quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

.: "A Baleia": filme de Darren Aronofsky rende a Brendan Fraser indicação

Novo filme de Darren Aronofsky rendeu a Brendan Fraser sua primeira indicação ao Globo de Ouro. Foto: divulgação


Indicado ao Globo de Ouro de Melhor ator em filmes dramáticos, por "A Baleia", Brendan Fraser interpreta Charlie, um professor de 270 Kg, que não consegue sair do sofá, e repleto de problemas emocionais. No Festival de Veneza, em setembro passado, ele também recebeu quase 10 minutos de aplausos na sessão de gala do longa, e o ator é um dos mais cotados para o Oscar. Dirigido por Darren Aronofsky (mãe!, Réquiem para um sonho), o filme chega aos cinemas nacionais em 23 de fevereiro com distribuição da Califórnia Filmes.

Fraser se transformou fisicamente para viver o personagem: um homem com obesidade severa que não consegue sair do sofá. Professor de literatura, ele precisa se confrontar com seu passado, que envolve uma filha adolescente (Sadie Sink, de "Stranger Things") e sua ex-mulher (Samantha Morton). O roteiro é escrito por Samuel D. Hunter, baseado em sua peça homônima.

“O que eu gosto sobre 'A Baleia' é como nos convida a ver a humanidade dos personagens, que não são totalmente bons ou maus, eles têm nuances como qualquer pessoa, e vivem vidas muito ricas”, conta Aronofsky, que se interessou em adaptar a peça desde que a viu, mais de dez anos atrás.  

Fraser, por sua vez, conta que teve uma entrega total ao personagem, como nunca fizera antes, para mostrar toda a força e vulnerabilidade de Charlie. “Ele tem uma melancolia que o paralisa que vem do fato de nunca poder ter sido a pessoa que queria ser. Ele carrega muitos sentimentos de culpa”, explica o ator.

Fraser também defende o personagem, que, para ele, não é mesquinho ou calculista, mas vítima de suas próprias escolhas. “Charlie feriu as pessoas por não ser direto, não ser autêntico, e agora vive uma batalha consigo mesmo. Ele deixou de lado de acertar as contas com as pessoas que amava, e agora pode ser tarde demais para fazer isso. Quando diz aos seus alunos que precisam encontrar uma maneira de dizer a verdade, no fundo, ele está falando isso para si mesmo.”

Aronofsky confessa que sempre esteve próximo de Fraser durante todo o processo, a fim do proteger, pois sabia que, ao entrar no personagem, o ator também ficaria muito fragilizado emocionalmente. “Há uma espécie de casamento entre o poder das palavras do roteiro e a coragem da interpretação de Brendan. Conversamos muito sobre como queríamos aproximar, mas também afastar o público do personagem.”

“Preconceito contra obesidade é uma das últimas fronteiras das maneiras de uma pessoa menosprezar a outra. Muitas vezes, as pessoas do tamanho de Charlie são invisíveis, vistas apenas por suas famílias e cuidadores. É uma forma de silenciamento. Conversando com essas pessoas, percebi que, como qualquer um, elas querem ter suas histórias contadas, e serem tratadas de maneira justa e honesta. Isso tudo foi um impulso para me levar à autenticidade do personagem”, conclui Fraser.

A equipe artística de "A Baleia" inclui também o diretor de fotografia Matthew Libatique ("Cisne Negro", "Homem de Ferro 2"); o compositor Rob Simonsen ("Foxcatcher: Uma história que chocou o mundo"); o montador Andrew Weisblum ("A Crônica Francesa"); a diretora de arte Jurasama Arunchai ("Amor Sublime Amor"); e o figurinista Danny Glicker ("Milk: A voz da igualdade").

"A Baleia" será lançado no Brasil pela Califórnia Filmes.

Sinopse: Charlie é um professor de inglês com obesidade severa, que tenta se reconectar com sua filha adolescente como uma última tentativa de redenção. Baseado na peça homônima de Samuel D. Hunter.


Ficha Técnica

Direção: Darren Aronofsky

Roteiro: Samuel D. Hunter, baseado em sua peça

Produção:  Jeremy Dawson, Ari Handel, Darren Aronofsky

Elenco: Brendan Fraser, Sadie Sink, Hong Chau, Ty Simpkins, Samantha Morton

Direção de Fotografia: Matthew Libatique

Música: Rob Simonsen

Montagem: Andrew Weisblum

Gênero: drama

País: EUA

Ano: 2022

Duração: 117 min.


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terça-feira, 20 de dezembro de 2022

.: Crítica: "Avatar: O Caminho da Água" trata descendência e preservação

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em dezembro de 2022


"Avatar: O Caminho da Água" é a sequência de um clássico que estreou nos cinemas há 13 anos. Seguindo "Avatar", a sequência de ficção cientifica e ação, em cartaz nas telonas da rede Cineflix Cinemas, é um espetáculo de encher os olhos do público, apresentando uma história sobre a união da família enquanto reforça mais uma vez a necessidade de se respeitar e preservar a natureza, mantendo firme então, o elo da vida. 

Em Pandora, Jake Sully (Sam Worthington) e Ney'tiri (Zoe Saldana) cuidam da linda família que formaram, tendo dois meninos e duas meninas, sendo uma das garotas filha da doutora Dr. Grace Augustine (Sigourney Weaver), Kiri. Para tanto, aos filhos cabe ao primogênito ser perfeito, ao segundo sempre tentar e nunca impressionar o pai, a terceira adotada buscar saber quem ela é e a mais nova, a raspinha da panela, portanto, resta o papel de extrema fofura. Na dublagem a voz é a mesma da Chelsea, a irmãzinha menor da boneca Barbie.


Contudo, o vilão da vida de Sully e Ney'tiri volta. Quaritch (Stephen Lang) não assume mais a forma humana -que foi morto a flechadas por Ney'tiri, anteriormente-, mas como Avatar, o que é suficiente para assombrar a todos em Pandora, principalmente Jake Sully. A ponto de fazer a família do líder, composta de filhos mestiços, partir dali e seguir para o reino aquático, a que o subtítulo do longa faz menção. A viagem com eles é linda de se ver!

Ao tratar sobre descendentes, "Avatar: O Caminho da Água" aborda a curiosidade daqueles que desconhecem pai e/ou mãe e precisam entender a origem e o que os compõem. No embate entre quem sou e de onde vim e a necessidade de adaptação a cada meio, a produção dirigida por James Cameron agarra o público para dentro da trama que soma 3h12, mas acontece de forma agradável durante as três partes do filme.

Após levar o público de volta a Pandora e contextualizar a passagem de tempo para os personagens principais, seguir vivendo no planeta mágico passa a ser impossível, uma vez que a humanidade só visa destruição para ter satisfação. Percebe a indireta direta?! Logo, a família segue para um novo lugar a fim de ter sobrevida, precisando de adaptação, uma vez que os seis ali são da raça terrestre e não aquática. 

Enquanto os filhos enfrentam e precisam lidar com a rejeição sobre serem diferentes, o vilão de Sully retorna e o caça para um embate de tirar o fôlego, ao fim. Garantindo cenas que, por vezes, remetem a outro clássico de Cameron "Titanic", ainda que tudo aconteça numa plataforma, não num navio. Em meio a reviravoltas e uma adaptação para a história de Sully, fica em aberto o definitivo desfecho para a briga de Sully e Quaritch, deixando clara a vinda de um terceiro filme -prometido para 2024.

Não pense que "Avatar: O Caminho da Água" é somente um lindo filme para os olhos. O longa com roteiro de James Cameron, Josh Friedman, Amanda Silver, Shane Salerno e Rick Jaffa contempla muitas vertentes, é completo. Ainda que reforce a ideia de que James Cameron não consiga fazer um filme mais enxuto -considerando o antecessor e "Titanic"-, em "Avatar: O Caminho da Água" nada sobra e deixa um gostinho de quero mais. Filmaço imperdível!




Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


Filme: "Avatar: O Caminho da Água" ("Avatar: The Way of Water")
Classificação: 12 anos
Ano de produção: 2022
Diretor: James Cameron
Roteiro: Jake Crane e Jonathan Stewart
Duração: 3h12
Elenco: Zoe Saldana, Michelle Yeoh, Sam Worthington, Sigourney Weaver


Trailer



.: "Molly-Bloom", com Bete Coelho, no Teatro Unimed abre venda de ingressos

Começam as vendas de ingressos para "Molly-Bloom", com Bete Coelho, no Teatro Unimed. Com direção de Daniela Thomas, concorrido espetáculo estreia em 27 de janeiro


Marcando o centenário de Ulisses, clássico de James Joyce, comédia dramática "Molly-Bloom" abre a temporada 2023 do Teatro Unimed. (Foto: Matheus Jose Maria)


Já começaram a ser vendidos os ingressos para o muito aguardado espetáculo "Molly-Bloom", estrelado pela atriz Bete Coelho, com direção de Daniela Thomas e participação do ator Roberto Audio, que estreia na sexta-feira, 27 de janeiro, no Teatro Unimed. Nesta montagem da Cia.BR116, o texto é formado pelas famosas partes finais do clássico Ulysses, de James Joyce, cuja primeira publicação fez 100 anos em 2022.

Os ingressos já podem ser adquiridos pela Internet (sympla.com.br/teatrounimed) ou na bilheteria do Teatro Unimed (Ed. Santos Augusta, Al. Santos, 2159, Jardins, São Paulo, na esquina da Rua Augusta com a Alameda Santos, ao lado do Conjunto Nacional). Como o Teatro Unimed tem apenas 249 lugares, recomenda-se não deixar para comprar na última hora.


Teatro Unimed: O Teatro Unimed está localizado em um dos pontos centrais da cidade de São Paulo: esquina da Rua Augusta com a Alameda Santos, a apenas uma quadra da Avenida Paulista. Sua programação é dedicada a espetáculos de alta qualidade e nunca antes exibidos na cidade, como o musical Lazarus, de David Bowie, com o qual o teatro abriu suas portas em agosto de 2019. Durante todo o período em que esteve fechado para espetáculos presenciais, o Teatro Unimed continuou produzindo cultura e lazer, com espetáculos de grande qualidade, online e sempre gratuitos, como parte do projeto Teatro Unimed Em Casa. Muito versátil, com o que existe de mais moderno em tecnologia cênica, ideal para espetáculos de teatro, música, dança, eventos, gravações e transmissões ao vivo, o Teatro Unimed é todo revestido em madeira, com 249 lugares, palco de 100m2, boca de cena com 12m de largura e fosso para orquestra. Primeiro teatro criado por Isay Weinfeld (responsável pelos projetos dos hotéis do Grupo Fasano, do residencial Jardim, em Nova York, e do Hotel InterContinental, em Viena), o Teatro Unimed ocupa o primeiro andar do sofisticado edifício projetado pelo arquiteto, o Santos Augusta, empreendimento da desenvolvedora Reud, combinação única de escritórios, café, restaurante e teatro, o que permite uma experiência completa, antes e depois de cada espetáculo. Elegante e integrado ao lobby no piso térreo, o Perseu Coffee House é a porta de entrada do Santos Augusta. Com mobiliário vintage original dos anos 50 e 60, assinado por grandes nomes do design brasileiro, como Zanine Caldas, Rino Levi e Carlo Hauner, e uma carta de cafés, comidinhas e drinks clássicos, é o lugar perfeito para encontros informais, desde um café da manhã até o happy hour. O Casimiro Ristorante, localizado no quarto andar do edifício, é uma iniciativa de um dos mais admirados e tradicionais restaurantes de São Paulo o Tatini, fruto da dedicação de três gerações de profissionais voltados para a gastronomia italiana de qualidade: Mario Tatini, Fabrizio Tatini e Thiago Tatini.


"Molly-Bloom"

Teatro Unimed

Ed. Santos Augusta, Al. Santos, 2159, Jardins, São Paulo

Estreia: sexta-feira, 27 de janeiro de 2022

Curta temporada: de 27 de janeiro a 26 de março de 2022 (não haverá espetáculo de 17 a 19 de fevereiro, Carnaval)

Horários: sextas e sábados, às 20h. Domingos, às 18h

Valores: Inteira - R$ 140,00 (plateia), R$ 100,00 (balcão). Meia-entrada - R$ 70,00 (plateia) e R$ 50,00 (balcão).

Clientes Unimed têm 50% de desconto com apresentação da carteirinha. Descontos não cumulativos.

Horários da Bilheteria: Sexta e sábado, das 12h30 às 20h30. Domingos, das 10h30 às 18h30.

Duração: 75 minutos

Classificação: 14 anos

Capacidade: 249 lugares

Gênero: Comédia dramática

Acessibilidade: Ingressos para cadeirantes e acompanhantes podem ser reservados pelo e-mail contato@teatrounimed.com.br

Recomenda-se o uso de máscara durante todo o espetáculo.

Estacionamento com manobrista: R$ 25,00 (primeira hora) + R$ 10,00 (por cada hora adicional)

Vendas pela internet: sympla.com.br/teatrounimed

teatrounimed.com.br | www.facebook.com/TeatroUnimed | instagram.com/teatrounimed


.: 3ª Temporada de "Emily em Paris" discute relação trabalho e vida pessoal

Viver para trabalhar ou trabalhar para viver? Emily em Paris e empresas no Brasil repensam os hábitos de trabalho

Nova temporada da badalada série da Netflix estreia em 21 de dezembro e tem muito a ensinar sobre carreira e trabalho. Conheça o conceito de Work-Life Balance, que já vem sendo adotado por brasileiros que buscam saúde mental e outros requisitos


A 3ª Temporada de Emily em Paris estreia no dia 21 de dezembro na Netflix e fãs do mundo inteiro estão à espera das novas decisões erradas que a protagonista deve tomar, seus romances, estratégias de marketing e, porque não, aventuras. Para além do glamour de Paris, gastronomia e moda, a série traz importantes reflexões sobre carreira e o modo de vida relacionado ao trabalho. Além dos personagens franceses, empresas brasileiras defendem um “novo” significado para o trabalho, entre elas a Woba, plataforma de soluções para escritório, e a Korú, ecossistema de empregabilidade. Confira abaixo.

Viver para trabalhar ou trabalhar para viver? Ao longo das duas últimas temporadas, Emily, vivida por Lily Collins, foi impactada pelo choque de cultura que foi muito além do idioma. O ritmo acelerado da rotina americana não tinha lugar na agência francesa onde começou o trabalho de social media. Expediente na França começava às 10h, os longos almoços eram costumeiros, jornada média de 35 horas semanais, nada de fazer ligações sobre trabalho no fim de semana e nada de falar de trabalho em momentos sociais, mesmo que com colegas e clientes. 

Mas, talvez, o maior impacto veio da fala do personagem Luc, interpretado por Bruno Gouery: “Você vive para trabalhar, nós trabalhamos para viver”. Quem acompanha a história percebe que a carreira está no centro da vida de Emily e, no caso, não é bem assim para os franceses da série, onde a ideia é ganhar dinheiro para aproveitar as coisas boas da vida, seja tomando um bom vinho às margens do rio Sena ou em uma viagem de fim de semana, e não morrer de trabalhar. 

O que querem os trabalhadores no Brasil - Essa visão chegou com a pandemia. Nos momentos de isolamento social e com a perda de pessoas próximas, até os mais workaholics perceberam a importância de apreciar a vida, as boas companhias e as experiências. Viver a semana em sofrimento ansiando pelo fim de semana, definitivamente não é algo que se quer para a rotina.

“Podemos chamar de tendência, mas já é uma realidade. Os colaboradores querem rotinas mais leves, tempo para curtir a vida e querem se dar bem na carreira, mas sem sacrificar a vida pessoal. Nesse cenário, as pessoas estão trocando facilmente de profissão, cargos e empresas, e optando por carreiras em que o equilíbrio entre os diversos aspectos de suas vidas é mais viável. A preferência para horas flexíveis e trabalho remotos é maior atualmente e as empresas que não se adaptarem vão continuar perdendo talentos, gastando com recrutamento e tendo baixa produtividade. É preciso olhar para as pessoas e saber equilibrar isso com necessidades de negócio”, reflete o especialista em RH e CEO da Korú, Daniel Spolaor. A startup, além de profissionalizar pessoas em cursos de alta demanda, tem criado treinamentos e soluções para as empresas melhorarem seus processos. 

Saúde mental - Para Spolaor, a saúde mental ainda é um dos maiores tabus e motivos de desalinhamento entre pessoas e organizações. Ele comenta que há um crescimento do interesse e das pesquisas sobre o tema após a pandemia de Covid-19, uma vez que ela causou o aumento da ansiedade e depressão em 25% em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mas que as ações das organizações nesse sentido ainda são fracas. A maioria dos programas de benefícios são centrados em saúde física, mesmo entre grandes corporações.

De acordo com a OMS e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), em relatório publicado neste ano, estima-se que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente devido aos problemas de saúde mental que custam à economia global quase um trilhão de dólares. “Investir na saúde mental dos colaboradores significa manter uma equipe mais equilibrada, focada, feliz e, consequentemente, mais produtiva”, ressalta.

Work-Life Balance - A busca por esse equilíbrio entre carreira e vida pessoal, tanto das empresas quanto dos funcionários, vem sendo chamada de “Work-Life Balance”. O termo se refere à uma vida profissional equilibrada, onde o trabalho não é mais o objetivo central e total do dia, “mas apenas uma parte que soma, multiplica e não subtrai, principalmente porque, nos últimos anos, as pessoas passaram a entender o trabalho como algo que se encaixa na rotina delas e não o contrário. Tudo isso contribui para mais qualidade de vida e bem-estar”, destaca Roberta Vasconcellos, CEO e cofundadora da Woba.

A empresa, antes conhecida como BeerOrCoffee, inclusive mudou seu nome para Woba uma redução do termo “Work-Life Balance”. A plataforma de soluções para escritórios, que inclui o maior marketplace de coworkings do Brasil, teve um crescimento de mais de 387% do número de reservas de 2021 a 2022 e  investimento de R$ 50 milhões dos fundos Kaszek e Valor no último ano. Tudo isso exatamente porque as empresas querem encontrar alternativas no modo de trabalho para que os colaboradores tenham mais comodidades e praticidades, como trabalhar perto de academias, da escola dos filhos ou próximo onde mora, evitando longas horas de estresse no trânsito e se cuidando. 

“Os modos de trabalho estão vivendo uma transformação e isso é só o começo, veremos essas mudanças com muito mais impacto nos próximos anos. Cabe às pessoas exigirem o que desejam para uma vida mais tranquila e às empresas encontrarem meios de continuar ganhando dinheiro sem afetar a vida e a saúde mental dos colaboradores”, conclui Spolaor.

A prévia da nova temporada de Emily em Paris mostra que, por mais que a protagonista venha adaptando seu modo de vida, ela irá acumular funções em duas agências de marketing simultaneamente. Em breve o público descobrirá se isso vai dar certo e o que mais Emily em Paris pode ensinar sobre carreira e trabalho. 

.: Lista: cinco livros infantis para presentear as crianças no Natal

Títulos divertidos, interativos e desafiadores podem ser opções de presentes para as crianças neste Natal


Dezembro chegou e junto dele o momento mais esperado pelas crianças: receber os presentes de Natal. Sabe-se que não existe fórmula mágica para a escolha, cada criança é uma criança e nesse momento principalmente os pais podem ficar com dúvidas referente a qual presente escolher para os filhos. 

No último Natal, os livros ficaram entre os principais presentes escolhidos. Segundo o 13º Painel do Varejo de Livros no Brasil, entre os dias 6 de dezembro de 2021 e 2 de janeiro de 2022, foram vendidos 5,4 milhões de livros no país, tendo alta de 4,94% sobre o mesmo período em 2020, que registrou 5,1 milhões de unidades comercializadas.

Presentear as crianças com um livro pode ser uma ótima decisão para a vida dos pequenos. As obras, além de contribuírem para o aprendizado e desenvolvimento, também proporcionam: 


* Momentos de diversão com livros interativos;

* Estímulo de habilidades como memória e compreensão; 

* Ajuda no desenvolvimento da criança na infância;

* Aprendizado e apreço pela leitura desde cedo. 

Para ajudar a escolher o melhor livro, a Catapulta Editores fez uma seleção com cinco títulos que vão desafiar, divertir, gerar conhecimento e encantar os pequenos neste Natal. Abaixo, confira cinco títulos para presentear as crianças até o próximo dia 25 de dezembro: 


"Harry Potter Construções em 5 minutos"

Com este título as crianças podem se aventurar no mundo da magia de forma lúdica, prática e interativa. São mais de 100 grandes ideias sobre o filme para fazer construções, atividades e desafios Lego® que foram especialmente elaborados para levar até cinco minutos. Compre o livro aqui: amzn.to/3hCmkBB



"Abremente Fãs"
Indicado para crianças de 3 a 11 anos, o novo Abremente Fãs possui a proposta inovadora de aprendizado e diversão, uma coleção de livros de perguntas e respostas com diversas temáticas que vão desafiar e ampliar os conhecimentos das crianças de acordo com o nível e a capacidade de cada idade. Compre o livro aqui: amzn.to/3PDyE14. 


"Coleção Dedinhos"
Com páginas texturizadas, a coleção Dedinhos tem como propósito apresentar para as crianças de maneira divertida assuntos como animais, cores, palavras e até números criados com impressões digitais. Assim os pequenos vão aprender a reconhecer pelo tato o que ele está vendo. 


"Mãos à Arte"
Mãos à Arte ensinará para os pequenos tudo que eles precisam saber para desenhar com as mãos. É possível transformar o contorno da mão em uma galinha, um gato, uma água-viva e o que a imaginação da criança quiser. É fácil e divertido. Compre o livro aqui: amzn.to/3VcRM7p

"Chef Mirim"
Um livro de culinária para as crianças se aventurarem na cozinha e aprenderem deliciosas receitas de pratos tradicionais doces e salgados, criadas e desenvolvidas pela reconhecida culinarista Pia FendriK. de seis países diferentes: Brasil, Argentina, Itália, França, México e Espanha. Compre o livro aqui: amzn.to/3Wyu5aq


.: "Pão-Pão, Beijo-Beijo": Elizabeth Savala comenta chegada no Globoplay

Elizabeth Savala (Bruna) comenta chegada de "Pão-Pão, Beijo-Beijo" no Globoplay. Foto: TV Globo / CEDOC


"Pão-Pão, Beijo-Beijo", novela de 1983, fica disponível para todos os assinantes do Globoplay a partir do dia 19, como parte do projeto de resgate dos clássicos de dramaturgia da plataforma. A obra, que instiga reflexões sobre os encontros e desencontros da vida, tem autoria de Walther Negrão e direção de Gonzaga Blota e Henrique Martins. 

A história começa depois que um acidente de trânsito em Madureira, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro, marca para sempre a vida de três personagens da novela: Ciro (Cláudio Marzo), um motorista de ônibus, Soró (Arnaud Rodrigues), um imigrante nordestino que trabalha transportando mercadorias com uma carroça de mão, e Bruna (Elizabeth Savala), uma moça rica, autoritária e de temperamento forte. Devido ao acidente, Ciro e Soró são despedidos de seus empregos. Como compensação pelos prejuízos, a família de Bruna, que possui uma rede de cantinas italianas, emprega os dois.  

Após o acidente, Ciro vai trabalhar como secretário particular de Luiza (Maria Cláudia), irmã de Bruna (Elizabeth Savala) e Soró (Arnaud Rodrigues), como jardineiro da chácara de Guido (Mario Benvenutti), filho de Mama Vitória (Lélia Abramo), a matriarca da família. Ciro apaixona-se por Bruna, mas ela faz questão de humilhá-lo sempre que pode. Confira a entrevista com Elizabeth Savala!


Elizabeth Savala (Bruna) comenta chegada de "Pão-Pão, Beijo-Beijo" no Globoplay. Foto: TV Globo / CEDOC


Depois de quase 40 anos desse trabalho, como é para você ter a oportunidade de relembrar essa personagem?

Elizabeth Savala - A história da novela é maravilhosa. O elenco é maravilhoso, com atores talentosíssimo e que eu era fã desde nova. A direção foi deliciosa.. Então, já passou no Viva e agora estreando no Globoplay, será uma confirmação de que o que é bom é atemporal.


Tem alguma cena ou momento de bastidor deste trabalho que você lembra até hoje? Qual?  

Elizabeth Savala - Bom, as novelas de antigamente eram gravadas bem diferente de como são hoje. Na época, tinha 3 câmeras no estúdio e a gente gravava 30, 40 cenas por dia. Mas o que eu lembro de um bastidor é que uma vez, gravando no shopping da Gávea, um grupo de mulheres de Minas Gerais, quando viram as cenas da Bruna, fizeram uma confusão e queriam brigar comigo por causa do comportamento da personagem. 

 

O que acha da novela chegar agora no Globoplay?

Elizabeth Savala - Existem novelas que são atemporais e alguns autores como o Negrão, mexem no íntimo do coração das pessoas e essa novela é assim. E com tanta coisa estranha acontecendo no mundo, assistir uma coisa leve e que te faça bem, é o que as pessoas gostam. Pão-Pão, Beijo-Beijo é esse tipo de novela.


Se pudesse falar alguma coisa hoje para Bruna, sua personagem na novela, seja um conselho, um puxão de orelha ou um elogio, o que diria e por quê? 

Elizabeth Savala - Olha, eu acho que a Bruna é a Bruna e, faça você o que fizer, ela vai ser sempre a Bruna. É mimada, tem muito dinheiro e no final ela quebra a cara. Ela consegue manipular as pessoas, faz o que quer... não sei se com algum conselho meu ela mudaria (a atriz diz rindo).


Os protagonistas da novela se conhecem por meio de um acidente. Coincidência do destino ou não, as vidas dos três mudaram e se interromperam a partir dali. Você acha que na vida real o ser humano consegue ter o controle dos encontros da vida ou tudo e todos estão à mercê do destino? 

Elizabeth Savala - Eu acho que a gente tá à mercê das coincidências. Acho que a vida é assim mesmo, de repente você tá andando, tropeça, aparece alguém para te ajudar que transforma sua vida. Pode acontecer num ônibus, na esquina, num bar, comprando pão... Tem até uma história interessante: um dia eu estava lavando roupa, de short, chinelo de dedo e uma camisa qualquer e meu filho me liga pedindo ajuda dizendo que um cachorro tinha mordido ele. Eu saí desesperada para agilizar a ajuda; tomar vacina, dar os remédios... E do nada, eu andando resolvendo as coisas, encontro um diretor da Globo e ele fala: "É você!! É você que eu preciso! Aparece no Projac mais tarde para falar sobre uma nova série da emissora"... E foi assim que aconteceu, graças ao acaso que aconteceu com meu filho, eu tive esse encontro com o diretor, fui ao Projac e fiz a protagonista da minissérie 'Meu Marido'. Então, estamos sim à mercê das coincidências.


segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

.: Laila Garin é Carmen Miranda em temporada gratuita de musical em SP

Com Laila Garin no papel-título, o musical Carmen, a Grande Pequena Notável ganha temporada gratuita no Teatro do Sesi-SP. Adaptação do premiado livro de Heloísa Seixas e Julia Romeu apresenta a trajetória de Carmen Miranda para toda a família com linguagem de Teatro de Revista. A direção é de Kleber Montanheiro. Foto: Leekyung Kim 


Com a proposta de apresentar a trajetória de Carmen Miranda (1909-1955) para toda a família, o musical "Carmen, a Grande Pequena Notável", dirigido por Kleber Montanheiro, ganha temporada, pela primeira vez, gratuita no Teatro do Sesi-SP, entre 26 de janeiro e 12 de fevereiro. A estreia marca a apresentação de número 100 do musical.

As apresentações acontecem às quintas, sextas e sábados, às 20h, e aos domingos, às 19h, e os ingressos podem ser reservados de graça, semanalmente, por meio da plataforma Meu Sesi, todas as segundas-feiras, a partir das 8h.

Visto por milhares de pessoas, o espetáculo estreou em 2018 no CCBB São Paulo, no contexto das comemorações aos 110 anos de Carmen Miranda. Desde então, teve várias temporadas na capital paulista e uma temporada na cidade do Rio de Janeiro.  

Desta vez, a atriz Amanda Acosta é substituída em cena pela premiada Laila Garin no papel da protagonista. O elenco ainda conta com a participação de Daniela Cury, Gustavo Rezende, Luciana Ramanzini, Jonathas Joba, Júlia Sanches e Roma Oliveira, além dos músicos Maurício Maas, Betinho Sodré, Monique Salustiano e Wagner Passos, que também estão em cena no palco do Teatro do Sesi-SP.

Abrindo a programação teatral do Centro Cultural Fiesp, o espetáculo celebra e homenageia a grande personalidade que foi Carmen Miranda, em memória ao seu legado enquanto artista na cultura popular brasileira. “A peça é intergeracional, pois rememora e apresenta Carmen para os públicos de todas as idades, reafirmando a vocação do Sesi São Paulo em difundir e democratizar o acesso à cultura, por meio de uma verve artística de excelência”, afirma Débora Viana, gerente executiva de cultura da instituição

O musical é inspirado no livro homônimo de Heloisa SeixasJulia Romeu, vencedor do Prêmio FNLIJ de Melhor Livro de Não Ficção (2015) e tem como proposta apresentar o universo artístico da homenageada. Portuguesa radicada no Brasil, ela se tornou um dos maiores símbolos da cultura brasileira para todo o mundo. Para contar sua história, a produção adota a estrutura, a estética e as convenções do Teatro de Revista Brasileiro, grande destaque na época, no qual Carmen Miranda também se destacou.

“Utilizamos a divisão em quadros, o reconhecimento imediato de tipos brasileiros e a musicalidade presente, colaborando diretamente com o texto falado, não como um apêndice musical, mas sim como dramaturgia cantada”, explica o diretor Kleber Montanheiro. Esse tradicional gênero popular faz parte da identidade cultural brasileira, mas, recentemente, está em processo de desaparecimento da cena teatral por falta de conhecimento, preconceito artístico e valorização de formas americanizadas e/ou industrializadas de musicais.

A encenação tem a proposta de preservar a memória sobre a pequena notável, como a cantora era conhecida, e a época em que ela fez sucesso tanto no Brasil como nos Estados Unidos, entre os anos de 1930 e 1950. Por isso, os figurinos da protagonista são inspirados nos desenhos originais das roupas usadas por Carmen Miranda; já as vestes dos demais personagens são baseadas na moda dessas décadas.

“As interpretações dos atores obedecem a prosódia de uma época, influenciada diretamente pelo modo de falar ‘aportuguesado’, o maneirismo de cantar proveniente do rádio, onde as emissões vocais traduzem um período e uma identidade específica”, revela Montanheiro.

A cenografia reproduz os principais ambientes propostos pelo livro. Esses espaços físicos são o porto do Rio de Janeiro, onde Carmen desembarca criança com seus pais; sua casa e as ruas da Cidade Maravilhosa; a loja de chapéus, onde Carmen trabalhou; o estúdio de rádio; os estúdios de Hollywood e as telas de cinema; e o céu, onde ela foi cantar em 5 de agosto de 1955. Cada cenário traz ao fundo uma palavra composta com as letras do nome da cantora em formatos grandes. Por exemplo, a palavra MAR aparece no porto, e MÃE, na casa dos pais da cantora.


Sobre Kleber Montanheiro – direção, cenários e figurinos
Multiartista com 30 anos de carreira, Kleber Montanheiro é diretor cênico, cenógrafo, figurinista, iluminador e artista visual em expografia. Indicado a mais de 25 prêmios (FEMSA, APCA, Shell, Prêmio Bibi Ferreira e Prêmio DID - Destaque Imprensa Digital) em diversas categorias, foi contemplado pela maioria delas. Destacam-se em sua direção espetáculos como “Ópera do Malandro”, de Chico Buarque de Holanda;  "Carmen, a Grande Pequena Notável", de Heloísa Seixas e Júlia Romeu; “Nossos Ossos”, do livro homônimo de Marcelino Freire e, atualmente, “Tatuagem”, um musical adaptado do filme de Hilton Lacerda, da qual recebeu indicações aos prêmios Bibi Ferreira e APCA como melhor diretor. Por “Carmen, a Grande Pequena Notável”, recebeu o Prêmio São Paulo de melhor figurino. Está indicado ao prêmio DID - Destaque imprensa Digital como melhor diretor pelo espetáculo musical “Tatuagem”.


Sobre Heloisa Seixas – autora do livro e adaptadora teatral
A carioca Heloisa Seixas trabalhou muitos anos na imprensa do Rio de Janeiro antes de se dedicar exclusivamente à literatura. É autora de mais de 20 livros, incluindo romances, contos, crônicas e obras infanto-juvenis, além de peças de teatro. Foi quatro vezes finalista do prêmio Jabuti, com os livros “Pente de Vênus”, “A Porta”, “Pérolas Absolutas” e “O Oitavo Selo”, este último também finalista do prêmio São Paulo de Literatura e semifinalista do prêmio Oceanos.

Seu livro mais recente é o romance “Agora e na Hora”, lançado em abril pela Companhia das Letras. Além dos musicais “Era no Tempo do Rei” e “Bilac Vê Estrelas”, ambos em parceria com Julia Romeu, Heloisa fez para o teatro a peça “O Lugar Escuro”, uma adaptação de seu livro homônimo sobre a doença de Alzheimer. Este espetáculo rendeu para a atriz Camilla Amado o Prêmio Especial APTR de 2014.

Sobre Julia Romeu – autora do livro e adaptadora teatral
Em parceria com Heloisa Seixas, Julia Romeu escreveu os musicais “Era no Tempo do Rei” (2010), com músicas de Aldir Blanc e Carlos Lyra; e “Bilac Vê Estrelas” (2015), que venceu os prêmios Bibi Ferreira de Melhor Musical Brasileiro, Shell e APTR, com canções de Nei Lopes. As duas também são autoras do livro  "Carmen, a Grande Pequena Notável", a biografia de Carmen Miranda para crianças, vencedora do Prêmio FNLIJ de Melhor Livro de Não Ficção de 2015. Além disso, ela trabalha como tradutora literária há mais de dez anos e é mestre em Literaturas de Língua Inglesa pela UERJ.


Sobre o Sesi-SP
O Sesi-SP é uma instituição que trabalha pela educação de forma ampla e onde a cultura é parte importante nesse processo. Desta forma, todas as ações e projetos desenvolvidos pela instituição visam à formação de novos públicos em artes, a difusão e o acesso à cultura de forma gratuita, além da promoção da economia criativa nacional.

Ficha técnica
“Carmen, a Grande Pequena Notável”
Autoras do livro e adaptação teatral:
Julia Romeu e Heloisa Seixas. Direção, cenários e figurinos: Kleber Montanheiro. Desenho de luz: Marisa Bentivegna. Direção musical: Ricardo Severo. Visagismo: Anderson Bueno. Elenco: Laila Garin (Carmen Miranda), Daniela Cury, Gustavo Rezende, Luciana Ramanzini, Jonathas Joba, Júlia Sanches e Roma Oliveira. Músicos: Maurício Maas, Betinho Sodré, Monique Salustiano e Wagner Passos. Direção de produção: Maurício Inafre. Produção: Uma Arte Produções Artísticas & Cia Da Revista. Assessoria de imprensa: Pombo Correio. Realização: Sesi-SP. 


Serviço
"Carmen, a Grande Pequena Notável"
Temporada:
de 26 de janeiro a 12 de fevereiro: quintas, sextas e sábados, às 20h, e aos domingos, às 19h.
Teatro do Sesi-SP - Avenida Paulista, 1313, Bela Vista.
Ingressos: gratuitos. As reservas para as apresentações da semana são disponibilizadas pela plataforma MeuSesi (https://www.sesisp.org.br/eventos) todas as segundas-feiras, a partir das 8h.
Classificação: livre. Recomendado para crianças a partir de cinco anos.
Duração: 80 minutos.
Capacidade: 456 lugares.
Acessibilidade: sala tem acessibilidade para pessoas com deficiências e mobilidade reduzida. 


.: Grace Gianoukas em “Nasci Pra Ser Dercy”, com direção de Kiko Rieser

Monólogo, com voz off de Miguel Falabella, presta homenagem a Dercy Gonçalves, artista que rompia padrões e inaugurou uma representação genuinamente brasileira em nossos palcos. Estreia dia 13 de janeiro, no Teatro Itália Bandeirantes. Por Cris Fusco, em dezembro de 2022. Fotos: Heloísa Bort

Dercy Gonçalves é uma das maiores atrizes do século XX. Ela faleceu há 15 anos, em 2008, aos 101 anos, sem que jamais tenha havido nos palcos brasileiros uma peça que a homenageasse. Até agora! O monólogo “Nasci Pra Ser Dercy”, com Grace Gianoukas, escrito e dirigido por Kiko Rieser, busca unir o apelo popular e o carisma da atriz a uma profunda pesquisa que mostra a importância, muitas vezes ignorada, da atriz para o teatro brasileiro e para a liberdade feminina, bem como sua inquestionável singularidade. A estreia acontece no dia 13 de janeiro, no Teatro Itália Bandeirantes, em curta temporada. Miguel Falabella faz participação especial em voz off.

Dercy não cabia em rótulo algum. Desbocada e defensora da mais profunda liberdade, era muito recatada em sua vida íntima, chegando a se casar e enviuvar anos depois ainda virgem. Contestava frontalmente a censura da ditadura militar, mas se recusava terminantemente a levantar bandeiras políticas específicas que não fossem a da irrestrita liberdade e do respeito a todas as formas de existir.

A atriz se consagrou como vedete do Teatro de Revista, mas sua maior contribuição ao nosso teatro se deu ao levar essa expertise para a comédia popular, que ela revolucionou inteiramente, trazendo textos fundamentais para o Brasil e instaurando uma nova forma de interpretar, que rompia com todos os padrões e inaugurava em nossos palcos uma representação genuinamente brasileira. Amada por quase todo o país, Dercy Gonçalves é uma figura largamente reconhecida, mas pouco conhecida de fato.

“Dercy Gonçalves é retratada quase sempre como apenas uma velha louca que falava palavrão”, fala Kiko Rieser, que no texto procura revelar ao público a mulher grandiosa e complexa que ela foi. “Uma atriz vinda do teatro de revista que recriou a comédia brasileira. Uma mulher que era chamada de puta, mas que casou e enviuvou virgem, iconoclasta e devota, libertária mas avessa a qualquer bandeira, inclassificável e singular”, completa o autor.

Sinopse do espetáculo
A peça começa com uma atriz, Vera, entrando no estúdio para fazer teste para o papel de Dercy Gonçalves em um filme. Conforme vai dando suas falas, ela se revolta contra o roteiro, cheio de estereótipos. Sua mãe era grande fã de Dercy e por isso Vera cresceu conhecendo e sendo influenciada pelo exemplo dessa artista icônica. Ela então, transformando-se em Dercy, começa a mostrar quem realmente foi essa mulher à frente de seu tempo.


Ficha técnica
“Nasci Pra Ser Dercy”
Texto e direção:
Kiko Rieser
Atuação: Grace Gianoukas
Voz off: Miguel Falabella
Cenário e figurino: Kleber Montanheiro
Desenho de luz: Aline Santini
Trilha sonora original e arranjos: Mau Machado
Canção “Malandrinha”: Freire Júnior
Canção-tema “Só Sei Ser Dercy”: Danilo Dunas e Pedro Buarque
Visagismo: Eliseu Cabral
Assistência de direção: André Kirmayr
Preparação corporal: Bruna Longo
Preparação vocal: André Checchia
Colaboração no processo: Fernanda Lorenzoni
Assistência de figurino: Marcos Valadão
Cenotécnica: Evas Carreteiro
Design gráfico: Letícia Andrade (Nós Comunicações)
Assessoria de imprensa: Flavia Fusco Comunicação
Mídias sociais: Inspira Comunicação
Fotos: Heloísa Bortz
Direção de produção: Paulo Marcel
Produtores associados: Fábio Hilst e Kiko Rieser
Elaboração de projeto: Kiko Rieser
Assessoria jurídica: Ana Capozzi
Realização: Ventilador de Talentos


Serviço
“Nasci Pra Ser Dercy”
Estreia dia 13 de janeiro. Temporada até 26 de fevereiro.
Sextas e sábados, às 21h. Domingos, às 19h.
Indicação: 14 anos.
Duração: 60 minutos.
Ingressos: preços populares até o dia 5 de fevereiro, R$ 50. De 10 a 26 de fevereiro, R$ 80.
Ingressos on-line: https://bileto.sympla.com.br/event/79211/d/172771/s/1162490
Horário Bilheteria: terça a sábado, das 17h às 21h. Domingo, das 16h às 21h, ou até o início do espetáculo.
Capacidade: 292 lugares.
Teatro Itália Bandeirantes: av. Ipiranga, 344 - República - São Paulo.

.: Qual o valor do caminho na vida? Clóvis de Barros Filho responde em livro

No livro "Inédita Pamonha", o filósofo e professor Clóvis de Barros Filho aborda um tema recorrente entre aqueles que gostam de refletir sobre a vida nos últimos dias do ano: a importância do caminho. Para o escritor, a trajetória tem mais valor do que o destino final. E conquistar um objetivo, por vezes, não traz tanto prazer quanto o percurso de alcançá-lo. Inédita Pamonha" vira livro pela editora Citadel com seleção peculiar de episódios que fazem refletir sobre a vida

Projeto iniciado na reinvenção da pandemia por Clóvis de Barros Filho, o podcast "Inédita Pamonha" toma agora forma de texto em publicação pela editora Citadel. O que confere ineditismo à iniciativa é o critério adotado pelos idealizadores na seleção: o livro "Inédita Pamonha - Por Instantes Felizes, Virginais e Irrepetíveis" reúne os dez piores entre quase 150 episódios veiculados nos últimos 30 meses.

E por quê?  “Aqui tudo é mais parecido com a vida de verdade. A nossa, de carne e osso. Sobre a qual você pensa de vez em quando, com a estranha impressão de que tudo se equivale. Porque nada vale. Não em si mesmo”, afirma o jornalista e filósofo, ao refutar o que classifica como “ridículas edições teatralizadas”, com a lucidez e ironia que lhe são peculiares.  

No podcast, o professor aborda temas do cotidiano, com reflexões semanais sobre uma ideia específica, tida ou não por filosófica. Sem entrevistas, fala apenas ele sobre as coisas da vida. “Desse modo, dispomo-nos a refletir para viver bem. Articulando pensamentos para uma vida boa. Ou, mais modestamente, para a melhor vida possível”, escreve.

"Sou Meu Sono, Não Meu Dono", "Mistérios da Meia-noite" e "Píton, Pitonisa e Pitel" entraram na lista dos piores episódios adaptados do conteúdo oral para os textos. "Inédita e Pamonha", o primeiro deles, não poderia ficar de fora do destaque negativo, até mesmo para que o nome pitoresco do podcast – e do livro – possa ser compreendido. Você pode comprar o livro "Inédita Pamonha - Por Instantes Felizes, Virginais e Irrepetíveis" neste link.


Trecho do livro
"A inédita pamonha corresponde à inédita experiência de vida, vivida na irrepetibilidade discreta dos instantes. Vida sem volta, inclinada para um devir desconhecido, que só se repete para percipientes grosseiros, alienados de carteirinha ou covardes que se deixam cegar." (página 31) 


Sobre o autor
Doutor e livre-docente pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, Clóvis de Barros Filho é autor de vários livros sobre ética, felicidade, autoconhecimento e valores. Palestrante que cativa as mais diversas plateias sem o uso de aparatos tecnológicos. Recorrendo a exemplos do cotidiano e histórias divertidas, ensina conteúdos densos de maneira leve e fascinante. Compre o livro "Inédita Pamonha - Por Instantes Felizes, Virginais e Irrepetíveis" neste link.


.: Grátis: Teatro Sérgio Cardoso recebe Tom Zé na 6ª Edição do Festival Mucho!


O Teatro Sérgio Cardoso, equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerido pela Amigos da Arte, recebe o show de Tom Zé nesta segunda-feira, dia 19 de dezembro, segunda-feira, 20h30. O evento faz parte da 6ª Edição do Festival Mucho!. 

Tom Zé é um dos responsáveis pela consolidação da MPB (Música Popular Brasileira) ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa e Maria Bethânia. Através do Tropicalismo, o artista criou sua identidade ao inovar o estilo de composição, criando uma originalidade exclusivamente sua e de difícil classificação. Neste ano, aos 86 anos, lançou o disco "Língua Brasileira" para contar episódios históricos e suas lendas, que resultaram na língua que é falada no Brasil.

Festival Mucho! 6ª Edição 2022
O Festival Mucho! é território de encontro da cultura do nosso continente. Espaço de múltipla expressão de narrativas onde as identidades, ancestralidades, lutas e celebrações do centro-sul do nosso continente são colocadas lado a lado. Uma oportunidade para descobrir o novo, olhar para o lado e se sentir parte de um movimento maior, uma batalha robusta por questões tão caras que ainda resistem em um continente forjado pela colonização. Isso tudo através da música, do diálogo, da dança e das atividades formativas. Toda nossa programação e conteúdos serão livres e gratuitos.

Desde sua primeira edição em 2017, o Festival propõe ao público um espaço onde a diversidade cultural migratória é o foco, fortalecendo a interatividade entre as diferentes culturas do nosso continente, tão ricas e indispensáveis para a formação de uma cidade migrante como São Paulo. Com este foco, o Mucho sempre apontou para à diversidade étnico-racial, e protagonismo da produção cultural afro-latina.

Sobre a Amigos da Arte
A Amigos da Arte, Organização Social de Cultura responsável pela gestão do Teatro Sérgio Cardoso, Teatro Sérgio Cardoso Digital e Teatro de Araras, além da plataforma de streaming e vídeo por demanda #CulturaEmCasa,  trabalha em parceria com o Governo do Estado de São Paulo e a iniciativa privada desde 2004.

Música, literatura, dança, teatro, circo e atividades de artes integradas fazem parte da atuação da Amigos da Arte, que tem como objetivo fomentar a produção cultural por meio de festivais, programas continuados e da gestão de equipamentos culturais públicos. Em seus mais de 17 anos de atuação, a Organização desenvolveu cerca de 60 mil ações que impactaram mais de 30 milhões de pessoas.

Sobre o Teatro Sérgio Cardoso
Localizado no boêmio bairro paulistano do Bixiga, o Teatro Sérgio Cardoso mantém a tradição e a relevância conquistada em mais de 40 anos de atuação na capital paulista. Palco de espetáculos musicais, dança, peças de teatro, o equipamento é um dos últimos grandes teatros de rua da capital, e foi fundamental  nos dois anos de pandemia, quando abriu as portas, a partir de rígidos protocolos de saúde, para a gravação de especiais difundidos pela plataforma #CulturaEmCasa. 

Composto por duas salas de espetáculo, quatro dedicadas a ensaios, além de uma sala de captação e transmissão, o Teatro tem capacidade para abrigar com acessibilidade oito pessoas na sala Nydia Licia, 827 na sala Paschoal Magno 149 pessoas são comportadas no hall de entrada, onde também acontecem apresentações e aulas de dança. 

Em junho deste ano, mais uma vez o Teatro inova e lança o projeto “Teatro Sérgio Cardoso Digital”. Com um investimento em alta tecnologia e adaptação para as necessidades virtuais, o TSC Digital, na vanguarda dos teatros públicos brasileiros, vai ao encontro de forma inédita da democratização do acesso à cultura com objetivo de garantir uma experiência online o mais próxima possível da presencial.

Serviço
Tom Zé
Dia 19 de dezembro, segunda-feira, às 20h30
Local:
Teatro Sérgio Cardoso - Sala Paschoal Carlos Magno
Endereço: rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista. São Paulo (SP)
Capacidade: 827 lugares (819 lugares e 8 espaços de cadeirantes
Duração: 90 minutos
Classificação: livre
Ingressos: Sympla
Grátis

domingo, 18 de dezembro de 2022

.: "Livro do Desassossego", de Fernando Pessoa, é um monumento da língua


Fernando Pessoa
escreveu os fragmentos de "Livro do Desassossego" ao longo de pouco mais de 20 anos, de maneira irregular e espaçada. Não chegou a estabelecer a obra, mas deixou muitas anotações. Com organização e introdução de Jerónimo Pizarro, especialista responsável por dezenas de estudos e publicações acerca do poeta lusitano, esta nova edição lançada pela editora Todavia, resgata a grande obra-prima de um dos mais importantes autores lusófonos. Ou melhor, um monumento da língua portuguesa.

O "Livro do Desassossego" foi quase todo escrito durante um período em que Portugal e Europa experimentavam uma longa crise: guerras, ascensão do fascismo e a chegada de Hitler ao poder. No entanto, “desassossego não tem a ver com pessimismo, mas com instabilidade, com a incapacidade de firmar posição”, como observa o escritor Tiago Ferro no posfácio. Instabilidade de um grande sonhador que, em meio a um mundo em transformação, se dedica a uma profunda reflexão sobre a vida e o que pode instigar um espírito irrequieto: “A minha vida é uma febre perpétua, uma sede sempre renovada”.

A prosa poética de Fernando Pessoa ecoa suas influências e seu ideal: ter “a sensibilidade de Mallarmé dentro do estilo de Vieira; sonhar como Verlaine no corpo de Horácio; ser Homero ao luar”. Obra sem igual na língua portuguesa, o "Livro do Desassossego" tem um potencial transformador que só poderia resultar da combinação entre poesia, filosofia e a extraordinária sensibilidade de Fernando Pessoa. Você pode comprar o "Livro do Desassossego" neste link.


Sobre o autor
Fernando Pessoa (1888-1935), um dos maiores poetas de língua portuguesa, deixou uma obra vasta e em grande parte inédita em vida. Compre o "Livro do Desassossego" neste link.


.: "Eu de Você", com Denise Fraga, abre programação do Teatro Sérgio Cardoso

Primeiro espetáculo solo de Denise Fraga, "Eu de Você" é um dos espetáculos a abrir a programação do Teatro Sérgio Cardoso em 2023. A atriz mostra histórias reais, costuradas com pérolas da literatura, música, imagens e poesia. Foto: Cacá Bernardes 

Idealizado e criado pela atriz Denise Fraga, o produtor José Maria e o diretor Luiz Villaça, o espetáculo solo "Eu de Você" mostra histórias reais, costuradas com pérolas da literatura, música, imagens e poesia. "Costumo dizer que a arte ajuda a gente a viver, que quem lê Dostoievski e Fernando Pessoa, no mínimo, vai sofrer mais bonito. Porque sofrerá com companhia, sofrerá com a cumplicidade dos poetas. Entenderá que fazemos parte de algo maior, que pertencemos à roda da humanidade, seus dilemas eternos e sua fatídica imperfeição”, ressalta Denise Fraga ao comentar o espetáculo. 

O espetáculo, um dos que abrem a programação do Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo, em 2023, mostra histórias reais, costuradas com pérolas da literatura, música, imagens e poesia. “Que seria de nós sem os poetas? E o que seria deles sem a vida comum?”, é dessa mistura que surge a ideia do espetáculo, que conta com apresentações de 20 de janeiro a 12 de março.

No espetáculo, o humor cotidiano leva o público a rir das situações corriqueiras.. Embora seja um solo, a atriz estará acompanhada de personagens inspirados em histórias reais: Fátima, Bruno, Clarice, Wagner, além de diversos artistas de grande reconhecimento, tecendo um bordado de vida e arte. 

“O desafio deste espetáculo é o de ressignificar nossa obra nesses tempos de pandemia, voltar a promover os encontros, com afeto e segurança. Contando pedaços de vida embalados pela arte, pretendendo ampliar o nosso teatro para uma real experiência de empatia”
, explica a atriz que, acompanhada por uma banda de mulheres, canta mais de dez canções do espetáculo, entre elas: "O Cordão" (Chico Buarque), "Suspicious Minds" (Elvis Presley) e "Yolanda" (Chico Buarque e Pablo Milanez). Este espetáculo foi realizado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

"Eu de Você" comemora comemora 35 anos de trajetória artística de Denise Fraga. Nesta comédia dramática, a dramaturgia parte de uma delicada seleção de histórias reais e rompe as fronteiras entre palco e plateia, fato e ficção, vida e arte. A peça traz reflexões sobre o que nos mantém humanos num mundo em que as relações e os afetos ganham cada vez mais complexidade.

Ficha técnica
"Eu de Você"
Idealização e criação: Denise Fraga, José Maria e Luiz Villaça. Espetáculo solo com Denise Fraga. Direção: Luiz Villaça. Texto final: Rafael Gomes, Denise Fraga e Luiz Villaça. Dramaturgia: Cassia Conti, André Dib, Denise Fraga, Fernanda Maia, Luiz Villaça e Rafael Gomes. Colaboração dramatúrgica: Geraldo Carneiro, Kenia Dias, José Maria. Direção musical: Fernanda Maia. Musicistas: Ana Rodrigues, Clara Bastos e Priscila Brigante. Produção: José Maria.


Serviço:
"Eu de Você"
Datas:
de 20 de janeiro a 12 de março.
Apresentações: sextas e sábados, às 20h30. Domingos, às 17h. Nos dias 17, 18 e 19 de fevereiro, carnaval, não haverá espetáculo.
Local: Teatro Sérgio Cardoso - Sala Nydia Lícia
Endereço: Rua Rui Barbosa, 153 - Bela Vista - São Paulo
Capacidade: 827 lugares (819 lugares e 8 espaços de cadeirantes)
Duração: 90 minutos
Classificação: 12 anos
Ingressos:  sexta-feira - R$ 50 (inteira), R$ 25 (meia-entrada). Sábado e domingo - R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia-entrada). À venda pelo Sympla neste link.


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