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sábado, 1 de fevereiro de 2025

.: Crítica: "Viva a Vida" é filme brasileiro sobre multinacionalidade da nação

Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em fevereiro de 2025


O Brasil é indiscutivelmente multinacional por ser composto por pessoas de diferentes etnias e costumes. Quando se trata de analisar cada brasileiro e suas origens há muita riqueza a ser descoberta. Eis que o longa nacional "Viva a Vida", protagonizado por Thati Lopes que interpreta a jovem carioca Jessica, funcionária de um antiquário, nos faz refletir a respeito de tais laços usando a comédia e o drama para mostrar que nação realmente somos (e a maioria gostaria que continuasse sendo, sem aversão a estrangeiros, por exemplo). 

Em cartaz na "Cineflix Cinemas", a produção de 1 hora e 40 minutos faz refletir sobre a nossa brasilidade miscigenada, a ponto de esbarrar -mesmo que de leve- na famigerada xenofobia (tão assombrosamente em alta nos primeiros dias de governo Trump). Com brasilidade, "Viva a Vida" é um filme agradável e divertido que vale além do preço do ingresso de cinema. 

Eis que o destino faz Jessica, num dia de trabalho, derrubar uma valiosa doação que contém um colar com um medalhão igual ao que recebeu como herança de família, ainda na infância por um "ato de coragem". Sozinha na vida, a moça acumula um desconto no salário pela quebra de uma peça rara, assim como um aviso de despejo colado na porta de casa. Em busca de saber mais sobre a outra dona do medalhão encontrado, chega até ao jovem Gabriel (Rodrigo Simas), que também está diante de sérios problemas, quando a parceira o põe para fora de casa.

Decididos e com um acordo devidamente acertado, os dois partem em busca de uma herança que os leva até Israel, aprimorando ainda mais a fotografia do longa dirigido por Cris D'Amato ("S.O.S. Mulheres Ao Mar", "É Fada", "Pai em Dobro"). Em meio a revelações da história da família de Jessica, "Viva a Vida" remete aos clássicos do quadro da TV Globo, Sessão da Tarde, como "Um Morto Muito Louco" e "Priscilla - A Rainha do Deserto", além de ter no elenco Diego Martins -que felizmente solta a voz durante os créditos do filme, com direito a performance drag queen, tal qual no musical que esteve nos palcos de teatro, recentemente. 

"Viva a Vida", com roteiro Natália Klein, é uma comédia romântica cheia de meandros que entrega muito mais do que promete na sinopse ou no trailer, além de contar com um elenco que faz a história funcionar de modo agradável e divertido, fisgando rapidamente a curiosidade do público em relação ao desfecho de toda aquela aventura. Sendo que de bônus, faz uma visita ao Muro das Lamentações e até ao Mar Morto, por exemplo.

Além de Thati Lopes e Rodrigo Simas, o longa tem ainda no elenco Diego Martins como o hilário guia turístico Ramirez Ramirez, Jonas Bloch como o antigo aventureiro Ben, Regina Braga na pele da misteriosa Hava, assim como as participações especiais de Daniel Filho como Ulisses, o dono do antiquário e chefe de Jessica, Aline Dias interpretando a ex de Gabriel e Clarice Niskier como Stella, quem faz a dupla dar o pontapé inicial para a trama acontecer. Filme imperdível que garante entretenimento e reflexão!


O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

"Viva a Vida" (nacional). Ingressos on-line neste linkGênero: comédia, dramaClassificação: 12 anos. Duração: 1h40. Ano: 2024. Direção: Cris D'Amato. Roteiro: Natália Klein. Elenco: Thati Lopes, Rodrigo Simas, Jonas Bloch, Regina Braga, Diego Martins. Sinopse: Jessica é uma jovem que trabalha em uma loja de antiguidades. Um dia, no trabalho, ela se depara com medalhão idêntico ao que foi deixado para ela pela mãe falecida. Surpresa, ela parte com Gabriel para Israel para desvendar as origens do medalhão. Confira os horários: neste link

Trailer "Viva a Vida"



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domingo, 1 de setembro de 2024

.: Crítica: musical "Priscilla, A Rainha do Deserto" é um sopro de liberdade

Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. Na imagem, Reynaldo Gianecchini, teatro, Teatro Bradesco, Verónica Valenttino e Wallie Ruy no sucesso mundial nos palcos e no cinema. Foto: Pedro Dimitrow / Divulgação: @Priscillaratnhadodesertobr

O último dia do musical "Priscilla, A Rainha do Deserto - O Musical da Broadway", em cartaz neste domingo, dia 1° de setembro, no Teatro Bradesco, marca também a passagem de um espetáculo que marcou época e será lembrado por gerações. O espetáculo é um sopro de liberdade em meio a um país que retrocede para o conservadorismo da boca pra fora - aquele de gente que critica nos outros o que faz de pior às escondidas. Para os artistas que se apresentam no palco, sib a direção precisa de Stephan Elliott, simbolizam aspectos diferentes. Se para cada personagem que atravessa o deserto à bordo do ônibus Priscila há uma motivação, para os artistas o espetáculo é a materialização de muitas coisas.

Para Reynaldo Gianecchini, representa a libertação de alguém que fez inúmeros galãs nas telenovelas brasileiras e agora se arrisca em papéis mais difíceis, como a drag queen que atravessa o deserto para conhecer o filho. Ele ainda se arrisca a cantar. Para Diego Martins, o papel da drag inexperiente é ávida para experimentar a vida representa uma realização pessoal. Percebe-se o prazer do jovem artista, que brilhou em uma temporada de "Beatles num Céu de Diamantes" bem antes de estourar na novela das nove,  em interpretar o personagem. Para Verônica Valenttino (assistimos ao espetáculo com ela), é a consagração de alguém com muito talento e história para contar e que, finalmente, e de maneira muito justa, consegue interpretar um papel à altura de sua grandiosidade. 

Há ainda a participação luxuosa de Andrezza Massei e a figura sempre marcante de Fabrizio Gorziza - um nome que despontou em "O Guarda-Costas" interpretando o papel que foi de Kevin Costner no cinema e vem se destacando a cada papel pela versatilidade. Tatiana Toyota, e seu carisma, dão comicidade a uma peça que trata de assuntos espinhosos, mas consegue ser leve. 

Não bastassem todas essas qualidades, o visual parece uma pintura desenhada à mão repleta de detalhes. A cena de Diego Martins em cima do ônibus envolto a um pano prateado esvoaçante, recriando a cena clássica do cinema, é para ficar na memória do teatro paulistano. Tudo isso embalado por clássicos da música na era disco. Tiveram a proeza, e a ousadia, de colocar um microônibus no palco. A Priscila da peça é linda e representa mais do que um simples veículo. Ela é o caminho, a direção e, possivelmente, dará um final feliz a todos aqueles que passarem por ela. Sejam os intérpretes ou o próprio público. Ninguém sai ileso de um espetáculo assim. 

sábado, 24 de agosto de 2024

.: Por que não perder "Priscilla, A Rainha do Deserto - O Musical da Broadway"?

Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em agosto de 2024


Uma montagem teatral capaz de elevar o ânimo da plateia -por dias-, ainda que entregue cenas de pura emoção (de pai e filho). "Priscilla, A Rainha do Deserto - O Musical da Broadway", que coloca Reynaldo Gianecchini na pele de Anthony “Tick” Belrose, performer e drag queen chamada Mitzi Mitosis, ao lado de Diego Martins como Adam Whiteley,  que vive a drag queen Felicia, assim como as atrizes Verónica Valenttino e Wallie Ruy em revezamento no papel de Bernadette Bassenger, é completamente imperdível.

Em cartaz no Teatro Bradesco, em São Paulo, o espetáculo esbanja alegria visual, assim como no texto com tiradas bastante adaptadas ao Brasil, cabendo menção à novela "Laços de Família", o que rapidamente cria um elo do público com cada personagem. Seja entre as drags e a trans até o meio valentão, Bob, de Fabrizio Gorziza ou a valentona de Andrezza Massei. A produção ainda tem uma trilha sonora impecável, incluindo "I Will Survive", “I Say A Little Prayer”, “Go West”, “Can’t Get You Out Of My Head”, “True Colors”, “I Love The Nightlife”, “Girls Just Wanna Have Fun”, e muito mais.

Tudo na montagem faz os olhos brilharem. Não por somente alimentar a alegria no público enquanto desfruta da apresentação, mas por usar tudo a favor em cada cena e mostrar que as diferenças são belas, enriquecedoras e devem ser respeitadas sempre. Enquanto Reynaldo Gianecchini mostra seu lado mais livre, sem amarras, levando-o a voltar cantar, com direito a danças coreografadas. 

Diego Martins entrega o vocal impecável -que remete, inclusive ao seu destaque em "Beatles, Num Céu de Diamantes" (2017), garantindo boas sequências de humor. Verónica Valenttino, a atriz cearense, transexual (a primeira a vencer o Prêmio Shell de Teatro, pelo musical "Brenda Lee e o Palácio das Princesas"), que interpreta Bernadette Bassenger, canta, dança e é o real toque feminino na viagem das drags Tick e Felicia. O trio em cena é um grande presente.

"Priscilla, A Rainha do Deserto - O Musical da Broadway" tem ainda três divas soltando o vozeirão -fazendo arrepiar, por vezes- com canções que conectam a trama e fazem a narrativa ganhar agilidade. O trio em cena também remete ao clássico Disney, "Hércules", em que há interferências musicais das musas, que complementam a história. É tão lindo quanto ou, até mais, uma vez que tudo acontece ao vivo no palco do Teatro Bradesco.

A montagem tem como enredo a viagem de duas drag queens e uma mulher transexual que vão a bordo do ônibus que recebe o nome de Priscilla, em pleno deserto australiano, para fazer um show. Contudo, para chegar até a parada final, juntas encaram diversos desafios e aventuras durante até o destino. Baseado no filme clássico de 1994, do diretor Stephan Elliott, o espetáculo que estreou dia 07 de junho, no Teatro Bradesco, em São Paulo, fica em cartaz até 1 de setembro. Não perca!


"Priscilla, A Rainha do Deserto - O Musical da Broadway"

Teatro Bradesco

Endereço: R. Palestra Itália, 500 - 3° Piso - Perdizes, São Paulo

Capacidade: 1.439

O espetáculo, com sessões todas as quintas e sextas, às 20h; sábados e domingos às 16h e 20h

Direção de Mariano Detry. Direção musical de Jorge de Godoy. Coreografias de Mariana Barros. Cenografia de Matt Kinley. Figurino de Fábio Namatame. Design de Luz de Warren Letton. Design de Som de Tocko Michelazzo. Design de peruca de Feliciano San Roman. Design de maquiagem de Alisson Rodrigues. Produção geral de Stephanie Mayorkis.


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quarta-feira, 29 de novembro de 2023

.: Trailer: "John Lennon: Assassinato sem Julgamento" estreia dia 6

Kiefer Sutherland, vencedor do prêmio Emmy, narra a série documental em três episódios, que examina o trágico assassinato do ícone musical e cultural John Lennon, e a investigação e condenação de seu assassino Mark David Chapman


Apple TV+ lança o trailer oficial da nova série documental em três episódios "John Lennon: Assassinato sem Julgamento" ("John Lennon: Murder Without A Trial"), narrada pelo vencedor do prêmio Emmy, Kiefer Sutherland ("24 Horas", "The Caine Mutiny Court-Martial") e com estreia mundial na quarta-feira, 6 de dezembro. A produção apresenta entrevistas exclusivas com testemunhas oculares e fotos inéditas da cena do crime, lançando uma nova luz sobre a vida e o assassinato do ícone musical e cultural John Lennon, e tudo sobre a investigação e condenação de Mark David Chapman, o assassino confesso.

"John Lennon: Assassinato sem Julgamento" é um trabalho minucioso de pesquisa sobre o assassinato de John Lennon ocorrido em 1980, que chocou e entristeceu todo o mundo. A produção recebeu inúmeras informações via Lei de Liberdade de Informação do Departamento de Polícia de Nova York, do Conselho de Liberdade Condicional e do escritório do Promotor Público. A série traz entrevistas exclusivas que revelam detalhes chocantes sobre o trágico assassinato do artista, incluindo Richard Peterson, um motorista de táxi que testemunhou o tiroteio; Jay Hastings, um porteiro do edifício Dakota, onde Lennon residia com a família, que ouviu as últimas palavras do ex-Beatle; David Suggs, advogado de defesa de Mark David Chapman; Elliot Mintz, amigo próximo de Lennon e Yoko Ono; e a Dra. Naomi Goldstein, a psiquiatra que avaliou o assassino Chapman pela primeira vez.

A série é produzida para o Apple TV+ pela equipe vencedora dos prêmios BAFTA e Emmy da 72 Films, dirigida por Nick Holt ("The Murder Trial", "Criança Responsável") e Rob Coldstream ("Jade: The Reality Star Who Changed Britain"), com os produtores executivos David Glover ("Memórias do 11 de Setembro"), Mark Raphael ("Crime and Punishment") e Rob Coldstream, ao lado dos produtores Simon Bunney e Louis Lee Ray.

O Apple TV+ oferece séries de drama e comédia de qualidade, longas-metragens, documentários inéditos, entretenimento infantil e familiar, e está disponível para assistir em todas as suas telas favoritas. Após seu lançamento em 1º de novembro de 2019, o Apple TV+ tornou-se o primeiro serviço de streaming totalmente original a ser lançado em todo o mundo, e estreou mais sucessos originais e recebeu mais reconhecimentos de prêmios mais rapidamente do que qualquer outro serviço de streaming em sua estreia. Até hoje, os filmes, os documentários e as séries Apple Originals receberam mais de 400 prêmios e 1.673 indicações, incluindo a série várias vezes vencedora do Emmy "Ted Lasso" e o histórico vencedor do Oscar de Melhor Filme "No Ritmo do Coração".

Trailer


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quinta-feira, 22 de junho de 2023

.: Musical "Carmen Miranda – Pra Você Gostar de Mim" com atriz Renata Ricci

Musical sobre Carmen Miranda, umas das maiores cantoras brasileiras com reconhecimento internacional, estreia em julho na cidade de São Paulo. Foto: Mark A. B.


Abrindo as comemorações dos 115 anos da cantora e atriz Carmen Miranda em 2024, estreia no dia 04 de julho no Teatro Eva Herz, em curtíssima temporada, o musical "Carmen Miranda – Pra Você Gostar de Mim" protagonizado pela atriz Renata Ricci. O espetáculo tem direção de Celso Correia Lopes, direção musical de Reinaldo Sanches e texto de Guilherme Gonzalez.

A peça narra um recorte na vida de Carmen Miranda, quando, já consagrada como uma das principais personalidades brasileiras nos Estados Unidos, retornou para um show no Brasil, no Cassino da Urca. Ao ser recebida pela elite carioca, ligada ao movimento integralista, ultranacionalista, a cantora foi vaiada por ter supostamente "se vendido ao governo americano."

Sem saber deste contexto, a artista entrou numa tristeza profunda. É esse diálogo interior travado pela artista consigo mesma que surge no espetáculo, que mostra como teria sido a reação de Carmen no camarim do Cassino da Urca.

No musical "Carmen Miranda – Pra Você Gostar de Mim", Renata Ricci canta "O que é que a baiana tem?", "Tic-tac do coração”, "Camisa listrada", "Adeus batucada", "Tico-tico no fubá", "Disseram que voltei americanizada ", "In South American Way", "Na baixa do sapateiro", "Cantoras do rádio".

Carmen Miranda é a segunda filha de seis irmãos, nasceu em Portugal e com um ano de idade veio para o Brasil. É considerada por muitos a artista brasileira com maior projeção no exterior. Fez carreira tanto aqui, como nos EUA, participou de 21 filmes, gravou 279 canções no Brasil e 34 lá. Foi a primeira sul-americana a ser homenageada com uma estrela na Calçada da Fama.


FICHA TÉCNICA:

Texto: Guilherme Gonzalez

Direção: Celso Correia Lopes

Elenco: Renata Ricci

Direção musical e trilha sonora original: Reinaldo Sanches

Direção de produção: Renata Ricci e Fabio Camara

Assistente de direção: Luís Fernando Cabral

Visagismo: Anderson Bueno

Figurino: Renata Ricci

Iluminação: Pedro Moura

Operador de som: Jackson Oliveira

Fotos: Mark A. B.

Assessoria de Imprensa: Fabio Camara

Redes sociais: D2One

Produtor associado: Bravíssimo Produções

Realização: Hora de Aurora Produções Artísticas e Lugibi Produções Artísticas


SERVIÇO:

Local: Teatro Eva Herz, Avenida Paulista, 2073 - (Conjunto Nacional - 2º Piso) - Bela Vista. 168 lugares.

Data: 04/07 até 01/08 (Terça 20h).

Ingressos: R$ 80,00 (inteira) e R$ 40,00 (meia)

Informações: 11 3070 4059

Ingressos: bileto.sympla.com.br/event/84026/d/201268/s/1358881

Duração: 60 minutos

Classificação: 14 anos

Renata Ricci - Atriz, cantora, diretora e bailarina vencedora dos Prêmios Aplauso e Cenym como Melhor Atriz Coadjuvante, Renata Ricci tem mais de 20 anos de carreira e um currículo que abrange peças de teatro, grandes musicais, novelas, filmes e séries. Como atriz, compôs o elenco de obras como "Sweet Charity" , "Avenida Q" , "As Bruxas de Eastwick" , "Xanadu" , "Hebe - O Musical" , "Barnum - O Rei do Show" e "Ponto a ponto:4000 milhas" , entre outras produções. Fez parte do sucesso cinematográfico "Minha Mãe é uma Peça" e do elenco de novelas como "Páginas da Vida" , "Revelação" e "Boogie Oogie". Assinou a direção de espetáculos como "Todas as Pétalas que Chorei por Você" , de Thereza Andrada, e o autoral "French Kiss" , além do show de retomada do grupo CANTRIX em homenagem a Gilberto Gil.

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quinta-feira, 15 de junho de 2023

.: #Resenhando20Anos: "Quando Tudo Estiver Pronto" no Teatro Folha

No dia 4 de junho de 2023 o Resenhando.com completa 20 anos. Durante esse mês, matérias emblemáticas que foram destaque no portal editado pelos jornalistas Mary Ellen Farias dos Santos e Helder Moraes Miranda serão republicadas. Ao fazer essa visita ao passado, percebemos que os textos conseguem estar muito atuais. 

Algumas delas, republicadas na íntegra, embora extremamente relevantes, apresentam aspectos datados ou têm marcas de expressões, pensamentos e linguagens que podem estar ultrapassadas, mas são um registro da história deste veículo. A resenha crítica do espetáculo teatral "Quando Tudo Estiver Pronto" é uma das mais lidas nos 20 anos de Resenhando.com.

Leia a postagem original: .: "Quando Tudo Estiver Pronto" reorganiza conflitos no Teatro Folha

Cartaz do espetáculo "Quando Tudo Estiver Pronto", no Teatro Folha, em São Paulo

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em julho de 2019


Um drama familiar muito bem contado é de emocionar e provocar diversas reflexões. Eis que na peça "Quando Tudo Estiver Pronto", em cartaz de sexta a domingo, no Teatro Folha, em São Paulo, a temática desabrocha de um modo suave deixando a sensação de que o público tem o dever de espiar a forma que aquela família de judeus lida com a morte inesperada, e, em silêncio, torcer para que pai, filho, sogra, sogro e cunhada consigam reorganizar suas vidas, embora Estela, a mãe, esteja morta.

Com direção, tradução e trilha sonora do judeu Isser Korik, no palco e em perfeita harmonia estão Otavio Martins (pai, Samuel), Patricia Pichamone (mãe, Estela), Lilian Blanc (avó), Sylvio Zilber (avô), Eliete Cigaarini (cunhada) e Filipe Ribeiro (filho) defendendo a história de despedida prematura da mãe da família. Em "Quando Tudo Estiver Pronto" o ponta-pé inicial é dado diante da perda da jovem Estela. Logo, pai (Otavio Martins) e filho (Filipe Ribeiro) têm duas formas distintas de lidar com a morte da figura feminina da casa: a esposa e a mãe. O conflito de gerações é tão verídico que faz rir!

Seja na falta de meias palavras e ajuda indelicada, mas hilária da sogra da defunta (Lilian Blanc) ou pela forma, até irônica, do filho (Filipe Ribeiro) de responder ao pai Samuel (Otavio Martins) a respeito das lembranças floridas que decide trazer da esposa falecida. O texto do americano premiado Donald Margulies, é tocante, embora seja, por vezes e na medida certa, suavizado com bom humor. 

No entanto, em "Quando Tudo Estiver Pronto"a problemática em questão não é somente a necessidade de aceitação da morte da jovem mãe (Patricia Pichamone), mas quando, uma semana após a tragédia ocorrida em um restaurante, a própria retorna ao convívio familiar. Cansada por sair da cova e tanto caminhar, a mãe volta com as mesmas manias e a necessidade de organizar tudo. Afinal, a morta reencontra a casa cheia de móveis, pai e filho em pleno conflito, além das visitas de Issac, o apaixonado sogro (Sylvio Zilber), de Clara, a sogra decidida e sem papas na língua (Lilian Blanc) e da divertida e conciliadora cunhada (Eliete Cigaarini). 

A peça é um afago aos apaixonados por teatro que buscam narrativa e representação com excelência. "Quando Tudo Estiver Pronto" é o tipo de montagem que deixa um gostinho de quero mais. Sensação criada, provavelmente, pelo elenco em perfeita sincronia que estabelece um elo entre público e personagens, gerando a expectativa da volta de cada um ao palco, seja para extravasar as emoções ou para fazer rir. Belíssimo e imperdível!! O espetáculo está em cartaz no Teatro Folha, que fica dentro do Shopping Pátio Higienópolis.


Crédito: Heloísa Bortz

FICHA TÉCNICA
Texto: Donald Margulies
Elenco: Otavio Martins, Patricia Pichamone, Lilian Blanc, Sylvio Zilber, Eliete Cigaarini e Filipe Ribeiro
Cenografia e Figurinos: Márcio Vinicius
Fotografia: Heloísa Bortz
Desenho de Luz: César Pivetti e Vânia Jaconis
Produção Executiva e Administração: Will Siqueira
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Coordenação de Marketing: Emanoela Abrantes
Criação Gráfica: Marjorie Costa
Mídias Sociais: Pedro Tavares
Equipe técnica: Jardim Cabine
Realização: Ian Soffredini Korich Participações e Serviços Teatrais Ltda
Direção, Tradução e Trilha Sonora: Isser Korik

SERVIÇO: QUANDO TUDO ESTIVER PRONTO
Estreia: 21 de junho 
Temporada até: 15 de setembro 
Apresentações: sexta 21h30; sábado e domingo, 20h
Ingresso: R$ 70 (setor 1) e R$ 50 (setor 2)
Duração: 70 minutos
Classificação etária: 12 anos

TEATRO FOLHA
Shopping Pátio Higienópolis – Av. Higienópolis, 618 / Terraço 
tel.: (11) 3823-2323 – Televendas: (11) / 3823 2423 / 3823 2737 / 3823 2323. Vendas on line: www.teatrofolha.com.br
Vendas por telefone e no site do teatro / Capacidade: 305 lugares / Não aceita cheques / Aceita os cartões de crédito: todos da Mastercard, Redecard, Visa, Visa Electron e Amex / Estudantes e pessoas com 60 anos ou mais têm os descontos legais / Clube Folha 50% desconto. Horário de funcionamento da bilheteria: terça a quinta-feira, das 15h às 21h; sexta-feira, das 15h às 21h30; sábado, das 12h às 22h30; domingo, das 12h às 20h / Acesso para cadeirantes / Ar-condicionado / Estacionamento do Shopping: R$ 14,00 (primeiras duas horas) / Venda de espetáculos para grupos e escolas:  (11) 3661-5896, (11) 97628-4993 / Patrocínio do Teatro Folha: Folha de S.Paulo, Consigaz, Owens-llinois, EMS, Bain & Company, Grupo Pro Security, Previsul, Brasforma, NR Acampamentos, Nova Chevrolet.

SOBRE A CONTEÚDO TEATRAL: O grupo empresarial paulista Conteúdo Teatral atua há mais de quinze anos em duas vertentes: gestão de salas de espaços e produção de espetáculos. Como gestora é responsável pela operação do Teatro Folha, no Shopping Pátio Higienópolis, com direção artística e comercial de Isser Korik, programando espetáculos para temporada em regime de coprodução. No período de atuação a empresa soma mais de 2 milhões de espectadores.

Como produtora de espetáculos, viabilizou dezenas de peças, como “Gata Borralheira”, “O Grande Inimigo”, “Os Saltimbancos”, “A Pequena Sereia”, “Grandes Pequeninos”, “Branca de Neve e os Sete Anões”, “A Cigarra e a Formiga”, “Cinderela” e “Chapeuzinho Vermelho” para as crianças. Para os adultos foram realizadas, entre outras montagens, “A Minha Primeira Vez”, “Os Sete Gatinhos”, “O Estrangeiro”, “Senhoras e Senhores”, “O Dia que Raptaram o Papa”, “E o Vento Não Levou”, “Equus” a trilogia “Enquanto Isso…”, além de projetos de humor – como “Nunca Se Sábado…” e “IMPROVISORAMA” – Festival Nacional de Improvisação Teatral. Em parceria com Moeller e Botelho produziu os Musicais “Um Violinista no Telhado”, “Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos”, “Nine – Um Musical Felliniano” e “Beatles num Céu de Diamantes”.

*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm



Encerramento de "Quando Tudo Estiver Pronto"

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