
Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com
Em maio de 2025
Quem fora da adolescência, ainda não se pegou num vazio repleto de desânimo com dúvidas confusas sem possíveis respostas e soluções, enquanto se deixou ser levando pelas mãos do lado sombrio a mergulhar num vácuo de total solidão, que se pronuncie. Tal sensação de angústia e desgosto, capaz até de tirar o brilho no olhar dos humanos, é o mote da nova produção da Marvel Studios: "Thunderbolts*".
Toda a dica do rumo da história é dada nos primeiros minutos de filme na forma de desabafo da espiã e assassina da Sala Vermelha, Yelena Belova (Florence Pug, "Não se Preocupe, Querida"), a nova Viúva Negra, uma anti-heróina que perdeu a inspiração. Contudo, antes de desistir de tudo, aceita uma última missão de Valentina Allegra de Fontaine (Julia Louis-Dreyfus, "Seinfield").
Para tanto, a jovem procura o pai Alexei (David Harbour, "Stranger Things" e "Noite Infeliz"), o "aposentado" Guardião Vermelho para conversar. No entanto, ele agora é um solitário motorista com o sonho de trabalhar para a ricaça Valentina -o que futuramente, nas 2 horas e 6 minutos de filme acaba sendo de grande importância.
Enquanto o público é envolvido pela sensação de aborrecimento humano de Yelena, um ser poderoso surge entre outros combatentes da poderosa e cheia de si, Valentina que, por não contar com uma chance remota de seu plano, acaba reunindo anti-heróis bastante poderosos. Com dinheiro suficiente, a dona de mechas brancas nos cabelos consegue trazer o lado sombrio de um soldado que passou por um experimento.
Tal qual uma grande revelação, um frágil humano tem o seu pior lado potencializado levando a todos que encontra pela frente a um vácuo sombrio. Eis o tão aguardado Sentinela (Lewis Pullman, de "Top Gun - Maverick") que carrega consigo fortemente algo que Yelena vem tentando desvendar para saber lidar. E para melhorar a evolução da trama, o querido Soldado Invernal (Sebastian Stain, "Gossip Girl") entra em cena -aliás para o grupo dos imperfeitos.
"Thunderbolts*" é excelente por fugir do entretenimento esquecível e apresenta uma boa trama com diversas tragédias particulares, o que provoca reflexões, ainda que entregue muita pancadaria do início ao fim. Contudo, deixa nítido que a Marvel busca sair da fórmula desgastada nos filmes de heróis, a ponto de perder um pouco o toque solar e piadista e acertar no soturno e contextualizado muito presentes nos longas da DC.
Mais sóbrio e cheio de meandros que fazem refletir, "Thunderbolts*" ainda faz umas piadinhas, tal qual o maravilhoso "Deadpool & Wolverine" deitou e rolou, mas neste, não há exagero, afinal a própria equipe sem um nome escolhido, daí o asterisco no título, "Thunderbolts*", não bota fé em si. Aqui há muita incredulidade, talvez até da própria Marvel, mas o filme é muito bom a ponto de dar fôlego para a chegada dos Novos Vingadores -mesmo que com "Z".
O longa dirigido por Jake Schreier ("Cidades de Papel") vale a ida ao cinema, pois transparece ser um belo recomeço de uma nova era de bons filmes da Marvel Studios, pois nem mesmo a saída de Steven Yeun e a chegada de Lewis Pullman para interpretar o Sentinela alterou o resultado final. "Thunderbolts*", que tem duas cenas pós-créditos e deixa tudo encaminhado para o novo "Quarteto Fantástico" e "Vingadores: Doomsday", é ultra imperdível!
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Trailer "Thunderbolts*"
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