quarta-feira, 30 de novembro de 2022

.: Crítica: "Mundo Estranho" traz protagonismo gay e criaturas coloridas

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em novembro de 2022


As rusgas que agitam as relações entre pais e filhos estão na essência da nova animação Disney, "Mundo Estranho", em cartaz no Cineflix Cinemas. Com título escrito em fonte similar -não idêntica- ao clássico "DuckTales: Os Caçadores de Aventuras", em nada lembra a série animada exibida em canal aberto no final dos anos 80, salvo o fato de que, na nova produção, há também uma trama vivida em família que reserva muitas surpresas -geralmente de encher os olhos-, fazendo por vezes, lembrar o sucesso que voltará aos cinemas, "Avatar"

Em "Mundo Estranho", com o colorido combinado do modo mágico e encantador que a Disney sabe imprimir nas telonas como ninguém, o público é apresentado aos Clades, uma família lendária de exploradores. E, antes de chegar nos dias atuais, começa há 25 anos, quando pai e filho, Jaeger (Dennis Quaid) e Searcher (Jake Gyllenhaal) se desentendem durante uma expedição com um grupo. Afinal, Searcher -nome um tanto que sugestivo- não quer viver do jeito que o pai deseja. Objetiva ser fazendeiro, ou seja, enquanto um explora o outro prefere semear e colher. 


Sem perceber a importância das habilidades de cada um, o pai some e é dado como morto. Passados os 25 anos, Searcher é um fazendeiro importante da região, após colher Pando e salvar Avalonia. Orgulhoso do que construiu, tendo um casamento feliz com Meridian (Gabrielle Union), é pai de Ethan (Jaboukie Young‑White), garoto de 16 anos que sonha ser um explorador e é apaixonado por Diazo (Jonathan Melo). Nesse ponto, a trama remete e muito a história de conflito de gerações de "Procurando Nemo".

Tendo total aceitação dos pais e amigos no quesito romântico com Diazo, Ethan sofre por não ser ouvido por Searcher que tenta impor seus desejos ao filho, igual Jaeger tanto fez. Contudo, o destino bagunça a história quando promove um reencontro entre Jaeger e Searcher, incluindo a terceira geração, o jovem Ethan, que mostra uma terceira opção, Ainda que admire o vô explorador, Ethan acredita que é possível viver com respeito e harmonia -mesmo estando num mundo cheio de estranhas criaturas. 

Tanto é que Ethan faz amizade com um ser que parece um vírus de geleca, muito fofo e o batiza de Splat. Tal qual o E.T., Stitch, na cor azul, o ser não fala, mas se comunica muito bem, a ponto de ser um personagem importante para que a trama aconteça com fôlego. Diante da necessidade, os Clades vão encontrando formas de derrubar os muros das diferenças entre si, para que saiam vivos dessa jornada e, claro, salvem Avalonia.


"Mundo Estranho" faz referências a outras produções Disney, seja a mão estendida seguida da pergunta "confia em mim?", de "Aladdin", ou ainda apresenta o cachorro Lenda, que em muito lembra o companheiro peludo do príncipe Eric do clássico "A Pequena Sereia", Max. O grupo de seres de cores vibrantes que serve de "caminho" lembra as tarturugas em "Procurando Nemo" na corrente ou até a "ponte" de "Viva! A Vida é Uma Festa".

Contudo, "Mundo Estranho" reforça mais uma vez que de nada adianta estampar referências a clássicos Disney ou ter representatividade nos personagens, se a história não convence ou não envolve o suficiente. A nova produção simplesmente passa diante dos olhos, mas não acontece. Não emociona. Todavia, dá um show de colorido, principalmente nas criaturas. Vale pelo visual! 


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


"Mundo Estranho" (Strange World) 
Classificação: 10 anos
Ano de produção: 2022
Diretor: Don Hall
Duração: 1h41


.: "Viva! A vida é uma festa" celebra a família e emociona


Trailer



.: "Terça Insana": Grace Gianoukas em espetáculo gratuito no Teatro Paulo Eiró

A atriz Grace Gianoukas, Roberto Camargo, do elenco inicial, e a talentosa Agnes Zuliani, no elenco há vários anos, apresentam-se espetáculos gratuitos no Teatro Paulo Eiró. Foto: Annelize Tozetto

Atriz, autora e diretora de teatro, Grace Gianoukas sentia a responsabilidade social de buscar novas formas, novos terrenos, novos assuntos para se fazer humor, que pudessem traduzir as revoluções ocorridas no pensamento, no comportamento moderno. Acreditava que poderia fugir da pasteurização e buscar o humor crítico, contemporâneo, inteligente e inusitado. “Tínhamos que deixar de rir do outro para rirmos de nós mesmos”, explica.

Empenhada em oferecer alternativas, pesquisar e testar novos temas e estéticas para rir, proporcionar à classe artística, um espaço neutro, para libertar a criatividade onde se pudesse trocar e apresentar ideias sobre humor. Surgia a "Terça Insana", em 2001, e começava assim uma verdadeira revolução na cena teatral do humor brasileiro. Nestes espetáculos gratuitos no Teatro Paulo Eiró estarão no elenco Grace Gianoukas, Roberto Camargo, do elenco inicial, e a talentosa Agnes Zuliani, no elenco há vários anos.

No domingo, Grace sobe ao palco para o espetáculo "Grace em Revista", que comemora os 21 anos de lançamento do Projeto Terça Insana e comemora os 40 anos de carreira da artista, para o encerramento da turnê, que percorreu o país em 2022, sempre com espetáculos lotados.

Sozinha em cena, a atriz revela o caminho que percorreu para transformar o palco da comédia num espaço de questionamento, de guerra ao preconceito, de respeito às minorias e transformação social.  Em 70 minutos ela conta histórias vividas e revela o processo de criação que deu origem às suas criações icônicas. Entre elas:  Aline Dorel, Santa Paciência, Advogada do Diabo, Adolescente Girassol, Preguiça, Mulher Limão e Cinderela que pedem passagem para brilhar entre as histórias.


Sobre a atriz
Grace Gianoukas
é atriz, diretora, autora e produtora de eventos culturais. Cursou Artes Cênicas na UFRGS. Natural da cidade de Rio Grande, RS, estreou no teatro em Porto Alegre em 1983 com o espetáculo “O Acre vai à Rússia”. Mudou para São Paulo em 1984 e desde então vem atuando em teatro, televisão e cinema.

Na TV Cultura atuou em “Ra-tim-bum” e “Castelo Ra-tim-bum”. Na TV Globo atuou na “Escolinha do Professor Raimundo”, “Sex Appeal”, “Bang Bang”, “Guerra dos Sexos”, “Haja Coração”, “Amor e Sexo”, “Orgulho e Paixão” e “Salve-se Quem Puder”. No Multishow fez “Eu, Ela e Um Milhão de Seguidores”, “O Dono do Lar” e “Vai que Cola”. No Teatro participou como atriz de espetáculos como os premiadíssimos “Pequeno Mago” e “Além do Abismo do Grupo” do XPTO, “Amigo da Onça” e “Hortance, a Velha”.

Fundou sua própria companhia teatral Harpias e Ogros em 1985 onde criou produziu e atuou em dezenas de espetáculos até 1991. Em 2001 criou o revolucionário projeto de comédia "Terça Insana", onde até hoje atua, dirige e escreve. Recebeu o Troféu Açorianos pelo espetáculo "O Acre vai à Rússia", o Prêmio Mambembe de Melhor Atriz pelo espetáculo "O Pequeno Mago", Troféu Nelson Rodrigues de referência nacional no teatro e TV e o Premio Aplauso Brasil de Melhor Atriz pelo espetáculo "Grace Gianoukas Recebe". Em 2021 estreou O “L” Perdido.


Ficha técnica
"Grace em Revista"
Texto e interpretação: 
Grace Gianoukas
Apresentações: dia 4 de dezembro, às 19h
Duração: 100 minutos
Faixa etária: 14 anos
Visagismo: Cabral
Realização: Ventilador de Talentos
Entrada franca


Serviço:
"Terça Insana"
Grace Gianoukas | Roberto Camargo | Agnes Zuliani
Apresentações: dias 2 e 3 de dezembro, às 19h
Duração: 80 minutos
Faixa etária: 14 anos
Realização: Ventilador de Talentos
Entrada Franca

Teatro Paulo Eiró – 468 lugares
Avenida Adolfo Pinheiro, 765 - Santo Amaro
Telefone: (11) 5686.8440


.: "Olhos de Pixel", de Lucas Mota: romance vencedor do Prêmio Jabuti


Vencedor do Prêmio Jabuti na categoria Romance de Entretenimento, o livro "Olhos de Pixel" é lançado pela editora Plutão Livros. O livro, escrito por Lucas Mota, também foi finalista do Prêmio Odisseia de Literatura Fantástica e do Prêmio Leblanc de 2022. Ambientado em uma Curitiba futurística e cyberpunk, o romance leva o leitor em uma jornada sobre como podemos reafirmar nosso lugar no mundo e enfrentar os próprios preconceitos.

O romance gira em torno de Nina Santteles - mercenária, queer, habitante do submundo. O objetivo dela é resgatar o amor do filho adolescente e conseguir passagens só de ida para a colônia espacial Chang'e. Quando é detida pela polícia, recebe a oportunidade de capturar o hacker alvo da maior corporação-igreja do país em troca das tão desejadas vagas no paraíso.

O problema é que o hacker oferece o mesmo negócio, mas com um adendo: ela não precisará ir contra seus ideais se ajudar a enfrentar a igreja que quer banir a existência de pessoas como ela. Nina vai atravessar explosões e realizar feitos super-humanos para decidir se o preço de se redimir com o filho e dar a ele uma vida melhor vale tanto quanto provar para o mundo que sua existência não é um crime. Você pode comprar o livro "Olhos de Pixel" neste link.


Sobre o autor

Lucas Mota é escritor, vencedor do Jabuti 2022 com "Olhos de Pixel" (Plutão Livros, 2021). Também escreveu "Boas Meninas Não Fazem Perguntas" (financiamento coletivo, 2018) e "Todos os Mentirosos" (Amazon, 2016). Tem contos publicados na coletânea "Desencontros" (Elements, 2020) e na amazon. Nas horas vagas produz o podcast "Suposta Leitura". Compre o livro "Olhos de Pixel" neste link.

.: "O Menu": conheça os personagens, pois o jantar está na mesa!

Dirigido por Mark Mylod, a produção é estrelada por Ralph Fiennes, Anya Taylor-Joy e Nicholas Hoult


“O Menu”, novo thriller satírico da Searchlight Pictures que se centra no mundo da alta gastronomia, estreia dia 1 de dezembro nos cinemas nacionais. Na trama, um grupo de clientes viaja para uma pequena ilha americana na costa do Pacífico para desfrutar de um jantar exclusivo no aclamado restaurante Hawthorne, comandado pelo chef do momento, Julian Slowik (Ralph Fiennes). O encontro, no entanto, toma rumos inesperados quando a majestosa sucessão se transforma, aos poucos, em uma experiência cheia de tensão e segredos que vêm à tona.

Seja nas mesas do imponente salão ou na imaculada cozinha do Hawthorne, “O Menu” apresenta uma coleção de personagens tão requintados quanto as preparações de Slowik. Para o diretor Mark Mylod, selecionar o elenco que dá vida a esses personagens foi um desafio divertido e muito gratificante. “Tive muita sorte com o elenco, mas há um velho ditado que diz que quando os roteiros são bons, coisas boas acontecem. Uma dessas coisas boas foi Mary Vernieu, a diretora de casting, que é fantástica. Descrevi o tom e a forma como queria trabalhar para ela, bem no estilo Robert Altman, com todos em cena o tempo todo. Precisa de atores que fossem rápidos e seguros para fazer isso e também abrir espaço para improvisação”, diz Mylod.

JULIAN SLOWIK, O CHEF

À frente e ao centro do mundo de Hawthorne está Julian Slowik, o chef que está no auge de sua carreira profissional, mas que está à mercê dos investidores do restaurante e tem sentimentos conflitantes em relação à sua clientela de elite. “Slowik é um perfeccionista e trabalha constantemente para manter um nível muito elevado para as pessoas que não o valorizam”, diz o ator Ralph Fiennes, que interpreta o chef.

“O que é fantástico na performance que Ralph faz de Slowik é que em vez de ser obviamente louco, ele nos faz sentir uma certa empatia, porque ele ama tanto o que faz, mas ao mesmo tempo é um pouco maluco”, diz Anya.

Mylod, por sua vez, acrescenta: “Slowik é um personagem bastante complexo. Queria mostrar a dedicação que ele tem para que sua arte seja mais elevada e inovadora, a ponto de colocar sua própria vida em risco; por isso o que ele faz é cativante e extraordinário. Para Ralph e para mim, era essencial não apresentar o personagem como uma caricatura. Queríamos encontrar sua humanidade, sua dor e entender suas ações, não para justificá-las, mas talvez para dar-lhes um contexto e autenticidade”.

Para dar vida ao chef, Fiennes voltou-se a várias fontes de inspiração, incluindo a série documental Chef’s Table e as experiências da renomada chef com estelas Michelin Dominique Crenn, que esteve presente no set de filmagens como consultora e inclusive criou o menu que faz parte da história.

UM CASAL DISTANTE

Entre os diversos clientes que vão ao Hawthorne, o casal com poucos interesses em comum, formado por Margot (Anya Taylor-Joy) e Tyler (Nicholas Hoult), é um dos destaques. Enquanto ela chega ao local sem o mínimo interesse nas preparações de Slowik e desdenhando da pretensão da experiência, ele é obcecado por culinária e fã número um do chef.

Hoult compartilha sua visão de seu personagem: “Para ele, conseguir ir a este restaurante é um sonho realizado. Ele planejava ir com sua namorada, mas ela terminou com ele, então levou Margot, porque não há mesas para um no Hawthorne. Tyler é um personagem que você pode gostar em algum momento, por causa de sua paixão e do prazer que tem em estar no restaurante, mas também é alguém com grades problemas psicológicos”.

Taylor-Joy, por sua vez, confessa que gostou muito de interpretar Margot. “Ela é durona, divertida, mas muito, muito rápida. Ela conhece seu trabalho, que é descobrir o que a pessoa que está com ela quer e se tornar esse ideal. Foi muito divertido interpretá-la”, diz.

UM DIVERSIFICADO GRUPO DE CLIENTES

Durante o jantar de “O Menu”, a equipe do Hawthorne serve um grupo de clientes dividido em seis mesas. Cada um representa um tipo de pessoa que despertou raiva ou desrespeitou o chef Slowik, desde ex-clientes que pararam de frequentar seus restaurantes até pomposos críticos gastronômicos que acham que sabem de tudo.

De um lado, a renomada e arrogante crítica gastronômica Lillian Bloom, interpretada pela premiada atriz Janet McTeer (Ozark; Albert Nobbs). As críticas de Bloom têm o poder de elevar o destruir para sempre a carreira de um chef. Juntando-se a ela está Ted (Paul Adelstein), seu submisso editor.

Em outra mesa está uma egocêntrica e irritante estrela de cinema (John Leguizamo), que está ansiosa para dar um salto em sua estagnada carreira de ator com a oportunidade de fazer um programa de viagens e gastronomia. O ator chega ao Hawthorne com sua assistente Felicity (Aimee Carrero), uma jovem que só pensa em largar o emprego e a relação tóxica de trabalho que tem com o ator.

Dois outros clientes da noite são Richard e Anne (Reed Birney e Judith Light), um casal rico que é frequentador regular do Hawthorne, mas que não parece gostar da companhia um do outro ou da experiência oferecida por Slowik.

Completando a clientela da noite está um trio de jovens executivos da indústria da tecnologia formado por Bryce (Rob Yang), Soren (Arturo Castro) e Dave (Mark St. Cyr). Com seus bolsos cheios e atitudes arrogantes, ele vão ao Hawthorne dispostos a gastar fortunas e exigir o serviço que acreditam merecerem por suas posições de poder.

“Todos esses personagens são desagradáveis em muitos aspectos, mas, de uma forma estranha, também fazem você querer passar um tempo com eles, por algum motivo você se identifica com eles”, diz Nicholas Hoult.

A EQUIPE DO HAWTHORNE

Na cozinha do Hawthorne, uma equipe comandada por Slowik trabalha como uma orquestra infalível. Com veneração ao chef e uma dedicação absoluta ao restaurante, todos se comportam de uma maneira um tanto insana.

À frente da equipe e como braço direito de Slowik está Elsa (Hong Chau), uma mulher rigorosa e formal que faz tudo o que o chef manda e nunca questiona suas diretrizes. A complexidade e obscuridade de Elsa desperta intrigas na história. Com ela na linha de frente do restaurante estão o sommelier (Peter Grosz) e os sous chefs Katherine (Christina Brucato) e Jeremy (Adam Aalderks). A relação entre o chef Slowik e sua equipe é a prova de como eles acreditam firme e plenamente em sua visão. Os funcionários seguem o plano para a noite, independentemente das possíveis consequências.

Assim como seus personagens “O Menu” não é o que parece ser à primeira vista. Conduzidos pela equipe do Hawthorne, cada prato do suntuoso menu de degustação do Slowik revela um novo aspecto da história, levando o espectador a uma inesperada e tempestuosa aventura, que é tão sombria e perturbadora, quanto extremamente divertida.

“O Menu” estreia dia 1 de dezembro nos cinemas.

Trailer:

.: Drama alemão "Plano A", baseado em história real do holocausto, nos cinemas

Na quinta-feira, dia 1º de dezembro, o drama alemão "Plano A" (Plan A), dos cineastas e roteristas Doron Paz e Yoav Paz (ambos do filme "A Lenda de Golem"), estreia exclusivamente nos cinemas brasileiros com distribuição da A2 Filmes. O filme chegará aos cinemas de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Brasília e Salvador.

Estrelado por August Diehl ("Bastardos Inglórios" e "Uma Vida Oculta"), Sylvia Hoeks ("Blade Runner 2049" e da série "See"), Michael Aloni ("Além da Fronteira") e Milton Welsh ("O Grande Hotel Budapeste"), o filme se passa em 1945, onde um grupo de sobreviventes judeus do Holocausto planeja envenenar o sistema de água na Alemanha. Baseada em uma história real, esta é a história de uma perigosa e ousada operação secreta chamada Plano A.

No período pós-guerra, um grupo de judeus germano-poloneses e sobreviventes do Holocausto, ao mesmo tempo, planejam manipular o abastecimento de água em várias grandes cidades da Alemanha ocupada, envenenando a água potável, em retaliação ao Holocausto e outros crimes cometidos durante o período da Segunda Guerra Mundial.


Comentários dos diretores, Yoav e Doron Paz


Ao fazer a pesquisa para o filme, tivemos muitas horas de conversas com as pessoas que tiveram um papel ativo nesse plano de vingança monstruoso. Tendo perdido suas famílias inteiras e tendo sobrevivido a um horror inimaginável, esses homens e mulheres não viram que tinham um futuro pelo qual viver.

Preencher-se com os sentimentos primitivos de ódio e vingança era uma maneira de continuar e encontrar um propósito. Olhando para o mundo de hoje, também sentimos que este é um elemento muito atual em nossa história.

Enquanto escrevíamos esses personagens, era importante para nós retratá-los como um homem e uma mulher que já foram cheios de vida, mas, depois que os nazistas mataram toda a sua família e seis milhões de outros judeus, eles se transformaram em pessoas dispostas a tirar a vida de milhões.

Por um lado, são vigilantes furiosos e desesperados, mas, por outro, são seres humanos cheios de paixão pela vida. É importante para nós contar esta história como um thriller histórico emocionante. Nosso objetivo é contar essa história o mais longe possível dos “filmes do Holocausto” tradicionais. 

Achamos que essa combinação de cinema de gênero moderno – alta-tensão e drama cheio de ação – combinado aos elementos profundamente emocionais e profundos dessa incrível história verdadeira transformam este trabalho, de um longa de arte "comum", em um filme verdadeiramente significativo, importante e divertido. Uma produção que pode atingir um público muito amplo.

Somos a primeira geração que finalmente consegue fazer um filme sobre o "Plano A" e nos sentimos profundamente honrados em contar a história dessas pessoas corajosas que acabaram escolhendo a vida em vez de vingança e destruição. Também achamos que este assunto é relevante para o clima social e político em nosso mundo nos dias de hoje.


Filme: Plano A (Plan A)

Direção: Doron Paz, Yoav Paz

Roteiro: Doron Paz, Yoav Paz

Produção: Minu Barati, Skady Lis

Elenco: August Diehl, Sylvia Hoeks, Michael Aloni, Nikolai Kinski, Milton Welsh, Oz Zehavi, Yoel Rozenkier, Ishai Golan

País: Alemanha, Israel

Ano de produção: 2021

Gênero: Drama, Suspense

Duração: 109min (IMDb)


Trailer




.: Gabriela Rivero, a professora Helena da "Carrossel" mexicana, vem ao Brasil


A atriz e cantora mexicana Gabriela Rivero, que interpretou a Professora Helena na versão original da novela "Carrossel" (Televisa / 1989-1990), vem ao Brasil em janeiro para participar de um evento com fãs brasileiros. No evento, Gabriela Rivero vai contar histórias e curiosidades sobre sua carreira de atriz e cantora, participará de uma sessão de perguntas e respostas e ao final do evento ainda vai tirar fotos com todos os participantes.

Na ocasião também vai visitar alguns programas de TV e entrevistas para outras mídias. O “Encontro com Gabriela Rivero” acontecerá no dia 21 de janeiro, às 14h, em um hotel da capital paulista. Os ingressos já estão disponíveis para venda com o preço único de R$ 60. Site de vendas:  https://vamoapp.com/events/15126/gaby-rivero-em-sao-paulo.

terça-feira, 29 de novembro de 2022

.: Crítica: "Sra. Harris Vai a Paris" é conto de fadas sobre fazer o bem

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em novembro de 2022


Em tempos conturbados em que a prática da bondade é cada vez mais escassa, "Sra. Harris vai a Paris",  leva para as telonas do Cineflix Cinemas, um conto de fadas delicado e tocante, protagonizado por uma Mary Poppins com pouco mais de idade que, apesar das dificuldades que a vida traz, espalha o bem. Contudo, a produção dirigida por Anthony Fabian, baseado no livro de Paul Gallico, é essencialmente uma versão do conto da "Cinderella", ambientado nos anos 50, sendo a Sra. Ada Harris (Lesley Manville) uma faxineira sonhadora que embarca em uma aventura até Paris para comprar um vestido de alta costura Dior. 


Inicialmente, ela segue a rotina de trabalho e fica à espera do marido, Eddie Harris. Leva na bolsa, um embrulho que faz suspense sobre o que há dentro. Sem abrir, conversa com o pacotinho, pois não sabe se são notícias boas ou ruins de seu parceiro que está lutando na guerra. Contudo, ao lado da amiga e também empregada doméstica, Vi (Ellen Thomas), Ada descobre estar viúva. No entanto, recebe uma bolada por pensão acumulada.


Com dinheiro, mas sozinha, a amizade é capaz de devolver o sorriso no rosto da sonhadora que, um dia, na casa de uma empregadora que não honra o pagamento, vê um vestido Dior lilás, cheio de apliques -que mais parece de princesa de conto de fadas. Determinada, Ada estabelece metas, anotando cada pagamento, tira o passaporte para Paris, compra a passagem de avião, dando até para apostar em cachorros de corrida. Entre momentos de sorte e azar, ela embarca com roupas simples e uma mala rumo a realização do sonho que muitos caçoam.


No destino, avista a Torre Eifel ao longe e vai caminhando do aeroporto até o prédio da Dior. Lá, ajuda a modelo Natasha (Alba Baptista) -com um estilo bastante similar ao de Audrey Hepburn em "Bonequinha de Luxo"- que leva um encontrão da ricaça Madame Avallon (Guilaine Londez). Ao correr atrás da modelo que esqueceu a bolsa, Ada sobe vários lances de escadas e se depara com um desfile exclusivo da coleção de dez anos da Dior. Faz amizade com André (Lucas Bravo), o contador da Dior, mas incomoda a diretora da Dior, Claudine (Isabelle Huppert), uma vez que Ada, uma faxineira, entra no mundo exclusivo da alta costura. 


Enquanto vive o sonho de contos de fadas, leva o público pelas mãos para testemunhar o mundo incrível da alta costura. Tal qual uma fada madrinha, Ada trabalha pelo bem daqueles que a cercam, inclusive tenta ser o cupido de Natasha e André. Ainda que o cotidiano traga o peso e a dureza da realidade, "Sra. Harris Vai a Paris", não se perde. O longa é descaradamente um conto de fadas que mostra a necessidade de fazer o bem ao próximo que sempre atrairá retornos positivos. O filme com roteiro de Anthony Fabian, Carol Cartwright, Olivia Hetreed e Heith Thompson é um lindo afago cinematográfico que reforça a prática do bem. Afinal, um dia colheremos o que plantamos. Imperdível!

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


"Sra. Harris Vai a Paris" ("Mrs. Harris Goes to Paris")
Classificação: 12 anos
Gênero: drama/comédia
Distribuidora: Universal Pictures
Direção: Anthony Fabian
Roteiro: Anthony Fabian, Carol Cartwright, Olivia Hetreed e Heith Thompson
Duração: 1h56
Elenco: Lesley Manville, Alba Baptista, Lucas Bravo, Rose Williams, Jason Isaacs, Isabelle Huppert, Lambert Wilson, Ellen Thomas, Freddie Fox, Anna Chancellor, Roxane Duran, Philippe Bertin, Delroy Atkinson, Guilaine Londez, Panka Murányi, Christian McKay, Balázs Csémy, Jeremy Wheeler, Barnabás Réti, Declan Hannigan, Ben Addis, Péter Végh, Igor Szász, Zsolt Páll, Harry Szovik, Barney Pilling, Bertrand Poncet e Vincent Martin. 


Trailer




.: "A Nova Revolução Sexual": Feminismo com poder de transformar

Escritora e jornalista britânica premiada, Laurie Penny analisa a influência da masculinidade tóxica e sua ligação com a ascensão da extrema-direita no mundo


Nesta época de crise, de colapso planetário e tiranos reacionários, estamos presenciando uma transformação muito produtiva: mudanças profundas e permanentes no modo como definimos gênero, sexo e consentimento, assim como seus aspectos políticos no mundo contemporâneo. É o que afirma a jornalista Laurie Penny, reconhecida por suas análises sobre feminismo e gênero, além de seu trabalho como ativista. Penny diz também que estamos num momento de desobediência criativa. Em seu novo livro, "A Nova Revolução Sexual", lançamento da Editora Cultrix, ela analisa como o feminismo pode ser a chave para essa transformação urgente.

Fruto de uma pesquisa de mais de 13 anos e baseada na celebrada série de artigos da autora para o site Longreads, esta obra conta com referências de autores conhecidos por refletir sobre o tema, como Shulamith Firestone, Kimberlé Crenshaw, Silvia Federici, Wilhelm Reich e Michel Foucault. O pensamento reacionário, conservador e tirano não aceita mudanças que possam impactar a supremacia masculina, branca e estereotipada que há séculos rege o planeta, por isso, precisamos reimaginar maneiras de organizar o cuidar das pessoas, as formas como encaramos a reprodução humana e as relações de trabalho, bem como de reconstruir e manter a nossa espécie”, diz a autora.

Penny analisa neste livro como essas mudanças, que já se encontram em andamento, afrontam as certezas sociais e econômicas que determinam o funcionamento da sociedade, ameaçam as estruturas de poder vigentes e debilitam a autoridade das instituições tradicionais, desde o mercado de trabalho assalariado até a constituição da família nuclear. Ao longo da obra, a autora discorre, com um discurso radical, porém coerente e com profundidade, sobre democracia, gênero (a autora se declara não binária) e sobre a importância de uma nova política sexual para todas pessoas, sejam elas não-brancas, pretas ou brancas.


“Esta é uma história sobre a escolha entre o feminismo e o fascismo. É uma história sobre sexualidade e poder, trauma, resistência e persistência. É uma história sobre o trabalho, quem o faz e por quê. É uma história sobre como é possível ligar a crise da democracia à da masculinidade branca e sobre como a ascensão da extrema direita é uma resposta a ambas. E no centro dessa narrativa está uma ideia simples. Estamos vivendo, todos nós, uma mudança de paradigma na relação de poder entre os gêneros.”

– da Introdução


“O novo livro de Laurie Penny anuncia corajosamente que a nova revolução sexual feminista está aqui; estamos no meio de uma mudança fundamental dos papéis de gênero e sexuais em nossa sociedade. Cativante, enfático e profundamente inspirador, “A Nova Revolução Sexual” me deu grande ânimo ao retratar as possibilidades do momento atual.”

 – EVE ENSLER, autora do best-seller "Os Monólogos da Vagina" e de "O Pedido de Desculpas", publicado pela Editora Cultrix 

Você pode comprar "A Nova Revolução Sexual", de Laurie Penny aqui: amzn.to/3U94Aes

Sobre a autora: Laurie Penny é escritora, jornalista e roteirista britânica. Escreve sobre cultura para a revista Wired, e seus aclamados artigos e ensaios apareceram em publicações como The Guardian, The New Statesman, The New York Times, The Baffler, Longreads, Time e muitas mais. Formou-se pelo programa Nieman Foundation Fellows, da Harvard University, e pelo Workshop de Escritores Clarion West. "A Nova Revolução Sexual" é seu nono livro.

Sobre o Grupo Editorial Pensamento: Desde 1907, o Grupo Editorial Pensamento publica livros para um mundo em constante transformação e aposta em obras reflexivas e pioneiras. Na busca desse objetivo, construímos uma das maiores e mais tradicionais empresas editoriais do Brasil. Hoje, o Grupo é formado por quatro selos: Pensamento, Cultrix, Seoman e Jangada e possui em catálogo aproximadamente 2 mil títulos, publicando cerca de 80 lançamentos ao ano. Ao longo de sua trajetória, o Grupo Editorial Pensamento aposta em mensagens que procuram expandir o corpo, a mente e o espírito. Mensagens que emanam energia positiva e bem-estar. Mensagens que equilibram o ser. Mensagens que transformam o mundo.


Livro: A Nova Revolução Sexual

Autora: Laurie Penni 

Editora: Cultrix

360 páginas

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.: “O Presente”: celebrando a Magia com Fabi Bang na canção “Um Pouco Mais”

A música “Um Pouco Mais” faz parte do curta festivo “O Presente”, que acompanha a família já conhecida pelo público se preparando para o Natal e para a chegada de um novo bebê. Ouça agora!


Como parte da campanha "Celebrando a Magia", a Disney lançou recentemente um novo curta-metragem mágico de final de ano: “O Presente” - disponível no Youtube e no Disney+. O curta conta com a atriz e cantora Fabi Bang interpretando a música "Um Pouco Mais" na versão em português – lançada oficialmente hoje, 28 de novembro, nas principais plataformas de áudio e no Youtube com um clipe dedicado. A canção original ("A Little More") é interpretada por Jessica Darrow, voz de Luisa Madrigal ("Encanto").

Com a narrativa musical na voz de Fabi Bang, o curta de três minutos celebra o conforto que as histórias trazem às famílias durante tempos de mudanças e como elas aprofundam seus laços por meio da união, além de ser a última parte da trilogia da Disney “Da Nossa Família Para a Sua”, que apresenta momentos da vida da personagem Nicole. O primeiro curta, “Lola”, foi lançado em 2020 e a sequência “Pai de coração” em 2021. Agora, a Nicole e sua família se preparam para mais uma época de festas e para a emocionante chegada de um novo bebê. 

Fabi Bang, nascida no Rio de Janeiro, é atualmente um dos maiores nomes no teatro musical brasileiro. Com uma vasta carreira no meio artístico, a atriz ficou conhecida por sua atuação como Glinda na montagem brasileira do espetáculo da Broadway: “Wicked”, e hoje está em cartaz com “A Pequena Sereia”, no Teatro Santander, como protagonista. Além disso, a artista já participou de outros projetos Disney, como o musical “A Bela e a Fera” (2009) e “Disney In Concert” (2022).

Apoio à Make-A-Wish®: A campanha “Celebrando a Magia”, da Disney, apoiará mais uma vez a aliança com a Make-A-Wish®. São mais de 40 anos contribuindo para levar esperança, força e alegria para as crianças e suas famílias.

Desde 2020, a Disney tem um apoio comprometido no valor de mais de US$ 4 milhões como parte das campanhas de final de ano para a Make-A-Wish® e sua rede de afiliados no mundo inteiro. O apoio, formado por doações financeiras, valor de mídia e donativos em espécie, é uma contribuição para que a instituição continue realizando desejos de crianças com enfermidades graves em todo o mundo, bem como representa o compromisso contínuo da Disney de inspirar um mundo melhor por meio do poder das histórias.

A criação do curta animado deste ano, “O Presente”, desempenhou também um papel na realização de três sonhos de crianças Make-A-Wish® na Europa, Itália e Austrália. Os fãs atentos poderão identificar três Easter Eggs, incluindo o design do casaco do Sanka, o cão da família - visto na cena da patinação no gelo - que foi criado por uma menina de 12 anos do Reino Unido, chamada Sienna, que tem o sonho de ser Designer de Moda.


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Assista “Um Pouco Mais”:


Assista "O Presente"


.: Cara e Coragem: Rafael Cardoso comenta participação como Rômulo

O empresário Rômulo chega para disputar o amor de Pat com Moa. Foto: Globo


Rafael Cardoso está de volta à tv para uma participação em "Cara e Coragem". Longe das novelas desde "Salve-se Quem Puder", o ator dia 29, na trama de Claudia Souto como Rômulo, um empresário misterioso que surge na história como um dos clientes da Coragem.Com. Em busca de contratar os serviços da empresa de dublês para uma campanha, ele conhecerá Pat (Paolla Oliveira) e ficará encantado por sua beleza a ponto de querer contratar a dublê como modelo exclusiva de sua marca. 

Aos 37 anos, o ator comemora o retorno às novelas e comenta parceria com Paolla Oliveira com quem dividiu a cena em "Além do Tempo", sucesso exibido em 2015. “Foi um convite inesperado. Natalia (Grimberg, diretora artística) me chamou. É a primeira vez que trabalhamos juntos. A equipe toda da novela é incrível assim como o Adriano Melo, diretor geral, um cara que guardo no coração por ter dirigido a minha primeira cena em novelas. Além dele, o reencontro com Paolla, que é uma parceira incrível nesta caminhada. Fui muito bem acolhido por todos e o que eu posso adiantar é que o Rômulo é um mistério e guarda alguns segredos. Ele é obstinado e vai lutar de todas as formas para conquistar a Pat”, adianta.

Rômulo surge num momento em que Pat está fragilizado após o término do relacionamento com Moa (Marcelo Serrado). Triste com a situação, a mãe de Gui (Diogo Caruso) e Sossô (Alice Camargo) não pensa em engatar uma nova relação, mas o charme do empresário deixará Pat balançada. Logo que ele chega à Coragem.Com, Moa demonstra uma desconfiança e antipatia pelo empresário. Mas Armandinho (Rodrigo Fagundes) e Rico (André Luiz Frambach) comemoram o interesse do investidor e acreditam que o fechamento do contrato será ótimo para a empresa.  Ítalo (Paulo Lessa), sempre cauteloso, prefere observar a movimentação e ‘estuda’ Rômulo antes de tirar suas conclusões. Confira a entrevista com o ator Rafael Cardoso!

 

Como surgiu o convite para fazer "Cara e Coragem"?

RAFAEL CARDOSO: Foi um convite inesperado. Natália (Grimberg) fez o convite pra mim e eu aceitei na hora. Muito feliz de trabalhar pela primeira vez com ela e ter a oportunidade de conviver novamente com o Adriano (Melo, diretor geral), que é um cara que guardo no coração por ter dirigido a minha primeira cena em novelas. Enfim estou em casa! Também é meu primeiro encontro de trabalho com a autora Claudia Souto.

 

O que mais te chama a atenção no Rômulo? O que você pode nos adiantar sobre o personagem? 

RAFAEL CARDOSO: Rômulo é um mistério. Ele é um grande empresário que se encanta por Pat, deixando-o maluco. E o que eu posso adiantar  é que ele guarda alguns segredos... 

 

Você e Paolla Oliveira já trabalharam anteriormente como em ‘Além do Tempo’. Como foi  retomar essa parceria?

RAFAEL CARDOSO: A Paolla é uma irmã ganhei nessa caminhada. Já trabalhamos outras vezes então isso facilita todo o processo quando a gente entra numa equipe em que estão todos muito entrosados e em sintonia. É muito bom estar em cena e conviver com ela. Uma grande parceira e já fizemos cenas bem bacanas.

 

"Cara e Coragem" marca o seu retorno aos estúdios de gravação desde o término de ‘Salve-se Quem Puder’. Como foi retomar o dia a dia de gravações?

RAFAEL CARDOSO: É bom demais estar de volta ao estúdio, à rotina de gravações. Pra mim está sendo muito importante e prazeroso viver isso novamente, gravando todos os dias. Retornar e lembrar de tudo o que vivi aqui dentro ao longo desses anos. Enfim, estou vivendo um momento único e dando valor a cada segundo depois de dois anos fora desta rotina.

       

Quais são seu próximos planos e o que você espera de 2023?

RAFAEL CARDOSO: Já estou com alguns projetos engatilhados para o próximo ano. Para 2023 espero que possamos continuar com saúde, sair dessa turbulência política, e sermos felizes!

 

"Cara e Coragem", uma comédia romântica de ação embalada por aventura e mistérios, é criada e escrita por Claudia Souto com direção artística de Natalia Grimberg. A obra é escrita com Isadora Wilkinson, Julia Laks, Wendell Bendelack e Zé Dassilva. A direção geral é de Adriano Melo com direção de Oscar Francisco, Cadu França, Mayara Aguiar e Matheus Malafaia. A produção é de Mônica Fernandes e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim. A novela das sete é reexibida de segunda a sexta após o "Conversa com Bial" e aos sábados após "Supercine".


segunda-feira, 28 de novembro de 2022

.: Prêmio Jabuti: "O Som do Rugido da Onça", de Micheliny Verunschk


"O Som do Rugido da Onça"
, de Micheliny Verunschk, lançado pela Companhia das Letras é o vencedor do Prêmio Jabuti na categoria Romance Literário. Embebida de lirismo, a obra joga luz sobre a história de duas crianças indígenas raptadas no Brasil do século XIX.

Em 1817, Spix e Martius desembarcaram no Brasil com a missão de registrar suas impressões sobre o país. Três anos e 10 mil quilômetros depois, os exploradores voltaram a Munique trazendo consigo não apenas um extenso relato da viagem, mas também um menino e uma menina indígenas, que morreriam pouco tempo depois de chegar em solo europeu.

Em seu quinto romance, Micheliny Verunschk constrói uma poderosa narrativa que deixa de lado a historiografia hegemônica para dar protagonismo às crianças — batizadas aqui de Iñe-e e Juri — arrancadas de sua terra natal.

Entrelaçando a trama do século XIX ao Brasil contemporâneo, somos apresentados também a Josefa, jovem que reconhece as lacunas de seu passado ao ver a imagem de Iñe-e em uma exposição. Com uma prosa lírica, este é um livro sem paralelos na literatura brasileira ao tratar de temas como memória, colonialismo e pertencimento. Você pode comprar "O Som do Rugido da Onça" neste link.


O que disseram sobre o livro
"Um romance que expande as fronteiras da arte literária ao trazer memória, argumentos antropológicos e o melhor que a ficção pode nos oferecer." Itamar Vieira Junior, autor de "Torto Arado" e "Doramar e a Odisseia"


Sobre a autora
Micheliny Verunschk nasceu em 1972, em Pernambuco. Escritora e historiadora, venceu o Prêmio São Paulo de Literatura com "Nossa Teresa: Vida e Morte de Uma Santa Suicida" (Patuá, 2014), foi duas vezes finalista do Prêmio Rio de Literatura, além de finalista do antigo Prêmio Portugal Telecom, hoje Prêmio Oceanos. Compre "O Som do Rugido da Onça" neste link.

.: “Duetos", de Peter Quilter: comédia com Patricya Travassos e Marcelo Faria

Após o sucesso no Rio de Janeiro, Curitiba e Belo Horizonte, a temporada paulista de “Duetos", comédia de Peter Quilter no Teatro Raul Cortez, vai até 18 de dezembro, com apresentações às sextas e sábados, às 21h, e domingo, às 18h. O espetáculo conta com Patricya Travassos e Marcelo Faria no elenco, além da direção de Ernesto Piccolo, figurino de Claudio Tovar e trilha sonora de Rodrigo Penna. Encenada em mais de 20 países e traduzida para dez idiomas, a peça do premiado dramaturgo britânico recebe sua primeira montagem no Brasil. Foto: André Wanderley

"Duetos", peça do premiado dramaturgo britânico Peter Quilter encenada em mais de 20 países e traduzida para dez idiomas, recebe sua primeira montagem no Brasil, no Teatro Raul Cortez. Após o sucesso no Rio de Janeiro, Curitiba e Belo Horizonte, a temporada paulista vai até 18 de dezembro, com apresentações às sextas e sábados, às 21h, e domingo, às 18h. O espetáculo conta com Patricya Travassos e Marcelo Faria no elenco, além da direção de Ernesto Piccolo. 

O texto de Quilter examina e retrata de forma cômica o mundo caótico dos relacionamentos modernos, onde a grama do vizinho é sempre mais verde que a nossa, através de quatro histórias de uma mulher e um homem - não necessariamente casais - às voltas com seus próprios desejos e traumas em busca do amor, e enfrentando a solidão. “Duetos” é apresentado e patrocinado pela Brasilcap, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com produção geral e realização da Inova Brand.

"A peça, na sua essência, fala de solidão mesmo, e de uma forma muito divertida. Das relações mais diversas que o ser humano experimenta para tornar a solidão menos dolorosa. São os encontros às escuras; a secretária e o patrão que têm uma relação de amor em que só não casam, não transam; o casal que vai separar, vai experimentar a solidão, mas não consegue; e por fim a noiva que está casando pela terceira vez, e dá tudo errado. É uma lente de aumento, uma sátira dessas situações", conta Ernesto Piccolo.


Elenco e direção
A atriz, autora e apresentadora Patricya Travassos dispensa apresentações: mais de 40 anos de carreira, 35 novelas, dez filmes, nove peças de teatro, três livros publicados, mais de 30 músicas compostas. "Eu amo comédia. Adoro assistir e adoro fazer comédia. E ter quatro histórias na mão é muito divertido. Quatro personagens, quatro pensamentos, quatro carências, quatro caracterizações. Está sendo muito rico pra mim. Estamos chegando a lugares muito divertidos e ao mesmo tempo muito profundos - apesar de engraçados, os personagens falam de emoções muito humanas. Está sendo um presente nesse momento difícil, saindo da pandemia. Precisamos rir, mais do que nunca. Precisamos ir ao teatro. A nossa classe foi muito prejudicada nesses últimos anos, então eu espero que seja um sucesso", afirma Patricya Travassos.

Marcelo Faria também é conhecido pelos seus mais de 30 anos de carreira, 35 novelas, 5 filmes e 10 peças de teatro, entre elas “Dona Flor e Seus Dois Maridos”, que ficou 5 anos em cartaz, e “Razões para Ser Bonita”, ao lado de Ingrid Guimarães, durante três anos. "Este projeto por si só já é um desafio para qualquer ator. Interpretar num mesmo espetáculo quatro personagens já é estimulante, mas não para por aí. São quatro histórias distintas com um mesmo enredo - encontros e desencontros, solidão e a busca pelo amor e por um/a companheiro/a ideal. Nos diverte tanto que com certeza divertirá quem estiver na plateia. Eu sempre adorei desafios, e o palco me desafia sempre. Quatro personagens. Quatro trocas de roupa em cena, camarim aberto, e uma companheira que é uma mestra da comédia", completa Marcelo Faria.

Ernesto Piccolo é ator e diretor com mais de 30 anos de carreira. Entre seus recentes trabalhos como diretor de teatro estão “D.P.A. - Detetives do Prédio Azul, A Peça”; “Divã”; “Doidas e Santas”; “A História de Nós Dois”; “Simples Assim”, de Martha Medeiros”; “O Ovo de Novo - Galinha Pintadinha”; “Andança - Beth Carvalho, o Musical”. Desde 2010 dirige o festival de diversidade cultural Tangolomango, que reúne grupos culturais populares, tradicionais e contemporâneos, de várias partes do Brasil e da América Latina.


A montagem
O cenário de J.C. Serroni apresenta, em cada lateral do palco, um camarim onde atriz e ator farão, às vistas do público, suas trocas de roupa para cada cena. As próprias trocas são pequenas cenas individuais. De acordo com a luz, estes camarins estarão ora visíveis, ora invisíveis. Os demais elementos serão mudados a cada cena. Os figurinos são de Claudio Tovar, a iluminação de Aurélio de Simoni e a trilha sonora de Rodrigo Penna.


Peter Quilter
Nascido em Colchester, Inglaterra, Peter Quilter é dramaturgo do West End londrino e da Broadway. As suas peças foram traduzidas para 30 idiomas e apresentadas em mais de 40 países. Atualmente, Quilter tem mais de 14 produções ativas acontecendo pelo mundo, totalizando mais de 30 espetáculos realizados.

Uma das produções de grande destaque é o espetáculo “End of the Rainbow”, que foi adaptado para o filme vencedor do Oscar “Judy” (2019), estrelado por Renée Zellweger.  Ele também é autor da comédia “Glorious!”, de West End e Broadway, adaptada para o filme “Florence Foster Jenkins” (2016), dirigido por Stephen Frears e estrelado por Meryl Streep.

Ficha técnica:
"Duetos"
Texto:
Peter Quilter
Direção: Ernesto Piccolo
Tradução: João Polessa Dantas
Adaptação do texto: Patricya Travassos e Ernesto Piccolo
Elenco: Patricya Travassos e Marcelo Faria
Cenário: J.C. Serroni
Figurino: Claudio Tovar
Iluminação: Aurélio de Simoni
Trilha sonora: Rodrigo Penna
Preparação corporal: Daniella Visco
Visagismo: Rafael Senna
Direção de arte gráfica, foto e vídeo: Mauricio Tavares
Registro fotográfico: André Wanderley
Assessoria de imprensa: JSPontes Comunicação e Carlos Pinho
Casting: Kananda Raia
Direção de produção: Claudio Tizo
Produção administrativa: Filomena Mancuzo
Produção executiva geral e administração: Sérgio Lopes - Inova Brand
Produção geral e marketing: Mauricio Tavares - Inova Brand
Realização: Inova Brand, Secretaria Especial da Cultura e Ministério do Turismo
  

Serviço:
"Duetos"
Em cartaz até dia 18 de dezembro.
Teatro Raul Cortez - Fecomercio -
Rua Doutor Plínio Barreto, 285 - Bela Vista / São Paulo
Telefone: (11) 3254-1731
Horários: sextas e sábados às 21h, domingo às 18h
Ingressos: R$120 e R$60 (meia); ingresso popular (10% capacidade) R$50 e R$25 (meia)
Vendas: bilheteria e Sympla - www.sympla.com.br e https://bileto.sympla.com.br/event/76645 

Site oficial do espetáculo: www.duetosacomedia.com.br
Horário da bilheteria:
terça a quinta-feira, das 14h às 20h. Sexta-feira a domingo, das 14h até o início do espetáculo.
Duração: 80 minutos
Classificação: livre
Temporada: até 18 de dezembro


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