissoli - 
Eu sempre votei no grupo Lollipop. Mas aconteceu que a Eslô só ficava lá, então eu ficava junto com ela. O Eliezer votava em mim, eu nele, e a gente dormia um do lado do outro. Em nenhum momento eu fui lollipoper, até porque no começo do jogo eles votavam na Nat e na Jessi, e eu acredito que eu era o terceiro para ser votado. Por isso eu tive que me movimentar para atacá-los, já que eles eram em dez pessoas. Como Nat e Jessi não queriam jogar como eu, eu tive que sair para buscar o meu jogo. Elas me deram muito suporte emocional, assim como a Eslô, mas em termos de estratégia eu tive que me virar sozinho. 
 

Acha que foi uma escolha acertada?
Lucas Bissoli - 
Eu não me arrependo de nada que fiz no jogo. Eu fui somente ao décimo paredão, e mesmo assim porque eu me arrisquei ao extremo quando indiquei o Pedro Scooby como líder. Ali eu sabia que iria bater de frente com o grupo mais forte da casa, mas eu sentia no meu coração que tinha que votar nele porque seria capaz de ele chegar ao Top 5 sem ir ao paredão, era pouco provável que alguém o indicasse. Não acho que o Gustavo votaria nele, por exemplo, mesmo tendo o discurso de votar em quem não foi ao paredão, porque ele precisaria ser contrário aos meninos. Então eu fiz uma jogada arriscada. Por estratégia meu voto poderia ser o Eliezer, mas meu coração me dizia para votar no Pedro, mesmo gostando deles da mesma forma.
 

O Arthur, em certo momento, pareceu ser um aliado seu. Depois, vocês tiveram alguns desentendimentos. O que mudou no relacionamento entre vocês?
Lucas Bissoli - 
Aconteceu a questão da possível votação no Tiago Abravanel, que eu achei que era uma bobeira mas ele deu muita importância. Como eu sou quieto e ele também, nenhum de nós foi atrás do outro para resolver. Ele acha que eu traí a lealdade dele e eu acho que não, mas respeitei o afastamento. Eu fui um amigo para ele antes de acontecer isso, e quando a gente é amigo, deixa algumas coisas de lado e tenta seguir junto. Quando eu não me opus a deixar ele com a liderança na prova que ganhamos junto, foi também mostrando isso. E ele foi um dos que votou em mim mais para frente, mas deixa quieto (risos).
 

Você também tinha um posicionamento bastante claro no jogo contra Eliezer, inclusive deu um contragolpe nele no último paredão. O que te incomodava no jogo dele?
Lucas Bissoli - 
Na verdade tudo começou quando o Gustavo entrou na casa. Eu pensei que Gustavo e eu poderíamos fazer uma aliança legal até o Top 10, porque nos aproximamos. Até aquele momento eu não tinha uma hierarquia de votos dentro do Lollipop, que era o grupo em quem eu votava. O Gustavo sugeriu votar no Eliezer e eu falei na hora que estava dentro, que iria comprar a briga dele. E comprei! Eu me indispus com o Eli. Por motivos divinos o Eli escapou do paredão várias vezes (risos). Ele mandou bem demais, tem que ter sorte também no jogo. Acabou que a minha aliança com o Gustavo terminou em pouco tempo e é isso, tomei voto (risos).
 

Apesar de ser bem próximo de Lina, Natália e Jessilane, vocês não jogavam juntos. Como você avalia a estratégia delas no "BBB"?
Lucas Bissoli - 
Eu não sei se elas jogam juntas também porque cada uma tem um alvo. Eu vi que ali a bomba iria estourar para alguém em algum momento. Como nas primeiras semanas eu era muito quieto e acabei não conseguindo me mostrar tanto quanto eu gostaria para o Brasil, se essa bomba estourasse na minha mão, eu nem piscar iria no "BBB"; sairia muito rápido. Então, eu preferi buscar meu jogo sozinho. Eu não iria ficar impondo a elas meu modo de ver as coisas, acho chato. Por isso que no meu paredão foram seis votos em mim e o restante todos dispersos. Falei para elas: “Espero que com esse paredão vocês aprendam que o grupo dos meninos está junto e vai votar em todo mundo”. Elas também têm que votar.
 

Você escapou de dois paredões vencendo provas bate e volta. Acha que poderia ter sido eliminado do jogo naquelas ocasiões também ou a configuração da sua primeira berlinda, contra Paulo André e Pedro Scooby, influenciou na sua saída?
Lucas Bissoli - 
As pessoas falaram que realmente nesse paredão eu saí prejudicado. Mas acho que quem quer ser campeão tem que bater de frente com qualquer paredão. O lema é “não vá ao paredão” e eu levei muito à risca, não queria brincar de estar no paredão. Mas se eu tivesse ido aos outros paredões seria uma incógnita também. Não sei como as pessoas me viam. O Arthur me ajudou bastante no sentido de verbalizar as coisas. Até então eu ficava só pensando, pensando, pensando, mas as pessoas não sabiam no que eu estava pensando. Verbalizar mais me ajudou bastante. Mas de fato eu caí em um paredão que me eliminou. Mesmo assim, estou muito feliz.
 

Que participantes você acredita que chegarão à final? E quem deve ser o campeão ou campeã da temporada?
Lucas Bissoli - 
Pelo que eu tenho percebido, acho que a Lina, o Scooby e o Arthur chegam à final. Eu gostaria que a Eslô ganhasse. Meu coração fala que é a Eslô e a razão aponta para a Lina. Acho que ela é uma mulher incrível, muito inteligente, que tem tudo para ganhar esse "BBB".
 

Já pensou nos planos para o pós-"BBB"? Vai se dedicar somente à Medicina ou já tem outras ideias em mente?
Lucas Bissoli - 
Eu já perdi esse semestre na Medicina, mas vou voltar a treinar, me alimentar e ter minha rotina certinha até o começo do próximo. Também vou me esforçar ao máximo nas oportunidades de trabalho para poder dar para a minha mãe o que ela quiser, o que ela merece. Ela já fez muito por mim até aqui, foi inclusive uma das pessoas que voluntariamente cuidou das minhas redes sociais, está virada, bem cansadinha. Quero poder retribuir da melhor forma possível.

.: "Que História É Essa, Porchat?": programa está de volta à TV Globo


Episódios da nova temporada do programa serão exibidos na TV Globo às quartas, a partir de 06 de abril. Programa está de volta à TV Globo! 
Taís Araujo, Ary Fontoura e Gkay são os participantes do programa de estreia. Foto: Divulgação/Juliana Coutinho

Durante a nova temporada do "Que História É Essa, Porchat?", os causos inusitados, divertidos e, por vezes, até assustadores serão contados quase simultaneamente no GNT e na TV Globo. A partir do próximo dia 06, a quarta temporada do programa comandado por Fábio Porchat, que estreou dia 29 de março no GNT, irá ao ar na TV Globo. Toda quarta-feira, inicialmente após o "BBB 22".

Na nova leva de episódios, o apresentador retorna ao lado de convidados famosos e anônimos em um estúdio intimista, com plateia, para compartilharem suas experiências inesquecíveis. Taís Araujo, Ary Fontoura e a influenciadora digital Gkay são os participantes do programa de estreia. Nos programas seguintes, nomes como Glória Pires, Julio Andrade, Débora Bloch e Augusto Madeira também levarão ao palco histórias que nunca foram conhecidas pelo público.

Fábio Porchat está feliz com a nova dinâmica de exibição do "Que História É Essa, Porchat?". "Estou animadíssimo, especialmente, pela nova temporada ganhar esse canhão que é estar na TV Globo, mais pessoas irão assistir e ouvir as histórias", constata Porchat, que tem como diferencial a forma como conduz as narrativas dos convidados, fazendo com que as histórias ganhem mais ritmo, graça e leveza.

Ele revela que para isso acontecer precisa participar bastante de todo o processo de escolha das situações que serão contadas no programa. "Sou flanelinha das histórias (risos). Conheço todas com detalhes antes para criar o link, muitas vezes o convidado esquece um pedaço, então preciso estar junto para fazer com que as pessoas possam desempenhar melhor seu papel ali no programa", conta o apresentador.

Porchat adianta ainda que os convidados irão trazer histórias bastante surpreendentes. "Nessa temporada temos histórias muito divertidas, algumas já gravamos, como a da Glória Pires, que é ótima. Quem imagina ela correndo atrás de assaltantes na rua? E teremos convidados contando suas experiências com muito afinco, muita vontade. Algumas pessoas que convidamos nos dizem que precisam pensar muito no que irão dizer justamente por que as histórias estão cada vez melhores", enaltece.       

"Que História É Essa, Porchat?" irá ao ar na TV Globo nas noites de quarta-feira a partir de 06 de abril, logo após o "BBB 22". A quarta temporada do programa tem redação final de Paula Miller e Fabio Porchat, e direção de Gigi Soares.

quarta-feira, 30 de março de 2022

.:"O Mosquito": o que aconteceria se os insetos não existissem?


Livro conta a história épica do impacto da atuação do inseto na evolução das sociedades. Aclamado pelo The New York Times como “um daqueles livros reveladores que vão mudar para sempre a sua maneira de ver o mundo”, "O Mosquito" é repleto de revelações surpreendentes.

No país da dengue, chikungunya e zika, o mosquito já tem fama de vilão por ser o vetor dessas doenças, que desafiam a Saúde Pública brasileira por seu alto poder de contágio e potencial endêmico. Porém, o pequeno e nada inofensivo inseto não é uma ameaça apenas nos trópicos. Para entendermos melhor o papel determinante que esse minúsculo predador teve na evolução da humanidade ao longo dos séculos, o doutor em história pela Universidade de Oxford Timothy C. Winegard desenvolveu um estudo pioneiro.

"O Mosquito: A Incrível História do Maior Predador da Humanidade", que chega às livrarias em março pela Intrínseca, apresenta uma narrativa com muitos dados curiosos. Com nada menos que 110 trilhões de soldados espalhados em quase todos os cantos do mundo, o inseto é munido com 15 armas biológicas letais e responsável pelo óbito de 2 milhões de pessoas, em média, desde o ano 2000. Essa incrível marca faz dele o mais mortífero caçador de seres humanos do planeta.

O autor explica que o mosquito é vetor, mas também responsável pela profusão de mortes. “O mosquito não prejudica ninguém diretamente. São as doenças tóxicas e altamente evoluídas transmitidas por ele que podem causar uma onda interminável de desolação e morte. Contudo, sem ele, esses patógenos sinistros não poderiam ser transmitidos ou vetorizados para humanos nem continuar seu ciclo de contaminação. Na verdade, se não fosse por ele, essas doenças jamais existiriam”.

Aclamado pelo The New York Times como “um daqueles livros reveladores que vão mudar para sempre a sua maneira de ver o mundo”"O Mosquito" é repleto de revelações surpreendentes. Como narra o autor, sem as mesmas imunidades genéticas dos africanos e mediterrâneos contra a malária, os europeus, em suas colônias nos trópicos, usavam quinino para evitar a doença. Para quebrar o amargor, adicionavam gim. Assim nasceu o gim-tônica - um dos drinques mais consumidos no Brasil e no mundo.

A atuação do inseto “com o tamanho e o peso de uma semente de uva” determinou o rumo de episódios históricos que moldaram o mundo. A consolidação do cristianismo, a ruína das Cruzadas, o destino da Escócia, a Revolução Americana e muitas outras passagens de extrema importância têm o mosquito como protagonista.

Repleto de insights e uma narrativa vigorosa, "O Mosquito" apresenta uma pesquisa extensiva, embasada e acessível acerca do intrigante tema. Por esses méritos, a obra foi finalista do prêmio de melhor não ficção canadense RBC Taylor de 2020 e do Lane Anderson Awards. Você pode comprar "O Mosquito: A Incrível História do Maior Predador da Humanidade", de Timothy C. Winegard, neste link. 
 

O que disseram sobre o livro 
“O divertido livro de Winegard narra o impacto das doenças transmitidas por mosquitos, sobretudo a malária, no decorrer da história. Sem dúvida alguma, os leitores vão apreciar a rápida jornada apresentada pelo autor através dos maiores movimentos populacionais, campanhas e guerras da humanidade.” - Science Magazine


Sobre o autor
Timothy C. Winegard
 é doutor em história pela Universidade de Oxford e professor de história e ciência política da Colorado Mesa University. Foi oficial das Forças Armadas do Canadá e do Reino Unido e é presença frequente em debates na TV e em documentários. Seus quatro livros anteriores, sobre história militar e estudos indígenas, foram publicados em diversos países.


Livro: "O Mosquito: A Incrível História do Maior Predador da Humanidade"
Autor: Timothy C. Winegard
Tradução: Leonardo Alves
Páginas: 608
Editora: Intrínseca

.: Rádio Novelo lança a nova série de podcast "Crime e Castigo"


Responsável pelo podcast investigativo "Praia dos Ossos", que abordou o assassinato da socialite Ângela Diniz, dois anos depois a Rádio Novelo lança a série "Crime e Castigo", que examina porque o sistema penal não está funcionando para vítimas, réus e nem para a sociedade.

A Audio.ad, unidade de negócios especializada em publicidade em áudio digital da Cisneros Interactive, anuncia uma nova parceria com a Rádio Novelo. A produtora de podcasts, que é responsável pela série "Praia dos Ossos", agora lança "Crime e Castigo" para falar sobre o sistema penal brasileiro. Com o acordo comercial, os dois programas passam a fazer parte da rede Audio.ad de Podcasts.

Quase dois anos após o fim de "Praia dos Ossos", série narrativa sobre o assassinato da socialite Ângela Diniz pelo então namorado, Doca Street, a Rádio Novelo lança agora o podcast Crime e Castigo. A nova série vai ao ar no dia 2 de abril e será narrada por Branca Vianna - presidente da Rádio Novelo . Nos seis episódios, o roteiro passeia por casos reais e traz reflexões em conversas entre a apresentadora, Paula Scarpin e Flora Thomson-DeVeaux - diretora de criação e diretora de pesquisa, respectivamente, da Rádio Novelo.

A ideia de abordar o sistema carcerário brasileiro veio após Branca, Flora e Paula lerem comentários raivosos de ouvintes do "Praia do Ossos" após a morte de Doca. A audiência não achava que a condenação e os anos preso tinham sido pena suficiente, e queria mais. O projeto nasceu com o objetivo de responder por que um caso como esse, em que o sistema penal funcionou, com julgamento, provas e condenação do assassino confesso, não encerrava a questão.

Foi cerca de um ano e meio de trabalho em que a equipe conversou com mais de 30 pessoas, muitas delas vítimas, parentes de vítimas ou acusadas de crimes. O novo programa visita casos reais e convida os ouvintes a avaliarem o quanto estão confortáveis com os conceitos de justiça, retaliação, vingança e reparação. São histórias de um filho assassinado, uma mulher violentada, um atropelamento, um estelionato, uma briga de vizinhos, um tiro acidental, um feminicídio, entre outros casos.

"Num primeiro momento, pensamos em fazer um episódio bônus do 'Praia dos Ossos', discutindo punitivismo no Brasil. Mas, conforme fomos conversando com especialistas e mergulhando mais fundo na pesquisa, percebemos que o tema era complexo demais para um único episódio", conta Paula Scarpin.

Com a novidade da parceria, tanto "Crime e Castigo" quanto "Praia dos Ossos" passam a fazer parte da rede Audio.ad de Podcasts e a contar com a expertise da empresa especializada em publicidade em áudio digital para a monetização dos programas.


Conheça os casos da série "Crime e Castigo"
O ponto de partida é o caso do estudante Alex Schomaker Bastos, morto com sete tiros no Rio de Janeiro em 2015. A polícia encontrou os culpados, a Justiça condenou-os a 28 anos de prisão e a família foi acolhida por autoridades e pela imprensa. Apesar disso, Mausy, mãe de Alex, e Olívia, irmã, continuam insatisfeitas, embora de jeitos diferentes.

Os relatos de João Luíz Francisco da Silva, preso por estelionato, e de Mônica Cunha, mãe de um adolescente que cumpriu medidas socioeducativas e depois foi morto pela polícia, levam à pergunta: que preço o criminoso tem que pagar para estar quite com a sociedade? A prisão é mesmo a saída?

Valentina Homem foi estuprada pelo irmão de uma amiga em uma festa em 2013, mas achou que não deveria ir à polícia e buscou um caminho diferente do sistema penal. E se conseguíssemos que os agressores realmente se responsabilizassem pelos seus crimes? Leonardo Monteiro de Araújo, jurado de morte depois de atropelar uma família, e Júlio Fernández Araújo, brigado com metade da comunidade onde ele morava, conheceram a justiça restaurativa, e suas histórias tiveram desfechos fora do esperado.

A série também esmiúça um caso rumoroso que desafia todo pensamento crítico ao sistema prisional: a história de Champinha. Roberto Aparecido Alves Cardoso estuprou e matou a estudante Liana Friedenbach e participou da morte do namorado dela, Felipe Caffé, em 2003. O assassino tinha 16 anos na época do crime e seu julgamento levantou o debate sobre o tema da maioridade penal. O que fazer com alguém que cometeu um crime hediondo? E o que esse caso nos mostra sobre os horizontes da reforma prisional?

A série completa estará disponível em todas as principais plataformas de podcast e no site radionovelo.com.br/crimeecastigo no dia 2 de abril. "Crime e Castigo" é uma série original da Rádio Novelo realizada com recursos do Instituto Betty e Jacob Lafer e da Oak Foundation.

"Praia dos Ossos", primeiro podcast original da Rádio Novelo, examinou o julgamento de Doca Street pelo assassinato de sua então namorada, Ângela Diniz. Em oito episódios, lançados em 2020, a série rapidamente se tornou um marco no podcasting narrativo em língua portuguesa, atingindo mais de 2 milhões de downloads. radionovelo.com.br/praiadosossos

A Rádio Novelo é uma das principais produtoras de podcast do Brasil. Fundada em 2019 no Rio de Janeiro, já criou mais de 20 podcasts, entre originais e produções para clientes, entre eles grandes veículos de comunicação, ONGs, Spotify e Globoplay. Tornou-se conhecida pela qualidade técnica e narrativa de suas produções e colabora com uma rede de profissionais e estúdios em todo o Brasil.

.: Darkside Books lança versão definitiva de "1984", clássico de George Orwell


Em uma época em que políticos negam cinicamente o que alardearam ao vivo em pronunciamentos oficiais, e em que somos bombardeados diariamente por propagandas de ódio, notícias falsas bizarras e notícias verdadeiras ainda piores, o romance "1984", de George Orwell, ganha cada vez mais ressonância e, também, uma edição caprichada da Darkside Books.

A trama se passa em um superestado totalitário chamado Oceânia, onde imperam a vigilância onipresente e regras de conduta extremamente rígidas. Nele acompanhamos a rotina severa e os pensamentos cada vez mais divergentes de Winston Smith, funcionário do Ministério da Verdade. Apesar do nome de seu local de trabalho, Winston é responsável por falsificar artigos jornalísticos do passado para que eles sempre se encaixem com o maleável discurso corrente do partido que comanda esse superestado, representado pela figura mítica do Grande Irmão.

A história da vida de George Orwell talvez explique como sua obra converge até "1984". Nascido na Índia em 1903, como Eric Arthur Blair, ainda bebê ele se mudou para o interior da Inglaterra, que nessa época ainda era um império com colônias por todo o planeta. Orwell conheceu variadas facetas do imperialismo: estudou num colégio de elite inglês, perambulou sem dinheiro pelas ruas de Paris e de Londres, acompanhou trabalhadores em perigosas minas de carvão, exerceu a função de policial na Birmânia, enfrentou os fascistas na Guerra Civil Espanhola, onde quase morreu com um tiro na garganta, presenciou bombardeios dos nazistas na Segunda Guerra Mundial, e acima de tudo, foi um crítico ferrenho da sociedade de sua época.

Embora escrito somente a partir de 1947, várias das ideias que permeiam "1984" foram moldadas muito antes, como podemos conferir em algumas de suas cartas e ensaios, que também integram esta edição especial, da marca Medo Clássico. Mescla de ficção científica distópica com ensaio político, 1984é uma daquelas obras que se tornaram referência desde sua publicação, em 1949.

A influência do livro na cultura pop desde então é extensa, inspirando criadores em diversas áreas, autores como Margaret Atwood, Alan Moore, Ray Bradbury, os cineastas Terry Gilliam e Ridley Scott, músicos e bandas como David Bowie e Radiohead e o quadrinista Enki Bilal, e até mesmo conceitos por trás de programas televisivos díspares, como o reality show Big Brother e a série de ficção científica especulativa "Black Mirror".

Esta edição especial da DarkSide® Books conta com tradução de Alexandre Boide, introdução e perfil biográfico do autor, feitos pelo jornalista Romeu Martins, e um posfácio escrito por Carlos Orsi, fundador do Instituto Questão de Ciência, que delineia as relações do romance com o que passou a ser chamado de totalitarismo: “O Estado de 1984 [...] busca não apenas a centralização do poder político num líder absoluto, mas o controle total da sociedade, a dominação de todas as instâncias da vida. É o Estado que não se contenta em controlar o que as pessoas leem, compram e em quem votam, mas também o que pensam e como sonham”.

Clássico contundente e oportuno sobre as dimensões políticas da linguagem, "1984" expõe de maneira amarga e implacável os mecanismos operantes em uma sociedade totalitária, e as dificuldades do indivíduo em oferecer resistência a ela. Uma obra que, infelizmente, se torna ainda mais atual a cada leitura e releitura e serve de alerta para os totalitarismos contemporâneos. Você pode comprar a edição que a Darkside Books fez de "1984", de George Orwell, neste link.

.: Coletivo Luzamba leva “A Revolução dos Bichos” para atividades gratuitas


Grupo de Leitura, ciclo de debates virtuais, exibição em vídeo de fábulas populares, oficina literária em dramaturgia e live com a equipe estão na programação que tem como inspiração o clássico de 
George Orwell.

"A Revolução dos Bichos" é um dos maiores clássicos da literatura que vem trazendo novas discussões desde sua publicação em 1945. A obra de George Orwell (1903 – 1950) é propulsora para o Coletivo Luzamba no projeto “Fábulas e Levantes: Movimentações Periféricas a partir d’A Revolução dos Bichos”.

A iniciativa visa trazer uma série de atividades gratuitas em volta do livro como: grupo de leitura, ciclo de debates virtuais, exibição em vídeo de fábulas populares, oficina literária em dramaturgia e live com a equipe. O projeto tem como alvo o público das cidades periféricas da Bacia do Juquery (Francisco Morato, Franco da Rocha, Mairiporã, Cajamar e Caieiras). 

O objetivo é fomentar essas ações culturais e educativas na periferia com a finalidade de incentivar o desenvolvimento intelectual por meio da leitura em comunidades populares de baixa renda, com base no entendimento de que a leitura pode orientar e construir o sentido de cidadania, e ampliar o senso crítico estimulando o pensamento livre, que por consequência, impulsiona a busca por mudanças dentro do território periférico.

"A Revolução dos Bichos" é uma fábula sobre o poder e narra a insurreição dos animais de uma granja contra seus donos. Progressivamente, porém, a revolução degenera em uma tirania ainda mais opressiva que a dos humanos. A obra foi escrita em plena Segunda Guerra Mundial e publicada em 1945. A coidealizadora do projeto, Camila de Souza, ressaltou as características que fazem do clássico de George Orwell uma obra ímpar: “A mistura de fábula com o contexto político fez o livro ficar acessível para que todas as idades e todas as pessoas pudessem ler, ao passo que se divertem com a trama e já avaliam com os aspectos da vida cotidiana. É uma sacada inteligente e tem um propósito de levar o conhecimento crítico para qualquer um que se preste a ler, ouvir essa fábula. O ambiente lúdico da fábula "a fazenda dos animais" leva o leitor a uma perspectiva criativa dos fatos apresentados no livro. É o ambiente do teatro, da sátira, das risadas e da imaginação”.

O livro marcou história e vem mostrando sua importância para várias gerações. “George usa recursos literários que nos levam a um mundo imaginário, mas também com aspectos realistas sobre as ações humanas no contexto social. Orwell foi um escritor que deu pernas aos animais e asas aos humanos, deu à fábula uma importância político social que refletiu em seu tempo e com certeza reflete no nosso”, finaliza Camila.


Programação

Levante 1
Grupo de Leitura Coletiva
Data:
2 de abril
Horário: 15h às 17h
Local: Biblioteca Patativa do Assaré - Parque da Criança/CEU das Artes Francisco Morato

Grupo presencial de leitura coletiva dirigida com o total de quatro encontros. O livro a ser pautado por esse grupo de leitura é "A Revolução dos Bichos" (1945) de George Orwell. Esses encontros para leitura coletiva terão duração de duas horas com apoio de vídeos, imagens e trechos da obra para compor o entendimento mais aprofundado sobre o conteúdo abordado no livro. Os encontros terão a disponibilidade de um profissional intérprete de Libras.

Levante 2
Ciclo de debates virtuais
Data:
7, 8 e 9 de abril
Horário: 19h às 21h
Local: on-line, canal YouTube do Coletivo Luzamba
https://bit.ly/canalcoletivoluzamba

Serão três rodadas de debates virtuais (duração média de 2 horas) com as temáticas previamente estabelecidas a partir da ideia do livro e dos encontros semanais.

Debate 1 (7 de abril): “Literatura em Tempos de Autoritarismo”

Debate 2 (8 de abril): “Sobre a Literatura de George Orwell”

Debate 3 (9 de abril): “Literatura e Fábulas para Levantes”

Cada debate envolve discussões no âmbito literário, educativo, artístico, político e social. Os debates terão acessibilidade garantida por profissional intérprete de Libras. Cada debate terá 60 vagas, preenchidas por inscrição em formulário. Todos os participantes do ciclo completo de debates (seis horas de carga horária) receberão certificado.


Levante 3
Gravação e exibição de fábulas populares
Exibição em Escolas (exibição fechada):
27, 28 e 29 de abril, das 10h às 11h
Data de estreia YouTube (exibição aberta): 30 de abril, às 17h
https://bit.ly/canalcoletivoluzamba

Serão realizadas as gravações e exibições de dois vídeos curtos a partir de fábulas populares adaptadas para cenas teatrais com contação de história. O principal foco dos vídeos é fazer a ponte entre a literatura, a arte e a população infanto juvenil dessa região periférica. As vídeo-fábulas terão acessibilidade garantida por profissional intérprete de Libras. Os vídeos serão estreados em exibições fechadas para alunos do ensino fundamental e ainda disponibilizados no canal do YouTube do coletivo após sua estreia.


Levante 4
Oficina Literária em Dramaturgia
Data:
5, 6, 13 e 14 de abril
Horário: 18h às 20h
Local: Etec de Francisco Morato

Oficina presencial de escrita literária em dramaturgia, utilizando fábulas populares e a obra de George Orwell como disparadores criativos. As atividades serão propostas em quatro encontros de duas horas cada, programados duas vezes por semana. Ao final das atividades e da elaboração dos textos, esse material desenvolvido será divulgado em um blog/site para incentivar os participantes e disponibilizar um espaço virtual para fins educativos.


Levante 5
Live Roda de Debate On-line e Sorteio de Livros
Data:
30 de abril
Horário: 19h às 21h
Local: on-line, canal YouTube do Coletivo Luzamba
https://bit.ly/canalcoletivoluzamba

Live/Roda de conversa que reunirá todo elenco, direção, mediadores e participantes para compartilhamento de vivências. O intuito é desmistificar as profissões artísticas ao criar uma ponte que liga as pessoas aos seus próprios conhecimentos e habilidades através da literatura e da arte cênica. A jornada artística sempre começa com o  primeiro passo, essas vivências permitem que os participantes tenham a primeira interação com o mundo artístico de uma forma estruturada e orientada. Nesse debate as dúvidas e os relatos serão observados, fechando assim as atividades do projeto literário. O último encontro terá duração de 90 minutos e contará com recurso de interpretação em Libras.

.: UOL passa a patrocinar o teatro do Shopping Pátio Higienópolis


O novo Teatro UOL consolida aposta do UOL no segmento de cultura e entretenimento e reforça o propósito da companhia: informar, entreter e facilitar a vida dos brasileiros.


Ampliando suas possibilidades e com foco na cultura e entretenimento, o UOL, maior empresa brasileira de conteúdo, tecnologia e serviços digitais, assume os naming rights do Teatro do Shopping Pátio Higienópolis, que por 20 anos foi “Teatro Folha”. Consolidado como referência de entretenimento cultural em São Paulo, o renomado espaço agora é Teatro UOL.

“Acreditamos que este é um passo importante do UOL para continuar oferecendo o melhor do entretenimento, seja no ambiente digital ou offline. Atrelado a isso, buscamos fortalecer sempre os pilares que sustentam o nosso propósito. Um deles é entreter os brasileiros em diferentes momentos do seu dia. Esta inciativa reforça este pilar”, explica Paulo Samia, CEO do UOL Conteúdo e Serviços.      

O Teatro se tornou um centro de referência cultural de São Paulo por iniciativa do empreendedor Isser Korik, diretor artístico da Conteúdo Teatral, ator, diretor e produtor. Além disso, foi eleito pelo público, em 2008, como o melhor teatro da capital paulista, de acordo com pesquisa do portal Veja São Paulo.

“Para nós é uma honra e uma enorme responsabilidade dar continuidade a uma parceria tão bem-sucedida, agora sob o enfoque do público do UOL, jovem, antenado e interessado em experiências artísticas profundas, muito adiante da tela do computador”, complementa Korik.

A mudança vai além dos naming rights, e abrange um novo projeto visual para a fachada e ambientes internos do teatro. A venda de ingressos será feita presencialmente na bilheteria ou pelo site. Para esse novo momento as ações promocionais e sampling com materiais de divulgação do UOL atrelados às campanhas do teatro.


Vinte anos de presença cultural em São Paulo
Concebido para abrigar espetáculos destinados a todos os públicos, o Teatro recebeu os mais importantes artistas e produções do cenário teatral brasileiro, sempre com a proposta de apresentar qualidade e diversidade de linguagens artísticas.

Existe por trás uma curadoria artística acurada, buscando unir o interesse de seu público com a qualidade artística dos espetáculos teatrais. Através de parceiros, a Conteúdo Teatral contribui ativamente com a divulgação de sua programação, proporcionando a maior visibilidade possível aos espetáculos.

Em seus vinte anos de atividades, o Teatro está atingindo a marca de três milhões de espectadores. A casa já ultrapassa 12.000 sessões em mais de 400 espetáculos diferentes, que empregaram quase 3.500 artistas e técnicos.

Além disso, o público infanto-juvenil tem um tratamento privilegiado pela curadoria, que além de programar o ano todo com dois espetáculos infantis, realiza nos meses de janeiro a julho seu tradicional Festival de Férias, onde a cada dia da semana é apresentado um espetáculo diferente, oferecendo o melhor painel do movimento teatral para crianças.

“A partir de agora, sob o patrocínio do UOL, o público paulistano poderá continuar a usufruir de toda essa programação teatral e os artistas e produtores de teatro seguirão contando com a parceria do Teatro UOL para realizar suas produções artísticas”, comemora e finaliza Korik.


Sobre o Teatro UOL
Com uma área de 470 m², o teatro está localizado no terraço do Shopping Pátio Higienópolis e associa comodidade e segurança em um espaço aconchegante. Assinado por J.C. Serroni, o projeto arquitetônico levou em conta cuidados especiais em relação a questões como escala, visibilidade, funcionalidade e conforto – tanto para quem encena quanto para quem assiste ao espetáculo. São 300 lugares - sendo quatro para pessoas com necessidades especiais de mobilidade -, distribuídos em plateia geral e camarotes duplos, além de foyer para a recepção dos espectadores e modernos equipamentos cênicos.

Sobre o UOL Conteúdo e Serviços
UOL Conteúdo e Serviços oferece mais de 1.000 canais de jornalismo, informação, entretenimento e serviços. Com cobertura de 90% (nove em cada dez brasileiros acessam o conteúdo UOL todos os meses), o UOL tem a maior audiência entre veículos de comunicação da internet brasileira. O UOL Conteúdo e Serviços oferece ainda produtos de entretenimento (UOL Play, UOL Economia+, Clube UOL), segurança e Assistência (Antivírus, Assistência Técnica, UOL Resolve), soluções para mídia digital (Publicidade), entre outros. O Grupo UOL é o maior grupo brasileiro de conteúdo, tecnologia, serviços e meios de pagamentos digitais e tem ainda as seguintes unidades de negócios: PagSeguro PagBank, companhia aberta na NYSE (EUA), que tem soluções completas para pagamentos online e presenciais (mobile e POS) para todos os meios de pagamento (cartões de crédito, débito e refeição), além das contas digitais gratuitas que permitem pagar contas, recarregar celular, fazer portabilidade de salário e enviar e receber transferências (TEDs); a Compasso UOL, que oferece soluções tecnológicas para a transformação digital de grandes empresas; e o UOL EdTech, plataforma com soluções para ensino on-line


terça-feira, 29 de março de 2022

.: Morre Elifas Andreato: a arte é amiga da liberdade e ele sempre lutou por ela


O Brasil perdeu um dos principais artistas da sua história. Elifas Andreato morreu nesta terça-feira, 29 de março, vítima de complicações de um infarto. Elifas tinha 76 anos e ao longo de toda a vida usou a arte como instrumento da luta por justiça e paz em nosso país.

Junto ao grande público, se notabilizou pelas mais de 300 ilustrações de álbuns musicais. Não à toa é um dos mais cultuados capistas da história da Música Popular Brasileira e tem no currículo a arte de alguns discos emblemáticos como “A Ópera do Malandro”, de Chico Buarque; “Nervos de Aço”, de Paulinho da Viola; e “A Rosa do Povo”, de Martinho da Vila.

Antes disso, ilustrou cartazes e páginas de jornais da imprensa alternativa que fez oposição ao regime militar como “Movimento”, “Opinião” e “Argumento”, e teve uma forte relação com o movimento sindical, fazendo inúmeros trabalhos de forma voluntária.

Nenhum outro artista foi capaz de traduzir com mais brilhantismo a indignação de toda a sociedade pelo assassinato de Vladimir Herzog, em 25 de outubro de 1975. É dele, por exemplo, a tela “25 de Outubro”, registro marcante e emocionante da prisão, tortura e assassinato de Vlado. A obra, inclusive, ganhou uma reprodução em forma de mosaico na Praça Vladimir Herzog, localizada no centro de São Paulo, próximo ao prédio da Câmara Municipal.

O espaço conta ainda com outras duas obras de arte de autoria de Elifas Andreato: uma versão ampliada da escultura Vlado Vitorioso e a versão em ponto grande do troféu do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, que também foi desenhado por ele.

É dele ainda o troféu do Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão e o design do logo do Instituto Vladimir Herzog, entidade da qual participou da fundação, era conselheiro e um grande parceiro, sempre pronto a produzir artes e ilustrações para diferentes projetos e iniciativas.

Em 2011, Elifas recebeu o Prêmio Especial Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. No troféu, está grafada uma frase que resume bem a importância deste personagem para a história do nosso país: “A arte é amiga da Liberdade e os artistas sempre lutam por ela. Se a ditadura de Franco teve que encarar o Picasso, a nossa precisou encarar o Elifas”.

Elifas Andreato ajudou a ilustrar as páginas da História e nela foi inscrito. É destas pessoas que nunca morrem e seguem eternamente vivas em nossas memórias e nossos corações, nos inspirando a atuar pela construção de um país melhor, que valorize a arte, a democracia e os direitos humanos.

O Instituto Vladimir Herzog manifestou profunda tristeza e prestou solidariedade a todos os familiares, em especial aos filhos Bento e Laura, e aos amigos que, assim como nós, sentirão a falta deste grande artista e cidadão brasileiro.

.: 5x12: 9-1-1 "Boston" é pura emoção e traz reencontro esperadíssimo

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em março de 2021


O 12º episódio de "9-1-1", intitulado de "Boston" volta seis meses antes, quando Maddie (Jennifer Love Hewitt) ainda tentava lidar com sua mudança de comportamento, optando deixar a bebê no 188 e gravar o vídeo de despedida para Chimney (Kenneth Choi). Um recapitula de toda a depressão pós-parto de Maddie. Sequência de arrepiar até que reencontramos a protagonista dessa confusão, três dias depois do "sumiço", tendo ao lado uma médica para quem revela coisas do passado e de quando tentou se afogar. 

Maddie está em Boston, medicada e bem alimentada, prossegue com muitos testes para entender a condição emocional. Ela tem total consciência de que representa perigo para a própria bebê. No entanto, Maddie está melhorando, a ponto de alugar um espaço para viver, enquanto prossegue com o tratamento na clínica para saúde mental de mulheres.

 

Nessa volta ao passado, as pontas que ficaram suspensas anteriormente, sobre o afastamento de Maddie, são arrumadas. É mostrado até o momento em que Buck, irmão dela, liga no celular para saber dela, e Maddie diz não estar pronta para retornar. Sim! "Boston" é um episódio bastante triste, cheio de emoções, mas que provoca reflexão sobre os efeitos da depressão.

Para a nossa alegria, Chimney volta a aparecer em "9-1-1", cuidando da bebê e conversando com os amigos, por telefone, inclusive com Athena (Angela Basset). Numa crise de choro da menininha, ele desabafa: "Gostaria que a mamãe estivesse aqui também". Enquanto isso, mantém a busca pela mulher, ficando de campana na porta de um hospital, mas sua espera é observada.

Na celebração do dia de "Saint Patrick", um homem diz não se sentir bem, enquanto começa uma pancadaria. É Chimney quem o atende. Novo contato de Chimney com amigos, dessa vez é com Bobby (Peter Krause) quem precisa de um paramédico, mas o amigo diz que não voltará sem Maddie. Enquanto que ela continua nas reuniões das mulheres com problemas mentais e vive um mal-entendido. 

Chimney e Maddie, tão distantes e tão próximos. É a festa de São Patrício, comemorada dia 17 de março que colaborará para acontecer o que tanto queremos. Ela procura a "amiga" de tratamento, Kira, dependente química, enquanto que ele socorre os casos com risco de morte. Maddie até dá uma olhadinha bem de longe para o tumulto de um atendimento em que Chimney realiza. Aquele momento de "olhar sem ver". Assim, procura pela amiga que acaba precisando de socorro. É ela quem promove o reencontro desse casal. E é de arrepiar! Ufa!

E num banquinho, uma conversa sincera entre Maddie e Chimney acontece de modo totalmente emocionante. Para ele, quando ela quase afogou a bebê, foi um acidente. Ao descobrir que Maddie tentou se afogar no mar, Chimney ainda segue sendo o homem mais compreensivo do mundo. A verdade é que a conversa  entre os dois é tão honesta, a ponto de arrepiar. Ainda sobra tempo para um reencontro entre mamãe e bebê. E é a hora em que as lágrimas caem de nosso rosto também, pois Maddie se dá conta que a filhinha cresceu tanto e perdeu muito dessa fase. Extremamente triste!


Chimney se dá conta de que apesar do reencontro as coisas não serão fáceis, pois consertar tudo será complicado. Maddie, por sua vez, percebe que não dá para voltar no tempo. Assim, a cena final do episódio é de segurar um lencinho para aparar as lágrimas. "Boston" é um episódio lindo de se ver! Após, Jennifer Love Hewitt deixa uma mensagem sobre as estatísticas de suicídio e de que há saída. Que série perfeita!


Seriado: 9-1-1
Temporada: 5
Episódio: 12, "Boston"
Exibição: 28 de março de 2022
Emissora original: Fox Broadcasting Company
Criadores: Ryan Murphy, Brad Falchuk, Tim Minear
Produtores executivos: Ryan Murphy, Brad Falchuk, Tim Minear, Alexis Martin Woodall, Bradley Buecker
Elenco: Angela Bassett (Athena Grant), Peter Krause (Bobby Nash), Jennifer Love Hewitt (Maddie Buckley), Oliver Stark (Evan "Buck" Buckley), Aisha Hinds (Henrietta "Hen" Wilson), Kenneth Choi (Howie "Chimney" Han), Marcanthonee Reis (Harry Grant), Ryan Guzman (Eddie), Arielle Caroline Kebbe (Lucy Donato), Bryce Durfee (
Jonah Greenway), Rockmond Dunbar.

*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm

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