sábado, 24 de maio de 2025

.: "Freshwater", de Virginia Woolf, é o livro de estreia do selo Inglesa


A literatura produzida por mulheres em língua inglesa encontra um novo espaço no Brasil com o lançamento do selo Inglesa, uma iniciativa da Degustadora Editora. Criado para trazer ao público brasileiro obras pouco conhecidas ou inéditas no país, o selo tem curadoria da escritora, tradutora e ensaísta mineira radicada na Inglaterra Nara Vidal, que, além da seleção, também é responsável pela tradução de alguns dos títulos.

A primeira obra publicada pelo selo é "Freshwater", a única peça teatral escrita por Virginia Woolf. O texto, um exercício modernista e irônico, ambientado na baía de Freshwater, onde ficava a casa de sua tia-avó, Julia Margaret Cameron, traz uma crítica a elite intelectual britânica da época. A obra lançada pela Inglesa apresenta duas versões da peça, datadas de 1923 e 1935, permitindo ao leitor acompanhar a evolução da escrita de Woolf.

"Traduzir esse texto foi uma experiência fascinante. Freshwater é repleto de humor e sagacidade, com muitas piadas internas e referências que mostram uma Virginia Woolf surpreendentemente leve e divertida", destaca Nara, vencedora do prêmio de melhor romance literário pela APCA, em 2024, com o livro Puro.

A edição de "Freshwater" chega ao mercado em um formato pocket de luxo em 124 páginas, com capa dura e guarda personalizada, além de tradução, notas e prefácio assinados por Nara Vidal. A identidade visual do livro também é assinada pela curadora, enquanto o trabalho gráfico é de Alexandre Guidorizzi. A capa utiliza um detalhe da pintura "The Red Book", do artista irlandês John Lavery.

A criação do selo Inglesa reflete o desejo da Degustadora Editora em expandir o acesso à literatura de autoras que, apesar de sua relevância, ainda não possuem circulação ampla no Brasil. Sob a direção de Melissa Velludo, a editora também busca promover o trabalho de tradutoras e escritoras brasileiras por meio da produção de textos de apoio, aumentando as oportunidades na área editorial. O livro Freshwater está à venda pelo site da Degustadora Editora, no link https://www.degustadoraeditora.com.br/freshwater/p

.: Manolo Rey dirige a dublagem de "Missão: Impossível - O Acerto Final"


A versão brasileira do longa conta com direção de dublagem de Manolo Rey, profissional de destaque no mercado audiovisual, com mais de quatro décadas de atuação. Foto: divulgação

Em cartaz na rede Cineflix e nos cinemas brasileiros, "Missão: Impossível – O Acerto Final" chega às telonas com grandes expectativas, reunindo cenas eletrizantes, reflexões sobre os perigos da inteligência artificial e o retorno de personagens marcantes. Sob direção de Christopher McQuarrie e estrelado por Tom Cruise no papel do agente Ethan Hunt, personagem que interpreta desde 1996, o oitavo longa da franquia reafirma seu lugar entre as produções mais impactantes do cinema de ação.

A versão brasileira do longa conta com direção de dublagem de Manolo Rey, profissional de destaque no mercado audiovisual, com mais de quatro décadas de atuação. Reconhecido por sua versatilidade, precisão técnica e compromisso, Manolo já havia assumido anteriormente a direção de dublagem nas produções "Missão: Impossível – Efeito Fallout" e "Missão: Impossível – Acerto de Contas – Parte Um", também pertencentes à franquia.

“Dirigir a dublagem de 'Missão: Impossível – O Acerto Final' foi uma jornada desafiadora e recompensadora. Já tendo trabalhado nos filmes anteriores da franquia, foi possível aprofundar ainda mais o entendimento da linguagem e da proposta da série. Produções dessa magnitude exigem um alto nível de atenção aos detalhes e comprometimento com a qualidade. Nosso foco foi entregar uma versão brasileira fiel ao original, respeitando o ritmo e a intensidade das cenas, sem perder a carga emocional das interpretações”, comentou Manolo Rey.

Além de seu trabalho como diretor, Manolo Rey possui um currículo notável como dublador. Entre os personagens mais emblemáticos que interpreta estão Sonic e Gaguinho nas produções de Looney Tunes, personagens que dubla há mais de 30 anos, Tobey Maguire na trilogia "Homem-Aranha" dirigida por Sam Raimi, Will Smith na clássica série "Um Maluco no Pedaço", Michael J. Fox, Seth Cohen em "The O.C.", Joaquim (Michel Gurfi) na telenovela mexicana "Rebelde", e Robin/Dick Grayson em diversas animações da DC, incluindo "Batman: The Animated Series", "Os Jovens Titãs" e "Os Jovens Titãs em Ação".

Mais uma vez, Manolo também teve a oportunidade de dirigir um grande amigo e colega de longa data, Philippe Maia, que dá voz a Tom Cruise no Brasil desde 2001 e, na franquia "Missão: Impossível", desde o terceiro filme, lançado em 2006. “Dirigir o Philippe é sempre uma experiência muito gratificante. Somos parceiros há muitos anos e temos uma sintonia que faz toda a diferença na hora de entregar um trabalho consistente, fiel e que preserve toda a essência do original. Ele entende perfeitamente quem é o Ethan Hunt e quem é o Tom Cruise, e isso reflete diretamente na qualidade da versão brasileira”, afirma Manolo Rey.

Outra parceria de longa data na carreira de Manolo é com a Paramount Pictures. Além da direção em grandes produções do estúdio, ele também dá voz a um dos personagens mais queridos do público: o Sonic. Manolo é a voz oficial do ouriço azul no Brasil há mais de 30 anos. Na trama, Ethan e sua equipe da IMF (Força Missões Impossíveis), embarcam em uma missão perigosa para recuperar uma arma que representa uma ameaça à humanidade. Além disso, o agente enfrentará um poderoso inimigo ligado ao seu passado, em um desafio que testará seus limites e sua lealdade. O elenco conta com nomes como Hayley Atwell, Ving Rhames, Simon Pegg, Vanessa Kirby, Henry Czerny, Nick Offerman, Hannah Waddingham e Angela Bassett.

Sobre Manolo Rey
Ator, dublador, youtuber e diretor de dublagem, Manolo Rey  iniciou carreira após um curso de teatro entre 1982 e 1984.  Seu primeiro trabalho como dublador foi em "Os Aventureiros do Bairro Proibido", em 1986.  Entre os destaques, Manolo possui no currículo ser o dublador oficial de Sonic the Hedgehog e também a voz de  Tobey Maguire na trilogia de filmes de "Homem-Aranha" dirigidos por Sam Raimi, Will Smith na série "Um Maluco no Pedaço", "Gaguinho" nas produções de Looney Tunes, Michael J. Fox, Seth Cohen em "The O.C.",  Joaquim (Michel Gurfi) na telenovela mexicana "Rebelde", e Robin/Dick Grayson em várias animações - incluindo "Batman: The Animated Series", "Os Jovens Titãs", e "Os Jovens Titãs em Ação".

.: “ReNASCIMENTO”, inspirado em trilha sonora, chega às plataformas digitais


O álbum “ReNASCIMENTO”, inspirado na trilha sonora do documentário “Milton Bituca Nascimento”, chega às plataformas digitais. Nas vozes de artistas de novas gerações, álbum revisita parte da grandiosa e atemporal obra de Milton Nascimento. Fotos: Flavia Moraes


Chega às plataformas de streaming o álbum “ReNASCIMENTO”,  inspirado na trilha sonora do recém-lançado documentário “Milton Bituca Nascimento”, dirigido por Flavia Moraes, que acompanhou Milton Nascimento por dois anos durante sua turnê de despedida, “A Última Sessão de Música”.

Distribuído pela Universal Music Brasil, o álbum “ReNASCIMENTO”, dirigido por Victor Pozas, que também assina a direção musical do documentário, apresenta 12 regravações de canções imortalizadas por Bituca, eleitas e cantadas por um elenco eclético de vozes da nova geração da música brasileira: Sandy (feat Mateus Asato), o duo OUTROEU, a portuguesa Maro, Os Garotin, Clarissa, Agnes Nunes, Lucas Mamede, Analu Sampaio, Liniker, Tuca Oliveira, Tim Bernardes, Zé Ibarra, Dora Morelembaum, Johnny Hooker e Kell Smith. Alguns desses artistas também participaram no documentário com depoimentos e performances.

Nas vozes de artistas de novas gerações, álbum revisita parte da grandiosa e atemporal obra de Milton Nascimento. Antes do lançamento do álbum, no dia 15 de abril, foi disponibilizado o primeiro single do projeto, “Travessia”. A emblemática canção ganhou uma nova versão de Sandy, que é acompanhada pelo guitarrista Mateus Asato. A faixa também ganhou um lyric video. Assista aqui:
 


A música “Bola de Meia Bola de Gude”, interpretada pelo trio Os Garotin e produzida por Pepê Santos, Uliliam Pimenta e Julio Raposo, foi eleita a faixa foco do projeto. Sobre a canção, Cupertino, integrante do trio, disse: “O canto de Milton é a natureza ostentando seu potencial máximo, e o melhor é que ele faz isso com a maior naturalidade, como uma criança brinca. Foi incrível pra nós regravar ‘Bola de meia, bola de gude’, canção que explica o significado do nosso nome melhor do que todas as nossas explicações quando somos perguntados. Fica pra nós o ensinamento de que, sempre que chegar a hora de cantar, nos tornemos crianças como Milton Nascimento.”

Também presentes no repertório do álbum, Liniker escolheu “Encontros e Despedidas” e a cantora portuguesa Maro interpreta “Cais”. Clarissa veio com “A Festa”, Agnes Nunes trouxe “A Lua Girou” e Analu Sampaio apresentou “Canção do Sal”. O duo OUTROEU interpreta “Clube da Esquina nº2”, enquanto Johnny Hooker e Kell Smith elegeram “Paula e Bebeto”. Já Tuca Oliveira faz nova leitura de “Canção da América” e Lucas Mamede escolheu o medley “Ponta de Areia / Tudo que Você Podia Ser”. Um trio composto por Tim Bernardes, Zé Ibarra e Dora Morelenbaum interpreta a canção “Ânima”, cuja gravação, ao lado de Milton, também foi registrada no documentário. As canções “Anima”, “A Lua Girou” e “Encontros e Despedidas” ainda contaram com a participação da Tallin Studio Orchestra, da Estônia, onde Pozas gravou a trilha sonora do filme.

“Se Milton é uma frondosa árvore da floresta encantada da música brasileira, gerou frutos e sementes e, aqui, ouvimos os ecos deste vasto legado. Vejo essas canções e seus intérpretes como germinadores dessa obra inigualável”, diz Victor Pozas, que também foi o idealizador do projeto que acabou se transformando no documentário.

“Personificação da riqueza cultural do Brasil, o Milton Nascimento é um ícone da música brasileira reverenciado também mundialmente. Sua arte transcende fronteiras e gerações, e segue influenciando, inspirando e encantando. Bituca construiu um legado imensurável. E isso é retratado no documentário. Uma honra para a Universal Music Brasil lançar o álbum ‘ReNASCIMENTO’, que enaltece sua obra atemporal e sua contribuição à música", afirma Paulo Lima, presidente da Universal Music Brasil.


Sobre o filme “Milton Bituca Nascimento”:
Em cartaz nos cinemas desde o dia 20 de março, o documentário “Milton Bituca Nascimento” já foi assistido por mais de 30 mil espectadores e é, até o momento, o filme mais visto do ano nesta categoria. Dirigido pela cineasta Flavia Moraes, “Milton Bituca Nascimento” é um road movie documental que acompanhou, entre 2022 e 2023, as apresentações da turnê de despedida de Bituca, “A Última Sessão de Música”, e registrou a emoção dos fãs de diferentes gerações e a dimensão mundial de um dos maiores artistas brasileiros de todos os tempos.

Ficha Técnica do álbum “ReNASCIMENTO”:

1 - “Travessia” – Sandy feat Mateus Asato
Produzido por: Victor Pozas e Daniel Lopes
Produção da voz: Lucas Lima

2 - “Clube da Esquina nº 2” – OUTROEU
Produzido por: Pepê Santos, Uliliam Pimenta, Julio Raposo e Victor Pozas

3- “A Lua Girou” – Agnes Nunes
Produzido por: Victor Pozas e Daniel Musy
Produção da voz: Juan Lacerda

4 - “Bola de Meia, Bola de Gude” – Os Garotin
Produzido por: Pepê Santos, Uliliam Pimenta, Julio Raposo

5 - “Cais” – Maro
Produzido por: Maro e Victor Pozas

6 - “Encontros e Despedidas” – Liniker
Produzido por: Fejuca, Pepê Santos, Uliliam Pimenta, Julio Raposo e Daniel Musy

7 - “A Festa” – Clarissa
Produzido por: Pepê Santos, Uliliam Pimenta, Julio Raposo e Victor Pozas

8 - “Ponta de Areia – Tudo o que Você Podia Ser” – Lucas Mamede
Produzido por: Victor Gran e Victor Pozas

9 - “Canção do Sal” – Analu Sampaio
Produzido por: Fi Maróstica

10 - “Canção da América” – Tuca Oliveira
Produzido por: Pepê Santos, Uliliam Pimenta, Julio Raposo e Victor Pozas

11 - “Ânima” – Tim Bernardes, Zé Ibarra e Dora Morelembaum feat Milton Nascimento
Produzido por: Victor Pozas e Rafael Langoni

12 - “Paula e Bebeto” – Johnny Hooker feat Kell Smith
Produzido por: Victor Pozas, Daniel Lopes, Daniel Musy e Ricardo Moreira

.: “O Amor que Sinto”, com direção de Elias Andreato, volta em sessão única


Peça inspirada em cartas de amor reais dos anos 1990 traz o ator Mário Goes de volta ao papel. Foto>: divulgação


Após temporada de estreia em 2023, o monólogo “O Amor que Sinto” retorna para uma apresentação única no dia 29 de maio de 2025, às 20h, no Teatro D-Jaraguá, em São Paulo. Protagonizado pelo premiado ator Mário Goes e dirigido por Elias Andreato, o espetáculo oferece uma delicada e intensa viagem pelo tempo e pelas emoções do amor.

Baseado em cartas de amor reais, escritas ao longo de cinco anos nos anos 1990 e jamais entregues ao destinatário, o texto do autor Egbert Mesquita foi adaptado para monólogo a partir de uma versão inicial para três atores. Em cena, o homem confronta seu passado e presente, dialogando com a pessoa amada que ora se manifesta, ora se ausenta - um verdadeiro “respiro” para o amor sentido.

“Tudo é eterno enquanto dura, e nós permanecemos sempre sonhando. A vida gira em torno do amor e isto basta”, afirma o diretor Elias Andreato, ressaltando a profundidade e a urgência do tema. A ideia de montar a peça nasceu durante a pandemia, quando Mário Goes se apresentava em sua varanda para os vizinhos no projeto “Arte na Varanda”. A experiência inspirou a adaptação do texto para um monólogo, revelando uma obra sensível e universal. “Eu gosto de falar de amor! Além de universal, é urgente e base para qualquer outra luta”, comenta Mário Goes.


Ficha técnica
Espetáculo "O Amor que Sinto"
Texto: Egbert Mesquita
Elenco: Mário Góes
Direção: Elias Andreato
Desenho de luz: Kleber Montanheiro
Figurinos: Rosângela Ribeiro
Trilha sonora: Rafael Thomazini
Direção: Palco Agnes Bordin
Produção: Cia Paradóxos E Neila Camargo
Realização: Teatro-D-Jaraguá


Serviço
Espetáculo "O Amor que Sinto"
Dia 29 de maio de 2025, quinta-feira, às 20h
Duração: 60 minutos | Classificação Indicativa: 12anos
Local: Teatro D-Jaraguá – Rua Martins Fontes, 71, Centro Histórico, São Paulo (Metrô Anhangabaú)
Capacidade: 260 lugares
Fone: 11-2802-7075 @teatrodjaragua
Bilheteria: quinta a domingo a partir das 15h ou diretamente no link SYMPLA: https://bileto.sympla.com.br/event/106341
Ingressos: R$ 100 (inteira) / R$ 50 (meia)
Estacionamento: Estapar na entrada principal do hotel, com preço especial para o teatro — R$ 20 por até 4 horas, valorizando a experiência teatro + restaurantes do hotel.

.: "Ela me achou antipático", diz Roberto de Carvalho, no "Provoca", sobre Rita Lee


Além da parceria com Rita, Roberto também é um dos instrumentistas e compositores mais respeitados e bem-sucedidos do Brasil. Foto: Ana Paula Santos

Na próxima terça-feira, dia 27 de maio, Marcelo Tas recebe Roberto de Carvalho no "Provoca". Na entrevista inédita, o multi-instrumentista e compositor, parceiro de Rita Lee na música e na vida por quase 50 anos, conta sua versão do primeiro encontro com a Rainha do Rock, fala do novo documentário sobre a vida de Rita e comenta sobre sua formação musical. O programa vai ao ar a partir das 22h, na TV Cultura.

“Ela me achou antipático, (...) mais especificamente blasé” - é assim que Roberto de Carvalho descreve o que ouviu dizer sobre a primeira impressão de Rita Lee a seu respeito. O encontro aconteceu num show da banda de Ney Matogrosso, em 1976, da qual Roberto fazia parte. Os dois ainda se esbarraram no Festival de Saquarema, no mesmo ano, antes do próprio Ney entrar em ação como cupido do casal.

Eles se conhecerem de vez num jantar na casa de Rita, para o qual Ney foi convidado. A cantora pediu que ele "levasse um músico" - e Ney entendeu a deixa. Roberto conta: “Eu me sentei, ela sentou do meu lado, e eu estava com uma meia de lurex, que é um material brilhante. A meia apareceu, e ela disse: ‘Nossa, que meia legal!’. Aí eu falei: ‘Gostou? Então é sua!’. Tirei a meia, dei para ela e falei: ‘pode usar, que eu não tenho chulé’. (...) Dali, iniciou-se uma dialética interminável, que durou 48 anos. Uma dialética em todos os níveis: nível conversacional, no nível de troca de ideias, de música, de amor, de sexo, de filhos, enfim, tudo era muito intenso. Mas começou ali”.

Sobre o documentário "Rita Lee: mania de Você", recém-lançado na plataforma de streaming Max, Roberto comenta: “Eu assisti duas vezes. (...) [a primeira] eu estava em Londres, e o Guito – que foi o diretor do documentário – me mandou para assistir. Eu estava lá, assim, tentando oxigenar as ideias. Foi a primeira viagem que eu estava fazendo depois que aconteceu tudo. E aí veio aquela pedrada. Eu assisti no IPhone, eu estava na casa de um amigo meu, no andar de baixo. E eu comecei a chorar, chorar, chorar. Aí eu subi a escada, e quando ele me viu [perguntou]: ‘Roberto, o que está acontecendo!?’... Aquilo me pegou de um jeito...”.

Além da parceria com Rita, Roberto também é um dos instrumentistas e compositores mais respeitados e bem-sucedidos do Brasil. A relação com a música começou logo cedo, aos três anos de idade, muito por conta da influência da mãe e da avó, que tocavam piano. Roberto logo descobriu um talento muito específico, mas que vinha a certo custo: “eu tinha muita dificuldade para ler partitura, e ao mesmo tempo eu tinha bom ouvido”. Tas lembra que Roberto tem o chamado “ouvido absoluto”, que o músico explica: “você tem um computador interior que te dá a nota”.

.: Os impasses das migrações expostos na peça "eXílio", do Coletivo Comum


Trabalho documental, com direção de Fernando Kinas, faz temporadas no Teatro de Paulo Eiró e no Galpão do Folias. O espetáculo tem canções em vários idiomas, incluindo purepecha e tamazight, línguas do atual México e do norte da África, respectivamente, além de músicas brasileiras. Foto: Fernando Reis

Para o Coletivo Comum, os deslocamentos forçados de pessoas por conta de guerras, violações de direitos humanos, condições climáticas e perseguições de qualquer tipo são um dos principais temas da atualidade, envolvendo questões individuais e coletivas, políticas e subjetivas. O grupo decidiu, então, fazer desses deslocamentos o seu material de pesquisa para construir o espetáculo "eXílio", que fica em temporada no Teatro Paulo Eiró entre 30 de maio a 15 de junho de 2025, com sessões de quinta a sábado, às 20h30, e, aos domingos, às 18h.

Na sequência, a peça segue para o Galpão do Folias, entre 19 e 30 de junho, com apresentações de quinta a sábado, às 20h30, domingos, às 18h e, segunda-feira, dia 30 de junho, às 20h30. Mantendo a tradição de fazer teatro documental, o Coletivo Comum estruturou 30 cenas para dar conta da multiplicidade de abordagens referentes ao tema do exílio. São quadros independentes, nos quais o elenco formado por Fernanda Azevedo, Maria Carolina Dressler, Ícaro Rodrigues, Renata Soul e Roberto Moura narra diferentes dimensões que envolvem migração, refúgio e exílio. 

"Optamos por deixar o 'X' em caixa alta no nome do espetáculo para reforçar o tema da encruzilhada, do conflito e das oposições", afirma o diretor Fernando Kinas, acrescentando a relevância dos debates diante dos conflitos na Palestina e na Ucrânia, e da posse de Trump nos Estados Unidos. Assim, a obra "eXílio" é mais um capítulo na ampla investigação do grupo sobre os desafios civilizacionais contemporâneos.

Ao se debruçar sobre a temática das migrações, a companhia decidiu ampliar a discussão, incluindo exílios dentro do próprio país, descrito pelo crítico literário Antonio Candido como o sentimento que algumas pessoas têm de não se sentirem representadas pelo seu país ou regime político, como no caso das ditaduras militares.  Outro tema abordado é o exílio interno, já destacado por Ovídio no primeiro século da era cristã.

"Estamos discutindo também o sentimento de não pertencimento a uma comunidade, mesmo dentro da sua própria cidade ou país. Há pessoas que se sentem exiladas de seu próprio corpo. Neste sentido procuramos fazer uma discussão ampla, incluindo questões que envolvem, por exemplo, a população LGBTQIAP+, que sofre todo o tipo de preconceito e violências", completa Kinas. 


Sobre a encenação
Para a construção da dramaturgia, foram utilizados muitos materiais, como o livro "Conversas de Refugiados", escrito por Bertolt Brecht durante seu exílio na Finlândia e nos Estados Unidos nos anos 1940 por conta do nazismo. O livro foi traduzido e comentado por Tercio Redondo, professor da USP que participa como consultor do projeto. Também são utilizadas notícias veiculadas na imprensa, cartas de migrantes, documentos de órgãos oficiais, entre outros materiais. 

De acordo com o ACNUR (Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), atualmente, mais de 110 milhões de pessoas estão vivendo, de forma não voluntária, fora dos seus locais de origem. Nesse contexto, elas estão sujeitas a violências anti-imigração, como estupro, discriminação e humilhação. 

E, em meio a tantas informações, o grupo se inspirou em algumas personagens reais para criar as cenas, como o imigrante congolês Moïse Kabagambe, espancado e morto do Rio de Janeiro após cobrar duas diárias de trabalho atrasadas; a militante brasileira Dorinha, exilada durante a ditadura militar no Brasil que acabou tirando sua própria vida no exílio; e o crítico literário palestino Edward Said, que aborda o conceito de orientalismo como criação do ocidente. 

O trabalho busca o compartilhamento entre atores, atrizes e público. Por isso, o coletivo apostou em um dispositivo cênico circular, apoiado pelo uso de barreiras, evocando campos de refugiados e de deportação. "Estamos chamando nosso espaço cênico de campo, já que essa expressão está intimamente ligada ao refúgio. Campo de averiguação, de concentração, de triagem... No nosso caso, é também um campo de batalha, em que a memória e a resistência também estão presentes. E, de certa forma, quando o elenco está mais perto do público, ele está exilado da cena", conta Beatriz Calló, que assina a assistência de direção e colaborou no roteiro ao lado de Fernando e do grupo. 

A trilha sonora ganhou muita importância na encenação. Tanto que duas pessoas da área musical fazem parte do elenco, Renata Soul e Roberto Moura, este último também assina a direção vocal. Além das canções executadas pelo elenco, uma cuidadosa trilha sonora evoca os temas da migração. 


Sinopse de "eXílio"
Atualmente, mais de 110 milhões de pessoas no mundo, segundo dados oficiais, foram obrigadas a se deslocar por causa de guerras, violações de direitos humanos, condições climáticas e perseguições de todo tipo (políticas, religiosas, étnicas, por orientação sexual). Elas estão sujeitas a violências anti-imigração, como estupro, discriminação, humilhação. Muitas perderam suas vidas. A experiência do exílio também pode ser vivida dentro do próprio país, como no caso das ditaduras e nos processos de desumanização. eXílio é um trabalho teatral, proposto pelo Coletivo Comum, que parte desta atualidade brutal, mas também da perspectiva de que as fronteiras são criações históricas e que, portanto, podem ser alteradas e suprimidas.


Ficha técnica
Espetáculo "eXílio"
Roteiro: Fernando Kinas, com a colaboração de Beatriz Calló e elenco
Direção: Fernando Kinas
Elenco: Fernanda Azevedo, Maria Carolina Dressler, Renata Soul, Ícaro Rodrigues e Roberto Moura
Assistência direção: Beatriz Calló
Cenografia: Julio Dojcsar
Iluminação e operação de luz: Dedê Ferreira
Figurino: Beatriz Calló, com a participação do Coletivo Comum e pessoas em condição de migração e refúgio
Treinamento e direção vocais: Roberto Moura
Pesquisa musical e trilha: Fernando Kinas, com a colaboração de Eduardo Contrera
Assessoria dramatúrgica: Tercio Redondo (Bertolt Brecht e o exílio)
Interlocução crítica: Clóvis Inocêncio (Berna), Beatriz Whitaker, Leneide Duarte-Plon, Dominique Durand e Cimade (Paris), Organon Art Cie (Marseille), Jean-Michel Dolivo (Lausanne), Rabii Houmazen (Marrocos e São Paulo), Museu da Imigração do Estado de São Paulo, Arro (Afeganistão e São Paulo), Padre Assis (Cabo Verde e São Paulo)
Desenho e operação de som: Lienio Medeiros
Programação visual: Casa 36|Camila Lisboa
Fotografia: Fernando Reis
Serralheiro: Fernando Lemos (Zito)
Assessoria de imprensa: Canal Aberto|Márcia Marques, Daniele Valério e Carol Zeferino
Produção: Patricia Borin
Realização: Coletivo Comum


Serviço
Espetáculo "eXílio"
Duração: aproximadamente 140 minutos
Classificação indicativa: 14 anos 


Teatro Paulo Eiró
Temporada: 30 de maio a 15 de junho de 2025, de quinta a sábado, às 20h30, e, aos domingos, às 18h00.
Endereço: Av. Adolfo Pinheiro, 765 - Santo Amaro, São Paulo - SP
Ingresso: gratuito
Sessão com intérprete de libras: 13 de junho


Galpão do Folias
Temporada: 19 a 30 de junho de 2025, de quinta a sábado, às 20h30, domingos, às 18h00, e, segunda-feira, dia 30 de junho, às 20h30
Endereço: R. Ana Cintra, 213 - Campos Elíseos, São Paulo - SP
Ingresso: gratuito
Sessão com intérprete de libras: 27 de junho
Reservas: circulacaoexilio@gmail.com / IG: @coletivocomum 

sexta-feira, 23 de maio de 2025

.: Crítica musical: Dire Straits e os 40 anos de "Brothers in Arms"


Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. 

Há 40 anos, a banda britânica Dire Straits atingia o seu auge de popularidade com o lançamento do álbum "Brothers In Arms". Um disco que revolucionou a forma de gravar e produzir música na época e que ainda deixou canções que se tornariam clássicos ao passar pelo teste do tempo.

A banda era liderada pelo guitarrista e vocalista Mark Knopfler, responsável pelo fato de insistir em gravar as canções em processo digital, ao invés do sistema mais convencional (analógico). A proposta de Knopfler estava certa. O disco ficou com uma qualidade técnica sonora sensacional e até hoje surpreende quem o coloca para ouvir em seu CD player ou mesmo nas plataformas de streaming. Foi gravado no antigo Air Studio, que ficava na Ilha de Monteserrat e pertencia ao produtor George Martin (dos Beatles).

Knopfler sempre foi o cara que definia o conceito dos discos, além de ser o principal compositor e um exímio guitarrista, capaz de criar riffs e solos mágicos. Era o vocalista, muito embora reconhecesse suas limitações como cantor. Sua voz não tinha um alcance como o de outros artistas pop da época. Mas era sob medida para a música que a banda produzia.

O disco abre com a etérea "So Far Away", uma balada com um riff mágico. Mas é na faixa seguinte, "Money For Nothing", que a banda se consagraria de vez como a banda da MTV. Knopfler revelou que teve a inspiração da letra em uma loja de departamentos, onde os funcionários falavam que deveriam aprender a tocar um instrumento para ganhar a vida de forma fácil.

O lançamento do clipe da canção aconteceu na MTV europeia. E a canção venceu o prêmio Grammy em 1985 na categoria de melhor performance no rock. Destaca-se ainda a participação de Sting, que faz um luxuoso backing vocal e chega a dividir os vocais com Knopfler, que por sua vez fez um riff matador que pontua todo o arranjo.

O disco segue com o rockabilly animado de "Walk Of Life" e mais duas baladas marcantes: "Your Latest Trick" (com um solo mágico de sax) e "Why Worry", fechando o primeiro lado do álbum de forma magnífica. Todas essas cinco faixas foram bem executadas nas rádios na época.

O lado B do álbum abre com a igualmente ótima "Ride Across the River", cujo solo parece ter sido inspirado no estilo do guitarrista mexicano Carlos Santana. As duas canções seguintes "The Man´s Too Strong" e "One World" seguem aquele padrão de qualidade do grupo. A balada que encerra o disco e deu o nome para o álbum também foi bastante executada nas rádios, apesar de sua longa duração (pouco mais de seis minutos).

A banda seguiria até 1995, quando Knopfler anunciou oficialmente o fim do grupo. Passaria a desenvolver uma carreira solo com menos obrigações contratuais e com mais tempo para curtir a sua família. Ainda não seria a tal da “vida fácil” que o funcionário daquela loja de departamentos nos anos 80 imaginara. Mas pelo menos o tempo passaria a ser melhor administrado.


"Money for Nothing"

"So Far Away"

"Walk of Life"

.: Crítica: “Lilo & Stitch” tenta reinventar uma roda que já estava inventada


Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com

Em cartaz na rede Cineflix e em cinemas de todo o Brasil, o novo live-action da Disney, "Lilo & Stitch", tenta reviver a magia do clássico animado de 2002, mas se perde ao tentar ser mais do que precisava. A produção, dirigido por Dean Fleischer Camp, conta com nomes como Maia Kealoha, Sydney Elizabeth Agudong e Chris Sanders acerta apenas parcialmente ao trazer Stitch à vida com efeitos visuais caprichados - o alienígena azul está muito bem feito e é o ponto alto do filme, fiel ao desenho e cheio de personalidade. Mas, infelizmente, a mesma atenção não foi dada à alma da história: Lilo.

A protagonista, interpretada por Maia Kealoha, carece do carisma e da energia que marcaram a Lilo original. E isso nem é culpa da jovem atriz. Na animação, Lilo era esquisita, otimista e cheia de vida, mesmo em meio à solidão e o vazio causados pela morte dos pais. Já no live-action, ela é reduzida a uma órfã melancólica, definida apenas pelo drama - faltou energia. O roteiro, escrito por Chris K.T. Bright e Mike Van Waes, carrega nas tintas do sofrimento e esquece de inserir as cenas leves, engraçadas e icônicas que eternizaram o filme original na memória dos fãs.

A tentativa de dar mais realismo à trama - como se a história de um alienígena disfarçado de cachorro precisasse de coerência absoluta - resulta em um filme que não se define: ora tenta ser dramático e profundo, ora quer ser infantil e acolhedor. No fim, não cumpre bem nenhuma das intenções. Outro problema é a adição de personagens irrelevantes, como a vizinha que surge sem propósito claro e não contribui para a trama. Se ela era tão próxima da família, onde estava antes, nos momentos críticos? Já Nani e seu namorado, felizmente, funcionam bem - os atores conseguem manter parte do carisma da animação, embora apareçam em poucas cenas marcantes.

O visual do longa-metragem é bonito, solar, e remete a uma boa "Sessão da Tarde" e ao próprio desenho animado. Os efeitos especiais são competentes, mas não salvam a narrativa arrastada e desequilibrada que o filme intencionalmente propõe para provar que mudou algo na animação. A trilha sonora, antes vibrante e memorável, agora se resume a versões acústicas e sem alma que não fazem jus ao espírito original havaiano e à leveza do desenho animado.

O final, que deveria ser o momento de catarse emocional, contradiz os esforços de Nani durante todo o enredo, enfraquecendo ainda mais a construção dessa história que marcou época no filme original. No fim das contas, o live-action parece mais preocupado em adaptar "Lilo & Stitch" ao gosto de um público adulto, esquecendo que seu maior mérito sempre foi falar com crianças - e com o lado infantil de cada um. Uma releitura desnecessária que, infelizmente, não acrescentou nada - nem um frescor, ao clássico moderno que se tornou a franquia animada. Ao tentar reinventar a roda, o filme entrega um drama indeciso e sem o brilho da produção original. O "Lilo & Stitch" de 2002 continua sendo a versão definitiva, mais divertida, mais emocionante e, acima de tudo, mais fiel ao que significa “Ohana”.


quarta-feira, 21 de maio de 2025

.: Cinema: Banguela de "Como Treinar Seu Dragão" pousa em SP e RJ


A escultura do dragão mais amado do cinema ficará exposta até 31 de julho em diferentes shoppings e pontos icônicos das duas cidades

A Universal Pictures, que recentemente anunciou a turnê no Brasil do primeiro live-action do estúdio “Como Treinar o Seu Dragão” ("How to Train Your Dragon"), instalou uma estátua do adorado dragão Fúria da Noite, o Banguela, em São Paulo. Com mais de 2 metros de altura por 5,2 metros de comprimento, o personagem ficará em frente ao Shopping Cidade São Paulo até o dia 25 de maio e, a partir desta data, será exibido em outros locais, conforme a agenda abaixo. O filme estará em cartaz na rede Cineflix e em cinemas de todo o Brasil.
 

São Paulo 
Shopping Cidade São Paulo: até 25 de maio 
Shopping Tietê Plaza: 2 a 9 de junho 
Shopping Grand Plaza: 9 a 16 de junho 
Shopping D: 16 a 23 de junho
Neoquímica Arena: 28 de maio a 2 de junho 
Roda Rico: 23 de junho a 10 de julho 

Rio de Janeiro 
UCI New York: 31 de maio a 20 de junho 
Loja BK (Av. Dom Hélder Câmara, 5911 - Engenho de Dentro, Rio de Janeiro - RJ, 21050-453): 20 a 30 de junho 
Parque Bondinho: 30 de junho a 31 de julho
Em clima de celebração, o elenco do filme que conta com Mason Thames (Soluço), Nico Parker (Astrid), Gerard Butler (Stoico) e do diretor Dean DeBlois estará em São Paulo para divulgar o longa metragem entre os dias 24 e 28 de maio.  


Sobre o filme
Inspirada na série de livros best-seller do “New York Times”, de Cressida Cowell, o romance “Como Treinar o Seu Dragão” se passa na acidentada Ilha de Berk, onde vikings e dragões são inimigos há gerações. No centro da história está Soluço (Mason Thames), o engenhoso e negligenciado filho do Chefe Stoico (Gerard Butler). Desafiando as tradições de seu povo, Soluço forma uma amizade improvável com Banguela, um temido dragão Fúria da Noite. Juntos, eles revelam uma nova verdade sobre os dragões e questionam as crenças mais profundas da sociedade viking.  

Ao lado da corajosa e determinada Astrid (Nico Parker) e do excêntrico ferreiro Bocão Bonarroto (Nick Frost), Soluço precisa enfrentar um mundo dividido pelo medo e mal-entendidos. Quando uma antiga ameaça ressurge, colocando em risco a sobrevivência de vikings e dragões, a amizade entre Soluço e Banguela torna-se a chave para um novo futuro. Juntos, eles devem trilhar o caminho em direção à paz, ultrapassando os limites de seus mundos e redefinindo o que significa ser herói e líder. “Como Treinar o Seu Dragão” tem distribuição da Universal Pictures e estará disponível nos cinemas a partir de 12 de junho também em versões acessíveis. Sessões antecipadas a partir de 7 de junho.

.: Clássico: Edith Wharton ganha edição de luxo com tradução de Nara Vidal


Segundo título do Selo Inglesa, da Degustadora Editora, "Xingu e Outros Contos" está em pré-venda com brindes e encontro on-line com equipe editorial


Após o lançamento de "Freshwater", de Virginia Woolf, a Degustadora Editora apresenta o segundo título do Selo Inglesa: "Xingu e Outros Contos", da norte-americana Edith Wharton (1862-1937), primeira mulher a receber o Prêmio Pulitzer de Ficção. Com edição de luxo em capa dura e guarda personalizada, o livro já está em pré-venda e traz como diferencial a participação em um encontro on-line com a curadora e tradutora Nara Vidal e integrantes da equipe editorial.

Com humor refinado e crítica social afiada, os seis contos do livro apresentam ao leitor brasileiro uma autora pouco difundida, mas de escrita sofisticada e surpreendente. Entre os destaques estão “Xingu” - que dá nome à edição -, e “O Pelicano”, sátiras da falsa erudição e do esnobismo da elite norte-americana do início do século 20.

“Traduzir Edith Wharton tem sido um desafio e um prazer imensos. Sua escrita é sedutora, elaborada e exige da tradução uma entrega obsessiva pela palavra certa, pela ironia preservada, pelo ritmo do texto original. É um trabalho que envolve paixão e precisão”, comenta Nara. “'Xingu e Outros Contos' é uma seleção feita com amor e com um cuidado imenso com o leitor brasileiro, que merece conhecer mais profundamente essa autora extraordinária”, completa a curadora e tradutora da obra. O lançamento traz ainda textos críticos assinados por Nara Vidal e pela professora e crítica literária Ligia Gonçalves Diniz.

A editora da Degustadora, Melissa Velludo, comemora o novo volume do Selo Inglesa. “Pouco traduzida no Brasil, Wharton ganha agora uma edição primorosa e acessível. Seu olhar crítico sobre as convenções sociais e sua habilidade de transitar do humor à melancolia fazem dela uma autora indispensável - sobretudo para quem se interessa pelas questões de gênero e pelas transformações sociais do século passado”, afirma.

Além do projeto gráfico refinado, o livro traz brindes na pré-venda, como ecobags, cadernetas e cartão postal exclusivo. Os leitores que adquirirem a obra antecipadamente pelo Catarse também ganham acesso a um bate-papo especial com a equipe responsável pela edição, em uma oportunidade de mergulhar ainda mais no universo de Edith Wharton e da tradução literária. A pré-venda de Xingu e outros contos é feita pelo link https://www.catarse.me/xingueoutroscontos.
 

Sobre o Selo Inglesa
O Selo Inglesa, criado pela Degustadora Editora, tem como proposta publicar autoras de língua inglesa em domínio público, com curadoria e tradução cuidadosas. A proposta é valorizar obras pouco conhecidas do grande público e resgatar autoras fundamentais com novos olhares. Entre os próximos lançamentos previstos pela editora estão um livro de cartas de Mary Wollstonecraft e a obra "Matilda", de Mary Shelley, em edição especial de luxo.

 
Sobre a autora
Edith Wharton foi escritora, ensaísta e crítica literária. Além de receber o Prêmio Pulitzer de Ficção, em 1921, também foi agraciada com o título de doutora honoris causa pela Universidade de Yale. Autora de romances, contos, poesia e livros de não-ficção, Wharton se destacou por retratar com acidez e precisão os costumes da elite norte-americana de sua época.

 
Sobre a tradutora
Nara Vidal é escritora, professora, curadora do Selo Inglesa e tradutora de autoras como Virginia Woolf, Katherine Mansfield e Selby Wynn Schwartz. Formada em Letras pela UFRJ, é mestre em Artes pela London Metropolitan University e desenvolve um trabalho de resgate e valorização de autoras clássicas da literatura em língua inglesa.

.: Globo Livros lança "Partes de Mim", a autobiografia de Whoopi Goldberg


Chega às livrarias pela Globo Livros, a autobiografia "Partes de Mim: a Vida com Minha Mãe e Meu Irmão", um relato sincero, emocionante e profundamente humano da atriz Whoopi Goldberg - uma das vozes mais marcantes do entretenimento mundial. Vencedora do Emmy, Grammy, Oscar e Tony - um feito reservado a pouquíssimos artistas - ela abre seu coração para revelar suas raízes e as histórias que moldaram sua infância. “Este é um livro sobre a minha família nuclear: meu irmão, Clyde, e principalmente a minha mãe, porque nada do que fiz teria acontecido sem ela. Por causa dela, deixei de ser Caryn Johnson, a ‘garotinha esquisita’ da periferia, por quem ninguém dava nada, para ser eu, Whoopi Goldberg.”

Nascida Caryn Johnson, nos arredores de Nova York, Whoopi narra a própria trajetória com coragem e autenticidade. Em um relato íntimo, ela revisita suas origens e relembra uma infância cheia de desafios, mas também de vínculos profundos com a mãe — uma mulher de força inabalável — e com o irmão, seu grande parceiro de vida. A obra é uma homenagem comovente ao poder da família e à busca por identidade e pertencimento.
 
Com estilo inconfundível - direto, afetuoso e cheio de personalidade - Whoopi conduz o leitor por momentos de vulnerabilidade e superação: o enfrentamento do vício em drogas, a dor da perda de entes queridos, e os bastidores nem sempre glamourosos do estrelato em Hollywood e no teatro. “Revisitar essas histórias foi como ver de fora como eu cresci e evoluí. A dor não vai embora, ela muda. E você muda junto. Acho que esse livro é sobre isso: sobre crescer, tropeçar, aprender com o que deu certo e com o que deu errado”, diz Whoopi. Com irreverência, força e uma sinceridade rara, Whoopi Goldberg compartilha com os leitores um pedaço de sua alma — e nos lembra por que sua trajetória é tão inspiradora. Apoie o Resenhando.com e compre o livro "Partes de Mim: a Vida com Minha Mãe e Meu Irmão" neste link.


Sobre a autora
Whoopi Goldberg, nome artístico de Caryn Elaine Johnson, é atriz, apresentadora e cantora norte-americana. Ela é uma das poucas artistas na seleta lista dos EGOT, ou seja, a ter reconhecimento das principais premiações do entretenimento norte-americano: o Emmy, o Grammy, o Oscar e o Tony. Ela também já conquistou dois Globos de Ouro e recebeu o prestigioso Prêmio Mark Twain de Humor Americano. Whoopi participou de diversos filmes e atualmente faz parte da bancada do programa The View, da ABC. Ela mora em Nova York e Vermont. Apoie o Resenhando.com e compre o livro "Partes de Mim: a Vida com Minha Mãe e Meu Irmão" neste link.

.: Cineflix Cinemas Santos estreia "Lilo & Stitch" e "Ritas". Programe-se!

A unidade Cineflix Cinemas Santos, localizada no Miramar Shopping, bairro Gonzaga, estreia dia 22 o aguardado live action de comédia e ficção científica da Disney "Lilo & Stitch" e o documentário sobre a cantora, poetisa, compositora, instrumentista, escritora e musa Rita Lee, intitulado "Ritas".

Seguem em cartaz o longa de ação protagonizada por Tom Cruise, "Missão Impossível - O Acerto Final", a nova sequência do terror para maiores de 18 anos, "Premonição 6: Laços de Sangue", com Tony Todd, assim como a cinebiografia sobre Ney Matogrosso, "Homem com H"

Estão abertas a pré-venda do musical "j-hope - Hope On The Stage: Live Viewing" e a exibição ao vivo da "UEFA Champions League 2025", no dia 31 de maio. Garanta seus ingressos aqui: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

Programe-se, confira detalhes e compre os ingressos aqui: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN. Você pode assistir as estreias com pipoca quentinha, doce ou salgada, tendo em mãos o balde colecionável de "Lilo & Stitch""Thunderbolts*" e "Um Filme Minecraft".



O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


Leia+ 

.: Crítica: “Missão: Impossível” é ação feita com engenhosidade e coragem

.: Crítica: "Homem Com H" derrama o coração bandido de Ney Matogrosso

.: Crítica: "Premonição 6: Laços de Sangue" resgata essência de franquia

.: Crítica: "Karatê Kid: Lendas" é puro entretenimento nostálgico

.: Crítica: "Thunderbolts*" é muito bom e dá fôlego para Novos Vingadores

.: Resenha: "Pecadores" é experiência cinematográfica vampiresca de jazz

.: Resenha: "Branca de Neve" traz o colorido Disney para versão de clássico

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial
Tecnologia do Blogger.