domingo, 12 de maio de 2024

.: Sérgio Vaz no "Provoca": "Não adianta a gente ficar romantizando a favela"


Edição inédita com o escritor e fundador da Cooperifa vai ao ar nesta terça-feira, dia 14 de maio, na TV Cultura. Foto: Beatriz Oliveira


Na próxima terça-feira, dia 14 de maio, Marcelo Tas conversa, no "Provoca", com Sérgio Vaz, poeta, escritor, agitador cultural, idealizador da Semana de Arte Moderna da Periferia e fundador da Cooperifa. No bate-papo, ele conta sobre a interrupção do Sarau da Cooperifa; comenta como era a periferia há 40 anos e a mudança no comportamento dos jovens hoje; fala de poesia e muito mais. Vai ao ar na TV Cultura, a partir das 22h00.

Tas pergunta por que o Sarau da Cooperifa decidiu "dar um breque": “Acho que pós-pandemia muita coisa mudou. E a gente está tentando entender ainda o que é que mudou em nossa comunidade, na cena literária, na cena da periferia (...) estão chegando muitos jovens, com muitas propostas, e esses jovens de hoje são muito mais rápidos, inteligentes, têm muito mais sede do que a minha geração (...) pela quantidade de saraus, slams e batalhas de rimas, isso prova que a juventude se apropriou da palavra. A literatura tá comendo miudinho na mão da molecada (...) a periferia nunca leu tanto como agora, só que talvez não estejam lendo livros que estão nas grandes livrarias (...) uma coisa legal na cena negra e periférica é que a gente começou a partir em busca do nosso leitor, se o nosso povo não lê, então é a prova que ele está pronto para ler”, diz Vaz.

E como ressignificar a favela sem cair em uma romantização ou naturalização da pobreza?, pergunta um internauta. “O Brasil precisa de políticas públicas voltadas para o povo brasileiro, diminuir essa distância social, fazer o dinheiro circular nesse país para que a gente possa ter de volta o que a gente paga de impostos, que é a educação pública de qualidade. A gente não pode mais culpar o pobre pela pobreza, o negro pelo racismo, o professor e professora pela falta de educação (...) não adianta a gente ficar romantizando a favela e ficar mudando o nome, não é isso que vai mudar o que as pessoas sofrem. Eu costumo dizer que só quem gosta da favela é quem não mora nela, porque a favela é um lugar ruim”, afirma.

O que você diria agora para uma criança que está em alguma periferia pensando em poesia?, pergunta Tas. “Estude. Porque dá para ser poeta sendo pintor, sendo motorista de ônibus, sendo diarista, advogado, não precisa largar o estudo para ser poeta (...) nós estamos precisando elevar o nível de conhecimento nas nossas quebradas”, reforça Sérgio. Compre os livros de Sérgio Vaz neste link.

Lançado pela Global Editora, o livro "Flores da Batalha" leva a poesia contemporânea àqueles que lutam diariamente pelos seus ideais. Sérgio Vaz, o poeta da periferia, completa 35 anos de intervenção urbana com a arte da poesia. A obra integra o segundo título de "Flores", que teve início com "Flores de Alvenaria", publicado em 2016. Criando poesia como alimento da alma, o escritor dá esperança e voz àqueles que foram negligenciados por muito tempo.

Os textos do autor relatam, de maneira profunda e honesta, as dores e a alegria de viver na periferia de São Paulo. O prefácio é assinado por Emicida que, como muitos outros moradores periféricos, teve Sérgio Vaz como inspiração para descobrir a poesia e o universo literário. Garanta o seu exemplar de "Flores da Batalha" neste link.


Sobre Sergio Vaz
Sérgio Vaz é considerado o "Poeta da Periferia". Morador de Taboão da Serra (Grande São Paulo), além de escrever, é agitador cultural nas periferias do Brasil. É criador da Cooperifa (Cooperativa Cultural da Periferia) e do Sarau da Cooperifa - movimento que transformou um bar da periferia da zona sul de São Paulo em centro cultural. 

O projeto promove o encontro de leitores e escritores, leva a poesia às escolas, entre outras ações culturais, e já influenciou e deu origem a quase 50 saraus, além da publicação independente de mais de 100 livros. Seu trabalho é reconhecido em vários países e já recebeu diversos prêmios. Pela Global Editora, publicou as obras "Colecionador de Pedras""Literatura, Pão e Poesia" e "Flores de Alvenaria"Compre os três primeiros livros de Sergio Vaz neste link.


.: Romance “Um Caminho Particular do Futuro” questiona a dualidade da pureza


Uma história de vivência e elaboração do luto que soa original e provocativa ao leitor. No novo romance, “Um Caminho Particular do Futuro”, lançado pela Editora Reformatório, o escritor e diplomata Ricardo Bernhard revisita, com inventividade, um tema clássico da literatura. No romance, acompanhamos o drama de uma mãe que decide mudar-se para a sua casa de veraneio na serra fluminense depois da morte do filho caçula. No vilarejo, frequentado pela família nas férias, Francine tenta resgatar as memórias felizes da infância e juventude de Cláudio. No entanto, o dia a dia na serra traz à tona informações desencontradas sobre o filho, revelando nuances inesperadas da sua personalidade. Abalada, Francine se vê movida a tentar compreender decisões tomadas pelo caçula ao longo da vida. 

Segundo o autor, uma das motivações do livro é explorar os desdobramentos dramáticos de certa visão radical a respeito do cumprimento de deveres morais. “Queria investigar de que maneira o rigor moral, no contexto de uma vida de classe média comum, pode acabar precipitando ações ou posturas questionáveis”, comenta Ricardo, acrescentando: “A culpa ou um senso de insuficiência pode levar alguém com uma índole pura a cometer um ato inominável”.

Na obra, composta por 27 capítulos, o leitor acompanha as reflexões de Francine conforme são despertadas pela interação com as pessoas próximas no vilarejo e pelas memórias da vida em família. Destaque para a relação entre a narradora e Isabela, uma das vizinhas da casa da serra. Amiga de infância dos filhos de Francine, Isabela é descrita pela protagonista com um misto de desdém e curiosidade instigada pela própria personalidade misteriosa e pouco amistosa. A aproximação entre as duas se mostra fundamental para o desenlace da trama.  A honestidade com que o autor apresenta a protagonista sem cair no maniqueísmo de taxá-la como boa ou ruim é uma das virtudes da obra — Ricardo oferece ao leitor o retrato de uma pessoa complexa, com pensamentos, sentimentos e ações contraditórias. 

Isso não quer dizer que o escritor redime a narradora de suas falhas morais. Ao contrário, a cada página vai se desenhando e ficando mais claro que esse comportamento enviesado a impediu de, entre outras coisas, captar as múltiplas facetas e as inquietações de Cláudio. A forma como o autor detalha esse percurso emocional da protagonista, que vai do atordoamento do luto a uma espécie de resignação, é outro mérito de “Um Caminho Particular do Futuro”. Há também uma riqueza na caracterização de cenários, ambientes, situações e personagens. O leitor vai, a cada página, descobrindo peças do quebra-cabeça que ao final formarão o quadro que Francine tenta vislumbrar desde as primeiras revelações na casa de veraneio.   

O fim da trama não mostra somente a resolução do mistério, mas coloca quem está lendo em frente a dilemas que ultrapassam as páginas da obra e tendem a acompanhá-lo depois do encerramento da leitura. “Queria que o leitor experimentasse as mesmas incertezas de Francine e fosse levado a questionar se a empatia e a compaixão podem entrar em conflito com os próprios conceitos de certo e errado”, observa o autor do romance. Compre o livro “Um Caminho Particular do Futuro”, de Ricardo Bernhard, neste link.


Reencontro com a escrita e a escolha pelo romance
Ricardo Bernhard
formou-se em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2009. No mesmo ano, o jovem, nascido em 1986, ingressou na carreira diplomática. Como diplomata trabalhou em Brasília (DF), Ottawa (Canadá) e Dublin (Irlanda). Desde 2022 atua na embaixada do Brasil em Pretória, capital da África do Sul. 

A carreira literária é recente. O primeiro romance do autor, “Litoral Noir (Editora Madrepérola), foi lançado em 2021. No ano seguinte, ele publicou “Os Vilelas” (Editora 7Letras). Ricardo acredita que “Um Caminho Particular do Futuro” tenha pontos em comum com seus dois primeiros livros, em particular no que se refere à centralidade das questões morais. Por outro lado, o escritor revela que buscou mudar a linguagem no seu terceiro romance. “Tentei escrever num estilo mais direto, que viabilizasse camadas distintas de leitura, incluindo a que se prende estritamente ao desenvolvimento do enredo”, explica. 

Ainda que a estreia no universo literário tenha sido há poucos anos, o fascínio do autor pelo ofício remete à adolescência. Na época, escreveu contos e chegou a enviá-los para concursos. Durante um período, deixou a criação de ficção de lado para dedicar-se aos estudos da carreira diplomática. Retomou a escrita por volta dos 25 anos, quando trocou o gênero literário ao qual se dedicava. “Entendi que os romances eram um veículo mais apropriado para o meu estilo narrativo”, esclarece o autor. 

Atualmente a criação ficcional faz parte de sua rotina. “Escrevo uma hora por dia, de segunda a sexta, assim que acordo”, revela, observando que a meta é cumprir essa hora diária, com disciplina, mas sem cobranças quanto ao número de palavras. O empenho tem mostrado resultados. Ricardo trabalha agora no seu quarto romance, ainda sem data para o lançamento. Garanta o seu exemplar de “Um Caminho Particular do Futuro”, escrito por Ricardo Bernhard, neste link.


Confira um trecho do livro (pág. 49) :
O Cláudio parecia, na verdade, viver fora do tempo, ou viver como se a passagem do tempo fosse irrelevante para ele. Isso, em primeiro lugar, é que o cobria com aquele ar remoto, às vezes frio, ausente. Pois a abertura à banalidade do que está acontecendo agora, a troca despretensiosa de frases sobre o que acabamos de vivenciar ou de sentir, é que nos trazem para as circunstâncias presentes, permitem que formemos conexões afetivas, nos conferem uma impressão de normalidade. O Cláudio parecia não reconhecer a importância disso. Parecia disposto a se doar apenas ao que era essencial. E o que era essencial para ele aparentava ser tão transparente! Não era nada fora do comum, eram os objetivos previsíveis de quem tinha uma personalidade conservadora — permanecer, continuar, manter, segurar, eram os verbos moderados das suas prioridades ponderadas.

.: Com Ewan McGregor, adaptação de "Um Cavalheiro em Moscou" estreia


Inspirada no aclamado best-seller internacional de Amor Towles, a minissérie "Um Cavalheiro em Moscou" estreia na plataforma de streaming Paramount+. A adaptação do romance, que passou quase um ano na lista de mais vendidos do jornal The New York Times e foi apontado por Barack Obama como uma de suas leituras favoritas de 2017, é estrelada pelo premiado ator Ewan McGregor e por Mary Elizabeth Winstead. A tradução é de Rachel Agavino.

A história de "Um Cavalheiro em Moscou" começa cinco anos após a Revolução Russa, quando o Conde Aleksandr Rostov é acusado de não ter abraçado os ideais bolcheviques e condenado a passar o resto dos dias confinado no Hotel Metropol — endereço que era sinônimo de sofisticação e opulência para a antiga aristocracia russa. Habituado a sua confortável suíte, Rostov se vê preso em um simples alojamento no sótão, anteriormente destinado a mordomos e criados. No entanto, apesar de ter lhe tirado seus privilégios, o novo regime nunca seria capaz de tirar a elegância e a cortesia inatas do aristocrata.

Em meio às convulsões sociais que afetariam para sempre a Rússia e o mundo no início do século XX, o Conde descobre as engrenagens por trás de toda a pompa e a grandeza do luxuoso hotel e conhece os responsáveis pelo funcionamento desse ecossistema. Para dominar as circunstâncias, ele precisa transformar em lar aquele desconfortável alojamento e usa sua personalidade cativante para formar uma nova família e aprofundar os laços com as pessoas que cruzam o seu caminho. Somente ao se adaptar às mudanças do mundo, que nunca param de entrar pelo saguão, ele encontra algo até então inédito em sua vida: um propósito verdadeiramente nobre. Compre o livro "Um Cavalheiro em Moscou", de Amor Towles, neste link.

Sobre o autor
Amor Towles nasceu em Boston, Estados Unidos, graduou-se pela Universidade Yale e recebeu o título de mestre em língua inglesa pela Universidade Stanford. Após trabalhar por mais de 20 anos no mercado financeiro, passou a se dedicar em tempo integral à escrita. Seu primeiro livro, "Regras de Cortesia", foi publicado em 2011 e virou um best-seller na lista do jornal The New York Times. Lançou também o romance "A Estrada Lincoln", considerado um dos melhores livros de 2021 por Barack Obama e recomendado também por Bill Gates. Atualmente, Towles mora em Manhattan com a esposa e dois filhos. Amor Towles / Foto: David Jacobs. Garanta o seu exemplar de "Um Cavalheiro em Moscou", escrita por Amor Towles, neste link.

.: A Feira do Livro confirma mais 11 autores para a terceira edição


Festival a céu aberto acontece entre 29 de junho e 7 de julho e conta, até o momento, com 35 autores brasileiros e internacionais na programação principal. Imagem da Feira do Livro em 2023. Foto: Divulgação/Gabriel Guarany


A Feira do Livro, que chega à sua terceira edição em junho, apresenta mais 11 autores convidados para a programação principal. Realizada na praça Charles Miller, em frente à Mercado Livre Arena — Pacaembu, A Feira do Livro foi criada em 2022 pela Associação Quatro Cinco Um, organização sem fins lucrativos voltada para a difusão do livro, em parceria com a Maré Produções, empresa especializada em eventos e exposições de arte. A edição terá nove dias de duração e reunirá alguns dos principais destaques da cena literária brasileira e internacional para debates gratuitos, a céu aberto.

Entre as novidades estão dois nomes da cena literária argentina Betina González, autora de "Las Poseídas" ("Bazar do Tempo") e ganhadora do prêmio Tusquets e Michel Nieva, autor de "Dengue Boy" (editora Record), lançado em fevereiro deste ano no Brasil e contemplado pelo prêmio O. Henry, um dos mais reconhecidos dos Estados Unidos.

Em busca pela bibliodiversidade, um dos princípios que norteiam o evento, figuram na programação o psicanalista e professor Christian Dunker, o expoente da literatura periférica no Brasil Sérgio Vaz e a psicóloga indígena Geni Núñez. As escritoras brasileiras Adelaide Ivánova, Lilia Guerra e Julia de Souza também estão confirmadas e comentarão seus últimos romances publicados, que partem de narrativas sensíveis para tratar de questões sociais e íntimas.

Estreantes na ficção estão Pablo Casella, autor de "Contra Fogo" (Todavia), lançado em março, e Odorico Leal, autor de "Nostalgias Canibais" (Âyiné), a ser lançado no final de maio. Com mais de 100 convidados na edição anterior, a organização d’A Feira do Livro optou por divulgar os nomes em fatias ao longo do ano, com a programação completa a ser apresentada no final de maio. 

Os autores se apresentarão em dois palcos que funcionam simultaneamente, um deles montado na praça e outro no Museu do Futebol, parceiro da Feira do Livro. Neste ano, a organização também prevê palcos menores, para debates e lançamentos com dois ou três autores, em formato “pocket”, sempre mantendo o espírito de uma “aldeia” efêmera em pleno asfalto paulistano, nas palavras de Álvaro Razuk, diretor de arte e arquitetura. Além dos espaços de programação, A Feira do Livro tem mais de 150 expositores, entre editoras e livrarias, que vendem seus livros em tendas e bancadas montadas no meio da rua. 

Confira os convidados da terceira edição d’A Feira do Livro, confirmados até o momento: Adelaide Ivánova, Bernardo Esteves, Betina González,  Caetano W. Galindo, Camila Fabbri, Camila Sosa Villada, Christian Dunker, Claudia Piñeiro, Dan, Geni Núñez, Henry Louis Gates Jr., Iara Biderman, Jabari Asim, Jamaica Kincaid, João Moreira Salles, Julia de Souza, Lilia Guerra, Luiz Felipe de Alencastro, Mar Becker, Marcelo Viana, Marcos Bagno, Maria Adelaide Amaral, Martinho da Vila, Michel Nieva, Nara Vidal, Natalia Timerman, Odorico Leal, Pablo Casella, Rita Lobo, Rodrigo Hübner Mendes, Rosa Freire d'Aguiar, Sérgio Vaz, Stênio Gardel, Tatiana Salem Levy e Vera Iaconelli.


Quem faz A Feira do Livro
Associação Quatro Cinco Um é uma organização sem fins lucrativos dedicada a levar o livro para o centro do debate na sociedade brasileira. Seus principais projetos são a revista de crítica de livros Quatro Cinco Um, que tem edição impressa, digital, em podcasts e newsletters, a editora de livros Tinta-da-China Brasil, com foco em literatura e ensaio, e o festival literário A Feira do Livro, criado em parceria com a Maré Produções Artísticas no Pacaembu, em São Paulo. Maré Produções é um escritório de arquitetura especializado em exposições e feiras culturais. Entre as suas realizações recentes está a exposição internacional Amazônia, de Sebastião Salgado.

Serviço
A Feira do Livro
Data: de 29 de junho a 7 de julho de 2024
Local: Praça Charles Miller – Pacaembu – São Paulo/SP
Entrada Gratuita
Realização: Associação Quatro Cinco Um, Maré Produções e Ministério da Cultura e Governo Federal, por meio da Lei de incentivo à Cultura (Lei Rouanet)
Patrocínio: Itaú Unibanco e Redecard
Apoio: Dois pontos
Parceria de mídia: Revista Piauí
Parceiros: Museu do Futebol, Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativa do Estado de São Paulo, Associação Vaga Lume e Meliá São Paulo Higienópolis

sexta-feira, 10 de maio de 2024

.: Resenha de "Planeta dos Macacos: O Reinado", longa cheio de camadas

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em maio de 2024


Uma ficção clássica capaz de ainda provocar reflexões está em cartaz na "Cineflix Cinemas". Eis "Planeta dos Macacos: O Reinado", o quatro filme da trilogia "Planeta dos Macacos: A Origem" (2011), "Planeta dos Macacos: O Confronto" (2014) e "Planeta dos Macacos: A Guerra (2017)", lança a inversão intrigante de papéis entre macacos e humanos, levando o público a praticar a empatia quando o clã a que Noa (Owen Teague) pertence se aproxima da extinção.

Com direito a uma impecável trilha sonora capaz de dar mais emoção a cada cena de ação e suspense, permitindo, inclusive, que o público tenha a sensação de estar inserido na floresta com os protagonistas. Na boa trama dirigida por Wes Ball, sem pressa e com o nítido intuito de contar uma história hipoteticamente possível, humanos foram reduzidos a sobreviver e se esconder nas sombras. Tudo dá base e força para o vilão Proximus, equivocado e cheio de maldades egocêntricas.


Todavia, "Planeta dos Macacos: O Reinado" deixa certas situações levemente confusas ou incompletas, como por exemplo, o acesso ao tão desejado cofre, pelos "mocinhos" da história e também pelo vilão Proximus. O longa de 2h25 de duração reforça que o humano é um ser não muito confiável, sendo os animais muito mais puros e inocentes. 

A produção com roteiro de Josh Friedman, Rick Jaffa, Patrick Aison, Amanda Silver é cheio de camadas provocativas e efeitos especiais de primeira, seja nas expressões dos olhos, os pelos dos animais e, principalmente, nas cenas de embates ou quedas. Tudo contribui para a imersão na trama. Vale a pena conferir nas telonas Cineflix Cinemas!


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 


"Planeta dos Macacos: O Reinado" ("Kingdom of the Planet of the Apes "). Ingressos on-line neste linkGênero: ação, aventuraClassificação: 14 anos. Duração: 2h25. Ano: 2023. Idioma original: inglês. Distribuidora: 20th Century Studios. Direção: Wes Ball. Roteiro: Josh Friedman, Rick Jaffa, Patrick Aison, Amanda Silver. Elenco: Owen Teague, William H. Macy, Freya Allan, Kevin Durand, Peter MaconSinopse: O longa realiza um salto no tempo após a conclusão da Guerra pelo Planeta dos Macacos. Muitas sociedades de macacos cresceram desde quando César levou seu povo a um oásis, enquanto os humanos foram reduzidos a sobreviver e se esconder nas sombras.


Leia+

.: Diário de uma boneca de plástico: 10 de maio de 2024


Querido diário,

Preciso desabafar e vai ser bem aqui... É que ainda estou incomodada com o excesso de olhar puritano direcionado para a cantora Madonna, por conta de seu lado totalmente polêmico. Tentei e tentei, mas não há meios de entender tanto conservadorismo destilado para a gringa que sempre foi assim.

Por que tanta polêmica? Afinal, ela fez apresentações muito mais ousadas em outras turnês, por exemplo. Cruzes em chamas, pole dance vestida de freira. O que certos brasileiros, as "pessoas de bem" -que se auto intitulam assim-, esperavam ver no show no Rio de Janeiro? 

Aliás, até gente dessa trupe sublime que transpira pureza, por estar acima do bem e do mal marcou presença e até assistiu o show completo pela Tv. Curioso, né?! Nem eu que queria muito assistir no meu recanto, consegui. Fui passear e acabei perdendo boa parte do começo.

Madonna é o que é até hoje por ser libertária em todos os aspectos, principalmente quando se trata de sexualidade. Então, em pleno 2024, com a internet na ponta do dedo para acessar, as pessoas esperavam uma senhora recatada e do lar no palco que celebra seus 40 anos de carreira?! Francamente!

Ah! É muita falsidade disfarçada a todo custo para apregoar a moral e os bons costumes que os próprios não seguem, pois escondem suas sujeiras absurdas bem direitinho debaixo do tapete, né?! Como já cantava Rita Lee em "Reza", "Deus me ajude da sua raiva. Deus me imunize do seu veneno".

Detalhe maior para quem se sentiu ultrajado pela Tv, bastava  trocar de canal ou desligar o aparelho. Mas a verdade é que a Globo registrou um aumento de audiência no horário do show, então... rsrs

Beijinhos pink cintilantes e até amanhã,


.: Catia de França: disco autoral marca os 50 anos de carreira


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. 

Um disco que une o passado e o presente, que resgata memórias e perspectivas ao longo de 77 anos bem vividos. Em 12 faixas inéditas, músicas que revelam desde os sentimentos juvenis até às incertezas da censura imposta aos artistas brasileiros. “No Rastro de Catarina”, novo disco da multiartista paraibana Cátia de França, chega às plataformas digitais com toda força e vitalidade de uma artista com influências em diversas gerações da música brasileira.

Com seis discos lançados entre 1979 e 2016, Cátia de França transita entre palcos e parceiros musicais dos quatro cantos do país. Sua história envolve evolução de ritmos, experimentações e parcerias com artistas como Zé Ramalho, Dominguinhos, Sivuca, Lulu Santos, Chico César, Elba Ramalho e Bezerra da Silva em seus discos.

“No Rastro de Catarina” é uma obra que expõe a poética e sonoridade múltipla de Cátia de França. O disco percorre toda a história da artista, desde “Indecisão”, um poema de amor escrito quando Cátia tinha 14 anos e só agora musicado, ao mergulho em seu envelhecimento com “Malakuyawa”, cantando sobre seus cabelos brancos, veias aparentes e sorriso sem dentes. “No Rastro de Catarina” foi gravado em João Pessoa, terra natal da cantora, no Estúdio Peixeboi. O disco foi produzido pelo selo Tuim Discos, também da Paraíba. O lançamento no exterior será pelo selo Amplifica Music.

A banda foi composta só por músicos paraibanos: Cristiano Oliveira (viola, violão e violão de aço), Marcelo Macêdo (guitarra e violão de aço), Elma Virgínia (baixo acústico, baixo elétrico e fretless), Beto Preah (bateria e percussões) e Chico Correa (sintetizadores e samplers), que também assina a produção musical do disco ao lado de Marcelo Macêdo. O disco conta ainda com participação de Gláucia Lima no vocal, Dina Faria na direção artística e Felipe Tichauer na masterização.

Cátia de França representa na MPB aquele tipo de personagem inusitado, capaz de surpreender sempre com sua sonoridade a cada trabalho realizado. E nem mesmo os seus 77 anos representam uma barreira no processo criativo de sua música, que permanece fértil e interessante.

"Fênix"

"Negritude"

"Conversando com o Rio"



 

quinta-feira, 9 de maio de 2024

.: "Murdle - Volume 1", de G. T. Karber: quebra-cabeça literário chega ao Brasil


Best-seller mundial, quebra-cabeça literário inspirado em jogo on-line desafia o leitor a desvendar assassinatos, encontrar pistas ocultas e construir uma trama de suspense usando os métodos de um detetive.


Considerado pelo The Washington Post um dos dez melhores presentes para os amantes de livros, "Murdle - Volume 1" chega ao Brasil pela Intrínseca após fazer história no mercado editorial britânico. O livro de quebra-cabeças de mistério e assassinato, do escritor norte-americano G.T. Karber, foi o best-seller do Reino Unido no Natal de 2023 ao superar o número de vendas do novo livro de Richard Osman. O britânico, também publicado pela Intrínseca no Brasil, é autor da série O Clube do Crime das Quintas-Feiras, considerado o maior fenômeno literário do país desde Harry Potter.

Apontado por Osman, um dos mestres do cozy mystery, como um “fenômeno absoluto”"Murdle - Volume 1 arrebatou o Reino Unido ao oferecer entretenimento com um quebra-cabeça literário para toda a família. São cem enigmas de mistério curtos e divertidos que desafiam a descobrir quem matou, como, onde e por quê. A partir da análise de pistas e informações dadas por testemunhas, o leitor, ao lado do detetive Logicus, é convidado a desvendar misteriosos assassinatos.

“Há criptogramas para decodificar, depoimentos de testemunhas para examinar e muitos outros segredos para desvendar. À medida que for avançando e os mistérios começarem a se tornar mais desafiadores, você descobrirá que a sua habilidade de raciocínio será testada, porque a lógica é uma coisa esplendorosa, e sempre há técnicas novas a se aprender e novas deduções a se fazer”, explica o autor.

Com base em sua experiência em histórias imersivas no estilo “quem matou”, G.T. Karber criou um fio narrativo que conduz o leitor ao longo do livro. O escritor apresenta personagens e cenas de crime que se repetem para oferecer uma trama completa a partir da junção dos capítulos. Cada caso pode ser desvendado separadamente ou em sequência. Todos os homicídios guardam um segredo escondido e a obra contém uma mensagem que só pode ser decifrada após todos os casos terem sido desvendados.

Repleto de ilustrações, códigos e mapas, "Murdle - Volume 1" apresenta uma narrativa bem-humorada e perspicaz que envolve e conduz o leitor por enigmas com diferentes níveis de dificuldade — do básico ao impossível. Ao final do livro uma dica e a solução de cada caso são oferecidas ao leitor. Na apresentação, o leitor é introduzido ao universo de "Murdle" e recebe orientações para a resolução dos mistérios, além de ter acesso ao primeiro caso resolvido pelo maior cérebro do mundo na solução de mistérios: o dedutivo Logicus. Compre o livro "Murdle - Volume 1", de G.T. Karber, neste link



Sobre o autor
G.T. Karber, criador do popular jogo on-line "Murdle", cresceu em uma pequena cidade no Arkansas. Ele se formou, com distinção summa cum laude, em matemática e literatura inglesa pela University of Arkansas e em seguida mudou-se para Los Angeles, onde obteve o mestrado em belas artes pela School of Cinematic Arts da University of Southern California. Como secretário-geral da Sociedade dos Mistérios de Hollywood, uma organização independente, supervisionou a encenação de dezenas de obras imersivas no estilo “quem matou?” na região de Los Angeles. Foto: Annie Lesser. Garanta o seu exemplar de "Murdle - Volume 1", escrito por G.T. Karber, neste link.

.: Exposição "Efeito Japão: moda em 15 Atos" reúne expoentes na Japan House


A mostra apresenta as transformações da moda no Japão, por meio de peças de designers renomados criadas desde a década de 1950 aos anos 2000, desvendando as influências, sensibilidades e estética japonesas


O impacto e as influências da moda japonesa no cenário global ganham destaque na exposição inédita “Efeito Japão: moda em 15 Atos”, em cartaz no segundo andar da Japan House São Paulo. A partir de 15 trajes de importantes estilistas nipônicos, a mostra busca desvendar o poder do design japonês que assimila as tendências do mundo e as transformam em novas tendências por meio de uma sensibilidade particular.  Com entrada gratuita e em cartaz até 1º de setembro, a exposição foi coordenada pelo diretor de moda Souta Yamaguchi, responsável pelo design das roupas utilizadas pelo staff na cerimônia de entrega de medalhas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tokyo 2020. Yamaguchi inclusive já ministrou palestra na Japan House São Paulo. 

Dentre as peças selecionadas especialmente para a exposição, estão produções de Hanae Mori (1926 - 2022); Masao Mizuno (1928 - 2014); Kansai Yamamoto (1944 - 2020); Kenzo Takada (1939 - 2020); Yohji Yamamoto (1943); Isao Kaneko (1939); Yoshiki Hishinuma (1958); Issey Miyake (1938 - 2022); Junya Watanabe (1961); Jun Takahashi (1969); Kunihiko Morinaga (1980); Junichi Abe (1965) e Chitose Abe (1965). 

“Esta exposição é uma valiosa oportunidade para conhecermos um panorama das transformações da moda no Japão, as quais se iniciaram na década de 1950 e continuam ocorrendo até hoje. Espero que os visitantes desta exposição entrem em contato com a sensibilidade japonesa, que é capaz de contemplar a mudança dos tempos através das tendências da moda, como um espelho que reflete a sociedade”, afirma o coordenador da mostra, Souta Yamaguchi. 

Por meio das peças e de uma linha do tempo, a mostra destaca marcos históricos e contextos sociais da moda no Japão e no mundo, desde o período pós-Segunda Guerra Mundial, quando a cultura da vestimenta no Japão passou por uma grande transição entre os quimonos e as roupas ocidentais; passando pela consagração de estilistas japoneses no cenário internacional e a influência do street style japonês. Aborda também os novos nomes da moda japonesa, que ascenderam ao liderar as tendências contemporâneas como o uso da tecnologia de ponta que leva em consideração a sustentabilidade, além de designers promissores atuantes no cenário global que expressam as suas complexas singularidades.  

“Com certeza, os visitantes vão se deparar com pelo menos um nome familiar durante a visita à esta mostra, já que vários destes designers são reconhecidos internacionalmente pela inovação e a criatividade que tornou a moda japonesa relevante mundialmente. Alguns nomes apresentados, inclusive, já estiveram presentes em atividades da Japan House São Paulo anteriormente. Para aprofundar, realizaremos diversas atividades paralelas em que a moda japonesa será nosso grande foco, culminando inclusive com a abertura de outra exposição complementar em breve”, ressalta a Diretora Cultural da JHSP, Natasha Barzaghi Geenen. 

De forma a estender a experiência do público para além da exposição, a JHSP promoverá, no dia 7 de maio, às 11h30 e às 15h, a Visita Guiada "Efeito Japão: moda em 15 Atos", com Souta Yamaguchi. Nesta visita, o designer guiará o público por cada um dos núcleos da exposição.  No mesmo dia, às 19h00, ele também ministra a palestra Perspectiva da Moda Japonesa. As duas atividades acontecem presencialmente e os interessados podem retirar senha na recepção da instituição antes de cada atividade (sendo 30 minutos, no caso da Visita; e 90 minutos para a Palestra). Dentro do programa JHSP Acessível, a exposição “Efeito Japão: moda em 15 Atos” ainda conta com recursos táteis, audiodescrição e vídeo libras.


As histórias que as obras expostas desvendam
Na década de 1950, o Japão do pós-guerra estava remodelando o quimono e as roupas ocidentais em termos de função, higiene e economia. A peça mais antiga da mostra é confeccionada com a combinação de tecidos de quimono feitos em técnica de tecelagem tradicional de Okinawa, Ryūkyū kasuri, em que o algodão é tingido com corantes naturais. A peça foi produzida quando os desfiles de moda começaram a se espalhar no Japão, refletindo o contexto histórico da transição da moda japonesa dos quimonos para as roupas ocidentais.  

Com a aproximação da década de 1960, o surgimento de tecidos sintéticos elásticos levou gradualmente à integração das roupas ocidentais, iniciando o desafio do design de estilo japonês. Entre as peças em exposição, está o vestido com estampa de bambu confeccionado em uma única peça de tecido crepe poliester sem cortes na região dos ombros de Hanae Mori, primeira designer asiática aceita na Chambre Syndicale de la Couture Parisienne.  

Na década de 1970, houve um ressurgimento do orientalismo em um contexto caracterizado pela liberdade e estilos que misturavam influências japonesas com ocidentais se tornaram populares. Tais referências podem ser observadas na   peça de Kenzo Takada, costurada em linhas retas como um quimono e descrita como “anti alta-costura”. Outro exemplo é a criação de  Kansai Yamamoto, que utilizou ousadamente um motivo utilizado na pintura de pipas japonesas na confecção de um macacão com base no traje do Kabuki. 

Já na década de 1980, surgiram dois momentos importantes. O primeiro foi da moda extravagante, que refletia o alto crescimento econômico e a bolha econômica do Japão, representado na exposição por uma peça volumosa, elaborada com detalhes em pregas delicadas, rendas, babados e apliques, que são a base da cultura kawaii do Japão. Por outro lado, no mesmo período nasceu a "Shock Wave", que movimento que rejeitou a elegância ocidental, ilustrado por uma peça com drapeados ousados com várias camadas sobrepostas de lã crua. 

A partir da década de 1990, o Street style japonês atraiu a atenção internacional, com estilos que remixam diversas culturas e designs usando técnicas avançadas de processamento. Yoshiki Hishinuma, que trabalhou no Miyake Design Studio, utilizou a termo plasticidade do poliéster para criar obras aplicando a tradicional técnica japonesa shibori (tingimento que envolve prender partes do tecido que não serão tingidas e mergulhá-lo em pigmento, criando estampas orgânicas e exclusivas).  

Dos anos 2000 em diante surgiram os designs minimalistas que levam em consideração a sustentabilidade e a expressão da complexidade de personalidades. Desta forma, surgem peças confeccionadas com a combinação de vários materiais de diferentes texturas com formas assimétricas e costuras sem padrão. A intenção é romper a própria beleza e transformar o processo de confecção de roupas permitindo que o usuário crie o design. A exposição traz a peça de patchwork de vanguarda da Anrealage - que já expôs na JHSP - um trabalho manual que vai além do digital e analógico e oferece uma visão panorâmica da transição cada vez mais diversificada da moda japonesa contemporânea.


Serviço
Exposição “Efeito Japão: moda em 15 Atos”
Coordenação: Souta Yamaguchi
Período: até dia 1º de setembro de 2024
Local: Japan House São Paulo, 2º andar - Avenida Paulista, 52, São Paulo/SP 
Horário de funcionamento: terça a sexta, das 10h às 18h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 19h.
Entrada gratuita. Reservas on-line antecipadas (opcionais) no site.
* Existem restrições para foto e vídeo de dois looks da exposição.

.: Vampiro expert em Taylor Swift e doramas no 1° livro de Jenna Levine


Aluga-se quarto espaçoso em apartamento localizado em área nobre de Chicago. Totalmente mobiliado, com vista para o lago e cozinha semiprofissional. Preço: bem abaixo do mercado. O que poderia haver de errado com este anúncio? É o que a jovem Cassie Greenberg vai descobrir em "Morando com Um Vampiro", obra de estreia best-seller do USA Today assinada pela autora Jenna Levine. Nesta comédia romântica irresistível, um vampiro tricentenário aprende sobre Taylor Swift, assiste a doramas e divide apartamento com uma jovem artista desesperada por uma oportunidade. A tradução é de Lígia Azevedo.

Prestes a ser despejada, já que está cada vez mais difícil pagar o aluguel sendo uma artista independente, Cassie responde a um anúncio tentador e aceita morar com o misterioso Frederick J. Fitzwilliam em seu grande e luxuoso — mas antiquado — apartamento. Pelo bem de sua saúde financeira, ela faz vista grossa para os hábitos estranhos do novo companheiro: ele dorme o dia todo, passa as noites fora e se recusa a revelar o que guarda no cômodo misterioso ao fim do corredor. Além disso, fala e se veste como se vivesse na Inglaterra da era vitoriana.

Não demora até que Cassie descubra o segredo que o leitor já sabe desde a primeira página: seu colega de apartamento é um vampiro. No entanto, ele também é surrealmente bonito, se interessa por sua arte e escreve dezenas de bilhetes fofos para ela. Passado o horror inicial frente à revelação, Cassie acaba concordando em ajudar Frederick em uma missão: ensiná-lo a viver no presente para que ele consiga passar despercebido entre os humanos, já que suas habilidades sociais estão enferrujadas por ter passado cerca de um século desacordado. Nessa jornada, os dois descobrirão muito um sobre o outro e perceberão que talvez queiram mais do que apenas uma troca de conveniências… mas obstáculos poderosos e figuras do passado de Frederick vão atrapalhar a história dos pombinhos.

Morando com um vampiro reúne todos os elementos para conquistar qualquer fã de comédias românticas, além de contar com seus momentos de ação e drama — e uma pitada de hot. Sempre com muito humor e repleta de referências à cultura pop, a obra inclui diversos formatos em suas páginas: bilhetes deixados por Frederick e Cassie, trechos do diário de Frederick e mensagens de texto trocadas entre vampiros ajudam a contar essa história. Um final surpreendente e recompensador fará todo leitor fechar o livro com o coração aquecido — ao contrário do protagonista. Compre o livro "Morando com Um Vampiro", de Jenna Levine, neste link.



Sobre a autora
De dia, Jenna Levine trabalha para ampliar o acesso a moradias populares no sul dos Estados Unidos. À noite, ela escreve romances em que coisas ridículas acontecem com pessoas bonitas. Quando Jenna não está escrevendo, é possível encontrá-la vendo dramas coreanos (aos prantos), começando projetos de tricô que nunca vai terminar ou aproveitando o tempo com sua família e seu pequeno exército de gatos. Foto: Gabriel Prusak. Garanta o seu exemplar de "Morando com Um Vampiro", escrito por Jenna Levine, neste link.

.: "Planeta dos Macacos: O Reinado" estreia hoje na Cineflix Cinemas

A nova produção da 20th Century Studios, "Planeta dos Macacos: O Reinado" que estreia hoje, dia 9 de maio, na Cineflix Cinemas em Santos, se passa em várias gerações no futuro, após o reinado de César - líder que conquistou a liberdade de seus semelhantes. No filme, os macacos são a espécie dominante, vivendo harmoniosamente, enquanto que os humanos foram obrigados a viver nas sombras. 

Contudo, um novo líder símio tirânico constrói um império enquanto o jovem Noa empreende uma jornada angustiante que o levará a questionar tudo o que sabia sobre seu passado, fazendo escolhas que definirão um futuro tanto para os primatas como para os homens.

Assim, o quarto filme da épica franquia global, dirigido por Wes Ball, chega às telonas Cineflix. Estrelado por Owen Teague, Freya Allan, Kevin Durand e Peter Macon, o longa chega como o quarto filme de uma das sagas mais famosas do cinema mundial. Segundo Wes Ball, a trilogia "Planeta dos Macacos: A Origem" (2011), "Planeta dos Macacos: O Confronto" (2014) e "Planeta dos Macacos: A Guerra (2017)" será honrada, pois o diretor Wes Ball começou a trabalhar neste filmes depois do cancelamento de sua adaptação de fantasia da série de quadrinhos "The Mouse Guard".


O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


"Planeta dos Macacos: O Reinado" ("Kingdom of the Planet of the Apes "). Ingressos on-line neste linkGênero: ação, aventuraClassificação: 14 anos. Duração: 2h18. Ano: 2023. Idioma original: inglês. Distribuidora: 20th Century Studios. Direção: Wes Ball. Roteiro: Josh Friedman, Rick Jaffa, Patrick Aison, Amanda Silver. Elenco: Owen Teague, William H. Macy, Freya Allan, Kevin Durand, Peter MaconSinopse: O longa realiza um salto no tempo após a conclusão da Guerra pelo Planeta dos Macacos. Muitas sociedades de macacos cresceram desde quando César levou seu povo a um oásis, enquanto os humanos foram reduzidos a sobreviver e se esconder nas sombras.

Sala 3 (dublado) - De 9 a 15 de maio: 15h00
Sala 3 (legendado) - De 9 a 15 de maio: 18h00 - 21h00


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.: Mãe e filha, Bárbara Bruno e Vanessa Goulartt estreiam "Desinfluencers"


Nesta sexta-feira, dia 10 de maio, o Teatro Santa Cruz será palco de um evento especial que não apenas marca a estreia de uma nova peça teatral, mas também celebra a profunda ligação entre mãe e filha. Bárbara Bruno e Vanessa Goulartt, renomadas artistas do cenário teatral brasileiro, unem seus talentos e laços familiares para apresentar "Desinfluencers, a Comédia".

Dirigida por Bárbara Bruno, a peça traz Vanessa Goulartt no elenco e promete encantar o público com uma história contemporânea e divertida. Além de compartilharem o palco, mãe e filha compartilham uma conexão especial que transcende o ambiente profissional. Juntas, viajam, trocam ideias e se apoiam mutuamente, cultivando uma amizade sólida e confiável.

Barbara e Vanessa também estão trabalhando no projeto da peça “Ciranda” de Célia Forte, essa montagem com as duas atrizes em cena. Com a proximidade do Dia das Mães, "Desinfluencers" não apenas proporciona uma experiência teatral única, mas também convida o público a refletir sobre a importância da relação entre mãe e filha. A confiança, a amizade e o apoio mútuo são pilares fundamentais dessa ligação tão especial. Que todas as mães e filhas possam se inspirar na história de Bárbara Bruno e Vanessa Goulartt e celebrar o Dia das Mães com toda a intensidade e afeto que essa data merece. 


Ficha técnica
"Desinfluencers, a Comédia"
Elenco: Rodrigo Phavanello, Aline Mineiro, Anna Claudia Vidal, Ailton Guedes, Vanessa Goulartt e Ernando Thiago.
Direção: Bárbara Bruno
Texto e assistência de direção: Sergio Tadeu
Ideia original: Rodrigo Phavanello
Produção: PH8 Produções e STR Eventos
Coordenação de produção: Sylvia Goulart e Leila Campos
Cenografia e adereços: Renato Ribeiro – Cenografia Sustentável
Produção de elenco: Dudu Pradella
Assessoria: Cícero Júnior
Figurinista: Malena Russo
Redator: Xandy Novaski
Gênero: comédia
Trilha Sonora: Ricardo Severo
Luz: Marcelo Yamada

Serviço
"Desinfluencers, a Comédia"
Duração: 65 minutos
Classificação indicativa: 12 anos
A partir de 10 de maio no Teatro Santa Cruz
Shopping Metrô Santa Cruz - Piso Cultura
Rua Domingos de Morais, 2564 - Vila Mariana/São Paulo

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