sábado, 5 de agosto de 2023

.: "Uma Aventura na Horta": peça teatral incentiva a alimentação saudável


Peça incentiva a alimentação saudável com bom humor e muita música e estreia neste sábado, dia 5 de agosto, na Casa de Artes SP. Foto: Leticia Ribeiro

O espetáculo infantil "Uma Aventura na Horta" discute a alimentação saudável com muita música e bom humor. Escrita e dirigida por Maciel Silva, a peça estreia nesta sábado,  dia 5 de agosto, com sessões aos sábados e domingos, às 16h, na Casa de Artes SP. Com texto e direção de Maciel Silva, o espetáculo tem no elenco Gregory Pena, Bárbara Trabasso, Lugui Carvalho e Victhor Vieira.

A história conta as peripécias por que passam Brócolis, Cenorita e Tomate para impedir que o Hamburgão não entre em suas casas. Mas o Hamburgão é um vilão teimoso e ardiloso e vai tentar de tudo para invadir os almoços do dia-a-dia sorrateiramente. Durante a aventura, Brócolis, Cenorita e Tomate vão conquistando a criançada, dão dicas de boa alimentação e conseguem prender o Hamburgão em sua casa, mais conhecida por todos como lanchonete.


Ficha técnica
Espetáculo infantil "Uma Aventura na Horta". Texto e direção artística: Maciel Silva. Direção musical e trilha sonora: Ivan Alves. Direção de produção: Lucas Lima. Produção executiva: Roberta Viana. Elenco: Gregory Pena, Bárbara Trabasso, Lugui Carvalho e Victhor Vieira. Coreografia e corpo: Kauê Valiaz. Luz: Ronny Vieira. Art design e mídias: Chico Tomas. Técnico:  Allex Duran. Bonecos e confecções: André Bonecos, Carol Pinho e Marco Rocha. Cenário e figurinos: Grupo Botija. Maquiagem: Ricardo Almeida. Assessoria de imprensa: Flavia Fusco.Produção e realização: www.botijaeventos.com.br.

Serviço
Espetáculo infantil "Uma Aventura na Horta". Temporada: de 5 a 27 de agosto de 2023. Sábados e domingos, às 16h. Ingressos: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia). Ingressos on-line: bilheteriaexpress.com. Casa de Artes SP. Rua Major Sertório 476 Vila Buarque - Centro/São Paulo.

sexta-feira, 4 de agosto de 2023

.: Entrevista com Diogo Brown: Gafieira Rio Miami apresenta seu balanço


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto: Andres Fierro.

Criada e produzida pelo baixista brasileiro Diogo Brown, a Gafieira Rio Miami está lançando o seu álbum de estreia, intitulado “Bring Back Samba” com participações especiais de João Donato (em uma de suas últimas gravações), a clarinetista Anat Cohen, o guitarrista Chico Pinheiro e os cantores Jair Oliveira, Vanessa Moreno, Liz Rosa, Moyseis Marques e Alfredo Del-Penho.

O repertório do grupo é uma mistura de clássicos antigos e modernos, que busca resgatar algo que Brasil tinha nos anos 40 e 50. E a Big Band conta com músicos brasileiros, além de representantes de Cuba, Venezuela e dos Estados Unidos, o que proporciona um tempero a mais na sonoridade. Em entrevista para o Resenhando, Diogo conta como foi possível concretizar esse inusitado projeto que já tem agenda de shows prevista para os próximos meses. “Foi como um sonho se materializasse na minha frente”.


Resenhando – O som do grupo remete ao som dos anos 40, mas ao mesmo tempo tem um ar contemporâneo. Como foi possível realizar esse projeto?
Diogo Brown –
A ideia eu já tinha há alguns anos. Quando me mudei para os Estados Unidos, comecei a conviver com outros músicos que tinham a mesma linha de pensamento e gosto musical. Quando apresentei a proposta, todos acabaram gostando e a coisa fluiu de forma incrível. Não se vê lá nos Estados Unidos grupos fazendo um som como esse. E tivemos a preocupação de trazer nos arranjos esse ar contemporâneo. O Ricardo Gilly foi fundamental nesse processo.

Resenhando – Há músicos de outras nacionalidades na banda. Foi difícil encontrar o entrosamento?Diogo Brown – Foi muito fácil.  Foi gratificante colocar esse tempero cubano, venezuelano e americano em nossa Gafieira. Abriu novos horizontes, trouxe novas perspectivas para a música que apresentamos.

Resenhando – O repertório é composto só de canções conhecidas ou vocês também fazem material autoral próprio?
Diogo Brown –
Nesse projeto buscamos investir apenas em material já conhecido, dando uma roupagem com a linha musical que gostamos de tocar.  No primeiro disco tem composições de nomes como Baden Powell, Martinho Da Vila e Billy Blanco, só prá citar alguns exemplos.  O repertório da MPB é vasto e muito rico musicalmente para explorar. E não podemos deixar de mencionar as participações especiais. O Jair Oliveira, por exemplo, canta Deixa Isso Prá Lá, um clássico que o pai dele, Jair Rodrigues, lançou nos anos 60.

Resenhando – E esse disco traz também uma das últimas gravações do João Donato, que toca e canta em uma das faixas. Como foi a experiência?
Diogo Brown –
Foi uma honra incrível. Um prazer inenarrável, impossível de descrever. Contar com alguém que foi fundamental para a nossa música tocando e cantando com a gente. A canção que tocamos chama-se A Rã, parceria do Donato com Caetano Veloso. Nem preciso dizer o que todos nós sentimos ao ouvirmos a gravação finalizada. Foi uma alegria imensa poder ajudar a divulgar e deixar registrada a genialidade dele nessa gravação.

Resenhando – Vocês pretendem fazer novas parcerias no futuro?
Diogo Brown –
Estaremos sempre abertos para eventuais participações especiais. É muito difícil conciliar agendas. Mas se algum nome quiser, estaremos dispostos a realizar outras experiências. Se um Caetano Veloso dissesse que quer cantar com a Gafieira Rio Miami, quem seria contra a ideia? Só um louco (risos)

Resenhando – Como estão os planos para divulgação do disco?
Diogo Brown –
Inicialmente disponibilizamos os vídeos no YouTube e os áudios nas plataformas de streaming. Estamos lançando o CD físico e também iremos lançar a versão em vinil. A aceitação de nosso som nas rádios de jazz foi muito boa nos Estados Unidos. E estamos programando agenda de shows nos Brasil e no Exterior. Vamos cair na estrada.

"Deixa Isso Prá Lá"

"A Rã"

"Nó na Madeira"


.: Espetáculo "Veraneio" ganha nova temporada no Teatro Bravos


Montagem escancara desconforto em famílias no pós-pandemia com humor afiado. Foto: Nadja Kouchi
 
O espetáculo "Veraneio" engata nova temporada no Teatro Bravos, em Pinheiros, de 5 a 27 de agosto, com sessões aos sábados, às 21h, e domingos, às 19h. A montagem estreou em janeiro de 2023 no Sesc Ipiranga, e em menos de seis meses já realizou duas temporadas na capital paulista, circulação pelos Sescs de Sorocaba e Santos, e apresentação na Virada Cultural, tendo grande repercussão de público e imprensa. Confira a crítica do espetáculo neste link: "Veraneio" é uma alegoria sobre amor e ódio nas famílias.

A montagem consolida a parceria entre Leonardo Cortez e Pedro Granato, que começou em 2018 com o premiado Pousada Refúgio. O elenco traz como novidade Clarisse Abujamra que se une ao time de Pousada Refúgio formado por Glaucia Libertini, Maurício de Barros, Sílvio Restiffe, Tatiana Thomé e Leonardo Cortez.

A trama, que revela os desdobramentos tragicômicos de um encontro familiar em uma casa de praia, arrebatou público e crítica quando estreou no Sesc Ipiranga em janeiro de 2023, com ingressos esgotados. O público acompanha o reencontro de Dona Laura e seus três filhos amargurados para celebrarem o aniversário da matriarca, interpretada por Clarisse Abujamra. 

O cenário é a uma casa à beira-mar recém-comprada por uma das filhas, Hercília, decadente apresentadora de televisão e incomodada com a presença da mãe no seu refúgio. Ela e os irmãos, Silvio e Mario Sérgio, estão ansiosos para conhecer o novo e misterioso namorado de Dona Laura, um animado professor de ginástica. A expectativa por esse encontro e as novidades que ele traz afetam a relação familiar.

"Veraneio" é um aprofundamento da pesquisa iniciada para Pousada Refúgio, primeiro encontro da dupla Granato e Cortez, que estreou em 2018 e abordava o desmoronamento dos sonhos e da hipocrisia de dois casais de classe média. A obra foi sucesso de público e crítica e ganhou temporadas em vários teatros de São Paulo também no ano seguinte. 

A peça foi indicada a importantes prêmios para Leonardo Cortez como Shell, APCA e Aplauso Brasil e, entre as distinções de destaque, está a de melhor ator para Maurício de Barros no Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte). A história de sucesso das peças não se encerra no teatro: elas já estão sendo adaptadas para o cinema, em parceria com a produtora argentina PBA Cinema, responsável pela produção do filme “Medianeras”.

Assim como a antecessora, Veraneio trabalha um texto contemporâneo para refletir não só sobre os efeitos do isolamento e do afastamento das famílias, mas também do novo desafio que se coloca quando essas pessoas se reencontram com bagagens cheias de traumas, perdas, frustrações e angústias. 

O texto coloca o espectador e a sociedade no espelho, pois sua construção e suas referências estão muito ligadas às angústias vividas pelos brasileiros nos últimos anos, atravessando não só uma crise sanitária, mas turbulências políticas e econômicas. Apesar da carga dramática e emocional que essa discussão pode despertar, a peça também quer provocar pelo humor. 

Tudo é retratado por meio de diálogos ágeis e afiados, que marcam o estilo do dramaturgo, com a sensação de desestabilização das personagens. Inclusive a escolha do título da peça está ligada a essa intenção provocadora, esclarece Cortez, autor reconhecido no teatro por sua sensibilidade para tratar cotidianos e incômodos brasileiros. Além da vasta carreira na dramaturgia, ele fez sua estreia no cinema com o filme Down Quixote no Festival do Rio este ano.


Sinopse
O aniversário da mãe é o mote para o reencontro familiar com três filhos amargurados. Todos estão ansiosos por conhecer o novo namorado que a mãe conheceu na praia durante a pandemia. Os dilemas e agonias do mundo pós pandêmico se misturam com a descoberta do amor na melhor idade.


Ficha técnica:
Espetáculo "Veraneio". Idealização: Leonardo Cortez e Pedro Granato. Texto: Leonardo Cortez. Direção: Pedro Granato. Elenco: Clarisse Abujamra, Glaucia Libertini, Leonardo Cortez, Maurício de Barros, Sílvio Restiffe e Tatiana Thomé. Cenário e Adereços: Diego Dac. Iluminação: Beto de Faria. Figurino: Anne Cerutti. Cenotécnico: Roberto Tomasim. Costureira: Binidita Apelina. Assistente de Direção: Jade Mascarenhas. Assistente de Figurino: Luiza Spolti. Assistente de costura: Lis Regina. Produção Executiva: Carolina Henriques. Direção de Palco: Diego Dac. Técnicos de Palco: Victor Moretti e Roberto Tomasim. Técnico de Luz: Ariel Rodrigues e Beto de Faria. Técnica de Som: Julia Terron. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli. Video e Edição de Conteúdo: Carolina Romano. Fotos de cena: Nadja Kouchi. Fotos Material Gráfico:Roberto Brilhante. Design Gráfico: Lucas Sancho.  Direção de Produção: Jessica Rodrigues. Realização: Jessica Rodrigues e Pequeno Ato.


Serviço:
Espetáculo "Veraneio". Temporada: de 5 a 27 de agosto. Sábados, às 21h. e domingos, às 19h. Exceto dia 13 de agosto. Ingressos: R$ 80 e R$40,00. Vendas on-line https://www.sympla.com.br/Duração: 110 minutos. Classificação: 14 anos. Teatro Bravos – Rua Coropé, 88 - Pinheiros, São Paulo – SP. Telefone (11) 99008-4859. Bilheteria física: De terça à domingo das 13h às 19h ou até o início do último espetáculo. Capacidade: 611 lugares. Acessibilidade.


Ficha técnica
Idealização: @leonardofcortez e @pdgranato. Texto: @leonardofcortez. Direção: @pdgranato. Elenco: @clarisse_abujamra , @glaucialibertini , @leonardofcortez , @mauricio_de_barros , @silviorestiffe e @tatiana_thome. Cenário e adereços: @digodac. Iluminação: @beto77. Figurino: @annecerutti. Cenotécnico: @robertocenotecico. Costureira: Binidita Apelina. Assistente de Direção: @jademasc. Operação de som: @terrrrrron. Assistente de figurino: @lluizaspolti. Assistente de costura: Lis Regina. Produção executiva: @carol_m_henriques. Video e edição de conteúdo: @_carolinaromano. Direção de palco: @digodac. Técnicos de palco: @vmoretti_ @robertocenotecnico. Técnico de Luz: @beto77. Assessoria de Imprensa: @abalsanelli. Fotos espetáculo: @nadjakouchi. Fotos material gráfico: @betojpeg. Design gráfico: @lucasancho. Direção de produção: @_jazzrodri. Realização: @_jazzrodri e @pequenoato. 

.: "Os Números e a Vida" reúne temas da adolescência e questões matemáticas


O trabalho, dirigido por Fernando Kinas, será apresentado nos Teatros Sobrevento e Flávio Império em agosto e setembro. Foto: Mariana Moraes

"Os Números e a Vida", trabalho do Coletivo Comum, fará duas apresentações no Teatro Sobrevento, nos dias 5 e 6 de agosto de 2023, sábado e domingo, às 11h. As apresentações são gratuitas e no sábado haverá debate após a apresentação. Na sequência a peça será apresentada no Teatro Flávio Império, em setembro,nos dias 17, às 16h, e 21, às 14h, também com ingressos gratuitos.

Com texto e direção de Fernando Kinas, o trabalho, destinado a adolescentes e jovens a partir dos dez anos, mantém a tradição do grupo de despertar no público o prazer de aprender e pesquisar, sempre utilizando técnicas de teatro documental. Na trama, comportamentos comuns na adolescência, como inquietações existenciais, utilização de tecnologias digitais e rebeldia social, são relacionados a questões e jogos matemáticos. Personagens históricos também são temas do trabalho, como Espártaco, líder de revoltas contra a escravidão em Roma e Marielle Franco, vereadora assassinada em 2018 no Rio de Janeiro.

O público é convidado a explorar conexões entre seu cotidiano e as múltiplas aplicações do número pi, os números primos e naturais, o teorema de Pitágoras, o número de ouro (phi), a sequência de Fibonacci, o quadrado mágico (cuja soma é sempre 34) e outras questões matemáticas. Em cena estão Fernanda Azevedo, Maria Dressler, Renata Soul, Renan Rovida e o baterista Lienio Medeiros.

“Queremos mostrar como o teatro pode ser uma espécie de manual do mundo - um lugar onde podemos entender a realidade e a nós mesmos, algo muito importante quando lidamos com jovens”, explica Fernando Kinas. Por isso, temas como morte, ditadura militar, contexto político-social brasileiro e depressão são evocados pela montagem.

Uma dose de rebeldia
“Nós criamos uma espécie de ateliê permanente, com o elenco grafitando frases ao vivo e preenchendo as paredes do teatro, além utilizarmos um cinepapel (tipo de lousa com bobina de papel), conta o diretor. Em cena ainda há um andaime, reforçando a ideia de construção em progresso (work in progress) da obra. Essa atmosfera foi construída por Julio Dojcsar, importante artista urbano com obras de referência no grafite, que assina a cenografia de "Os Números e a Vida".

A música, que tem relação direta com a matemática, assume um papel importante na encenação. O baterista e percussionista Lienio Medeiros passeia por diferentes sonoridades. Além de dar espaço ao rock, a trilha explora outros universos musicais, como o maracatu e a música de Bach. O texto foi o vencedor do Prêmio Funarte de Dramaturgia 2018 (região sudeste), obtendo a maior pontuação entre as mais de 500 obras inscritas (reunindo as categorias adulto e infanto-juvenil). Vale dizer que a peça também pretende suprir uma demanda no atual cenário das artes cênicas: a pequena quantidade de produções dedicadas ao público jovem.


Sinopse do espetáculo
"Os Números e a Vida" propõe associações entre comportamentos comuns na adolescência, como as inquietações existenciais, a utilização de tecnologias digitais e a rebeldia social, com questões e jogos matemáticos. Ao mesmo tempo, mostra mecanismos de solidariedade e o papel positivo que o teatro pode desempenhar.


Ficha técnica
Espetáculo "Os Números e a Vida". Texto e direção: Fernando Kinas. Elenco: Fernanda Azevedo, Maria Carolina Dressler, Renata Soul e Renan Rovida. Música ao vivo: Lienio Medeiros. Cenografia: Julio Dojcsar. Iluminação: Clébio Ferreira (Dedê). Pesquisa e treinamento musical: Eduardo Contrera (colaboração de Edson Ghilardi). Assistência direção e de produção: Beatriz Calló. Trilha: Fernando Kinas. Figurino: Silvana Marcondes. Assistência de figurino: Bruna Recchia. Adereços: Bru Fiamini e Marina Alegre. Costuras: Zezé de Castro. Operação de luz: Clébio Ferreira e Márcio Gonçalves Dias. Fotografia e registro em vídeo: Mariana Moraes e Lienio Medeiros. Assessoria de imprensa: Canal Aberto|Márcia Marques. Produção: Patricia Borin. Realização: Coletivo Comum, com apoio do Programa de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo.


Serviço
Espetáculo "Os Números e a Vida". Dias 5 e 6 de agosto de 2023, sábado e domingo, às 11h. Local: Teatro Sobrevento| Rua Cel. Albino Bairão, 42 (Metrô Bresser-Mooca). Ingressos: gratuitos | Retirada na bilheteria com 1 hora de antecedência. Duração: 80 minutos. Classificação: Destinado prioritariamente ao público juvenil (a partir dos 10 anos)

Espetáculo "Os Números e a Vida". Dia 17 de setembro, domingo, às 16h. Dias 21 de setembro, quinta-feira, às 14h. Local: Teatro Flávio Império| Rua Prof. Alves Pedroso, 600 (CPTM Eng. Goulart). Ingressos: gratuitos | Retirada na bilheteria com 1 hora de antecedência. Duração: 80 minutos. Classificação: Destinado prioritariamente ao público juvenil (a partir dos 10 anos). Telefones para contato: 11 971787843 e 11 982572567. Se você não deseja mais receber nossos e-mails, cancele a sua inscrição.

.: "O País que Perdeu as Cores" faz nova temporada no Teatro Cacilda Becker


Depois de um mês de sessões realizadas no Vale do Anhangabaú, no Centro, a peça faz apresentações gratuitas na Lapa, em São Paulo. A peça narra a história de um país que vai perdendo suas cores, mas, com a ajuda do público, uma trupe de teatro mostra diferentes possibilidades para o futuro deste lugar. Foto: Giovana Pasquini


O espetáculo infantojuvenil "O País que Perdeu as Cores" traz para cena15 artistas entre atores e atrizes, músicos e intérpretes de libras para contar a história de um povo surpreendido na Feira de Solstício de Verão pelo desaparecimento da Velha Presidenta e a ascensão ao poder d´Ele, um governante que ninguém conhece e se mostra autoritário. Aos poucos, esse governo vai tirando a vida - e as cores - do país. A peça faz, de 5 a 27 de agosto, nova temporada em São Paulo, agora no Teatro Cacilda Becker, na Lapa, aos sábados e domingos às 16h, com entrada gratuita. Veja a programação completa abaixo.


A montagem foi criada coletivamente a partir do conto infantojuvenil "Quando as Cores Foram Proibidas", da autora alemã Monika Feth, e aborda assuntos como democracia, coletividade e respeito à diversidade de pensamento. Ao trazer essas discussões para a cena, a peça se propõe a dialogar com o público: qual é o projeto político de país que queremos para nós? Que mundo estamos construindo juntos? 

“Ao longo do processo de criação, que aconteceu entre 2019 e 2021, vivíamos sob o governo Bolsonaro. No conto original, uma Bruxa chega para consertar o país. No nosso caso, imaginamos que a solução precisava vir do próprio povo, para trazer as complexidades das questões enfrentadas e não recorrer a resoluções imediatas e milagrosas”, diz Lucas Leite, ator do grupo. A partir dessa perspectiva, o grupo decidiu que o protagonista de O País que perdeu as cores seria o próprio povo. Representado pela trupe de artistas, ele (o povo) precisa decidir qual final deseja dar para sua própria história. “O público é convidado a imaginar junto um possível final. Mas, antes, precisa estabelecer um compromisso com a memória”, completa o ator.

Na história, a trupe de artistas viaja por diferentes lugares e convida o público a imaginar diferentes possibilidades de futuro para este povo ao lado dos personagens: o Pintor, a Padeira, o Florista, o Cachorro, o Catador de Sonhos, o Pescador, a Poeta, o Mensageiro, a Narradora e a Bruxa. Para a companhia, essa discussão sobre o desfecho da peça é fundamental para pensar alternativas de futuro diante de um contexto histórico de crises sociais e humanitárias. Antes de chegar aos palcos, em 2021, a peça O país que perdeu as cores foi transformada em audiopeça, lançada nas plataformas de streamingCompre o livro "Quando as Cores Foram Proibidas", da autora alemã Monika Feth, neste link.


Acessibilidade integrada
A ideia de uma imaginação coletiva para pensar o futuro de um povo e de um país foi fundamental para a construção do espetáculo. Nesse sentido, outro ponto importante para o grupo foi trazer a acessibilidade integrada à pesquisa estética central. O artista e a artista responsáveis pela interpretação de Libras estão em cena, como parte do espetáculo: ora são responsáveis pela cena, ora traduzem as falas e ações de outros atores e outras atrizes. 

“O intérprete e a intérprete de Libras são parte do elenco, não estão isolados. A proposta foi de capacitar também os atores para que se comunicassem diretamente com o público com deficiência auditiva. Além disso, o texto foi construído em parceria com uma dupla de consultores de acessibilidade para pessoas com deficiência visual, de forma que a peça possa ser experienciada por todos os públicos. Ou seja, a dramaturgia da peça é acessível em todas as apresentações”, diz a atriz Beatriz Porto. 


Atividade de mediação
O projeto conta com atividade de mediação após alguns espetáculos. A ideia é que as crianças assistam à peça e possam elaborar entre elas mesmas noções de participação política, cidadania e luta por direitos. A brincadeira é: estamos fundando o País das Crianças, que precisa decidir o seu primeiro governo. Quais as demandas da população de crianças para o governo de seu país? Quais bandeiras serão levantadas? Como será o processo de escolha de governo? Essas perguntas serão norteadoras para propostas de jogos teatrais e criação de cenas trazidas pelos artistas-educadores da Companhia Barco.


Sobre a Companhia Barco
A companhia Barco é um grupo teatral paulistano, fundado em 2019 a partir do encontro de artistas do teatro e da música movidos pelo desejo de pesquisa e criação continuada. Desde o início trabalha com materiais literários para a criação teatral: em 2019, a partir da obra da escritora brasileira Hilda Hilst, concebeu e realizou o espetáculo Ensaio da fantasia e o Festival Arena Hilda Hilst, encenado no histórico Teatro de Arena e que contou com a participação de mais de 60 artistas. 

O segundo espetáculo, este atual, nasceu do encontro com a obra infantojuvenil da autora alemã Monika Feth. Antes deu origem à audiopeça homônima, que estreou no festival FarOFFa, em 2022. Em processo de pesquisa desde 2022, a próxima encenação da companhia tem como base a obra Cem anos de solidão, do escritor colombiano Gabriel García Márquez


Ficha técnica
Espetáculo "O País que Perdeu as Cores". Idealização e realização: Companhia Barco. Direção: Rodrigo Mercadante. Elenco: Beatriz Porto, danni vianna, Eliete Faria, Emilie Becker, Fernanda Carvalho (atriz substituta), Flora Furlan, Krol Borges, Lucas Leite, Miriam Madi e Renato Mendes. Elenco intérprete de libras: Thalita Passos, Ricieri Palha. Direção Musical: André Leite. Músicos: André Leite, Diego Chilio, Guilherme Fiorentini, Lincoln Grosso e Vinicios Borges. Projeto e técnico de som: Guilherme Fiorentini. Figurinista: Samantha Macedo. Assistência de figurino: Amanda Pilla. Aderecista de figurino: Laura da Mata. Costureiras: Samantha Macedo e Amanda Pilla. Cenografia e adereços: Nathalia Campos. Assistência de cenografia: Luiza Saad. Cenotécnico: Zé da Hora. Direção de movimento: Gabriel Küster. Consultoria em acessibilidade visual: Fernanda Brahemcha e Lucas Borba. Consultoria em acessibilidade de Libras:  Yanna Porcino. Direção de produção e administração de projeto: Quica Produções | Thaís Venitt | Thais Cris. Assistente de produção: Beatriz Scarcelli. Design gráfico: Renan Suto. Fotógrafa: Giovana Pasquini. Assessoria de imprensa: Canal Aberto | Márcia Marques. Dramaturgia elaborada a partir do texto "O País que perdeu as cores" escrito por Ana Paula Lopez em colaboração com a Companhia Barco e Cristiane Urbinatti. Este projeto foi contemplado pela 16ª edição do Prêmio Zé Renato - Secretaria Municipal de Cultural.


Serviço
Temporada Cacilda Becker
Rua Tito, 295, Lapa, São Paulo. De 5 a 27 de agosto de 2023. Sábados e domingos, às 16h + mediação aos sábados após apresentação.
 

Apresentações Ceu Caminho do Mar
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 5.241, Jabaquara, São Paulo. Dia 28 de agosto de 2023. Segunda-feira, sessões 10h e 15h + mediação.







.: Sesc Santos apresenta ópera "Porgy and Bess" neste sábado


O Sesc Santos apresenta a ópera do americano George Gershwin, "Porgy and Bess", com direção artística de André dos Santos, dia 5 de agosto, sábado, às 20h. Nesta versão, todo o elenco faz parte do cenário da lírica brasileira, o que promete um espetáculo emocionante dentro deste encontro entre os expoentes e consagrados solistas, Edna D’ Oliveira, Rafael Leoni, Juliana Taino, Davi Marcondes, Marly Montoni e Jessé Bueno, acompanhados pelo pianista Leandro Roverso. Ingressos de R$ 12,00 a R$ 40,00, disponíveis on-line em sescsp/santos e na rede de bilheteria do Sesc SP. Classificação: livre.

A obra lida com a vida de negros americanos na localidade fictícia de Catfish Row, em Charleston, na Carolina do Sul, no início da década de 1920. Seu libreto conta a história de Porgy, um mendigo deficiente físico que vive nas favelas de Charleston, Carolina do Sul. Fala sobre sua tentativa de resgatar sua amada Bess das garras de Crown, seu amante violento e possessivo, e Sportin’ Life, o traficante.

Concebida originalmente por George Gershwin como uma “ópera folclórica americana”, "Porgy and Bess" estreou em Nova Iorque em 1935, e tinha um elenco composto unicamente de cantores negros com formação clássica – uma escolha artística ousada na época.

“Summertime” é a canção mais conhecida de "Porgy and Bess"; outros trechos populares que foram gravados e lançados frequentemente no formato de canção são “It Ain’t Necessarily So”, “Bess, You Is My Woman Now”, “I Loves You Porgy” e “I Got Plenty o’ Nuttin'”. A ópera é admirada pela síntese inovadora de Gershwin das técnicas de composição europeias com os idiomas do jazz e da música folk.
 

Sinopse da ópera "Porgy and Bess"
A história de Porgy, um mendigo deficiente físico que vive nas favelas de Charleston, Carolina do Sul. Fala sobre sua tentativa de resgatar sua amada Bess das garras de Crown, seu amante violento e possessivo, e Sportin’ Life, o traficante.


Ficha técnica
Ópera "Porgy and Bess". Compositor: George Gershwin (1898-1937). Solistas: Bess (soprano), Clara (soprano), Serena, (mezzosoprano), Porgy (baixo-barítono), Crown (barítono), Sportin’ Life (tenor). Acompanhamento: piano. Idioma: inglês, com legendas e diálogos falados em português. Diretor artístico: Maestro André Dos Santos. Direção executiva: Rosane Barbosa. Solistas: Edna D’ Oliveira, Rafael Leoni, Juliana Taino, Davi Marcondes, Marly Montoni e Jessé Bueno. Pianista: Leandro Roverso. Ópera "Porgy and Bess". 

Serviço
Apresentação. Dia 5 de agosto. Sábado, às 20h. Teatro. Livre. Ingressos de R$ 12,00 a R$ 40,00 à venda on-line pelo app Credencial Sesc SP e Portal do Sesc Santos.

Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida - Santos. Telefone: (13) 3278-9800. Site do Sesc Santos neste link. Instagram, Facebook e Twitter: @sescsantos . YouTube /sescemsantos  

Bilheteria Sesc Santos - Funcionamento    
Terças a sextas, das 9h às 21h30. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30. 

Bate-papo e concerto "A Negritude na Música Erudita Brasileira"
Artistas e pesquisadoras (es) negras e negros conversam a respeito das barreiras enfrentadas dentro de seu campo de atuação, em função do racismo no meio musical erudito brasileiro e mundial. Na sexta, dia 4/8, às 19h, no auditório, com o instrumentista Guilherme Rocha, a cantora lírica Edna D’Oliveira e mediação do regente Ricardo Cardim. Após o bate-papo, apresentação com o Quinteto de Cordas da Baixada Santista.

A despeito de a prática da música erudita brasileira (nos moldes europeus) ter se iniciado com a vinda dos portugueses a partir do século XVI, ela se desenvolveu com maior força nos séculos XVII e XVIII em regiões de maior riqueza, sobretudo em Minas Gerais. É senso comum hoje que a sua produção, conforme verificamos nas pesquisas e estudos dos últimos 30 a 40 anos, foi feita em grande parte por compositores e instrumentistas escravizados ou descendentes destes. 

Além disso, entre os compositores mais proeminentes do século XIX e início do XX, figuram muitos compositores também afrodescendentes, como o Padre José Maurício Nunes Garcia, Francisco Braga, Henrique Alves de Mesquita, Sant’Anna Gomes e Carlos Gomes. E mais recentemente reavivado, Presciliano Silva.

 Mas, ao que, antes, era sinal de distinção possuir um grupo musical formado por pessoas escravizadas, agora, com a abolição, os músicos negros foram sendo substituídos por músicos brancos. Dessa maneira, o racismo declarado, aliado a políticas eugenistas de embranquecimento ao longo do século XX, não só camuflaram a origem dos grandes compositores, como foram apagando do cenário musical brasileiro a atuação dos artistas pretos na música de concerto.

Convidados
Regente: Guilherme Rocha (São Paulo-SP). Instrumentista/Cantor(a): Edna D’Oliveira (São Paulo-SP). Regente: Ricardo Cardim. Quinteto: Lucas Moraes (violino), Evaldo Alves (violino), Caio Forster (viola), Jeff Moura (violoncelo) e Fábio Ferreira (contrabaixo). A negritude na música erudita brasileira. Bate-papo. Dia 4 de agosto. Sexta-feira, às 19h. Auditório. Livre. Grátis.


.: "Erga Omnes", espetáculo de dança, nesta sexta-feira no Sesc Santos


A Cia. Fragmento de Dança apresenta o novo espetáculo "Erga Omnes". Expressão em latim que significa “contra todos”, “frente a todos”, é muito usada no mundo jurídico para dizer que uma norma se aplica igualmente a todas as pessoas. Nesse sentido, uma invenção humana, questionável e contraditória. "Erga Omnes" propõe pensarmos as estruturas às quais pertencemos, aquelas que nos oferecem proteção e nos cobram obediência. 

O que pode um grupo diante das ficções que cria e sobre as quais se insurge? Sob direção de Vanessa Macedo, a Companhia paulista Cia. Fragmento de Dança desenvolve pesquisa e criação em dança contemporânea, desde 2002. No Teatro do Sesc, dia 4 de agosto, sexta-feira, às 20h. Classificação: 18 anos. Ingressos: R$ 10,00 a R$ 30,00 disponíveis on-line em sescsp/santos e nas bilheterias do Sesc SP.

Para celebrar os seus dez anos de vida, em 2012, a Cia. Fragmento de Dança estreou "Ecos" reunindo trechos de seu repertório. Agora, são 20 anos completos de existência em grupo e voltam a ecoar partes dos seus trabalhos. As cenas, deslocadas das suas criações originais, se reconfiguram numa nova proposta dramatúrgica que emerge das questões que nos têm instigado hoje. Assim surge "Erga Omnes". 

Segundo o historiador israelense Yuval Harari, “somos os mestres da ficção”. Criamos instituições, religiões, gêneros. Inventamos normas de conduta e moralidade. Somos os maiores predadores do planeta, mas temos uma capacidade inigualável de cooperar e, talvez, isso não seja contraditório. Não se trata de empatia e sim da nossa aptidão para imaginar.


Serviço
Espetáculo "Erga Omnes". Dança. Dia 4 de agosto. Sexta-feira, às 20h. Teatro. 18 anos. Ingressos de R$ 10,00 a R$ 30,00 à venda on-line pelo app Credencial Sesc SP e Portal do Sesc Santos

Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida - Santos. Telefone: (13) 3278-9800. Site do Sesc Santos neste link. Instagram, Facebook e Twitter: @sescsantos . YouTube /sescemsantos  

Bilheteria Sesc Santos - Funcionamento    
Terças a sextas, das 9h às 21h30. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30.

quinta-feira, 3 de agosto de 2023

.: Boneca Barbie com síndrome de down. Já viu os detalhes?


Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em agosto de 2023


A Síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, é a alteração genética causada pela divisão celular atípica que acontece durante a divisão embrionária. Em consequência, os portadores apresentam risco maior de sofrer doenças cardíacas congênitas, refluxo gastroesofágico, otites recorrentes, apneia de sono obstrutiva e disfunções da glândula tireóide. Eis que a boneca Barbie escolheu a Fashionistas de número 208 para ser a primeira representante da comunidade com excesso de material cromossômico.

Com cabelos loiros mechados e vestido florido nas cores predominantemente azul e amarelo, a boneca leva no peito um colar com o símbolo da Síndrome de Down, na cor rosa, afinal, trata-se de uma Barbie. Nos pés um tênis que forma uma peça única com suporte nas pernas, uma vez que pessoas com síndrome de Down sofrem alterações ortopédicas como consequência da frouxidão ligamentar e da hipotonia muscular, que acarretam danos específicos.

Atualmente, a Barbie está nos cinemas com o filme que leva seu nome e, ainda, está sendo responsável por resgatar no público a experiência de assistir a filmes nas salas de exibição para ver com perfeição o mundo rosa nas telonas, após o longo período de pandemia. Embora, no longa com Margot Robbie e Ryan Gosling tenha Barbie afro, curvy e trans, a versão com Síndrome de Down, por hora, somente pode ser encontrada nas lojas, inclusive, do Brasil. Confira o vídeo de unboxing e review da boneca publicada no canal Photonovelas!


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 


Leia +

.: Rodrigo Simas estreia nova temporada de "Prazer Hamlet" no Teatro ViradaLata


Dirigido por Ciro Barcelos, o ator se desnuda em seu primeiro monólogo que teve ingressos esgotados na primeira temporada no Rio de Janeiro e em São Paulo. Foto: Ronaldo Gutierrez

Rodrigo Simas vive um ator que está prestes a estrear seu primeiro monólogo inspirado no clássico texto de William Shakespeare, "Hamlet". A trama poderia ser a do próprio Rodrigo que, pela primeira vez, também está sozinho no palco com o espetáculo que teve a primeira temporada de sucesso com ingressos esgotados no Rio de Janeiro e em São Paulo e que, agora, reestreia dia 05 de agosto, no Teatro ViradaLata, sob a direção de Ciro Barcelos.

"Prazer Hamlet" explora os medos, os questionamentos e os fantasmas internos desse ator que se vê obsediado por Hamlixo que o incita numa escavação pelos labirintos da hipocrisia social e do coração do Príncipe Hamlet, levando-o a uma questão jamais abordada nas inúmeras montagens teatrais da obra: Quem o príncipe amou afinal?

No texto original de William Shakespeare, o príncipe Hamlet corteja Ofélia. Há dúvidas se o príncipe está em êxtase com esse amor ou louco com a morte do pai e atormentado por seu fantasma. Os amigos não acreditam nesse amor. Quando ele se encontra sozinho com Ofélia no quarto, nada acontece e ela fica estarrecida. Depois, numa discussão, ele sugere que ela vá para um convento.

Com cenário, adereços e figurinos assinados por Claudio Tovar, Rodrigo se despe no palco, ficando em uma das cenas apenas com um cinto de castidade. Representando a sexualidade da personagem Hamlet, omitida por Shakespeare, que nunca foi abordada. Um figurino feito em couro preto que remete uma estética medieval e moderna ao mesmo tempo.

"A exposição é muito relativa, não necessariamente está ligada à nudez. Não tenho problema com a nudez e acho que a sociedade é que tem. É uma questão religiosa também. Com a criação de tabus e padrões, super valorizam e problematizam a exposição de um corpo", analisa Simas. A ideia do trabalho com o diretor Ciro Barcelos surgiu em 2012, quando os dois se encontraram no palco do "Dança dos Famosos", do "Domingão do Faustão". "Ele foi jurado técnico e no final conversamos e ali já havia uma vontade de trabalharmos juntos. Dez anos depois, eis que sou o seu Hamlet. Que responsabilidade!", diz Rodrigo.


Ficha técnica
Monólogo "Prazer Hamlet". Encenação: Rodrigo Simas. Texto e direção: Ciro Barcelos. Cenário, figurino e adereços: Claudio Tovar. Direção musical: André Perine. Desenho de luz: Caetano Vilela. Preparação vocal: Glaucia Verena. Fotografia: Ronaldo Gutierrez. Assessoria de imprensa: Dobbs Scarpa Assessoria de Comunicação. Produção e Realização: Foco3 Produções Artísticas


Serviço
Monólogo "Prazer Hamlet". Temporada: de 5 a 27 de agosto. Sábados, às 20h. Domingos, às 19h. Ingressos: R$ 90,00. Teatro Viradalata - Rua Aipinés, 1387 - Perdizes/São Paulo. Telefone da bilheteria: (11) 3868-2535. Duração: 75 minutos. Classificação: 16 anos. Vendas internet: Sympla, neste link. Estacionamento conveniado: Rua Capital Federal, 260.

.: Eliane Giardini e Marcos Caruso voltam em "Intimidade Indecente", no Teatro Renaissance


Eliane Giardini e Marcos Caruso voltam a São Paulo com comédia que começa no episódio da separação de um casal por volta dos 60 anos de idade. Foto: Eduardo Chamon

Depois de grande sucesso em Portugal, Rio e São Paulo, o espetáculo "Intimidade Indecente" volta ao Teatro Renaissance no dia 5 de agosto para nova temporada. Protagonizada por Eliane Giardini e Marcos Caruso, com dramaturgia de Leilah Assumpção e direção de Guilherme Leme Garcia, a peça conta a história de um casal que se separa aos 60 anos, mas segue se reencontrando vida afora, e ainda reconhecendo um no outro o seu maior cúmplice.

A química desta dupla de atores é testada e aprovada pelo público: em 2012, eles deram vida ao impagável casal Leleco e Muricy, da novela "Avenida Brasil". “Há tempos temos vontade de dividir o palco. Após fazermos um casal na novela, essa vontade só aumentou. Impossível não aceitar o convite”, vibra Marcos Caruso, com o desejo realizado. Na contramão das comédias românticas mais tradicionais, "Intimidade Indecente" começa no episódio da separação de um casal por volta dos 60 anos de idade. 

“A peça fala sobre quatro momentos muito emblemáticos da vida desse casal. Nosso primeiro movimento é apresentar esse casal na faixa dos 60 anos terminando um grande casamento, uma grande relação. E aí eles se reencontram durante as próximas décadas. É um casamento que não termina, uma separação que não dá certo. É sobre esse casal que tem uma afinidade tão grande que continua junto pro resto da vida, independente do estado civil ou da condição geográfica”, conta Eliane Giardini.

No espetáculo, Mariano (Marcos Caruso) e Roberta (Eliane Giardini) formam um casal sessentão desgastado pela mesmice da rotina. O desejo esfriou, o sexo falta e a implicância mútua sobra. Ávidos por novas experiências, entendem que não há mais porque ficar juntos. Acontece que, como num efeito bumerangue, a vida insiste em devolver um ao outro. E é nessas idas e vindas que, aos poucos, os dois descobrem-se os maiores cúmplices. O sentimento, ainda vivo e sólido, faz com que se entendam mais do que com qualquer outra pessoa de fora. Assim, conforme os anos vão passando, resistem cada vez menos à presença do outro em sua vida novamente.

Na cena, apenas um grande sofá ocupa o palco. Não há trocas de roupa ou cenário. Dispensando artifícios, os dois atores constroem o envelhecimento de seus personagens se valendo basicamente do seu trabalho de interpretação. “O envelhecimento dos 60 aos 90 anos sem utilizarmos maquiagem, troca de figurino e sem saírmos de cena, essa passagem do tempo à vista do público, com mudança física e vocal, é o que mais fascina o espectador”, conta Marcos Caruso.


Ficha técnica
Espetáculo "Intimidade Indecente". Texto: Leilah Assumpção. Direção: Guilherme Leme Garcia. Elenco: Eliane Giardini e Marcos Caruso. Direção de movimento: Toni Rodrigues. Cenografia: Aurora dos Campos. Luz: Tomás Ribas. Direção musical: Aline Meyer. Fotografia e vídeos: Eduardo Chamon. Mídias sociais: Imersa. Produção: Plano 6 e Bem Legal Produções. Assessoria de imprensa: JSPontes Comunicação - João Pontes e Stella Stephany.


Serviço
Espetáculo "Intimidade Indecente". Nova temporada a partir de 5 de agosto, sábado, às 19h, no Teatro Renaissance. Endereço: Alameda Santos, 2233 - Jardim Paulista/São Paulo. Telefone: (11) 3069-2286. Horários: sábado, às 19h00, e 21h00. Domingos, às 17h00. Ingressos: R$ 140, e R$ 70,00 (meia). Onde comprar: https://olhaoingresso.showare.com.br/Default.aspx?eventid=637&filter=day&websaleschannelkey=internettr&trk_eventId=637&queueittoken=e_ooi20230321~q_00000000-0000-0000-0000-000000000000~ts_1689362770~ce_true~rt_afterevent~h_66d454fbf9a09355d8fdc4c7ba6eba764ef7ee7ee1b65d25a8313a9babf4380e ou na bilheteria do teatro de sexta-feira a domingo, das 14h00 ao início do espetáculo. Gênero: comédia romântica. Duração: 90 minutos. Capacidade: 448 espectadores. Classificação indicativa: 14 anos. Temporada: até 29 de outubro.

.: Musical “Os Últimos 5 Anos” retorna para curta temporada em São Paulo


Espetáculo que conquistou público e crítica, somando 14 indicações e dez prêmios entre as celebrações do gênero, retorna em agosto para curta temporada no Teatro Nair Bello. Beto Sargentelli e Eline Porto estrelam e produzem o espetáculo, que retorna a São Paulo para a terceira temporada. Foto: Gustavo Arrais


O conceito de que toda história de amor dá certo pelo tempo em que dura é o mote de “Os Últimos 5 Anos”, que ganhou sua primeira montagem no circuito Off-Broadway em 2001. Adaptada para diversos idiomas em mais de 20 países, a produção chegou oficialmente ao Brasil em 2018, produzida pela H Produções Culturais em parceria com a Lumus Entretenimento e Andarilho Filmes, que retornam com a obra de Jason Robert Brown para uma terceira temporada de sucesso, de apenas quatro semanas, a partir de 5 de agosto, no Teatro Nair Bello, localizado no Shopping Frei Caneca, em São Paulo. Confira a crítica do musical: "Os Últimos 5 Anos" deixa público de alma lavada.

Em cena, o ator Beto Sargentelli reprisa o papel de Jamie, que o sagrou Melhor Ator no Prêmio Bibi Ferreira e rendeu outras indicações, como no Prêmio Destaque Imprensa Digital, bem como a atriz Eline Porto, que volta a interpretar Cathy, que lhe rendeu o destaque no Prêmio Melhores do Ano Uol. 

Conhecidos especialmente no eixo Rio-São Paulo por diversos trabalhos em teatro musical, a dupla é responsável por encenar os dilemas atemporais retratados na versão brasileira de “The Last Five Years”, e encaram o desafio dobrado, de não apenas protagonizar o espetáculo como também produzi-lo, repetindo o formato bem sucedido em "Bonnie & Clyde" e "Nautopia". 

À frente da direção está o premiado João Fonseca, que, instigado pela originalidade da proposta de encenação, aceitou o desafio de ser o responsável por conduzir os encontros e desencontros que, nesta versão, conta com toques de brasilidade, a exemplo do pano de fundo, que destaca os tons e arquiteturas da cidade de São Paulo.

Baseado em fatos reais, os cinco longos anos que no palco transcorrem em intensos 80 minutos, são inspirados no relacionamento do autor do texto e músicas, Jason Robert Brown e Theresa O'Neill, com quem teve um casamento fracassado. Considerado um dos mais aclamados compositores de musicais contemporâneos dos EUA, Brown inovou ao unir dois atores em cena sem que, para isso, precisassem interagir diretamente, exceto pela lembrança do dia do casamento, quando uma das 14 músicas possibilita um cruzamento entre as duas linhas de tempo.

Com muitas nuances, elas estão presentes também na trilha sonora, vencedora do Drama Desk Award de Melhor Música e Letra em 2002, que mescla pop, jazz, clássico, rock e folk. A direção musical é de Thiago Gimenes, as versões são de Rafael Oliveira, a direção de movimento de Keila Bueno, o design de luz de Paulo César Medeiros, design de som de Tocko Michelazzo, o visagismo de Marcos Padilha e a produção executiva de Lucas Mello. 

Ficha técnica
Musical "Os Últimos 5 Anos". Elenco: Beto Sargentelli e Eline Porto. Direção: João Fonseca. Direção musical: Thiago Gimenes. Direção de movimento: Keila Bueno. Visagismo: Marcos Padilha. Versão brasileira: Rafael Oliveira. Designer de luz: Paulo César Medeiros. Designer de som: Tocko Michelazzo. Músicos: Leonardo Córdoba, Tiago Saul e Leandro Tenório. Assessoria de imprensa: GPress Comunicação | Grazy Pisacane. Designer gráfico: Caio Bonicontro. Mídias sociais: 1812 Comunicação. Produção executiva: Lucas Mello. Gerente de produção: Andréa Sargentelli. Realização: H Produçōes Culturais, Lumus Entretenimento e Andarilho Filmes.


Serviço
Musical "Os Últimos 5 Anos". Sessões: de 5 a 27 de agosto. Horário: Sábados, às 21h00, e domingos, às 19h00. Duração: 80 minutos. Classificação: 12 anos. Teatro: Teatro Nair Bello. Rua Frei Caneca, Nº 569, 3º Piso - São Paulo. Bilheteria: (11) 3472-2414. Lotação: 200 poltronas. Valores dos ingressos: R$120,00 (inteira) | R$ 60,00 (meia-entrada) | R$ 30,00 (alunos da Escola de Atores Wolf Maya).

.: Sucesso estende a temporada da peça "Pra Você Lembrar de Mim" em SP


Sucesso do espetáculo, que volta o olhar para o familiar do doente com Mal de Alzheimer, estende a temporada de "Pra Você Lembrar de Mim". A partir de 3 de agosto, quintas e sextas-feiras, às 20h, no Teatro União Cultural. Carina Sacchelli e Eduardo Martini vivem pai e filha. Direção: Elias Andreato | Texto: Regiana Antonini

Sucesso da peça “Pra Você Lembrar de Mim”, há seis meses em cartaz no Teatro União Cultural, estende a temporada em São Paulo e amplia as apresentações para duas sessões semanais, com preços populares. O espetáculo narra a transformação da relação entre pai, diagnosticado com a Doença de Alzheimer (DA) precoce, e filha, mostrando aos poucos a inversão dos papéis de cuidado e cuidador.

O Mal de Alzheimer é uma doença degenerativa e progressiva, que causa atrofia do cérebro, levando à demência em pacientes, normalmente mais idosos. A peça não busca a figura de um homem sucumbindo à doença, mas o olhar para a figura do familiar que cuida do doente. “Já é sabido que o paciente com esse tipo de demência sofre, mas validarmos as angústias e preocupações dos familiares desse paciente é algo necessário e justo. Eles são as vítimas ocultas da doença, pois também são afetados por ela, mas diferente do doente, estão totalmente conscientes sobre a gravidade da doença”, pontua Carina Sacchelli, que divide o palco com Eduardo Martini. O texto é de Regiana Antonini, com direção de Elias Andreato.

Este enfoque do texto tem atraído cada vez mais familiares e cuidadores dos portadores da doença. “Meu pai foi acometido pela doença. Além de levar esta experiência pessoal para o palco, no papel de pai, eu também me solidarizo com as famílias, já que convive com ela por cinco anos”, fala Martini. A produção do espetáculo oferece ingressos especiais para geriatras e cuidadores. “Pra Você Lembrar de Mim” é uma realização do Governo do Estado de São Paulo por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa através de aprovação do ProAC - ICMS - Programa de Ação Cultural.


Serviço
Espetáculo "Pra Você Lembrar de Mim". Texto: Regiana Antonini. Direção e cenografia: Elias Andreato. Elenco: Carina Sacchelli e Eduardo Martini. Duração: 60 minutos. Censura: 12 anos. A partir de 3 de agosto: quintas e sextas-feiras, às 20h. Temporada até o dia 15 de setembro. Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia). Bilheteria on-line: https://bileto.sympla.com.br/event/79449/d/209116/s/1410913. Bilheteria: abre uma e meia antes de cada espetáculo. Teatro União Cultural - 269 lugares. Rua Mario Amaral, 209 - Paraiso/São Paulo. Telefone: (11) 3885-2242. Estação Metrô Brigadeiro - 650 metros da estação.


Ficha técnica
Espetáculo "Pra Você Lembrar de Mim". Elenco: Carina Sacchelli e Eduardo Martini. Texto: Regiana Antonini. Direção: Elias Andreato. Figurino: Marichilene Artisevkis. Desenho de luz: Celeber Eli. Trilha original: Jonathan Harold. Fotos: Rodrigo Chueri. Arte gráfica: Agência Oribá Comunicação. Direção de produção: Eduardo Martini. Produção executiva: Petterson Mello.

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial
Tecnologia do Blogger.