quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

.: Musical de Percy Jackson apresenta protagonistas brasileiros em encontro


O encontro que reuniu teatro e televisão marcou a apresentação oficial dos protagonistas brasileiros de "Percy Jackson - O Ladrão de Raios: O Musical", em diálogo direto com o elenco da série do Disney+,
antecipando a estreia em São Paulo em 2026. Foto: Gab Mor / DivulgaçãoFoto: Gab Mor / Divulgação

Da redação do portal Resenhando.com

O universo de Percy Jackson voltou a ocupar o centro das atenções no Brasil com a apresentação oficial dos protagonistas da versão nacional de "Percy Jackson - O Ladrão de Raios: O Musical", produção que estreia em São Paulo no segundo semestre de 2026. João Lucas, escalado para viver Percy Jackson, e Marianna Alexandre, intérprete de Annabeth, foram apresentados ao público durante um painel da Lab Cultural na CCXP, evento que também promoveu o encontro entre o elenco do musical e os atores da série da Disney+, fortalecendo o diálogo entre diferentes linguagens da franquia.

O espetáculo chega ao país após consolidar trajetória internacional iniciada em 2014, nos Estados Unidos, em montagem off-Broadway, seguida por temporada na Broadway em 2017, com indicação ao Drama Desk Award. Em 2024, a produção desembarcou no West End, em Londres, onde recebeu destaque da crítica especializada e passou a integrar uma turnê internacional, ampliando o alcance do musical entre públicos jovens e adultos.

Baseado no primeiro livro da saga literária criada por Rick Riordan, o musical acompanha Percy, um adolescente que descobre ser filho de Poseidon e se vê envolvido em uma missão para evitar um conflito entre os deuses do Olimpo. A adaptação teatral aposta em trilha sonora de rock composta por Rob Rokicki, texto de Joe Tracz e uma encenação que articula mitologia grega, humor e aventura em linguagem contemporânea.

No Brasil, a montagem é assinada pela Lab Cultural, responsável também por projetos como "Heathers - O Musical", "Maysa - Aquilo que Não Te Contei" e a peça "O Código da Vinci", anunciados durante o mesmo painel. A direção-geral fica a cargo de Daniel Salve, com direção musical de Rafael Marão e coreografias assinadas por Vivien Fortes e Lucas Lorenzato. Trata-se da primeira versão autorizada do musical na América Latina, apresentada em português.

O elenco principal reúne dois nomes com trajetórias consolidadas em áreas distintas do entretenimento. João Lucas, cantor e compositor paulistano, iniciou a carreira ainda criança, passou pelo gospel e consolidou a transição para o pop a partir de 2023. Em 2024, lançou seu álbum de estreia, ampliando presença em grandes palcos, televisão e plataformas digitais. Marianna Alexandre acumula mais de uma década de atuação no teatro musical, televisão, cinema e dublagem, sendo reconhecida também por trabalhos em produções nacionais e internacionais e por sua expressiva presença nas redes sociais.

Apresentado pelo Ministério da Cultura e pela Bradesco Seguros, o musical tem vendas antecipadas abertas por período limitado, com ingressos disponíveis até 16 de dezembro. O Brasil, segunda maior base de fãs da saga no mundo, recebe pela primeira vez uma produção que dialoga diretamente com o sucesso literário e audiovisual da franquia, impulsionada também pela série da Disney+, cuja segunda temporada está prevista para dezembro de 2025. Mais informações sobre a temporada, elenco completo e novidades da produção serão divulgadas ao longo dos próximos meses.


Serviço
"Percy Jackson - O Ladrão de Raios: O Musical"
A partir de 10 de outubro de 2026
Duração: 2 horas

Equipe criativa
Direção geral: Daniel Salve
Direção musical: Rafael Marão
Direção de movimento e coreografias: Vivien Fortes e Lucas Lorenzato
Versão brasileira: Victor Muhlethaler
Direção de produção: José Lima Toro e Robert Lima
Realização: Lab Cultural

Local: Teatro Liberdade
Endereço: Rua São Joaquim, nº 129 - Liberdade / São Paulo
Abertura da casa: 1 hora antes do início do espetáculo

Ingressos: a partir de R$ 60,00
Vendas relâmpago até 16 de dezembro

On-line (com taxa de conveniência):

Físico (sem taxa de conveniência):
Bilheteria do Teatro Liberdade
Terça a sábado, das 13h00 às 19h00
Domingos e feriados, em dias de espetáculo, das 13h até o início da apresentação
Observação: em dias de espetáculo, a bilheteria permanece aberta até o início da sessão
Instagram oficial do musical: @PercyJacksonMusicalBr
Instagram Lab Cultural: @Lab.Cultural

.: TV Cultura exibe "Como Nossos Pais", de Laís Bodanzky, neste sábado


Entre heranças emocionais e cobranças silenciosas, um retrato feminino atravessado por gerações. Dirigido por Laís Bodanzky, o filme acompanha os dilemas íntimos de uma mulher pressionada a dar conta de tudo. Premiado no Brasil e exibido em festivais internacionais, o longa vai ao ar na faixa Cine Cult. Foto: Priscila Prade

Da redação do portal Resenhando.com

A TV Cultura exibe neste sábado, 20 de dezembro, o longa-metragem "Como Nossos Pais", dirigido por Laís Bodanzky, dentro da faixa Cine Cult, a partir das 23h00. Lançado em 2017, o filme integra uma filmografia brasileira recente marcada por narrativas centradas em conflitos familiares, identidade e herança afetiva, temas recorrentes na obra da cineasta.

Protagonizado por Maria Ribeiro, o longa-metragem conta ainda com Herson Capri, Clarice Abujamra e Paulo Vilhena no elenco. A narrativa acompanha Rosa, uma mulher atravessada por expectativas contraditórias: filha de intelectuais politicamente engajados nos anos 1970 e mãe de duas meninas em idade pré-adolescente, ela se vê pressionada a corresponder a um ideal de mulher moderna, presente, produtiva e emocionalmente equilibrada, sem espaço para falhas ou desejos próprios.

A trama se desenvolve a partir do acúmulo dessas tensões cotidianas, que se manifestam no trabalho, na vida conjugal, na maternidade e na relação com os pais. O ponto de virada ocorre durante um almoço de domingo, quando uma revelação feita pela mãe altera a percepção de Rosa sobre sua própria história e desencadeia um processo de revisão pessoal, familiar e afetiva.

"Como Nossos Pais" teve estreia internacional no Festival de Berlim e foi um dos destaques do Festival de Gramado, onde recebeu seis prêmios, incluindo Melhor Filme, Melhor Direção para Laís Bodanzky, Melhor Atriz para Maria Ribeiro e Melhor Ator para Paulo Vilhena. O reconhecimento consolidou o filme como um dos títulos brasileiros mais debatidos de sua safra, especialmente por seu diálogo com questões contemporâneas relacionadas a gênero, família e memória.

.: Do best-seller às telas, "A Empregada" mostra lado obscuro da família perfeita


Antes da estreia oficial, “A Empregada” ganha sessões antecipadas nos cinemas a partir de 19 de dezembro. O suspense chega às telonas em pré-estreias que permitem ao público conferir a trama antes do lançamento nacional. A estreia oficial acontece em 1º de janeiro, exclusivamente nos cinemas

Da redação do portal Resenhando.com.

O cinema contemporâneo tem demonstrado um interesse renovado por histórias que transformam o espaço doméstico - tradicionalmente associado à intimidade e à segurança - em um território de ameaça, manipulação e violência psicológica. É nesse terreno instável que se insere “A Empregada”, suspense que chega na rede Cineflix e Cinemas e aos cinemas brasileiros no dia 1º de janeiro, com distribuição da Paris Filmes, após sessões antecipadas nos dias 19, 20 e 21 de dezembro. Adaptado do best-seller homônimo de Freida McFadden, o filme aposta na força de um enredo de aparências enganosas e no carisma de um elenco estelar para inaugurar o calendário cinematográfico de 2026.

Na trama, Millie, interpretada por Sidney Sweeney, é uma jovem em situação de vulnerabilidade que vê na proposta de trabalho como empregada doméstica a chance de recomeçar a vida. O emprego na mansão do casal Nina e Andrew Winchester, vividos por Amanda Seyfried e Brandon Sklenar, parece inicialmente a solução perfeita. Pouco a pouco, porém, o cotidiano revela fissuras inquietantes, e Millie descobre que os segredos daquela família podem ser muito mais perigosos do que o seu próprio passado. O roteiro de Rebecca Sonnenshine constrói a tensão de maneira progressiva, apostando em reviravoltas e jogos psicológicos que dialogam com o sucesso recente de thrillers baseados em obras literárias.

A direção é de Paul Feig, conhecido por transitar entre a comédia e o suspense, como já demonstrou em Um Pequeno Favor. Aqui, Feig conduz a narrativa com elegância visual e atenção aos detalhes, explorando o contraste entre a opulência da casa e o clima claustrofóbico que se instala entre seus moradores. Além de dirigir, ele também assina a produção ao lado de Todd Lieberman, Carly Kleinbart Elter e Laura Fischer. O elenco conta ainda com Michele Morrone, ampliando o apelo internacional da produção.

O filme chega cercado de expectativa, impulsionado pela popularidade do livro e pelo interesse crescente do público por narrativas que expõem as relações de poder ocultas no cotidiano. “A Empregada” se apresenta, assim, como um suspense psicológico que vai além do mistério, propondo um olhar incômodo sobre trabalho, dependência e as máscaras sociais que se sustentam dentro de quatro paredes.

Ficha técnica
“A Empregada” | "Housemaid"
Gênero: suspense psicológico. Classificação indicativa: a confirmar. Ano de produção: 2025.
Idioma: inglês. Direção: Paul Feig. Roteiro: Rebecca Sonnenshine. Elenco: Sidney Sweeney, Amanda Seyfried, Brandon Sklenar, Michele Morrone. Distribuição no Brasil: Paris Filmes.
Duração: 2h11m. Cenas pós-créditos: não.

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As principais estreias da semana podem ser assistidos na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.

Cineflix Miramar | Santos | Sala 4
19/12/2025 a 21/12/2025 | Sessões legendadas | Sala 4 | 20h30
No Miramar Shopping | Rua Euclides da Cunha, 21 - Gonzaga - Santos/SP. Ingressos neste link.

.: Arte urbana no Rio conecta "Avatar: Fogo e Cinzas" às queimadas brasileiras


Empena no Rio de Janeiro transforma cinzas de queimadas em imagem de Varang, nova antagonista de Avatar: Fogo e Cinzas. Intervenção do projeto Cinzas da Floresta utiliza pigmentos produzidos a partir de incêndios florestais em biomas brasileiros. Ação conecta arte urbana, cinema e debate ambiental no lançamento do novo capítulo da franquia. / Foto: divulgação

Da redação do portal Resenhando.com

O lançamento de "Avatar: Fogo e Cinzas" ganha uma intervenção urbana de grande escala no Rio de Janeiro. A ação, realizada em parceria com o projeto Cinzas da Floresta, ocupa a lateral de um edifício com a imagem de Varang, nova antagonista da franquia, e propõe um diálogo direto entre cinema, arte urbana e questões ambientais contemporâneas. O filme está em cartaz na rede Cineflix Cinemas após uma pré-estreia bem-sucedida na última quarta-feira.

A empena foi produzida com tintas elaboradas a partir de cinzas de incêndios florestais coletadas em diferentes biomas do Brasil. O material utilizado carrega, em sua própria composição, vestígios da devastação ambiental, transformando a superfície urbana em espaço simbólico de reflexão sobre fogo, destruição e memória.

Criado em 2021 pelo artivista Mundano, o projeto Cinzas da Floresta nasceu da atuação direta do artista como brigadista voluntário durante incêndios que atingiram a Amazônia, o Cerrado e o Pantanal. A partir dessa experiência, o coletivo passou a desenvolver murais e grafites com pigmentos feitos das próprias cinzas do desmatamento, utilizando a arte como instrumento de mobilização social. Desde então, o projeto realizou ações em diversas cidades brasileiras e estabeleceu parcerias com organizações como WWF, Greenpeace e Global Witness.

No Rio de Janeiro, a escolha de Varang como figura central da empena estabelece uma conexão entre a narrativa do novo filme e a realidade dos biomas brasileiros afetados pelo fogo. A personagem, líder do chamado clã das cinzas, surge como elo simbólico entre o universo ficcional de Pandora e os impactos ambientais provocados por queimadas no mundo real. A obra foi desenvolvida e executada pelos artistas Denys Evol, Snek e André, integrantes do projeto.

Segundo Mundano, a proposta da intervenção está ligada à potência comunicativa da arte. Para o criador do projeto, a junção entre uma tinta feita de cinzas e a temática ambiental presente na franquia amplia o alcance da mensagem e reforça a ideia de preservação como necessidade coletiva. 

O Cinzas da Floresta é um projeto de artivismo que transforma resíduos da destruição ambiental em imagem, memória e ação. Desde sua criação, já realizou mais de dez empenas e doze murais, ocupando cerca de 4.800 metros quadrados de paredes em ao menos quinze cidades brasileiras. Parte dos recursos arrecadados com obras e ações é destinada à formação de brigadistas voluntários, compra de equipamentos e fortalecimento da Rede Nacional de Brigadas Voluntárias.

Além das intervenções urbanas, o coletivo promove exposições e oficinas de pintura com as cinzas, ampliando o contato do público com o gesto simbólico de criar a partir do que foi destruído e estimulando reflexões sobre emergência climática e futuro.

Dirigido por James Cameron, "Avatar: Fogo e Cinzas" retorna ao planeta Pandora acompanhando Jake Sully (Sam Worthington), Neytiri (Zoe Saldaña) e a família Sully em uma nova jornada. O elenco inclui ainda Sigourney Weaver, Stephen Lang, Oona Chaplin, Cliff Curtis, Britain Dalton, Trinity Bliss, Jack Champion, Bailey Bass e Kate Winslet. O filme estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, duia 18 de dezembro, e está em cartaz na rede Cineflix Cinemas.


Ficha técnica
“Avatar: Fogo e Cinzas” | “Avatar: Fire and Ash” 
Gênero: Ficção científica, aventura. Classificação indicativa: a definir. Ano de produção: 2025. Idioma: inglês. Direção: James Cameron. Roteiro: James Cameron, Rick Jaffa e Amanda Silver. Elenco: Sam Worthington, Zoe Saldaña, Sigourney Weaver, Stephen Lang, Oona Chaplin, Cliff Curtis, Britain Dalton, Trinity Bliss, Jack Champion, Bailey Bass e Kate Winslet. Distribuição no Brasil: Walt Disney Studios Motion Pictures Brasil. Duração: 3h17. Cenas pós-créditos: não 

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Cineflix Miramar | Santos | Sala 4
18/12/2025 a 23/12/2025 | Sessões dubladas | Sala 1 | 20h00
18/12/2025 a 23/12/2025 | Sessões dubladas | Sala 4 |  16h40
18/12/2025 a 23/12/2025 | Sessões legendadas | Sala 1 | 14h10
18/12/2025 a 23/12/2025 | Sessões legendadas | Sala 3 | 16h20 e 20h10
18/12/2025 a 23/12/2025 | Sessões legendadas | Sala 4 | 20h30
No Miramar Shopping | Rua Euclides da Cunha, 21 - Gonzaga - Santos/SP. Ingressos neste link.

.: Nasce-pisca-morre: manual crônico sobre como amarrar o tempo no poste


Thiago Sobral é escritor. Também publica semanalmente no site Minha Arca Literária e no Instagram @thiago.sobral_.


Em algum destes dias, devo ficar mais velho, meu capitão. Não sei ao certo quando, mas sei que é por agora. Isso me pegou de um jeito que não consigo mais pensar em outra coisa. Quase quarenta anos vividos nesta terra de meu deus. O que se faz com isso? E o que se faz depois disso? Aguardo sua resposta. Se não puder me responder, paciência. Fica este manual comprometido, mas não incompleto.

Não incompleto porque há sábios no mundo. Dou-lhe a prova: “A vida, senhor Visconde, é um pisca-pisca. A gente nasce, isto é, começa a piscar. Quem para de piscar chegou ao fim, morreu”, disse uma boneca de pano a um certo Sabugo, conhecido como Visconde de Sabugosa. Veja só, capitão: a vida é um pisca-pisca. Pois bem. Providenciarei uma árvore de Natal, que já se aproxima, onde depositarei toda a minha vida. Há de ser um Ipê-amarelo frondoso, com quase quarenta galhos, piscando, piscando, piscando…

E como a fala da boneca é linda, penso que o senhor gostará de saber do restante, que transcrevo aqui: “A vida das gentes neste mundo, senhor Sabugo, é isso. Um rosário de piscados. Cada pisco é um dia. Pisca e mama, pisca e brinca, pisca e estuda, pisca e ama, pisca e cria filhos, pisca e geme os reumatismos, e por fim pisca pela última vez e morre.”

Já parou para pensar nisso, capitão? Fiquei boquiaberto com as palavras dela. Mais ainda com o que vem na sequência:

“— E depois que morre?, perguntou o Visconde.

— Depois que morre, vira hipótese. É ou não é?” *

Acho que é isso mesmo: hipótese, não só depois que morre, mas desde sempre. A cada manhã, ao acordar, levantamos uma hipótese. Aí, partimos para o mundo, e seja o que deus quiser. Vamos vivendo atabalhoados nos afazeres, sem perceber o que acontece durante a piscada. Uma sucessão de minutos, de horas, de dias e de fatos vai se unindo e tecendo a trama do que chamamos vida. Até que uma hora, tudo para. Não há mais vida.

E o que fica depois?

Aumenta-se a hipótese, talvez. Perdi o interesse por esse depois. Basta-me o desenrolar de cada segundo entre o intervalo da primeira e da última batida do meu coração, ou piscadas.

Até porque, "O Tempo só anda de ida. / A gente nasce, cresce, envelhece e morre.” Não tem escapatória, meu capitão. Temos todos o mesmo fim. Ambos aqui não sabemos quando ele ocorrerá. Mas ainda bem que temos a poesia e que ela nos deu Manoel de Barros, que continua esses versos nos ensinando um macete dos bons:

Pra não morrer

É só amarrar o Tempo no Poste.

Eis a ciência da poesia:

"Amarrar o Tempo no Poste!"

Ainda não é tempo para isso “na vida de minhas retinas tão fatigadas.” Mas, quando esse tempo chegar para mim, arranjarei uma corda bem forte e um poste bem firme, calejado por cãezinhos marotos, darei um nó muito bem dado, e porei em prática a ciência da poesia.

E quando cansar, meu capitão? O poeta já deixou a resposta: "dia que a gente estiver com tédio de viver, é só desamarrar o Tempo do Poste.", e voltar ao pisca-pisca.

Ainda quero piscar muito, meu capitão. Piscar e amar, piscar e criar filhos, piscar e escrever, piscar e perder, piscar muito antes da última piscada.

E quando eu não mais quiser amarrar o Tempo, deixe-me com os cãezinhos amigos do poste. Eles cuidarão de meus olhos cansados.


* Monteiro Lobato, em “Memórias de Emí­lia”.

.: Cineflix Cinemas de Santos estreia o épico "Avatar: Fogo e Cinzas"

A unidade Cineflix Cinemas de Santos, localizada no Shopping Miramar, traz a grande estreia do dia, "Avatar: Fogo e Cinzas", assim, o longa de ficção científica épica dirigido por James Cameron passa a ser uma trilogia. Embora tenham outros dois nos planos, uma para 2029 e outro para 2031.

Seguem em cartaz a comédia nacional, com Glória Pires, "Sexa", a animação bíblica "Jesus: A luz do mundo", o suspense "Foi Apenas um Acidente", o terror "Five nights at Freddy's 2", a sequência de animação Disney "Zootopia 2" e a produção brasileira premiada, "O Agente Secreto"

Compre os ingressos para o filme de suspense "A Empregada" que terá três exibições antes da estreia oficial. Na Cineflix Cinemas de Santos as sessões antecipadas serão sexta-feira (19), sábado (20) e domingo (21), às 20h30. Compre aqui e garanta o seu lugar preferidohttps://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


Estão disponíveis os baldes colecionáveis, do longa "Wicked - Parte II", dois modelos diferentes da animação "Zootopia 2", do infantil "D.P.A." e da super estreia da semana "Avatar: Fogo e Cinzas"A unidade de Cinemas Cineflix Santos, fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga.



"Avatar: Fogo e Cinzas". (Avatar: Fire and Ash). Gênero: Ação, Aventura, Drama, Ficção Científica, Fantasia.  Diretor: James Cameron. Ano de Lançamento: 2025. Data de Estreia (Brasil): 18 de Dezembro de 2025. País: EUA. Idioma: Inglês. Duração: Aproximadamente 195 minutos (3h 15min). Distribuidora: Disney/Walt Disney Studios. Elenco Principal: Sam Worthington, Zoe Saldaña, Stephen Lang, Sigourney Weaver, Kate Winslet, Oona Chaplin. Sinopse: Após conflitos anteriores, Jake Sully e Neytiri enfrentam uma nova tribo Na'vi agressiva, os "Povos das Cinzas", que controlam o fogo e representam um desequilíbrio para Pandora.

"Sexa". (nacional). Gênero: comédia, romance. Diretora: Glória Pires. Roteiro: Guilherme Gonzalez (com colaboração de Bianca Lenti e Glória Pires) . Duração: 90 minutos. Elenco: Glória Pires, Isabel Fillardis, Thiago Martins, Danilo Mesquita, Eri Johnson, Rosamaria Murtinho, Dan Ferreira, Déa Lúcia. Gênero: Comédia, Romance. Duração: 90 minutos. País de Origem: Brasil. Produção: Giros Filmes e Audaz Filmes. Distribuição: Elo Studios. Sinopse: Bárbara, 60 anos, está indignada com as injustiças do envelhecimento feminino e decide abrir mão do amor para manter uma boa relação com o filho.

"Jesus: A luz do mundo. (Light Of The World). Gênero: animação bíblica. Diretor: Tom Bancroft, John J. Schafer. Duração: 1h 30. Vozes originais: Vincent Tong, Michael Benyaer, David Kaye. Sinopse: Uma jornada que mergulha os espectadores durante um primeiro encontro nas mentes de Piero e Lara, revelando onde seus egos internos colidem e os pensamentos ocultos e os conflitos internos que influenciam nossas escolhas são revelados.

"Foi Apenas um Acidente". (Un Simple Accident). Direção Jafar Panahi. Gênero: thriller, drama. Países de Origem: Irã, Luxemburgo. Duração: 1h 46. Distribuição: Imovision / MUBI. Elenco: Vahid Mobasseri, Mariam Afshari, Ebrahim Azizi, Hadis Pakbaten. Sinopse: O filme aborda a história de um mecânico que, após um encontro casual, acredita ter encontrado seu antigo torturador da prisão e planeja vingança, gerando dúvidas e tensão no processo. 

"Five nights at Freddy's 2". (Five nights at Freddy's 2). Direção: Emma Tammi. Roteiro: Scott Cawthon, Emma Tammi, Seth Cuddeback. Gênero: Terror sobrenatural. Elenco: Josh Hutcherson, Matthew Lillard, Elizabeth Lail, Piper Rubio. Duração: 1h45. Sinopse: A irmã de 11 anos de Mike sai escondido para se reencontrar com Freddy, Bonnie, Chica e Foxy. Ela desencadeia uma aterrorizante série de eventos que revelam segredos sombrios sobre a verdadeira origem de Freddy.

"Zootopia 2". (Zootopia 2). Direção: Direção: Jared Bush, Byron Howard. Produção: Walt Disney Animation Studios. Roteiro: Will Tracy. Gênero: Animação, Aventura, Comédia. Duração: 108 minutos. Elenco: Ginnifer Goodwin como Judy Hopps, Jason Bateman como Nick Wilde, Ke Huy Quan como Gary, a Cobra, Fortune Feimster como Castor Nibbles, Idris Elba. Sinopse: Zootopia 2 é um futuro filme de animação digital do gênero comédia de aventura americano produzido pela Walt Disney Animation Studios e distribuído pela Walt Disney Studios Motion Pictures. 


"O Agente Secreto". Gênero: thriller, drama. Diretor: Kleber Mendonça Filho. Elenco: Wagner Moura, ao lado de Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone. Sinopse: Em 1977, Marcelo trabalha como professor especializado em tecnologia. Ele decide fugir de seu passado violento e misterioso se mudando de São Paulo para Recife com a intenção de recomeçar sua vida. Marcelo chega na capital pernambucana em plena semana do Carnaval e percebe que atraiu para si todo o caos do qual ele sempre quis fugir. Para piorar a situação, ele começa a ser espionado pelos vizinhos. Inesperadamente, a cidade que ele acreditou que o acolheria ficou longe de ser o seu refúgio.


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quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

.: Cineflix Cinemas Santos faz pré-estreia de "Avatar: Fogo e Cinzas" hoje

A aventura iniciada em 2009 e que retomou as salas de cinemas em 2022 com "Avatar: O Caminho da Água", ganha terceiro filme da franquia bilionária com estreia marcada para dia 18 de dezembro, quinta-feira. Contudo, o longa que soma agora 3 horas e 17 minutos, intitulado "Avatar: Fogo e Cinzas" já ganha as telas da Cineflix Cinemas de Santos a partir de hoje, dia 17.

Tal evolução gráfica impressionante, sem uso de inteligência artificial, acontece a partir do conflito em Pandora que aumenta quando Jake e Neytiri encontram uma nova e agressiva tribo Na'vi. Numa guerra mais complexa, explora temas como luto e identidade.

São três sessões para a pré-estreia: às 18h30, na sala 3, às 19h, sala 4 e às 19h30, sala 1. Antecipe a compra de seus ingressos aqui: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


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.: “A Sabedoria dos Pais” reúne Natália do Vale e Herson Capri após 23 anos


Natália do Vale e Herson Capri em cena no espetáculo inédito “A Sabedoria dos Pais”, texto e direção de Miguel Falabella, em cartaz no Teatro Vannucci. Foto: Nana Moraes

Da redação do portal Resenhando.com

Celebrando cinco décadas de trajetória artística, Natália do Vale e Herson Capri dividem o palco no espetáculo inédito “A Sabedoria dos Pais”, com texto e direção de Miguel Falabella. A comédia romântica, escrita especialmente para a dupla, estreou em 18 de setembro e, devido à recepção do público, teve a temporada estendida para janeiro, no Teatro Vannucci, no Shopping da Gávea, no Rio de Janeiro. O público poderá assistir ao espetáculo de 9 de janeiro a 8 de fevereiro, às sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 19h00.

O espetáculo marca o retorno de Natália do Vale aos palcos após 23 anos - sua última participação no teatro havia sido em Capitanias Hereditárias, em 2002, também com texto de Falabella - e o reencontro em cena com Herson Capri, com quem contracenou na novela "Em Família", exibida em 2014. Amigos de longa data, os atores já haviam trabalhado juntos em produções como "O Outro" (1987) e "Negócio da China" (2009), ambas escritas por Falabella.

Na trama, o público acompanha a história de um casal que, após 35 anos de um casamento considerado estável, decide se separar. Ao longo dos dez anos seguintes, cada um percorre caminhos próprios, experimenta novas possibilidades e aprende a viver sem a presença cotidiana do outro. Esse percurso é atravessado pelas memórias e pelos ensinamentos deixados pelos pais, cujas relações duradouras servem como referência afetiva e simbólica.

Dirigida pelo próprio autor, a montagem articula temas como recomeço, amadurecimento e as formas de amar na maturidade. Questões como etarismo, reinvenção pessoal e a continuidade da vida afetiva ao longo do tempo surgem integradas à narrativa, que alterna situações de humor e reflexão sem recorrer a discursos explicativos. A encenação propõe um olhar atento sobre os vínculos construídos ao longo da vida e sobre as transformações possíveis mesmo depois de décadas de convivência.

Além do protagonismo de Natália do Vale e Herson Capri, o espetáculo reúne uma equipe técnica experiente, responsável por construir um ambiente cênico que dialoga com a intimidade da história. A cenografia, o figurino, a iluminação e os recursos audiovisuais atuam de forma integrada à dramaturgia, acompanhando as mudanças emocionais e temporais da narrativa. Com texto inédito, direção do próprio autor e um elenco que soma décadas de experiência no teatro e na televisão, “A Sabedoria dos Pais” integra a programação teatral carioca como um encontro artístico que revisita afetos, escolhas e aprendizados construídos ao longo de uma vida a dois.

Serviço
Espetáculo "A Sabedoria dos Pais"
Teatro Vannucci - Shopping da Gávea
Temporada: de 9 de janeiro a 8 de fevereiro
Horários: sextas e sábados, às 20h00; domingos, às 19h00
Ingressos: Sympla

Valores
Plateia - R$ 220,00 (inteira) e R$ 110,00 (meia)
Plateia secundária - R$ 160,00 (inteira) e R$ 80,00 (meia)
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: 12 anos

.: Teatro: solo vencedor do Mix Brasil, "Aqui, Agora, Todo Mundo" estreia


Cena de "Aqui, Agora, Todo Mundo", solo teatral de Felipe Barros que estreia no Teatro Sérgio Cardoso em janeiro de 2026. Foto: Kim Leekyung

Da redação do portal Resenhando.com

Vencedor do Coelho de Prata de melhor espetáculo no 33º Festival Mix Brasil, "Aqui, Agora, Todo Mundo" chega a São Paulo para a temporada de estreia no Teatro Sérgio Cardoso entre 24 de janeiro e 1º de março de 2026. O solo marca a estreia de Felipe Barros nos palcos como ator e dramaturgo, sob direção de Heitor Garcia, e propõe uma reflexão direta e necessária sobre saúde mental, identidade e pertencimento, a partir de uma narrativa fragmentada e sensorial.

Inspirado no livro autobiográfico homônimo de Alexandre Mortagua, o espetáculo acompanha um homem gay que tenta reconstruir a própria história depois de atravessar um limite extremo da existência. A depressão, tema central da obra, não surge como explicação clínica ou discurso didático, mas como estrutura narrativa: uma mente em colapso, feita de memórias interrompidas, silêncios prolongados, afetos mal resolvidos e imagens que insistem em voltar fora de ordem.

As cenas se apresentam como flashes. Família, amores, dores íntimas e traumas se sobrepõem em um fluxo não linear, que espelha o funcionamento de uma mente atravessada pela depressão. Não há cronologia fixa nem progressão tradicional. O espetáculo assume uma lógica labiríntica, em looping, convidando o público a participar ativamente da organização dos acontecimentos. A cada sessão, a ordem das cenas pode se transformar, fazendo com que a experiência seja sempre diferente.

Esse jogo cênico reforça a ideia de que lembrar também é escolher, ainda que inconscientemente, quais peças do passado permanecem visíveis. Entre o real e o imaginário, entre o trauma e a tentativa de reinvenção, o personagem se constrói diante do público como alguém em permanente estado de reconstrução.

Mais do que um relato individual, "Aqui, Agora, Todo Mundo" articula uma dimensão coletiva. O título funciona como um chamado à presença e à escuta, evocando questões que atravessam corpos dissidentes em uma sociedade que ainda marginaliza experiências fora da norma. A dramaturgia aborda temas como adolescência gay, autoimagem, pressão por desempenho social, afetividade e solidão, sem recorrer a conclusões fechadas ou soluções fáceis.

A trilha sonora desempenha papel estruturante na encenação. As canções de Jaloo atravessam o espetáculo como um fio condutor emocional, dialogando diretamente com as memórias e estados internos da personagem. A obra da artista paraense foi escolhida a partir de um processo de pesquisa que identificou, em suas letras e sonoridades, reflexões consistentes sobre saúde mental, influência externa e construção de identidade.

Nesse processo, a DJ Agatha foi responsável pela decupagem e curadoria musical, selecionando trechos e propondo sua adaptação para o desenho de som da peça. O trabalho sonoro estabelece uma relação direta entre música e cena, permitindo que cada faixa dialogue com o ritmo emocional da narrativa e contribua para a compreensão dessa encenação fragmentada.

Com cenografia de Marco Paes, luz de Rodrigo Pivetti e figurinos assinados por Heitor Garcia e Felipe Barros, o espetáculo constrói uma atmosfera íntima e instável, coerente com o universo interno apresentado em cena. O resultado é uma experiência teatral que articula corpo, palavra e som para tratar de sobrevivência emocional, memória e identidade sem recorrer a juízos de valor ou discursos moralizantes.


Serviço
"Aqui, Agora, Todo Mundo"
Temporada: 24 de janeiro a 1º de março de 2026 (exceto de 12 a 15 de fevereiro)
Sessões aos sábados, domingos e segundas-feiras, às 19h00
Dias 2, 9 e 23 de fevereiro: roda de conversa com convidados após o espetáculo

Teatro Sérgio Cardoso
Rua Rui Barbosa, 153 - Bela Vista / São Paulo
Ingressos: R$ 80,00 (inteira) | R$ 40,00 (meia-entrada)
Lista Trans Free: aquiagoratodomundo@gmail.com
Vendas on-line: Sympla
Classificação indicativa: 14 anos
Duração: 60 minutos
Capacidade: 144 lugares
Instagram: @aquiagoratodomundo

.: Festival de Férias do Teatro Uol reúne clássicos infantis em programação


Cena de "Alice no País das Maravilhas", que integra a programação do Festival de Férias do Teatro Uol. Foto: Ronaldo Gutierrez

Da redação do portal Resenhando.com

Os contos clássicos que atravessam gerações ganham novas leituras no 42º Festival de Férias do Teatro UOL, que acontece de 5 de janeiro a 1º de fevereiro, no Shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo. Ao longo do período, o teatro recebe uma programação dedicada ao público infantil e familiar, com sete espetáculos diferentes distribuídos ao longo da semana, sempre em sessões vespertinas.

A proposta do festival é apresentar histórias amplamente conhecidas da literatura e do imaginário popular em montagens teatrais que combinam música ao vivo, recursos cênicos, tecnologia, humor e narrativa acessível para diferentes faixas etárias. A cada dia, um título distinto ocupa o palco, permitindo que o público acompanhe mais de um espetáculo ao longo das férias escolares.

A programação começa com "Aladdin", apresentado às segundas-feiras. O musical acompanha a trajetória do jovem órfão que sobrevive nas ruas até encontrar a lâmpada mágica e o Gênio capaz de realizar desejos. Totalmente cantado ao vivo, o espetáculo utiliza bonecos e efeitos especiais como parte da encenação.

Às terças-feiras, é a vez de "Pinóquio - O Musical", que revisita a história do boneco de madeira criado por Gepeto e o desejo de vê-lo transformado em um menino de verdade. A montagem se passa em um vilarejo antigo e mantém como eixo narrativo o encontro entre sonho, afeto e transformação.

As quartas-feiras ficam reservadas para "Peter Pan - O Musical", que apresenta Wendy Darling e sua dúvida diante do crescimento, interrompida pela visita de Peter Pan e o convite para conhecer a Terra do Nunca, espaço onde a infância permanece e a imaginação conduz as aventuras.

"O Pequeno Príncipe", inspirado na obra de Antoine de Saint-Exupéry, será atração às quintas-feiras. A encenação acompanha o encontro entre um piloto perdido no deserto do Saara e o menino vindo de um pequeno asteroide, que compartilha histórias sobre personagens singulares e aprendizados sobre amizade e responsabilidade.

"A Bela e a Fera" será apresentada às sextas-feiras e traz a narrativa de Bela, que troca sua liberdade pela do pai e passa a conviver no castelo da Fera. A história acompanha o desenvolvimento da relação entre os dois personagens e a convivência com os criados encantados. 

Nos fins de semana, o festival amplia a programação com dois espetáculos. "Alice no País das Maravilhas", aos sábados e domingos às 14h30, aposta no uso de projeções em 3D, com óculos de lentes azul e vermelha, além de músicas originais, para contar a jornada da jovem Alice por um universo onde a lógica é constantemente desafiada. Já "Cinderela", apresentado às 16h00, propõe uma versão enxuta e dinâmica do conto, com apenas dois atores interpretando todos os personagens, em uma encenação marcada por trocas rápidas, humor e jogo cênico.

Com curadoria contínua desde a primeira edição, o Festival de Férias do Teatro Uol se consolidou como um dos mais longevos de São Paulo, chegando a quase 25 anos de atividade em 2026. Realizado em um espaço localizado dentro de um shopping center, o evento reúne características que favorecem a circulação de famílias, escolas e grupos durante o período de recesso escolar.

Serviço
42º Festival de Férias do Teatro Uol
De 5 de janeiro a 1º de fevereiro

Programação
"Aladdin" – segundas-feiras, às 16h
"Pinóquio - O Musical" - Terças-feiras, às 16h00
"Peter Pan - O Musical" - Quartas-feiras, às 16h00
"O Pequeno Príncipe" - Quintas-feiras, às 16h00
"A Bela e a Fera" - Sextas-feiras, às 16h00
"Alice no País das Maravilhas" (com efeitos 3D) - Sábados e domingos, às 14h30
"Cinderela" - Sábados e domingos, às 16h00

Teatro Uol - Shopping Pátio Higienópolis
Av. Higienópolis, 618, Terraço - São Paulo
Tel.: (11) 3823-2323

Ingressos
R$ 100,00 (inteira) | R$ 50,00 (meia)

Televendas
(11) 3823-2423 | 3823-2737 | 3823-2323

Vendas on-line
www.teatrouol.com.br

Bilheteria
Segundas e terças: das 14h00 às 16h00
Quartas, quintas e sextas: das 14h00 às 20h00
Sábados: das 13h00 às 22h00
Domingos: das 13h00 às 20h00
Aceita cartões Mastercard, Redecard, Visa, Visa Electron e Amex. Não aceita cheques.
Descontos legais para estudantes e pessoas com 60 anos ou mais.
Clube Uol e Clube Folha: 50% de desconto.

Acesso para cadeirantes. Ar-condicionado.
Estacionamento do shopping: consultar valores pelo telefone 4040-2004.
Venda para grupos e escolas: (11) 3661-5896 | (11) 99605-3094.
Patrocínio: Uol, Folha de S.Paulo, Germed e Interfood.

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.: Em São Paulo, espetáculo “Queda de Baleia” retorna ao cemitério


Bruna Longo em cena no solo “Queda de Baleia ou Canto para Dançar com Minha Morte”, encenado na capela de um cemitério em São Paulo. Foto: Danilo Apoena.

Da redação do portal Resenhando.com.

Há experiências teatrais que não se esgotam no palco. Elas atravessam o corpo, desafiam o silêncio e acompanham para fora da sala - ou, neste caso, para fora da capela. “Queda de Baleia ou Canto para Dançar com Minha Morte” está de volta a São Paulo a partir de 16 de janeiro de 2026, retomando temporada na capela do Cemitério do Redentor, no Sumaré, em São Paulo, espaço que não apenas abriga a encenação, mas a transforma em rito.

Solo da atriz, dramaturga e diretora Bruna Longo, indicada ao Prêmio APCA de Melhor Atriz por este trabalho, o espetáculo parte de uma experiência radicalmente íntima: a morte de seu pai. A partir desse acontecimento irreversível, Bruna constrói uma obra que recusa o melodrama e aposta na partilha sensível, no pensamento crítico e na fisicalidade como formas de elaborar o luto - esse processo cada vez mais apressado, higienizado e silenciado na vida contemporânea.

Em cena, a atriz imagina a própria morte. Morta, ela tenta viver aquilo que não nos é permitido empiricamente: o luto de si mesma. A partir desse gesto inaugural, o espetáculo se expande para discutir o tabu da morte nas sociedades capitalistas ocidentais, o esvaziamento dos ritos fúnebres, o medo que contamina o silêncio e a negação cotidiana da finitude. Não se trata de um discurso abstrato, mas de uma experiência encarnada, ritualística, que transforma o corpo em território de passagem.

A escolha do espaço não é mero impacto cenográfico. Encenar dentro de um cemitério recoloca a morte no centro da experiência coletiva, afastando-a da lógica do espetáculo fácil e da espetacularização midiática. O que se propõe ali é outra temporalidade: mais lenta, mais porosa, mais humana. Não à toa, críticos apontaram o trabalho como uma das experiências mais disruptivas do teatro paulistano recente.

A dramaturgia nasce diretamente da vivência da atriz, que relata como, após o falecimento do pai, foi lançada a um mundo de burocracias e prazos, sem qualquer convite real ao rito de passagem. Sem religião, sem respostas prontas, Bruna encontrou no teatro seu templo possível. Esse material autobiográfico não se fecha em si. Ao contrário, amplia-se para uma reflexão histórica e filosófica sobre a morte como origem da cultura, dos ritos, da arte e da linguagem. Ao negar esse contato, o mundo contemporâneo renuncia também a uma angústia metafísica essencial - aquela que lembra, a todo instante, da condição humana.

Com codireção de Vitor Julian e uma equipe que atua como provocadora estética, corporal e dramatúrgica, “Queda de Baleia” constrói uma cena de alta densidade simbólica. A maturidade corporal da atriz, a multiplicidade de estados físicos e emocionais e a construção de imagens fortes fazem do solo uma experiência que permanece ecoando muito depois do último gesto.


Serviço
Espetáculo "Queda de Baleia ou Canto para Dançar com Minha Morte"
Temporada: 16 de janeiro a 8 de fevereiro de 2026
Sessões: sexta a domingo, às 19h00
Local: Capela do Cemitério do Redentor - Av. Dr. Arnaldo, 1105 – Sumaré/São Paulo
Ingressos: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia-entrada)
Vendas on-line: Sympla
Duração: 80 minutos
Classificação indicativa: 12 anos
Lotação: 20 lugares

terça-feira, 16 de dezembro de 2025

.: Emílio de Mello assume "A Baleia" e mergulha em história sobre culpa


Emílio de Mello interpreta Charlie em "A Baleia", espetáculo que chega a São Paulo após circulação nacional. Foto: Ale Catan

Após temporada no Rio de Janeiro e circulação por diversas cidades do país, o espetáculo "A Baleia" chega a São Paulo para uma aguardada temporada no Teatro Sabesp Frei Caneca, entre 23 de janeiro e 1º de março de 2026. No centro da cena está Charlie, um professor de inglês recluso, marcado por perdas profundas e por um corpo que se tornou, ao mesmo tempo, abrigo e prisão. A partir dessa figura, a peça constrói uma narrativa densa e delicada sobre isolamento, afeto, homofobia, intolerância religiosa e o desejo quase sempre tardio de reconciliação familiar. Em São Paulo, o personagem ganha nova leitura com o ator Emílio de Mello, que assume o papel que foi de José de Abreu sob a direção e tradução de Luís Artur Nunes.

O texto ganhou projeção mundial ao inspirar o filme homônimo dirigido por Darren Aronofsky, responsável por render a Brendan Fraser o Oscar de Melhor Ator em 2023. Leia a crítica do filme neste link: "A Baleia" fisga do início ao fim e Fraser tem tudo para levar Oscar.  No teatro, "A Baleia" revela camadas próprias, mais silenciosas e íntimas, sustentadas pela força da palavra e pela proximidade com o público. A dramaturgia de Hunter, construída em fragmentos que se articulam como um mosaico emocional, foge da linearidade e aposta em encontros que doem, mas também curam.

Luís Artur Nunes destaca a excelência do texto e a modernidade de sua estrutura. Para ele, trata-se de uma obra profundamente humana, que aborda culpa, empatia e reconexão sem simplificações. “É um material encharcado de emoção”, afirma o diretor, que ressalta a importância de tratar temas como homofobia e intolerância a partir de personagens cheios de contradições, reconhecíveis em suas fragilidades.

O elenco conta ainda com Luisa Thiré, Gabriela Freire e Eduardo Speroni, além da participação especial de Alice Borges. Juntos, eles constroem um ambiente cênico em que os não ditos pesam tanto quanto as palavras. Para dar forma ao corpo de Charlie, a produção desenvolveu um complexo trabalho de caracterização, com prótese facial, figurino com enchimento e recursos de climatização, assinados pelo figurinista Carlos Alberto Nunes e pela visagista Mona Magalhães.

A cena é completada pela cenografia de Bia Junqueira, pela iluminação precisa de Maneco Quinderé e pela trilha sonora de Federico Puppi, elementos que ajudam a traduzir um cotidiano marcado não apenas pelo excesso de peso, mas pelo acúmulo de silêncios e afetos represados. O espetáculo é apresentado pelo Ministério da Cultura e patrocinado pela CAIXA Residencial.


Serviço
Teatro Sabesp Frei Caneca
Temporada: 23 de janeiro a 1º de março de 2026
Horários: sextas e sábados, às 20h00; domingos, às 19h00

Ingressos
Plateia Baixa – R$ 160,00 (inteira) / R$ 80,00 (meia-entrada)
Plateia – R$ 140,00 (inteira) / R$ 70,00 (meia-entrada)
Plateia Alta – R$ 120,00 (inteira) / R$ 60,00 (meia-entrada)
Plateia Popular – R$ 50,00 (inteira) / R$ 25,00 (meia-entrada)

Descontos
Clientes CAIXA Residencial têm 50% de desconto na compra de até dois ingressos
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Bilheteria: https://uhuu.com

Duração: 100 minutos
Classificação: 14 anos. Menores de 18 anos somente acompanhados dos pais ou responsáveis. Crianças até 24 meses, no colo, não pagam.

Tags
#ABaleia #EmilioDeMello #LuisArturNunes #teatro #TeatroSabespFreiCaneca
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