domingo, 17 de julho de 2022

.: “Poliana Moça”, do SBT: Resumos dos capítulos 86 ao 90

“Poliana Moça”

Resumos dos capítulos 86 ao 90 (18.07 a 22.07)




Capítulo 86, segunda-feira, 18 de julho


Luigi e Song (Foto: Divulgação /SBT)


Após apresentação na estreia da websérie “Fator 500”, turma do colegial comenta sobre o sucesso do evento; Helena cutuca Éric sobre ausência dos pais. Poliana fala com Éric sobre a falta dos pais na vida do jovem; ela abraça o garoto e Otto chega no momento. O pai de Poliana surpreende e dá conselhos  e atenção para o amigo da filha. Pinóquio se esconde de Romeu. “Magabelo” e “Yupechlo” decidem investigar os supostos pais de “Pinot” (Pinóquio). Eugênia tem crise de ansiedade com o sumiço dos filhos no evento. Luigi e Song tentam se beijar. Disfarçados, Violeta e Waldisney andam pelo evento da Ruth Goulart; Otto estranha. Sérgio e Joana conversam com os meninos, que estão abalados. No café da manhã na casa de Sérgio, Mario chora e não deixa o pai sair de casa. Celeste liga para o detetive e declara que já tem o dinheiro para dar entrada na investigação. Vinícius conta para Jefferson sobre o beijo com Raquel; posteriormente, Vini pede Raquel em namoro.


Capítulo 87, terça-feira, 19 de julho

Mario chora no colo do pai (Foto: Divulgação/SBT)


Raquel responde o pedido de Vinícius; André nota eles juntos. Professor Marcelo orienta Luigi sobre divórcio dos pais. Violeta e Waldisney vão disfarçados para casa de Roger e avisam que o Pinóquio sumiu. Romeu acha que o nariz do “Pinot” (Pinóquio) é um dom e sugere fazer dele uma atração do “Parque Collodi”. Glória chega mais cedo em casa e se depara com Violeta e Waldisney caracterizados e irreconhecíveis; Roger apresenta Violeta como Margarida e alega que ela é sua namorada, e que Waldisney chama Marcos, primo de Margarida. Song acha que Luigi não gosta mais dele. Vinícius expõe para o Durval que foi fazer o fechamento do caixa e notou a falta de mil reais. André tenta beijar Raquel; Raquel relembra beijo de André no passado. Durval chama os funcionários para conversar sobre o sumiço do dinheiro.


Capítulo 88, quarta-feira, 20 de julho

Otto pede imagens para Ruth (Foto: Divulgação/SBT)


Romeu diz para Pinóquio o que pretende fazer com o Parque. O dono do “Parque Collodi” conta história sobre um garoto que se transformou em burro; o boneco fica com medo. Amigos do colegial fazem surpresa para o Luigi na padaria e entregam uma réplica da estatueta do Oscar. “Magabelo” e “Yupechlo” fazem dia de spa para Joana, como estratégia de reconciliação com Sérgio. Otto vai até Ruth Goulart pedir imagens das câmeras de segurança da escola. Celeste admite para Formiga que ela é a autora do furto do dinheiro do caixa e convence Formiga de admitir a ação em seu lugar. Joana recebe flores em nome de Sérgio, ela desconfia que seja obra de Mario. Sérgio dorme no escritório da Onze. “Pinot” (Pinóquio) revela para Romeu que ele é um boneco. Otto pede para Sara fazer reconhecimento facial do casal suspeito no evento. Pinóquio liga para Waldisney para pedir ajuda; o taxista Toquinho (Paulo de Pontes) aparece e o imobiliza. Helena fala para a mãe, que os irmãos marcaram de se encontrar com estranhos da internet. Vinícius escuta escondido Formiga conversando com Celeste do furto e cobra o amigo.  


Capítulo 89, quinta-feira, 21 de julho

Luísa e Marcelo recebem notícia da fertilização (Foto: Divulgação/SBT)


Vinícius briga com Formiga por assumir culpa de Celeste. Romeu enfrenta Toquinho para ajudar “Pinot” (Pinóquio). Joana vê que está sendo difícil cuidar dos meninos sem o Sérgio. Luísa recebe uma mensagem do consultório alegando que a data da fertilização foi agendada. Violeta consegue rastrear o número do telefone usado por Pinóquio para contatar Waldisney. Ruth pergunta à Helô se notou algo estranho na noite de estreia da websérie. Glória conversa com Roger e desconfia das ações do filho. Sérgio acorda atrasado na Onze, funcionários chegam na empresa.


Capítulo 90, sexta-feira, 22 de julho

Beijo Raquel e Vini(Foto: Divulgação/SBT)


“Yupechlo” arma plano para não deixar os pais falarem com a diretora Ruth sobre contato com estranhos na internet. Renato conversa com Ruth sobre o projeto escolar e aproveita para flertar com ela. Raquel desabafa com Brenda sobre Vinícius e suas atitudes grudentas. No dia de assinar o contrato com a “LUC4TECH”, Raquel pensa em desistir. Romeu deixa “Pinot” (Pinóquio) na escola e se emociona.  Na casa de Poliana, Kessya recebe uma ligação de Song  perguntando o motivo e a falta de aviso da amiga ir na mansão de Poli. Raquel questiona Luca como seria a proposta de trabalho. Pinóquio vai até a casa de máquinas da Ruth Goulart; “Yupechlo” encontra o boneco carregando a bateria. Roger, Waldisney e Violeta vão até o “Parque Collodi”. Luca vai até a padaria, Celeste o atende e diz que contratou o detetive para saber dos pais de Tânia, e que a namorada de Otto está ajudando com tudo que pode. Ruth vai até a casa de Otto para saber mais informações das imagens do dia da estreia da websérie. Durval toma uma atitude rígida e demite um funcionário. 



Sábado, 23 de julho

Raquel lembra de André (Foto: Divulgação/SBT)

Resumo dos capítulos da semana

A novela “Poliana Moça” vai ao ar de segunda a sábado, às 20h30, no SBT

sábado, 16 de julho de 2022

.: "Letras" reúne todas as canções de Caetano Veloso em um livro


Organizado por Eucanaã Ferraz, livro traz todas as canções escritas por Caetano Veloso reunidas, começando por sua produção mais recente - "Meu Coco", lançado em 2021 - e chegando às primeiras composições do artista


“Diante das mais de trezentas letras de canções que compus ao longo de décadas fico quase sem palavras. Tenho apenas de confessar que em ne­nhum caso eu aprovei a letra (ou a música) quando cheguei a completá-la. Com o passar do tempo — e o esquecimento das obras —, tenho me surpreendido com alguma admiração e até com certo encanto diante de uma ou outra canção que fiz”, Caetano Veloso.


Dia 29 de julho, chega às livrarias "Letras", de Caetano Veloso, lançado pela Companhia das Letras. Organizado por Eucanaã Ferraz,  esse é um livro de poesia reunida de um dos nomes centrais da música e da cultura popular brasileira. Ler uma a uma é acompanhar as transformações de uma obra inesgotável ao longo de mais de sessenta anos.

Compositor singular, Caetano Veloso inaugurou sua carreira com um compacto simples, em 1965, e dois anos depois lançou o disco "Domingo". Desde então, foram cerca de quarenta álbuns de estúdio, além de gravações ao vivo e coletâneas.

"Letras" reúne todas as canções escritas por Caetano Veloso, começando por sua produção mais recente - "Meu Coco", lançado em 2021 - e chegando às primeiras composições do artista, em meio a discos de estúdio, canções gravadas por outros cantores, parcerias e trilhas sonoras.

“Meu intuito não foi senão registrar impressões nascidas no encontro com palavras que, assentadas na matéria silenciosa do papel, reconduzem in­sistentemente à música, ao corpo inteiro das canções, e fazem precipitar inúmeras contingências pessoais, reminiscências, ânimos, dispositivos da subjetividade que assomam quando entramos em contato com tex­tos poderosíssimos - adjetivo que me parece legítimo em sua imprecisão crítico‑analítica. Posso dizer simplesmente que cada leitor realiza sua fruição”
, ressalta Eucanaã Ferraz.

Ainda que tenham sido escritos para ser cantados, os versos revelam aqui sua vocação verdadeira: são poemas. Ao formular sua experiência individual de modo notável, Caetano Veloso faz com que suas palavras digam respeito a todos nós, seus ouvintes - e leitores. Você pode comprar o livro com todas as letras das canções de Caetano Veloso neste link.


Sobre o autor
Caetano Veloso nasceu em 1942, em Santo Amaro da Purificação, na Bahia. Entre muitos outros discos, lançou "Domingo" (1967), "Joia" (1975), "Circuladô" (1991), "Cê" (2006) e "Meu Coco" (2021). É autor de "Verdade Tropical", "Letra Só" e "O Mundo Não É Chato", todos publicados pela Companhia das Letras, sendo os dois últimos organizados por Eucanaã Ferraz. Pioneira do movimento tropicalista, sua obra ganhou ressonância em diversas áreas culturais e se mantém como uma das mais eloquentes e revolucionárias do país.


Sobre o organizador
Eucanaã Ferraz nasceu no Rio de Janeiro, em 1961. É professor de literatura brasileira na Universidade Federal do Rio de Janeiro e autor de, entre diversos livros, "Sentimental", vencedor do prêmio Portugal Telecom em 2013, e "Escuta" (2015), ambos publicados pela Companhia das Letras.


Leia +:
.: Todos os livros de Caetano Veloso neste link.


Serviço:
Livro: "Letras"
Autor: 
Caetano Veloso
Organizador: 
Eucanaã Ferraz
Editora: 
Companhia das Letras
Número de páginas:
512
Link na Amazon: https://amzn.to/3ciHHoG

.: "A Influencer", de Ellery Lloyd: seguida por milhares, vigiada por ninguém

Suspense psicológico escrito por casal britânico explora os limites da relação entre influenciadores digitais e seus seguidores


"A Influencer", que chega às livrarias em julho pela editora Intrínseca, expõe o universo das redes sociais em uma trama viciante ao usar como ponto de partida o início da maternidade. Insegurança, solidão e muitas dúvidas levam as mães de primeira viagem a buscar ajuda nas redes sociais. Lá reinam instagramers, como a protagonista deste envolvente suspense, que dão dicas e ensinamentos que se tornam verdades absolutas para milhões de pessoas.

Apontado pelo jornal britânico The Guardian como “um thriller inteligente sobre a vida de uma influencer e o lado sombrio do Instagram”, o livro de estreia de Ellery Lloyd - pseudônimo do talentoso casal Collette Lyons e Paul Vlitos - levanta questões importantes sobre tecnologia, celebridades e a forma como vivemos hoje. Ao explorar os perigos da hiperexposição da vida privada, este suspense psicológico surpreende ao demonstrar a necessidade quase desesperada de sermos vistos e validados nas redes sociais e questiona até onde somos capazes de ir em busca de likes.

Com mais de 1 milhão de seguidores no Instagram, Emmy Jackson, a @Mama_semfiltro, tem uma língua afiada e não perde a chance de falar o que pensa. Para seu cético marido, um escritor que caiu no ostracismo e sabe bem como Emmy é capaz de aumentar a verdade, ela é brilhante no que faz - monetizar os detalhes íntimos da sua vida familiar. Para uma pessoa que a segue de forma perigosamente obsessiva na rede social, Emmy é a mulher que tem tudo, apesar de não merecer. À medida que o casamento dela começa a ruir sob a pressão do estrondoso sucesso e sua bússola moral se desvia de rumo, sua família passa a correr cada vez mais perigo.

Narrado sob a perspectiva de três vozes nada confiáveis, o thriller destaca dramaticamente a artificialidade da cultura digital e a toxicidade das mídias sociais. "A Influencer" vai além da fachada glamourosa do mundo dos influenciadores e oferece uma história em que os personagens se veem às voltas com jogos de poder, traições, inveja e ódio do público. Você pode comprar o livro "A Influencer", de Ellery Lloyd, neste link.

O casal Collette Lyons e Paul Vlitos, sob o pseudônimo Ellery Lloyd, escreveu "A Influencer". Foto: © Alicia Clarke

Sobre os autores
Ellery Lloyd é o pseudônimo do casal Collette Lyons e Paul Vlitos. Collette é jornalista e editora e já escreveu para veículos como The Guardian, The Telegraph e Sunday Times. Paul é autor de outros dois romances, além de ser coordenador de Literatura Inglesa, Cinema e Escrita Criativa na Universidade de Surrey.


Serviço:
Livro: 
"A Influencer"
Autores: Ellery Lloyd (pseudônimo do casal Collette Lyons e Paul Vlitos)
Tradução: Luciana Pádua Dias e Maria Carmelita Dias
Editora: Intrínseca
Páginas:
384
Link na Amazon: https://amzn.to/3aLmvaf


Leia+:
Profissão influencer: como fazer sucesso dentro e fora da internet

.: "Diário de Pilar na Grécia", com Miriam Freeland, estreia no Teatro das Artes

Um dos maiores sucessos literários, espetáculo premiado "Diário de Pilar na Grécia" chega aos palcos do Teatro das Artes, para temporada de 6 de agosto a 11 de setembro. A comédia infantil conta a história de Pilar, uma menina aventureira e curiosa, ao tratar sobre coragem e amizade. Foto: Renata Freeland


Com muitos prêmios na bagagem e uma temporada internacional, o espetáculo "Diário de Pilar na Grécia" desembarca em São Paulo no Teatro das Artes, no Shopping Eldorado, no dia 6 de agosto. Idealizado e estrelado pela atriz Miriam Freeland, é a primeira adaptação para o teatro de um dos selos literários mais vendidos no país, a série "Diário de Pilar", da escritora Flavia Lins e Silva, com mais de 600 mil leitores. No elenco também estão Roberto Bomtempo, Pedro Monteiro, Leandro Baumgratz, Alexandre Mofati, Viviana Rocha e Symone Strobel, que assina a adaptação e direção. A peça segue em cartaz até 11 de setembro, com sessões aos sábados e domingos, às 15h.

A comédia infantil conta a história de Pilar, uma menina aventureira e curiosa. Ela mora com a mãe e o avô Pedro. Não conheceu seu pai, que “misteriosamente” saiu de sua vida antes mesmo dela nascer. Um dia, seu avô parte para uma viagem rumo à Grécia, e ela, morrendo de saudade, resolve viajar também. Mas logo depois recebe a notícia que seu avô não voltará mais de lá. Inconformada e decidida, Pilar encontra um presente deixado por ele: uma rede mágica que pode levá-la a qualquer lugar que desejar. Ao embarcar para a Grécia em sua rede, vive histórias incríveis acompanhada de seu amigo Breno e de seu gatinho Samba.

Assim como sua protagonista, a peça também viajou. Ela estreou em 2018 no Rio de Janeiro, quando ganhou importantes prêmios: melhor espetáculo, melhor atriz, melhor ator coadjuvante e melhor texto adaptado no Prêmio CBTJ de Teatro para Crianças; e melhor espetáculo, melhor atriz e melhor ator no Prêmio Botequim Cultural.

Depois disso, ganhou uma montagem em Portugal, com um elenco misto de brasileiros e portugueses, e foi muito bem recebida no país europeu. Além das sessões comerciais, no Brasil, a produção apresentou a peça para alunos de escolas públicas e ONGs, e Miriam visitou mais de 40 escolas para promover também um bate-papo sobre a série de livros e o fomento da literatura infantil. Agora, quatro anos depois da estreia, ela volta ao Brasil com o elenco original.

A peça é um convite para que o público embarque junto com a protagonista. Com um texto leve, ágil e divertido, ela conta histórias e curiosidades sobre a civilização e a mitologia gregas, seus deuses e heróis mais famosos. Mas também convida a uma jornada de introspecção e sentimentos e ensina o valor da amizade e da coragem.

“Eu me apaixonei pelo livro quando a minha filha mais velha, que tem 23 anos, estava com 10, e nós iríamos fazer uma viagem longa sozinhas. Achei que Diário de Pilar na Grécia poderia ser nosso grande companheiro de viagem e inspirar a Maria Helena. Durante a viagem, quando estava lendo pra ela na cama de noite, aquela coisa de mãe e filha, eu simplesmente comecei a chorar e ela também. A gente ficou emocionada com a história. Não posso dar spoiler, mas foi assim que eu me encantei”, conta.

A autora do livro, Flávia Lins e Silva, também é a escritora por trás do fenômeno infantil "DPA - Detetives do Prédio Azul", com adaptações exitosas para o cinema e a televisão. “Flávia Lins e Silva é uma autora extremamente sofisticada. Ela expõe em suas obras uma rica pesquisa e oferece ao seu público possibilidades de conhecimento e acesso raro na literatura brasileira atual”, diz Freeland.

A atriz se tornou fã da série, comprou a coleção inteira e se aproximou da autora quando ela foi assistir a uma peça que Miriam e Bomtempo protagonizavam. Freeland tinha muita vontade de transformar o Diário de Pilar em um projeto audiovisual. Foi durante uma prática budista, em 2015, que veio a ideia de criar então uma peça. Com carta branca da escritora, Miriam resolveu ela mesma produzir o espetáculo, com a ajuda da educadora e diretora Symone Strobel.  “Foram três anos para captar recursos porque eu acreditava que o projeto precisava de um investimento grande para que a gente pudesse criar o mesmo encantamento que o livro cria no leitor”, conta.

O maior desafio de adaptar a história para os palcos foi condensar toda a história. “Conseguimos manter a essência, emoção e o humor que a história tem, a forma pilaresca de viver, que é alegre, otimista e corajosa”, diz Freeland. Para ela, é justamente essa lição de vida da protagonista que faz tudo valer a pena. "Ela não paralisa diante dos medos e das dificuldades. Ela tem fé e vai à luta é uma heroína. A história é uma saga de herói. Eu brinco que esse personagem tocou em mim num lugar que eu acho que o mundo precisa, que é pensar num futuro melhor e não ficar paralisado diante dos medos e das inseguranças que a vida tem”.

Para criar este mundo mágico no palco, a diretora desafiou a cenógrafa Natália Lana e o técnico de luz Felipe Lourenço a montarem tudo apenas com elementos teatrais, sem trabalhar com projeções ou outros artifícios. “A gente queria que tivesse uma luz bem poderosa, que tivesse efeitos. Porque viajar para a Grécia no teatro com uma rede mágica, andar num cavalo Pegasus e voar pelos ares até o Olimpo não era fácil, né? A Natália foi muito feliz com o cenário dela, muito criativo e muito bonito esteticamente”, conta. Além disso, o cenário também conta com ilustrações originais do livro, assinadas pela Joana Penna. “É como se a criança tivesse a sensação de realmente estar ali num 3D, com a visão de que o livro está realmente se abrindo diante do espectador. E mesmo quem não conhece fica muito encantado”.

A idealizadora destaca que a história, apesar de acompanhar personagens infantis, tem ensinamentos para toda a família. “Como mãe, eu queria muito provocar e atrair os pais, que os adultos que estivessem na plateia embarcassem no humor e também na emoção que o espetáculo promove. E a gente comprovou, tanto no Brasil quanto em Portugal, que ele tem essa força”.


+Você pode comprar os livros da coleção "Diário de Pilar" neste link.


Ficha técnica
Espetáculo: "Diário de Pilar na Grécia". Texto: Flávia Lins e Silva. Ilustrações: Joana Penna. Adaptação e direção: Symone Strobel. Elenco: Miriam Freeland, Roberto Bomtempo, Pedro Monteiro, Symone Strobel, Leandro Baumgratz, Alexandre Mofati e Viviana Rocha. Trilha sonora e músicas originais: Kleiton & Kledir. Co-produção: Tatiana Trinxet. Cenário: Natália Lana. Figurino: Bruno Perlatto. Iluminação: Felipe Lourenço.


Serviço:
"Diário de Pilar na Grécia"
Estreia dia 6 de agosto de 2022, sábado, às 15h.
Temporada: 6 de agosto a 11 de setembro - Sábados e domingos, às 15h.
Ingressos: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia-entrada).
Duração: 60 minutos. Classificação: livre.
Capacidade: 769 lugares.

Teatro das Artes - Shopping Eldorado
Av. Rebouças, 3970, Loja 409, Pinheiros/São Paulo
Bilheteria: de terça a domingo, das 13h15 às 20h.
Vendas on-line pelo site Sympla. Informações: (11) 3034-0075.
http://teatrodasartessp.com.br/peca/diario-de-pilar-na-grecia/
Atenção:
obrigatória a apresentação do passaporte da vacina com pelo menos duas doses.


.: Inspirado em Caio Fernando Abreu, "Pequeno Monstro" estreia em SP

A descoberta da sexualidade na adolescência é tratada no espetáculo "Pequeno Monstro", dirigido por Pedro Leão, com Henrique Figueiredo em cena. Inspirada no conto homônimo de Caio Fernando Abreu, a peça acompanha o início da puberdade do personagem principal e as transformações “monstruosas” que ele vive ao se deparar com as mudanças não só no corpo, mas também nos desejos e na personalidade. A dramaturgia surgiu da vontade de abordar artística e psicologicamente o processo de autocompreensão social de jovens e adolescentes LGBTQIA+. O espetáculo terá uma circulação por teatros e espaços culturais de São Paulo, com estreia em 22 de julho no Teatro Alfredo Mesquita. Foto: Jennifer Glass


Um adolescente que sente as paixões despertarem e começa entender como lidar com a sexualidade é o tema do espetáculo "Pequeno Monstro", inspirada no conto homônimo de Caio Fernando Abreu. A peça fará uma turnê com 18 apresentações por São Paulo, com estreia em 22 de julho no Teatro Alfredo Mesquita. Nos dias 12, 13 e 14 de agosto no Teatro Arthur de Azevedo. Nos dias 19 e 20 de agosto, entra em cartaz no Centro Cultural da Diversidade. Nos dias 26, 27 e 28 de agosto, no Teatro Cacilda Becker. Locais e datas das próximas apresentações serão anunciados em breve.  Todas as apresentações contarão com acessibilidade em libras e audiodescrição.

Quem dirige a montagem para os palcos é Pedro Leão com intepretação de Henrique Figueiredo. Este é o segundo espetáculo da quadrilogia "Agridoce", que trata diversos temas ligados à sexualidade. O mesmo personagem vai estrelar as quatro peças e muito de sua história é inspirado na vida de Pedro Leão, com histórias que aconteceram com ele em seu caminho de autoconhecimento.  A saga teve início com o espetáculo que também se chama Agridoce, com relatos sobre abuso e violência sexual contra meninos LGBTQIA+, e foi premiada pelo ProAC Lei Aldir Blanc e pelo Edital de Cultura SESC Rio 2022.

Já "Pequeno Monstro" trata da adolescência e suas descobertas e fantasias típicas da idade. Ela acompanha o início da puberdade do personagem principal e as transformações “monstruosas” que ele vive ao se deparar com as mudanças não só no corpo, mas também nos desejos e na personalidade. Nessa busca, ele transita entre o que é real e os devaneios por se encontrar. “O pequeno monstro é uma metáfora desse momento da adolescência, quando somos de fato um pequeno monstro em processo de transformação física. E para quem é um menino gay, como no espetáculo, é mais difícil ainda viver esse momento por que ele passa a entender os desejos que saem da curva e são dissidentes do que se espera do menino adolescente. Ainda mais um menino no começo dos anos 2000”, conta Leão.

O texto da peça foi contemplado com o Prêmio Neide Rodrigues Gomes e publicado em 2021. Agora, ganha os palcos pela primeira vez, com apoio do Edital de Ações Descentralizada nas Múltiplas Linguagens da Secretaria de Cultura de São Paulo e do Laboratório de Cena da Funarte. Com ele, o diretor quer ajudar a responder algumas das questões principais para jovens e adolescentes LGBTQIA+: “Como você descobriu que você era você? Em que momento você definiu seus desejos a ponto de ter certeza da sua identidade e sexualidade? Quem pode te dizer que suas lembranças desse processo são reais ou se são apenas criação imaginária que forja memórias que não existiram?”.

A peça vai mostrar duas histórias: uma que acontece na tela, por meio de um vídeo em motion design, e outra que o personagem conta e vive em cena. E é aí que reside a dualidade entre real e fantasia, uma vez que apenas uma delas de fato aconteceu. A história é uma junção da inspiração no texto de Caio Fernando Abreu e também de um conto do próprio diretor, publicado em 2011. O texto de Caio Fernando é quase um “conto erótico adolescente e gay”, diz Leão, narrando o encontro de um menino e seu primo, e sua primeira experiência sexual.

A dramaturgia surgiu da vontade de abordar artística e psicologicamente o processo de autocompreensão social do LGBT. "Como a gente coloca isso sem assumir um discurso político, mas entendendo que nossa existência é política. A gente precisa trazer para a cena outros discursos sobre a nossa comunidade. Costumamos ver apenas filmes, séries e peças que falam sobre sofrimento e homofobia, mas perdemos a complexidade que é esse sujeito e todas as outras nuances que o compõem, como fantasia, relacionamento e afetos”, analisa o diretor.

Além do vídeo, o espetáculo vai contar com vários elementos para sensibilizar o público e fazê-lo mergulhar nesse breu entre fantasia e realidade: audiodescrição poética, brincadeiras com projeções e música e elementos de cheiro, como chocolate, para mexer com os sentidos. “Tenho muito orgulho desse trabalho e espero que o público possa, como eu, questionar-se sobre o espaço vazio que há entre quem eu penso que sou e quem eu realmente gostaria de ser, que é o que nos torna seres impossíveis”, deseja o diretor. Este projeto foi contemplado pelo Edital de Apoio a Projetos Culturais Descentralizados de Múltiplas Linguagens - Secretaria Municipal de Cultura.


+Leia também:
Livro reúne todos os contos de Caio Fernando Abreu


Ficha técnica:
Dramaturgia e direção:
Pedro Leão. Atuação: Henrique Figueiredo. Assistência de direção: JOMA. Consultoria dramatúrgica: Jéssica Teixeira. Direção de produção: Jessica Rodrigues e Victória Martinez. Produção executiva: Pedro Leão e Carol Henriques. Assistência de produção: Isabella Purcino. Direção de arte: Daniel Beoni. Figurino: Ana Luiza Suhr Reghelin. Cenografia: Danilo Cruz. Iluminação: Guilherme Soares. Trilha original: Fábio Stamato. Motion designer: Rebeca Prado. Técnico e operador de luz: Guilherme Soares. Técnico e operador de som: luMa. Intérprete de libras: Luccas Araújo. Audiodescrição: Henrique Figueiredo. Consultoria em audiodescrição: Gislana Vale. Coordenação de comunicação: Jessica Rodrigues. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Designer gráfico: Lucas Sancho. Mídias sociais: Jessica Rodrigues e Mateus Bruza. Registro em vídeo: Mateus Bruza. Registro fotográfico: Jennifer Glass. Co-produção: Contorno Produções e Catástrofe Produções. Realização: Cubo Cultural.


Serviço:
"Pequeno Monstro"
Classificação indicativa:
14 anos
Duração: 60 minutos
*Todas as apresentações contarão com acessibilidade em libras e audiodescrição.

Teatro Alfredo Mesquita
Dias 22, 23 e 24 de julho de 2022
Sexta e sábado às 21h e domingo às 19h
Av. Santos Dumont, 1779 - Santana/São Paulo
Ingressos: gratuito, com retirada de ingressos na bilheteria uma hora antes do espetáculo.

Teatro Arthur Azevedo, sala multiuso
Dias 12, 13 e 14 de agosto de 2022
Sexta e sábado às 20h e domingo às 18h
Av. Paes de Barros, 955 - Alto da Mooca/São Paulo
Ingressos: gratuito, com retirada de ingressos na bilheteria uma hora antes do espetáculo.

Centro Cultural da Diversidade
Dias 19 e 20 de agosto de 2022
Sábado 18h e 20h e domingo às 19h
Rua Lopes Neto, 206 - Itaim Bibi/São Paulo
Ingressos: gratuito, com retirada de ingressos na bilheteria uma hora antes do espetáculo.

Teatro Cacilda Becker
Dias 26, 27 e 28 de agosto
Sexta e sábado às 21h e domingo às 19h
R. Tito, 295 - Lapa/São Paulo
Ingressos: gratuito, com retirada de ingressos na bilheteria uma hora antes do espetáculo.


.: As curiosidades mais incríveis do filme "Thor: Amor e Trovão"

O novo filme da Marvel Studios está em cartaz nos cinemas e apresenta uma nova ameaça que aparece na vida de Thor

“Thor: Amor e Trovão”, da Marvel Studios, estreou nos cinemas no último dia 7. O longa conta sobre uma nova aventura onde o Deus do Trovão embarca em uma jornada diferente de tudo que já viveu – uma jornada de autoconhecimento. Contudo, sua busca é comprometida por um assassino galáctico conhecido como Gorr, o Carniceiro dos Deuses, que deseja a extinção dos deuses.

Para combater essa ameaça, Thor pede a ajuda da Rei Valquíria, de Korg e da ex-namorada Jane Foster, que - para surpresa de Thor - inexplicavelmente empunha seu martelo mágico, o Mjolnir, como a Poderosa Thor. Juntos, eles se lançam em um terrível aventura cósmica para desvendar o mistério da vingança do Carniceiro dos Deuses e detê-lo antes que seja tarde demais. Confira abaixo algumas curiosidades sobre “Thor: Amor e Trovão”, entre outras informações sobre o elenco e bastidores.

Aparições de Thor
Desde 2011, o personagem Thor apareceu em sete filmes do Universo Marvel (MCU), além da série de animação, também da Marvel Studios, “What If...”, tornando-se o primeiro personagem a protagonizar quatro filmes da franquia.


Filmagens
As gravações de “Thor: Amor e Trovão” contaram com um elenco e equipe estelares que dedicaram 89 dias à essa produção, que foi filmada na Austrália desde janeiro de 2021. Dirigida por Taika Waititi, com roteiro de Waititi e Jennifer Kaytin Robinson, o novo filme do MCU conta com a produção de Kevin Feige e Brad Winderbaum, e Louis D’Esposito, Victoria Alonso, Brian Chapek, Todd Hallowell e Chris Hemsworth são os produtores executivos.


Crianças no set
A produção também conta com um elenco infantil expressivo, no qual o público pode ver as filhas e filhos dos atores Chris HemsworthNatalie PortmanChristian Bale, e do diretor Taika Waititi. Inclusive, o protagonista postou em seu perfil do Instagram uma fotinho da sua filha no set de filmagem.


Trilha sonora
“Se ‘Thor: Ragnarok’ foi um álbum de synth-pop dos anos 80, 'Thor: Amor e Trovão' é um álbum de metal”, diz o produtor Brad Winderbaum. “Nós sabíamos que queríamos um título que evocasse uma sensação de rock n’roll dos anos 80 e o novo filme de Thor parecia fazer exatamente isso”. A produção conta com músicas icônicas, como: “Our Last Summer”, do ABBA, e “Sweet Child O’Mine”, “Welcome To The Jungle”, “Paradise City”, da banda Guns N’ Roses, que complementam as cenas e fazem toda a diferença na história.

A presença de Zeus
Enquanto Gorr inicia um caminho mortal pela galáxia, Thor pede ajuda para seus aliados e eles tentam obter o apoio do lendário rei dos deuses, Zeus, interpretado por Russel Crowe. No entanto, o deus maior da mitologia grega passa seus dias vivendo uma vida cheia de excessos e se demonstra indiferente ao crescente número de deuses desaparecidos. “Eu nunca pensei que veria o dia em que o Russel apareceria na tela com um toque da imagem do ‘Gladiador’, mas com uma pitada totalmente autodepreciativa”, diz Chris Hemsworth. “Ele não se conteve. Eu sou muito fã dele. Sou fã desde que comecei a atuar. Há tanto peso e seriedade nas performances dele e nele, como indivíduo. Mas ao conhecê-lo, ele tem um excelente senso de humor e fez tudo o que o Taika pediu para ele no set; foi fora de série”.

Destaque para o vilão Gorr
Thor enfrentou inúmeros inimigos - desde Laufey, o Rei dos Gigantes de Gelo, até sua irmã Hela, a Deusa da Morte, e Thanos - mas os cineastas escolheram aumentar ainda mais o desafio em “Thor: Amor e Trovão”. “Nós tínhamos que superar a Hela e encontrar um vilão que fosse, de alguma forma, ainda mais extraordinário”, diz o diretor Taika Waititi, “e nós achamos isso em Gorr, que é interpretado pelo incrível Christian Bale. “Há muito drama e insanidade em torno de Gorr, mas Christian Bale conseguiu colocar o foco certo em cada momento”, diz Chris Hemsworth. “Você não consegue tirar os olhos dele. O personagem é fascinante, porque, como todos os bons vilões, Gorr tem um pouco de razão. Ele pode não estar agindo do jeito certo, mas existe empatia no roteiro e Christian trouxe muito mais camadas e muito mais profundidade para o Gorr”.

O elenco também ficou surpreso com a performance de Christian Bale. “Todos nós estávamos realmente um pouco assustados na presença de Gorr”, conta Natalie Portman. “Christian como Gorr está hipnotizante. Ele faz aquela coisa que os vilões da Marvel fazem tão bem, que é quando você vê que a vilania deles vem da dor, de algum trauma não muito bem resolvido”, acrescenta Tessa Thompson.

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Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - uma oportunidade para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


sexta-feira, 15 de julho de 2022

.: Crítica: "O Telefone Preto" gera tensão crescente diante de um sádico

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em julho de 2022


Num visual retrô, "O Telefone Preto" leva o público para uma pequena cidade suburbana do Colorado em 1978 enquanto acontece uma partida de beisebol. Entre os adolescentes está o tímido e inteligente Finney Shaw (Mason Thames) que perde uma partida para o time oponente. Tudo é festa para os vencedores e Bruce, mas não para Finney que continua sendo perseguido por praticantes de bullying.

O conto de Joe Hill, adaptado para as telonas, e em cartaz na Rede de Cinemas Cineflix, não é somente a história de meninos que foram sequestrados para a satisfação de um sádico. "O Telefone Preto" traz efeitos visuais que contribuem para que o público mergulhe no terror em que Finney é inserido quando capturado pelo sequestrador do carro preto, interpretado por Ethan Hawke (Antes do Amanhecer, Dia de Treinamente e "O Homem do Norte"), ainda que a irmã, Gwen (Madeleine McGraw), tenha algumas informações privilegiadas -daquelas que a polícia esconde.

O filme dá pistas desde o início sobre o que vai acontecer até o momento principal. Lança provocações que, futuramente, terão sentido. No entanto, guarda todo o mistério a ser revelado para a cena em que tudo se resolve, para o bem e para o mal. Esse é o poder de um texto bom que quando chega às telas ainda surpreende. 

E quando se pensa na atual vítima de 13 anos que apanha de valentões e tem uma irmãzinha com visões reveladoras em sonho, a surpresa surge justamente no equipamento que dá nome ao longa. É no telefone preto, desligado, mas que toca, que as chaves para o segredo são dadas ao garoto que precisa encontrar forças dentro de si para lutar pela própria vida. Afinal, ele é prisioneiro de um porão à prova de som. 

Não há como negar que "O Telefone Preto" é um filme de 1h 42 que passa muito rápido. Seja pelo ritmo compassado e extremamente ágil em que tudo acontece na telona, por gerar tensão em sequência -de realmente fazer os olhos arregalarem e deixar o público atento a tudo- e, claro, ainda garantir sustos em cenas surpreendentemente inimagináveis. 

Embora o grande chamariz de "O Telefone Preto" seja, indiscutivelmente, o talentoso Ethan Hawke, também vilão recentemente na série "O Cavaleiro da Lua", há espaço para uma dupla revelação, que são Mason Thames e Madeleine McGraw. Mason revela-se no protagonismo, mas Madeleine rouba a cena quando leva uma surra do pai. É logo ali que a menina transborda talento. Também pudera ela já foi a pequena Hope em "Homem-Formiga e a Vespa" e deu voz para a Bonnie de "Toy Story 3" e Maddy McGear em "Carros 3".

Pode-se afirmar desde já que "O Telefone Preto" é um grande filme do terror, gênero ainda menosprezado no meio cinematográfico. Contudo, o trato recebido pela Blumhouse contribui para que a produção com direção de Scott Derrickson entre para o hall dos clássicos títulos de terror, ficando ao lado de "O Exorcista" e "O Chamado", por exemplo. É um filme imperdível!


Em parceria com a rede Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - uma oportunidade para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


Filme: "O Telefone Preto" ("The Black Phone")

Gênero: Terror/ Thriller

Classificação: 16 anos

Ano de produção: 2021

Diretor: Scott Derrickson

Cinematografia: Brett Jutkiewicz

Edição: Frédéric Thoraval

Duração: 1h42

Distribuído por: Universal Studios

Data de lançamento: 21 de julho de 2022 (Brasil)

Elenco: Mason Thames (Finney Shaw), Madeleine McGraw (Gwen Shaw), Ethan Hawke (O Sequestrador)


Mary Ellen Farias dos Santos, editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


Trailer






.: Teatro: "O Falcão Vingador", com Maria Clara Gueiros e Luccas Papp, estreia

No topo do precipício mais alto da pequena cidade de Ferradura, Lúcia chega com seu filho Victor. O tímido rapaz tem a missão de saltar da montanha com uma asa de pano nas costas projetada duas décadas antes e provar ao povo, que o espera ansioso lá embaixo, que seu falecido pai e idealizador da missão era um gênio. Lúcia parece extasiada com esse evento, mas o garoto se sente pequeno para o fardo que lhe foi dado para carregar. Uma fábula sobre sonhos, grandeza, as projeções e frustrações que os pais colocam sobre os filhos e a busca desenfreada pela glória. Com Luccas Papp e Maria Clara Gueiros. Texto de Luccas Papp. Direção de Ricardo Grasson. No Teatro Nair Bello, que fica no 3º piso do Shopping Frei Caneca. Foto: Leekyung Kim

O sonho de voar do homem e a expectativa dos pais diante dos filhos povoam "O Falcão Vingador", tragicomédia de Luccas Papp que estreia a peça ao lado de Maria Clara Gueiros no dia 15 de julho, sexta-feira, às 21h, no Teatro Nair Bello. A montagem ganha contornos focados no realismo fantástico com direção de Ricardo Grasson e a temporada vai até 28 de agosto com sessões sextas e sábados, às 21h; e domingos às 19h.

A trama se passa no topo do precipício mais alto da pequena cidade de “Ferradura”. Lúcia, uma mulher de meia-idade de comportamento espalhafatoso, chega no local com seu filho Victor. O tímido rapaz tem apenas uma missão naquele momento: saltar da montanha com uma asa de pano nas costas projetada duas décadas antes. Seu objetivo é provar ao povo que seu falecido pai e idealizador da missão era um gênio e não um suicida.  Lúcia está extasiada com esse evento, mas o garoto parece se sentir pequeno para o fardo que lhe foi dado para carregar.

“O realismo fantástico guia todo o espetáculo e vai se tornar uma fábula sobre sonhos, grandeza e a busca desenfreada pela glória. Tem uma atmosfera meio Tim Burton, Guillermo del Toro com tonalidades de Federico Felini, que atinge muito mais a plateia do que um realismo. Cada um acaba criando suas leituras e interpretações, existem muitas camadas. É uma história sensível e potente de uma mãe que joga todas as suas projeções em cima do filho; é uma metáfora de como os pais criam um plano de voo completo para o filho sem deixar eles voarem pelas próprias asas”, conta Grasson.

Para o autor, os protagonistas são diferentes e ao longo da trama entram em cena questões como o despertar da consciência, o controle de um sobre o outro. “Lucia tem um desejo pela grandeza e pela glória, deslumbrada pela fama e reconhecimento. Se considera muito maior do que a cidade em que vivem. Já Victor é um jovem com ideais simples que apenas deseja ficar com a menina que ama. Todavia, ele precisa desempenhar uma missão histórica que foi destinada para ele desde criança. É como se o personagem usasse uma roupa que não cabe mais nele”.

A cenografia de Bruno Anselmo traz um estilo não-realista por meio de recursos que dão margem para a imaginação com ideia do penhasco e o topo da montanha alinhado com as formas e cores. O figurino de Fabio Namatame se inspira nos anos 1930/40, a iluminação de César Pivetti exprime  o sentido de fábula, assim como a trilha sonora original de Edgar Duvivier que utilizou instrumentos como violoncelo, sanfona, trompete para construir uma atmosfera bem solar.

Luccas Papp fala dos detalhes que compõem a dramaturgia. “A forma manipulada como o garoto foi criado evidencia uma temática fundamental presente no enredo da obra: a projeção de sonhos dos pais em seus filhos. Na sociedade contemporânea, ainda existe uma certa idealização de como o filho deve ser e como se realizar. O espetáculo é sobre a busca pela liberdade e o texto tem essencialmente uma beleza poética com dois personagens que vão progredindo e se modificando”.

Maria Clara Gueiros retorna ao teatro para uma temporada presencial após a chegada da pandemia. Seu último espetáculo foi "Loloucas", onde atuou ao lado de Heloísa Périssé em 2020. “O palco é um dos lugares que mais amo estar e será ótimo poder voltar com 'O Falcão Vingador'. Interpreto uma mãe determinada em fazer o filho voar por meio de um projeto do falecido marido. Para a composição da personagem, tenho como referência meu lado maternal, é um texto sensível cheio de surpresas, chega até a ir para um lado obcecado”.

"O Falcão Vingador" é a terceira parceria entre Papp e Grasson, ambos também uniram direção, dramaturgia e atuação nos espetáculos "O Ovo de Ouro" que retratava a figura do Sonderkommando nos crematórios dos campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra Mundial; e A Bicicleta de Papel que mostrava uma história sobre amizade e a busca por alguma esperança após o trauma da perda.


Sinopse
No topo do precipício mais alto da pequena cidade de Ferradura, Lúcia chega com seu filho Victor. O tímido rapaz tem a missão de saltar da montanha com uma asa de pano nas costas projetada duas décadas antes e provar ao povo, que o espera ansioso lá embaixo, que seu falecido pai e idealizador da missão era um gênio e não um suicida, como era conhecido.  Lúcia parece extasiada com esse evento, mas o garoto se sente pequeno para o fardo que lhe foi dado para carregar. Uma fábula sobre sonhos, grandeza e a busca desenfreada pela glória.


Ficha técnica:
Texto:
Luccas Papp. Direção: Ricardo Grasson. Elenco: Maria Clara Gueiros e Luccas Papp. Assistência de direção: Heitor Garcia. Cenografia: Bruno Anselmo. Desenho de luz: César Pivetti. Figurino: Fabio Namatame. Trilha sonora original: Edgar Duvivier. Visagismo: Vitória Micheloni. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Produção executiva: Giulia Martins e Guilherme Bernardino. Assist. produção: Nicole Casavecchia, Richard Lake e Rhaissa Samas. Supervisão técnica: Matheus Papp. Técnica: Gabriel Tite e Gustavo Gonçalo. Design gráfico: Raphael Ruas. Mídias sociais: Amanda Bellini. Fotos: Leekyung Kim. Realização: LPB Produções.


Serviço:
"O Falcão Vingador"
Teatro Nair Bello - 
Rua Frei Caneca, 569 (Shopping Frei Caneca 3º Piso) - Consolação/São Paulo.
Temporada: de 15 de julho a 28 de agosto. Sextas e sábados, às 21h; e domingos às 19h. Ingressos: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia). Duração: 80 minutos. Classificação indicativa: 10 anos. Vendas: https://bileto.sympla.com.br/event/74573/d/145821/s/953213. Capacidade: 201 lugares. Bilheteria online pela plataforma Sympa: www.sympla.com.br. Atendimento presencial duas horas antes de cada apresentação.

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.: Espetáculo resgata história da rainha angolana Nzinga no Sesc Pompeia

Aysha Nascimento e Flávio Rodrigues contam a história da rainha angolana Nzinga e de seu irmão. O espetáculo combina história e memória e reatualiza cenicamente as relações entre Mwene Nzinga e seu irmão Ngola Mbandi. Com dramaturgia de Dione Carlos, o espetáculo propõe ao público uma reflexão sobre a ética comunitária, as relações de gênero, a irmandade, as noções de família, as lógicas de poder e as táticas anticoloniais a partir da perspectiva bantu. O espetáculo tem orientação artística de Eduardo Okamoto e direção musical de Salloma Salomão. Idealizada por Aysha Nascimento, Bruno Garcia e Flávio Rodrigues, montagem propõe um reencontro do público, sob a perspectiva bantu cíclico-espiralar, com imagens de uma das soberanas mais estudadas no mundo


Ao resgatar a relação entre a rainha Nzinga e seu irmão Ngola Mbandi, do Ndongo (parte do atual território de Angola), o espetáculo teatral Nzinga propõe um mergulho nos repertórios culturais das matrizes bantu. O trabalho, idealizado por Aysha Nascimento, Bruno Garcia e Flávio Rodrigues, estreia no dia 15 de julho no Sesc Pompeia – Sala Experimental, onde segue em cartaz até 5 de agosto, com apresentações de terça a sexta, às 20h30. Em cena estão Aysha Nascimento e Flávio Rodrigues.

Com dramaturgia de Dione Carlos, a trama parte de um recorte temporal de sete anos, entre 1617 e 1624, desde o momento em que Ngola Mbandi assume o trono após a morte do pai até a coroação de Nzinga como soberana do Ndongo, após o falecimento de seu irmão. A ideia da montagem é debaterfragmentos desta narrativa a partir de uma visão afrodiaspórica, negando o pensamento eurocentrado que supõe que a história das populações negro-africanas se inicia com o processo de escravização mercantilista e se encerra com a colonização. 

Também conhecida como Njinga a Mbande, Jinga, Ginga, Ana Nzinga, Ngola Nzinga, Nzinga de Matamba, Mbande Ana Nzinga e Dona Ana de Sousa, a rainha angolana configura-se enquanto ente-personagem mítica e sócio-histórica que reitera as resistências dos povos africanos e permite aos afrodescendentes acessar e recontar suas próprias histórias, repletas de possibilidades imprevisíveis.

“Essa história viabilizou um mergulho nos repertórios culturais das matrizes bantu, modelos civilizacionais baseados na ética comunitária e no vitalismo, em uma concepção de existência integrada. O espetáculo traz premissas que podem, creio eu, fortalecer nossos lugares de potência, sobretudo diante do momento atual de tantas mazelas. O espetáculo é uma proposta, e não uma resposta, sobre ser, estar e sentir no mundo”, revela Aysha Nascimento, co-idealizadora do trabalho.

Ela ainda conta que teve um maior contato com a história da rainha Nzinga em 2017, quando ela e Flávio Rodrigue apresentaram junto com o Coletivo Negro o espetáculo "Revolver" no Festeca - Festival Internacional de Teatro do Cazenga, província de Luanda, Angola.

“Infelizmente, pouco se sabe sobre os irmãos e irmãs de Mwene Nzinga, então nós nos apoiamos em fontes bibliográficas combinadas a fontes orais de uma produção panafricanista muito específica. O nosso objetivo era escapar da construção antagônica entre os irmãos sustentada pelas fontes eurocêntricas”, explica a atriz.

A partir da perspectiva bantu, o espetáculo propõe ao público uma reflexão sobre a ética comunitária, as relações de gênero, a irmandade, as concepções de espaço-tempo, as noções de família, as lógicas de poder e as táticas anticoloniais. 

“À medida que fomos estudando as filosofias das matrizes ‘congo-angolanas’, pudemos refletir sobre temas importantes, como família alargada e relações de poder ou gestão do poder sob outro ponto de vista, bem distinto da concepção ocidental. Esperamos que, por meio de outras experiências, a gente possa conceber o mundo e apreender a realidade de outras formas. Por isso, lançamos luz a tais repertórios e referenciais reatualizados a partir da nossa experiência afrodiaspórica”, relata Flávio Rodrigues, co-idealizador do trabalho e ator que divide a cena com Aysha Nascimento.

Ainda sobre esse rico processo, o historiador Bruno Garcia, co-idealizador e orientador de pesquisa teórica do trabalho, acrescenta: “Iniciamos nossos estudos lendo autoras e autores da região de África Central (sobretudo, da República Democrática do Congo|RDC e de Angola), na tentativa de compreender as concepções de tempo, espaço e pessoa pelo prisma dos Bakongo, dos Mbundu e dos Tchokwe. Dentre nossos referenciais, podemos citar a produção do congolês Bunseki Fu-Kiau e do angolano Patrício Batsîkama. Contamos também com a parceria da sua majestade, a rainha Diambi Kabatusuila (RDC), do pesquisador soteropolitano Niyi Tokunbo Mon’a-Nzambi, do historiador angolano Filipe A. Vidal, da cientista política e estilista angolana Cristina Lucas Magalhães, do historiador panafricanista angolano Luís Miguel Antônio Dias e do historiador e artista mineiro Salloma Salomão. Essas parcerias nos permitiram aprofundar nossas conexões África-Brasil pelo Atlântico Negro”.


Sobre a encenação
O texto não é exclusivamente uma biografia da personagem-título, mas a apresentação de determinadasimagens históricas. “Gostaríamos de apresentar situações icônicas - exemplares, modelares - que ecoam aspectos das vidas negras (talvez, falando mais amplamente, de pessoas racializadas)”, reflete Eduardo Okamoto, orientador artístico do projeto. 

Por isso, mais que uma narrativa no tempo (acontecimentos concatenados, conflitos, clímax e desfecho) a equipe procurou valorizar a dramaturgia em seus aspectos imagéticos: paisagens, ambientes, cenários, lugares onde se está e partir de onde se vê, se ouve e se fala, ou seja, atitudes. A cena abre-se, portanto, não só como um modo de representar/dramatizar fatos históricos, mas como modos de pensar imagens que ciclicamente se repetem.

Durante a criação de cenas, referências diversas orientaram o processo, como a obra teórica do queiniano Ngũgĩ wa Thiong'o. Para ele, um dos problemas fundamentais da poesia como sistema sígnico é a criação de uma concepção de espaço-tempo diversa daquela que regula a vida dos Estados Nacionais (dos sistemas econômicos, portanto). Aqui, é tarefa da arte não aderir a simbiose que existe entre produção e processos de subalternização (de povos, grupos sociais ou raciais).     

Apostando na narrativa como procedimento, o espetáculo centra-se na palavra a no jogo de atuantes. A corpo-oralidade como modo de descrever situações, relacioná-las, tomá-las como mote para medição e aprendizado.

Assim, as matrizes culturais africanas podem constituir um sopro renovador da cena contemporânea e, especialmente, da cena que aborda tematicamente identidades diversas (que tratam de gênero, raça, orientação sexual, etc.). Nzinga pode nos ajudar a pensar modos de negociar a própria existência sem nos limitarmos às imagens produzidas por nossos algozes.


Sinopse
O espetáculo narra as relações entre Mwene Nzinga e seu irmão Ngola Mbandi, realezas da região centro-africana no século XVII. A dramaturgia concentra-se em um recorte temporal de sete anos (1617 - 1624), momento em que Mbandi sucede ao trono após a morte do pai, Ngola Mbandi Kiluanji, até o episódio em que Nzinga torna-se rainha do Ndongo. A trama convida o público a refletir sobre ética comunitária, relações de irmandade, concepções de espaço-tempo, lógicas de poder e táticas anticoloniais. Trata-se de um reencontro, sob a perspectiva bantu cíclico-espiralar, com a biografia de uma das soberanas mais estudadas no mundo.


Ficha técnica:
Espetáculo:
"Nzinga". Idealização, concepção e direção geral: Aysha Nascimento, Bruno Garcia e Flávio Rodrigues. Atuação: Aysha Nascimento e Flávio Rodrigues. Orientação artística: Eduardo Okamoto. Orientação artístico-pedagógica (fase inicial): Maria Thaís. Direção musical: Salloma Salomão. Trilha sonora original: Salloma Salomão e Gui Braz (Aruanda Mundi). Vozes gravadas: Salloma Salomão e Juçara Marçal. Musicistas: Aysha Nascimento, Flávio Rodrigues, Gui Braz, Salloma Salomão, Jéssica Areias, Manoel Trindade e Érica Navarro. Dramaturgia: Dione Carlos. Preparação corporal: Val Ribeiro. Preparação corporal (fase inicial): Kanzelumuka. Orientação de pesquisa teórica: Bruno Garcia. Desenho de luz: Wagner Pinto. Cenografia: Julio Dojcsar. Figurino: Silvana Marcondes. Costureira: Judite de Lima. Joias: Débora Marçal (Preta Rainha). Técnico de luz: Gabriel Greghi. Operadora de luz: Beatriz Nauali. Técnico e operador de som: Jo Coutinho. Assistente de palco: Robson Toma. Registro audiovisual processual: Edson Santos. Produção administrativa: Janaína Grasso (Malik - Esporte e Cultura Ltda). Produção executiva: Izah Neiva. Fotografia: Sérgio Fernandes. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Ilustração: Yirenkyi Asante. Realização: Diásporas Produções; Produtora Malik; ProAC - Edital ProAC Expresso Nº 01/2020 - Programa de Ação Cultural - “Produção e temporada de espetáculos inéditos de Teatro no Estado de São Paulo”; e Sesc Pompeia.


Serviço:
"Nzinga" -
Estreia dia 15 de julho de 2022 no Sesc Pompeia - Sala Experimental
Temporada: de 15 de julho a 5 de agosto de 2022 – De 13 a 15 de julho, quarta a sexta, às 20h30; de 19 de julho a 5 de agosto, terça a sexta, às 20h30.
Sesc Pompeia - Endereço: rua Clélia, 93, Água Branca/São Paulo.
Duração: 60 minutos. Classificação: 14 anos. Capacidade: 40 lugares. Ingressos: R$ 30 (inteira); R$ 15 (meia-entrada - estudantes, idosos, PCD e seus acompanhantes); R$ 9 (credencial plena).
Vendas pelo site sescsp.org.br

.: "Envolver": Márcio Greyck, impossível deixar de ouvir


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Passados mais de 30 anos do seu último disco, Márcio Greyck está de volta com um novo trabalho com canções inéditas. O CD intitulado "Envolver" foi gravado inteiramente em casa. E pela primeira vez ele toca todos os instrumentos, além de assinar a maioria das canções.

Greyck é um daqueles casos difíceis de rotular. Lançado no final da Jovem Guarda, ele acabou se consolidando como um hitmaker de canções românticas nos anos 70, tendo ainda suas composições cantadas por nomes de destaque, como Roberto Carlos. Entre as mais conhecidas estão "Impossível Acreditar Que Perdi Você" (talvez o maior hit solo), "Vivendo Por Viver" e "Reencontro", só para citar alguns exemplos

Durante o tempo em que esteve afastado do mercado fonográfico, ele acabou encontrando na rede social um canal de comunicação com os fãs mais antigos de seu trabalho, bem como outros novos que passaram a descobrir suas composições.

A ideia de gravar o disco surgiu quando seu filho, Rafael, lhe deu um computador com aplicativos para gravar voz e instrumentos. Passou a dar vazão para a criatividade e compor canções em sua casa, onde gravou todos os instrumentos e os vocais de apoio. E acabou sendo incentivado por Marcelo Fróes, do selo Discobertas, a lançar esse disco produzido literalmente de forma caseira.

As músicas desse trabalho deixam claro que Márcio Greyck ainda tem algo interessante para oferecer ao ouvinte. Canções com rimas simples que chegam de forma direta para quem ouve, como na faixa de abertura, intitulada "Até Quando?" (...até quando/você vai querer fingir?/Até quando/você vai querer sentir?/até quando/você vai negar a dor/ninguém suporta tanto tempo a mesma dor...).

Há as habituais baladas românticas como "Seu Olhar" e "Amor Infinito", que se mesclam com outras com arranjos próximos da música folk como as faixas "Espelhos dos Meus Sonhos", "Setembro" e "Ao Som de Um Velho Blues".

A faixa "Prá Fazer Ela Voltar" é uma espécie de fox trot retrô que se encaixaria perfeitamente em qualquer disco do Roberto Carlos. Com enredo simples e direto, Greyck diz que é preciso se mostrar sempre alegre e em alto astral para fazer a pessoa amada voltar. "Envolver" foi uma escolha perfeita para o título do disco. Porque faz exatamente isso: envolve o ouvinte com melodias fáceis e mensagens que chegam de forma direta e objetiva, como deve ser sempre a nossa música popular. 

"Pra Fazer Ela Voltar"

"Seu Olhar"

"Amor Infinito"

.: Biblioteca Azul lança o 3º volume das obras completas de Adolfo Bioy Casares

Último volume reúne, pela primeira vez, os textos do autor escritos entre 1972 e 1999.

“Eu diria que neste país há pujança em tudo. As pessoas, os prédios de apartamentos, os túneis crescem e se multiplicam de um modo avassalador para um portenho cansado. Devo também rever minhas ideias sobre o calor. Eu achava que era deprimente. Que nada. Isto aqui é uma fogueira, ou quem sabe uma fornalha, onde o brasileiro cresce, corre, grita, produz, reproduz, com espantosa celeridade e bastante alegria.”

A editora Biblioteca Azul lança o terceiro e último volume das Obras completas de Adolfo Bioy Casares. Um dos grandes mestres da literatura mundial, Adolfo Bioy Casares (1914-1999) foi um escritor de extraordinária originalidade e sutileza, marcado pela tranquila fluidez de sua prosa que nunca deixa de exaltar o amor como paixão suprema.

Organizado por Daniel Martino, o principal pesquisador da obra de Bioy no mundo, este volume reúne, pela primeira vez, os textos escritos entre 1972 e 1999, e contém romances, contos e textos diversos do terço final da vida do grande escritor argentino.

No repertório do autor estão os acontecimentos fantásticos em ambientes corriqueiros, que frequentemente partem do ponto de vista do intelectual portenho. Contos ágeis, que flertam com o gênero policial, de ficção científica e de fantasia, e que demonstram a imensa capacidade de contar histórias e cativar o leitor.

Neste livro, constam também as anotações de diários do período em que Bioy Casares esteve no Brasil, o registro de suas impressões e de seus encontros com personalidades como Alberto Moravia, Graham Greene e Cecília Meireles. Mesmo em um texto notadamente pessoal, há nesses diários um fio que perpassa a trama: a história de um amor perdido, que Bioy, como uma personagem criada por si mesmo, buscava encontrar no período em que esteve entre Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.

O volume se encerra com textos esparsos, prefácios, escritos de encomenda a periódicos e depoimentos a veículos diversos, em que discorre sobre o tango, seus livros prediletos e sua amizade com Jorge Luis Borges. Você pode comprar o livro "Obras completas de Adolfo Bioy Casares - Volume C" neste link.


Sobre os outros livros


"Obras completas de Adolfo Bioy Casares - Volume A" 
Primeiro de três volumes das obras completas de Adolfo Bioy Casares, este livro traz clássicos universais em novas traduções, como "A Invenção de Morel" e "O Sonho dos Heróis", e livros inéditos no Brasil, como "A Trama Celeste" e "História Prodigiosa"

No ano em que se comemora o centenário de Adolfo Bioy Casares, a Biblioteca Azul dá início à publicação das "Obras Completas" deste grande nome da literatura do século XX. O primeiro volume reúne seis livros do autor, de seu romance mais conhecido, "A Invenção de Morel", ao inédito "As Vésperas de Fausto", raridade lançada em uma edição independente em 1949. A edição apresenta novas traduções de títulos escritos entre 1940 e 1958 e traz ainda textos dispersos em diários, revistas ou publicações de distribuição limitada.

Leitor voraz e apreciador do que chamou de literatura fantástica, Bioy Casares é autor de histórias que misturam suspense, referências a romances policiais e elementos inesperados, tudo isso permeado pelo refinamento adquirido ao longo de uma vida dedicada à literatura. Amigo e parceiro de Jorge Luis Borges, com quem escreveu as histórias do personagem H. Bustos Domecq, que estão sendo relançados pela Biblioteca Azul, Bioy Casares recebe enfim uma edição que destaca a extensão e a qualidade de sua produção, que o coloca entre os principais autores de língua espanhola.

O primeiro volume das "Obras Completas" inclui romances que se encontravam há décadas fora das livrarias como "Plano de Fuga" e "A Trama Celeste". A organização de toda a obra completa, que será publicada em três volumes, é do pesquisador argentino Daniel Martino, especialista na obra do escritor, responsável pelo estabelecimento do texto e pelas notas que apontam as variações de texto ao longo da obra.

"História Prodigiosa" e "O Sonho dos Heróis" são os últimos livros a integrar o volume. Além dos títulos, parte da edição é dedicada a textos dispersos, a maioria prólogos e resenhas publicadas entre 1940-58, que ressaltam o humor e a ironia de um apaixonado pela literatura. Os apêndices reúnem ideias iniciais para a criação de obras que integram o primeiro volume como os contos "Dois Reis do Futuro" e "O Outro labirinto". "Obras Completas" não se destina apenas aos admiradores do autor, mas também àqueles desejam conhecer melhor o trabalho de um mestre da literatura. Você pode comprar o livro "Obras completas de Adolfo Bioy Casares - Volume A" neste link.


"Obras completas de Adolfo Bioy Casares - Volume B"
Um dos grandes mestres da literatura mundial, Adolfo Bioy Casares (1914-1999) é um escritor de extraordinária originalidade e sutileza, marcado pela fluidez de sua prosa e por uma serena perfeição que nunca deixa de exaltar o amor como paixão suprema. Este volume das "Obras Completas" reúne pela primeira vez no Brasil seus textos escritos entre 1959 e 1971. Além dos livros "Grinalda de Amores", "O Lado da Sombra", "O Grão-Serafim", "A Outra Aventura", "Diário da Guerra do Porco" e "Memória sobre os Pampas e os Gaúchos", o volume traz ainda textos dispersos em diários, revistas ou publicações de distribuição limitada, inéditos no Brasil. Você pode comprar o livro "Obras completas de Adolfo Bioy Casares - Volume B" neste link.


Sobre o autor:
Adolfo Bioy Casares nasceu em Buenos Aires em 1914. De família abastada, iniciou sua carreira literária bastante jovem, com uma série de relatos impregnados de surrealismo. Sua obra de ficção, da qual se destacam "A Invenção de Morel" (1940), "O Sonho dos Heróis" (1954) e "Diário da Guerra do Porco" (1969), caracteriza-se fortemente pela trama elaborada. Funda em 1935 a revista "Destiempo" junto com Jorge Luis Borges, com quem escreveria vários volumes de ficção policial, mesclados com observações irônicas sobre a sociedade argentina e registrados sob diversos pseudônimos, sendo o principal H. Bustos Domecq. Bioy Casares morreu em Buenos Aires em 1999.

Título: "Obras completas de Adolfo Bioy Casares - Volume C"
Autor: 
Adolfo Bioy Casares
Organizador: 
Daniel Martino
Editora: 
Biblioteca Azul
Páginas:
952 
Formato: 16X23cm
Link na Amazon: https://amzn.to/3O9FE3r

.: "Saudade" é o álbum de estreia do violinisto brasileira Plínio Fernandes


O violonista brasileiro Plínio Fernandes, de 27 anos, lançou o primeiro álbum solo, “Saudade”. O álbum conta com os convidados especiais Sheku Kanneh-Mason no violoncelo para a fluida e lírica “Bachianas Brasileiras No. 5: I. Aria (Cantilena)”, de Villa-Lobos; Braimah Kanneh-Mason, no violino em “Menino”; e a renomada cantora Maria Rita numa interpretação de “O Mundo É Um Moinho”.

É possível ouvir Plínio Fernandes evocar seu amor por um lar distante, o Brasil, um amor saudoso que torna ainda mais tangível a expressão apaixonada de seu trabalho no violão. “Encontrei um lar em Londres e pretendo ficar”, diz ele, “mas o título ‘Saudade’ significa nostalgia, a falta de algo, que é literalmente o que sinto aqui. A maneira como me conecto com o Brasil e minha identidade como artista brasileiro é através da música”

Assim, Plínio apresenta um set virtuoso e altamente melódico que abrange uma ampla gama: desde os famosos “Cinco Prelúdios”, de Heitor Villa-Lobos - imponente representante da música clássica brasileira do século XX - até as canções atemporais de Antônio Carlos Jobim, Milton Nascimento, Jacob do Bandolim, Violeta Parra, Edu Lobo, Cartola e muito mais.


“Garota de Ipanema” - Plínio Fernandes


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