domingo, 4 de dezembro de 2022

.: 131 anos de Avenida Paulista: Sesc promove uma série de passeios

131 anos de Avenida Paulista – Em comemoração ao aniversário da avenida, o Sesc promove uma série de passeios, nos dias 10 e 11 de dezembro, que exploram a sua pluralidade. Passeios a pé e pedal noturno, gratuitos e com inscrições a partir de 1/12, exploram as diferentes paisagens da avenida símbolo da cidade de São Paulo. Foto: Alisson Sbrana


No próximo dia 8 de dezembro, a Avenida Paulista comemora 131 anos de sua inauguração e o Sesc Avenida Paulista oferece, nos dias 10 e 11 de dezembro, sábado e domingo, uma série de passeios que exploram as diferentes paisagens e possibilidades da avenida mais famosa de São Paulo. 

No sábado, dia 10, acontecem o “Pedal Esportivo - Luzes da Cidade”, às 18h30 e os passeios “Conhecendo as áreas verdes na cidade e na Avenida”, às 11h e “Memórias e Patrimônios da Avenida Paulista”, às 15h. Já no dia 11, domingo, “Diversidades e a Paulista de Histórias Não Contadas”, às 11h e “Para Conhecer a Arte na Avenida Paulista”, às 15h, propõem diferentes abordagens sobre a história e importância da via na vida da cidade e quem por ela transita. Inaugurada por iniciativa do engenheiro Joaquim Eugênio de Lima, que dá nome a uma das ruas que a cruza, a Avenida Paulista se desenvolveu ao longo de seus 131 anos de existência e se consolidou como um dos pontos principais da cidade mais populosa da América do Sul. 

Durante muito tempo foi considerada o polo financeiro da cidade, abrigando uma série de bancos e empresas, até receber importantes instituições culturais, restaurantes, cinemas e bares, assim como diferentes manifestações populares, como a maior parada LGBTQIAP+ do mundo, que alteraram a sua paisagem e uso por parte da população, mas mantiveram a sua relevância. 

Essa pluralidade do espaço é abordada nos passeios “Memórias e Patrimônios da Avenida Paulista”, “Conhecendo as Áreas Verdes na Cidade e na Avenida”, “Diversidades e a Paulista de Histórias Não Contadas” e “Para Conhecer a Arte na Avenida Paulista”, tendo cada um deles foco em um aspecto específico da história e significância da via. Os passeios são gratuitos, com inscrições online a partir de 1° de dezembro. 

Já o passeio ciclístico noturno “Pedal Esportivo - Luzes da Cidade”, com percurso de 20 km de intensidade moderada, propõe a observação dos enfeites de natal na região da Avenida Paulista e bairros próximos, como Saúde e Ibirapuera. O passeio é gratuito e para participar é necessário ter sua própria bicicleta e efetuar a inscrição no Portal Sesc SP, a partir de 6 de dezembro. 


Serviço
Aula Aberta | Pedal Esportivo - Luzes da Cidade
Com educadores de atividades físicas do Sesc Avenida Paulista
10 de dezembro de 2022. Sábado, às 18h30.
Ponto de encontro – Entrada da unidade: Av. Paulista, 119.
Classificação etária: 16 anos.
Duração: 150 minutos.
Capacidade: 50 vagas.
Inscrições: a partir de 6/12, no Portal Sesc SP, até esgotarem as vagas. Gratuito. 


Passeio | Memórias e Patrimônios da Avenida Paulista
10 de dezembro de 2022. Sábado, às 15h. 
Classificação etária: 10 anos.
Avenida Paulista e unidade. 
Duração: 120 minutos.
Capacidade: 25 vagas.
Inscrições: no link https://form.jotform.com/223253896926670.
Gratuito. Sujeito à lotação. Vagas remanescentes liberadas no dia e horário da atividade na Central de Relacionamento (2° andar). 


Passeio | Conhecendo as Áreas Verdes na Cidade e na Avenida
10 de dezembro de 2022. Sábado, às 11h. 
Classificação etária: 10 anos.
Onde: Avenida Paulista e unidade.
Duração: 120 minutos.
Capacidade: 25 vagas.
Inscrições: no link https://form.jotform.com/223254130239649.
Gratuito. Sujeito à lotação. Vagas remanescentes liberadas no dia e horário da atividade na Central de Relacionamento (2° andar). 

Passeio | Diversidades e a Paulista de Histórias Não Contadas
11 de dezembro de 2022. Domingo, às 11h. 
Classificação etária: 10 anos.
Avenida Paulista e unidade. 
Duração: 120 minutos.
Capacidade: 25 vagas.
Inscrições: no link https://form.jotform.com/223254186831658.
Gratuito. Sujeito à lotação. Vagas remanescentes liberadas no dia e horário da atividade na Central de Relacionamento (2° andar). 

Passeio | Para Conhecer a Arte na Avenida Paulista
11 de dezembro de 2022. Domingo, às 15h. 
Classificação etária: 10 anos.
Avenida Paulista e unidade. 
Duração: 120 minutos.
Capacidade: 25 vagas.
Inscrições: no link https://form.jotform.com/223253833683661.
Gratuito. Sujeito à lotação. Vagas remanescentes liberadas no dia e horário da atividade na Central de Relacionamento (2° andar).

Sesc Avenida Paulista
Avenida Paulista, 119 - São Paulo
Telefone: (11) 3170-0800
Transporte Público: Estação Brigadeiro do Metrô – 350m
Horário de funcionamento da unidade: terça a sexta-feira, das 10h às 21h30. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30.
Horário de funcionamento da bilheteria: terça a sexta, das 10h às 21h30. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30.

sábado, 3 de dezembro de 2022

.: "Glória" comemora 23 anos do Grupo Gattu, com texto e direção de Eloisa Vitz


Espetáculo de repertório retrata a eleição em uma ilha remota e revela até onde se é capaz de ir para conquistar a coroa de louros. Texto atual, ganha novo olhar e nova montagem a partir deste sábado, dia 3 de dezembro, no Teatro do Sol, em Santana. A entrada é gratuita. O Projeto “A Graça e a Glória” foi contemplado pela 39ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo — Secretaria Municipal de Cultura”.

A temporada abre as ações do Grupo Gattu ao longo de 2023 já no dia 3 de dezembro. O texto fechou a tetralogia filosófica de Eloisa Vitz, formada pelos espetáculos “Amor”, “Fortuna”, “Graça” e “Glória”, escolhido para abrir a temporada. Instigante e poética, a comédia traz altas doses de realismo fantástico. 

A história gira em meio a uma eleição, que  agita os moradores de uma ilha no meio do nada. Com todos os tipos de artifício, uma líder comunitária e uma sacerdotisa disputam o governo. O que as pessoas são capazes de fazer para conquistar sua coroa de louros?

“É uma imensa alegria revisitar um tema tão intenso. 'Glória' é um espetáculo de nosso repertório que ganha novo olhar e nova montagem. Da mesma maneira que os gregos, acreditamos que a 'Glória' nem sempre é justa com o mais brilhante, mas certamente chega para aquele que mais se comprometeu com o triunfo. De maneira bem-humorada queremos trazer mais perguntas que respostas ao público”, deseja Eloisa Vitz sobre o texto de repertório assinado e dirigido por ela para o Grupo Gattu.


Sobre a autora e diretora
Em 2022, Eloisa Vitz foi selecionada a representar o Brasil no Fringe - Festival de Edimburgo, na Escócia, com o Grupo Gattu, como empresária do setor cultural, através da Creative – InvestSP, OEI e Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo. O Grupo Gattu venceu o Prêmio Arcanjo de Cultura em 2021; Iindicado ao 30º Prêmio Shell de Teatro na categoria Inovação; Destaque na Categoria Melhor Projeto do Blog do Arcanjo; Prêmio ZesCar de Melhor Acolhimento; Vencedor do Prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante; Indicado ao VI Prêmio Aplauso Brasil de Melhor Atriz e Melhor Ator e vencedor do Prêmio Zé Renato de Teatro para Cidade de São Paulo,

A estreia de “Glória” acontece neste sábado, dia 3 de dezembro de 2022, às 21h, no Teatro do Sol, em Santana. As apresentações acontecem as quartas e quintas, às 20h, sextas e sábados às 21h e domingos às 19h, com entrada franca.


Ficha técnica
"Glória"
Texto e direção:
Eloisa Vitz
Assistente de direção: Miriam Jardim
Elenco: Miriam Jardim, Mariana Fidelis, Daniel Gonzales, Lilian Peres, Eloisa Vitz, Isaque Patrício e Mano Braga.
Cenário e figurino: Heron Medeiros
Temporada: de 3 a 18 de dezembro de . Quartas e quintas, às 20h. Sextas e sábados, às 21h. Domingos, às 19h.
Recomendação: 14 anos
Duração: 60 minutos


Serviço
"Glória"
Capacidade: 60 lugares
Temporada gratuita
Bilheteria abre uma hora antes do espetáculo.
Local:
Teatro do Sol
Rua Damiana da Cunha, 413 - Santana.
Telefone: 11. 3791.2023
Whatsapp: 11. 95679.2526
Possui ar-condicionado
Créditos das imagens:
Claudinei Nakasone

.: Entrevista: Priscila Fantin e o sucesso de Olga em "Chocolate com Pimenta"

"Fui corajosa em me entregar às minhas personagens e sinto orgulho disso", revela a atriz em entrevista. Foto: João Miguel Júnior


Entre as diversas personagens de destaque que Priscila Fantin interpretou na TV, sem dúvida a mimada Olga de "Chocolate com Pimenta" está entre as mais lembradas. Antagonista da mocinha Ana Francisca, vivida por Mariana Ximenes, Olga articula variadas e divertidas artimanhas para recuperar o interesse de Danilo (Murilo Benício), que era seu namorado antes dele se apaixonar pela rival, e sempre sai frustrada. "A Olga quer que o Danilo seja dela e não sabe como fazer isso. Percebi na época que muitas meninas se identificavam com a inveja que a Olga sente, pelo simples fato de ele gostar da Ana e não dela", conta a atriz. 

Além do sucesso da personagem, Priscila guarda a novela com carinho na memória por ter sido um trabalho leve e prazeroso nos bastidores. Ela está revendo a novela e gosta de revisitar seus outros trabalhos. "Adoro rever meus trabalhos! Acho muito legal observar a caracterização, as minhas escolhas na interpretação… eu fui corajosa em me entregar às minhas personagens e sinto orgulho disso", constata. "Chocolate com Pimenta - Edição Especial" tem autoria de Walcyr Carrasco, com direção de núcleo de Jorge Fernando. A direção geral é de Fabrício Mamberti e direção de Fred Mayrink. Em entrevista, Priscila Fantin comenta mais sobre o trabalho em "Chocolate com Pimenta".
  

O que você recorda do trabalho de composição para viver a Olga?
Priscila Fantin - Eu me lembro que ela começava a trama com 16 anos e depois partia para uns 20 e poucos, então tive de trabalhar essa transição. Para as primeiras gravações, tive aula de baliza para compor a fanfarra de Ventura na Ponte do Passo do Inferno, em São Francisco de Paula, no Rio Grande do Sul. Lembro de todo o processo de trabalho com muito carinho. Foi uma época deliciosa, um trabalho leve e gostoso de fazer. Todo mundo chegava para gravar feliz. 


Conte um pouco sobre a personalidade da Olga, apesar de fazer maldades ela não é considerada uma vilã...
Priscila Fantin - De acordo com o Walcyr (Carrasco), a Olga seria mais ingênua, mas imprimi um jeito, sem mudar o texto, que deu uma apimentada na personagem. Ela é a antagonista da Ana Francisca (Mariana Ximenes), quer que o Danilo (Murilo Benício) seja dela e não sabe como fazer isso. Percebi na época que muitas meninas se identificavam com a inveja que a Olga sente, pelo simples fato de ele gostar da Ana e não dela.

 
Quais foram as melhores parcerias com atores do elenco que você teve durante a novela?
Priscila Fantin - Ernani Morais, Tânia Bondezan, Luiza Curvo e Ângelo Paes Leme eram os que estavam mais próximos da Olga, que a conheciam sem máscaras e com quem eu podia jogar mais em cena.  


Qual a cena ou sequência mais te marcou em"'Chocolate com Pimenta"?
Priscila Fantin - A cena em que a Olga faz Danilo convidar a Ana para ir ao circo e dar uma volta depois, aí quando eles se beijam, a escola inteira acende os faróis do carro apontando para a cara dela e rindo. Eu me senti muito mal fazendo aquilo, tive dificuldade em rir.

 
Gosta de rever personagens antigas ou costuma ser muito autocrítica?
Priscila Fantin - Adoro! Acho muito legal observar a caracterização, as minhas escolhas na interpretação... Fui corajosa em me entregar às minhas personagens e sinto orgulho disso.
 

Você atuou em diversas novelas do Walcyr Carrasco. Como é essa parceria e a forma como entende as personagens dele que interpretou?
Priscila Fantin - O Walcyr é mestre em folhetins. Suas personagens são de fácil identificação do público, têm graça, leveza e, ao mesmo tempo, profundidade. Foi dando certo de fazermos novelas juntos. Tenho a maior gratidão pelos nossos trabalhos, que se tornaram grandes sucessos da TV.

.: "A Vestida": livro de contos escrito por Eliana Alves Cruz vence o Prêmio Jabuti


Vencedor do Prêmio Jabuti na categoria Contos, o livro "A Vestida" é escrito por Eliana Alves Cruz e lançado pela editora Malê. Crítica social, referências a ancestralidade africana, pesquisa histórica, ironia, insurgência poética e um cuidado com o enriquecimento humano dos seus personagens marcam a prosa dessa escritora carioca. Os seus personagens não estão soltos nos vãos da história, nos espaços invisíveis aos quais as vivências negras quase sempre foram relegadas, muito pelo contrário, eles estão intimamente comprometidos com a vida e o tempo, iniciados em terreno ficcional bem elaborado.

Não é diferente com "A Vestida", primeiro livro de contos de Eliana Alves Cruz. Seja na cidade de Justiçópolis, do conto Cidade espelho, seja no desconforto de Flávio, personagem de Oito e oitenta, com o seu filho. Tudo em "A Vestida" leva a reflexão. Seja nas precipitações de Marilene, no conto "Noite sem Lua", ou nas reflexões de Doralice, no conto "Peito de Ferro". Tudo em "A Vestida" leva a sentir. 

Eliana Alves Cruz, em "A Vestida", tinge um rico painel do Brasil de ontem e de hoje, do país que não se move em questões que são centrais para a maioria de sua população. Ao desenhar essa paisagem, Eliana não se desvirtua, em nenhum momento, do que é essencial na sua atuação como escritora de literatura, nos oferecer bons enredos, finamente elaborados, desenvolvidos com inspiração, técnica e talento, que seduzem os leitores em intensa fruição literária. Você pode comprar o livro "A Vestida" neste link.


Sobre a autora
Com quatro romances publicados entre 2016 e 2022, Eliana Alves Cruz desponta como grande revelação da literatura afro-brasileira contemporânea. Jornalista por formação, ela nasceu no Rio de Janeiro e, como escritora, vem se destacando na ficção, inicialmente com o romance "Água de Barrela", fruto de cinco anos de pesquisa sobre a história de sua família desde os tempos da escravidão. Em 2015, o livro foi contemplado em primeiro lugar no Prêmio Oliveira Silveira, concurso promovido pela Fundação Cultural Palmares, que o publicou no ano seguinte. E uma nova edição já se encontra disponível. 

Em 2016, integrou a edição 39 da série "Cadernos Negros", com poemas de sua autoria. E, no ano seguinte, contribuiu com dois contos para a 40ª edição dos "Cadernos", entre eles a narrativa de ficção científica intitulada “Oitenta e Oito”. Neste mesmo ano, participou também da premiada antologia "Novos Poetas". 

Empenhada no resgate da memória social e cultural afro-brasileira, seu mais novo romance - "O Crime do Cais do Valongo" - figura como romance histórico e policial, com uma instigante narrativa que se inicia em Moçambique e chega até o Rio de Janeiro. Em 2020, vem a público seu terceiro romance, "Nada Digo de te que em Ti Não Veja", também situado no período colonial, mais precisamente no século XVIII, em pleno ciclo do ouro nas Minas Gerais. Já "Solitária", publicado em 2022, apresenta um mergulho na exploração da força de trabalho feminina e negra em trabalhos domésticos, em que desponta a empregada como sucedâneo das antigas mucamas do período escravista. Compre "A Vestida" neste link.

.: O Teatro de onde eu venho, por Celso Frateschi, que se apresenta no Sesc


Por Celso Frateschi. Foto: João Caldas.

Tinha por volta de 13, 14 anos quando entrei pela primeira vez no Teatro de Arena de São Paulo para assistir Arena Conta Zumbi.  Aos 17, cursava com Heleny Guariba e Cecilia Boal o curso de interpretação daquele grupo emblemático do teatro brasileiro. Logo em seguida entrei no elenco de Zumbi que tinha me aberto as portas do desejo de ser ator. Vivíamos sob violenta ditadura e ainda menor de idade fui sequestrado a primeira vez pela Operação Bandeirante (OBAN).

O cativeiro era uma cela improvisada num quartel do bairro de Ibirapuera. Desde então teatro e política já norteavam a minha vida, e assim continua, muito embora sempre se provocando mutuamente. Nessa tensão criativa construí a minha carreira. A arte sempre questionando a ideologia e vice-versa. Veio o golpe no golpe com o AI-5. Muita gente presa e muita gente morta. Gente muito próxima. Nossos mestres, Boal preso e exilado e Heleny assassinada em tortura e dada oficialmente como desaparecida. O terrorismo de estado imperava. Nossa arte resistia. Teatro Jornal, Zumbi, Doce América Latino América. O cerco crescia. 

O Teatro São Pedro, de Maurício Segall, nos acolheu até 1974, até que a ditadura com a censura prévia e suas prisões inviabilizou aquele projeto. Maurício foi preso pela “justiça militar” e eu junto de Denise Del Vechio, então casada, fui mais uma vez sequestrado. Dessa vez invadiram o palco logo no início do espetáculo. O cativeiro agora era a cela do DOI-CODI. Desde 1964, o teatro paulistano sempre resistiu artisticamente à ditadura tentando, e algumas vezes conseguindo, driblar a censura. 

O Teatro de Arena, o Teatro Oficina, grandes diretores como Boal, Zé Celso Martinez Corrêa, Fernando Peixoto, Flavio Rangel, Antônio Abujamra, Gianni Ratto, Antunes Filho, Márcio Aurélio e muitos outros. Autores como Plínio Marcos, Naum Alves de Souza, Maria Adelaide Amaral, Consuelo de Castro, Antônio Bivar, José Vicen te, Luís Alberto de Abreu, esses entre muitos. Atrizes e atores como Cacilda Becker, Tônia Carrero, Paulo Autran, Sérgio Mamberti, Renato Borghi, Fernanda Montenegro, Fernando Torres, Norma Bengel, enfim esgotaria todo este espaço com nomes de artistas de teatro dessas gerações que resistiram à violência da ditadura. Fui formado nessa geração e me orgulho disso. 

Ao sair do Teatro São Pedro fomos para a periferia de São Paulo e lá ficamos junto com os que lutavam por moradia, contra a carestia e por melhores salários e pela educação, até que os ventos da abertura sopraram depois das greves do ABC. Continuei sendo movido pela mesma tensão. Na década de oitenta, fui chamado por Marcio Aurélio para interpretar "Hamlet", sonho de todo ator. Nosso "Hamlet" espelhava a nossa geração que teve o trono usurpado, anunciando as portas da nossa democracia. Ao mesmo tempo, no bairro do Belenzinho, na Casa de Cultura Mazzaropi, formamos um grupo de teatro comunitário com um elenco de 60 atores não profissionais. 

Em seguida, uma outra experiência de teatro comunitário que resultou na ocupação do Tendal da Lapa, hoje uma consagrada Casa de Cultura da cidade de São Paulo. No começo dos anos 90, fui convocado pelo prefeito Celso Daniel para ocupar a Secretaria de Educação, Cultura e Esporte de Santo André, onde conseguimos, além de grandes avanços em todas as áreas, proporcionar o fortalecimento do teatro comunitário em muitos bairros da cidade, além da criação da Escola Livre de Teatro, referência em formação teatral. 

Na virada do século, junto com Roberto Lage, fundamos o Ágora Teatro onde estamos hoje eu, Sylvia Moreira e nosso núcleo de pesquisa teatral.  Nesses últimos vinte anos, a mesma tensão criativa continua me impulsionando. Junto com todo o repertório do Ágora Teatro – que inclui Dostoiévski, Shakespeare, Tchekhov, O’Neal, Tenesse Willians, Georg Buchner, Machado de Assis, e muitos outros autores brasileiros através de programas como Ágora Livre Dramaturgias, além de cursos, ciclos de conferências, debates e núcleos de pesquisa – ainda tive a honra de ser secretário de cultura da cidade de São Paulo e presidente da Funarte. 

Agora, ao comemorar 50 anos de carreira, com dois anos de atraso devido a pandemia, quero de alguma forma relembrar essa história e homenagear toda essa geração que produziu esse teatro vigoroso, apesar de toda a adversidade enfrentada. A montagem de “O Canto do Cisne”, essa pequena pérola da dramaturgia de Tchekhov, através das lembranças e reflexões de seus personagens Vassili e Nikita, permite espelhar de alguma forma esses nossos últimos cinquenta anos.

Ficha técnica: 
"O Canto do Cisne"
Texto:
 Anton Tchekhov
Adaptação: Celso Frateschi
Direção: Vivien Buckup
Co-direção: Francisco C. Martins
Elenco: Celso Frateschi e Thaïs Ferrara
Cenografia e figurino: Sylvia Moreira
Luz: Wagner Freire
Música original: Dan Maia
Visagismo: Leopoldo Pacheco
Montagem e operação de luz: Vinícius Rocha
Operação de som: Rogério Prudêncio
Assistência de palco e camarim: Elisabete Cruz e Jefferson de Oliveira
Fotos: João Caldas
Produção: Marlene Salgado e Ágora Teatro
Indicação etária: 14 anos
Duração: 60 minutos 


Serviço: 
"O Canto do Cisne"
Dia 3 de dezembro, sábado, às 20h 
Teatro do Sesc Santos 
Ingressos:
 R$ 40 (inteira). R$ 20 (meia-entrada). R$ 12 (credencial plena) 

Sesc Santos 
Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida - Santos
(13) 3278-9800
www.sescsp.org.br/santos 

Orientação para acesso à unidade: 
Uso de máscara obrigatório

Bilheteria Sesc Santos - Funcionamento
Terça a sexta, das 9h às 21h30 | Sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h30 

Estacionamento em espetáculos (valor promocional – mediante apresentação de ingresso): R$ 6 (credencial plena) R$ 11 (visitantes). Para ter o desconto, é imprescindível apresentar no caixa a credencial plena atualizada. 

Bicicletário: gratuito. Uso exclusivo para credenciados no Sesc. É necessária a apresentação da credencial plena atualizada e uso de corrente e cadeado por bicicleta. 100 vagas.


.: Novo livro de Luiz Ruffato apresenta diferentes gerações de família em luta


Síntese de um país que condenou a população pobre a uma vida de violências e restrita unicamente à subsistência, "O Antigo Futuro", o novo romance de Luiz Ruffato, uma das vozes mais inventivas da literatura nacional, lançado pela Companhia das Letras, apresenta diferentes gerações de uma mesma família numa luta por dignidade que parece não ter fim.

Nos Estados Unidos, Alex leva uma vida típica de imigrante: trabalha muito, economiza o quanto pode, desconfia de todos e tem dificuldade para fazer amigos. Nos poucos períodos de descanso entre as jornadas exaustivas, rememora episódios de seu passado e o motivo que o fez deixar o bairro de classe média baixa onde morava em São Paulo: o assassinato do irmão e do cunhado num assalto. 

Numa sucessão de flashbacks, conhecemos a relação ao mesmo tempo próxima e distante de Alex com o pai e os irmãos, a ausência da mãe, a timidez da juventude e seus sonhos frustrados. Mas o que parecia ser a história de uma única pessoa acaba se tornando um complexo panorama da vida brasileira no século XX. 

De estrutura vertiginosa, dividido em cem breves capítulos, "O Antigo Futuro" explora numa prosa direta e requintada a permanência e a transformação de padrões familiares ao longo do tempo, num país que parece não apresentar saídas. Após mais de duas décadas de sua estreia no romance, Luiz Ruffato segue como uma das vozes mais inventivas da literatura nacional. Você pode comprar o livro "O Antigo Futuro" neste link.


Sobre o autor
Luiz Ruffato
nasceu em Cataguases, Minas Gerais, em 1961. Publicou diversos livros, entre eles "Inferno Provisório", "De Mim Já Nem Se Lembra", "Flores Artificiais", "Estive em Lisboa e Lembrei de Você", "Eles Eram Muitos Cavalos", "A Cidade Dorme" e "O Verão Tardio", todos lançados pela Companhia das Letras. Suas obras ganharam os prêmios APCA, Jabuti, Machado de Assis e Casa de las Américas, e foram publicadas em 15 países. Em 2016, foi agraciado com o prêmio Hermann Hesse, na Alemanha. Compre o livro "O Antigo Futuro" neste link.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

.: Bruce Springsteen declara amor a soul music em "Only The Strong Survive"


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Bruce Springsteen volta com um mais um excelente álbum. E desta vez, traz um trabalho cheio de covers nostálgicas que revelam uma parte importante de sua formação musical. "Only The Strong Survive", o disco, é composto basicamente por canções do estilo soul music dos anos 60 e 70, que foram determinantes para sua carreira como intérprete.

O disco tem produção de Ron Anielo, que tocou a maioria dos in  strumentos que acompanham Springsteen. E tudo foi cuidadosamente preparado para dar ao disco um certo clima retrô, mas sem exagero. São canções de The Temptations, Diana Ross & The Supremes, Four Tops, Billy Paul (que lançou a canção que deu título ao disco), além de outros menos conhecidos do grande público como Ben E. King e Tyrone Davis.

Se você ficou curioso para ouvir Springsteen como crooner de soul, vai se surpreender com o resultado. É de longe um dos melhores discos que ele gravou nos últimos anos. Se por um lado não traz canções autorais, por outro lado tem o mérito de mostrar para o público uma fase mágica da soul music que era produzida no passado nos Estados Unidos, mais precisamente em Detroit e na Filadélfia.

O disco tem entre as mais conhecidas as canções "Night Shift" (hit do grupo Commodores dos anos 80), "Someday We´ll Be Together" (de Diana Ross & The Supremes), e a surpreendente "The Sun Ain´t Gonna Shine Anymore", que foi gravada pelo grupo vocal Walker Brothers nos anos 60. Todas interpretadas de forma magistral.

Nas canções menos conhecidas, Bruce Springsteen mostra toda sua genialidade. Ele joga luz sobre canções obscuras como "Turn Back the Hands of Time" (de Tyrone Davis) e "Don´t Play That Song" (de Ben E. King), bem como nas demais faixas. A faixa título ganhou um arranjo mais rústico e menos dançante em comparação com a gravação original. E tudo funcionou muito bem na voz de Springsteen.

É preciso entender que ninguém recebe o apelido de The Boss (O Chefe) à toa. E ele faz questão de “exercer plenamente o cargo”, ao direcionar seus trabalhos sempre da forma que deseja conduzir. E este álbum "Only The Strong Survive" bem que poderia ter um segundo volume, porque tenho certeza que ele gostaria de ter incluído outras pérolas desse estilo musical. Ficaremos na torcida. Mas, por hora, esse álbum ficou perfeito. Vale muito a pena conferir. Você pode comprar "Only The Strong Survive"  neste link.

"Do I Love You"

"Turn Back The Hands Of Time"

"Night Shift"


.: Crítica: "Até os Ossos" é história de amor brindada com carnificina


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em dezembro de 2022


"Até os Ossos", indicado para maiores de 18 anos, entrega carnificina enquanto constrói uma história de amor juvenil conturbada. Em cartaz no Cineflix Cinemas, o longa dirigido por Luca Guadagnino, de "Me Chame Pelo Seu Nome", é romântico e dramático, mas muito ágil a ponto de mexer com os estômagos mais sensíveis e conseguir abalar, um pouco, inclusive os mais fortes e fãs da série antológica "American Horror Story" ou de filmes slashers, por exemplo.

No longa de 2h10m, a jovem Maren Yearly (Taylor Russell) está numa festa do pijama com as amigas até que uma se fere e sua fome infreável de carne fala mais alto. Sim! Em segundos, um dedo da garota é devorado. Para tanto, a moça que não sabe lidar com tal desejo, começa uma peregrinação, uma vez que Frank (André Holland), o pai a abandona com um toca fitas K-7, um fone de ouvido e uma fita gravada. Nas palavras de Frank, um resumo da história do canibalismo da protagonista. Uma ferramenta inteligente que faz a trama se desenvolver com rapidez enquanto envolve o público.


Em fuga, e com bom gosto para a leitura -lê J. R. R. Tolkien e "O Fantasma da Ópera", de Gaston Lerou-, a jovem esbarra com o devorador Sully (Mark Rylance). Homem em idade avançada e com outra compulsão -revelada perto do fim do longa-, além da de também comer carne humana. Ele que sentiu o cheiro de Maren há grande distância, oferece abrigo numa casa invadida em que a dona está moribunda, ou seja, prestes a virar aperitivo para a dupla de canibais. 


A estadia da moça é breve. Afinal, Maren está numa odisséia -garantindo uma belíssima fotografia no filme. Tal qual uma nômade, segue em fuga quando esbarra em Lee (Timothée Chalamet, de "Duna""Me Chame Pelo Seu Nome"), outro devorador sem rumo, com quem estabelece um elo de simpatia, diferentemente de Sully. Enquanto o sentimento de afeição cresce entre os dois. Para entender a essência que carrega em si, Maren busca a mãe que a abandonou quando bebê e quem nem mesmo conheceu. Com a ajuda de Lee, Maren encontra a progenitora, Janelle Yearly (Chloë Sevigny, de "American Horror Story: Hotel" e "The Act") e pistas sobre quem ela é, uma vez que foi adotada.

Ainda que seja visivelmente perturbador, inclusive em cenas que deixam situações pesadas subentendidas, "Até os Ossos", mesmo retratrando canibais, permite uma leitura diferente e que foge ao pé da letra do que se vê na telona. No fundo, a produção com roteiro de David Kajganich é uma história de amor entre dois jovens sem uma base familiar firme que buscam entender seus anseios mais profundos e que encontram, um no outro, a base que tanto buscavam. Vale muito a pena conferir "Até os Ossos"!

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


"Até os Ossos" (Bones and All) 
Diretor: Luca Guadagnino
Roteiro: David Kajganich
Gênero: Romance/Drama
Classificação: 18 anos
Duração: 2h10
Data de lançamento: 1 de dezembro de 2022 (Brasil) 


Trailer





.: A lua cheia nasce em Beacon Hills: "Teen Wolf: O Filme" vem aí!

O filme é produzido pela MTV Entertainment Studios e MGM's Orion Television. Elenco da série estará presente do domingo dia 4 de dezembro em um painel no palco principal da CCXP.  Foto: Divulgação


O Paramount+ acaba de divulgar a arte oficial do próximo filme original "Teen Wolf: O Filme" que estreará em 2023. Os atores do elenco do filme Colton Haynes e Shelley Hennig estarão presentes neste fim de semana na CCXP em São Paulo, onde revelarão detalhes e conteúdo exclusivo para os fãs do aguardado título. Siga @paramountplusla e @paramountplusbr no Instagram e no TikTok para saber as novidades.

Em "Teen Wolf: O Filme" a lua cheia nasce em Beacon Hills e com ela um mal terrível se aproxima. Os lobos estão uivando mais uma vez, pedindo o retorno dos banshees, os homens-coiotes, os cães do inferno, os kitsunes e todos os outros metamorfos da noite. Mas apenas um lobisomem como Scott McCall (Posey), que já não é mais um adolescente, mas ainda um alfa, pode reunir novos aliados e amigos de confiança para lutar contra o que pode ser o inimigo mais poderoso e mortal que já enfrentaram.

O filme é produzido por Jeff Davis e estrelado por Tyler Posey, Holland Roden, Shelley Hennig, Crystal Reed, Colton Haynes, Vince Mattis, Khylin Rhambo, Amy Workman, Dylan Sprayberry, Tyler Hoechlin, Orny Adams, Linden Ashby, JR Bourne, Seth Gilliam, Ryan Kelley, Melissa Ponzio, Ian Bohen e Nobi Nakanishi.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

.: Cineflix Santos: "Noite Infeliz" e mais três estreias arrebatadoras


O espírito natalino toma conta do 
Cineflix Cinemas, em Santos, de uma maneira inusitada. Nesta quinta-feira, estreia o terror "Noite Infeliz" ("Violent Night"), com David Harbour, John Leguizamo, Beverly D'Angelo. Outro destaque é a estreia da comédia dramática "O Menu" ("The Menu"), com . Também estreiam os dramas "Até os Ossos" ("Bones and All"), com Timothée Chalamet, Michael Stuhlbarg e Mark Rylance, e "Aftersun", com Paul Mescal, Frankie Corio, Celia Rowlson-Hall.

Seguem em cartaz a animação "Mundo Estranho" ("Strange World"), a deliciosa fábula natalina "Sra. Harris Vai a Paris" (Mrs. Harris Goes To Paris), o o drama espírita "Nada É Por Acaso", com Rafael Cardoso, Giovanna Lancellotti, Tiago Luz e a tão aguardada sequência do filme de herói da Marvel, de 2018, "Pantera Negra: Wakanda para sempre" em que Rainha Ramonda, Shuri, M'Baku, Okoye e Dora Milaje lutam para proteger sua nação das potências mundiais intervenientes após a morte do rei T'Challa.

Confira os dias, horários e sinopses para você ficar por dentro de tudo o que acontece no mundo do cinema. Cineflix Santos fica Miramar Shopping: rua Euclides da Cunha, 21, Gonzaga, em Santos, no litoral de São Paulo. Programação do Cineflix em outras localidades neste link ou no app Cineflix.

Estreias no Cineflix Santos


"Noite Infeliz" ("Violent Night")
Classificação: 16 anos. Ano de Produção: 2022. Idioma: inglês. Direção: Tommy Wirkola. Duração: 1h46. Elenco: David Harbour, John Leguizamo, Beverly D'Angelo e outros. Sinopse: às vésperas do Natal, uma equipe de mercenários invada um complexo familiar. No entanto, essa equipe de marginais não estava preparada para enfrentar um combatente inusitado: o próprio Papai Noel em pessoa.

Sala 4 (dublado)
1°/12/2022 - Quinta-feira: 18h35
2/12/2022 - Sexta-feira: 18h35
3/12/2022 - Sábado: 18h35
4/12/2022 - Domingo: 18h35
5/12/2022 - Segunda-feira: 18h35
6/12/2022 - Terça-feira: 18h35
7/12/2022 - Quarta-feira: 18h35

Sala 4 (legendado)
1°/12/2022 - Quinta-feira: 20h50
2/12/2022 - Sexta-feira: 20h50
3/12/2022 - Sábado: 20h50
4/12/2022 - Domingo: 20h50
5/12/2022 - Segunda-feira: 20h50
6/12/2022 - Terça-feira: 20h50
7/12/2022 - Quarta-feira: 20h50

"Noite Infeliz" - Trailer legendado


"O Menu" ("The Menu")
Classificação:
16 anos. Ano de produção: 2022. Idioma: inglês. Direção: Mark Mylod. Duração: 1h47. Elenco: Anya Taylor-Joy, Ralph Fiennes, Nicholas Hoult e outros. Sinopse: um casal (Anya Taylor-Joy e Nicholas Hoult) viaja para uma ilha costeira para comer em um restaurante exclusivo, onde o chef (Ralph Fiennes) preparou um cardápio farto, com algumas surpresas chocantes.

Sala 2 (legendado)
1°/12/2022 - Quinta-feira: 18h15 - 20h30
2/12/2022 - Sexta-feira: 20h
3/12/2022 - Sábado: 18h15 - 20h30
4/12/2022 - Domingo: 18h15 - 20h30
5/12/2022 - Segunda-feira: 20h
6/12/2022 - Terça-feira: 18h15 - 20h30
7/12/2022 - Quarta-feira: 18h15 - 20h30

"O Menu" - Trailer


"Até os Ossos" ("Bones and All")
Classificação:
18 anos. Ano de produção: 2022. Idioma: inglês. Direção: Luca Guadagnino.  Duração: 2h11. Elenco: Timothée Chalamet, Michael Stuhlbarg, Mark Rylance e outros. Sinopse: baseado no romance homônimo de Camille DeAngelis, acompanhamos Maren Yearly (Taylor Russell), uma jovem que quer as mesmas coisas que todos nós. Ela quer ser alguém que as pessoas admiram e respeitam. Quando sua mãe a abandona no dia seguinte ao seu aniversário de 16 anos, Maren vai à procura do pai que nunca conheceu e encontra muito mais do que esperava ao longo do caminho. O amor floresce entre uma jovem à margem da sociedade e um vagabundo marginalizado (Timothée Chalamet) enquanto eles embarcam em uma odisseia de 3.000 milhas pelas estradas secundárias da América. No entanto, apesar de seus melhores esforços, todos os caminhos levam de volta a seus passados ​​aterrorizantes e a uma posição final que determinará se o amor deles pode sobreviver às diferenças.

Sala 1 (legendado)
1°/12/2022 - Quinta-feira: 15h30 - 21h
2/12/2022 - Sexta-feira: 21h
3/12/2022 - Sábado: 15h30 - 21h
4/12/2022 - Domingo: 15h30 - 21h
5/12/2022 - Segunda-feira: 21h
6/12/2022 - Terça-feira: 15h30 - 21h
7/12/2022 - Quarta-feira: 15h30 - 21h

"Até os Ossos" - Trailer



"Aftersun" (Título original)
Classificação:
14 anos. Ano de produção: 2022. Idioma: inglês. Direção: Charlotte Wells. Duração: 1h42. Elenco: Paul Mescal, Frankie Corio, Celia Rowlson-Hall e outros. Sinopse: Sophie reflete sobre a alegria e a melancolia das férias que ela tirou com seu pai 20 anos antes. Memórias reais e imaginárias preenchem as lacunas enquanto ela tenta reconciliar o pai que conheceu com o homem que desconhecia.

Sala 1 (legendado)
1°/12/2022 - Quinta-feira: 18h40
2/12/2022 - Sexta-feira: 18h40
3/12/2022 - Sábado: 18h40
4/12/2022 - Domingo: 18h40
5/12/2022 - Segunda-feira: 18h40
6/12/2022 - Terça-feira: 18h40
7/12/2022 - Quarta-feira: 18h40

"Aftersun" - Trailer legendado


Seguem em cartaz no Cineflix Santos


"Mundo Estranho" ("Strange World")
Classificação: 10 anos. Ano de produção: 2022. Idioma: português. Diretor: Don Hall . Duração: 1h41. Sinopse: Os lendários Clades são uma família de exploradores cujas diferenças ameaçam sua última missão.

Sala 4 (dublado)
1°/12/2022 - Quinta-feira: 15h - 17h10
2/12/2022 - Sexta-feira: 19h
3/12/2022 - Sábado: 15h - 17h10
4/12/2022 - Domingo: 15h - 17h10
5/12/2022 - Segunda-feira: 19h
6/12/2022 - Terça-feira: 15h - 17h10
7/12/2022 - Quarta-feira: 15h - 17h10

"Mundo Estranho" - Trailer


"Nada É Por Acaso" (Filme nacional)
Classificação: 14 anos (Conteúdo Sexual, Drogas Lícitas, Violência). Ano de produção: 2022. Idioma: português. Direção: Márcio Trigo. Duração: 1h46. Com Rafael Cardoso, Giovanna Lancellotti, Tiago LuzSinopse: duas mulheres se descobrem unidas por laços de amor e amizade que remontam para além dessa vida.

Sala 2
1°/12/2022 - Quinta-feira: 16h
3/12/2022 - Sábado: 16h
4/12/2022 - Domingo: 16h
6/12/2022 - Terça-feira: 16h
7/12/2022 - Quarta-feira: 16h

"Nada É Por Acaso" - Trailer


"Pantera Negra: Wakanda Para Sempre" (Black Panther: Wakanda Forever)

.: Crítica: "Pantera Negra: Wakanda para sempre" é filmaço denso e emocionante 
Classificação: 12 anos. Ano de produção: 2022. Idioma: inglês. Diretor: Ryan Coogler . Duração: 2h41. Com Tenoch Huerta (Namor), Michael B. Jordan, Letitia Wright (Shuri), Angela Bassett (Ramonda), Dominique Thorne (Riri Williams),  Mabel Cadena (Namora), Daniel Kaluuya (W'Kabi), Michaela Coel (Aneka), Danai Gurira (Okoye), Jarrell Pyro Johnson (Jabari Warrior), Lupita Nyong'o (Nakia), Winston Duke (M'Baku), Dorothy Steel (Merchant Tribe Elder), Alex Livinalli (Attuma), Florence Kasumba (Ayo), Martin Freeman (Everett Ross). Sinopse: a rainha Ramonda, Shuri, M'Baku, Okoye e Dora Milaje lutam para proteger sua nação das potências mundiais intervenientes após a morte do rei T'Challa.

Sala 3 (legendado)
1°/12/2022 - Quinta-feira: 19h20
2/12/2022 - Sexta-feira: 21h10
3/12/2022 - Sábado: 19h20
4/12/2022 - Domingo: 19h20
5/12/2022 - Segunda-feira: 21h10
6/12/2022 - Terça-feira: 19h20
7/12/2022 - Quarta-feira: 19h20

"Pantera Negra - Wakanda Para Sempre" - Trailer

"Sra. Harris Vai a Paris" (Mrs. Harris Goes To Paris)
.: Crítica: "Sra. Harris Vai a Paris" é conto de fadas sobre fazer o bem
Classificação: 12 anos. Ano de produção: 2022. Idioma: português. Diretor: Anthony Fabian. Duração: 1h56. Elenco: Jason Isaacs, Alba Baptista, Lesley Manville e outros. Sinopse: a história de uma faxineira viúva que se apaixona por um vestido de alta costura da Dior.  

Sala 2 (legendado)
1°/12/2022 - Quinta-feira: 16h10
3/12/2022 - Sábado: 16h10
4/12/2022 - Domingo: 16h10
6/12/2022 - Terça-feira: 16h10
7/12/2022 - Quarta-feira: 16h10

"Sra. Harris Vai a Paris" - Trailer

.: Crítica: "O Enfermeiro da Noite" é drama maçante da Netflix

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em dezembro de 2022


Não espere um suspense quando cogitar assistir "O Enfermeiro da Noite" com Eddie Redmayne e Jessica Chastain. A produção da Netflix, dirigida por Tobias Lindholm, embora faça a encenação do caso verídico de um assassino serial, entrega o crime no gênero drama. Assim, toda a trajetória da enfermeira Amy Loughren, ao lado do criminoso enfermeiro Charles Cullen, chamado de o "Anjo da Morte", preso em 2003, é apresentada de modo arrastado.

Para tanto, o público conhece o assassino testemunhando o resultado da própria ação. Contudo, ele cruza o caminho da enfermeira Amy, sempre muito compreensiva e amorosa com seus pacientes, mesmo estando cansada e sozinha no atendimento. Apesar da brutal personalidade, Cullen consegue esconder seu lado cruel, sendo gentil e agradável e, logo, faz amizade com a enfermeira, chegando a frequentar a casa dela.

A parceria entre os dois vai sendo construída enquanto que as mortes chegam no hospital em que atuam. No entanto, a polícia começa a investigar Charles Cullen devido o grande número de mortes e Amy age em apoio para que ele se entregue. Contudo, como todo criminoso frio e calculista, ele nega o quanto pode. Com a confirmação do modo de agir, ela descobre que colocou as filhas em perigo, uma vez que ele não é o que parecia ser.

Por muitas vezes, o longa deixa a sensação de falta de edição. Seja quando filma a parede, desce lentamente até o aparelho do hospital e finalmente chega no rosto de Amy ou quando a própria enfermeira revira embalagens de soro, tentando comprovar uma suspeita, e os coloca no chão, sendo que uma das embalagens fica equilibrado em cima dos outros e rola. Todo o processo -demorado- é mantido em foco na câmera.

"O Enfermeiro da Noite" é interessante por trazer um caso verídico que estampou os tablóides nos anos 2000, porém não imprime a energia necessária para um filme com 2h1m de duracão. Apesar de ser maçante, a produção consegue se salvar ao pontuar com a atuação impecável dos protagonistas, vencedores do Oscar, Eddie Redmayne e Jessica Chastain. Fica de dica a leitura do livro! Você pode comprar "O enfermeiro da noite", de Charles Graeber aqui: amzn.to/3N5yJJy 

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


Filme: "O Enfermeiro da Noite" 
Elenco: 
Eddie Redmayne (Charles Cullen),  Jessica Chastain (Amy Loughren), Nnamdi Asomugha (policial),  Kim Dickens (Linda Garran), Noah Emmerich (Tim Braun), Devyn McDowell (Maya Loughren), Gina Jun (Doctor) 


.: Crítica: "Morte, morte, morte" é terror comédia juvenil com provocações

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em dezembro de 2022


Uma história de terror slasher moderna, com toques de humor, feita para e com jovens. Eis "Morte, morte, morte" (Bodies, bodies, bodies), com direção de Halina Reijn e roteiro de Sarah DeLappe, que insere as namoradas Sophie (Amandla Stenberg) e Bee (Maria Bakalova), com pouco tempo de relação, numa festa particular, durante um furacão, em uma mansão localizada numa ilha remota. Enquanto a novata, Bee, vai ganhando "confiança" dos amigos ricos de Sophie, numa roda surgem propostas de brincadeiras, inclusive uma que dá o título do longa, similar ao brasileiro "Detetive".

Assim, David (Pete Davidson), Emma (Chase Sui Wonders), Jordan (Myha’la Herrold), Alice (Rachel Sennott), com o namorado mais velho Greg (Lee Pace) fazem com que a brincadeira seja levada ao limite. Logo, nota-se uma crítica no filme a respeito da geração Z, destacando a  falta de controle ao agir de modo impensado e sem considerar as consequências de cada ato.


Enquanto a geração TikTok -em certo momento do filme, os amigos gravam algo para a rede social de vídeos curtos- tenta conviver sem tecnologia, esbaldam-se nas bebidas e drogas. Sem luz e, fatalmente, sem sinal da internet, por conta do temporal, a atividade lúdica vai além e se torna mortal, uma vez que o sangue vai jorrando em sequência, naquela mansão. 

"Morte, morte, morte" não é somente um filme para aguçar os sentidos a respeito da descoberta de quem é o assassino da trama, mas vai além, sendo uma clara crítica sobre a dependência tecnológica. E, quando, inexiste, as pessoas nem mesmo sabem como interagir umas com as outras, no limite da tolerância. Tanto é que logo a história assume o lado "lavação de roupa suja" entre as grandes amigas e as acusações permitem "agir em nome do que cada um acredita".


A carnificina se faz ali, por conta de não estarem conectados -seja enquanto amigos, seres humanos e tecnologicamente, via celular. Tanto é que a primeira morte, que acelera a caça ao assassino, acontece em meio a completa estupidez -ao fim tudo é revelado. Contudo, os jovens não abandonam seus aparelhos, sempre os preservam nas mãos durante quase todo o filme. Cada um com o seu. O próprio mundinho? Talvez. 

É uma produção interessante de se assistir por lembrar a essência da saga "Pânico", considerando um dos cartazes. No filme há um destaque, que é a presença do ator Lee Pace, protagonista do seriado "Pushing Daisies" (Um Toque de Vida) e o elfo Thranduil da saga "O Hobbit". É ele quem interpreta Greg, uma espécie de tiozão do lugar, o representante da geração millennial, que, em menor quantidade, fatalmente sai perdendo com uma condenação automática. Vale a pena conferir "Morte, morte, morte"!


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


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