sexta-feira, 23 de maio de 2025

.: Crítica: “Lilo & Stitch” tenta reinventar uma roda que já estava inventada


Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com

Em cartaz na rede Cineflix e em cinemas de todo o Brasil, o novo live-action da Disney, "Lilo & Stitch", tenta reviver a magia do clássico animado de 2002, mas se perde ao tentar ser mais do que precisava. A produção, dirigido por Dean Fleischer Camp, conta com nomes como Maia Kealoha, Sydney Elizabeth Agudong e Chris Sanders acerta apenas parcialmente ao trazer Stitch à vida com efeitos visuais caprichados - o alienígena azul está muito bem feito e é o ponto alto do filme, fiel ao desenho e cheio de personalidade. Mas, infelizmente, a mesma atenção não foi dada à alma da história: Lilo.

A protagonista, interpretada por Maia Kealoha, carece do carisma e da energia que marcaram a Lilo original. E isso nem é culpa da jovem atriz. Na animação, Lilo era esquisita, otimista e cheia de vida, mesmo em meio à solidão e o vazio causados pela morte dos pais. Já no live-action, ela é reduzida a uma órfã melancólica, definida apenas pelo drama - faltou energia. O roteiro, escrito por Chris K.T. Bright e Mike Van Waes, carrega nas tintas do sofrimento e esquece de inserir as cenas leves, engraçadas e icônicas que eternizaram o filme original na memória dos fãs.

A tentativa de dar mais realismo à trama - como se a história de um alienígena disfarçado de cachorro precisasse de coerência absoluta - resulta em um filme que não se define: ora tenta ser dramático e profundo, ora quer ser infantil e acolhedor. No fim, não cumpre bem nenhuma das intenções. Outro problema é a adição de personagens irrelevantes, como a vizinha que surge sem propósito claro e não contribui para a trama. Se ela era tão próxima da família, onde estava antes, nos momentos críticos? Já Nani e seu namorado, felizmente, funcionam bem - os atores conseguem manter parte do carisma da animação, embora apareçam em poucas cenas marcantes.

O visual do longa-metragem é bonito, solar, e remete a uma boa "Sessão da Tarde" e ao próprio desenho animado. Os efeitos especiais são competentes, mas não salvam a narrativa arrastada e desequilibrada que o filme intencionalmente propõe para provar que mudou algo na animação. A trilha sonora, antes vibrante e memorável, agora se resume a versões acústicas e sem alma que não fazem jus ao espírito original havaiano e à leveza do desenho animado.

O final, que deveria ser o momento de catarse emocional, contradiz os esforços de Nani durante todo o enredo, enfraquecendo ainda mais a construção dessa história que marcou época no filme original. No fim das contas, o live-action parece mais preocupado em adaptar "Lilo & Stitch" ao gosto de um público adulto, esquecendo que seu maior mérito sempre foi falar com crianças - e com o lado infantil de cada um. Uma releitura desnecessária que, infelizmente, não acrescentou nada - nem um frescor, ao clássico moderno que se tornou a franquia animada. Ao tentar reinventar a roda, o filme entrega um drama indeciso e sem o brilho da produção original. O "Lilo & Stitch" de 2002 continua sendo a versão definitiva, mais divertida, mais emocionante e, acima de tudo, mais fiel ao que significa “Ohana”.


quarta-feira, 21 de maio de 2025

.: Cinema: Banguela de "Como Treinar Seu Dragão" pousa em SP e RJ


A escultura do dragão mais amado do cinema ficará exposta até 31 de julho em diferentes shoppings e pontos icônicos das duas cidades

A Universal Pictures, que recentemente anunciou a turnê no Brasil do primeiro live-action do estúdio “Como Treinar o Seu Dragão” ("How to Train Your Dragon"), instalou uma estátua do adorado dragão Fúria da Noite, o Banguela, em São Paulo. Com mais de 2 metros de altura por 5,2 metros de comprimento, o personagem ficará em frente ao Shopping Cidade São Paulo até o dia 25 de maio e, a partir desta data, será exibido em outros locais, conforme a agenda abaixo. O filme estará em cartaz na rede Cineflix e em cinemas de todo o Brasil.
 

São Paulo 
Shopping Cidade São Paulo: até 25 de maio 
Shopping Tietê Plaza: 2 a 9 de junho 
Shopping Grand Plaza: 9 a 16 de junho 
Shopping D: 16 a 23 de junho
Neoquímica Arena: 28 de maio a 2 de junho 
Roda Rico: 23 de junho a 10 de julho 

Rio de Janeiro 
UCI New York: 31 de maio a 20 de junho 
Loja BK (Av. Dom Hélder Câmara, 5911 - Engenho de Dentro, Rio de Janeiro - RJ, 21050-453): 20 a 30 de junho 
Parque Bondinho: 30 de junho a 31 de julho
Em clima de celebração, o elenco do filme que conta com Mason Thames (Soluço), Nico Parker (Astrid), Gerard Butler (Stoico) e do diretor Dean DeBlois estará em São Paulo para divulgar o longa metragem entre os dias 24 e 28 de maio.  


Sobre o filme
Inspirada na série de livros best-seller do “New York Times”, de Cressida Cowell, o romance “Como Treinar o Seu Dragão” se passa na acidentada Ilha de Berk, onde vikings e dragões são inimigos há gerações. No centro da história está Soluço (Mason Thames), o engenhoso e negligenciado filho do Chefe Stoico (Gerard Butler). Desafiando as tradições de seu povo, Soluço forma uma amizade improvável com Banguela, um temido dragão Fúria da Noite. Juntos, eles revelam uma nova verdade sobre os dragões e questionam as crenças mais profundas da sociedade viking.  

Ao lado da corajosa e determinada Astrid (Nico Parker) e do excêntrico ferreiro Bocão Bonarroto (Nick Frost), Soluço precisa enfrentar um mundo dividido pelo medo e mal-entendidos. Quando uma antiga ameaça ressurge, colocando em risco a sobrevivência de vikings e dragões, a amizade entre Soluço e Banguela torna-se a chave para um novo futuro. Juntos, eles devem trilhar o caminho em direção à paz, ultrapassando os limites de seus mundos e redefinindo o que significa ser herói e líder. “Como Treinar o Seu Dragão” tem distribuição da Universal Pictures e estará disponível nos cinemas a partir de 12 de junho também em versões acessíveis. Sessões antecipadas a partir de 7 de junho.

.: Clássico: Edith Wharton ganha edição de luxo com tradução de Nara Vidal


Segundo título do Selo Inglesa, da Degustadora Editora, "Xingu e Outros Contos" está em pré-venda com brindes e encontro on-line com equipe editorial


Após o lançamento de "Freshwater", de Virginia Woolf, a Degustadora Editora apresenta o segundo título do Selo Inglesa: "Xingu e Outros Contos", da norte-americana Edith Wharton (1862-1937), primeira mulher a receber o Prêmio Pulitzer de Ficção. Com edição de luxo em capa dura e guarda personalizada, o livro já está em pré-venda e traz como diferencial a participação em um encontro on-line com a curadora e tradutora Nara Vidal e integrantes da equipe editorial.

Com humor refinado e crítica social afiada, os seis contos do livro apresentam ao leitor brasileiro uma autora pouco difundida, mas de escrita sofisticada e surpreendente. Entre os destaques estão “Xingu” - que dá nome à edição -, e “O Pelicano”, sátiras da falsa erudição e do esnobismo da elite norte-americana do início do século 20.

“Traduzir Edith Wharton tem sido um desafio e um prazer imensos. Sua escrita é sedutora, elaborada e exige da tradução uma entrega obsessiva pela palavra certa, pela ironia preservada, pelo ritmo do texto original. É um trabalho que envolve paixão e precisão”, comenta Nara. “'Xingu e Outros Contos' é uma seleção feita com amor e com um cuidado imenso com o leitor brasileiro, que merece conhecer mais profundamente essa autora extraordinária”, completa a curadora e tradutora da obra. O lançamento traz ainda textos críticos assinados por Nara Vidal e pela professora e crítica literária Ligia Gonçalves Diniz.

A editora da Degustadora, Melissa Velludo, comemora o novo volume do Selo Inglesa. “Pouco traduzida no Brasil, Wharton ganha agora uma edição primorosa e acessível. Seu olhar crítico sobre as convenções sociais e sua habilidade de transitar do humor à melancolia fazem dela uma autora indispensável - sobretudo para quem se interessa pelas questões de gênero e pelas transformações sociais do século passado”, afirma.

Além do projeto gráfico refinado, o livro traz brindes na pré-venda, como ecobags, cadernetas e cartão postal exclusivo. Os leitores que adquirirem a obra antecipadamente pelo Catarse também ganham acesso a um bate-papo especial com a equipe responsável pela edição, em uma oportunidade de mergulhar ainda mais no universo de Edith Wharton e da tradução literária. A pré-venda de Xingu e outros contos é feita pelo link https://www.catarse.me/xingueoutroscontos.
 

Sobre o Selo Inglesa
O Selo Inglesa, criado pela Degustadora Editora, tem como proposta publicar autoras de língua inglesa em domínio público, com curadoria e tradução cuidadosas. A proposta é valorizar obras pouco conhecidas do grande público e resgatar autoras fundamentais com novos olhares. Entre os próximos lançamentos previstos pela editora estão um livro de cartas de Mary Wollstonecraft e a obra "Matilda", de Mary Shelley, em edição especial de luxo.

 
Sobre a autora
Edith Wharton foi escritora, ensaísta e crítica literária. Além de receber o Prêmio Pulitzer de Ficção, em 1921, também foi agraciada com o título de doutora honoris causa pela Universidade de Yale. Autora de romances, contos, poesia e livros de não-ficção, Wharton se destacou por retratar com acidez e precisão os costumes da elite norte-americana de sua época.

 
Sobre a tradutora
Nara Vidal é escritora, professora, curadora do Selo Inglesa e tradutora de autoras como Virginia Woolf, Katherine Mansfield e Selby Wynn Schwartz. Formada em Letras pela UFRJ, é mestre em Artes pela London Metropolitan University e desenvolve um trabalho de resgate e valorização de autoras clássicas da literatura em língua inglesa.

.: Globo Livros lança "Partes de Mim", a autobiografia de Whoopi Goldberg


Chega às livrarias pela Globo Livros, a autobiografia "Partes de Mim: a Vida com Minha Mãe e Meu Irmão", um relato sincero, emocionante e profundamente humano da atriz Whoopi Goldberg - uma das vozes mais marcantes do entretenimento mundial. Vencedora do Emmy, Grammy, Oscar e Tony - um feito reservado a pouquíssimos artistas - ela abre seu coração para revelar suas raízes e as histórias que moldaram sua infância. “Este é um livro sobre a minha família nuclear: meu irmão, Clyde, e principalmente a minha mãe, porque nada do que fiz teria acontecido sem ela. Por causa dela, deixei de ser Caryn Johnson, a ‘garotinha esquisita’ da periferia, por quem ninguém dava nada, para ser eu, Whoopi Goldberg.”

Nascida Caryn Johnson, nos arredores de Nova York, Whoopi narra a própria trajetória com coragem e autenticidade. Em um relato íntimo, ela revisita suas origens e relembra uma infância cheia de desafios, mas também de vínculos profundos com a mãe — uma mulher de força inabalável — e com o irmão, seu grande parceiro de vida. A obra é uma homenagem comovente ao poder da família e à busca por identidade e pertencimento.
 
Com estilo inconfundível - direto, afetuoso e cheio de personalidade - Whoopi conduz o leitor por momentos de vulnerabilidade e superação: o enfrentamento do vício em drogas, a dor da perda de entes queridos, e os bastidores nem sempre glamourosos do estrelato em Hollywood e no teatro. “Revisitar essas histórias foi como ver de fora como eu cresci e evoluí. A dor não vai embora, ela muda. E você muda junto. Acho que esse livro é sobre isso: sobre crescer, tropeçar, aprender com o que deu certo e com o que deu errado”, diz Whoopi. Com irreverência, força e uma sinceridade rara, Whoopi Goldberg compartilha com os leitores um pedaço de sua alma — e nos lembra por que sua trajetória é tão inspiradora. Apoie o Resenhando.com e compre o livro "Partes de Mim: a Vida com Minha Mãe e Meu Irmão" neste link.


Sobre a autora
Whoopi Goldberg, nome artístico de Caryn Elaine Johnson, é atriz, apresentadora e cantora norte-americana. Ela é uma das poucas artistas na seleta lista dos EGOT, ou seja, a ter reconhecimento das principais premiações do entretenimento norte-americano: o Emmy, o Grammy, o Oscar e o Tony. Ela também já conquistou dois Globos de Ouro e recebeu o prestigioso Prêmio Mark Twain de Humor Americano. Whoopi participou de diversos filmes e atualmente faz parte da bancada do programa The View, da ABC. Ela mora em Nova York e Vermont. Apoie o Resenhando.com e compre o livro "Partes de Mim: a Vida com Minha Mãe e Meu Irmão" neste link.

.: Cineflix Cinemas Santos estreia "Lilo & Stitch" e "Ritas". Programe-se!

A unidade Cineflix Cinemas Santos, localizada no Miramar Shopping, bairro Gonzaga, estreia dia 22 o aguardado live action de comédia e ficção científica da Disney "Lilo & Stitch" e o documentário sobre a cantora, poetisa, compositora, instrumentista, escritora e musa Rita Lee, intitulado "Ritas".

Seguem em cartaz o longa de ação protagonizada por Tom Cruise, "Missão Impossível - O Acerto Final", a nova sequência do terror para maiores de 18 anos, "Premonição 6: Laços de Sangue", com Tony Todd, assim como a cinebiografia sobre Ney Matogrosso, "Homem com H"

Estão abertas a pré-venda do musical "j-hope - Hope On The Stage: Live Viewing" e a exibição ao vivo da "UEFA Champions League 2025", no dia 31 de maio. Garanta seus ingressos aqui: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

Programe-se, confira detalhes e compre os ingressos aqui: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN. Você pode assistir as estreias com pipoca quentinha, doce ou salgada, tendo em mãos o balde colecionável de "Lilo & Stitch""Thunderbolts*" e "Um Filme Minecraft".



O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


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terça-feira, 20 de maio de 2025

.: "La Chimera", com Isabella Rossellini e Carol Duarte, estreia no Sesc Digital

Indicado à Palma de Ouro no Festival de Cannes, "La Chimera" é dirigido pela italiana Alice Rohrwacher e estrelado por Josh O'Connor, Isabella Rossellini e a brasileira Carol Duarte.  


A partir de quinta-feira, dia 22 de maio, a plataforma Sesc Digital recebe em sua programação três novos títulos imperdíveis. O serviço de streaming gratuito do Sesc São Paulo pode ser acessado em todo o país, pelo site ou por meio do aplicativo Sesc Digital, disponível para download nas lojas Google Play e App Store. 

Indicado à Palma de Ouro no Festival de Cannes, "La Chimera" é dirigido pela italiana Alice Rohrwacher e estrelado por Josh O'Connor, Isabella Rossellini e a brasileira Carol Duarte. O filme é sobre busca. Todos têm sua própria quimera, algo que buscam, mas nunca conseguem encontrar. Para uma gangue de ladrões de antigos objetos funerários e maravilhas arqueológicas, a quimera significa o desejo pelo dinheiro fácil. Para Arthur, a quimera se parece com a mulher que ele perdeu, Beniamina. Para encontrá-la, ele desafia o invisível e procura por toda parte em busca de um mitológico caminho para a vida após a morte. Numa jornada entre vivos e mortos, entre florestas e cidades, entre celebrações e solidão, desenrolam-se os destinos entrelaçados desses personagens, todos à procura da quimera. Alice Rohrwacher foi indicada recentemente ao Oscar pelo seu curta-metragem “Le Pupille” (2023) e já venceu com “As Maravilhas” (2014) o Grande Prêmio do Júri, e com “Feliz como Lázaro” (2018), o prêmio de Melhor Roteiro, ambos no Festival de Cannes.

O drama infantil alemão “Transtorno Explosivo”, de Nora Fingscheidt, traz a história de Benni, de nove anos. Ela é pequena, mas perigosa. Onde quer que Benni esteja, ela é imediatamente expulsa. Pequena, mas perigosa, ela já se tornou o que os serviços de proteção infantil chamam de "destruidora de sistemas" e não pensa em mudar. Benni tem um único objetivo: voltar para casa e ficar ao lado de sua mãe, mas Bianca tem medo da própria filha. A única esperança da menina é Micha, um especialista em controle de raiva. Premiado no Festival de Berlim, o filme venceu a competição Novos Diretores na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.

Por fim, estreia na plataforma Sesc Digital a ficção brasileira "Carro Rei", de Renata Pinheiro, dentro da Virada Fantástica, programação proposta pelo CineSesc na Virada Cultural. Nascido em um carro, desde muito cedo Uno mantém uma relação bastante especial com eles. A partir da reforma de um velho automóvel da família, ele e seu tio, o mecânico Zé Macaco, darão início a um movimento que ninguém pode prever como e onde vai terminar. Ao misturar elementos de vários gêneros cinematográficos, passeando entre a fantasia desbragada e o ancoramento numa realidade bastante específica, Renata Pinheiro constrói um filme único no panorama do cinema brasileiro atual, ao mesmo tempo urgente e atemporal. Confira a programação completa das estreias de cinema no Sesc Digital.


Sesc Digital | Programação da semana | Estreias 22 de maio

"La Chimera"
Direção: Alice Rohrwacher | Itália, França, Suíça | 2023 | 130 min | Ficção | 16 anos | Disponível até 22 de setembro de 2025.

"Transtorno Explosivo"
Direção: Nora Fingscheidt | Alemanha | 2019 | 119 min | Ficção | 14 anos | Disponível até 22 de julho de 2025.

"Carro Rei"
Direção: Renata Pinheiro | Brasil | 2021 | 99 min | Ficção | 14 anos  | Disponível até 22 de julho de 2025.

Serviço
Acesse gratuitamente sesc.digital
Ou baixe o aplicativo, disponível para download nas lojas Google Play e App Store 

Aplicativo Sesc Digital
Filmes de ficção, documentários, produções originais, shows, mostras e festivais dão vida à nova plataforma de streaming do Sesc São Paulo. Disponível para Apple e Android, o app Sesc Digital é uma ferramenta intuitiva com acesso gratuito a vídeos em até 4K. Compatível com Chromecast e AirPlay, permite ao usuário assistir às obras audiovisuais sem cadastro e gerenciar perfis para toda a família.

.: "Sintomas": livro de Marcela Ceribelli olha para o que foi ensinado sobre amar


Em "Sintomas - E o que Mais Aprendi Quando o Amor me Decepcionou", o novo livro de Marcela Ceribelli, são combinadas memórias, reflexões e um olhar afiado sobre as estruturas que moldam os afetos, as escolhas e o que as pessoas carregam dentro delas mesmas como pontapé para um mosaico tão íntimo quanto universal.

No livro lançado pela Harper Collins Brasil, Marcela não apresenta uma desconstrução amarga, mas olha com coragem para o que foi ensinado sobre amar, cuidar e ser cuidada. Ela explode as bolhas do amor romântico, escancarando como quem “merece” viver histórias de amor e quem continuamente é deixado à margem.

Esperar, aqui, deixa de ser um ato passivo. É sobre controle, poder e sobre viver à sombra da paciência que ensinaram principalmente às mulheres. "Sintomas" mostra como a espera se camufla - em silêncios, em hesitações, em buscas por validação -, e como é preciso reaprender a se mover para fora dela. E propõe dar nome - aos desprazeres, às injustiças, às pequenas violências diárias que fingimos não ver  é o primeiro passo para deixar de carregar sozinha o que dói. O mapa das emoções ganha traços mais nítidos, e, com ele, somos convidadas a desenhar novas rotas. Apoie o Resenhando.com e compre o livro "Sintomas - E o que Mais Aprendi Quando o Amor me Decepcionou" neste link.

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segunda-feira, 19 de maio de 2025

.: Crítica: “Missão: Impossível” é ação feita com engenhosidade e coragem


Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com

A franquia “Missão: Impossível” sempre foi sinônimo de ação e cenas de tirar o fôlego - e “Missão: Impossível - O Acerto Final”, além de manter essa tradição, leva os filmes de ação a um novo patamar. Tom Cruise, mais uma vez, dá vida ao papel de Ethan Hunt, e ele se entrega de corpo e alma, protagonizando sequências desafiadoras que testam os limites do cinema de ação. Em cartaz na rede Cineflix Cinemas e em cinemas de todo o Brasil a partir do dia 22, a produção surpreende ao explorar um set subaquático, cuja complexidade técnica foi revelada em vídeo divulgado pela Paramount Pictures Brasil. 

A dedicação de Cruise e da equipe para tornar essas cenas possíveis demonstra o compromisso com a autenticidade e o impacto visual. É uma prova de que, na era dos efeitos digitais, ainda há espaço para a ação real feita com engenhosidade e coragem. Dirigido com maestria por Christopher McQuarrie - que também assina a produção ao lado do protagonista - o filme combina tensão, emoção e uma estética. O roteiro se aprofunda em dilemas humanos ao abordar a ideia de que a vida é feita de escolhas, oferecendo ao personagem Ethan Hunt novos contornos dramáticos sem perder o ritmo acelerado que os fãs tanto amam.

O elenco estelar, que conta com nomes como Hayley Atwell, Ving Rhames, Simon Pegg e Angela Bassett, entrega boas performances. A química entre os personagens e a direção segura criam momentos memoráveis, equilibrando cenas de ação com os dilemas emocionais dos protagonistas. Com estreia marcada para 22 de maio, “Missão: Impossível - O Acerto Final” promete ser um grande momento dos cinemas em 2025. Faz tempo que os filmes da série ultrapassaram os limites da sétima arte para colocar o espectador no centro da ação e fazer disso uma experiência. Nesse, que parece ser o capítulo final da franquia de sucesso, não é diferente.

.: Leandro Marçal e o litoral profundo, aquele que não aparece no cartão-postal


No livro, 14 contos são ambientados em ruas, praças e avenidas reconhecíveis de São Vicente e arredores - espaços onde a violência, a desigualdade e a masculinidade tóxica não apenas existem, mas moldam o cotidiano de homens comuns. Foto: divulgação

Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com

Nem todo litoral é feito somente de sol, mar, calor e cartões-postais. Na contramão do imaginário turístico que costuma pintar a Baixada Santista com tons de paraíso, o escritor vicentino Leandro Marçal lança um olhar direto, incômodo e necessário para o lado mais áspero da região. Em "Me Vê Dez Médias", quinto livro dele, há 14 contos ambientados em ruas, praças e avenidas reconhecíveis de São Vicente e arredores - espaços onde a violência, a desigualdade e a masculinidade tóxica não apenas existem, mas moldam o cotidiano de homens comuns. Longe de estereótipos idealizados, Marçal apresenta narrativas que dialogam com o que há de mais contraditório no comportamento masculino e na urbanidade periférica, revelando uma Baixada Santista que nem sempre ganha voz na literatura.

Viabilizado com recursos da Política Nacional Aldir Blanc, o livro é - também - um ato de resistência cultural e uma aposta na potência da escrita independente. Com narradores em primeira pessoa, sem nome, Marçal convida o leitor a caminhar pela mente de personagens cheios de conflitos e vícios sociais, em histórias que misturam incômodo, identificação e reflexão. “Esse livro tem mais o cinza das ruas do que as cores da areia e do mar”, explica o autor - uma frase que poderia, por si só, servir de epígrafe para toda uma literatura que se recusa a dar as costas à favela. O valor de cada exemplar é de R$ 30,00 e os pedidos podem ser feitos no site do autor: www.tireidagaveta.com.br.

Resenhando.com - Seu novo livro, "Me Vê Dez Médias", traz a violência e a brutalidade masculina como fio condutor. Como esse tema emergiu durante o processo de escrita e de que forma ele se entrelaça com o cotidiano da Baixada Santista?
Leandro Marçal - 
É muito comum ver homens médios tentando se provar o tempo todo: "o mais forte", "o mais bravo", "o mais temido", "o mais macho", "o mais pegador". Quem foge desse perfil parece ser visto com um olhar meio torto, de esquisito, de "ihhhh, a lá o cara...". E acho que desde o meu segundo livro tenho trabalhado um pouco essa questão, de homens comuns com comportamentos bem problemáticos, mas naturalizados não só por eles quanto por todo o entorno. Cada vez mais se pensa e se fala nisso, me parece. Mas é como instalassem na gente um software para replicar esses comportamentos, sem parar para pensar nisso, é difícil ser diferente. Neste livro, escolhi narradores homens, sem nome, em primeira pessoa, como se desse a mão ao leitor e à leitora, dizendo: vem cá, vamos passear na cabeça desse cara tão cheio de conflitos e contradições, tão viciado num jeito de ver um mundo, tão cheio de erros e acertos. Em alguns contos, espero que isso cause alguns incômodos. Dito isso: a epígrafe do livro é um trecho da música "Zerovinteum", do Planet Hemp: "É muito fácil falar de coisas tão belas / De frente pro mar, mas de costas pra favela". Essa frase me marca há muito tempo e tem tudo a ver com a nossa região. Tem muita gente escrevendo sobre como a praia é linda, sobre como temos paisagens bonitas. Não tenho muita certeza se há tanta gente escrevendo sobre a hostilidade dessa nossa província, cheia de tantas desigualdades e injustiças quanto todo o Brasil. 

Resenhando.com - A expressão popular que dá título ao livro evoca algo trivial do dia a dia, mas os contos trazem realidades duras. O contraste foi intencional? O que há de simbólico nesse título? 
Leandro Marçal  - 
Escolhi como título uma frase que remete à linguagem da Grande São Vicente (se santistas podem ser bairristas, eu também posso). Essa fala também está em um dos contos, quando um personagem pede seus pães antes de uma cena com alguns tiros. Parece uma frase banal, como a ilustração é bem bonita e traz pãezinhos, mas é como se eu fizesse uma armadilha para colocar os leitores e leitoras dentro de uma gaiola com 14 contos que não são "bonitinhos", mas duros. Como é a Grande São Vicente. 

Resenhando.com - Você menciona que a região não é apenas cenário, mas também protagonista. Como foi o processo de transformar a Baixada Santista em um personagem com voz própria?
Leandro Marçal - 
Quando comecei na literatura, tinha certa resistência a ambientar minhas ficções aqui na província. Achava que pessoas de outros lugares não captariam, não entenderiam, que os nomes de ruas ficariam meio sem sentido. Besteira! Ambientei todas as histórias em locais pelos quais passei, cheguei a fazer pesquisas e checagem de nomes de ruas, praças e avenidas. Não há um único conto sem descrição geográfica conhecida por quem insiste em morar aqui. 

Resenhando.com - Há um certo desencanto nas suas palavras ao falar da Baixada - o “cinza das ruas” parece se sobrepor às “cores da areia e do mar”. Como você acredita que a literatura pode romper com estereótipos turísticos de uma região como a sua?
Leandro Marçal - 
Não sei se é bem um desencanto ou se é uma tentativa de escancarar as desigualdades. Conheço gente que mora na orla de Santos e enxerga a Zona Noroeste, os morros e aquela região da Alemoa como pertencente a outro lugar, a outra cidade. Conheço gente de São Vicente que sente arrepios ao ouvir falar em Vila Margarida ou Área Continental. Não sei se a literatura consegue romper esses estereótipos de "o que vale é a praia", mas se um único leitor entender que o lado da praia não deveria dar as costas ao resto do município, já vai ter valido a pena. 


Resenhando.com - Nos contos, você fala da tentativa constante do homem de se provar, de impor sua força. Como você enxerga essa masculinidade tóxica no contexto das periferias urbanas, especialmente no litoral paulista?
Leandro Marçal - 
Em alguns grupos de amigos, parece que a quinta série nunca acabou. Eu ficaria feliz se essa afirmação fosse referente apenas a piadas e trocadilhos ruins (eu gosto). Nunca morei longe daqui e penso que a nossa região não foge tanto da realidade de outros lugares, onde os caras tentam se provar de diversas formas. Eu acho isso muito ruim porque faz a gente carregar um peso desnecessário. Homem se emociona, tem fraquezas e não tem todas as respostas do mundo. Admitir isso é um bom passo para ser melhor, para mudar nem que seja seu entorno. Só não vale se dizer "desconstruidão" apenas para se promover. Tento ficar longe disso e alerto para que nunca criem expectativas sobre mim, porque nem eu crio. Para quem acha que estou "militando" (para certa gente, esse verbo só não é usado no sentido pejorativo quando se trata da tara por gente fardada, né?), sugiro dar uma olhada nos índices de suicídios entre homens, na expectativa de vida masculina inferior à feminina e nos casos de violências causadas por homens contra mulheres e populações minorizadas diversas. Também sugiro se informar mais. 


Resenhando.com - O livro foi viabilizado com recursos da Política Nacional Aldir Blanc. Qual a importância do incentivo público à cultura, especialmente para escritores independentes que retratam realidades marginalizadas?
Leandro Marçal - 
Sem esse incentivo, eu não teria como publicar o meu livro. Volta e meia, tem alguém reclamando da falta de incentivo à cultura e aos livros no Brasil. Não raro, esse mesmo alguém está nas redes sociais vomitando contra leis como a Rouanet. O setor cultural precisa de políticas públicas de incentivo para ser viabilizado e para os trabalhadores exercerem seu ofício com mais dignidade. Se você acha que falo besteira, lembre-se de que áreas como a automobilística, o agronegócio e indústrias num geral recebem incentivos fiscais inúmeros para se manter em atividade. Como não estou debaixo do guarda-chuva de nenhuma grande editora, esse incentivo me permite publicar um livro sem tirar de onde nem tenho para o meu livro ganhar as ruas. Por meio dele, consegui remunerar dignamente a preparadora Camila Ferreira, o ilustrador Carlos Roque, o diagramador Vinicius Carlos Vieira, o revisor Marcos Teixeira e a gráfica. 

Resenhando.com - Você já transitou por diferentes gêneros - crônicas, ensaios autobiográficos, romance e contos. O que motivou a escolha pelos contos neste projeto específico? Eles ofereceram alguma liberdade narrativa particular?
Leandro Marçal - 
Nesse caso específico, eu escrevi os contos todos para o projeto, eles não estavam escritos anteriormente. Pensei que as histórias variadas me permitiriam abordar temáticas e lugares variados, de um jeito que um romance, por ser uma só história, não daria o espaço para expor tantos lugares. Também a escolha de colocar protagonistas homens, mas sem nome, ajuda colocar os leitores e leitoras em uma sensação de "qualquer cara pode ser esse cara". 


Resenhando.com - Sendo alguém que mora na região a vida toda, como foi o equilíbrio entre a escrita ficcional e a vivência real nas ruas e espaços retratados no livro? Há personagens ou cenas diretamente inspirados em pessoas que conheceu? E o que há de autobiográfico nisso?
Leandro Marçal - 
Dois ou três contos foram baseados em situações acontecidas com pessoas próximas. Mas só baseados mesmo, a faísca da realidade causou o incêndio da ficção. Comecei na literatura como cronista e a crônica exige do escritor um olhar atento para o dia a dia, para o banal, para as pequenas coisas capazes de virarem grandes textos. Como a minha literatura acontece nas ruas, não perder isso de vista é algo que está comigo, até por não ser autor de uma literatura que precisa de grandes acontecimentos, de grandes universos. 


Resenhando.com - Seu livro anterior explorava o futebol como pano de fundo. Há alguma conexão entre aquele universo e os personagens de "Me Vê Dez Médias", ou você vê essa nova obra como um ponto de ruptura?
Leandro Marçal - 
Acredito que há uma conexão entre os livros no sentido de haver personagens masculinos expondo as entranhas e contradições do ser masculino. Mas no livro anterior, há uma variação de gêneros, linguagens e narrações entre os contos; nesse atual, os contos têm uma linguagem mais parecida entre si, eles se conectam mais. 

Resenhando.com - Que tipo de leitura você espera provocar? Qual é o sentimento que você gostaria que o leitor carregasse ao fechar a última página?
Leandro Marçal - 
Acho que a minha literatura causa uma mistura de sentimentos. Nos contos, tem um pouco de incômodo e de identificação. Assim, desse jeito, contraditório. Sinceramente, se o livro servir apenas como entretenimento de algumas horas para os leitores, está tudo bem. Mas se um único leitor parar para pensar em como a gente naturaliza a brutalidade, a violência e a hostilidade, vai valer muito mais!

Nas histórias de “Me Vê Dez Médias”, a violência e a brutalidade masculina guiam e atormentam os protagonistas criados por Leandro Marçal

domingo, 18 de maio de 2025

.: "As regras do jogo" sequência apaixonante de "Táticas do amor"

Do mesmo universo do sucesso "Táticas do amor", novo livro da autora best-seller Sarah Adams explora a presença das mulheres no esporte, sem deixar de lado o bom humor e o romance característicos de suas obras. Em "As regras do jogo", que chega às livrarias pela Intrínseca em maio, a escritora retrata um ambiente tradicionalmente machista e dá protagonismo a uma agente esportiva recém-formada e obstinada, que aceita um desafio profissional para alavancar sua carreira. O problema é que seu primeiro cliente é um astro do futebol americano que, por coincidência, foi seu ex-namorado durante a faculdade.

Mulheres que trabalham com esporte costumam enfrentar alguns desafios a mais durante seu trajeto profissional. Nora tem plena convicção disso, ao mesmo tempo que acredita ter as qualidades necessárias para se tornar uma das melhores agentes no mercado. Filha de mãe solo, ela sempre fez questão de traçar planos bem definidos para alcançar seus objetivos pessoais e, por conta disso, acabou terminando de forma abrupta seu relacionamento com Derek. Agora, recém-promovida a agente em tempo integral, está convencida de que vai fazer por merecer a confiança que sua chefe, Nicole, depositou nela.

Já Derek está em um período delicado de sua carreira. Depois de ser afastado dos gramados por uma lesão séria, seu grande receio é ser dispensado do time. Jornalistas e fãs nas redes sociais parecem não acreditar em um retorno triunfal do jogador, mesmo sendo uma lenda da NFL — a liga de futebol americano —, e já dão seu fracasso como certo. Neste cenário, ele acaba reencontrando Nora, e todos aqueles sentimentos reprimidos de anos atrás voltam à tona. A novata ainda é a única mulher que ele amou de verdade, mas é muito difícil conciliar seus sentimentos conflituosos. 

Ao longo do livro, Nora precisa provar que está apta a fechar acordos milionários e reverter a situação de seu cliente com a opinião pública. Enquanto isso, Derek embarca em uma vingança pessoal e quer fazer de tudo para que a ex-namorada sofra como ele sofreu. Um obstáculo, porém, aparece no caminho dos dois: em uma viagem de trabalho para Las Vegas, eles acordam abraçados na mesma cama, e o pior: descobrem que, na noite anterior, depois de muitas doses de bebida, eles acabaram se casando.

Em uma narrativa bem-humorada e com um romance apaixonante, Sarah Adams trata de temas importantes do cotidiano e lança luz sobre o machismo nos ambientes de trabalho. 

Compre "As regras do jogo", de Sarah Adams aqui: amzn.to/4knftqj

Sarah Adams nasceu e cresceu em Nashville, Tennessee. É uma introvertida indecisa viciada em café, ama a família e dias quen­tes, tem duas filhas e é casada com o melhor amigo. Queria ser escritora desde criança, mas só finalmente começou a trabalhar no seu primeiro romance quando suas filhas estavam tirando um cochilo e ela ficou sem desculpas para adiar o plano. O sonho dela é passar a vida inteira escrevendo his­tórias que fazem rir, e talvez até chorar, mas que sem dúvidas deixam a gente mais feliz ao finalizar a leitura. É autora de "Táticas do amor" e A"mor em Roma", ambos publicados pela Intrínseca.


"As regras do jogo", de Sarah Adams

Editora: Intrínseca 

Tradução: Isadora Prospero

352 páginas

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sábado, 17 de maio de 2025

.: "Pablo & Luisão" recria a Tocantins da memória de Paulo Vieira em seriado

"Pablo & Luisão", série Original Globoplay. Foto: Globo


A casa da família de Paulo Vieira é um dos principais cenários onde acontecem as confusões e nascem as ideias mirabolantes de "Pablo & Luisão", série Original Globoplay que estreia no dia 22 de maio, com 16 episódios. Para recriar esse ambiente e materializar a essência da família, as equipes de cenografia e produção de arte buscaram o máximo de semelhança com a moradia real, em Palmas, no Tocantins.

Alda Gonçalvez, produtora de arte, explica que foram reproduzidos alguns itens da casa, como o filtro da cozinha e os santos que estão envoltos por papel filme. “Nós nos preocupamos em ter essas referências para que o Paulo, como narrador, entrasse no set e realmente se sentisse em casa. Mais do que reproduzir o lar, o que desejamos é que as pessoas que estão no Tocantins assistam à série e encontrem a sua realidade representada”, conta. Alguns elementos ajudam a ilustrar o jeito de ser dessa família. “Entendemos que se trata de uma casa com muitas improvisações. Veremos algumas gambiarras que são muito sutis, como o chuveiro que é uma lata furada; o relógio quebrado que segue sendo usado com um pedaço de papel; a churrasqueira é um carrinho de supermercado”, detalha Alda.

Na cidade cenográfica, a equipe reproduziu diversos estabelecimentos da época da infância e adolescência de Paulo, como a igreja; os “pit dogs”, como são chamados os food trucks; o supermercado; a loja de obras; a lan house. “Buscamos a vivência das ruas, as barracas, os vendedores de redes para que conseguíssemos representar a dimensão da ocupação desse povo em um lugar tão vasto. O que reproduzimos no set é coerente ao que se vivência na cidade”, recorda a cenógrafa May Martins. Para ajudar a recriar o clima nas ruas, a equipe também colocou em prática um hábito comum trazido por Paulo Vieira: “ele contou que, em Palmas, tem sempre alguém comendo alguma coisa dentro de uma sacola plástica, pode ser tapioca, pamonha, sanduiche. Então, a gente tenta exagerar um pouco nesse olhar para trazer a pegada do humor e que fique nítido para o espectador”, pontua Alda.

Em um dos episódios, um parque itinerante chega a Palmas. Para atender às demandas da produção, foi montado um parque de diversões nos Estúdios Globo. “Precisávamos de um parque que parecesse itinerante. Os que visitamos e poderiam servir de locação tinham uma estrutura muito sólida, estavam no lugar há algum tempo”, justifica a cenógrafa titular May Martins.  A operação complexa envolveu diversas áreas de produção para garantir a segurança nas filmagens. Para Leilanie Silva, gerente de produção da série, foi um grande desafio: “Optamos pelo caminho mais difícil e trabalhoso, pois isso nos daria mais liberdade artística. O resultado ficou lindo e emocionante”.

Criada por Paulo Vieira, com redação final de Paulo Vieira e Maurício Rizzo, ‘Pablo & Luisão’ é uma produção Globoplay e TV Globo, gravada nos Estúdios Globo. Foi escrita por Bia Braune, Caíto Mainier, Maurício Rizzo, Nathália Cruz, Patrick Sonata e Paulo Vieira. A série tem direção artística de Luis Felipe Sá, direção de João Gomez, produção de Leilanie Silva e produção executiva de Claudio Dager. A direção de gênero é de Patricia Pedrosa.

.: Entrevista com Gabriel Aragão, da banda Selvagens à Procura de Lei


Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto: Igor de Melo

Com mais de 15 anos na estrada do rock, a banda Selvagens à Procura de Lei está divulgando seu terceiro disco, intitulado “Y”. Um trabalho que marca a nova fase do grupo e seus novos integrantes. Matheus Brasil, baterista, é ex-membro da banda Projeto Rivera, que tocou no Rock In Rio representando Fortaleza em 2018. Plínio Câmara, guitarrista, é ex-membro da banda Casa de Velho, fundada por ele. E Jonas Rio, baixista, é ex-membro da banda Left Inside, além de Gabriel Aragão, membro fundador da Selvagens a Procura da Lei. É ele quem define o conceito da produção musical. 

Segundo ele a nova formação dos Selvagens à Procura de Lei carrega em si a representatividade de uma Fortaleza periférica, preta e jovem. Em entrevista para o Resenhando.com, Aragão conta como foi que surgiu o cenário para o rock em Fortaleza e as dificuldades que há para furar a bolha do eixo Rio-São Paulo para mostrar o trabalho da banda. “O Nordeste também tem espaço para produzir rock com qualidade e originalidade”.


Resenhando.com - Quais foram as referências musicais para o Selvagens à Procura de Lei?
Gabriel Aragão - 
As bandas de rock dos anos 80 foram nossas principais influências. O nome do grupo veio do título do terceiro disco dos Paralamas do Sucesso (Selvagem). Mas não vou negar que tem inspiração naquele trecho da canção da Legião Urbana, Tempo Perdido (E tão sério/E selvagem/Selvagem/Selvagem...). No plano internacional as influências são muitas. Fui criado em um ambiente familiar altamente Beatlemaníaco. E atualmente ouço muito rock alternativo.


Resenhando.com - Passados 15 anos e agora com o terceiro disco, a banda conseguiu encontrar seu espaço no rock nacional?
Gabriel Aragão - 
Não tenho do que reclamar. Tocamos em vários festivais, como o Lollapalooza, o Rock In Rio, o Planeta Terra...mas é fato que ainda tem público no Sudeste que se surpreende quando toma conhecimento do nosso trabalho e de onde nós viemos. Ainda há aquela imagem do Nordeste com o forró e a música de festa, que realmente é uma tradição que merece ser preservada. Mas no Nordeste também tem espaço para o rock e suas várias vertentes. Fortaleza tem um cenário muito forte nesse segmento. Nós fazemos hoje o que chamam de indie rock, ou rock alternativo, como você preferir.


Resenhando.com - Fale sobre o novo disco.
Gabriel Aragão - 
Este foi um disco bem pessoal. Talvez o mais pessoal da banda e muito, muito rock. Gravado em Fortaleza em poucos meses, durante o hiato da banda, falamos sobre rupturas e sobre seguir em frente, assim é a vida. O nome do disco se chama “Y” por conta do desenho da letra, que se assemelha um caminho que se bifurca, ao mesmo tempo simbolizando uma separação e um seguir em frente. Escrever esse disco foi ao mesmo tempo natural e necessário, tendo sempre em mente o amor imenso à história da banda e a todos os fãs, sem exceção. Agora, com nova formação, seguiremos em frente nos palcos e em futuras canções.


Resenhando.com - O título tem a ver com a figura da capa?
Gabriel Aragão - 
A capa ficou por conta de João Lauro Fonte, que já tinha trabalhado com a banda no single “Por Todo O Universo”. Para essa arte, tivemos a ideia de usar a folha da ginkgo biloba, que é uma planta que virou símbolo de resistência depois de sobreviver à bomba atômica de Hiroshima, renascendo do solo devastado. Assim como essa árvore, todos nós carregamos essa força dentro da gente. A figura lembra também a letra Y.


Resenhando.com - Como estão se estruturando para divulgar esse trabalho?
Gabriel Aragão -
Estamos iniciando uma turnê pelo País. Começaremos pelo Nordeste e depois seguimos para Minas Gerais. Mas vamos levar o show e as novas músicas para o Norte e para o Sudeste. Queremos levar a nossa música para todo o lugar que pudermos tocar. Isso inclui também o Litoral Paulista, que tem um público sempre muito caloroso.


Selvagens à Procura de Lei - Daqui pra Frente



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