sábado, 28 de maio de 2022

.: Filme sobre aborto, vencedor do Leão de Ouro, estreia no Festival Varilux

"O Acontecimento", filme de Audrey Diwan adaptado do romance homônimo de Annie Ernaux, quebra tabus ao falar da solitária jornada de uma mulher que decide abortar nos anos 60. Foto: Divulgação / Festival Varilux

Embora o assunto esteja constantemente na ordem do dia, muito ainda há o que se discutir sobre aborto. E o Festival Varilux de Cinema Francês traz uma importante contribuição: o filme “O Acontecimento” ("L'événement"), da diretora franco-libanesa Audrey Diwan, premiado com o Leão de Ouro de Melhor Filme no Festival de Cinema de Veneza, em setembro de 21. 

O longa-metragem integra a programação do Festival Varilux, de 21 de junho a 6 de julho, e estará nos cinemas de todo o Brasil a partir de 23 de junho, juntamente de todos os outros filmes desta edição. A distribuição é da Zeta Filmes. A equipe do Resenhando.com assistirá aos filmes desta edição do festival na rede Cineflix Cinemas para escrever as críticas.

O filme se passa na França de 1963, quando Anne - interpretada por Anamaria Vartolomei -, uma jovem e promissora estudante, vê seu futuro ameaçado após saber que havia engravidado acidentalmente. Ela, então, decide fazer um aborto, mesmo com toda a dor e vergonha que sente, e ainda que possa eventualmente ser presa. Assim se envolve sozinha em uma corrida contra o tempo - e o avanço da gravidez -, determinada a ser dona de seu próprio corpo e de seu próprio destino. O longa é uma adaptação do romance homônimo de Annie Ernaux.

“Fiz este filme com raiva e desejo, fiz com meu estômago, com minhas entranhas com meu coração", discursou a diretora ao receber o Leão de Ouro no Festival de Veneza, prêmio concedido após decisão unânime do júri. “O Acontecimento” chega em consonância com os diversos movimentos que pregam o direito de escolha da mulher sobre o próprio corpo.

Em alguns países, as demandas pelo aborto legalizado e seguro foram finalmente atendidas - como na Argentina, em 2020, e no Chile em 2022 -, representando um grande avanço. Porém, a pauta ainda encontra uma severa resistência por parte de setores da sociedade. Recentemente, segundo documentos internos vazados, a Suprema Corte dos Estados Unidos rascunhou um parecer de quase 100 páginas que teria potencial para derrubar o direito legal ao aborto no país.


"O Acontecimento" ("L'événement")
2021 / 1h40 / Drama
Elenco: Anamaria Vartolomei, Kacey Mottet Klein, Luàna Bajrami
Direção: Audrey Diwan
Distribuição no Brasil: Zeta Filmes
Sinopse - Uma adaptação do romance homônimo de Annie Ernaux - você pode comprá-lo neste link. França, 1963. Anne, uma estudante promissora, engravida. Ela decide abortar, pronta para fazer qualquer coisa para se livrar do bebê e ser dona de seu próprio corpo e de seu futuro. Ela se envolve sozinha em uma corrida contra o tempo, desafiando a lei.


A edição
A 13ª edição do Festival Varilux de Cinema Francês, exclusivamente nas salas de cinema de todo o Brasil, traz uma programação variada com obras integrantes de grandes festivais. Entre os gêneros estão comédia, drama, suspense e animação. Além de filmes inéditos e recentes da filmografia francesa, um clássico será homenageado e uma produção fará alusão aos 400 anos do nascimento do dramaturgo Molière.

A delegação de atores e diretores franceses estará presente nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, onde serão promovidas sessões seguidas de debate. Haverá ainda exibição de séries francesas, uma novidade da edição, uma masterclass e um encontro de profissionais sobre o formato nas duas cidades.

A atividade paralela, o Laboratório Franco-Brasileiro de Roteiros destinado a roteiristas, diretores, profissionais de cinema e TV, em sua quinta edição, inscreve até dia 1º de junho pelo site https://variluxcinefrances.com/ Serão selecionados 16 participantes que, reunidos em quatro grupos, trabalharão para desenvolver a escrita de roteiros de longa-metragem e de séries de TV.

O Festival Varilux de Cinema Francês é realizado pela produtora Bonfilm e tem como patrocinadores principais a Essilor/Varilux e a Pernod Ricard/Lillet, além do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura e a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura. Outros parceiros importantes são as unidades das Alianças Francesas em todo Brasil, a Embaixada da França no Brasil, as empresas Club Med, Air France e Ingresso.com, além das distribuidoras dos filmes Bonfilm, California Filmes, Elite Filmes, Mares Filmes, Synapse e Zeta Filmes e os exibidores de cinema independente/de arte e as grandes redes de cinema comercial.

Sobre a Bonfilm
Além de distribuidora de filmes, a Bonfilm é realizadora do Festival Varilux de Cinema Francês que, nos últimos 12 anos, promoveu mais de 35 mil sessões nos cinemas e somou um público de mais de um 1,1 mil espectadores. Desde 2015, a Bonfilm organiza o festival Ópera na Tela, evento que exibe filmes de récitas líricas em uma tenda montada ao ar livre no Rio de Janeiro, e que já teve uma edição em São Paulo, além de cinemas de todo Brasil.

Em parceria com a rede Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - uma oportunidade para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.




.: Karol Olivieri canta o amor-próprio e o autoconhecimento em videoclipe

Após o sucesso do lançamento do primeiro EP de Karol Olivieri nas principais plataformas digitais, a cantora lançou o videoclipe da música “Na Minha”, que retrata o protagonismo feminino, por meio do autoconhecimento e do amor-próprio. A canção faz parte do seu EP, com quatro faixas, lançado este mês, por meio de um financiamento coletivo. Foto: Renata Lamezi


A cantora e compositora paulistana Karol Olivieri lançou o videoclipe da música “Na Minha”, nome que também é título do EP com quatro faixas, produzidas em parceria com o produtor musical Thalles Horovitz e composições assinadas por Ivo Mozart, Roberta Campos e pela própria artista.

Com direção de Bruno Kott, as imagens trazem diferentes modelos de casais que retratam alguns relacionamentos saudáveis e gostosos que, para a autora da música, são conquistados por meio da independência e autoconhecimento despertados pelo amor-próprio e pela liberdade que é destacado na canção como importante. Foi depois de alguns relacionamentos, inclusive, que a artista descobriu, que buscava ser feliz através do outro e que, por consequência, tornava-se dependente e envolvida em relacionamentos tóxicos e abusivos.

“Percebi que durante as minhas relações amorosas aceitei condições de desafeição e me tornei dependente emocionalmente ao crer que eu só ficaria bem se estivesse com alguém”, conta Karol, que compartilha sua história na esperança de que outras mulheres se identifiquem e reflitam sobre as escolhas que fazem em suas vidas. “Na canção falo exatamente do momento que decidi ficar ‘Na Minha’, encerrando um ciclo de repetições e aprendendo a ficar só por meio de um processo de autoconhecimento muito profundo que ajudou a me curar e a viver um relacionamento comigo mesma em que me divirto sozinha e me sinto plena”, complementa.

Para Bruno, diretor do clipe, o amor não precisa de alguém para nos completar, amar começa no autoamor, sendo ilustrado ao longo da trama pela personagem de Karol. “Queremos que as mulheres se lembrem que temos o poder de escolher estar ou não com alguém, de escolher o que queremos ou não para nós ao invés de sermos escolhidas. E tudo isso começa a partir do momento que entendemos quem realmente somos”, salienta a cantora que mesmo com todas as feridas, a agradece os momentos bons e ruins dos relacionamentos que a trouxeram até o momento atual e geraram aprendizados valiosos.

Essa não é a única música do EP que fala sobre temas relevantes e de histórias da artista. Ao longo de todo projeto criado a partir de um financiamento coletivo em 2018 e que mescla o ritmo dançante do pop com a calma melódica da MPB, Karol se inspira no misticismo da espiritualidade e em sua jornada de autoconhecimento durante a pandemia, além, é claro, de suas experiências amorosas. “Quis gravar canções em que eu pudesse ser contribuição. Essa é a minha missão e, por isso, escolhi músicas que contam algumas experiências que passei e que fazem com que as pessoas se identifiquem, já que compartilhar a nossa história é uma forma de contribuir com outras pessoas que vivem, viveram ou viverão situações semelhantes, fazendo com que se torne mais fácil superá-las”, revela.

Com mensagens motivadoras, o álbum traz as faixas “A Festa”, “Armadilhas do Amor”, “Campo Magnético” e a canção-título, “Na Minha”, assinada pela própria Karol Olivieri. O trabalho está disponível nas principais plataformas de streaming, como Spotify, Deezer, Apple Music e no Youtube.


Sobre a cantora:
Karol Olivieri é cantora e compositora nascida na cidade de São Paulo. A artista escorpiana começou a cantar desde cedo, por influência dos pais, também músicos, e logo passou a se apresentar publicamente. Formada em Administração, Karol começou a se dedicar, exclusivamente, à música em 2018, após perceber que o mundo corporativo não era para si. A cantora já fez shows na Espanha, em 2005, na França, em 2010, e possui novas datas de apresentações na Europa para 2022. “Na Minha”, seu primeiro EP, foi gravado de forma independente, a partir de um financiamento coletivo iniciado em 2018.

Karol Olivieri - "Na Minha"


.: Maneva mistura música, arte, poesia e tecnologia em álbum conceitual


Não foi à toa que o Maneva escolheu a Fabriketa, em São Paulo, para dar vida às dez faixas de “Mundo Novo”, o 13º álbum de carreira da banda, que chega em todos os aplicativos de música. A parceria entre a GTS, a Base 4, a MNV Produções e a Universal Music resultou em um projeto extraordinário, autoral e à frente do tempo.

As ruínas do antigo moinho das Indústrias Reunidas Matarazzo, espaço datado do início do século XX, serviu de cenário para as composições carregadas de alma e reflexão. A fusão entre o passado e o presente eclodiu em meio ao público, que vibrou em uma mesma (e linda) sintonia. “Mundo Novo” é o prenúncio de uma nova era, o grande plantio de atitudes, emoções, cores e sentimentos. Ele também veio para coroar os 17 anos de carreira dos amigos Tales de Polli (voz e violão), Felipe Sousa (guitarra), Fernando Gato (baixo), Diego Andrade (percussão) e Fabinho Araújo (bateria), integrantes do Maneva.

Tantos poemas transformados em música trouxeram 11 certificações, incluindo um single de diamante e uma indicação ao Grammy Latino 2021, na categoria Melhor Canção em Língua Portuguesa. O reconhecimento também é refletido nas plataformas de distribuição digital, onde o Maneva ocupa a lista “Top 200” da Spotify (que insere a banda entre os 200 artistas mais ouvidos no aplicativo em território nacional), soma 1.5 bilhão de streams (somente no YouTube são 600 milhões de views) e mais de 2 milhões de ouvintes mensais na Spotify, marcas conquistadas devido à união entre a sensibilidade e a qualidade técnica de seus integrantes.

“Somos o sonho materializado dos nossos ancestrais. Eles desejaram o que hoje estamos realizando. Eles plantaram, nós colhemos. Fazemos parte dessa grande comunhão universal e ‘Mundo Novo’ vem para agradecer, semear essa boa semente, falar sobre coisas importantes, essenciais, não apenas para mim, mas para todos”, diz Fernando Gato.

“O que nossos filhos e netos encontrarão no mundo e os valores que eles terão são definidos agora, através de atitudes. Que possamos pensar mais sobre as nossas escolhas”, reflete Felipe Sousa. Nas paredes do antigo império industrial brasileiro, que um dia foram sinônimo de prosperidade, progresso e ascensão, o Maneva imprimiu novas cores, misturou os sentidos e projetou o futuro na obra de arte assinada por Guaen. 

A música “Mundo Novo”, a primeira a ser interpretada, anuncia uma nova ordem. A composição também faz uma reflexão sobre a importância do presente, o quão valorosos (e dolorosos) foram os últimos anos em termos de experiência, e a dádiva que é poder estar aqui hoje. Além de “Mundo Novo”, também estão presentes no álbum as faixas “Porta do Teu Prédio”, “Outro Alguém”, “Tão Simples”, “Promete”, “Vida Eu Gosto de Você”, “Cores do Universo”, “Sereia”, “Respostas” e “Olha o Sol”, todas com produção musical da Head Media.
 
“Uma parceria inspiradora e que surpreende pelos detalhes. Conseguimos manter a essência do Maneva e trazer elementos nunca antes usados, como os beats eletrônicos, surgindo uma nova musicalidade para o que já existia, assim como é a proposta, o conceito de Mundo Novo”, explica Diego Andrade.

Cada faixa de “Mundo Novo” recebeu um pictograma, uma identificação própria criada especialmente para compor o celeiro rico em particularidades. A identidade visual, cheia de vida e cores, é fruto do convite do Maneva ao artista plástico Guaen e ao diretor de arte Érico Belém, o que gerou arte sobre a arte.

“’Mundo Novo’ chegou para transpor barreiras, alçar voos mais altos, trazer uma nova perspectiva, uma nova ótica sobre o que já existe. E a arte não tem fim, são infinitas possibilidades de tocar o outro”, diz Fabinho Araújo.

“Nós escolhemos a música! À ela, agregamos diversas ações complementares e os nossos mais sinceros sentimentos de paz, amor e felicidade à nova era que anunciamos. E, claro, o nosso desejo de que cada faixa atinja o objetivo, que é ser atemporal. Que o nosso ‘Mundo Novo’ viva a eternidade”, encerra Tales de Polli.


Nova Era
O novo projeto do Maneva terá uma série em NTFs exclusivos para os fãs colecionarem. A novidade foi desenvolvida em parceria com a Block4, fantech que cria e gerencia plataformas de colecionáveis digitais (os TiBS) por meio de experiências altamente engajadoras e que misturam o físico e o digital (phydital).

Os NFTs da coleção são originais, certificados e registrados na rede WAX, uma das mais robustas e sustentáveis entre os protocolos de blockchain. Assim, os fãs que colecionarem poderão levar consigo uma parte da história da banda e ainda vivenciar experiências exclusivas que serão oferecidas nos shows da nova turnê. As novidades estarão disponíveis a partir de 14 de junho no site https://maneva.tibs.app/.

Maneva - "Mundo Novo"


sexta-feira, 27 de maio de 2022

.: "Exile on Main Street ": os 50 anos de um álbum essencial


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Corria o ano de 1972. E os integrantes dos Rolling Stones viajam para a França, para compor e gravar as bases de seu álbum mais conciso, que traduziu de forma definitiva a mescla de rock, soul, blues e gospel, entre outras influências da banda. "Exile On Main Street" foi lançado como álbum duplo e até hoje é apontado como a obra-prima musical do grupo.

A ida para a França também foi motivada em parte pelos problemas que a banda enfrentava com o Fisco Inglês. Mas é fato que o auto-exílio serviu para que o grupo tivesse a liberdade suficiente para produzir canções novas, sem a pressão de emplacar hits nas paradas.

A formação da banda na época era Mick Jagger (vocal), Keith Richards (guitarra e vocais), Charlie Watts (bateria), Bill Wyman (baixo) e Mick Taylor (guitarra). A mesma que havia produzido o álbum anterior ("Sticky Fingers"), com a adição de alguns músicos convidados como Billy Preston e Dr. John, além de outros que já tocavam habitualmente, como o tecladista Ian Stewart e o saxofonista Bobby Keys.

A dupla Jagger-Richards assina a maioria da autoria das canções. As primeiras faixas funcionam como uma espécie de ode ao rock´n roll mais puro em sua essência, culminando no hit "Tumbling Dice". Na sequência seguem baladas com tom folk e da soul music ("Sweet Virginia" e "Torn And Frayed").

É desse disco a canção que Keith Richards sola o vocal ("Happy"). E o interessante é que a canção foi gravada como uma jam session descompromissada, conforme o próprio intérprete revelou em entrevistas dada na década de 80. A balada "Shine a Light" parece ter sido influenciada diretamente pela soul music, enquanto que "All Down The Line" representa de forma exata a forma dos Stones tocarem rock´n roll, assim como a ótima "Soul Survivor".

Em que pese os problemas enfrentados com o alto consumo de drogas, Keith Richards está simplesmente magistral na condução dos riffs e solos, que dividia com o competente Mick Taylor. O restante da banda (Watts e Wyman) apenas fazia a sua parte preenchendo os espaços de forma concisa nas canções.

Não por acaso, o disco é frequentemente apontado pela crítica especializada como um dos maiores álbuns de todos os tempos. Ele fecha um ciclo de álbuns magistrais, com os antecessores "Beggar´s Banquet", "Let It Bleed" e "Sticky Fingers". E hoje em dia, 50 anos após o seu lançamento, continua com uma sonoridade mais atual do que nunca. É somente rock´n roll. Mas nós gostamos.


"Sweet Virginia"

"Tumbling Dice"

"Shine a Light"


.: Cineflix: "Jurassic World: Domínio" já tem ingressos para venda

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em maio de 2022


Vem aí o desfecho para a franquia "Jurassic World"! A sexta parcela de "Jurassic Park", o terceiro filme da série "Jurassic World" que irá estrear nos cinemas do Brasil em 2 de junho já tem as vendas dos ingressos abertas na rede de cinemas Cineflix. Portanto, já é possível antecipar a compra de ingressos e garantir os seus assentos na sala de cinema. 

A franquia foi iniciada pelas mãos do diretor Steven Spielberg, em 1993, sendo a produção de ficção científica e ação batizada de "Jurassic Park/Parque dos Dinossauros". O sucesso ganhou a sequência "The Lost World: Jurassic Park/ O Mundo Perdido: Jurassic Park" (1997), ainda dirigida por Spielberg. Garantindo um desfecho para a trilogia com direção de Joe Johston: "Jurassic Park III" (2001). 

Contudo, quatorze anos depois, a criação ganhou novo fôlego com a direção de Colin Trevorrow e recebeu o nome de "Jurassic World", um sucesso de 2015, a ponto de garantir a sequência intitulada de "Jurassic World: Fallen Kingdom/Jurassic World: Reino Ameaçado" (2018), filme dirigido por Juan Antonio Bayona. Eis que em 2022 termina o ciclo de blockbusters dos dinossauros com "Jurassic World: Dominion/Jurassic World: Domínio", também dirigido por Colin Trevorrow.


Data de lançamento: 10 de junho de 2022 (Brasil)

Diretor: Colin Trevorrow

Lançamento: 10 de junho de 2022

Duração: 146 minuto

Produção: Patrick Crowley; Frank Marshall

Roteiro: Colin Trevorrow, Emily Carmichael


*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm

Trailer


.: "Top Gun: Maverick" na programação do Cineflix Santos desta semana

 "Top Gun: Maverick", a continuação do clássico dos anos 80 com Tom Cruise é o destasque da semana. Rede Cineflix Santos também exibe os filmes "Doutor Estranho no Multiverso da Loucura" e "O Homem do Norte"

"Top Gun: Maverick", continuação do clássico do cinema dos anos 80, com Tom Cruise na pele do icônico personagem Pete "Maverick" Mitchell, é a estreia da semana na rede Cineflix Santos. Também seguem em cartaz o longa-metragem "Doutor Estranho no Multiverso da Loucura", com Benedict Cumberbatch, e “O Homem do Norte”, do aclamado diretor Robert Eggers, com um elenco de estrelas: Alexander Skarsgard, Anya Taylor-Joy, Nicole Kidman, Ethan Hawke, Willem Dafoe e Björk. 

Confira os dias, horários e sinopses para você ficar por dentro de tudo o que acontece no mundo do cinema. O Cineflix Santos fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, Gonzaga, em Santos, no litoral de São Paulo. 

Estreia da semana 

"Top Gun: Maverick" ("Top Gun: Maverick") (dublado). Crítica do filme neste link.
Classificação: 12 anos. Ano de produção: 2022. Idioma: inglês. Diretor: Joseph Kosinski. Duração: 2h11m. Elenco: Tom Cruise, Jennifer Connelly e Miles Teller. Sinopse: Depois de mais de 30 anos de serviço como um dos principais aviadores da Marinha, Pete "Maverick" Mitchell está de volta, rompendo os limites como um piloto de testes corajoso. No mundo contemporâneo das guerras tecnológicas, Maverick enfrenta drones e prova que o fator humano ainda é essencial.

Sala 2
26/5/2022 - Quinta-feira: 15h10 - 20h40 
27/5/2022 - Sexta-feira: 15h10 - 20h40
28/5/2022 - Sábado: 15h10 - 20h40
29/5/2022 - Domingo: 15h10 - 20h40
30/5/2022 - Segunda-feira: 15h10 - 20h40
31/5/2022 - Terça-Feira: 15h10 - 20h40
1º/6/2022 - Quarta-Feira: 15h10 - 20h40

Sala 3
26/5/2022 - Quinta-feira: 18h20
27/5/2022 - Sexta-feira: 18h20
28/5/2022 - Sábado: 18h20
29/5/2022 - Domingo: 18h20
30/5/2022 - Segunda-feira: 18h20
31/5/2022 - Terça-Feira: 18h20
1º/6/2022 - Quarta-Feira: 18h20

"Top Gun: Maverick" (
"Top Gun: Maverick") (legendado). Crítica do filme neste link.

Sala 2
26/5/2022 - Quinta-feira: 18h
27/5/2022 - Sexta-feira: 18h
28/5/2022 - Sábado: 18h
29/5/2022 - Domingo: 18h
30/5/2022 - Segunda-feira: 18h
31/5/2022 - Terça-Feira: 18h
1º/6/2022 - Quarta-Feira: 18h

Sala 3
26/5/2022 - Quinta-feira: 15h30 - 21h
27/5/2022 - Sexta-feira: 15h30 - 21h
28/5/2022 - Sábado: 15h30 - 21h
29/5/2022 - Domingo: 15h30 - 21h
30/5/2022 - Segunda-feira: 15h30 - 21h
31/5/2022 - Terça-Feira: 15h30 - 21h
1º/6/2022 - Quarta-Feira: 15h30 - 21h

"Top Gun: Maverick" - Trailer legendado

Seguem em cartaz

"Doutor Estranho no Multiverso da Loucura" ("Doctor Strange In The Multiverse of Madness") (dublado). Crítica do filme neste link.
Classificação:
 14 anos. Ano de Produção: 2022. Idioma: inglês. Diretor: Sam Raimi. Duração: 2h06. Elenco: Benedict Cumberbatch, Elizabeth Olsen e Benedict Wong. Sinopse: o aguardado filme trata da jornada do Doutor Estranho rumo ao desconhecido. Além de receber ajuda de novos aliados místicos e outros já conhecidos do público, o personagem atravessa as realidades alternativas incompreensíveis e perigosas do Multiverso para enfrentar um novo e misterioso adversário.

Sala 4
26/5/2022 - Quinta-feira: 15h - 17h40 
27/5/2022 - Sexta-feira: 15h - 17h40
28/5/2022 - Sábado:15h - 17h40
29/5/2022 - Domingo: 15h - 17h40
30/5/2022 - Segunda-feira:15h - 17h40
31/5/2022 - Terça-Feira: 15h - 17h40
1º/6/2022 - Quarta-Feira: 15h - 17h40

"Doutor Estranho no Multiverso da Loucura" ("Doctor Strange In The Multiverse of Madness") (legendado). Crítica do filme neste link.

Sala 4
26/5/2022 - Quinta-feira: 20h20 
27/5/2022 - Sexta-feira: 20h20
28/5/2022 - Sábado: 20h20
29/5/2022 - Domingo: 20h20
30/5/2022 - Segunda-feira: 20h20
31/5/2022 - Terça-Feira: 20h20
1º/6/2022 - Quarta-Feira: 20h20

Trailer de "Doutor Estranho no Multiverso da Loucura"(legendado)

"O Homem do Norte" ("The Northman") (dublado). Crítica do filme neste link.
Classificação: 18 anos. Ano de produção: 2022. Idioma: inglês. Diretor: Robert Eggers. Duração: 2h16m. Elenco: Alexander Skarsgard, Anya Taylor-Joy, Nicole Kidman, Ethan Hawke, Willem Dafoe e Björk. Do aclamado realizador  de “O Farol” e “A Bruxa”, “O Homem do Norte” é um thriller épico de vingança que explora quão longe um príncipe Viking é capaz de ir para fazer justiça pelo assassinato do pai.

Sala 1
26/5/2022 - Quinta-feira: 20h50
27/5/2022 - Sexta-feira: 20h50
28/5/2022 - Sábado: 20h50
29/5/2022 - Domingo: 20h50
30/5/2022 - Segunda-feira: 20h50
31/5/2022 - Terça-feira: 20h50
1º/6/2022 - Quarta-feira: 20h50

"O Homem do Norte" ("The Northman") (legendado). Crítica do filme neste link.

Sala 1
26/5/2022 - Quinta-feira: 15h20 - 18h10
27/5/2022 - Sexta-feira: 15h20 - 18h10
28/5/2022 - Sábado: 15h20 - 18h10
29/5/2022 - Domingo: 15h20 - 18h10
30/5/2022 - Segunda-feira: 15h20 - 18h10
31/5/2022 - Terça-feira: 15h20 - 18h10
1º/6/2022 - Quarta-feira: 15h20 - 18h10

Trailer de "O Homem do Norte" (legendado)


Em parceria com a rede Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em 
Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - uma oportunidade para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.



.: Espetáculo “Limonada” estreia em São Paulo no mês da diversidade

“Limonada” é uma produção LGBTQIA+, da “Benvinda Cia”, e estreia em junho, no Espaço Ao Cubo, em São Paulo, para compor a programação do mês da diversidade. “Limonada” também é um HQ, que será vendido no teatro, após as apresentações


O espetáculo é um projeto voltado para o público jovem LGBTQIA+, em cartaz desde 2017, narra as desventuras amorosas de Beto, um rapaz gay que está se aproximando dos 30 anos de idade. Prestes a iniciar a comemoração de seu aniversário, Beto recebe a visita de seus cinco ex-namorados. Se sucede, então, uma viagem pelas memórias do rapaz, que tenta conciliá-las aos seus sentimentos. A montagem com foco na diversidade jovem reestreia dia 3 de junho, sexta, às 21h, no Espaço Ao Cubo, e se propõe a ser uma peça teatral que fala do universo gay sem se utilizar de clichês ao abordar essa realidade. 

Com texto e direção de João Hannuch, que buscou inspiração em seus relacionamentos amorosos que não deram certo, “Limonada” leva ao palco, de forma leve e poética, a realidade de relacionamentos no mundo moderno no ponto de vista do que acontece com casais do mesmo sexo. Dividida em seis partes, a peça conta com 11 atores, que se revezam para dar vida aos personagens. Em cada sessão uma surpresa no elenco, um ator convidado estará em cena.

Ao longo da montagem, Beto tece uma relação estreita com o público e o provoca a perceber as nuances dos vínculos que se cria ao longo da vida. Para o autor e diretor, o espetáculo mostra um pouco das relações que permeiam as memórias de todas as pessoas. “Conto minhas experiências e aquilo que aprendi com cada uma delas. Quando a vida te dá limões, o melhor é fazer uma limonada”, conta João, já explicando o título da peça. Através dessa dinâmica, “Limonada” mostra, despretensiosamente, o quanto é possível mudar alguém e ser mudado ao longo do tempo.


Universo HQ e a Benvinda Mostra

A encenação de “Limonada” parte de um conceito cartunesco e minimalista. A cenografia traz diversos cubos, que são montados em diferentes configurações, fazendo alusão a brinquedos infantis e ao universo colorido no qual vive o protagonista. Cada personagem é concebido como um avatar individual, habitante da imaginação do protagonista, criando figuras que ultrapassam os limites do realismo. Já a trilha sonora mistura músicas dos anos 40, 50 e 60 colaborando para a imersão do público neste universo lúdico e de HQ. A HQ é a adaptação da peça homônima, primeira obra LGBTQIA+ da Benvinda Cia. Com estilo de desenho único e enredo divertido e emocionante, Limonada traz elementos  do universo gay para refletir sobre os amores que deixamos para trás e como eles moldam  nosso presente.

Sobre a Benvinda Cia: A Benvinda Cia. nasceu em 2016 a partir do desejo de participantes de diferentes grupos teatrais da Cultura Inglesa de aprofundar sua investigação em práticas artísticas. Pesquisadores de uma linguagem Pop e contemporânea e da transposição da estética das histórias em quadrinhos para a cena, contou com apresentações e temporadas em teatros paulistanos como iNBOx Cultural, Parlapatões, Viga Espaço Cênico e Cia da Revista; e centros culturais como a Casa1, Centro Cultural Grajaú, Casa de Cultura Parelheiros, Centro Cultural Vila Formosa, Casa de Cultura Tremembé e o Centro Cultural da Diversidade. O grupo investe na colaboração entre seus atores-criadores e direção, criando dramaturgias completamente autorais que dialogam com o mundo que nos cerca, e expande sua pesquisa para outras mídias, com a publicação de duas HQs pela Editora Giostri (“Limonada” e “Ana e a Baleia”, ambas à partir de peças homônimas da companhia), peças podcasts, leituras dramáticas ilustradas, peças em formato digital, vídeos ensaísticos sobre a cultura pop e da realização de oficinas abertas nas linguagens do corpo e das artes visuais. Em sua trajetória, abordou a busca pelos sonhos impossíveis (Seja Benvinda, 2016), passando pela complexidade das relações amorosas com recorte LGBT (Limonada, 2017), a fragilidade da saúde mental no mundo contemporâneo (Eu Amo Robô, 2018), até o questionamento dos padrões de beleza no imaginário infanto-juvenil (DinoSarah, 2019). Neste mesmo ano, realizou também pesquisa no teatro itinerante, com características imersivas e performativas (Bernadete Azul, 2019). Durante o isolamento social, participa do projeto #QuarentenaProjetada, da Mídia Ninja em parceria com o Instituto Moreira Salles e lançou a peça podcast Princesa Terapia (2020), por meio do Podcast Ato Pop. Estreou a peça DinoLive (2020), uma continuação da peça DinoSarah pensada para o período de isolamento social em formato gameshow, através de seu canal do YouTube, onde também lançou a leitura dramática do HQ do grupo, “Ana e a Baleia”, que integra a programação do festival Respirarte da Funarte, na categoria de artes integradas. Já no início de 2021, realiza a #BenvindaOficina, uma semana de encontros artísticos em diferentes modalidades, com aulas conduzidas por seus integrantes nas áreas da dança, circo, performance, dramaturgia e interpretação. Em março, lança a HQ “Limonada”, escrita e ilustrada por João Hannuch a partir da dramaturgia homônima do grupo; e “benPOP”, uma série de vídeos sobre cultura pop publicada semanalmente em seu canal de YouTube. O grupo dá início a 2022 com o lançamento da HQ de “Ana e a Baleia”, publicada pela Giostri Editora, seguido da estreia de temporada da peça homônima, no Teatro Irene Ravache, em janeiro. Em abril, entra em cartaz com “Amanhã não moro mais aqui”, mostra de pesquisa em depoimento pessoal e autoficção, tendo como pano de fundo a construção de uma cápsula do tempo cênica pelos atuantes.


Ficha Técnica:

Direção e Texto: João Hannuch

Elenco: Alexandre Ogata, Beatriz Franco,Emma Jovanovic, Giovanne Malta,Jhones Pereira, Jhullie Campos, João Hannuch, Lécio Rabello, Virgínia Lapoian

Atores Convidados alternantes: Matheus Kawa, Fernando Segall e José Pessoa

Som: Carolina de Biagi

Iluminação: Nina Moratto

Produção: Bárbara Grossi


Serviço:

“Limonada”

Estreia dia 3 de junho

Curta temporada: até 17 de junho

Sextas, às 21h,

No Espaço Ao Cubo - R. Brg. Galvão, 1010 - Barra Funda, São Paulo - SP

Duração: 70 minutos

Recomendados para maiores de 16 anos.

Ingressos: R$ 40,00 e R$ 20,00 (meia-entrada)

Vendas online: www.sympla.com.br



HQ

“Limonada” (2021)

Autor e ilustrador: João Hannuch

124 páginas

R$170,00 (pagamento via PIX ou na bilheteria do Teatro)

Você pode comprar “Limonada”, de João Hannuch aqui: amzn.to/3NyOkQW

.: Estreia "A Morte e a Donzela", de Ariel Dorfman, reflete ditaduras militares

Com direção de Laerte Mello, espetáculo fica em cartaz no Espaço Parlapatões, de 28 de maio a 26 de junho. Elenco traz Aline Pimentel, André Barreiros e Victor Barreto


Foto: Artur Kraimmer


Questionamentos sobre as consequências das ditaduras civil-militares na América Latina são levados à cena pela Laia do Teatro em "A Morte e a Donzela", do autor argentino-chileno Ariel Dorfman. O espetáculo, dirigido por Laerte Mello e estrelado por Aline Pimentel, André Barreiros e Victor Barreto, estreia no dia 28 de maio no Espaço Parlapatões, onde segue em cartaz até 26 de junho.

Escrita em 1990, durante o período de transição para a democracia, logo após o fim da ditadura de Augusto Pinochet, a peça de Dorfman já foi traduzida para mais de 40 idiomas e ganhou uma adaptação cinematográfica bem-sucedida do diretor Roman Polanski em 1994. O autor também é conhecido por denunciar os crimes cometidos nos regimes autoritários latino-americanos em outras obras, como no livro “O Longo Adeus a Pinochet”.

"A Morte e a Donzela" conta a história de um casal que sofreu na própria pele a repressão no Chile e ainda convive com os fantasmas da tortura, das perdas e do medo. Paulina Salas é uma ex-ativista que foi sequestrada e brutalmente torturada durante o regime militar. E Gerardo é um proeminente advogado e militante dos Direitos Humanos. 

Por uma sequência de acasos, Paulina se depara com Roberto Miranda, o homem que ela acredita ser o mais cruel de seus torturadores, dormindo em sua sala de estar. As ações e reações violentas do casal levantam questionamentos profundos sobre a elasticidade dos limites éticos em situações extremas.

O texto ainda trata de questões como a preservação da memória e a reparação de crimes cometidos contra a humanidade e os efeitos provocados pelo regime opressivo para o tecido social. “O grito de Paulina é por respeito às famílias que tiveram parentes desaparecidos, é por uma punição exemplar que desencoraje postulantes a ditadores nos tempos atuais”, reflete o diretor Laerte Mello.

“Infelizmente, a peça dialoga profundamente com o Brasil de hoje. É possível ver a olhos nus nuvens totalitárias no horizonte do povo brasileiro. Basta deslizar o feed de notícias e ler sobre o desejo de parcela da sociedade em ver o retorno do AI-5, ou o fechamento do congresso e do STF, o esforço do Executivo e a celeridade do Legislativo na aprovação de leis que facilitem o acesso às armas, o anseio pela militarização do Estado, o desejo do chefe do executivo e seus apoiadores em celebrar o golpe de 64”, acrescenta.

A encenação se passa toda na casa de Paulina e Gerardo, sobretudo no quarto e na sala de estar, onde dorme o ex-torturador. Esses espaços são retratados de forma minimalista, com poucas peças imprescindíveis para a ação, como uma mesa de jantar para duas pessoas, um aparador e duas cadeiras. As paredes que dividem os ambientes são representadas com armações de madeira como se fossem molduras de quadros.

A trilha sonora conta com músicas do compositor austríaco Franz Schubert, sobretudo o quarteto de cordas nº 14 em ré menor, mais conhecido como “Death and the Maiden”, nome escolhido por Ariel Dorfman como o título original da peça.

Sobre a Laia do Teatro: A Laia do Teatro iniciou sua trajetória em 2020. Diante da necessidade de buscar novas formas de expressão artística que pudessem minimizar distâncias, o grupo partiu para a experimentação em “Só os Pássaros São Livres”, propondo um espetáculo provocativo que convidava o público a (re)pensar o alcance das interações humanas nas redes sociais. O trabalho foi escrito e coordenado por Victor Barreto e inspirado na obra de Eduardo Galeano.

Em novembro de 2021, o grupo realizou a pré-temporada de “A Morte e a Donzela”, de Ariel Dorfman, com quatro apresentações no Teatro Pequeno Ato

Sinopse: Escrita em 1990, “A Morte e a Donzela” ambienta-se no Chile, durante o período de transição para a democracia, logo após o fim da ditadura de Pinochet.  O texto conta a história de Paulina Salas, uma ex-ativista que foi sequestrada e torturada durante o regime militar, e de Gerardo, advogado proeminente e militante dos Direitos Humanos. Eles são um casal que, alguns anos após o fim da ditadura, ainda convive com os fantasmas da tortura, das perdas e do medo. Por uma sucessão de acasos, Paulina se depara com Roberto Miranda, o homem que ela acredita ser o mais cruel de seus torturadores, dormindo em sua sala de estar. A partir deste ponto as ações e reações violentas de Paulina e Gerardo levantam questionamentos profundos sobre a elasticidade dos limites éticos em situações extremas.


Ficha Técnica

Texto: Ariel Dorfman

Tradução: Laia do Teatro

Direção: Laerte Mello

Assistente de direção: Fernanda Versolato

Elenco: Aline Pimentel, André Barreiros e Victor Barreto 

Cenário e iluminação: Laerte Mello

Produção de som: David Bessler 

Fotos: Artur Kraimmer

Assistente de produção: Mariana Guerrero e Gabriel Salvino

Assessoria de imprensa: Pombo Correio

Designer/projeto gráfico: Guilherme Cruz


Serviço

A Morte e a Donzela, de Ariel Dorfman, com Laia do Teatro

Temporada: 28 de maio a 26 de junho

Aos sábados, às 16h, e aos domingos, às 19h

Espaço Parlapatões – Praça Franklin Roosevelt, 158, Consolação

Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$30 (meia-entrada)

Vendas online em sympla.com.br/produtor/espacoparlapatoes

Classificação: 16 anos

Duração: 100 minutos

quinta-feira, 26 de maio de 2022

.: Espetáculo "Maria Thereza e Dener" reestreia no Teatro UOL

Espetáculo de José Eduardo Vendramini, livremente inspirado na obra de Wagner William, retrata amizade entre o estilista e a então primeira-dama do Brasil, tendo como pano de fundo a Ditadura Militar e o exílio da família Goulart. A direção é de Ricardo Grasson


Montagem "Maria Thereza e Dener". Foto: André Nery


Após temporada de sucesso no Teatro Eva Herz, a relação de amizade entre a célebre primeira-dama Maria Thereza Goulart e o famoso estilista Dener Pamplona de Abreu poderá ser vista no Teatro UOL com o espetáculo "Maria Thereza e Dener", que entra em cartaz de 3 até 26 de junho, com sessões às sextas às 21h e sábados e domingos à 20h.

Dirigida por Ricardo Grasson, com idealização da atriz Angela Dippe, que divide a cena com Heitor Garcia, a adaptação teatral de José Eduardo Vendramini é livremente inspirada no livro de Wagner William "Uma Mulher Vestida De Silêncio - A Biografia De Maria Thereza Goulart" (Ed. Record, 2019).

O jornalista conseguiu reunir relatos inéditos sobre a vida pessoal da primeira-dama, esposa do ex-presidente João Goulart (1919-1976), a partir do acesso ao diário dela e de uma longa série de entrevistas feitas em 11 anos com a biografada e centenas de familiares, antigos funcionários, amigos e inimigos políticos. Esses fatos pessoais se misturam ao nefasto cenário político estabelecido no Brasil durante a época da Ditadura Civil-Militar (1964-1985), acompanhado por Maria Thereza durante o exílio da família no Uruguai. 

“A maneira como o Wagner conta essa história é muito leve e envolvente. O fato de ser uma biografia feminina também me chamou muita atenção. A ideia de um recorte ficcional juntando Maria thereza e Dener me pareceu uma maneira interessante de colocar esta história no palco e falar de moda, imprensa, fofocas, amizade e saudade, tendo como fundo esse momento histórico tão dramático”, conta a atriz Angela Dippe, sobre como teve a ideia de levar a obra para o palco.

Sinopse: A jovem esposa do presidente João Goulart precisa de um costureiro-estilista de grande nível. E ele, atrevido, logo se oferece para o cargo. Além de costureiro particular, Dener se torna conselheiro e preparador de Maria Thereza para a vida social obrigatória e digna da jovem primeira-dama mais bonita do mundo, frequentemente comparada a Jacqueline Kennedy.

A bela e sincera amizade entre Maria Thereza e Dener é usada em cena como um artifício para que o público possa revisitar historicamente a política brasileira desse período turbulento e pensar em suas consequências para o país até hoje. Ao longo dos anos, Maria Thereza revela grandes mudanças: de jovem despreparada para a vida política brasileira a esposa participativa e influente do presidente João Goulart, que está em vias de ser deposto e vê a renúncia como a única forma para não haver tumulto, violência, guerra civil e derramamento de sangue no país.

“Ao colocar dois atores em cena, pretendi não só fazer alguma síntese possível daquele extenso período, como também elogiar a lealdade e a amizade entre duas figuras ímpares da história do nosso país. Ela, nossa primeira-dama mais bonita, que evoluiu da ingenuidade própria da juventude para o duro amadurecimento trazido pelo longo exílio; ele, talentosíssimo criador da moda brasileira, grande nome nacional e internacional, consumido precocemente por seu enorme brilho pessoal”, revela o autor José Eduardo Vendramini.

Ainda de acordo com o dramaturgo, a peça também trata de temas como “a amizade incondicional, a lealdade entre pessoas afins, a peculiaridade da política nacional e latino-americana na década de 1960, da qual ainda somos herdeiros”.

“Trazer para os palcos a história de Maria Thereza e Dener não é só narrar um lindo e marcante encontro, entre a ex-primeira-dama do Brasil e seu estilista, mas sim, contar a profunda e verdadeira amizade que havia entre os dois. Por meio de um recorte cênico, um estúdio/atelier moderno e arrojado, dois atores que se encontram para dar vida a estes personagens, recriaremos através dos objetos, dos figurinos, da iluminação e sonoplastia, a atmosfera dos anos 60”, acrescenta o diretor Ricardo Grasson sobre a encenação.

A trajetória de Maria Thereza Goulart: Filha de imigrantes italianos, Maria Thereza Goulart nasceu em São Borja (RS) e carregou o signo da mudança em sua jornada. Antes dos 15 anos, já havia morado em quatro cidades diferentes. Durante suas férias de verão em São Borja, a adolescente recebeu uma missão: teria de entregar uma correspondência ao empresário e político João Goulart. 

Catorze anos depois daquela tarde, agora já casada com o Presidente da República e com dois filhos pequenos, a senhora Goulart enfrentaria a mudança mais atribulada não apenas de sua vida, como também de uma nação. Ela se viu obrigada a fazer uma mala às pressas e embarcar com os filhos em um avião que decolou de uma pista improvisada na Granja do Torto, em Brasília, com destino ao Uruguai. Um golpe cívico-militar derrubava o governo de seu marido. 

Começava o exílio que só terminaria, para ela, depois que a profecia de Jango, feita em abril de 1964, se cumprisse: “Vais voltar viúva e com um neto no colo”. Sem ter como se defender, ela se tornou alvo de pesadas campanhas difamatórias promovidas pelos inimigos políticos de seu marido. 

Impedida de comparecer ao velório da mãe sob a ameaça de ser presa, chorou a perda num cais à margem do rio que separa a Argentina da cidade onde nasceu. Fatos como esse não foram notícia nos jornais, enquanto mentiras sobre compras milionárias de roupas passaram a estampar as páginas dos diários brasileiros. Cansada da imagem que se via obrigada a passar quando era primeira-dama, decidiu enfrentar o assédio da imprensa até explodir num telegrama destinado ao jornal Diário Carioca. Mandou um recado claro aos colunistas sociais: “me esqueçam”. 

Ficha Técnica: 

Texto: José Eduardo Vendramini. Livremente inspirado no livro "Uma Mulher Vestida de Silêncio", de Wagner William. Direção: Ricardo Grasson. Com Angela Dippe e Heitor Garcia. Cenografia: Ricardo Grasson. Desenho de Som: Chuck Hipolitho e Thiago Guerra. Desenho de luz: Gabriele Souza. Figurinos e adereços: Rosângela Ribeiro. Visagismo: Dicko Lorenzo. Assistente de Direção: Heitor Garcia. Buckup. Maquiagem e Camarim: Edgar Cardoso Comunicação Visual: Lucas Sancho. Cenotécnico: Rafael Boese. Produção: NOSSO Cultural e Maria Flores Produções Culturais. Direção de produção: Ricardo Grasson. Produção Executiva: Heitor Garcia e Carol Centeno. Operação de Som: Chuck Hipolitho. Operação de Luz: Jorge Leal. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli. Fotos: Priscila Prade e André Nery. Idealização: Angela Dippe.


Serviço:

Maria Thereza e Dener

De 3 a 26 de junho de 2022 - Sextas às 21h. Sábados e domingos à 20h.

Classificação: 10 anos.

Duração: 60 minutos.

Teatro UOL

Avenida Higienópolis, 618 – São Paulo – SP

Shopping Pátio Higienópolis – Piso Terraço

Bilheteria: (11) 3823-2323 / 3823-2423 / 3823-2737

Ingressos: R$ 80,00 (setor 1) e R$ 60,00 (setor 2): teatrouol.com.br/event/maria-thereza-e-dener

Assinantes do Clube Folha, Clube UOL ou outras promoções do Grupo Folha, terão direito ao desconto de 50% (cinquenta por cento) nos preços dos ingressos.


.: Vem aí MTV MIAW 2022: site oficial já está no ar

Rafael Portugal e Pabllo Vittar no MTV MIAW 2021. Foto: Cleiby Trevisan

Neste ano, a quinta edição do MTV MIAW, irá acontecer com o retorno da plateia presencial, após dois anos sem público. Para aquecer os motores, já está no ar o site oficial da premiação que celebra a música e a cultura pop, além de reconhecer e homenagear ícones da geração atual e dar espaço e visibilidade para causas importantes e necessárias.

Uma das grandes novidades do MTV MIAW 2022 é a integração com a Pluto TV, serviço gratuito de streaming de TV, que terá conteúdos exclusivos e vai intensificar a celebração como multiplataforma, usando toda a capacidade de distribuição do grupo Paramount.

Além disso, a premiação trará um novo conceito visual inspirado nos desenhos animados das décadas de 1920 e 1930. Dentro dessa estética retrô, o universo pop e já conhecido do MTV MIAW, repleto de figuras felinas, será apresentado de uma forma nunca antes vista.

Dentre os maiores nomes de estrelas brasileiras e internacionais que já passaram pelo palco do MIAW, estão: Anitta, Bruna Marquezine, Emicida, Ludmilla, Halsey, Hugo Gloss, Luísa Sonza, Manu Gavassi, Sabrina Sato, Pabllo Vittar, Rafael Portugal, Sasha Meneghel, Whindersson Nunes e muitos outros.


.: Novo cinema popular brasileiro em Cannes: "Coração de Neon" é aclamado

Produtores de cinema que estiveram na premiére do filme em Cannes, na França, enxergam a produção como ousada e inovadora, do enredo ao financiamento


A presença do filme “Coração de Neon” em Cannes, na França, pode estar abrindo uma nova fase do cinema brasileiro. A produção curitibana acaba de ser aclamada pela crítica na Europa como “o ‘novo’ cinema novo brasileiro”, ou o “novo cinema popular brasileiro”, pela ousadia da produção e do enredo original, à forma como o longa-metragem foi financiado, com recursos próprios dos produtores, sem depender de financiamentos ou leis de incentivo.

Adriana Rouanet, diretora executiva do Instituto Rouanet, esteve na premiére de “Coração de Neon” e se entusiasmou com o que assistiu.

“Entrei sem nenhuma expectativa no cinema e me surpreendi. Achei muito bacana o filme. Achei, na verdade, uma espécie de novo ‘Bye Bye Brasil’*, que foi um filme clássico, da fase final do cinema novo. Sem saber, os produtores (Lucas Estevan Soares e Rhaissa Gonçalves) criaram uma nova versão de contar uma história engajadora, cativante, mas de maneira muito dinâmica, integrando as equipes, um jeito muito bacana de fazer cinema”, elogiou Adriana.

Mas a inovação vai além do enredo. Apesar de ser filha do intelectual e filósofo Sérgio Paulo Rouanet, criador da Lei Rouanet, ela critica as atuais políticas de incentivo à cultura, que andam engessando a produção cultural brasileira e inviabilizando a execução de muitos projetos relevantes.

“A lei de incentivo que meu pai criou ajudou, durante 30 anos, a viabilizar muitos projetos culturais, de pessoas de todas as rendas, projetos super enormes aos menores, mais educativos e de cunho social. Mas ultimamente a cultura vem sofrendo ataques. O cinema audiovisual está sob ataque. Então conheci o Lucas e a Rhaissa e me entusiasmei pela vitalidade deles. São inovadores, fazendo um cinema novo, pensando o cinema como uma nova perspectiva, não só na produção, mas também na maneira de financiar a obra, não dependendo das atuais leis de incentivo que estão engessando muitos projetos”, contou Adriana.

Rhaissa Gonçalves, produtora do filme, também explica o porquê a crítica entendeu o filme como “o novo cinema popular brasileiro”, ou o "novo cinema novo".

“Porque é uma história que conversa com as massas mas é refinado, é autêntico, que não copia ninguém. É honesto, com a sua própria linguagem, classificado pelos críticos como ‘impressionante’. E não somos nós que estamos falando isso. Foram os produtores de cinema do mundo todo que estiveram aqui na sala de cinema, na premiére em Cannes, e nos falaram isso pessoalmente”, orgulha-se Rhaissa.


“Cidade de Deus”

“Coração de Neon” também foi comparado a outros filmes brasileiros de qualidade internacional após sua premiére, que aconteceu no Teatro Olympia, no último domingo (22), na única sala em Cannes equipada com a tecnologia de som Dolby Atmos. A exibição foi durante o Marché du Film, a contrapartida comercial do Festival de Cannes que reúne os empresários da indústria cinematográfica e onde cerca de 4 mil produções são negociadas anualmente.

“Alguns produtores de cinema nos disseram que o ‘Coração’ se comparava ao ‘Cidade de Deus’, que atualmente é considerado um dos melhores filmes do mundo. É um misto de surpresa, orgulho e felicidade ouvir comparações como essa”, diz o produtor Lucas Estevan Soares.

Quem fez esta comparação foi o distribuidor de audiovisual Rodrigo Molina, do Chile. 

“É um filme tremendamente emocional e muito honesto. Sinceramente não tinha visto um filme brasileiro tão honesto desde Cidade de Deus, para dar um exemplo. O longa tem um recurso (financeiro) que não é desprezível. E o Lucas conseguiu engajar a equipe e trazer o melhor resultado. É um filme que funciona muito bem tanto para espectadores de cinema de massa, quanto para apresentadores de produções autorais, de cinema independente”, elogiou Molina. E o filme, em geral, foi muito elogiado pela qualidade da produção e do enredo. “É uma ideia super original e nova. O filme é ótimo, com muito amor, a fotografia e trilha sonora são ótimos. Só sinto boas vibrações com esse longa”, analisou Natacha Hablitzchek, produtora de cinema na República Dominicana e organizadora de um festival no país caribenho.

“O filme é sensível e muito divertido. Fiquei feliz de poder me desligar da minha realidade e conhecer um universo apaixonante que é o ‘Coração de Neon’. Lucas, em seu primeiro filme, não exagera no tom e faz um excelente equilíbrio entre ser o protagonista e diretor. O longa é realmente uma jóia, dando frescor ao público, sentimento tão necessário nos dias de hoje”, disse Ricky Mastro, cineasta brasileiro.

Como resultado da exibição no Marché du Film, ocorrida no sábado (22), “Coração de Neon” já tem propostas de ser exibido em quatro continentes, além de plataformas de streaming.

Coração de Neon: O longa-metragem é 100% curitibano, com toda a produção, elenco, locações e serviços de Curitiba, capital do Paraná. A previsão é que seja lançado no Brasil entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023. Também é o primeiro filme do cinema brasileiro a contar com a tecnologia Dolby Atmos, uma evolução do som surround que coloca o espectador numa “bolha” de som e traz muito mais realidade e emoção à trama.

“Coração de Neon” conta a história de Fernando, um jovem sonhador que ao lado de seu pai, o Lau, dirige um carro de mensagens, o Coração de Neon (Boquelove, para os íntimos, uma referência ao bairro Boqueirão, em Curitiba, onde o filme é gravado). Eles sonham em levar o serviço para os Estados Unidos, mas uma das mensagens que eles vão entregar, que seria um pedido de perdão, acaba em tragédia depois de uma apresentação malsucedida. A vida de Fernando muda por completo e ele acaba embarcando numa jornada alucinante em nome do amor.

.: No Limite: Roberta foi eliminada nas mãos de Victor

Roberta é eliminada do "No Limite": no Portal mais acirrado da temporada até o momento, a carioca empatou com Bruna na votação geral e a decisão acabou nas mãos de Victor


Fim de jogo para Roberta Terra. No programa da última noite, dia 24, a tribo Lua se viu diante de mais duas derrotas. Em desafios que exigiram não só resistência física, mas também raciocínio e estratégia, o grupo não conseguiu se entender e perdeu tanto a Prova do Privilégio, quanto a de imunidade. No Portal, Janaron, Guza, Roberta e Rodrigo votaram em Bruna, enquanto Victor, Charles, Ipojucan e Bruna foram em Roberta. Com o empate, então, a tribo precisaria decidir em consenso o eliminado da noite – o que não aconteceu. 

Depois de um longo tempo de discussão, Fernando anunciou que sortearia o nome de um dos competidores e que essa pessoa seria a responsável por tomar a decisão. O contemplado foi Victor, que não pensou duas vezes em eliminar a gerente de trade marketing do Rio de Janeiro. Na entrevista, Roberta revela a análise que faz da competição até o momento e comenta suas alianças e desafetos. 

  

Como foi a sua experiência no programa, valeu a pena?  

Valeu muito a pena para mim, faria tudo de novo. A questão da convivência foi mais difícil do que eu imaginava. A tribo Lua, puxada pelo Victor, se dividiu desde antes da primeira prova de imunidade, já querendo fazer alianças para tirar a Guza, só porque ela tinha um jeito mais incisivo de falar. Essa parte me surpreendeu negativamente, achei um comportamento nocivo, ainda mais sendo baseado em afinidade, e não em performance. Quando você joga por afinidade, acaba perdendo para a outra tribo.  

  

Agora fora do programa, se surpreendeu com o jogo de alguém?   

Eu já tinha percebido o jogo do Victor, já tinha falado com o Adriano e ele achou que eu não tinha noção. Mas o Victor puxava as pessoas pro canto, chorava, fazia uma estratégia de pedir para não ser votado, mas depois acabava votando nessa mesma pessoa, ou articulando os votos, como foi o caso do Adriano e da Kamyla. Jogo baixo, que eu jamais faria. Observação importante sobre a panela que ele alegou que eu fazia escalda pés: é que sempre usávamos todas as panelas para cavar, trocar a areia molhada por areia seca para dormirmos, areia essa que pisávamos, passava todo tipo de bicho, e depois lavávamos no rio. Então, foi uma reclamação infundada e desnecessária, que só desagrega.  

 

A sua eliminação foi diferente das que vimos até aqui. Depois do empate com Bruna, Victor foi sorteado e decidiu pela sua saída. Por que você acha que foi alvo do participante?  

Não tive a menor afinidade com ele. E repito que não se trata de um jogo de afinidades, mas o Victor, assim como outros participantes, achava que estava em outro reality, criando desavenças internas como se fossemos duas tribos. Se o nome de um dos meus aliados fosse sorteado no Portal, iríamos eliminar um a um do outro subgrupo, começando pelo Victor, Charles e Ipojucan, mas a sorte não estava ao meu lado e meus aliados viraram alvo. 

 

A tribo Lua tem mais facilidade em provas de força, mas nem sempre é a força bruta que determina quem vence as provas. Depois das últimas derrotas, o que pode ser feito pela tribo Lua para virar o jogo?  

Kamyla e Adriano eram os dois elementos que tinham uma visão lógica do jogo. Perdemos o Adriano e a Kamyla foi subjugada pela aparência, porém ela era uma excelente finalizadora. E ninguém foi capaz de assumir esse papel, por mais que o Rodrigo tentasse, ele ficava dividido entre força e lógica.   

  

Na sua avaliação, quais eram os seus pontos fortes?   

Meus pontos fortes eram força, velocidade, mira e a capacidade de não me exaltar em situações de pressão na tribo.  

  

Uma declaração sua surpreendeu muita gente: você já foi cover das Spice Girls

Com 12 anos eu era superfã das Spice Girls, assim como a maioria dos que tinham minha idade quando elas estouraram. Com 13 procurei um fã-clube e vi que tinha essa chance. Fui cover da Mel C por quase dois anos, gravamos, nos apresentamos em shows. Ainda não tive a chance de ir ao show delas ou ao show da Mel C, que ainda atua solo, mas, assim que eu puder, compro passagem e vou realizar esse sonho que não morreu.  

 

Outra declaração que repercutiu foi a do sabonete. Você tem essa questão com higiene? Como foi passar tantos dias sem banho e sem escovar os dentes?  

Sobre o sabonete que eu gastava um por banho, eu tinha uns oito anos e achava que ficava limpa só quando ele quase acabasse. Foi uma fase que passou rápido, mas foi marcante, minha mãe comenta até hoje. Nos primeiros dias foi difícil ficar sem higiene, mas que depois me adaptei, fiquei tranquila e foquei em outras situações de sobrevivência real, como convivência, alianças, comida e provas. 

 

Quais aprendizados você leva dessa experiência?  

Que sim, eu sou maior e melhor que imaginava, capaz de me adaptar a situações extremas, como excesso de insetos, o calor intenso, frio e chuva, dormir na areia molhada e dura por dias, não ter higiene, comer muito menos, tudo isso aliado a uma convivência com pessoas que não davam um dia de paz, viviam falando em eliminar gente ao invés de se unir para combater a outra tribo. Fiquei orgulhosa de mim e faria tudo de novo. Amo desafios e tenho história para contar, mas, acima de tudo, meu coração está aquecido e feliz com a minha entrega e trajetória.  

 

Para quem fica a sua torcida?  

Gostaria muito de deixar minha torcida para a Guza, minha grande parceira e amiga que já levei para vida. A gente tinha tudo para bater de frente pelas nossas personalidades, mas tivemos uma grande admiração mútua e nos unimos, uma grande guerreira. Mas, infelizmente, observando de fora, ela será a próxima da Lua a sair, especialmente após o meu Portal. Poderia deixar a minha torcida para o Rodrigo ou Janaron, mas eles também ficaram expostos ao me defenderem, virando alvo do grupo que ficou maior. Caso não dê para nenhum dos três, espero que as meninas da Sol consigam se unir e eliminar um a um da Lua, começando pelo Victor.  

 'No Limite' tem exibição às terças e quintas, após ‘Pantanal’, com apresentação de Fernando Fernandes, direção de gênero de variedades de Boninho, direção artística de LP Simonetti e direção geral de Angélica Campos. O reality é mais uma parceria da Globo com a Endemol Shine Brasil, com base no ‘Survivor’, um formato original de sucesso. Ana Clara apresenta o ‘A Eliminação’ aos domingos, após o ‘Fantástico’.          

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