Álbum gravado ao vivo em 2017 reúne os grandes sucessos da banda
A banda Chicago sobe aos palcos por mais de 50 anos, o que contribui para que ele seja reconhecido como um dos grupos mais bem-sucedidos da América. Para celebrar este legado, a Rhino e a Warner Music lançam uma super coletânea ao vivo. Já disponível em todas as plataformas digitais e confirmado também na versão física para o Brasil em breve, “Greatest Hits Live” apresenta 13 dos maiores sucessos de Chicago, gravados ao vivo em 2017 para a série “Soundstage”, da PBS. O álbum foi gravado nos estúdios históricos da WTTW-TV, na cidade natal da banda, Chicago, em novembro de 2018.
As músicas do “Greatest Hits Live” abrangem toda a carreira do “Rock and Roll Hall of Fame” e incluem “Does Anybody Really Know What Time It Is”, do álbum de estreia do grupo em 1969, o hit número 1, “If You Leave Me Now”, de 1976, e "Hard Habit To Break", do álbum Chicago 17, de 1984, que ainda é o álbum mais vendido da banda. Formado em 1967 na cidade homônima da banda, Chicago é um dos grupos mais antigos e mais vendidos de todos os tempos. É a primeira banda americana a colocar álbuns no Pop Top 40 da Billboard por seis décadas consecutivas, a banda americana mais bem conceituada nos Top 100 All-Time Top Artists da Billboard e a quarta na lista de melhores bandas e duplas da Billboard.
As extensas realizações do grupo incluem: dois Grammy Awards, vários American Music Awards, 11 singles “Number One”, cinco álbuns consecutivos do “Number One” e um recorde de vendas superior a 100.000.000, com 47 álbuns ganhando ouro e platina. Chicago entrou no Rock & Roll Hall of Fame em 2016, e o primeiro álbum do grupo, “Chicago Transit Authority”, integrou o Grammy Hall of Fame em 2014. Robert Lamm e James Pankow se tornaram membros do “Songwriters All of Fame” em 2017. Os lendários compositores escreveram mega-hits como "25 or 6 to 4", "Saturday In The Park", "Feelin Stronger Every Day", "Make Me Smile" e muitos outros. Confira a tracklist completa de “Greatest Hits Live”: “Beginnings” “Questions 67 And 68” “If You Leave Me Now” “Call On Me” “Does Anybody Really Know What Time It Is?” “Hard Habit To Break” “You’re The Inspiration” “I’m A Man” “Street Player” “Just You And Me” “Hard to Say I’m Sorry/Getaway” “Saturday In The Park” “Feelin’ Stronger Every Day”
Noel Gallagher’s High Flying Birds anunciou nesta semana o lançamento de seu terceiro disco. “Who Built the Moon?”, que já está disponível em pré-venda, será o sucessor de “Chasing Yesterday”, lançado em 2015, e chega às lojas no dia 24 de novembro. O novo trabalho de Noel terá a produção do norte-irlandês David Holmes, conhecido no meio eletrônico, e ainda conta com a participação de Paul Weller e Johnny Marr, nas faixas “Holy Mountain” e “If Love Is The Law“, respectivamente. Em outubro o cantor virá ao Brasil para fazer a abertura dos quatro shows que o U2 fará no estádio do Morumbi, em São Paulo. Noel também divulgou a tracklist completa do disco. Confira: "Fort Knox" / "Holy Mountain" / "Keep On Reaching" / "It’s A Beautiful World" / "She Taught Me How To Fly" / "Be Careful What You Wish For" / "Black & White Sunshine" / "Interlude" ("Wednesday Part 1") / "If Love Is The Law" / "The Man Who Built The Moon" / "End Credits" ("Wednesday Part 2") / Bonus Track: "Dead In The Water" (Live at RTÉ 2FM Studios, Dublin).
Por: Mary Ellen Farias dos Santos Em março de 2018, atualizado às 20 horas "American Crime Story: O assassinato de Gianni Versace", seriado do canal pago FOX que tem envolvido o público desde a estreia, em 17 de janeiro, tem data para terminar: 21 de março -na FX gringa, dia 22, na FOX Brasil. A trama que conforme o título aborda a morte de Versace (Édgar Ramírez), foi, principalmente, o palco do ator Darren Criss, que interpretou o assassino serial Andrew Cunanan. Nos 8 episódios já exibidos, o público conheceu um pouco da história conturbada dos Versace -e a atuação impecável de Penélope Cruz na pele da irmã Donatella. Eis que surgiram críticas da própria família e, inclusive, do namorado do designer italiano, Antonio D'Amico. O parceiro de Versace, interpretado na série por Ricky Martin, teceu comentários negativos rotulando como "ridícula" a cena fatídica ocorrida na escada frontal da mansão. Nela, o intérprete ergue parte do corpo de Versace, o coloca no colo e grita por ajuda, o que, segundo ele, foi inverídico, pois ele ouviu os tiros de dentro mansão e lá permaneceu. A família de Versace afirmou à revista People que era “triste e repreensível que os produtores tenham escolhido apresentar a versão distorcida e falsa criada por Maureen Orth“, autora do livro ‘Vulgar Favors’, no qual a série é baseada. Assim, o produtor executivo Ryan Murphy rebateu dizendo estar pautado no livro "que é um trabalho muito célebre e louvado de não ficção que foi examinado por quase 20 anos". Em meio a desentendimentos e licenças poéticas, a certeza é de que a atuação de Darren Criss na segunda temporada de "ACS" é digna de, no mínimo, indicação ao Emmy. Seja dançando do jeitinho que só ele consegue, agindo em desespero -e totalmente sem chão- na busca pelo pai mau caráter e fugitivo ou demonstrando toda a ira de um assassino frio e calculista, o ex-Glee impressionou. Sim, ele trabalhou de modo impactante, deixando, por vezes, a sensação de que a série foi escrita para ele brilhar. Para tanto, como despedida de "#ACSVersace", os fãs de Darren Criss, no Twitter @darrencbrasil, estão organizados para subir a hashtag #WeAreProudOfYouDarren, durante a exibição do nono e último episódio da temporada. Participe também!
UM OLHAR PARA A SÉRIE: Conforme Jéssica, responsável pelo perfil @darrencbrasil, no Twitter, a segunda temporada foi realmente impressionante. "Tão detalhada e por mais que não suporte cenas fortes, fiquei maravilhada com todo o desempenho. É uma temporada que também merece respeito pelas performances do elenco. Contaram sobre os assassinatos do Andrew antes do Gianni, soubemos mais sobre ele e o que o levou a toda aquela tragédia, assim a cada episódio somos mais envolvidos. É uma temporada de nove episódios que vale a pena conferir. Estou ansiosa para o último e esperado episódio de hoje à noite", comenta. Segundo a fã do ator, na série, dois momentos foram muito marcantes: a relação de Andrew com a mãe -no episódio 7- e com o pai -no episódio 8. No entanto, quando o assunto é a atuação de Darren Criss, Jéssica é mais efusiva e classifica como uma atuação esplêndida "Darren sempre me impressionou com sua atuação e quem diria que ele, o intérprete do nosso amável e meigo Blaine em Glee, também o hipster Justin em American Horror Story chegaria ao ponto de interpretar o serial killer Andrew Cunanan? Foi o papel mais difícil e ele o interpretou incrivelmente bem. Estou muito orgulhosa, pois me surpreendeu como Andrew ainda mais. Merece ser reconhecido pela pessoa que é e por compartilhar seus talentos com a gente. Que venham vários prêmios por toda dedicação.", finaliza.
* Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com . É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduação em Literatura e licenciada em Letras por UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm Leia mais: #ACS: Estreia de "O assassinato de Gianni Versace" é estupenda Alguns tweets com a hashtag #ACSVersace
Que Darren Criss é brilhante e vem roubando a cena em American Crime Story isso ninguém duvida.
Mas que é sempre bom ver Penélope Cruz e Édgar Ramirez como foco principal isso também não dá pra negar📺👠👢👞👔#ACSVersacepic.twitter.com/EjmszDnhyL
Em cartaz nos principais cinemas do país, filme está bem cotado para a temporada de premiações
“Green Book: O Guia” é uma comédia dramática dirigida por Peter Ferrelly (“Quem Vai Ficar Com Mary, “Amor Em Jogo”), baseada na história real do jamaicano-americano Don Shirley (interpretado pelo vencedor do Oscar Mahershala Ali) e de Tony Lip (interpretado por Viggo Mortensen, indicado ao Oscar). “Green Books: O Guia” acompanha a dupla enquanto excursionam pelo sul do país nos anos de 1960, sendo Lip o motorista e segurança de Shirley. A dupla flerta uma amizade próxima durante a jornada, navegando juntos pelo profundo racismo da região. A estreia mundial de “Green Book: O Guia” aconteceu no Toronto International Film Festival de 2018, no qual o filme ganhou o People's Choice Award. Desde então, o filme recebeu elogios e é considerado um concorrente sério na temporada de premiações. A trilha sonora de “Green Book: O Guia” foi composta pelo pianista musical Kris Bowers (“Dear White People”). Um colaborador antigo de Kanye West em “A Tribe Called Quest”, Bowers criou uma bela trilha para “Green Book: O Guia”, com inspirações no jazz e composições de piano em movimento que deram destaque ao filme. “Green Book: O Guia” – Confira a tracklist das músicas originais assinadas por Kris Bowers: 1. That Old Black Magic, The Green Book Copacana Orchestra 2. 881 7th Ave, Kris Bowers 3. So Long Lovers Island, The Blue Jays 4. Dr. Shirley’s Luggage, Kris Bowers 5. I Feel Fine, Kris Bowers 6. A Letter From My Baby, Timmy Shaw 7. You Took Advantage of Me, The Blackwells 8. Blue Skies (The Don Shirley Trio), Kris Bowers 9. Dear Dolores, Kris Bowers 10. Vacation Without Aggravation, Kris Bower 11. Cookin’ Al, Casey Combo 12. What’cha Gonna Do, Bil Massey 13. Water Boy (The Don Shirley Trio), Kris Bowers 14. Bearest One, Jack’s Four 15. Field Workers, Kris Bowers 16. I Got a Call / The Exception, Kris Bowers 17. Makeup for Wounds / It’s a Complicated World, Kris Bowers 18. Happy Talk (The Don Shirley Trio), Kris Bowers 19. I Love My Baby, Bobby Page & The Riffs-Raffs 20. Governor on the Line, Kris Bowers 21. Need Some Sleep, Kris Bowers 22. Make the First Move, Kris Bowers 23. Lullaby of Birdland (The Don Shirley Trio), Kris Bowers 24. Let’s Roll The Orange, Bird Blues Band 25. Backwood Blues, The Orange Bird Blues Band 26. The Lonesome Road (The Don Shirley Trio), Kris Bowers 27. Mmm Love, Bob Kelly 28. Thanks Officer, Kris Bowers 29. If You Want Me To, Kris Bowers 30. Thank You for the Letters, Kris Bowers 31. The Lonesome Road, Don Shirley
Partindo da mesma fusão de melodias, composições e autoconfiança, o novo disco de Noel Gallagher’s High Flying Birds, “Who Built The Moon?” altera o curso da lenda do rock após dois anos de colaborações criativas com o renomado DJ e compositor David Holmes. Lançado no dia 24 de novembro de 2017, o intensamente aguardado disco que substitui o premiado “Chasing Yesterday” (2015), já está sendo ensaiado pela banda para as apresentações ao vivo durante a turnê mundial anunciada para 2018. Os shows começam em abril de 2018 por todo o Reino Unido, com ingressos já disponíveis em: www.noelgallagher.com.
“Who Built The Moon?” desperta a percepção do ouvinte e o faz enxergar o passado e o presente do artista ao mostrá-lo como um homem. Com os vocais da banda e de convidados do mundo todo, os músicos dão vida para as 11 faixas que compõem o disco em criações experimentais e com influências tiradas de uma jukebox atemporal. Gallagher e Holmes se encontraram em Belfast e Londres e ouviram de pop psicodélico francês à música eletrônica, soul, rock, disco e dance procurando por inspirações.
Se as faixas que misturam perfeitamente experiências do mundo eletrônico com trechos cantados em francês dão a impressão de que Gallagher é inquieto, os instrumentos que passam pela melancolia inspirada pelas trilhas sonoras da TV europeia dão a certeza desta inquietude. Botando fogo em tudo o que é familiar, Gallagher compôs o disco inteiro no estúdio pela primeira vez, imergindo em um clima de estudo laboratorial e uma aventura de “copiar e colar” com David Holmes virando as costas, pelo menos temporariamente, para a solidão da composição ao violão. A porta do estúdio foi deixada aberta para Paul Weller (órgão em “Holy Mountain”) e Johnny Marr (guitarra e gaita em “If Love Is The Law”) não apenas para presenciarem a criação do disco, mas também para colaborarem e deixarem sua marca no décimo disco de estúdio de Noel Gallagher.
Os resultados são estimulantes. Com instrumentos calmos e hipnóticos e ritmos influenciados pelo Oriente, “Who Built The Moon?” é um disco para o apocalipse, tranquilizando o ouvinte com sombras do Noel que eles conhecem e confiam, enquanto ele próprio se leva para o lado mais aventureiro e dançante.
David Holmes, produtor de “Who Built The Moon?I” diz: “As pessoas ficarão surpresas. Acho que os fãs amam o Noel e estão desesperados para que ele faça um disco grande, corajoso e animado – muitas das músicas deles são mais calmas. Desta vez está bem divertido”.
Como Gallagher responderia a comandos que dizem: “Pare de tocar guitarra!” e “Toque um solo de guitarra que me faça querer dançar”? Seguro de que o homem que o desafiava tinha uma visão que combinava com o tamanho de sua ambição, ele mergulhou no mesmo espaço criativo. “The Man Who Built The Moon” deixa clara a visão da parceria, inundada por uma orquestra exuberante e um sentimento de drama iminente. É o som de um compositor experiente acompanhado por um cúmplice com o mesmo perfeccionismo meticuloso, como Gallagher revela: “Nós pegamos um riff de teclado de que gostamos de uma faixa não usada e adicionamos acordes. Um ano depois, lidamos com isso como uma música e quando chegamos no refrão, David não parava de me pedir pra escrever algo novo... de novo e de novo e mais uma vez. Estava pronto para enforcá-lo. O que ficou na música foi a oitava tentativa e, quer saber? O pior é que ele estava certo”.
Em “Fort Knox” quase nenhuma nota é cantada por Gallagher, enquanto “It’s A Beautiful World” brinca com a música eletrônica progressiva. A influência psicodélica do pop dos anos 60 encontrada em “Black & White Sunshine” pede por mais votos tradicionalistas, enquanto “Holy Mountain” é um jogo de ‘encontre o lado obscuro’ em meio ao som feliz e animado. Explicando a última faixa, Gallagher diz: “David tocou um pedacinho dela para mim, eu desenvolvi os acordes e nós fizemos uma demo de apenas alguns minutos, a levamos para tocar na turnê e brincar com a faixa. Quando ela se tornou uma música de verdade em Belfast eu fiquei muito feliz, e queria fazer jus a ela. O que traz mais felicidade do que se apaixonar? Então escrevi uma música sobre amor e é uma das melhores que já fiz”.
Confira as datas da turnê de Noel Gallagher’s High Flying Birds com o álbum “Who Built The Moon?”:
22 de abril de 2018 Brighton, Brighton Centre 24 de abril de 2018 Glasgow, The SSE Hydro 25 de abril de 2018 Aberdeen, BHGE Arena 27 de abril de 2018 London, The SSE Arena Wembley 30 de abril de 2018 Nottingham, Motorpoint Arena 1 de maio de 2018 Birmingham, Birmingham Arena 3 de maio de 2018 Newcastle, Metro Radio Arena 4 de maio de 2018 Manchester, Manchester Arena 6 de maio de 2018 Cardiff, Motorpoint Arena 7 de maio de 2018 Leeds, First Direct Arena 9 de maio de 2018 Belfast, The SSE Arena 10 de maio de 2018 Dublin, 3Arena
Confira a tracklist de “Who Built The Moon?”: 1. Fort Knox 2. Holy Mountain 3. Keep On Reaching 4. It's A Beautiful World 5. She Taught Me How To Fly 6. Be Careful What You Wish For 7. Black & White Sunshine 8. Interlude (Wednesday Part 1) 9. If Love Is The Law 10. The Man Who Built The Moon 11. End Credits (Wednesday Part 2)
Bonus track: Dead In The Water (Live at RTÉ 2FM Studios, Dublin)
Créditos: Escrito por Noel Gallagher (Dead Leg Music/Sony/ATV Music Publishing Ltd). Produzido por David Holmes. Mixado e projetado por Emre Ramazanoglu. Engenharia adicional por Tristin Norwell. Todos os vocais principais gravados por Paul ’Strangeboy’ Stacey no Strangeways Studios, Londres. Masterizado por John Davis at Metropolis, Londres. Gravado no Drama Studios, Belfast, The Pool and Hoxa HQ, Londres.
No cair da
noite, Bernardo voltou para casa, após um dia de muito trabalho. Como era dia de
pagamento, trouxe uma surpresinha para Mary –o que já era um costume de há pelo menos uns três anos.
O que estava
dentro do embrulho? Uma nova presilha de cabelos. Pai e filha conversaram sobre
o videoclipe de Katy Perry: Electric. Pois é... Papai Winsherburg é fã número um
de Pokemón. No entanto, o assunto terminou quando Ellen os chamou para que
jantassem. Lolita e Samantha estavam também em casa.
De volta ao
quarto, quando o relógio marcava além do horário de dormir, a jovem Winsherburg
ainda ria dos vídeos cômicos que Juliette fazia especialmente para o grupo das
amigas no WhatsApp. Depois das dicas e aprovação das outras três meninas é que Juju
publicava nas redes sociais. E não é que com aquelas bobeiras ela estava
ficando famosinha?!
Entre um vídeo
e outro ou uma risada aqui e outra acolá, Mary ouviu sussurros ao pé do ouvido.
Curvou as sobrancelhas e sem se dar conta, passou a mão esquerda pelo ouvido,
como que para afastar o que a incomodava. Nada.
Estava com a
nítida sensação da presença de outra pessoa extremamente perto. Para Mary era
certeza que Lolita estava escondida debaixo da cama dela para fazer uma
pegadinha.
Foi certeira. Olhou
debaixo da cama como quem pega alguém com a boca na botija. Nada.
Chamou pelo
pai. Sem resposta.
Respirou fundo
e sentou-se na beirada da cama, olhou detalhadamente ao redor. Nada.
Involuntariamente
resmungou um “Credo”.
Deixou o
celular na manta macia para pegar a bolsa da escola que guardava debaixo da
cama. Vasculhou entre o material escolar e agarrou a pedra misteriosa numa mão.
Acariciou o material brilhante até adormecer.
Espalhada pela
cama grande, tranquila, Mary sonhava com um lindo carrossel. Estava no extinto Playcenter,
lugar em que amava passar o dia com a família. Reencontrou atrações e gargalhou
com as irmãs, quando toda aquela felicidade virou medo absoluto. Sozinha, no
parque já de noite, ela gritou desesperadamente, mas a voz não saia. Uma figura
sombria estaciona diante dela e com rapidez a encobre com um grande manto
preto.
Mary ouve gritos
ao longe. A jovem acorda. Era Ellen quem a chamava para levantar logo da cama e
irem juntas à escola.
***
Com o término
da aula do professor Cláudio, Mary e Tarissa foram ao banheiro do térreo, da
escola de três andares, para dar uma arrumadinha nos cabelos, já que maquiagem
ali era terminantemente proibida. No caminho, a mais nova Winsherburg foi
direta e reta com a amiga.
- Tari,
Tarissinha, confessa para mim. Tu tem um crush
no profe Cláudio, né? Aquele corte de
cabelo cai super bem nele. Bom gosto o seu. Ele é lindão, amiga!
A amiga da
Winsherburg fechou a cara e lançou um olhar ameaçador que se assemelhava ao da
Feiticeira Escarlate diante de Agatha Harkness e não soltou um “A” que fosse.
Tarissatentou ao máximo manter o
silêncio, mas não foi capaz de segurar a compostura com a amiga tagarela e
muito barulhenta.
- Mary, pare
com isso!, gritou.
- Calma! Não é
uma relação séria. É só ter um crush!,
replicou a jovem Winsherburg.
Tarissa continuou
calada até empurrar a porta do banheiro da escola. Entrou e se posicionou no
habitual cantinho da pia, em que na parede ficava o rolo de papel toalha. Mary
veio na sequência e, antes de se posicionar ao lado, diante do espelho com a
amiga, como sempre fazia, olhou para o final do corredor com blocos de vidro.
Ficou
estática.
Ao ver a falta
de atitude da amiga, mesmo tendo parte da cena refletida no espelho do banheiro,
Tarissa parou de escovar os cabelos.
Mary permaneceu
sem se mover.
Desesperada, Tarissa
jogou a escova na pia e virou-se para a amiga. Respirou fundo, olhou para a
mesma direção. Nada viu.
Assustada com
aquilo, chamou a amiga pelo nome incessantemente e ao sacudi-la, o estado de
transe se findou.
Mary olhou fixamente
para Tarissa e somente pode deixar algumas lágrimas escorrerem, quentes, pelo
rosto. Com um fim de voz ainda conseguiu perguntar:
- Você viu
também?
Confusa e sem a
chance de uma mínima reação, Tarissa viu Mary escorrer de suas mãos, desmaiada.
***
Na agência de
roteiros, Lolita estava sozinha, pois Apollo e Samantha tinham ido buscar donuts e refrigerante na nova Cafeteria
Felicidade. Ela, empenhada em dar o toque final no texto encomendado pelo site
“Sim, Não, Quem Sabe”, sobre as relações em tempos de redes sociais, ouviu uma
voz feminina chamar seu nome.
Era de um modo
rápido e passava certo desespero.
De pronto, ela
concluiu ser alguma amiga de Mary. E pensou:
- Lá vem a
Mary com as amiguinhas para nos pregar uma peça. Já passamos da idade. Será que
não percebem que temos que trabalhar?!
No entanto, a
existência de qualquer dúvida a respeito de uma pegadinha foi extinta. O
chamamento vinha do aparelho:
- Lolita!
Lolita! Lolita!
Apavorada, ela
puxou o aparelho da tomada, o que não adiantou muito.
- Lolita!
Lolita! Lolita!
Lola aproximou
um ouvido do som e tudo cessou.
- Lola, você está
maluca! Maluquinha..., disse baixo para si.
Foi quando a
voz completou:
- Eu preciso
falar...
A sequência
veio com um silêncio absoluto e um toque do celular.
Era Ellen!
Assombrada,
mas sem tremer a voz, Lola atendeu a chamada de vídeo. Parecia que nada tinha
acontecido.
- Fala, mãe!
Tudo bem por aí?
- Sim, minha
Lolinha! É que estou com vontade de comer pizza. O que acha de encomendar
daquela à moda da casa, de lá do Valcides?
- Adoro a
ideia, mãe! Já encomendou? Quer que eu busque quando fizer o caminho para casa?
Com um sorriso
de orelha a orelha, Ellen respondeu:
- Era
exatamente isso o que eu iria lhe pedir, anjinho!
- Dona Ellen
eu lhe conheço muito bem, embora seja mais nova do que a senhora.
As duas riram,
mas um som estridente cortou a ligação. Vinha do aparelho. Ellen, como toda mãe
zelosa, ainda que a distância, chamou por Lola.
- Calma, mãe!
É que parece ter um alien preso nesse
som da vovó. Vou resolver esse probleminha e busco as pizzas. Sozinha e levemente
transtornada, Lola é surpreendida por Apollo e Samantha que adentram a agência com
guloseimas escolhidas a dedo por Samantha, quem amava passar o dia comendo
besteiras.
- Olha só o que
e quem trouxemos, maninha!
Lola disparou:
- Helder Lee?!
***
Com o rosto
molhado por Tarissa, Mary despertou com a respiração agitada e disse: - Eu vi a
verdadeira face do mal!
*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura, licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos e formada em Pedagogia pela Universidade Cruzeiro do Sul. Twitter: @maryellenfsm